Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Os Anos Incriveis Guia de Resolu(:do de Problemas para Pais de dos 2 aos 8 Anos de ldade Tllilio AUlorCi Coonkn~!1o Ci(nlijitCi CoonknCl(dO CltnlljiclI dCl ,rQducllll Copy nghl lIuJlrCl(6cs Com/tO."(",,, 'mprr""" t ClCCloomenlM Re.uoo O,smbul(M I" fncomendas , . Edi(at) Por/ugunCl ISBN OtpOs,/O ltgal FICHA TECNICA Os AnDS Inc:rt\'ei.$ CUIa de Resolutto de Proble:mas para palS de e:rull(as dO$ 2 80S 8 .nos de: kbde C.ro1rn Webster-Stranon };hgurl Gontat\'~ M.rilo Filomena cia Fon~ea Gaspar Marilo Jato Subra·SantO$ Mana Isabel Donas Botto o Pslqullibrios Edit6es Original copynght 0 2005 by Carolyn Webste:r·Strallon The ' ncl'(d,bfe )i:llrs: A Trouble Shooleng GUllk Jor PIlrt:nlJ of Childrt:n Agtd 2-8 Yean. reprinted 2006. 2007, 2008, 2009, 2010 Publishe:d in .greement by the amhor Oand Most)'n Janice 51 Mane: ('and.'a~ An,..; Gnificas Braga I Portugal I www_CIIndeiasag_com SilVia Fernandn P~lqulhbri05 Edu;6H BllIga t POrlugal Tel 253 28 .. 517 I 964 H5 134 e:dllor.@pslquillbn05.pt ww .... ·p5lqullibnospt Maio de: 2010 978-989·8333·03·2 3 100921 10 ",,(nhuINI """( dUIJ pubh~ podc K. ITprodu~,da par qualqlK' m(lo. Km p.t-'lJ .ulonz~ cia nlno", por tKfUO .- PSIOUIUBRIOS ~nll'n~'" prtJicio li traduc;ao portuguesa Comentirio da aUlora sobre a rtvisJo fndice Soble as Coordcnadoras Clentificas da trldu~o Inlrodu~(I Promo\"er uma ~renu1idade responsl .... c sensl\'eI A regl'lll dOl .tcn~o ". As crianc;aS corr~pondcm l5 expect.twas des pals D&iplrna ~m \'Ioltncla Acc\le 0 Icmpelllmenio Ilnico de cad. crian,.. Uulizc 0 potier parental responSlI'elmcnle Pratica e ~rh mcstrc Todu as Cflam;aS aprescntam problemas de comportamcnlO Todos os paiS ComclCm t rros '" Sinl:l (I prour de ser pal 01,1 mle Bases pam csle hvro . , Como t quc ~Ie liVTO estj orglnizado Em rc:sumo " 12 13 " I' I. 16 17 17 18 I' I. I. 20 20 22 H PARTE I: Alicm :es para uml parentllid.de bern sucedida n Capnulo I: Como brincar (om 0 K U m ho 27 Dciu-se guiar pdo ~u fllho 28 o n tmo da bnncadell'lll de"e ~r adtquado .0 ~u fllho 29 Prcste alCn~lo lOS smllS do seu rdho 29 Enle lutlos de potier 30 Elogle e tncoraJc as IdellS C • cnaundade do 5(101 mho 31 EncoraJe 0 drRn\'o!vlmento tmociofUll cb crian,.. IITl\'k da fantaSia c do 'fu-dc~onla' )1 Aprn-ie c elogic 0 quc 0 ~u hlho fn 32 Comcnle e descre'"l as IqOCS do seu hlho . . . 31 Of u\Stru"oes ao ~u fllho para promo\-cr compeltnclas escolares }1 Idenllflque senllmcnl05 ~ra promo\'cr cornpettnclIS emocioTUols )4 Enslne 0 ~U f,tho a bnneaT com outns crun"s . . )5 EocoraJe a ~u mho I resoh'cr os ~U5 problemas soZlnko )5 Of: atcn~o • cruln,.. cnquanto cia bnnca , ' 16 Uma nOla dc eautcla 37 Em resumo. 37 C.pltulo 11 : Atent"Jo POSiti" I, encorajamcnto e elogio )9 o doglo CSlroga as crlan~s1 ' . ~O As crian~as dtvcriam saber eompoTlar-se1 40 o clogiO pode ser manipulador e £31501. 40 o elogio dc\'c ser reser\"ldo palll ocasioo cxccpclonalsl . il o comportamcnlO Icm de mudlr antcs de ~ fatc r 0 clogi01 41 o que razer com a eri'!'Icl que rejcu. 0 tloglol 42 Alguns pais t~rn mais dlfrculdade em clog .. r os KUS mhos' il Hi dlfcreno;as entre cncoTlJamento e c1aglo? 4) Como lom ar 0 tlogio m.is d lea:l . H StJa cspccthco 44 Eloglc de forma adtquada H M05lre cntuslasmo 45 Entc cOnjugal (loglO e crillca 46 o traglO d~e ser Imec:ilalo 46 __ _ __ ....... ____ Stkccionc 05 comportament05 cspedficos que qucr cncorlJ'1.f 47 .... _ .... _~_ ...... n ......... __ n "Intoio' _____ ... ,_''''''''-_ ,, ___ _ InCentl\'e as cnan~ .. tlogl~nm 0 seu componamenlO e 0 dos OUlros Duphque 0 Im~clo do tloglO . . .. Em resumo ... Capitulo III ; Recompcnsas concretas. incentivos e comemora~~ Extmplos de recompcnsas concrclaS .. .. . Estabcle~ obJectil'os . Scja espccfrJco rtl~lIl .. menlC ao comportamenlo ~proprUdo Es!J.bck(:;r pcqucn~ passos c InWilhe pan gnndes objccuI'os Eslabcle~ eupas adequactas . . . .• Scleccionc cUidadosamente 0 nllmeTO de COmportamenlOS Conccntte-se nos comportamentos p05mvos ..... . Escolha as rccompcnsn. . ........ . Opte por recompcnsas pouco dlspcndlosas . rrograme .~ r«eompcnsas djanas e semanais . " En\"01'1I as ctiant;JIs no programa ..... Pnmeiro 0 comporumento apropriado. depois a recompclWl UtilIZe rccompcll5a5 concrclaS pillli premiat as vltOms do dia-a-dla Substuua as ncompclWls concrelaS pot aprol1l~O social . Aprcsente hstas de fC(ompensas clans e espccll'icas .. . A liSIa dn'c set .... tlada . . ... Asscgute-se que os lncenuvos ~o apropriados fI Idadc .. Adoplc uma p05tura positjl'a . .... . .. . . .... . . .... . Mantenha uma clara sepan~o mtrc os programas de tecompcnsas e. dlsclplina M.nlenha 0 controlo do seu programa . TraWilhando com 05 pror~res Em resumo Capitulo IV: Eslabclecet limites Redu:a 0 numero de ordeRS . Dt uma ordem de ada ve% . Dt ordens tealist.as ... Dt ordens dans Dt ordens .l'innali .... s Of ordeilll scrn se ZlIngn Dt ordens na posltn.. . . .. . Dt tempo pan 0 cumprimento cb ordem . Avise previamente que '11, chegu 0 momento de cumpnr a ordem . Dt ordens -Quando. ,mlio. - . . . . . . Dt op(6cs ... Dt orde/lS curus .. As ordens n:lo de'·em.set conlradhorias . . __ • _ ••. o cumpnmento ou tncumpnmenlo da ordem de"e leT conscqutncias __ Em I"CSUmo_. _. __ Capitulo V: Ignorar E"ne a dlSCuSsJo C 0 contacto '·Isu.al . _ _ _ . Ignore COllSmcntellu;'ntc - e prepan-se para que as coisas piorem de inlcio Ignore e dcs"ic a alen\olo pan OUln COlsa . .. _ .. _ ..... _ .. Arute-se, mas mantenha_sc n~ mesma dl\'l~o . Ignorar ensina a cTlan~ a dcscnl'oh'er autoconlrolo Enslnt os out ros a lJ;norar limite 0 numcro de comporl.;tmentO$ a IgnOrar Alguns componamenlos n10 de'-em su ignorados " Excmplos de comporlament05 que podem set IgnoradO$ em crun~s de Idade prt-cscolat Dt alen\olo aO$ (omportamenlos POSIII'-os De"olva a alen~o 1'1 crian-;a togo que possl"et ". -. -. - Scja subtil na forma (omo IgnoD . _ . ., " is .. " " " " 54 " 56 57 " " 59 59 60 .1 " 63 6J " .. .. " " " .. " " 70 71 71 72 72 7) 7) 7< 1i H 75 75 77 77 78 79 80 80 80 80 81 81 81 81 83 u ,.""", .. " controlo raumo. ~ VI: -Tempo de Pausa~; urn cspa~o para aalmar ~ para InlClaT 0 Tempo de Pausa. __ ~-a os comportamcnlO$ que hio resulur em Tempo de P~usa Du~:Io · " . - . PDtas pan Implementat 0 Tempo de Pausa Uuhle urn mlllUlelro I No (mal do Tempo de: Pausa, dOts mlnutos de ClI.rna -- Para termll",r reptla a ordem que llio fOI cumpnda Como ltdar c~m CTlan~s que se reeusam a It para 0 Tempo de Pausa Quando I cnano;tl se rffu~ I permaneeer no Tempo de Pausa • •• ~ Inicio. 