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 Pele e hipoderme (tela subcutânea) 
Um órgão consiste em tecidos que trabalham juntos 
para desempenhar certas funções. A pele é o maior de 
todos os órgãos, contribuindo com aproximadamente 
7% do peso corporal total. A espessura da pele varia de 
1,5 a 4 mm (ou mais) nas diferentes regiões do corpo e 
possui duas camadas distintas: a camada superficial é 
um tecido epitelial espesso, a epiderme. Abaixo da 
epiderme encontra-se a derme, um tecido conjuntivo 
fibroso. Logo abaixo da pele há uma camada 
gordurosa chamada hipoderme (tela subcutânea), 
composta de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. 
Embora a hipoderme não faça parte do sistema 
tegumentar, ela compartilha algumas funções da pele. 
A pele desempenha uma série de funções: 
1. Proteção. A pele recobre e isola os órgãos corporais 
internos e protege o corpo de pancadas, arranhões e 
cortes. A pele também protege o corpo de substâncias 
químicas e microrganismos invasores. A epiderme é 
impermeável, evitando a perda hídrica desnecessária 
por toda a superfície corporal, e as células na camada 
epidérmica produzem pigmento para proteger a pele 
dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta (UV). 
2. Regulação da temperatura corporal. As redes 
ricas em capilares sanguíneos na pele e as glândulas 
sudoríferas regulam a perda de calor do corpo, 
ajudando a controlar a temperatura corporal. 
3. Excreção. A pele comporta-se como uma miniatura 
de sistema excretório quando ureia, sais e água são 
perdidos através do suor. 
4. Produção de vitamina D. As células epidérmicas 
utilizam a radiação UV para sintetizar a vitamina D, 
uma molécula necessária para absorver o cálcio a partir 
do trato digestório. 
5. Recepção sensorial. A pele contém órgãos 
sensoriais, chamados receptores sensoriais, associados 
a terminações nervosas. Ao sentir o toque, a pressão, a 
temperatura e a dor, esses receptores nos colocam a par 
das condições na superfície do corpo. 
 
 
Sistema tegumentar 
 
 Epiderme 
A epiderme (“sobre a pele”) é um epitélio estratificado 
pavimentoso e queratinizado que contém quatro tipos 
diferentes de células: queratinócitos, melanócitos, 
células epiteliais táteis e células dendríticas. 
Os queratinócitos, a célula epidérmica mais abundante, 
produzem queratina, uma proteína fibrosa dura que 
confere à epiderme suas propriedades protetoras. Os 
queratinócitos conferem proteção física e mecânica, já 
que produzem antibióticos e enzimas que desintoxicam 
a pele das substâncias nocivas às quais está exposta. 
Os queratinócitos são fortemente conectados entre si 
por uma grande quantidade de desmossomos e surgem 
na parte mais profunda da epiderme, a partir de células 
que sofrem mitose quase contínua. À medida que essas 
células são empurradas para cima pela produção de 
novas células abaixo delas, elas produzem a queratina 
que acaba por preencher seu citoplasma. 
No momento em que alcançam a superfície da pele, 
essas células são sacos planos e mortos, 
completamente preenchidos com queratina. Milhões 
dessas células mortas são removidos diariamente por 
atrito, proporcionando-nos uma epiderme inteiramente 
nova a cada 35-45 dias — o tempo médio entre o 
nascimento de um queratinócito e a sua remoção 
definitiva. Nos locais onde a pele sofre maior fricção, 
tanto a produção celular quanto a formação de 
queratina são aceleradas. Os outros tipos de célula da 
epiderme são distribuídos de forma esparsa entre os 
queratinócitos. 
Camadas da epiderme 
A variação na espessura da epiderme determina se a 
pele é espessa ou delgada. Na pele espessa, que cobre 
as palmas das mãos e plantas dos pés, a epiderme 
consiste em cinco camadas, ou estratos. Na pele 
delgada, que cobre o resto do corpo, existem apenas 
quatro estratos, ou camadas. 
Estrato basal (camada basal) 
O estrato basal, a camada mais profunda da epiderme, 
está firmemente conectado à derme subjacente ao 
longo de uma fronteira ondulada. Também chamado 
estrato germinativo, ele consiste em uma única fileira 
de células, geralmente do tipo células-tronco, 
representando os queratinócitos mais jovens. Essas 
células dividem-se rapidamente e muitos núcleos 
mitóticos são visíveis. As células epiteliais táteis, ou 
células de Merkel, estão distribuídas de forma esparsa 
entre os queratinócitos. Cada célula epitelial tátil 
semiesférica está intimamente associada a uma 
terminação sensorial nervosa similar discoide e 
funciona como um receptor tátil. 
