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Reabilitação Auditiva Fga. Clara Cavalcanti ○“O fonoaudiólogo avalia o estado da perda auditiva e os prejuízos na comunicação do indivíduo. Indica, seleciona e adapta o aparelho auditivo mais adequado a cada caso e realiza as terapias fonoaudiológicas necessárias para sua habilitação ou reabilitação auditiva.” Conselho Federal de Fonoaudiologia Deficiência auditiva Implicações físicas, psicológicas e sociais Aspectos relevantes PLASTICIDADE E MATURAÇÃO ESTIMULAÇÃO ○Identificação e intervenção precoces ○Protetização adequada (AASI ou próteses auditivas implantáveis), recursos auxiliares (sistema FM) Adultos e idosos Reabilitação auditiva Impactos da deficiência auditiva ○ Dificuldade na comunicação ○ Isolamento social ○ Depressão ○ Sentimentos negativos Aspectos relevantes ○Tipo e grau da perda auditiva ○Seleção e adaptação adequada da prótese ○Aceitação ○Expectativas irreais ○Aspectos psicossociais ○Insucesso no uso da prótese Reabilitação auditiva do adulto/idoso • Acompanhamento: supervisionar o progresso; retornos regulares. • Aconselhamento: orientações. • Reabilitação: trabalho mais extenso e aprofundado; requer participação efetiva e regular do paciente. Russo, Almeida, Boéchat, 2003 Reabilitação auditiva do adulto/idoso • Orientação e aconselhamento; • Uso de estratégias de comunicação; • Leitura orofacial; • Treinamento auditivo. Freire, 2012 Enfoques • Aprender a utilizar o novo sinal auditivo (AASI ou IC) • Leitura orofacial nas situações adversas • Conscientização a respeito dos diferentes ambientes • Conscientização das limitações • Apoio ao indivíduo e à família • Envolvimento→ mudança de atitudes e busca de soluções Enfoques • Treinamento das habilidades perceptuais auditivas (tarefas de escuta) • Detecção auditiva • Discriminação auditiva • Reconhecimento auditivo • Compreensão auditiva *Memória auditiva • Detecção do som • Discriminação: extensão da palavra, extensão da palavra em frase • Identificação: extensão da palavra, extensão da frase, sentenças com mesma extensão • Reconhecimento: de sentenças com temas, com frases- chaves • Compreensão: sentenças, parágrafos, textos, com pistas e sem pistas • Atividades com ruído de fundo; atividades ao telefone. Reabilitação • Atividades progressivamente mais complexas • Desafiar as habilidades de escuta do paciente • Descrições do paciente a respeito das informações auditivas recebidas • Atenção para alterações de fala e linguagem (oral e escrita) • Que materiais utilizar? Esse é o papel do fonoaudiólogo na essência desse tipo de atuação: reabilitar o indivíduo na sua totalidade, orientando, aconselhando e ensinando-o nas mais variadas estratégias reparadoras da comunicação. Freire, 2012 Crianças Habilitação/reabilitação auditiva Impactos da deficiência auditiva ○ Atraso no desenvolvimento das habilidades auditivas ○ Atraso no desenvolvimento da linguagem ○ Atraso cognitivo ○ Dificuldades de socialização ○ Baixo desempenho escolar ... TECNOLOGIA ATUAL + NEUROPLASTICIDADE DO CÉREBRO ↓ AS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA DE HOJE REPRESENTAM UMA GERAÇÃO NOVA E DIFERENTE DO PASSADO FLEXER, 2009 A criança com deficiência auditiva AVANÇO TECNOLÓGICO AASI e IC ↓ RESÍDUO AUDITIVO PRIORIZADO ↓ MAIOR ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DOS SONS DA FALA ↓ CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM ORAL POSSIBILIDADE E VIABILIDADE DA PERCEPÇÃO AUDITIVA DOS SONS DE FALA ↓ REDIMENSIONAMENTO DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO AUDITIVA ↓ SOFISTICAÇÃO AUDITIVO-LINGUÍSTICA ↓ MÉTODO AURIORAL 19 Método Aurioral Bevilacqua e Formigoni, 1997 ○Audição deve ser priorizada e maximizada ○“Aprender a escutar” ○Aprender a utilizar o resíduo auditivo para o desenvolvimento da função auditiva ○Desenvolvimento da função auditiva e integração da audição à personalidade da criança Método Aurioral Bevilacqua e Formigoni, 1997 ○Audição como modalidade sensorial mais efetiva para a construção da linguagem oral e habilidades cognitivas ○Possibilidade de aprendizagem incidental → Escutar e construir a linguagem oral A criança deverá passar pelas mesmas etapas auditivas pelas quais passam as crianças ouvintes. (BEVILLACQUA; MORET, 2005) Quando o resíduo auditivo destas crianças é priorizado, (...) a criança tem a oportunidade de construir a linguagem oral, seguindo as etapas normais de desenvolvimento da linguagem. (Alves; Lemes, 2005) Enfoques • Desenvolvimento das habilidades auditivas • Aquisição da linguagem oral • Adequação da qualidade vocal (SOUZA, 2012) • Estimulação da leitura e da escrita • Estimular a afetividade • Suporte educacional • Participação