0 comporumento '"lI1 Plorar . Stp POSIIII"O P ErtSlne a elU~ a pcrcclxr 0 Tempo de IUsa Armadllhas a t\'\Iar no Tempo de Pausa (uldldo com as ertltClis e as censuns tdenllflqut os problemas 0 milS eedo possl\et Espere remorsos . d I (meo mmulos de Tempo de Pausa e dois minulos e ea rna Abuso do Tempo de Pausa !\~o tspcre alt e)(ptodir lilxrthde denlro de bmlles Dt a\·tSOS ~Sc .. enl:lo .. " com conscqutncw rulS E"lle mlerag" durante 0 Tempo de Pausa E"ite rc(Ornr 1 rOrta ' Qu.ando a crl3n~ se r«eusa a salt do Tempo de P~usa Qu.ando n:lto exlSle urn quarto para 0 Tempo de Pausa Outns rormas de 'bn~o de rerro~ .. . . Oulros prmcfpi05 do Tempo de Plusa Rtsponsabil i:e as enantlS F~]'f'u' pc .... lsltnci. Tempo de Pausa em pubhco Organize 0 seu honlno Apolo mutuo. 1\10 hj solu~oo miglca.s Capiuliu com amor e aten~o Tcmpo de Pausa pan os paiS Para attm cb di'IClpllna Em resume Capitulo VII : ConscqutnC11S nalUTliIS e conscqutm::ias l6gieas Exemplos de conscqutncw UlunlS E>.emplos de eonsequtncias tOgI(.1I5 . l("rtiftquc-sc que as suas expe("la1t"a~ corrtspondem :It tdade da cnan", Certiflque.se que '":Ii agir de acordo com 0 cslalxlccldo . . As consequtnclas dc\"em set apllOidas scm grande dcmora ... Dclxe a cnalll.a (aler IS SUlS 0~6tsAs consequtncias de"em ser nalur.IIS ou IOglClS e. 0:10 punlu, .. s I:.nl·oll·a 0 seu lilho na dccI~o sempre que possllCl Sep dlreclo e afectuoso As COnscqUtncllS de"em seT adequ3da~ Em resumo Capitulo VIII: Ensinar a trianc;a a rcsulHr problemas Pal e mlle como modd05 83 " 85 86 87 87 88 88 89 " 90 90 91 91 91 91 " " " .. 95 " 96 97 .. .. 99 99 100 100 100 100 101 101 103 103 II» 104 105 105 106 10i 107 108 108 109 110 110 III III 111 111 113 114 II' Pnmeiro puso: deNier problellUls hipollUCOS .. ... Stgundo puso: ptn5.Jr em solu~ (ehuYa de IdulS) .. Tercciro passo: ptnsar em cOtl$«{ulndas Quano passo: qlU11 sent a melhor solu~o? ... ,.. . Quinlo pnso: lmplementar compct~ncias de rC$Olu~'o de problemas SU!O passo a\'lIIhar OS resultados . . . . ,., ............ ,., Tenha em conta a pcrsp«tiva do seu IiIho sabre 0 problema .... . Encorajt a crlan~ a propor dlvcrus 5Ohl~Ocs Resolu~o de problcllUls oritntada Stp. positlvO C dl\'enido Fa~ pcrguntas sabre sentimentos ... Incenlive a crun~ a enconlrar \'jnat solu~Ocs Recorra a pcrguntas abcnas e lL pantfrasc .. . . . ... . DiKuL.l com :l crUn~ as (o~u~ndas poslllVll$ c as ncg:alh-u .. ..,. Dcmonst~ romo hda com os seIlS problemas ptnsando em voz atlll . Cenlre-$C I'Ll reneXiO e aJude a crian~ a ser aUIg.tUflCiente ........ . Eloglos e lJUIis clogios Em resumo Clpitulo IX: Como aJudar as erian~ a gerir as suas cm~6es o que l a regula~o cmodom!? .. . .... . '" que Thmo as crian~s aprendem a gtTir IS sun em~6es? .... . .. . ....... , ,. Eis atgullUls forrna.s de IIIjudu as crian~s .. ...... . ...... . Incen[l\'e 15 crian~ I ratar.li vontade sabre os seIlS sentlmentos ., Sep. um modclo de ~gula~o emaciol'Llt , .,. . ........ ,. . EMlne·lhe como pralicar um auto-d.lillogo posilivo ., ........... . Uuhze 15 sl!ua~6es diflcelS para ensll'Llr 0 seu filho a resolver problemn Enslne-lhcs I ~lknlC21 dl IlIrlJruga- ... , ............. , "'Jude as crian('aS a reconhecer as ellIpas no procaso de acumuta~o da leosio Recorra 1110 Tempo de PlUsa em <:nO de dCKonlrolo emacional . .. Ensine fOTTnas adequadls de expTC$$ar os senllmentos negallvos .. . E\11e que a CTlln~ dt !Lvre CXpfCS~O • SUI ralva , ......... . Elogle os seus mhos quando procuram eontrotar IS su.as em~6e5 .. . . . . .. Ahe~ a aUlo-lmagcm do seu mho C IJudc-o a eonmuir uma vislo posltil"l do futuro Em rt:Sumo Capitulo X: Ensinar as erian('aS • descnvo\\'n rompcttndas .... . .. Por que razjo IS amiudcs entre cnan('aS Sio !.Iio imporuntcs? ... Por que razio algumn crian~ ttm lIUIis dlficuldade em fun amigos? o que podem os pais wer? . .... .. . ..... EOSine 15 cna~ a Iniciar uma in!erac~o e • enlrar num grupo . .,' BTlnque todos os dills rom 0 seu mho para modelar e cstLmular rompcttncw socllis "'Jude 0 seu mho I aprendeT I ratar com os Imigos ........ . .. .. .. Con\'Ide colegn do seu mho para I sua casa _ e supcrVISlone 15 bnncadeiras Trcine e dogie as compc!fncias soclOlls durante csscs cneontros .. .. Ensine a resol\'er connuos .... . . . ... '.. . . Ensine 0 stu mho a recomT 1 urn JU(o-dI~logo positivo "'Jude 0 seu mho I controlar I nl\'lII .... . .. ........ .. . .. ... ,. Promo\", ICIIVidadt5 posltlvas na sua vizmhan~ .. Collbore com os prorcssores . . . .. , Dcscn\'oh'J a empatta .. ..,. . Em resumo PARTE II: (omuni(1r e rcsoh'er problemas Capilulo XI; Controlar os maus pcnsamenlOS . .,. PnmelTO p;lSSO Estep. IlcnlO aos seus pcnsamentos ncgaU\'os e posuwos Segundo passo' Rcdua os seus pcnsamentos negau\'OS .. ". 117 II. II. "' "' 110 "' "' 122 122 123 123 IH '24 '" Il. '29 '30 Il' 132 133 '" '" '" Il. 13; 139 ,4<1 '" ,<I IH '" '43 '44 '<5 ,., ". ". "7 ". ". '<9 "0 '" '" '53 '" '" '" '>7 '" ,., ,., Telttlro puso: AUTnentc os seus pcnsamen!os pDSlUVOS . .. RcjClte rOtulos negallv05 C coneentre-se em comportament05 posl[j\'05 1":10 tenle cspccubr sabre Inle~OCS .. Pense de forma positiVI .. Ponha fim lOS pcnsamenl05 ncgaU\'OS e substi!ua-os POI' pcn5.Jmentos que o IIIJudem a hdar com a Sllua~O ..... . '. .. ... ' ... , .... Rebtwize e de:safie os seus pensamenlos n(gatwos Pen~ em oh}cctlvos a longo pruo , Scja obJeCtlvo c rdauvile ..... . .. . , ......... ,. '. . .. . Manlenha a C2Ilma e recorra a mensagens nl pnmelra pcssoa . Concenlre-sc em hdar com I Sltua~O .. . . .. Use IUlo-d!l.logo para IIdar com os problemas . Em resumo .. Capitulo XU; Ara.stu 0 CSlrtsSC C • ira Arasle-sc para rcsplrar fundo . RetaJ(e. mcsmo em Kuvldade ... Rc1u:e. \'isuahllndo 01.1 Imagmlndo algo Conlrolc I ra!