Cerca de 10% a 25% das células no estrato basal são 
melanócitos (“células de melanina”) em forma de 
aranha, que produzem o pigmento escuro melanina na 
pele. A melanina é produzida nos grânulos com 
paredes membranosas e depois transferida através dos 
processos celulares para os queratinócitos vizinhos. 
Consequentemente, os queratinócitos basais contêm 
mais melanina do que os próprios melanócitos. Essa 
melanina agrupa-se no lado superficial dos 
queratinócitos, entre a radiação recebida e os núcleos 
celulares, protegendo assim os núcleos celulares dos 
raios UV que podem danificar o DNA e provocar 
câncer. 
Nas pessoas de pele clara, a melanina é digerida pelos 
lisossomos nas células a uma curta distância acima da 
camada basal. Nas pessoas de pele escura não ocorre 
essa digestão, então a melanina ocupa os 
queratinócitos em toda a epiderme. Embora as pessoas 
de pele escura tenham uma melanina mais escura, mais 
grânulos e mais pigmento em cada melanócito, elas 
não têm mais melanócitos em sua pele. Em todas as 
pessoas, exceto as de pele mais escura, os melanócitos 
reagem à radiação ultravioleta (UV), aumentando a 
produção de melanina e também a sua transferência 
para os queratinócitos, que é a resposta protetora que 
conhecemos como bronzeamento. 
Além disso, os melanócitos também secretam uma 
série de moléculas de sinalização em resposta à 
radiação ultravioleta que age na modulação da resposta 
imune na pele. Essas moléculas de sinalização 
influenciam a resposta inflamatória e podem ter outras 
funções regulatórias. 
Estrato espinoso (camada espinosa) 
O estrato espinoso tem várias camadas de espessura. 
Aqui ocorre mitose, mas com menos frequência do que 
na camada basal, que tem esse nome em razão da 
grande quantidade de extensões espinosas dos seus 
queratinócitos. Essas espinhas, no entanto, não existem 
nas células vivas. Elas são artefatos criados durante a 
preparação do tecido, quando as células encolhem, 
mantendo-se firmes em seus muitos desmossomos. As 
células do estrato espinoso contêm feixes espessos de 
filamentos intermediários que consistem em uma 
proteína pré-queratina resistente à tensão. 
As células dendríticas encontram-se dispersas entre os 
queratinócitos do estrato espinoso. Essas células 
estreladas fazem parte do sistema imune. As células 
dendríticas policiam a superfície externa do corpo, 
utilizando a endocitose mediada por receptor para 
capturar as proteínas estranhas (antígenos) que 
invadiram a epiderme. Depois, elas saem da pele e 
seguem para um linfonodo próximo, iniciando uma 
resposta imune a todas as células estranhas que portam 
o antígeno. 
Estrato granuloso (camada granulosa) 
O fino estrato granuloso consiste de uma a cinco 
camadas de queratinócitos planos. Junto com 
abundantes filamentos intermediários de pré-queratina, 
essas células também contêm grânulos de 
queratohialina e grânulos lamelares. Os grânulos de 
queratohialina ajudam a formar a queratina nas 
camadas mais superficiais, conforme a breve 
descrição. Os grânulos lamelares contêm um 
glicolipídio de impermeabilização que é secretado no 
espaço extracelular e desempenha um papel importante 
na desaceleração da perda hídrica pela epiderme. Além 
disso, as membranas plasmáticas das células espessam-
se de modo a se tornarem mais resistentes à destruição. 
É como se os queratinócitos “endurecessem” para 
transformar a camada externana região mais forte da 
pele. 
Assim como todos os epitélios, a epiderme conta com 
capilares no tecido conjuntivo subjacente (a derme) 
para obter seus nutrientes. Acima do estrato granuloso, 
as células epidérmicas estão distantes demais dos 
capilares dérmicos para receber nutrientes, então elas 
morrem, o que é uma ocorrência completamente 
normal. 
