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Relação entre ECA2 e resposta imunológica na Covid-19

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A enzima ECA2 é um receptor da proteína estrutural S do SARS-CoV-2, fornecendo acesso do vírus a célula hospedeira. Ao ser ligada ao vírus, reduz a produção de angiotensinas 1-7, causando efeitos pró-inflamatórios e complicações cardiovasculares. Em pacientes com fase III da doença, é notável a provável presença de LHHS, uma inflamação intrapulmonar e extrapulmonar caracterizada pela hiperativação do sistema imune devido a eliminação inadequada de células Natural Killer (NK) e linfócitos T citotóxicos. Essa eliminação incorreta das células acarreta em produção excessiva de células pró-inflamatória, ocasionando uma exacerbação dos sistemas inflamatórios. Em contrapartida, a intensidade de resposta imune relacionada ao vírus SARS-CoV-2 recai de modo negativo sobre o endotélio, que juntamente a possíveis doenças endoteliais preexistentes influenciam na gravidade COVID-19. Sabe-se que o SARS-CoV-2 parece possuir efeito de agressão direta endotelial, sendo que a disfunção endotelial gerada pelo vírus, junto ao impacto da imunidade justifica a causa de pacientes com comorbidades atreladas a vasos sanguíneos possuem maior risco de desenvolver a COVID-19 grave.
	A questão de que estados inflamatórios tem responsabilidade sobre a instalação ou agravamento da doença já é bem estabelecida. Sabe-se que possivelmente, alguns indivíduos apresentam suscetibilidade a desenvolver respostas inflamatórias desequilibradas, ao passo que o menor dos estímulos pode acarretar no desenvolvimento de Covid-19. O SARS-CoV-2 ativa a produção de interleucina 12 (IL-12) e IFN-γ que estimulam células T CD4+ imaturas a diferenciarem em células TH1 que produz IFN-γ e TNF-α, sendo que o IFN-γ atua estimulando a resposta TH1 e possui papel crucial na resposta antiviral como ativador de macrófagos e produtor de IgG pelos linfócitos B. Cinco das principais quimiocinas e citocinas estão envolvidas a doenças autoimunes, tendo efeitos também relacionados a aumento da expressão celular de moléculas de adesão, quimiotaxia de células inflamatórias, estímulo à diferenciação celular e à produção de proteínas de fase aguda e proliferação de células musculares lisas, amplificando as respostas inflamatórias locais e sistêmicas. Nesse processo, envolvem-se aumento da expressão celular de moléculas de adesão, quimiotaxia de células inflamatórias, estímulo à diferenciação celular e à produção de proteínas de fase aguda e proliferação de células musculares lisas. 
	Relacionado a alterações na coagulação de Covid-19, Os estados hiperinflamatórios levam a ativação plaquetária, disfunção endotelial e estase sanguínea, condições diretamente relacionadas a trombose venosa e artéria. Na covid-19, os pulmões são os mais afetados. O vírus, provocando a SARS, resulta em uma resposta do organismo a uma agressão pulmonar grave que dispara uma série de mecanismos fisiológicos de defesa, culminando em uma forma de autoagressão, amplificando a resposta inflamatória e podendo evoluir para a síndrome da resposta inflamatória sistêmica e disfunção de múltiplos órgãos. Por conta da SARS, há também um acúmulo de fibrina insolúvel no espaço alveolar devido à fibrinólise incompleta, contribuindo para fibrose pulmonar. 
	Em suma, o sistema imunológico, quando agindo em desequilíbrio, deixa mais vulneráveis os pacientes com resposta imunológica exacerbada a desenvolver a Covid-19 de modo mais grave por conta da relação  a processos inflamatórios crônicos e disfunção endotelial e produção de citocinas pró-inflamatórias.

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