\'J .. ,.. . ... , . .... Onente 0 lu!o-dlj.logo pan os seus senlimenlOS d( estrcsse Reserve algum tempo paT<1 51 Em fCSumo , Clpitulo XIII: Compeltndas de comuniC21~lo eficaIC$ EscUIlI ICII\'J VerNlee os seU5 senumenlos e em~OCS Con\'erst: sob~ 0 que sente P'~ c r«ncont~ 0 rumo ..... Mostre-se !l'05'1I\-O e eUldadoso 10 formular as suas quelXls Concenlrc-se IU rcsolu~o do problema. lIlo ru. ambultio cia culpa Tod05 os problemas ~o Icgflimos ' Concenl~"se em mudan~ ruhsw Perguntc i oUlra pcs50a 0 que cstt a pensar e • senur Manttnba a calma e proponha uml pausa . . . Exponha 0 seu -nitro· e procure en[endcr a rtac~o ,obulia , .. Cuidado com IS quc\xas, seja pDSLIIVO nos comenunos cdllCOS . Procu~ ser consistenle nas suas mensagens ...... Dt ordens e fa~ pedldos posllL\'OS .. , .... Em rcsumo , Capitulo XIV: RcsoIu~o de probkmas cnt~ Iduhos SciS etapas pan rcsol.ver problemas com efidda . . _. PnmeiTO passo: CKolher uma hora e urn lugar para tomar dccis6cs sabre 0 problema ScguDcio passo: dcflnlr 0 problema . . . Tercelro passo: sum.rlar obJec\l\'os e cxpcClalt\'lIIS Quarto pa.sso: fner uma hSIlI dc solu~Ocs ' Quinto passo: bzer urn pllno . Stxto passo: 3\'lIlbr os resultados. [)dini~o do probleml , Colabora!;io Sc,a pDSlII" O Seja cspCClfico c ebro Exprcssc os seus scntLmenlOS Orienle-se para 0 futuro ScJI brt:\'e e aborde um problema de cada \'CZ Objectil'os e upccl.llns Renlcta e sumane '.3 '" ,., '66 ,.7 '.7 '68 '69 170 17' 171 172 173 '" '" '" 17. m 17. '79 ,80 '80 '83 18' 187 187 ,90 19' 19' '91 '91 '93 '93 '95 '95 ,96 '97 19' 19. '98 ,99 '99 '00 '00 '0' '0' '0' '0' ,0' '03 '03 ,0< ,0< Expanha 0 obJu'II\'o e OS comportamtnlos dcscJados [n\'tnlario dc solutOcs Mostrt-S(' rcCCpll\'o ' . Guardc OS dtlalhts para dcpoiS xJa crull\'O I' mo\.,.dor Elaborn urn plano Rc"tJa a sua hSla Avalie as idl'lu . . . Irlrnufique obsl:iculos c poss(vl'ls tsll'altgia' para os uitrapas!>:Ir Ponha 0 plolno no papct . Agl'nde • rtum;lo KguLnl( . . Eleglc os seus esfon,os . Em resumo Caphulo xv: Tr;lb~lhu COm 0$ pro(usoU5 para l'\iL,.r problemas Para qut form3t UIIU pareI'm com 0 professor do seu flIh01 .... Estabde~a COntaclOS com os professores desdc cedo ProcUrt manlcr urn conLllcto rl'gubr Tl'nha urn plano de cn\'olnmenlo parental Estlbcle~ uma rouna de C'Sludo em ~ Junte-se a urn grupa de edun~o p.1rental Reeonh~ 0 mtnlO des!t modtlo dt pareI'm professorC'S.pais . Uma reumto cscolar bern sUetdida SUgC'SIOCS paTll abordar urn probltma cscobr' tm reunllo : : ... Quanto malS croo hdar com 0 problema. mais (acllmenlr 0 resel,.tD ExpresS(' U suu pl'C'OCup.1~ck<J; Obtenha cobbou~o do professor xJa roucado e cUldadoso ao Iprcscntar 11$ su~s qucixas Conctnlrt_se na rtsolu~lo do probltma . . . Nto dCIXt de tXprusar 0 que 0 preocup.1 em rcla~to' ao seu ' r.iho Anuma um. alllude dc tsptl1ln~ Proponha obJeclJ\'os comull5 e mVenl:ino dt solu~ck<J; ... Expresse a sua conflan~ no professor Planclc 0 segUlmentO T>f'l'ich quando em'olver 0 PSlcotogO ou 0 dlreclor .. A Irente das cr(an~s dt\·c assumir uma abordagem una e prooullI'a A ople UIIU ptrsptcllVa a longo Pl1lZ0 Em resumo. PARTE III; Ud<llf com problemas comuns de componamtnto ~Imello probltm.,· Con!rolar 0 tempo quc 0 seu mho passa a vcr TV gundo problem<ll Comporumcnlo em publicoTercelto problema A IcnudAo Quarto probltma RI\.,.ltdadt enlre untios I' b~lhu enlre crl3~~S . QUinto probltm.a Desobedltncl3 inf.nul . xxto ,rob" R' . . . ma e utJncla I'm Ir para a cama • stndrome do "Jo;Io Salltl:io' "ollmn problema Acordar. nOlle upa~o de fJnta~mu IcOts I' bruxas Ha\'o probkma' Os roubos . . ""ono problema As mentil1ls ..• . . Otctmo problema: Problemas is refel~oes Dtetmo pnmelro problema Molhu . cama "",Imo segundo problema Hlptl1lclL\,ldadt. Impul~lvlcbde c cap.1cldade tmuada dt concenllll~o g:clmo Icrctito problema AJudar as crtan~ a lidu com 0 dll'6rcio clmo quarto problema, Os medos "",I~O qumto problema ' ler com carinho' promO\'cr cO~ptttnc~ dt CtlUIll no seu ftlho 11>< 11>< 10< 205 10> 10' 10' 106 106 107 107 107 108 109 109 110 111 111 111 111 111 113 116 116 117 118 119 119 220 110 110 221 121 11J 113 114 114 m 217 136 140 ,,. m m 26' , .. '.7 171 27i 181 189 196 10J Prefacio a tradu~iio portuguesa A pubhca~ao deste Iivro ~m portuguts t urn dos produtos do p~rcurso inidado ~m 2001. quando estabdcccmos 0 nosso prlmelro contacto com a autora dest~ \ivro ~ d~ lodos os programas (pa ra flguras part:ntais. ~ducadoru/proressoru e criam;as) da stri~ lncrtdtblc \~ars. Est~ bvro t urn instrumtnto c~ntral do Programa B:lsico para pais (1989; 2002). 0 qual roi traduzido ~ adaptado para portugues ~Ias duas aulOras dest~ prdado. as quais sao aClualm~nte as linicas ~Uderes~ c~rtificadas no programa ~m Portugal e. tambtm. em processo de formac;ao para ~su~rvisoras" ce rti· ficadas ~ ~m~ntoras~. O~sd~ 0 primtiro mom~nto. acr~dil4mos qu~ ~sta stri~ d~ pro- gramas ~ra a escolha C~rta. Nao apenas porqu~ respondia aos nossos obj~ctivos d~ In\'estigaC;loIint~rv~nc;ao ~m dir~rentes n{v~is (univ~rsal. indlcado. seltctivo ~ trata· menlO) ~ d~ dar resposla a diru~nles profissionais (nas 4r~as da ~ducac;ao. Justic;a. social ~ clinica). mas porque concr~lizava a pusp~ctiva sistemica. na qual nos ~n quadramos, d~ interv~nc;40 nos dH~r~ntes sist~mas. Adicionalmt:nl~. ~ n:lo m~nos imponant~. 0 ser r~conh~cido por dif~rwtes agEndas inl~madonais como urn pro- grama basudo ~m evidtncia. eficaz e did~nt~. reforc;ou a nossa convicC;ao. Neste pcrcurso conl4mos com 0 apoio d~ muitas pcssoas ~ instiluic;O~s que nao pod~m s~r ~squeddas. A autora do livro ~ dos programas da stri~ Incr~dibl~ Ycars. Professbra Carolyn W~bslu-5Iratton, qu~ desdc 0 nosso primdro contacto se t~m mostrado um mod~lo a sc:guir d~ compcttnda cientffica, profissional ~ humana . A Professora Judy Hutchings. dir~ctora do c~ntro lncredib/~ Years Wal~!Ii. pclo ~x~mplo de como sc: impl~menta, divulga ~ inv~sllga a stri~ /ncndible l~ars num outro pals. p~la comp~tlncla ci~ntlfica ~ pela amizad~ . A lisa 51. Georg~ . administrativa da ~mpresa tncndible Years, em Seatl l ~, ptla quahdad~ profissional constant~ . As dou- lorandas. Ora. Andr~ia Az~v~do ~ Ora. Tallana Homem. pclo apoio imprt:scindrv~1 ~m muhiplas tardas. inc\uindo na rt:visao da uaduC;lo d~ste Jivro. 