Estrato lúcido (camada lúcida) 
O estrato lúcido ocorre na pele espessa, mas não na 
pele delgada. Aparecendo no microscópio de luz como 
uma faixa transparente delgada, o estrato lúcido 
consiste em poucas fileiras de queratinócitos planos e 
mortos. A microscopia eletrônica revela que suas 
células são idênticas às que existem no fundo da 
próxima camada, o estrato córneo. 
Estrato córneo (camada córnea) 
A parte mais externa da epiderme, o estrato córneo, 
tem muitas células de espessura. Ele é muito mais 
espesso na pele espessa do que na pele delgada. Seus 
queratinócitos mortos são sacos planos completamente 
preenchidos com queratina, pois seus núcleos e 
organelas desintegraram-se na morte celular. A 
queratina consiste em filamentos intermediários de 
pré-queratina incorporados em uma “cola” dos 
grânulos de queratohialina. Tanto a queratina quanto as 
membranas plasmáticas espessadas das células no 
estrato córneo protegem a pele contra a abrasão e a 
penetração. Além disso, o glicolipídio entre as células 
mantém essa camada impermeável. 
As células do estrato córneo são eliminadas 
regularmente; são a caspa que se solta do couro 
cabeludo e os flocos que saem da pele seca. Essas 
células que saem são substituídas por células das 
camadas mais profundas. 
 
 Derme 
A derme, a segunda região mais importante da pele, é 
um tecido conjuntivo forte e flexível. As células da 
derme são típicas de qualquer tecido conjuntivo 
propriamente dito: fibroblastos, macrófagos, 
mastócitos e leucócitos dispersos. Os tipos de fibras — 
colágenas, elástica e reticular — também são 
característicos. 
A derme tem duas camadas: a derme papilar e a derme 
reticular. 
Camada papilar (derme papilar) 
A camada papilar, os 20% superficiais da derme, 
consiste em tecido conjuntivo frouxo, contendo fibras 
de colágeno e fibras elásticas muito finas. Ela inclui as 
papilas dérmicas, que são projeções digitiformes que 
se estendem até a epiderme sobrejacente. Essas 
projeções das papilas dérmicas para dentro da derme 
aumentam a área de superfície para a troca de gases, 
nutrientes e produtos residuais entre essas camadas. 
Lembre-se de que a epiderme é avascular e depende da 
difusão desses materiais a partir da derme subjacente. 
A superposição dessas camadas fortalece a junção 
derme-epiderme e, assim, reduz a formação de bolhas. 
Nas palmas das mãos e na planta dos pés, as papilas 
dérmicas assentam-se acima de montes maiores, 
chamados cristas dérmicas, que elevam a epiderme 
sobrejacente em cristas epidérmicas ou cristas de 
atrito, que criam as impressões digitais, impressões 
palmares e pegadas. As cristas epidérmicas aumentam 
o atrito e melhoram a capacidade de apoio das mãos e 
dos pés. Os padrões dessas cristas são determinados 
geneticamente, sendo exclusivos de cada pessoa. 
Como os poros sudoríferos se abrem ao longo das 
cristas de atrito, eles deixam impressões digitais 
distintas em quase qualquer coisa que você toca. Desse 
modo, as impressões digitais são “películas de suor”. 
Camada reticular (derme reticular) 
Mais profunda, a camada reticular contribui com 80% 
da espessura da derme e está constituída por tecido 
conjuntivo denso não modelado. Sua matriz 
extracelular contém feixes espessos de fibras colágenas 
e elásticas entrelaçadas, que seguem muitos planos 
diferentes. No entanto, a maioria dispõe-se em paralelo 
à superfície da pele. A camada reticular tem esse nome 
por causa das redes de fibras de colágeno; o nome não 
implica qualquer abundância de fibras reticulares. 
Separações ou regiões menos densas entre os feixes de 
colágeno formam as linhas de clivagem ou linhas de 
tensão da pele. Essas linhas invisíveis ocorrem no 
corpo inteiro e seguem longitudinalmente na pele dos 
membros e da cabeça e em padrões circulares em volta 
do pescoço e do tronco. 
As fibras de colágeno da derme conferem resistência e 
resiliência à pele. Desse modo, a maioria das punções 
e arranhões tem dificuldade em penetrar essa camada 
relativamente rígida. Além disso, as fibras elásticas na 
derme conferem à pele propriedades de estiramento-
recuo. O estiramento exagerado da pele, como ocorre 
na obesidade e na gravidez, pode lacerar o colágeno na 
derme. Essa laceração dérmica resulta em cicatrizes 
branco-prateadas chamadas estrias. 
