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Atividade 1 (A1)- Alfabetização e Letramento Após nossas leituras podemos perceber o quanto a atuação do professor, de forma planejada, responsável e consciente é importante para que o aluno consiga se desenvolver significativamente no que diz respeito ao processo evolutivo do desenho, principalmente na Educação infantil, em que a leitura e a escrita ainda não são de seu domínio. Partindo desse princípio, porque o professor deve ser um conhecedor do processo evolutivo do desenho, ou seja, conhecer as características das fases do desenho infantil? Como o professor deve proceder ao observar que, mesmo depois de um bom trabalho no coletivo, uma determinada criança não apresenta em seus desenhos uma perceptível evolução? Derdyk (1989,p.19) enfatiza que a criança, enquanto desenha, canta, dança, conta histórias, teatraliza, imagina ou até silencia. No agir do desenho, ela é estimulada a outras manifestações, o que possibilita uma grande caminhada pelo seu imaginário, uma vez que “[...]” o desenho também é manifestação da inteligência, a criança vive a inventar explicações, hipóteses e teorias para compreender a realidade. (DERDYK, 1989, p.54). Entende-se que através do desenho o professor pode analisar e compreender a aprendizagem em cada traço elaborado pelos pequenos, como o desenvolvimento intelectual, motor e cognitivo estão sendo estimulados. Ao fim do 1°ano de vida, que compreende ao estágio sensório-motor, descrito por Piaget (1948), a criança é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos(garatujas), também chamado de Realismo fortuito que começa a partir dos 2 anos de idade e põe fim ao período chamado rabisco, onde as crianças iniciam traços, signos à princípio sem representação, descobrindo assim uma analogia com objetos, passando em seguida a nomeá-los. Expressando assim no seu nível sensório-motor e parte da fase pré-silábica a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo em seu contexto cultural e suas experiências individuais. Entrando na próxima fase a garatujas desordenada, no estágio pré esquemático para Piaget que compreende dos 4anos até os 7 anos, no Realismo fracassado para Luquet, para Derdyk, Realismo falhado que compreende a idade de 3 a 4 anos onde o desenho assume um caráter próprio, tornando-se assim intérprete do próprio desenho, tendo descoberto a identidade, procurando assim produzir esta forma-objeto; e tem o realismo intelectual que estende-se dos 4 anos aos 10/12 anos caracterizado pelo fato da criança desenhar não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Para Piaget, ainda está em fase de transição, entre garatujas desordenadas e ordenadas, onde entre os 7 e 9 anos entra no estágio esquemático, e após os 9 anos passa para o estágio do realismo nascente, vale ressaltar que este estágio compreende entre 7 e 11 anos que estão dentro do período das operações concretas. E por fim chegamos ao realismo visual onde acontece por volta dos 12 anos, onde nesta etapa a transparência é substituída pela opacidade. É importante que o docente esteja cada vez mais atento e sensível à construção do desenho infantil, pois perceberemos que este é um dos instrumentos mais utilizados pela criança para expressar suas emoções e conflitos, e que é através dele que ela nos permite adentrar no seu mundo interior. Perceber que o desenho desenvolve tanto o emocional quanto o cognitivo, a oralidade quanto a escrita, pois o ato de desenhar vêm acompanhado de falas e gestos. O grafismo infantil é rico várias dimensões, é uma ferramenta diagnóstica, lúdica e prazerosa. Assim ao perceber que o dicente não está evoluindo, pode ser trabalhado de forma individual, caso isso não possa acontecer, incluí-lo em um grupo que seja mais receptivo e que o estimulem a novos desafios. Lembrando que cada criança tem o seu tempo de aprendizagem.