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A PSICOLOGIA HUMANISTA
O humanismo, na verdade, não é uma escola de pensamento, mas sim um aglomerado de diversas correntes teóricas. Em comum elas têm o enfoque humanizador do aparelho psíquico, em outras palavras elas focalizam no homem como detentor de liberdade, escolha, sempre no presente. Traz da filosofia fenomenológica existencial um extenso gabarito de idéias. Foi fundada por Abraham Maslow, porém a sua história começa muito tempo antes. A Gestalt foi agregada ao humanismo pela sua visão holística do homem, sendo importante campo da Psicologia, na forma de Gestalt-terapia. Mas foi Carl Rogers, um psicanalista americano, um dos maiores exponenciais da obra humanista.	
O humanismo tende essencialmente tornar o homem mais verdadeiramente humano na manifestação da sua grandeza original e fazendo-o participar de tudo que pode enriquecê-lo na natureza e na história, concentrando o mundo no homem e dilatando o homem ao mundo. O humanismo pede, ao mesmo tempo, que o homem desenvolva suas virtualidades nele contidas, suas forças criadoras e a vida da razão, trabalhando para fazer das forças do mundo físico instrumento de sua liberdade. Assim compreendido, o humanismo é inseparável da civilização ou da cultura. 
Definição do Dicionário de Psicologia (Stratton, 2002, p. 189):
Psicologia Humanista
“Uma abordagem na psicologia que enfatiza a pessoa toda e seu escopo para a mudança. Os psicólogos humanistas rejeitam a abordagem reducionista de muitos pesquisadores, a qual vê a ação humana simplesmente como coleções de mecanismos separados, bem como se posicionam contra a desumanização e ‘objetificação’ do comportamento humano, produzidas por investigações triviais em laboratório e atitudes behavioristas na psicologia. Ao contrário, eles defendem a tese de que os psicólogos devem atentar mais para a pessoa toda, englobando as atitudes, valores e respostas às situações sociais, inclusive os experimentos. Segundo eles, o esforço de estudar as pessoas de uma forma fragmentada consiste em ignorar a essência do que é ser humano. Há muitos psicólogos humanistas, dos quais Carl Rogers é talvez o mais famoso. A psicologia humanista acha-se também intimamente ligada à abordagem fenomenológica, no campo da psicologia.”
Abraham Maslow (1908- 1970) foi um psicólogo americano, conhecido pela proposta da hierarquia de necessidades de Maslow. Para ele somos seres que damos e nos damos, mas também temos necessidades. É muito conhecida a teoria sobre a motivação desenvolvida por Abraham Maslow, centrada nas necessidades. 
O homem é um ser indigente - afirma Maslow. - Mal uma das suas necessidades é satisfeita, aparece outra no seu lugar. Este processo é interminável. Dura desde o nascimento até à morte. 
Descobre que as necessidades humanas estão organizadas numa série de níveis, segundo uma hierarquia de importância. De menor a maior importância, existem cinco níveis de necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais (afiliação e amor), de autoestima e de auto-realização.
 
As necessidades de cada nível são motivadoras enquanto não estão razoavelmente satisfeitas. Pelo contrário, uma necessidade satisfeita não é um motivador do comportamento humano. 
 
Em muitos seres humanos as necessidades de quinto nível permanecem adormecidas, em grande parte por frustrações experimentadas no que se refere a necessidades de níveis inferiores ou por ter gasto as energias interiores na luta pela satisfação dessas necessidades. 
O esquema de Maslow assinalou uma série de exceções à hierarquia de necessidades. Por exemplo, em certas pessoas as necessidades de autoestima parecem ser mais importantes que as necessidades sociais. 
Em pessoas altamente criativas, o impulso para criar parece ser mais importante do que qualquer outra necessidade. É o caso de muitos artistas. Em algumas pessoas o nível de aspiração parece ficar bloqueado num patamar muito baixo. Isto é frequente nas pessoas que sofreram grandes privações.
 