A partir da porção mais profunda da derme, surgem as 
marcas da superfície da pele chamadas linhas de 
flexão. Elas resultam de um dobramento contínuo da 
pele, frequentemente sobre as articulações, onde a 
derme a prende bem às estruturas subjacentes. As 
linhas de flexão são visíveis nos pulsos, palmas e 
dedos das mãos, plantas e dedos dos pés. 
A derme é ricamente abastecida por fibras nervosas e 
vasos sanguíneos. Os vasos sanguíneos dérmicos 
consistem de dois plexos vasculares (um plexo é uma 
rede de vasos convergentes e divergentes). O plexo 
dérmico profundo está situado entre a hipoderme e a 
derme. Ele nutre a hipoderme e as estruturas 
localizadas nas porções profundas da derme. O plexo 
papilar mais superficial, localizado logo abaixo das 
papilas dérmicas, abastece as estruturas dérmicas mais 
superficiais, a papila dérmica e a epiderme. 
Os vasos sanguíneos dérmicos fazem mais do que 
apenas nutrir a derme e a epiderme sobrejacente; eles 
também desempenham um papel importante na 
regulação da temperatura corporal. Esses vasos são tão 
extensos que podem abrigar 5% de todo o sangue do 
corpo. Quando os órgãos internos precisam de mais 
sangue ou calor, os nervos estimulam os vasos 
dérmicos a constringirem, desviando mais sangue para 
a circulação geral e disponibilizando-o para os órgãos 
internos. Por outro lado, nos dias de calor, os vasos 
dérmicos absorvem o sangue quente, resfriando o 
corpo ao irradiar o calor para fora. Existem glândulas e 
folículos pilosos incorporados na derme. Esses 
apêndices da pele derivam da camada epidérmica e 
estendem-se para dentro da derme e da hipoderme. 
 Hipoderme 
Logo abaixo da pele situa-se a hipoderme. Essa 
camada também é chamada fáscia superficial e 
camada subcutânea. A hipoderme consiste nos tecidos 
conjuntivos frouxos e adiposo, mas normalmente o 
tecido adiposo predomina. Além de armazenar 
gordura, a hipoderme prende a pele nas estruturas 
subjacentes (principalmente nos músculos), porém 
com liberdade suficiente para que a pele possa deslizar 
relativamente bem sobre essas estruturas. 
Essa capacidade de deslizar assegura que muitos 
golpes apenas resvalem em nossos corpos. A 
hipoderme também é um isolante: como a gordura é 
um mau condutor de calor, ela ajuda a evitar a perda 
térmica do corpo. A hipoderme espessa-se 
acentuadamente com o ganho de peso, mas nos dois 
sexos esse espessamento ocorre em diferentes áreas do 
corpo. Nas mulheres, a gordura subcutânea acumula 
inicialmente nas coxas e mamas, enquanto nos homens 
ela se acumula inicialmente na parte anterior do 
abdome. 
 Cor da pele 
Três pigmentos contribuem para a cor da pele: 
melanina, caroteno e hemoglobina. A melanina, o mais 
importante, é produzida a partir de um aminoácido 
chamado tirosina. Presente em diversos tipos, a 
melanina varia de amarela a avermelhada e de marrom 
a preta. A melanina passa dos melanócitos para os 
queratinócitos no estrato basal da epiderme. As 
variações na cor da pele do homem resultam de 
diferenças na quantidade e no tipo de melanina 
produzida. 
O caroteno é um pigmento amarelo-laranja que o corpo 
obtém a partir de fontes vegetais, como as cenouras e 
tomates. Ele tendea acumular no estrato córneo da 
epiderme e na gordura da hipoderme. 
A tonalidade rosa da pele caucasiana reflete a cor 
carmim da hemoglobina oxigenada nos capilares da 
derme. Como a pele caucasiana contém pouca 
melanina, a epiderme é quase transparente e permite a 
visualização da cor do sangue. As marcas em preto e 
azul representam o sangue descolorido, que é visível 
através da pele. As contusões, provocadas 
normalmente por pancadas, revelam locais onde o 
sangue escapou da circulação e coagulou abaixo da 
pele. O termo geral para uma massa coagulada de 
sangue vazado, em qualquer parte do corpo, é o 
hematoma (“inchaço de sangue”). 