0 Centro d~ Psico~dagogia, unidad~ d~ I&D da Fundac;ao para a Citncia e a T~cnologia. da Faculdade de Psicologia ~ de Cilncias da Educac;ao da Univ~rsidad~ de Coimbra. ~ no qual des~nvo"'emos as nossas aClividades de inv~stigat;ao, inc\uindo as que en- volvern os programas tncndiblc l'ears. A Comissao Nacional de Prot~cc;ao d~ Crian- c;as ~ Jov~ns ~m Risco, 0 Inslltulo da Seguranc;a Social. 0 I.P:. a Dir~q:ao Geral da Seguranc;a Social qu~. atravts do protocolo estabd~cido com a Faculdad~ d~ Psico- 10g\3 ~ d~ Cllncias da Educac;ao da Unlv~rsidade de COlmbrd. concretizado ptla I" autora dcsle prefacio ~ p~la nossa colcga ~ amiga Pror. Doutora Madalt:na Alarcao. apoiaram hnanc~iram~nt~ a traduC;ao dcst~ hvro. A Prof. Doutora Maria Isabel Donnas BoliO. pt'b quahdade da Iraduc;;o1o er~ctuada . Por Om a Psiquilibrios qu~. desd~ 0 primeiro contacto. ~ na pessoa da nossa col~ga Ora . V~ra Ramalho. acreditou nest~ projecto e posslhilitou a sua concretizac;ao. A todos a nossa gralidao profunda. Coimbra, Abril de 2010 Maria Filomena Ribdro da Fonseca Gaspar Maria Jolo Rama S~abra San lOS Introdw;:ao S er pai au Inae de ulna crian<;a de trts a cite aoos pode co locar desafios bastante dificeis , tanto para as pais como para as crianc;as. Para as crianc;as, e urn perfodo de enormes mudanc;as, durante 0 qual lransitam de um mundo oode a fantasia e a realidacle frequentemente: se confun- demo para urn munda mais concreto, no qual as regras e as ideias se larnam permanentes. Se nurn momento precisam de seguranc;a e carinho, logo a seguir querem seT independentes e provar que sao capazes de fazer urna cots ... sozinhos. t= urn perfodo durante 0 qual elas testam os Iimites do seu meio-ambiente. descobrindo 0 que e e 0 que m1.o e autorizado. Ao sair de casa para a creche au para 0 jardim de inf;lncia. descobrem que exiSlem novas regras e respostas por parte de outros aduhos e crian~as. Ao experimentar estas novas exigfncias e esse novo tipo de pressaes. as crian~as podem reagir com birras, choros au tornar·se destrutivas. se ni\o Ihes e feila a vontade; ou podem ser levadas a mentir ou a roubar para conS'eguir 0 que desejam ou para chamar a alen~Ao; podem ainda fechar· ·se e. reeeosas, evitar silua~oes semelhantes no futuro. Sabia que na pre· -escola uma em cada qualfO crian~as se revela agressiva na interac~i\o com outras crian~as? Ou que eerca de 70% das eriancas com urn ano fazem pelo menos uma birra por dia? Escrevi eSle Iivro para ajudar as pais a reconhecer. ou a resolver. os problemas que surgem na educac10 de criancas em idade pre-escolar, mostrando-Ihes como uma educacAo pautada pela sensibilidade. pcla alen- c;:ao e pela competfncia estimula comportamentos sociais positivos nas crian~as, bern como a sua auto·estima. Acredilo que se apreenderem as abordagens parentais mais eficazes, os pais poderao reduzir os problemas de comportamento dos seus filhos antes que fiquem fora de controle e podera.o fonaleeer as suas compertncias socia is, emocionais e academicas. Embara este livro apresente cstrategias especificas e detalhadas , h<1 um ceria numero de temas que percorrem os diversos capitulos. 161 Anos Jncr/lle-is Prornover urna parentalidade responsiva e sensivel Este Iivro baseia·se nos prindpios psico16gicos de como 0 comporta. mento t: adquirido e lransformado. Em vez de considerar os dislurbios de comportamento como fruto do temperamemo dificil da crian~a ou da incapacidade dos pais, acredito que os pais mais competentes sao aque1q; que se mOSlram sensfveis ;\ interacc;ao entre eles pr6prios e os seus filhos. Ou seja, des aprendem a responder ao lemperamemo dos mhos e ;\5 pistas que estes Ihes vao dando, usando essas pistas para orientar a sua respos ta enquanto pais. Por exemplo. 0 pai ou mae que , notando que 0 seu mho se sente frustrado em determinada situac;ao, the da apoio e orientac;ao suficientes (sem assumir controlo da situac;ao) para que a crianc;a sinta que conseguiu reaHzar algo . Ou 0 pai ou a mae de urna crianc;a hiperacliva e impulsiva que ajusta as suas expectativas a situac;ao, cornpreendendo que 0 seu mho esta menos desenvolvido social e emocionalmente do que as OUlras crianc;as da me:sma idade e que por isso neccssita de monitori. zac;ao e apoio adicional para aprender competfncias sociais e cumprir instruc;Oes. Nurn ceno sentido. 0 pai ou a mae sao urna especie de "treinador" dos seus filhos, apercebendo·se do que eles sao capazes de aprender (con. soante 0 seu desenvolvimento e temperamento), aplaudindo cada peque. no passo no seu progresso, e guiando·os, com apoio e incentivo, para que alcancem os objectivos adequados. A regra da atenc;ao A "regra da atenc;ao" e 0 principio basico subjaceme a muho do que se ana lisa nas paginas seguintes. Em terrnos simples, pode resumir.se assim: as crianc;as proeuram a atenc;ao das pessoas, especial mente dos pais, seja ela de natureza positiva (elogio)ou negativa (crilica) . Se 0<10 receberem atenc;ao positiva, vao lentar obter a negativa , portando·se mal , urna vez que isso e preferfvel a nolo reeeher qualquer especie de atenC;ao. Portanto, se desejar eSlimular urn componamento mais pr6·socia l no seu mho, deve dar-Ihe atenc;Ao sernpre que ele cxiba qualquer um desses com. ponamenlos. As crian~as correspond em as expectalivas dos pais As crianc;as apercebcm-se das expectativas que os paiS ndas deposi. tam muito mais depressa do que a maioria das pessoas pensa. Se os pais c1assificam os seus filhos negativamente , dizendo-lhes que sao maus ou , Inlrodu{dO 117 incapazes, des podem acabar por se rever nessa imagem. Os paiS devem , portanto. ser positivos na forma como encaram os mhos e projcctar ima- gens positivas do seu fuLUro e da sua capacidade para enfrenlar com su- cesso as situac;6es que forem surgindo. Dizer-lhes coisas como "vamos la tentar outra vez" ou "da pr6xima vez vais fazer melhor'" e "isto foi tao frustrame e tu nolo choraste , tivesle mUlla pacilncia" ajudam a crianc;.a a ganhar confianc;a e a aprender com os seus erros. Disciplina sem violcncia Os paiS precisam de tomar conscilncia da dimensao elica da discipli. na , que consiSle em ensinar aos mhos que 0 mau comportamento tern consequfncias. mas ao mesmo tempo faz~·los perceher