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08/04/2021 REABILITAÇÃO PAC DOCENTE: MA. TAIANY DUARTE ▹ Plasticidade Neuronal Capacidade de adaptação do sistema nervoso às mudanças nas condições do ambiente. (LENT, 2010) As mudanças que podem acontecer na atividade neural devido à prática de uma habilidade, ou exposição frequente a um estímulo, são definidas como plasticidade neuronal (GRAFMAN, 2000). 1 2 08/04/2021 ▹ O treinamento auditivo e outras formas de intervenção comportamental, que promovam a estimulação auditiva, podem ocasionar o aumento da atividade sináptica e através desse aumento, facilitar mudanças comportamentais (CHERMAK E MUSIEK, 2006). ▹ Objetivos: - Determinados com base nos achados dos testes diagnósticos, história do paciente e nos dados da avaliação de fala e linguagem, psicológica e educacional. (Branco-Barreiro e Momensohn-Santos, 2010) - O planejamento terapêutico deve ser individualizado. 3 4 08/04/2021 O protocolo deve ser de acordo com a idade • Processamento acústico • Processamento fonêmico5 - 8 anos Decodificação • Processamento acústico • Processamento fonêmico • Processamento linguístico 9 – 11 anos Compreensão • Processamento acústico • Processamento fonêmico • Processamento linguístico • Habilidades metacognitivas 12 – 18 + Metacognição Extensão e co - ocorrências pode m o d i f i c a r conforme a faixa etária Planejamento Terapêutico ▹ Anamnese detalhada ▹ Avaliação audiológica completa ▹ Informações da escola ▹ Relatório do ORL ▹ Avaliação neurológica ▹ Avaliação eletrofisiológica da audição ▹ Avaliação de linguagem ▹ Avaliação psicológica ▹ Avaliação psicopedagógica (Knobel, 2010) 5 6 08/04/2021 ▹ Podem ser classificados como: - Treinamento auditivo formal: permite o controle sobre o estímulo e a sua apresentação e é realizado pelo fonoaudiólogo. - Treinamento informal: é usado como complementar ao formal e é realizado pelos pais em casa. (Musiek et al., 2007) Obs: A nomenclatura de treinamento formal não se resume somente a terapia em cabine, mas pode-se utilizar outras formas de treinamento com softwares ou outros tipos de abordagens para estimulação. ▹ A intervenção é focada em: - Remediação das habilidades deficientes - Impacto do distúrbio no paciente ▹ Medidas aplicadas simultaneamente: - Remediação direta das habilidades - Estratégias compensatórias - Modificação ambiental 7 8 08/04/2021 ▹ Remediação direta das habilidades - São utilizadas técnicas específicas para melhorar as habilidades selecionadas. - Realizado através do treinamento auditivo. - Botton Up – Habilidades auditivas – próprio transtorno auditivo é o determinante das alterações de comunicação. (Knobel, 2010) ▹ Treinamento auditivo Botton-Up - Medidas de interação - Tarefas monoaurais - Tarefas temporais - Tarefas dicóticas 9 10 08/04/2021 ▹ Estratégias compensatórias - Trabalha com as habilidades descendente (top-down) para minimizar o impacto do TPAC não resolvido pelo treinamento auditivo. - Incluem habilidades linguísticas, metalinguísticas e metacognitivas. - Top-down – Audição, atenção e memória – déficit como parte de um problema de linguagem. ▹ Modificação ambiental - Estratégias ascendentes-descendentes e descendentes-ascendentes, visando melhorar o acesso à informação auditiva apresentada na sala de aula, no trabalho ou em outro ambiente de comunicação, reduzindo o ruído. - Podem incluir diminuição de reverberação, fontes de ruídos externo, uso de tecnologias para aumentar a intensidade do sinal, como o sistema FM. 11 12 08/04/2021 ▹ Treinamento em casa - Atividades aplicadas pela família - Utilização de softwares, leituras. - Terapeuta monitora desempenho ▹ Terapeuta monitora os avanços - Comparando os resultados das terapias - Após período de terapia e/ou na alta é importante realizar reavaliação do PAC 13 14 08/04/2021 ▹ Treinamento auditivo - Informação diagnóstica = intervenção específica - Escolha do material de acordo com a idade - Motivação do paciente - Variação do estímulo (verbal e não-verbal) - Progressão do nível de complexidade - Hierarquização de tarefas (fácil x difícil) - Acerto de 80% ▹ Material - Softwares - Treinamento auditivo computadorizado - CDs 15 16 08/04/2021 ▹ Considerações básicas - Controle