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Missão Chrisfapi “Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento e o saber, por meio da oferta de serviços educacionais de qualidade, comprometendo-se com a sociedade, meio-ambiente e a cidadania.” Farmacologia: Conceitos iniciais ANA PAULA DA SILVA CARVALHO Farmacologia Doenças: consideradas possessões demoníacas ou cólera dos deuses sobre os enfermos (produtos naturais e rituais religiosos). O desenvolvimento da química orgânica e o isolamento das primeiras drogas permitiu que preparações e aplicações terapêuticas de compostos medicinais, evoluíssem para a farmacologia moderna. • Pharmakos - do Grego = droga / Logos = estudo Ciência que estuda os efeitos/ interações dos fármacos/compostos químicos com organismos vivos ou sistemas biológicos. Interações podem trazer um efeito: Maléfico – TÓXICO Benéfico - MEDICAMENTOSO O diferencial entre os dois será a dosagem e a via de administração Bases farmacológicas permitirão a escolha do medicamento correto, na via de administração e na dosagem correta de modo cientifico e racional. (Fármaco com efeito) Farmacologia Fármaco / Droga: substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente ou componente da dieta, que quando administrada a um organismo vivo, produza um efeito biológico Podendo ser uma substâncias sintéticas, químicas obtidas de plantas, animais ou produtos de engenharia genética. Farmacologia Princípio básico da farmacologia: moléculas de fármacos devem exercer alguma influencia química sobre um ou mais constituintes das células para produzir resposta. • Faixa de concentração do fármaco com resposta benéfica. • Faixa de concentração do fármaco com resposta toxica. Farmacologia Farmacologia Farmacologia DROGA IDEAL OU FARMACO IDEAL: • Efetivo: capaz de se ligar ao receptor e produzir efeito • Segurança: produz um efeito terapêutico e não lesivo • Seletividade: capaz de se ligar a um tecido específico • Reversibilidade: permite aplicação de antidoto • Fácil administração: oral ou intra-cardiaca? • Mínimas interações: não interagir com outros medicamentos ou outros receptores • Isenta de reações adversas Farmacologia Como prescrever: Restrita aos médico, veterinários e odontologista De acordo com caraterísticas do paciente e ao fármaco como: • Fisiológicas: Idade, sexo e peso • Hábitos: fumo ou álcool (aumento de atividade enzimática ou por lesionar tecido que metaboliza) • Doenças: insuficiência renal e/ ou hepática • Droga: via de administração, toxicidade, tempo de eliminação e seletividade do fármaco. Farmacologia Conceitos básicos: Droga: qualquer substância que interaja com o organismo produzindo algum efeito. Fármaco: substância com propriedades ativas com efeito terapêutico. Medicamento: é quando adiciona-se ao fármaco todos os componentes para uma administração terapêutica. (corantes, emulsificantes..) Farmacologia Conceitos básicos: Forma farmacêutica: é como o medicamento se apresenta: comprimidos, cápsulas, injetável etc. Remédio: substancia vegetal, animal ou sintética. Pode ser um fármaco, conversa, cirurgia. Qualquer substância para fim benéfico Placebo: qualquer substância que não possuem um efeito ativo para comparação com aquele com o princípio ativo. Farmacologia Conceitos básicos: Medicamento de referência: primeiro medicamento que surgiu com aquele principio ativo, forma de administração. Serve de parâmetro para similares e genéricos Medicamento genérico: cópia do medicamento de referência com a mesma forma farmacêutica, dosagem e com mesmos efeitos. Similar: possui mesmo principio ativo, concentração, mas sem garantia de mesmo efeito do medicamento de referencia. Farmacologia Conceitos básicos: Dose letal 50: concentração de substância capaz de matar 50% da população testada. Serve para verificar a toxicidade do fármaco. Dose de substância é medida em miligrama de substancia por cada quilograma de massa corporal. Biodisponibilidade: extensão de uma droga terapêutica ativa que atinge a circulação sistêmica – o que está disponível atingir o local de ação Bioequivalência: Equivalências biológicas- capacidade que ambos tem de produzir o mesmo efeito. Farmacologia Conceitos básicos: Posologia: modo de aplicação/administração do fármaco. Em que concentração, qual o tempo de intervalo. Meia – vida: tempo necessário para remover metade de uma substancia do organismo. Especificidade: capacidade de reconhecer apenas um receptor Afinidade: tendência de um fármaco de se ligar ao seu receptor Eficácia: Tendência de uma vez ligado, ativar o receptor. Farmacologia Conceitos básicos: Agonista: substância que causa alteração na função celular, com vários