 Apêndices da pele (anexos cutâneos) 
Junto com a própria pele, o sistema tegumentar inclui 
vários derivados da epiderme. Esses apêndices da pele 
(ou anexos cutâneos) incluem as unhas, os pelos e os 
folículos pilosos, as glândulas sebáceas (oleosas) e as 
glândulas sudoríferas. Embora derivem das células 
epiteliais da epiderme, todos esses apêndices 
estendem-se para a derme. 
Unhas 
A unha é a modificação da epiderme, similar a uma 
crosta. As unhas dos dedos das mãos são ferramentas 
embutidas que nos permitem pegar pequenos objetos e 
arranhar a pele quando ela coça. As unhas são feitas de 
células queratinizadas mortas. A queratina dura, que 
predomina nos pelos e unhas, tem duas diferenças em 
relação à queratina mole, encontrada nas células 
epidérmicas típicas: (1) é mais rígida e durável e (2) as 
células de queratina têm durabilidade e não escamam. 
Cada unha possui uma margem livre distal, uma parte 
visível, o corpo da unha (placa ungueal) e uma raiz (a 
parte proximal embutida na pele). A unha está 
assentada em um leito de epiderme chamado vale da 
unha (leito ungueal). Esse leito contém apenas as 
camadas mais profundas da epiderme, pois a própria 
unha corresponde às camadas superficiais 
queratinizadas. 
As unhas têm um aspecto róseo por causa da rica rede 
de capilares na derme subjacente. Na raiz e na 
extremidade proximal do corpo da unha, o leito 
espessa-se e forma a matriz da unha (ungueal), que é a 
parte de crescimento ativo da unha. A matriz é tão 
espessa que a derme rósea não aparece através dela, ao 
contrário, vemos uma forma de lua crescente na cor 
branca, a lúnula (“lua pequena”), sob a região proximal 
da unha. As margens lateral e proximal da unha são 
sobrepostas por pregas de pele chamadas pregas 
ungueais. A prega ungueal proximal projeta-se no 
corpo da unha como cutícula ou eponíquio. 
 
 Pelos e folículos pilosos 
Juntos, os pelos e seus folículos pilosos formam 
unidades estruturais complexas. Nessas unidades, os 
pelos são filamentos longos e os folículos pilosos são 
invaginações tubulares da epiderme a partir das quais o 
pelo cresce. 
Pelo 
O pelo é distribuído por toda a superfície da nossa 
pele, exceto nas palmas das mãos, plantas dos pés, 
mamilos e partes dos genitais externos (a glande do 
pênis, por exemplo). A principal função desse pelo 
corporal escasso é sentir as coisas que toquem 
ligeiramente a pele. O pelo no couro cabeludo protege 
a cabeça contra a luz solar direta no verão e contra a 
perda de calor nos dias frios. As sobrancelhas 
protegem os olhos e os pelos nasais filtram do ar 
inalado grandes partículas, tais como insetos e fiapos. 
O pelo é um filamento flexível, feito de células mortas 
preenchidas com queratina dura. As partes principais 
de um pelo são a raiz, que é a parte embutida na pele, e 
a haste, que é a parte que se projeta acima da superfície 
da pele. Se a sua haste for plana e parecida com uma 
fita no corte transversal, o pelo é tortuoso; se for oval 
no corte transversal, o pelo é ondulado; se for 
perfeitamente redonda, o pelo é reto. 
Um pelo consiste em três camadas concêntricas de 
células queratinizadas. Seu núcleo central, a medula, 
consiste em grandes células e espaços de ar. A medula 
não existe nos pelos finos. O córtex, que envolve a 
medula, consiste em várias camadas de células planas. 
A cutícula mais externa é uma única camada de células 
que sobrepõem umas às outras a partir de baixo, como 
as telhas em um telhado. Esse “padrão de telha” ajuda 
a manter os pelos vizinhos separados para que não se 
emaranhem. Os condicionadores capilares suavizam a 
superfície áspera da cutícula para que o cabelo pareça 
mais brilhante. A cutícula é a parte mais intensamente 
queratinizada do pelo, conferindo resistência e 
mantendo as camadas internas bem compactadas. 
Como está sujeita à maior parte da abrasão, a parte 
mais antiga da cutícula do pelo tende a se desgastar na 
ponta da haste. A abrasão faz que as fibrilas de 
queratina no córtex e na medula encrespem, criando as 
“pontas duplas”. 