Em certas pessoas parecem não existir as necessidades sociais. Talvez não tenham encontrado afeto na sua infância, e por isso não mostrem desejos de dar e de receber afeto. 
Além disso, convém ter em conta que Maslow, apesar da importância que atribui à satisfação das necessidades como condição para o desenvolvimento psíquico, reconhece que a satisfação desordenada das necessidades humanas pode ter consequências patológicas. O desenvolvimento de uma personalidade sã vai para além da questão da satisfação das necessidades básicas. Por outras palavras, a permissividade é patogênica. É preciso uma dose de firmeza, disciplina e frustração para fazer uma pessoa madura. (Rodríguez, 1988, p. 19)
Maslow fez uma excelente análise das necessidades humanas. Os primeiros quatro níveis referem-se a necessidades de carência. O quinto, ao contrário, inclui necessidades de realização. Em todo o caso, as necessidades apontam para valores ou bens, materiais e imateriais. 
Carl Rogers (1902-1987)
Carl Ransom Rogers era psicólogo e psicopedagogo norte americano. Importante pensador americano, foi um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).
A Abordagem Centrada na Pessoa é uma abordagem das relações interpessoais. Depois de anos a finco praticando psicanálise, notou que seu estilo de terapia se diferenciara muito da terapia psicanálitica. Ele utilizava outros métodos, como a fala livre, com poucas intervenções, e o aspecto do sentimento, tanto do paciente, como do terapeuta. Deu-se conta de que o paciente era detentor de seu tratamento, portanto não era passivo, como passa a idéia de paciente, denominando então este como cliente. Era a terapia centrada no cliente (ou na pessoa). 
Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na idéia de que todo ser humano possuía uma neurose básica, Rogers rejeitou essa visão, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.
Contribuiu para a Psicologia com uma perspectiva humanista. Para ele, o processo psicoterapêutico consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objetivo é a liberação desse núcleo da personalidade, obtendo-se com isso a descoberta ou redescoberta da auto-estima, da auto-confiança e do amadurecimento emocional. 
O pressuposto fundamental da Abordagem Centrada na Pessoa é que em todo indivíduo existe uma tendência à atualização, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva. 
A partir de extensa experiência clínica e com base em diversos resultados de pesquisa, Rogers formulou a hipótese de que esta tendência à atualização é promovida em uma relação interpessoal permeada das atitudes de empatia, consideração positiva incondicional e congruência:
Então, para Rogers, há três condições básicas e simultâneas, defendidas como sendo aquelas que vão permitir que, dentro do relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, ocorra a descoberta desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: 
1) Consideração positiva incondicional (ou aceitação incondicional) - aceitar o outro como este é, em seus defeitos, angústias, etc. É receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar um afeto positivo por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário que ela faça ou seja isto ou aquilo
2) Empatia - capacidade de sentir o que o outro quer dizer, e de entender seu sentimento. Consiste na capacidade de se colocar no lugar do cliente, ver o mundo pelos olhos deles e sentir como ele sente, comunicando tal situação para ele, que receberá esta manifestação como uma profunda e reconfortante experiência de estar sendo compreendido, não julgado.
3) Congruência - ser o que se sente, sem mentir para si e para os outros. Condição que permitirá ao profissional, embora nutrindo um afeto positivo e incondicional por seu cliente e tendo a capacidade de “estar no lugar” dele, a habilidade de expressarde modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo.
Influências de Rogers no Aconselhamento, na Psicoterapia, na Educação e no trabalho com grupos;
As atitudes de empatia, consideração positiva incondicional e congruência, que caracterizam a Abordagem Centrada na Pessoa, promovem o crescimento e a atualização das potencialidades criativas e positivas dos indivíduos em qualquer forma de relação interpessoal. Por este motivo, o campo de aplicação da Abordagem Centrada na Pessoa é bastante amplo, incluindo as áreas da psicoterapia, educação, resolução de conflitos, relações familiares, grupos de encontro, grupos de crescimento e grandes grupos de comunidade. Seus métodos foram usados nos mais vastos campos do conhecimento humano, como nas aulas centradas nos alunos.
Rogers marcou não só a Psicologia Clínica, como também, a Psicoterapia, Administração – de empresas e de escolas etc. - o Aconselhamento Psicológico, Aconselhamento Pastoral, a Educação e Pedagogia, a Psicopedagogia, Orientação Educacional, assim como a Literatura, o Cinema e as Artes, de modo explícito ou implícito, consciente ou não conscientemente.
Há muitos nomes para, o que hoje, aqui estamos a denominar de Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Tem psicólogo ou orientador educacional, ou mesmo professor que "fala" em Orientação Não Diretiva, ou em Psicoterapia Humanista-Existencial (Corey), de Terapia Centrada no Cliente, de Pedagogia Centrada no Aluno, ou Abordagem Experiencial, de Grupos de Encontro, de Gestão Humana Existencial de Recursos Humanos ou de Gestão Humanista Existencial de Empresas, de Mediação de Conflitos Sociais pela ACP, Políticos ou Raciais Centrados na Pessoa etc.
Enfim, a sua ação ao longo deste século, foi de um contínuo empenho no caminho da liberdade e da libertação das forças interiores (Self) do ser humano, na sua capacidade de enfrentar a si e o outro, no mundo mesmo, e sua tendência a uma atitude de respeito e ao crescimento.
Essas forças internas do ser humano se mostram nos seus modos de ser – ser sendo no mundo - sempre alguém aberto ao desenvolvimento e aprendizagem positivos, tendo dentro de si algo que o impulsiona: a Tendência Atualizante, modos de auto-atualização de suas potencialidades, de fazer, sentir, agir seu próprio florescimento.
Rogers fez severas oposições aos conceitos deterministas de ser humano, buscando fundamentar-se nas Filosofias Humanistas Existenciais e utilizando-se do método fenomenológico de pesquisa. Para Roger, cada pessoa possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a habilidade necessária para resolver os seus problemas. Por isso, o sentimento de pena e o determinismo seriam maneiras de negar a capacidade de realização de cada indivíduo.
Contribuições e análise crítica.
O processo psicoterapêutico consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objetivo é a liberação desse potencial de crescimento, tendo como resultado a pessoa aberta à experiência,vivendo de maneira existencial,tornando-se ele mesmo.
O interessante na abordagem rogeriana é que a aplicação do seu método em psicoterapia, passa por um processo de amadurecimento do próprio psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmente apropriar-se de uma “técnica”, mas que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers. Percebe-se então, por exemplo, que a expressão de uma afetividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo; não há como simular tal afetividade. O mesmo ocorre com a empatia e com a congruência. Por isso se diz que não existe uma “técnica rogeriana”, mas sim psicólogos cuja conduta pessoal e profissional mais se aproximam da perspectiva de Carl Rogers.
Tornar-se pessoa
Rogers se opôs à teoria de B.F.Skinner de que o homem nasceria como uma máquina e que a sua personalidade seria moldada pelo meio através de repetições e condicionamentos. Para Rogers todos os homens são bons na sua essência, e todo o aprendizado deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o contrário. Neste sentido, ele nos diz: 
“A Questão é saber se podemos permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para o indivíduo.” 
Carl Rogers
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