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TICS 06 - anemia falciforme é mais comum em populações africanas

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FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG 
 
NATÁLIA FREIRE DA SILVA 
 
 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS I – SOI I 
TICS 
 
 
1. Por que a anemia falciforme é mais comum em populações africanas? 
A Doença Falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo. Ocorre 
por causa de uma mutação no gene que produz a hemoglobina A (HbA). Essa 
mutação origina outro tipo de hemoglobina, denominada S (HbS). A doença se 
caracteriza pela mudança na estrutura dos glóbulos vermelhos, que assumem formato 
semelhante ao de uma foice ou meia lua. Assim, há dificuldade no transporte de 
oxigênio entre as células, podendo causar obstrução nos vasos sanguíneos distais. 
As pessoas com anemia falciforme propriamente ditam são aquelas que receberam 
os genes para essa doença de ambos os pais. Elas apresentam quadro mais sério do 
que aquelas que têm traço falciforme, ou seja: as que receberam tal herança somente 
do pai ou somente da mãe. O fenômeno provoca anemia e outros sintomas que vão 
desde dores articulares até infecções e atraso no desenvolvimento. 
A anemia falciforme ocorre principalmente na população de afro-americanos, afetando 
1 a cada 500 recém-nascidos afro-americanos. A doença teve origem na África, 
ocorrendo dentre 0,3% a 1,0% dos negros da África Ocidental e dos afro-americanos 
e chegou ao continente americano em função do tráfico de pessoas negras 
escravizadas, durante o período colonial. Não é uma “doença de negros”, mas sim, 
uma doença eminentemente geográfica, produto de uma estratégia evolucionária 
humana para lidar com a malária causada pelo Plasmodium falciparum. 
Atualmente, mais da metade da população brasileira apresenta traços de 
afrodescendência, o que faz da doença falciforme a enfermidade hereditária mais 
comum do Brasil. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAVALCANTI, Juliana Manzoni; MAIO, Marcos Chor. Entre negros e miscigenados: 
a anemia e o traço falciforme no Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Hist. cienc. 
saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 18, 2011. 
 
Manual de doenças mais importantes, por razões étnicas, na população brasileira 
afro-descendente. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2001.

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