O pigmento do pelo é criado pelos melanócitos na base 
do folículo piloso, sendo transferido para as células da 
raiz pilosa. Proporções diferentes dos dois tipos de 
melanina (preto-marrom e amarelo-ferrugem) 
combinam-se para produzir todas as cores comuns de 
pelo — preto, castanho, ruivo e loiro. O pelo grisalho 
ou branco resulta de uma diminuição na produção de 
melanina e da substituição dessa melanina por bolhas 
de ar incolores na haste do pelo. 
Folículos pilosos 
Os folículos pilosos estendem-se da superfície 
epidérmica até a derme. A extremidade profunda do 
folículo expande-se, formando um bulbo piloso. Um 
nó de terminações nervosas sensoriais envolve cada 
bulbo piloso, formando um receptor do folículo piloso 
ou um plexo da raiz pilosa. A inclinação da haste do 
pelo estimula essas terminações nervosas. Portanto, os 
pelos são excelentes receptores táteis. 
Uma pequena parte da derme similar a um mamilo, 
chamada papila dérmica (papila pilosa), projeta-se para 
dentro de cada bulbo. Essa papila contém um nó de 
capilares que liberam substâncias que estimulam o 
crescimento do pelo e fornecem nutrientes para seu 
crescimento. Se a papila for destruída por um trauma, 
o folículo deixa de produzir pelo. 
As células epiteliais no bulbo piloso logo acima da 
papila compõem a matriz pilosa. As células dessa 
matriz proliferam e formam a haste do pelo. A parede 
do folículo piloso possui um componente dérmico e 
um componente epidérmico, que são descritos de fora 
para dentro. 
 Bainha de tecido conjuntivo periférico (bainha 
fibrosa). Essa bainha de tecido conjuntivo 
deriva da derme e forma a camada externa da 
parede do folículo. 
 Membrana vítrea. Essa membrana está na 
junção da bainha fibrosa com a bainha 
radicular epitelial. Em essência, ela é a 
membrana basal do epitélio folicular. 
 Bainha radicular epitelial. A bainha radicular 
epitelial deriva da epiderme e possui dois 
componentes: a bainha radicular externa, que é 
uma continuação direta da epiderme, e a 
bainha radicular interna, que deriva das células 
da matriz. 
As células-tronco epiteliais estão situadas em um bojo, 
na região superficial da bainha radicular externa. Essas 
células-tronco originam as células da matriz pilosa que 
formam a haste do pelo e também as novas células 
epidérmicas. As células-tronco dessa região têm sido 
cultivadas para produzir emplastros de epiderme 
derivados das próprias células de um paciente e que 
são utilizados para tratar feridas crônicas. 
Associado a cada folículo piloso há um feixe de 
células musculares lisas, chamado músculo eretor dos 
pelos. Cada eretor dos pelos segue da parte mais 
superficial da derme até um folículo piloso profundo. 
Quando seus eretores de pelos estão relaxados, a 
maioria dos pelos fica deitada, já que a maior parte dos 
folículos se assenta em um ângulo oblíquo em relação 
à superfície da pele. Depois, quando esse músculo se 
contrai em resposta ao frio ou ao medo, o pelo fica 
ereto e a superfície da pele forma pequenas 
ondulações, produzindo arrepios. 
 
 
 
 
 
 Tipos e crescimento dos pelos 
Os pelos existem em vários tamanhos e formas, mas 
comoregra geral eles podem ser classificados como 
velus (“lã”) e/ou terminal. O pelo corporal das crianças 
e mulheres é da variedade velus fino e curto. O pelo 
mais longo e grosso do nosso couro cabeludo é um 
pelo terminal. Na puberdade, os pelos terminais 
também aparecem nas regiões axilar e púbica de 
ambos os sexos e na face, peito, braços e pernas em 
seres humanos do sexo masculino. Esses pelos 
terminais crescem sob a influência dos hormônios 
sexuais masculinos chamados androgênios, dos quais a 
testosterona é o tipo mais importante. 
Cada folículo passa por ciclos de crescimento. Em 
cada ciclo, uma fase de crescimento ativo é seguida 
por uma fase de descanso, na qual a matriz pilosa fica 
inativa e o folículo atrofia um pouco. No início de cada 
fase ativa, o crescimento do pelo novo empurra o pelo 
velho, fazendo com que caia. A vida útil do pelo varia: 
no couro cabeludo, os folículos permanecem ativos por 
quatro anos, em média; depois, cada pelo cresce 
bastante até ser descartado. Nas sobrancelhas, por 
outro lado, os folículos ficam ativos apenas por alguns 
meses, por isso as sobrancelhas nunca crescem demais. 
