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Atividade de TIC´s anemia falciforme nos africanos

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Atividade de TIC´s 
Aluna: Maria Clara Meneses E Silva Carneiro 
1 º Período 
Professora: Ana Rachel Oliveira De Andrade 
Por que a anemia falciforme é mais comum em populações africanas? 
Na população africana a anemia falciforme é muito comum por conta de uma mutação genética que surgiu no continente africano, trazida ao brasil na época da escravidão. 
A anemia falciforme ocorre quando uma pessoa herda de ambos os pais o gene da hemoglonia S (Hb S), apresentando assim o genótipo Hb SS. O traço falciforme se manifesta quando apenas uma cópia desse gene é herdada, ficando assim o genótipo Hb AS (Hb A é abreviação da hemoglobina normal). O traço não provoca nenhum sintoma clínico, pois as hemácias dificilmente se tornam falciformes, já que a quantidade de HbS é menor que a de Hb A, o que dificulta a modificação estrutural da molécula. As outras síndromes falcêmicas decorrem da combinação da Hb S com outras hemoglobinas de estrutura modificada, como por exemplo a Hb D e a Hb C, formando os genótipos Hb SD ou Hb SC, que levam a quadros clínicos menos severos que os da anemia falciforme (Hb SS). Há também as síndromes provocadas pela homozigose de outras hemoglobinas, como por exemplo Hb CC e Hb DD, que também causam doenças menos severas que a anemia falciforme. Os indivíduos que possuem apenas uma cópia do gene que leva à produção de uma hemoglobina modificada (Hb AD, Hb AC, por exemplo) são, assim como os portadores do traço falciforme, isentos de sintomas clínicos. De todas as hemoglobinas modificadas, a Hb S é a mais comum e frequente. 
No Brasil dos anos 1930 e 1940, a vinculação da anemia falciforme à raça negra foi frequentemente acrescida da visão de que a miscigenação provocava uma epidemiologia singular da doença no país. Tal interpretação revelou exata consonância com a ideia, que então se começava a elaborar, de que a singularidade do Brasil exprimia-se por sua larga população miscigenada. Ademais, diferentemente do período atual, em que há consenso científico sobre a origem africana dessa doença, naqueles anos não era unânime a crença de que a anemia falciforme ocorria apenas em indivíduos negros e que surgira em populações africanas.
Referências: 
CALVO-GONZALEZ, Elena. Hemoglobinas variantes na área médica e no discurso cotidiano: um olhar sobre raça, nação e genética no Brasil contemporâneo. Saúde e Sociedade, v. 26, p. 75-87, 2017.
WAILOO, Keith. Inventing the heterozygote: molecular biology, racial identity, and the narratives of sickle cell disease, Tay-Sachs, and cystic fibrosis. In: Moore, Donald S.; Kosek, Jake; Pandian, Anand (Ed.). Race, nature, and the politics of difference. London: Duke University Press. p.235-253. 2003.

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