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Introdução a Cirurgia Torócica

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MARIANA MARQUES – T29 
RELEMBRANDO A ANATOMIA DO TÓRAX 
• A caixa torácica é composta por 12 pares de costelas e 
cartilagens costais, 12 vértebras torácicas e o osso 
esterno, os quais são responsáveis pela proteção das 
vísceras torácicas e alguns órgãos abdominais. 
• A vascularização do tórax é feita pela aorta torácica 
(artérias intercostais posteriores e subcostais) e pela 
artéria axilar (artérias torácicas superior e lateral, 
artéria tóraco-acromial e artéria toracodorsal). 
• O feixe vasculonervoso torácico passa na borda inferior 
da costela. 
 
 
PULMÃO: 
• Direito: é dividido em 3 lobos (superior, médio e inferior). 
• Esquerdo: é dividido em 2 lobos (superior e inferior). 
• No total, os pulmões são divididos em dez segmentos. 
▪ Direito: segmentos anterior, apical, posterior, 
superior, basilar lateral, basilar anterior lateral, e 
medial. 
▪ Esquerdo: segmentos anterior, ápico-posterior, 
superior, basilar lateral, basilar anterior/basilar 
medial, lingular superior e lingular inferior. 
• Os pulmões são capazes de produzir cerca de 5L de 
oxigênio por minuto. 
• Mediastino: tudo que está localizado entre as cavidades 
pleurais, estende-se da abertura superior do tórax até o 
músculo diafragma e contém todas as vísceras torácicas 
com exceção dos pulmões, que se encontram na cavidade 
pleural. 
• Circulação pulmonar: corresponde a cerca de 77% do 
sangue, responsável por levar o sangue do coração para 
os pulmões, é de baixa pressão e faz troca gasosa. 
• Circulação brônquica: corresponde a circulação 
realizada pelos ramos diretamente da artéria aorta ou 
das artérias intercostais, possui alta pressão e tem como 
função nutrir via aérea e pulmão. 
 
PLEURA: 
• Consiste numa membrana fina e transparente composta 
por duas camadas que reveste os pulmões e o interior da 
parede torácica, a camada externa chama-se pleura 
parietal e encontra-se adjacente à caixa torácica, e uma 
camada interna chamada de pleura visceral, que reveste 
diretamente os pulmões. 
• Entre essas duas camadas há um espaço que contém 
pequena quantidade de líquido (líquido pleural) que as 
lubrifica e permite um deslizamento suave de uma sobre 
a outra a cada movimento respiratório, chamado de 
espaço pleural. 
• Quando há acúmulo de ar ou líquido em excesso entre as 
superfícies pleurais, pode-se causar os chamados 
derrame pleural (acúmulo de líquido) ou pneumotórax 
(acúmulo de ar) fazendo com que os pulmões não possam 
se expandir normalmente. 
 
ASPÉCTOS TÉCNICOS EM CIRURGIA TORÁCICA 
TORACOCENTESE: 
• Também chamada de punção pleural, consiste num 
procedimento utilizado para realização de drenagem 
descompressiva de líquidos presente na cavidade 
pleural, podendo também ser utilizada com finalidade 
diagnóstica, através da coleta de líquido para análise 
ou biópsia pleural (usa-se a agulha COPE). 
• Sempre introduzir a agulha na borda superior do arco 
costal inferior, devido à localização do feixe vásculo-
nervoso na borda inferior do arco costal. 
INTRODUÇÃO À 
Cirurgia Torácica 
 