Felizmente, os ciclos dos folículos pilosos adjacentes 
no couro cabeludo não estão em sincronia; assim, os 
seres humanos perdem apenas uma pequena 
porcentagem dos pelos da cabeça em qualquer época. 
 Glândulas sebáceas 
As glândulas sebáceas são as glândulas oleosas da 
pele, que ocorrem no corpo inteiro, exceto nas palmas 
das mãos e plantas dos pés. Elas são glândulas 
alveolares simples, com vários alvéolos se abrindo 
para um único ducto, mas, na realidade, os alvéolos 
são preenchidos com células, de modo que não há luz 
(cavidade central). Seu único produto, chamado sebo 
(“gordura animal”), é secretado da forma mais 
incomum: as células centrais nos alvéolos acumulam 
lipídios oleosos até se encherem e explodirem em 
pedaços. Esse processo chama-se secreção holócrina, 
pois as células inteiras se rompem e formam o produto. 
A maioria das glândulas sebáceas está associada a 
folículos pilosos, esvaziando seu sebo no terço 
superior do folículo. A partir daí, o sebo flui 
superficialmente e cobre a pele. Além de tornar a nossa 
pele e pelos oleosos, o sebo recolhe a sujeira, amacia e 
lubrifica o pelo e a pele, evita que os pelos fiquem 
quebradiços e evita as rachaduras na epiderme. Ele 
também ajuda a desacelerar a perda hídrica pela pele e 
a exterminar as bactérias. 
A secreção do sebo é estimulada por hormônios, 
especialmente os androgênios. As glândulas sebáceas 
ficam relativamente inativas durante a infância, mas 
são ativadas em ambos os sexos durante a puberdade, 
quando a produção de androgênios começa a crescer. 
Glândulas sudoríferas 
O suor evita o superaquecimento do corpo, já que 
resfria a pele enquanto evapora. Apenas os mamíferos 
possuem glândulas sudoríferas (glândulas sudoríparas). 
Os seres humanos possuem mais de 2,5 milhões de 
glândulas sudoríferas distribuídas por toda a superfície 
da pele, exceto nos mamilos e partes dos genitais 
externos. A pele interfere na evaporação do suor e na 
capacidade para resfriar o corpo, assim, a necessidade 
de mais regulação da temperatura através da sudorese 
levou a uma redução da quantidade de pelos nos seres 
humanos. 
Existem dois tipos de glândulas sudoríferas, ambas 
aumentando a sua secreção em resposta ao estresse e 
também ao calor: glândulas écrinas e apócrinas. 
Glândulas sudoríferas écrinas 
As glândulas écrinas (“secretórias”) são 
disparadamente o tipo mais numeroso e são mais 
abundantes nas palmas das mãos, plantas dos pés e 
fronte. Cada uma delas é uma versão espiralada de 
uma glândula tubular simples. A base espiralada 
secretória está situada na derme profunda e na 
hipoderme e o ducto segue superficialmente, abrindo-
se na superfície da pele através de um poro em forma 
de túnel. 
O suor é um produto secretório incomum por se tratar 
basicamente de um filtrado de sangue que passa 
através das células secretórias das glândulas 
sudoríferas, sendo liberado por exocitose. O suor 
consiste em 99% de água, com alguns sais 
(principalmente o cloreto de sódio) e traços de resíduos 
metabólicos (ureia, amônia, ácido úrico). O suor é 
ácido, então ele retarda o crescimento das bactérias na 
pele. 
Glândulas sudoríferas apócrinas 
As glândulas apócrinas estão confinadas basicamente 
nas áreas axilar, anal e genital, são maiores do que as 
glândulas écrinas e seus ductos abrem-se nos folículos 
pilosos. As glândulas apócrinas produzem um tipo 
especial de suor que consiste em substâncias 
gordurosas e proteínas, além dos componentes daquele 
produzido pelas glândulas écrinas. Por essa razão, o 
suor apócrino é viscoso e às vezes tem uma cor leitosa 
ou amarela, que é inodoro quando secretado pela 
primeira vez, mas à medida que suas moléculas 
orgânicas são decompostas pelas bactérias na pele, ele 
adquire um odor almiscarado. Essa é a origem do odor 
corporal. 
