Relatório Estágio

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Relatório 
 
Curso: Licenciatura em Pedagogia 
Instituição: Cruzeiro do Sul – Graduação EAD 
RGM: 24985422. 
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado em Educação Infantil. 
Ano/Semestre de realização do estágio: 2021/3° Semestre 
Quantidade de horas realizadas: 100 horas. 
 
Caracterização da escola. 
 
Nome da instituição: Escola Municipal Educação Infantil Cirandinha. 
Endereço/Região da cidade em que se situa: Rua: São Domingos, Bairro: 
Pequiá, Cidade: Açailândia-MA. 
Dependência administrativa: Pública 
Diretoria: Adalgiza Moraes Dias 
Secretaria de ensino a que é vinculada: Secretaria de Educação 
Ano (s) e nível (eis) escolar (res): Inicial Educação infantil maternal, pré I e pré 
II 
 
O estágio de observação foi realizado na escola municipal Educação Infantil 
Cirandinha, localizada na rua São Domingos, no bairro Pequiá, Açailândia-MA. É uma 
instituição pública, secretaria municipal de Açailândia atende 168 alunos da Educação 
Infantil – creche e pré-escola funciona em dois turnos manhã e tarde. 
Tem 04 salas de aulas, diretoria, sala dos professores, cozinha, 2 banheiros 
adequados à educação infantil, sala de secretária, dispensa, pátio descoberto, 01 
construção recente, apropriada para a demanda, por isso o espaço atende a necessidade 
das crianças. 
A escola é bem iluminada, as salas são arejadas, tem ventiladores em cada sala, o 
espaço é limpo, todas as salas possuem armários, prateleiras e cartaz para uso pedagógico. 
A sala escolhida para o período de estágio foi a sala 02 da turma Pré-II A, nessa 
classe tem 20 alunos, faixa etária de 03 anos, 12 meninos e 08 meninas, possui 01 
professora e 01 auxiliar. 
 
Introdução. 
 
O referido estágio foi realizado na Escola Municipal Educação Infantil 
Cirandinha, com carga horária de 100 horas, entre os dias 26 de agosto de 2021 a 05 de 
outubro de 2021. 
O estágio nos dá a oportunidade de analisar na pratica, o aprendizado teórico que 
tivemos durante esse semestre. 
Durante o estágio em um momento de construção, de reflexão e transformação da 
teoria para a pratica, durante essas 100 horas de estágio de observação vivenciei a 
realidade vivida no dia-a-dia da sala de aula e os desafios da pratica docente. 
Através do estágio, percebi que o processo de ensino-aprendizagem na educação 
infantil, acontece na interação professor-aluno, aluno, aluno. 
A rotina da escola é muito organizada, os profissionais são envolvidos no processo 
de aprendizagem e a linha pedagógica adotada é dialógica, tem espaço acolhedor, os 
funcionários trabalham pensando no bem-estar da aprendizagem e desenvolvimento 
pessoal dos alunos. 
A equipe docente elabora seus planejamentos e atividades baseados na Base 
Nacional Comum Curricular. 
 
Reflexões sobre o estágio de observação e participação. 
 
O estágio foi realizado na turma do Pré-II A. A professora trabalha conteúdos 
envolvendo corpo, gestos, movimentos, sons, cores, cantigas de roda, brincadeiras, 
formas, leitura de histórias, vídeos musicais, desenhos animados, imagens, ilustrações, 
jogo de boliche, atividades de pintura, material de encaixe. 
Através do estágio, tive a oportunidade de observar o processo de ensino -
aprendizagem e a interação entre a professora e os alunos na educação infantil, pois na 
formação em EAD, acabamos adquirindo conhecimentos específicos superficiais da 
realidade escolar, pois durante o período de estágio participei de várias atividades que 
pude perceber que a teoria e a pratica realmente caminham juntas. 
O estágio supervisionado na educação infantil possibilita ao futuro professor 
conhecer melhor a proposta pedagógica e seu papel no processo educativo, observando 
as metodologias e as práticas docentes no ambiente escolar. 
[...] “O estágio bem fundamentado, estruturado e orientado, configura-se como 
um momento de relevante importância no processo de formação dos futuros professores. 
” (FELICIO; OLIVEIRA, 2008, p. 217). 
 