MARIANA MARQUES – T29 
DRENAGEM PLEURAL: 
Passo a passo da drenagem pleural: 
1- Feita no 5º espaço intercostal anteriormente à linha 
axilar média do lado necessário. 
2- Realiza-se um corte de cerca de 2,5-3,0 centimetros. 
3- Deve-se afastar a pele e o subcutâneo com a pinça e 
introduzir o dreno de silicone no sentido posterior e 
superior (evita lesão no pulmão e no diafragma). 
4- Por fim, deve-se fixar o dreno e conectar ao sistema de 
selo d’água. 
Observação: dreno “Pig Tail” – não indicado para secreções 
mais viscosas (ex: sangue) pois apresenta menor calibre 
quando comparado ao tubo de drenagem, facilitando a 
ocorrência de obstruções no tubo, sendo assim, é mais usado 
para drenagem de ar (pneumotórax). 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS CIRÚRGICOS DO TÓRAX 
• Serra de Gigli: utilizada para abertura do esterno. 
• Serra pneumática: utilizada para abertura do esterno. 
• Ruginas: utilizada para a raspagem das costelas. 
• Costótomos: utilizado para dividir as cartilagens costais 
e abrir a cavidade torácica. 
• Afastador de Finocheto: utilizado para manter o espaço 
cirúrgico aberto. 
• Pinças de Duval: utilizadas para manipular o pulmão. 
 
VIAS DE ACESSO CIRÚRGICO AO TÓRAX 
VIDEOTORACOSCOPIA: 
• Cirurgia minimamente invasiva do pulmão (biópsia 
pleural, aderências, retirada de bolhas, retirada de 
nódulos). 
▪ Nesse procedimento, é feita uma incisão com um na 
parede torácica, por onde é introduzido o 
endoscópio (equipamento que possui uma câmera 
de vídeo) que permite a visualização do tórax. 
 
 
 
 
 
 
TORACOTOMIA: 
• Cirurgia aberta do pulmão, podendo ser anterior ou 
póstero-lateral (principal via de acesso). 
▪ Toracotomia póstero-lateral: doente fica em 
decúbito lateral, com o braço elevado, a incisão 
intercostal de cerca de 6 a 8 centímetros, é indicada 
em casos de doenças pleurais, de pulmão, de vias 
aéreas, de mediastino e para algumas doenças de 
parede torácica. 
 
 
 
 
 
 
ESTERNOTOMIA MEDIANA: 
• Consiste no acesso cirúrgico através de uma incisão 
longitudinal e abertura do esterno com o auxílio de uma 
serra (serra de Gigli ou pneumática), utilizada 
principalmente para cirurgias cardíacas, também sendo 
indicada para remoção de tumores do mediastino, 
cirurgia da Carina traqueal, lesões pulmonares bilaterais 
e transplante de pulmões. 
 
MARIANA MARQUES – T29 
BITORACOTOMIA (CLAMSHELL): 
• Consiste numa via de acesso alternativa à esternotomia 
mediana a qual permite o acesso a todo o tórax do 
paciente, é indicada para casos de doenças bilaterais 
dos pulmões, doença mediastinal extensa, transplante 
pulmonar bilateral e traumas torácicos. 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Sempre deve-se realizar colocação de dreno em 
casos de cirurgia de tórax para evitar prejuízo do pulmão. 
 
Observação: Tubos Endotraqueobrônquicos – são sondas 
(sonda de Carlens ou sonda de Robertshaw) que afetam 
apenas um pulmão, ou seja, consiste numa intubação seletiva 
que causa colabamento do pulmão afetado para que o 
cirurgião tenha espaço para trabalhar durante a cirurgia 
torácica. São utilizados tanto para Videotoracoscopia 
quanto para toracotomias. 
 
RESSECÇÕES PULMONARES 
• As ressecções pulmonares podem ter extensão variável e 
são realizadas mais frequentemente com a finalidade de 
tratamento de várias afecções. Mais raramente a 
ressecção é muito restrita e tem como finalidade a 
realização de um a biópsia para diagnóstico. 
RESSECÇÃO PULMONAR EM CUNHA: 
• É um procedimento cirúrgico para remover uma parte de 
tecido pulmonar, geralmente em forma de cunha. 
 
SEGMENTECTOMIA: 
• Consiste na remoção cirúrgica de um dos dez dos 
segmentos pulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
LOBECTOMIA: 
• Consiste na remoção cirúrgica de um dos lobos 
pulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BILOBECTOMIA: 
• Consiste na remoção cirúrgica de dois lobos pulmonares. 
 
PNEUMOMECTOMIA: 
• Consiste na retirada de um pulmão.

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