As glândulas apócrinas começam a funcionar na 
puberdade, sob a influência dos androgênios. Sua 
atividade é aumentada pelas preliminares sexuais e 
elas aumentam e diminuem com as fases do ciclo 
menstrual da mulher. As glândulas apócrinas estão 
envolvidas na sinalização sexual e parecem atuar na 
atratividade e seleção dos parceiros. Os genes que 
codificam o sistema imune, o complexo de 
histocompatibilidade principal (MHC), também 
influenciam as secreções das glândulas apócrinas. 
Cada pessoa possui um conjunto único desses genes. 
A pele forma vários tipos de glândulas sudoríferas 
modificadas. As glândulas ceruminosas (“ceráceas”) 
são glândulas apócrinas modificadas no revestimento 
do canal auditivo externo. Seu produto é um 
componente do cerume. As glândulas mamárias são 
glândulas sudoríferas especializadas e altamente 
modificadas para secretar leite. 
 A pele ao longo da vida 
A epiderme desenvolve-se a partir do ectoderma 
embrionário, e a derme e a hipoderme desenvolvem-se 
a partir do mesoderma. Os melanócitos derivam das 
células da crista neural, que migram para o ectoderma 
durante os três primeiros meses de desenvolvimento 
pré-natal. No final do quarto mês, a pele está bem 
formada: a epiderme tem todas as suas camadas, as 
papilas dérmicas são evidentes e os apêndices 
epidérmicos estão presentes na forma rudimentar. 
Durante o quinto e o sexto mês, o feto é coberto com 
uma camada felpuda de pelos delicados, chamados 
lanugo (“lã”, ou “lanugem”). Esse manto desprende-se 
no sétimo mês e, então, aparecem os pelos velus. 
Quando um bebê nasce, sua pele está coberta com 
verniz caseoso, uma substância parecida com queijo, 
que é produzida pelas glândulas sebáceas. Ele protege 
a pele do feto contra o contato constante com o fluido 
amniótico. A pele e a hipoderme de um recém-nascido 
são muito finas, mas engrossam durante a primeira 
infância e a infância. Com o início da adolescência, as 
glândulas sebáceas tornam-se mais ativas e a acne 
pode aparecer. Geralmente a acne desaparece no início 
da idade adulta e a pele de um indivíduo atinge sua 
melhor aparência dos 20 aos 30 anos. A partir daí, a 
pele começa a exibir os efeitos nocivos das agressões 
ambientais permanentes, como a abrasão, o vento, o 
sol e os produtos químicos. A escamação e vários tipos 
de inflamação da pele, chamadas dermatites, tornam-se 
mais comuns. 
Na meia-idade, as substâncias lubrificantes e 
amaciantes produzidas pelas glândulas sebáceas 
começam a diminuir. Em consequência, a pele torna-se 
seca e coça. As pessoas com pele naturalmente oleosa 
podem evitar esse ressecamento, de modo que a sua 
pele envelheça em boas condições. A maioria dos 
aspectos do envelhecimento da pele não é intrínseca, 
mas provocada pela luz solar em um processo 
chamado “fotoenvelhecimento”. A pele envelhecida 
que foi protegida do sol perdeu parte da elasticidade e 
é mais fina (assimcomo a hipoderme subjacente), mas 
continua sem rugas e marcas. A pele exposta ao sol, 
por outro lado, é enrugada, frouxa, inelástica, coriácea 
e possui manchas de pigmentação chamadas “manchas 
senis”. Na derme dessa pele envelhecida pelo sol, a 
quantidade de colágeno diminuiu e um material 
anormal contendo elastina acumulou-se. Grande parte 
dessa mudança deve-se à ativação de enzimas, 
induzida pelos raios UV, que degrada o colágeno e 
outros componentes da derme. 
Ao bloquear os raios UV, grandes quantidades de 
melanina protegem a pele do fotoenvelhecimento. É 
por isso que os indivíduos de pele clara, que possuem 
pouca melanina para começar, exibem alterações 
relacionadas à idade em uma idade mais precoce do 
que as pessoas com pele e pelos mais escuros. Pela 
mesma razão as pessoas de pele escura têm uma 
aparência jovial por muito mais tempo do que os 
caucasianos.