Perfil dos professores. 
 
A professora observada chama-se Raimunda Lima Araújo, é formada em 
pedagogia e trabalha na área da educação infantil há dez anos nessa escola. 
A professora é carinhosa e receptiva com os alunos, ela utiliza recursos lúdicos 
em suas aulas, despertando a imaginação das crianças e envolvendo todas nas atividades, 
utiliza métodos diferenciados para atender todos os alunos. 
Demonstra ser realizada com a profissão e sua perspectiva sobre a educação 
infantil nas escolas brasileiras, é que mesmo que as mudanças ocorram de forma lenta, 
ela consegue observar a cada ano uma melhora nessa modalidade de educação. 
 
Praticas pedagógicas do professor. 
 
A turma do pré-II A, é mediada por uma professora e uma auxiliar, a professora 
planeja as atividades de acordo com o nível de conhecimento dos alunos, em suas aulas 
ela sempre desenvolve atividades voltadas para a teoria dialógica nas quais os alunos 
interagem entre si e com o meio, o planejamento é quinzenal, a professora é flexível, faz 
mudanças de metodologias sempre que necessário para atender as necessidades dos 
alunos. 
A rotina da sala de aula se inicia com a acolhida, música, hora da leitura e roda de 
conversa onde os alunos expressa suas ideias, fazem perguntas e contam histórias 
baseadas ao faz de conta, em seguida hora do lanche, após voltarem para a sala sempre é 
trabalhado um conteúdo através de vídeos, músicas ou exposição de materiais 
relacionados ao conteúdo, próximo momento uma atividade, segue a rotina envolvendo 
brincadeiras educativas, brinquedos de encaixe, atividade de coordenação motora, 
recreação, colagem e projetos determinados pela secretaria de educação. 
 
 
Observações especificas – Foco de discussão. 
A professora está sempre atenta as expressões e comportamento das crianças no 
dia-a-dia, pois ela trabalha o cuidar e o educar juntos. 
Segundo Bujes (2001, p.16): 
A educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos 
complementares e indissociáveis: educar e cuidar. As crianças desta faixa etária, como 
sabemos, têm necessidades de atenção, carinho, segurança, sem as quais elas dificilmente 
poderiam sobreviver. Simultaneamente, nesta etapa, as crianças tomam contato co m o 
mundo e com as formas experiências diretas com as pessoas e as coisas deste mundo e 
com as formas de expressão que nele ocorrem. Esta inserção das crianças no mundo não 
seria possível sem que atividades voltadas simultaneamente para cuidar e educar 
estivessem presentes. O que se tem verificado, na prática, é que tanto os cuidados como 
a educação têm sido entendidos de formas muito estreita. 
 
Foco de Observação para Educação Infantil. 
 