efeitos. Se liga a receptor, enzima, transportador de íons. Antagonista: se ligam ao receptor, porém não causam ativação. Impedem a ligação do agonista, portanto sem efeito terapêutico. Dessensibilização: diminuição do efeito do fármaco gradualmente quando administrado, insensibilidade de receptor por perda da quantidade de receptor, excesso de fármaco e adaptação fisiológica. Farmacologia Estuda os efeitos fisiológico, bioquímico e o seu mecanismos de ação, ou seja , estuda o que ele produz, como ele produz e quais seus efeitos adversos. Farmacocinética Trata do movimento do fármaco desde sua administração até seu local de ação. (caminho percorrido no organismo animal) ESTUDAR: • Absorção • Distribuição • Metabolismo/ biotransformação • Excreção ABSORÇÃO Fase farmacêutica • Conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração e a absorção do medicamento. Determina a intensidade e velocidade com que ocorre a entrada da substância ativa no organismo. • Estes fenômenos compreendem basicamente a liberação e a dissolução do fármaco contido no produto farmacêutico. Liberação • A finalidade desta etapa é obter uma dispersão no estado sólido do fármaco, no meio aquoso de administração, o que permitirá o cumprimento da etapa posterior de dissolução. Dissolução • compreende a formação de uma dispersão molecular na fase aquosa, ou seja, a dissolução progressiva do fármaco, essencial para sua posterior absorção . • Etapa determinante da velocidade do processo de absorção. Processo farmacocinético: Farmacocinética: Absorção ABSORÇÃO: Transferência de um fármaco desde seu local de administração até sua circulação sanguínea. Farmacocinética • Os fármacos atravessam as membranas por processos passivos ou por mecanismos que envolvem a participação ativa dos componentes da membrana. • A membrana plasmática consiste em uma dupla camada de lipídeos acompanhadas de suas cadeias de hidrocarboneto orientadas para uma fase hidrofóbica contínua e suas cabeças hidrófilas voltadas para fora. • Cada molécula de lipídeo na camada dupla pode movimentar-se no sentido lateral, conferindo à membrana fluidez, flexibilidade, grande resistência elétrica e relativa impermeabilidade à moléculas altamente polarizadas. • As proteínas da membrana embutidas na dupla camada exercem muitas vezes a função de receptores que proporcionam vias de sinalização elétricas ou químicas e alvos seletivos para a ação de fármacos. • Constituintes da membrana, sua inter-relação, polaridade e diâmetro dos poros conferem seletividade à esta estrutura celular. • Os fármacos atravessam as membranas por processos passivos ou por mecanismos que envolvem a participação ativa dos componentes da membrana. ABSORÇÃO: Farmacocinética Diversos mecanismos para a travessia do fármaco. • Passivos (paracelular) o fármaco atravessa por entre as células ( por poros). • Transporte por difusão facilitada ou transporte ativo com gasto energético, necessitando de transportadores de fármaco como a proteína seguindo um gradiente de concentração (do mais para o menos CONCENTRADO). ABSORÇÃO: Permeabilidade de membrana depende do peso molecular. Fármaco menor atravessam a membrana mais fácil. Fármacos de mesmo peso molecular o coeficiente de partição octonol/ agua define a permeabilidade:quanto maior o seu coeficiente maior sua permeabilidade Farmacocinética ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS • O fármaco deve atravessar membranas biológicas como o epitélio gástrico e intestinal, ou o endotélio vascular, ou ainda as membranas plasmáticas celulares para exercer sua ação no organismos e depois de ser biotransformado e excretado. • Quando esta travessia ocorre, temos o fármaco chegando ao sangue, o que permite a passagem desta substância ao meio circulante. ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS • Assim, o processo de absorção tem por finalidade transferir o fármaco do local onde é administrado para os fluidos circulantes, representados especialmente pelo sangue. • Por exemplo, um fármaco injetado no músculo terá que se difundir a partir do local de injeção e atravessar o endotélio dos vasos sanguíneos mais próximos, para alcançar a circulação sistêmica e, portanto, ser absorvido. • Formas moleculares lipossolúveis mais que hidrossolúveis o que lhes confere capacidade de atravessar membranas, pois essas geralmente apresentam-se com dupla camada lipídica. . • Já a forma ionizada não tem capacidade de atravessar a membrana, pois se tornou hidrossolúvel. ABSORÇÃO: • Moléculas = são mais lipossolúveis = maior facilidade de atravessar membranas. • Íons: mais hidrossolúveis = não atravessam membranas Em meio ácido (ex: suco gástrico) o