que sao amados e que se espera de!es urn melhor comporlamento no futuro. A posi~;1.o assu- mida e a de que a punic;ao ffsica, nomeadamenle 0 bater, tern strias des- vantagens como estrategia disciplinar e que existem muius abordagens altemativas, n:1o violentas, que proporcionam resultados me!hore5 , a lon- go prazo, para 0 desenvolvimento emocional e social da crianc;a, assim como para consolidar a re!aC;ao entre pais e mhos. Aceite 0 tempera men to unico de cada crianc;a Para ulilizar este livro com lxilO, os paiS tlm de compreender, valo- rizar, aceitar e adaptar-se ao temperamento e desenvolvimento especffi- cos de cada crianc;a, valorizando os seus pontos fortes e aceitando as suas Iimilac;6es. Por temperamenlo entendo 0 comportamento natural e inato • e aspectos como 0 nive! de actividade. disposiC;ao, grau de intensidade emocional. adaptabilidade, irnpulsividade e persistlncia. Observe os seus mhos: sao calmos e sonhadores, ou instaveis e hipersensiveis, au talvez sejam muilo sociaveis, faiadores , ou, pelo contra rio , reservados. algo introverlidos e sossegados? Talvez urn dos seus mhos seja equilibrado, maleavel e participativo e 0 outro exactamente 0 invers~ - leimoso, resis- tente a rnudanc;as e distrardo. Existe ullla grande amplitude dentro do que se pode considerar lra- c;os de comporlamento normal. Ha estudos que demonslram que 10 a 20 por cento das crianc;as normais tlm temperamentos que podem ser classi· £icados como "diffceis". Trata-se de crianc;as muito mexidas ou impulsi- vas, com urna capacidade de concenlra,;1.o Iimitada, que sao muito mais diffceis de educar. Este tipo de trac;os de personalidade nao tem nada a ver com a inleligfncia. esUlo relacionados com urn desenvolvimento neu- rol6gico diferente. 1:, por isso, imponante que os pais de uma crianc;:a com estas caracter(sticas estejam cientes de que estes comportamentos nao silo intencionais, nilo sAo tentativas deliberadas de fruslrar os seus esforc;:os. Os pais podern ajudar crianc;:as diffeeis a comportar-se e a cana- Iizar a sua energia num sentido positivo, mas nile podcm mudar esses trac;:os de personalidade, nem devem querer muda-Ios. Ningu~rn conse- gue transrormar crianc;:as hiperactivas, energicas e turbulentas em crian- c;:as s~ssegadas. e rescrvadas. Tenta-Io s6 pode resuhar em rrustrac;:ilo para os pais e e nOClvo para os filhos. Cada uma deslas crianc;:as vai ter de fazer as ajustamentos necessarios para se adaptar ao mundo real , e cabe aos pais ajuda-Ias, mostrando-se lolerantes, pacientes, abertos e eompreensi- vos, para as ajudar a lirar partido de todo 0 seu potencial. Ut ilize 0 poder parental responsavclmentc Uma das principals fontes de confusao para os pais e determmar se uma ra~f1ia e ou nile e uma democracia. Se os pais acredilam que sim, que ha Igualdade na ramflia, tendem a evilar exercer aUloridade e a rccor- rer a diSCipl.i~a. Mas a ramflia nilo e uma democracia _ nem 0 poder nem a responsablhdade e:stiio distribufdos igualmente entre crianc;:as e adultos. Pa~a se sentirem seguras, as crianc;:as pequenas precisam de sentir que os pais con.trolam o. comp0rlamcnto e tomam decisoes, pois nao podem to- mar de~lsoes sozlnhas. Necessilam de ser ensinadas a partilhar, a esperar, a respellar os outros e a aceitar responsabilidade pelo seu comportamcn- to. Emhora 0 estabeleclnlcnto de Hmiles possa levar as crian c;:as a senti- rem-~e rrustradas e resscntidas, desta forma e1as aprendem a controlar-se e a aJustar os seus dcscjos aos dos outros. Os pais devcm, no cntanto, aprender a utilizar 0 seu poder de forma r~sp~n~:ivel: E imprescindfvel selecdonar os problemas que exigem uma dlsclpil.na flrme e urna supervisao rigorosa (tal como componamentos dc.strutlVOS ou desobcdi!nda) c aqueles que podem ser resolvidos pelas cnanc;:as (po r exemplo, 0 que vilo Comer ou vestir). A chave, aqui , esta num ·l ob · d d equ i I riO C po cr exequfvel. Purlanlo, se as crianc;:as se ponam ~em , ~odem ter alguma .Iiberdade; quando se ponam mal, as pais t~m de ssunllr 0 controlo da slluac;:ilo. Se as crianc;:as nunca liverem oponuni- dade para exercer poder de decisilo no espac;:o ramiliar, inevitavelmente OCo rrerao lutas de poder e elas tentarao obler controlo de rorma inade- quada (por exemplo, rccusando vcstir-se). Para premover relac;:oes de cooperac;:ao na ramilia e estimular a aUloconfianc;:a e a eventual autono- mia nas crian~as, os pais devem evi- tar ser demasiado permissivos ou autoritarios. As ordens que silo necessarias devem ser contraba- lan~adas com carinho, e1ogios e sensibilidade para com as ne- cessidades especfficas dos fi· lhos. Pratica e seras meSlTe Ao pOr em pratiea , com os In!rodll~IlO 119 seus filhos, as estrategias aqui Mamcnha as suas QI1lrnasdc radar apresentadas, os pais poderilo sen· ligadas a ,ada ahara ti r algumas siluaC;:Oes como arlin- ciais , especialmcntc ao utilizar pela primeira vez lima determinada tecni- ca. Esta sensac;:a.o de estranheza e uma reacc;:ao normal que ocone sernpre que se aprende algo de novo. Nilo se deixe dcsencorajar pela aparente complexidade e nao espere sentir-se a vontade logo de inicio. Com a pr:itica, estas estratcgias parentais tornam-se rnais naturais, ate chegar 0 momento em que as usara autornaticamente. Todas as crianc;:as apresen tam problemas de. comporlamenlo I: irnportante recordar que e normal as crianc;:as exibirem problemas de componarnenlo, os quais poden1.o ser resolvidos se forem abordados . de forma adequada. Emhora nAo possam ser enadicados, recorrer a criati- vidade e pOr em pratica algumas estrategias vai razer uma grande direren- c;:a. Os paiS nao devem alarmar-se se., ap6s urn periodo inicial de progres- so ao lidar com urn determinado dislurbio de comportamento, ocorrer uma regressilo. 0 progresso e pautado por avan~os, recuos, consolidac;:ao e posterior crescimcnto. Todus as pais comele.m erros Tal como lodas as crianc;:as tlm problemas de comportamento, tam- bem lodos as pais se sentem ocasionaimenle zangados, culpados, fruslra- dos, incapazes ou incompetentes. Tal como as crianc;:as , as paiS apren- dem, experime.ntam c erram muitas vezes . Os erres dos pais nao provo· cam danos permancntcs nas crian~as, pois e1as silo extremamente nexf- veis e resilienles. 