Foco 1 – Música 
Já ao nascer. A criança conta com um ambiente com muitos estímulos sonoros e 
já reage a eles manifestando sons com balbucios de gritos. A professora utiliza a música 
para atender os propósitos como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos, para 
trabalhar datas comemorativas e para a memorização de conteúdos. Ela trabalha a música 
corno linguagem cujo conhecimento se constrói. Ao proporcionar às crianças 
oportunidades de vivenciarem experiências evolvendo a música, pode se esperar delas 
que reconheçam e utilizem-na como linguagem expressiva, consciente de seu valor como 
instrumento de comunicação e expressão. De acordo com o Referencial Curricula r 
Nacional para a Educação Infantil (1998), do MEC, o trabalho com a música na Educação 
Infantil tem como objetivo oferecer as crianças oportunidades para que sejam capazes de 
ouvir, perceber e descriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções 
musicais, brincar, imitar, inventar e reproduzir criações musicais para poder se expressar 
interagir com os outros e ampliar seus conhecimentos do mundo. 
Foco 2 – A Contação de História 
A contação de história na educação infantil tem se tornado um instrumento 
importante na pratica do professor, pois através da história o alunorecebe estímulos que 
os leva ao mundo da sua imaginação, desenvolve habilidades cognitivas, potencializada 
a oralidade, passa valores, instrui, educa, e torna dinâmico o processo de leitura e escrita, 
contribui na formação do indivíduo e enriquece o vocabulário, além de encantar e divertir 
nesse mundo mágico. 
A escola tem sua rotina e contação de história, a professora utiliza sempre desse 
momento para contar uma história relacionada ao conteúdo que irá trabalhar, utilizando 
o conto de forma lúdica para auxiliar no momento do ensino aprendizagem. 
Contar história é uma arte, pois uma história bem contada leva o contador e os 
ouvintes a uma viagem mágica ao mundo das personagens, é necessário que o contador 
de histórias utilize de vários recursos para prender a atenção dos ouvintes, como a 
entoação de voz, fantoches, máscaras, dobraduras, instrumentos musicais, materiais 
reciclados, figuras representativas, figurinos, etc. 
Atualmente utiliza se da contação de história como terapia, no caso de luto, 
ressentimento, aceitação entre outros temas, pois a criança sente todas as emoções 
transmitidas através de uma história bem contada. 
De acordo com Abramovich (1995, p.17). 
É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a 
tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a 
tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo que as narrativas 
provocam em quem as ouve com toda a amplitude significância e verdade que cada uma 
delas fez (ou não) brotar... pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário ! 
(Abramovich, 1995, p.17) 
A professora utiliza de contos de fadas, fabulas e livros de imagens e literatura 
infantil apropriado para a faixa etária da turma. 
As histórias são contadas com o livro e outras vezes sem, quando contadas com o 
livro a professora mostra a capa fala do autor, ilustrador, explora as imagens da capa com 
os alunos e vai contando a história com o livro voltado para as crianças, conforme vai 
contando eles vão acompanhando a sequência das imagens, quando faz a contação sem o 
auxílio do livro, apenas apresenta a capa, e fala do autor e ilustrador e vai contando a 
história com fantoches, dedoches e materiais concretos que simboliza as personagens, 
produzidos com materiais reciclável. 
 
Considerações Finais. 
 
Neste estágio, foi observado que a educação infantil está no caminho certo: a 
teoria e a prática andam juntas. 
Compreende-se a importância da prática de ensino e das discussões propiciadas, 
ressaltando a reflexão do professor sobre sua ação, resultando em novas ações revistas e 
enriquecidas. 
O estágio é de suma importância para a formação do docente, pois é durante esse 
momento que o futuro docente poderá pôr em prática os conhecimentos adquiridos. 
Há muito o que ser feito, mas quando possível for, o professor poderá fazer a 
mudança de que a educação precisa. 
Há uma precariedade no sistema educacional brasileiro, mas há também 
professores capazes e cheios de virtude a fim de darem sua contribuição na formação de 
nossas crianças e jovens. 
Esse estágio contribuiu muito para a minha formação e me proporcionou 
momentos de grandes aprendizagens. Ali tive a oportunidade de vivenciar algo que 
apenas pensava e, quando fui para a sala de aula, descobri o quanto é rica a experiência. 
Por não poder conduzir a turma durante a aprendizagem, a prática ficou a desejar, 
mas a observação e a participação nas atividades foram suficientes para o enriquecimento 
na formação. Acredito que se a regência fosse obrigatória, a formação seria mais 
completa. Fiz as atividades deixadas pelo professor, mas tive a liberdade de realiza-las ao 
meu modo. 
Enfim, o estágio foi de suma importância para a minha formação. Gostei 
muitíssimo e acho que todos deveriam fazê-lo para que descubram se é mesmo sua 
vocação. 
 
Referencias. 
 
FELICIO, Helena Maria dos; OLIVEIRA, Ronaldo Alexandre de. A formação 
prática de professores no estágio curricular. Educar, Curitiba, n. 32, P.215.232,2008. 
 
BUJES, Maria Isabel Edelweis. Escola infantil: pra que te quero. In: CRAIDY, 
Carmem Maria; KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva (Orgs.). Educação infantil: pra 
que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. 
 
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5ª Ed. São Paulo: 
Scipione, 1995.