ambiental - Volume apropriado do computador - Saída das caixas para direita e esquerda - Posicionamento da criança - Tempo de permanência na atividade mínimo de 20 minutos - Compreensão do vocabulário envolvido de 70% (Caleffe-Schenck, 2015) ▹ Tempo sugerido *Pode variar - 3 x na semana 30 minutos (Talal, 1996; Weihing & Musiek, 2012) - Reteste 3 semanas pós-treino - Reteste após 1 ano 17 18 08/04/2021 Treinamento auditivo PRINCIPAIS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PARA CADA SUBPERFIL DE TPAC – (KNOBEL, 2010) Subperfil Intervenção Terapêutica Prosódia 1. Discriminação auditiva de estímulos não-verbais (frequência, intensidade e duração do som). 2. Extração de palavras-chave. 3. Treino de percepção e produção de expressões faciais e linguagem corporal. 4. Treino de entonação vocal com frases e histórias, com ênfase às palavras-chaves. 5. Trabalhar com linguagem figurada, poesias, rimas, trava-línguas, músicas, dança e dramatizações. 6. Julgamento da prosódia e da situação social. 7. Ensinar leitura de linguagem corporal e coerência com entonação de fala. Treinamento auditivo Subperfil Intervenção Terapêutica Decodificação 1. Treinar as habilidades de fechamento e figura-fundo com atividades que exijam compreensão de fala, introduzindo gradativamente sons competitivos. Do mais fácil para o mais difícil, usar: ruídos suaves e contínuos, músicas neutras, músicas que chamem atenção, programas falados de rádio que não sejam de interesse do paciente, programas de televisão (apenas ouvindo, sem olhar) que não chamem a atenção do paciente, programas de televisão que sejam considerados como atraentes para o paciente, usando variações no volume da televisão. 2. Exercícios de escuta monótica (dois sons diferentes na mesma orelha). PRINCIPAIS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PARA CADA SUBPERFIL DE TPAC – (KNOBEL, 2010) 19 20 08/04/2021 Treinamento auditivo Subperfil Intervenção Terapêutica Decodificação 3. Atividades de cloze auditivo (sem apoio visual). A princípio, devem ser usados textos bem familiares ao paciente com omissão de algumas palavras. De acordo com o progresso do paciente, usam-se frases desconhecidas, procede-se à omissão de sílabas em palavras e até mesmo à omissão de fonemas em palavras. 4. Atividades de construção de vocabulário usando pistas contextuais e categorização de palavras. 5. Processamento temporal: discriminação, imitação e produção de padrões de intensidade, velocidade e ritmo. 6. Consciência fonológica. PRINCIPAIS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PARA CADA SUBPERFIL DE TPAC – (KNOBEL, 2010) Treinamento auditivo PRINCIPAIS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PARA CADA SUBPERFIL DE TPAC – (KNOBEL, 2010) Subperfil Intervenção Terapêutica Integração 1. Exercícios de escuta dicótica (mensagens distintas em cada orelha, simultaneamente) fazendo integração binaural (entender as mensagens das duas orelhas) e separação binaural (dar atenção a apenas uma das orelhas). 2. Treino de escuta no ruído. 3. Exercícios de localização sonora. 4. Exercícios de transferência de conteúdos não-verbais em conteúdos verbais (e vice-versa), aulas de música, ouvir músicas e responder a perguntas sobre a letra, jogos eletrônicos que requeiram integração de informação auditiva e visual, jogos de computador com controle bimanual, esportes e danças que requeiram coordenação bipodal e/ou bimanual. 21 22 08/04/2021 ▹ https://novo.afinandoocerebro.com.br /conteudos DISPOSITIVOS PARA REABILITAÇÃO 23 24 08/04/2021 BONS ESTUDOS!!! fonotaianyduarte@gmail.com @taianyduartefono Referências sugeridas: BRANCO, B.F.C.A.,MOMENSOHN-SANTOS, T.M. Avaliação e Intervenção Fonoaudiológica do distúrbio do processamento auditivo (central). In: FERNANDES, F.M.D., et al. Tratado de fonoaudiologia. 2° ed.São Paulo: Roca, 2010. KNOBEL, K.A.B, NASCIMENTO, L.C.R. Habilidades auditivas e consciência fonológica: da teoria à prática. São Paulo: Pró-fono, 2010. MUSIEK, F.E., et al. Auditory training In: MUSIEK, F. E., et al. Handbook of (Central) Auditory Processing Disorder. Comprehensive Intervention. San Diego: Plural Publishing, 2007. v. 2, p. 77-106. 25
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