fármaco com acido fraco sofre redução do Ph deslocando-se no sentido da formação da estrutura molecular, o que lhe confere a capacidade de atravessar membranas indo para o plasma devido maior característica lipossolúvel (elevada absorção). Ao chegar no plasma o Ph ácido diminui muito, o que desencadeia maior formação de formas iônicas que são hidrossolúveis não podendo retornar, ficando aprisionado no plasma (CIRCULAÇÃO) ABSORÇÃO: • Fármaco são ácidos fortes ou bases fracas – tem capacidade de ionização Farmacocinética • O fármaco é administrado atravessa todo o TGI • Chegando ao intestino sai da forma farmacêutica • Liberando o efeito terapêutico. ABSORÇÃO: ABSORÇÃO: Grau de ionização X pH do meio ✔ Droga ácida em pH baixo se ioniza menos = absorção maior ✔ Droga básica em pH alcalino se ioniza menos = absorção ✔ VICE-VERSA ❑ Fármacos básicos são absorvidos em intestino ❑ Fármacos ácidos são absorvidos em região estomacal. Farmacocinética ABSORÇÃO: ABSORÇÃO: • Biodisponibilidade: Percentual da dose que atinge o sítio de ação Depende da velocidade de absorção do fármaco e da fração de absorção da droga Farmacocinética Insuficiência hepática: metabolismo reduzido causando um efeito cumulativo da droga podendo acarretar toxicidade Farmacocinética Farmacocinética Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: • Oral • Inalatória • Transdérmica • Sublingual • Parenteral (IV, IM e SC) • Retal Farmacocinética Farmacocinética Farmacocinética • Medicamentos que devem ser tomados com o estômago vazio: EX: Omeprazol Necessita do ambiente mais ácido do estômago para ser absorvido Estômago vazio é considerado quando se está em jejum ou 1 hora antes ou duas após as refeições. • Medicamentos que devem ser tomados com alimentos Ex: carbamazepina Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: RETAL • VANTAGEM: Fármaco administrado via retal, apenas cerca de 50% do fluxo venoso retal passa pelo fígado, o que reduz a sua inativação. • DESVANTAGEM: absorção pode ser incompleta, principalmente em casos de motilidade intestinal alterada. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL (via ao lado do tubo digestivo, administração sem usa-lo) • Intradérmica • Subcutânea • Intramuscular • Intravenosa ou endovenosa • Intra-arterial • Intracardíaca • Intra-araquídea • Intra-óssea Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL INTRADÉRMICA: ❑ via para pequenos volumes ❑ Usada para reações de hipersensibilidade ❑ Auto vacinas ❑ Aplicação de BCG ❑ Volume: 0,1 a 0,5 mililitros ❑ Seringas de 1 ml Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL INTRADÉRMICA: Locais mais apropriados: • Face anterior do antebraço (poucos pelos, pigmentação e vascularização) Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL SUBCUTÂNEA: aplica-se no tecido subcutâneo (hipoderme) • Absorção lenta através de capilares • Usada para aplicar vacinas como anti – rábica, diabetes e anticoagulantes • Volume: não excede a 3 mililitros Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL SUBCUTÂNEA: COMPLICAÇÕES: • Infecções inesperadas ou abcessos • Formação de tecido fibrótico • Embolias – por lesão de vasos ou uso de drogas oleosas • Lesões de nervos • Úlceras ou necrose de tecidos Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL INTRAMUSCULAR: Aplicação bem mais profunda. Possui rápida absorção devido efeito sistêmico. Musculo escolhido deve ser: • Bem desenvolvido • Fácil acesso • Não possuir grandes vasos ou nervos superficiais Volume: 2 a 5ml (glúteo); 2 a 3ml (deltóide) Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL INTRAMUSCULAR: Locais para administração dependem: • Das condições da musculatura • Do volume de medicamento • Do tipo de medicação • Da preferencia do paciente INJEÇÕES NÃO DEVEM SER APLICADAS COM PACIENTE DE ORTOSTATISMO. Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA: Medicação diretamente na veia. Aplicação: membros superiores, evitar articulações. O melhor lugar face anterior do braço. Indicações: necessidade imediata de medicação e necessidade de grandes volumes. Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: PARENTERAL TÓPICA / EPIDERMICA: Fármaco aplicado no local de ação Finalidade: ação local Pomadas, sprays e loções Farmacocinética VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: INALATÓRIA: fármacos administrado para ação no trato respiratório. Modo de aplicação: nebulização, vaporização. Fármaco chega a áreas mais profundas. Fármacos via intravenosa sofrem absorção? A velocidade e eficiência na absorção depende da via de administração. Farmacocinética Farmacocinética PRÓXIMA AULA DISTRIBUIÇÃO
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