0 rundamental e que as crianc;:as len ham a percepc;:a.o de 20 I Anos Incrl\'l~is que os seus pais es1ao sernpre a aprender e a ten tar Iidar rnelhor com as situac;:oes. 0 objectivo deste Iivro ~ estirnular novas ideias, acautclar as perigos, reconhecer as oponunidades de aprendizagem e ajudar os pais a encontrar 0 que se adequa melhor a si pr6prios e aos seusfilhos. Sinta 0 prazer de set pai ou mae o facto de este livro propor muitas regras, 0 que fazer e a que nao fazer, coisas a Icmbrar e coisas a evitar, pode levar as pais a julgar, erra· damentc, que ha uma soluC;:l.o perfeita e (mica a utilizar consistentemen· teo Ou podem pensar que nao hot espa~o para a cspontaneidade ou para a diversao. Mas isto nao e verdade. Se os pais estiverem confiantes e pre· parados para os inevitaveis problemas e armadilhas, havera cspa<;o para a nexibilidade e a cxperimenta~ao , para a fantasia e a criatividade. Par excmplo, se urna criam;a reservada se abre, final mente , cinco minutos antes da hora de ir para a cama, urn pai ou mae confian le e sensivcl aperceber-se-ot de que eSle ~ 0 momento certo para abrir uma excep<;ao a regra , e dcixa 0 filho fica r acordado ate mais tarde . A consisttncia e uma vinude, mas nao quando entendida como pratica innexlvel. A panir do momenta em que os pais compreendem 0 temperamenlo e 0 estadio de desenvolvimento dos seus filhos, assim como os principios de comporta- mento apresentados neste Iivro, podenl.o experimentar diferentes est rate- gias, adaptar os conselhos dados as suas prioridades e usufruir do proces- so criativo de ser paVrnae. Nao ha situa<;6es iguais e os pais devem inven- tar 0 seu pr6prio estilo de exercfcio paremal, aquele que melhor funcio- nar para eles. Ttm de ter fe nos seus filhos e no seu pr6prio senso co- mum e imagina<;ao a medida que van aprendendo uns com os OUlros. Bases para este Iivro o livro Os Anos lncrfveis baseia-se na invesliga<;ao realizada na Paren- fing C linic da Universidade de Washington. Ao longo de 25 anos, colabo· ramos, invesligamos e orientamos programas parentais envolvendo mais de 3000 pais com crian<;as dos trts aos seis anos COin disturbios de com- portamento. 0 objectivo prioritario desta investiga<;ao foi conceber pro- gramas de tratamento eficaz£..<; pam ajudar as familias com criam;as pe- quenas com graves disturbios de comportame nto. Assim, estudantos crian- c;as com problemas nao muito serios, como, por exemplo, que choram e fazem birras, bern como as que ttm problemas mais graves, como menlir ou roubar. Trabalhamos com lodo 0 lipo de familias: fami lias biparentais, Promovrr rslraltgias rJicazrs para os pais lidamn com problrmas r para os rrsoh'rmn InlrOOu(dO 12 1 monoparentais, familias com filhos de casamentos anteriores, famili~~ com filhos adoptados e familias de acolhimenlO. Trabalhamos co~ famlhas de diferentes cu\turas, incluindo asi:iticas, hispllnicas, afro-amencanas e afro- -o rien ta is. Nao s6 realizamos urn minima de oito observa<;6es de . cada familia em casa, como as observamos tambem a brincar co~ os fllhos. Es tas familias partilharam connosco os seus estilos parenlals. as suas experit:ncias e problemas. Recolhemos tambem informa~oes. dos professo- res das crianc;as. Como resultado deSla investiga<;:l.o, coadJuvada com 0 trabalho que realizotmos com familias cujos filhos exibem P?UCOS probl~ mas de comportamento, conseguimos determinar as teCn~cas paren1als mais cficaz.es. Esta informaC;ilo constilui a base para este lIvro. Os dados recolhidos durante a nossa investiga<;ilo revelam que os pais que frequenlaram os noSSOS cursos conscguiram reduzir os. compor- tamentos inadequados e aumentar a capacidade social e emoclonal d~s mhos. Aprenderam a educar 05 seus filhos com sensibili~ade . Alem ~:: so, os palS afirmam sentlr-se confianu.:s. e fl vOlltade ao utl!tzar as c~tr _ gias de disciplina. Ao cria r este livro , temos espe~an<;a de consegUlr .che gar a mais paiS c de 05 ajudar a lidar com conflanc;a, gOS(O, respeno e espirito de coopera<;:l.o com os seus filhos em idade pre-escol~r e escolar. Nas familias cujos problemas nao seJam muito sfrios, cstc IIvro poderot 22 I Anos Inem'cis contribuir ~ara atenuar esses problemas; quanto As ramilias que se deba- tern ha mUlto com problemas de disciplina, e provavel que a simples IeiLUm do Iivro nao seja suficiente para se conseguirem mudant;as subs- tanciais. Nesses ca~s, e aconselhavel procurar urn terapeuta que os aju- dara a efcctuar os aJustamemos necessarios. Como e que este livro esla organizado t:: imporlante ler os capHulos pela ordem em que sao apresenlados, ja que cada urn deles se baseia nos conhecimenlos apreseOl.ados nos anterio- res. E claro que os pais sera.o tCOlados a ir direclamenle para 0 capitulo que mais Ihes interessa ou que aborda 0 problema com que se deparam. ~. A Pirdmide Parmlal 11l1,.odu~110 I 23 Mesmo assim, I! preferfvcl que comeccm a ler 0 Iivro desde 0 princlpio e o Iciam au~ ao rim. Como se verifica na figura da piriimide aprescntada, os trls primeiros capilulos centram-se na base da pira.mide, propondo abordagcns parentais que "ao criar lat;os fortes enlre si e 0 seu filho. Esta rela~:lo positiva vai proporcionar-Ihe oportunidades para estimlilar com- portamentos posi tivos e para alicen;ar a auto-estima c a competfncia social do seu filho. Muitos paiS acham que quando se dedicam aos aspectos tratados nos trfs primeiros capitulos senlem menos necessidade de rccorrer a discipli- na ou que a questao da diSCI pima se torna multo mals Simples. Continuan- do a escala r a piramide, os CapHulos 4 e 5 centram-se na questao do estabelecimento de Iimites as crianc;as, c como responder sc eslas naO obedecem. Os dois capitulos seguintes debatem outras abordagens nao- -violenlas para ajudar os paiS a evitar confrontac;Ocs e a controlar as ali- tudes negalivas. No Capitulo 8, 0 lema ceOlral e como cnsinar as crianc;as a resolver problemas, para que aprendam a gerir connilOS e a encomrar soluC;Oes pr6prias para os problemas. 