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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
É uma síndrome sistêmica ocasionada pela anormalidade da função cardíaca de bombear 
sangue e/ou de acomodar o retorno sanguíneo do músculo esquelético, da função renal e 
metabólica, associada a uma grande estimulação do sistema nervoso simpático e a um complexo 
de alterações neuro-humorais e inflamatórias. 
Hoje em dia, a insuficiência cardíaca (IC) é vista como uma doença de lenta progressão, 
tendo como principal causa no Brasil a cardiopatia isquêmica crônica associada à Hipertensão 
Arterial (HA), nas regiões mais pobres algumas causas comuns são: Doença de Chagas e a 
endomiocardiofibrose. 
 Os fatores de risco para IC são: infarto agudo do miocárdio, envelhecimento, HA, diabete, 
hipertrofia ventricular esquerda, valvopatia, obesidade e dislipidemia. 
A dietoterapia da IC tem como objetivo: 
• Fornecer energia e nutrientes necessários; 
• Minimizar a perda de peso; 
• Recuperar o estado nutricional; 
• Evitar a sobrecarga cardíaca. 
 
Recomenda-se a ingestão de carboidrato de 50 a 55% do VCT, priorizando os carboidratos 
integrais e de baixa carga glicêmica. 
Para as gorduras é recomendado de 30 a 35% do VCT, se possível priorizando o maior 
consumo de PUFA, ômega 3 e MUFA. 
As proteínas variam geralmente de 15 a 20% do VCT, priorizando as proteínas de alto valor 
biológico. 
Para os micronutrientes atualmente recomenda-se até 6g de sal, ingestão individualizada 
para cada situação clínica. 
Alguns diuréticos usados no tratamento da IC podem ser depletores de potássio, a 
implementação de potássio aumentando o consumo de frutas, legumes e verduras na dieta pode 
ser suficiente, em alguns casos a suplementação será necessária. 
A restrição de líquidos é variável e é estabelecida de acordo com o balanço hidroelétrico, 
geralmente variando de 800 a 1.500 mL/dia. 
O fracionamento da dieta deve ser de cinco a seis refeições por dia para diminuir o trabalho 
cardíaco, facilitar a ingestão calórica e diminuir a plenitude pós-prandial. 
A dietoterapia para indivíduos com IC não deve seguir regras fixas, pois as alterações 
metabólicas e sintomas variam em cada caso. Sendo assim, deve ser realizada uma avaliação 
global não apenas do estado nutricional, mas também das condições clínicas e comorbidades dos 
pacientes para que se consiga o resultado esperado. 
REFERÊNCIA 
CUPPARI, Lilian. Nutrição clínica no Adulto. 4.ed. Barueri-SP: Manole, 2019.

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