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DERMATOLOGIA EM GRANDES ANIMAIS

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CMGA – 08/10
DERMATOLOGIA EM GRANDES ANIMAIS 
Dermatofitose
INTRODUÇÃO
Doenças causadas por fungos. A maioria desses fungos estão no solo
Geralmente auto limitante: diferente das dermatofiloses, as lesões são temporárias.
Geralmente pouco se faz em relação ao tratamento, pois uma boa imunidade responde bem a melhora
Toda doença causada por fungo é micose, atinge de forma mais superficial.
Na dermatofitose se tem infecção do tecido queratinização, pelo e estrato córneo. Esses fungos são capazes de invadir e manter em todos os tecidos queratinizados.
Etiologia
Trichophyton: equinum (zoofílico, mais comum em equinos), verrucosum (mais comum em ruminantes) e mentagrophytes. 
Sinais clínicos 
Variam conforme o agente. Mas na maioria do caso se há prurido bem intenso, lesão semelhante à urticária, focos múltiplos de descamação, crostas e alopecia, crescimento circunferencial. Locais mais acometidos são cabeça, face e onde se coloca as rédeas. Não são lesões úmidas.
Diagnóstico 
KOH - hidróxido de potássio - visualização direta.
Lâmpada de wood.
Cultura em ágar sabouraud - quando não consegue se controlar com o tratamento inicial.
Meio teste dermatofito - consegue identificar o fungo (dificilmente se faz a campo).
Tratamento
É auto limitante, portanto o objetivo é fazer com que o animal se recupere mais rápido.
Melhorar a imunidade, corrigir desequilíbrios nutricionais e reduzir o contágio do ambiente, animais e humanos, melhorar a nutrição, estresse e descontaminação do ambiente utilizando soluções hipoclorito, formalina, eliminar fômites como cama, escovas.
Isolar animal acometido.
Tópico - iodo PVPI, iodo polvidine, clorexidina.
Antifúngicos - miconazole, anfotericina B (cuidados com efeitos colaterais)
Ptiose
Muito comum em cavalos, mas raro em bovinos.
Causado pelo Pythium insidiosum, pseudofungo aquático.
Sinais clínicos 
Lesão infiltrativa que leva à destruição da pele e formação de kunkers.
Formação de exsudato e prurido muito intenso. 
Quanto mais crônica a lesão, maior o tecido de granulação exuberante. Geralmente acomete abdômen e membros. 
Diagnóstico 
Biópsia e histopatológico. 
DD - Tecido de granulação exuberante, granulomas, habronemose, sarcoide.
Tratamento
Antifúngicos nem sempre são tão eficazes. 
Melhor opção é fazer exérese cirúrgica e associar ao iodeto de K via oral. 
 Também pode-se utilizar anfotericina B e cetoconazole (mais barato que iodeto de K).
Vacina - quando utilizada em lesões com menos de 2 semanas, tem causado um bom efeito.
Doenças causadas por vírus 
1-Papilomas equino
Afeta mais animais jovens de 6 meses a 3 anos.
Sinais clínicos 
Comum observar lesões no focinho, lábios, membros.
Nódulos firmes e hiperqueratose.
Placas aural na orelha (mancha na orelha).
Diagnóstico 
Biópsia. 
DD - sarcoide verrucoso e carcinoma.
Tratamento
Em alguns casos a regressão é espontânea. Mas nos casos em que não se tem essa regressão, deve-se fazer cauterização química ou térmica. Na placa aural não se mexe. Autohemoterapia em pontos de acupuntura tem surtido efeito.
2-Papiloma bovino: 
Sinais clínicos 
Aumento de volume cinza corneificado, plano ou pedunculado.
Diagnóstico 
Biópsia.
Tratamento 
É mais comum ocorrer a regressão espontânea. Se estiver muito acentuado é necessário exérese cirúrgica. Vacinas em bovinos é mais eficaz.
Porém, quanto se tem mais de 20% do corpo afetado o prognóstico é reservado.
Isolar animal.
3-Sarcoide 
Está associado ao papiloma vírus bovino tipo 1 e 2 e geralmente se tem criação de bovino próximo.
Tumor de pele muito comum nos equinos.
Se tem 4 apresentações clínicas:
· Verrucosa 
· Fibroblástica (geralmente associada à trauma inicial)
· Oculta 
· Mista 
Patogenia 
Na maioria das vezes esses animais têm predisposição individual.
Não é formação do tipo maligna, mas alguns cavalos são mais sensíveis.
Diagnóstico 
Biópsia.
DD - Papiloma, carcinoma, fibrosarcoma e granulomas.
Tratamento
Excisão cirúrgica é o mais comum de ser feito, associando à crioterapia ou cauterização. Pode-se fazer aplicação intralesional de BCG (agressiva). Hemoterapia. Radioterapia, quimioterapia. Mas pode ter recidiva.
Carcinoma espino-celular 
É um tumor extremamente agressivo, com característica de crescimento rápido e infiltrativo, podendo ter infecções secundárias.
Neoplasia cutânea mais comum nos grandes animais.
Na maioria das vezes está ligada a um trauma inicial ou pele despigmentada. Há predisposição genética.
Localmente invasivo. Se observa metástases em linfonodos regionais (mesentérico).
DD - Granulomas e sarcoide.
Tratamento 
Exérese associada a crioterapia é a melhor opção. Drogas citotóxicas intralesional cisplatina.
Melanoma
Comum nos equinos, mas não nos bovinos, caprinos e suínos.
80% dos cavalos tordilhos com mais de 15 anos apresentam melanoma.
Sinais clínicos 
Na maioria dos casos está presente no pescoço, orelhas, cauda, região perianal.
Patogenia 
Origem advém dos melanócitos. 
Pode ser benigno ou maligno, mas sempre o prognóstico é desfavorável, ainda mais quando se manipula muito.
Tratamento
Normalmente não tratado. Mas pode ser feito se estiver pequeno - excisão e cisplatina.
Habronemose cutânea 
Lesão de pele causado por parasita - Habronema microstoma, H. muscae, H. draschia.
É sazonal, muito comum no verão.
Sinais clínicos 
Granulomas hemorrágicos, ulcerado e com muito exsudato. Prurido intenso. A maioria das lesões é em membros, mas pode estar ao redor do olho. 
Diagnóstico 
Biópsia e histopatológico.
Tratamento
Excisão cirúrgica, Ivermectina e tópico.

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