0 Capitulo 9 e sobre regulac;ao emocional e 0 Capitulo 10 sobre competfncias para fazer amigos. No final da Primeira Parte, os pais possuem ja 0 fundamental do que n6s consideramos as estra legias de exe rcfcio parental mais eficazes. Note-se que as compelfncias adquiridas nos niveis mais baixos da pin1mide s:lo as estralegias parentais mais ulilizadas com as crianc;as. A Segunda Parte cemra-se em qut!st{)es relacionadas com as aptidocs interpessoais dos pais , mais do que nas competencias parentais em si mesmas. Os primeiros dois capitulos abordam as eslrategias pcssoais dc autoconlrolo e ajudam os pais a gerir pensamentos depressivos como a raiva, a rrustrac;ao e 0 desespero que os perturbam no seu relacionamento com os filhos. 0 Capftu lo 11 realc;a a imponl1ncia do aUlocontrolo no dominio de processes menta is, enquanto 0 Capitulo 12 sublinha 0 con- trolo fisico por meio de exercfcios de relaxamento e formas de Iidar com o estresse. 0 capitulo seguinte analisa e5lra legias de comunicac;ao a uti- Iizar entre crianc;as e adultos. o Capitulo 14 centra·se nas relaC;Oes entre adullos, para que os paiS po<;oum aprender a debater problemas da familia em conjllnto, sem julga- mentes e num espirito de cooperat;:lo e de encontrar soluc;oes. 0 ultimo capitulo da Scgllnda Parle analisa a rorma como pode utilizar as estrate- gias de comunicac;ao e de resoluc;ao de problemas para cSlabe1ecer parce· rias de colaborat;ao com os profcssores dos seus filhos. 241 Anos IlIcrh,tis A Terceira Parte aplica os princfpios aprendidos nas secc;Oes ante rio- res a problemas comuns, inc1uindo 0 andar "a empatar", nolo querer ir para a cama, a hiperactividade, as problemas as rdeic;6es, as brigas entre irm30s,0 medo de sair de ao pC: dos pais ou medo de certas si luac;Oes, e as dinculdades na aprendizagem da leilura. Nestes capftu los sAo avanC;a- das causas possiveis para cada urn destes problemas e sao apresentadas sugeslOes praticas de resoluc;ao. Em resumo ... o desenvolvimento social, emodonal e academico das crianC;as e urn processo incrfve\ - tal como 0 crescimento e desenvolvimento dos pais! Conceda a si pr6prio autorizac;ao para usufruir deslc processo: conne nos seus instin tos, aprenda com os seus erros, ria dos seus enganos e imper- feic;6es, procure 0 apoio de OUlras pessoas,reserve algum tempo exclusi- vamente para 5i e divirta-se na companhia dos seus filhos. Sao os anos incnveis - com ludo 0 que: os com pOe: as iagrirnas, a culpa, a raiva, a dive:rsao, a alegTia e 0 arnor. PARTE I Alicerces para uma parentalidade bern sucedida CAPiTULO I Como brincar com 0 seu filho N a nossa sociedade exiSle urna crenc;a generalizada de que brincar com os filhos e urna perda de tempo, que c improdutivo. Essa profunda convicc;;}o de que brincar e urna coisa trivial rCneClC-Se em comentarios como estes: '"Ela eslA s6 a brincar", "Deixa-te de brincadciras" ou "De que t que vale pO-los no jardim de inf~ncia? J: s6 para brincar!" Tambem se rcnecle na tend~ncia por parle des pais para ensinaT aos mhos uma vanerlade de cumpeli!:ncias em vel de Sf limilarem a brincar com des. Numa sociedade dominada por urna enOfme ~nrase no sucesso academi- co, no sucesso econ6mico e na importancia do trabalho, e diffcil descar- tar a ideia de que brincar t urna perda de tempo. No emanto, e necessaria libertarmo-nos desta ideia, porque brincar e benefico para as crianc;.as de muilas maneiras. proporcionando-Ihes opor- tunidades para aprender sabre quem sao, 0 que podem fazer e como se podem relacionar com 0 mundo que as rodeia. Por ve.zes, os pais aperce- bern-se dos beneficios da brincadeira, mas nao vfem necessidade de se emtolver. Assumem, erradamente. que brincar e algo de instintivo - a un ica coisa que as crianc;.as podem fazer sern a ajuda dos adullos. !:: ver- dade que crianc;.as de lenra idade possuem uma capacidade instintiva para brincar, mas e lambem verdade que 0 inSlinto para brincar de forma cria- tiva desaparece gradualmente, se n;'\o houver intervenc;.ao do adulto para estimular 0 seu desenvolvirnento . Por lodas eSlas razOes e muilas outras, brincar com os seus filhos c importanle. Contribui para criar uma relac;.ao pr6xima e fortes lac;.os afectivos entre os rnembros dOl. familia e para conslruir urna reserva de sentimentos e experit:ncias posilivas que podeni ser uti! em momentos de conn ito. Ao brincar com os seus filhos, pede ajuda-Ios a resolver proble- mas, a experimcntar ideias e a explorar a imaginac;'\o. Brincar com adut- los tambem estimula a aqllisic;.ao de vocabutario, para quc as crianc;.as aprendam a comunicar os sellS pensamelllos, scnlimenIOS e necessida- des. Por outro lado, ajuda-as a inleragir sociaitnenlc, ensinando-as a es- pe rar pela sua vez, a partilhar e a ser sensl\'cis aos sentimcnlos dos ou- Iros. Ao brincar com os seus mhos pede ainda aproveilar para cstimular os sentimcntos de auto-estima c compettncia dcles. H:t estudos que de- 281 Caplfufo 1 monstram que as cria n~as tendem a ser mais crialivas e desenvolvem menos problemas de comporlamenao quando os pais brincaram com e1as em pequenas, ao "faz-de-coma" . ' .' nfelizme~te , constata-se que a maior pane dos pais nolo brinca com os ~dhos, mUllas vezes pela simples razao de nolo saberem como. Nas pa~mas que se seguem, oferecemos, assim, algumas indica~Oes sobre como brlOcar com 05 seus mhos c, desta forma, evitar as arllladilha~ mais co- muns quando os pais eSlaO a brincar com as crian~as. Deixe-se guiar pelo seu mho Alguns pais lentam eslruturar as brincadeiras dos filhos ensinando- -os sobre 0 ,,-ue eslao a fazer - como construir 0 castelo correcramente, ou fazer 0 perfello caMao do dia dos namorados ou completar 0 puu.le como de~e ser. P~ovavelmente estao convencidos de que assim a actividade se ra rnals prove.llosa. '.nfelizmeme, 0 resuhado desta f:nfase indcvida no resu l- lado da bnnca~elra. e uma serie de ordens e correc~Oes quc geralmente to~am a expenf:ncla POliCO gratificante Lanto para os pais como para as cnan~as. Veja~os, por exemplo, 0 que acontece quando a Lufsa e a mae come- ~a~ a.bnncar com a nova casa das bonecas da Lufsa. A mae diz; "Vamos pnm.e lro pOr 0 frigorifico e 0 fogao na cozinha." Quando a LUisa suge re o ~ftlo para a cozinha, a mae responde: "Esta bern, e agora lodas estas COI.535 da cozinha sao tambem para pOr ht " Depois, continua: "E a mo- brlta da sala de cstar tern de ir para aqui. " Quando a Luisa come~a a coIocar alg~ma da mobflia na sala de estar, a ml\e mostra-lhe onde deve m~ter as ~o~sas da casa de banho. Denno em pouco a Lu isa vai parar de bnncar, Ilmllando-se a observar a m:1e enquanto esta disp6e tudo da for- ma carretta. A mae esta , portamo, a brincar sozinha e nao faz ideia do que a Lufsa g~slari~ ?e fazer com a casa de bonecas. 