ativa da família no processo terapêutico Plano terapêutico ● Informações sobre os dispositivos utilizados; ● Objetivos/metas a serem atingidas: ●habilidades auditivas; ●níveis linguísticos; ●leitura e escrita; ●cognição; ●metas para a família; ●Estratégias; ●Recursos; ●Explicitar técnicas utilizadas; ●Descrever quais orientações foram fornecidas à família. Plano terapêutico Técnicas utilizadas em terapia: ●Sanduíche auditivo; ●Aproximação do dispositivo; ●Destaques acústicos; ●Fechamento auditivo; ●Sussurro; ●Sabotagem; ●Expressões; ●Estratégias verbais; ●Estratégias de voz e articulação... Plano terapêutico Orientações à família: ●Propostas de atividades para estimular as habilidades auditivas; ● Propostas de atividades para estimular a linguagem oral; ●Estratégias para facilitar a comunicação; ●Orientações sobre uso e manutenção dos equipamentos; ●Encaminhamentos. Família → Centro da proposta de intervenção Família → agente modificador Terapeuta → agente de apoio Bevilacqua, 1985 FAMÍLIA papel fundamental no desenvolvimento EMOCIONAL SOCIAL EDUCACIONAL COGNITIVO LINGUAGEM FAMÍLIA O que podemos fazer??? EMOCIONAL SOCIAL EDUCACIONAL COGNITIVO LINGUAGEM ESCOLA O que podemos fazer??? EMOCIONAL SOCIAL EDUCACIONAL COGNITIVO LINGUAGEM Variabilidade de resultados ○Tempo de privação sensorial ○Idade à época da intervenção (protetização) ○Tipo de intervenção ○Qualidade das estimulações ○Fatores intrínsecos Medidas de resultados ○Família, escola, fonoaudiólogos e serviços devem ser avaliados ○Protocolos, questionários, escalas, testes padronizados, inventários ○Auxiliam no planejamento terapêutico ○Analisam o desempenho da criança e demais envolvidos no processo nas diversas situações ○Os instrumentos se complementam 33 Medidas de resultados ○Habilidades Auditivas ○Linguagem Oral ○Linguagem Escrita ○Habilidades Metalinguísticas ○Processamento da informação (atenção, memória) ○Aspectos Psicossociais ○Desempenho Escolar 34 Medidas de resultados HABILIDADES AUDITIVAS (0 a 4 anos) ○ Avaliação do Comportamento Auditivo: observação das reações da criança diante de diferentes estímulos sonoros (verbais e não verbais) ○ TACAM – Teste de Avaliação da Capacidade Auditiva Mínima (Orlandi e Bevilacqua,1998) ○ IT-MAIS – (Castiquini & Bevilacqua, 2000): escala; entrevista com os cuidadores para avaliar as respostas espontâneas da criança aos sons de seu ambiente diário ○ FAPI (Ferreira, 2011) - Indicadores de Performance Funcional Auditiva: avalia as habilidades auditivas funcionais em 7 categorias Medidas de resultados HABILIDADES AUDITIVAS (0 a 4 anos) ○ Análise de Vídeo (Medeiros, Bevilacqua, 2002): Avalia diversos aspectos a partir da interação dos cuidadores com a criança ○ PEACH (Levy, Rodrigues, 2010) - Parent Evaluation of Auditory/oral performance of children: 13 perguntas para medir o uso da audição funcional em situações de vida diária ○ LittEARs (em andamento): questionário com 35 perguntas direcionadas aos cuidadores; visa avaliar o comportamento auditivo de crianças até 24 meses Medidas de resultados HABILIDADES AUDITIVAS (a partir de 4 anos) ○ Categorias de Audição (Geers, 1994) ○ MAIS (Castiquini & Bevilacqua, 2000) ○ GASP (Bevilaqua& Tech, 1996): Procedimento de avaliação de percepção de fala em crianças deficientes auditivas profundas a partir de cinco anos de idade; 6 provas ○ WASP - Word Association For Syllable Perception (Koch, 1999) (Mendes,2001) + Matriz de Confusão (Miller, Nicely,1955) (Helou, 2001): 6 listas de palavras Medidas de resultados ○ LINGUAGEM ORAL ○ MUSS - Meaningful use of speech scales (Robins; Osberger, 1990) (Nascimento, 1997): questionário de avaliação da linguagem oral; 10 questões direcionadas aos cuidadores ○ Inventário Mac Arthur (Fenson et.al,1993) (Teixeira,1997/2000): avalia o desenvolvimento lexical por meio de relato dos pais ○ PRISE - Escala de Avaliação da Produção (de fala) em Crianças – Liat Kishon-Rabin Medidas de resultados ○ LINGUAGEM ORAL ○ PROC (Zorzi; Hage, 2004): permite analisar o comportamento cognitivo e comunicativo da criança ○ ABFW (Andrade, Befi-Lopes, Fernandes e Wertzner, 2004): Teste de Linguagem Infantil nas áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática ○ AFC (Yavas, Hernandorena,Lamprecht, 1991) ○ Categorias de linguagem (Bevilacqua, Delgado, Moret, 1996) ○ WASP Medidas de resultados FAMÍLIA ○ Escala de Avaliação do Envolvimento Familiar (Moeller, 2000) (Novaes, Ribeiro, 2007) ○ Inventário das Necessidades Familiares (Yucel et.al, 2008) (Agostinho, Brazorotto, 2010) ESCOLA ○ TEACH - Teacher Auditory/oral of children: dirigido aos professores ○ LIFE - Listening Inventory for Education 40
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