'Se tivesse esperado urn pouco, lena venflCado que a filha e extremamente imaginativa a brin- car, propondo camas que voam e a mobilia da sala de cstar espal hada por toda a Ca53. ? pri~eiro pa~so,. quando brinca com os seus mhos. e dcixar-se guiar pe la IInagma~a~ e Ide las deles em vez de Ihes impor as suas. Evile eSlru- tur~r ou orgamzar as actividade5 com ordens ou instru~6es . Nao tente enslnar- Ihes nada. Ern vcz, disso , imite-os e fa~a 0 que Ihe pedem para fazer. ~m ~reve descobrira que quando se desconlrai e os deixa dar largas a sua lm~g,"~~~o, e1es interessam-se mnis, investem mais na brincadeira e sao malS cnalivos. Esta abordagem vai lambem e5limular 0 desenvolvi_ ~enlo das capacidades dos seus mhos para brincar c pensar de forma Independenlc. Como brincar com 0 ~ufi'ho 129 o ritmo da brincadeira deve ser adcquado ao seu mho Quando as crian~as pequenas esUl.o a brincar tendem a repetir a mcsma actividade vezes sem conta. Quanlas vezes ja viu uma crian~a de urn ano encher e esvaziar uma ca ixa , uma e outra vez? A brincadeira repetitiva aborrece rapidamente a maior parte dos pais, e e tentador acelerar 0 rilmo, propondo uma ideia nova ou uma forma mais sofisticada de utilizar urn brinquedo. 0 problema e que as crian~as precisam de ensaiar e de prali- car uma dcterminada actividade para senti rem que a dominam e para se sentirem confianles nas suns capacidades. Se forem pressionadas a expe- rimentar uma nova aClividade. podem senLir-se incompetentes ou podem senlir-se fru5tradas e desistir de brincar com os pais porque 0 desafio e demasiado grande. Acabam por sentir que mio conseguem corresponder as expectativas dos pais. A5segure-se de que a brincadeira se ajusta ao rilmo do seu filho. Df:-Ihe lodo 0 tempo necessario para usar a imagina~llo . N:'i.o 0 force 56 porque se sente aborrecido - espere ate que de decida fazer algo dife- rente . Nl\o se csquc~a, as crian~as transilam de tlma ideia para outra de forma muita mais lenta do que os adullos. Urn rilmo pausado vai con- tribuir para incrementar a capacidade de aten~ao do seu filho c incentiva- -10 a concemrar-se numa mesma actividade durante urn certo perfodo de tempo. Preste aten~l1o aos sinais do seu mho Por vezes os pais propOcm ideias au brinquedos demasiado avan~a dos para 0 eSladio de desenvolvimemo da crian~a. Por exemplo. urn pai podent pensar que a sua filha dc 3 anos csta em idade de aprender 0 jogo do galo ou de fazer urn puzzle. Ao ensimt- Ia, 0 pai podeni sentir urna ceria resisli!ncia da pane da filha . Muito provavelmente, iSIO acontcce porque e1a nolo esta no n{vel de desenvolvimento adequado para essa ac li- vidade e seme-se frustrada por ter de fazer uma coisa para a qual nlo se sente preparada. Ao brincar com os seus filhos, preste aten~ao aos sinais que Ihe vao dando. Se a sua mha nao parece interessada em brincar com 0 puzzle ou em aprender urn jogo, passe para outra co isa que cia queira razer. Podera propor novas actividades, de tempos a tempos, e quando ela mostrar in- teresse, sera a altura certa para a incentivar. Independenlemente do tipo de brincadeira, 0 que interessa e que df: oportunidade a sua mha para pensar, cxplorar e fazer novas experif:ncias. Nao se preocupe se 0 jogo do galo ou 0 jogo de canas for transformado numa coisa completamente diferente. comobilhetes para 0 cinema, urn jogo de andar aroda ou urn desenho crialivo. 30 1 Capfwlo I Evile lutas de poder J<1 algurna vez sc deixou apanhar num jogo de fon;ascom 0 seu mho de trts ou qua- tro anos, disculindo sobre quem ganhou 0 jogo, sobre as regras ou sobre quem fez 0 melhor dcsenho? Se iSlO ja Ihe aconteceu, nao esta sozinho. Muitos pais eSlabelecem, scm querer, urna rela.;a.o compel i- tiva com as seus filhos . Por exemplo, num jogo de tabu- leiro, os pais podem sentir-se tentados a ensinar os filhos a seguir as rcgras e a saber per- EI'lle Imas de poder der, au simples men Ie a jogar lao bern que as erian~as nao podent deixar de se sentir ineornpctenles. Vejarnos 0 easo de urna mlie e de urn filho a brinear com bloeos. Durante alguns minutos, 0 Bruno csta enuelido a construir a primeira parede da sua easa. Quando nnalrnentc chega ao nm, vira-se para a mae, esperando os seus e1ogios, e verinea que e1a ja acabau de conSlruir urna casa. 0 Bruno vai semir-se Iimitado, alem de semir que CSla envolvido numa com- peli~ao com a m;1e - a qual nao esta equipado para veneer. Nesta situa- cao, 0 Bruno podera desistir de brincar ou recorrer a outras formas de controlar a situa~ao , como, por exemplo, fazer urna birra. A imponllncia fundamemal do brincar e: estimular os sent imemos dc efieacia e de independtncia das eria n~as e proporcionar-Ihes oportunida- des para exercerem controlo e poder com legitimidade. As crian~as pe- quenas n;1o ttm muhas oponunidades para isso no seu relacionamento com os adultos. Brincar e a unica actividade em que podern legitimamen- le exereer controlo e, ate ceno ponto, eSlabelecer as suas pr6prias regras . Crian~as com menos de cinco allos dincilmente compreendem as fe- gras e sequencias dos jogos de labu leiro ou jogos de carlas. 56 por volta dos 7 ou 8 anos comecam a dar sinais de coopera~ao na inlcrac~ao, e, mesmo assim, 0 seu cntcndimcnto das regras podent ~t: r algo vago. Po- dem, no entanto, apreciar urn jogo com adultos, desdc que sc evile a compcliC;;1o excessiva, bern como os regulamentos. Sc eJes propuserem regras que Ihes vao permilir ganhar 0 jogo, iSlo deve ser pcrmitido. Nao se preocupe com a neeessidadc de ensinar os seus filhos a perder _ ntio vao faltar oponunidades. na vida deles, para fazer essa aprendizagem. Se cooperar com a si lua<;;1o e mOSlrar que aceila as regras propostas. des vo1o aceitar as suas. noutras situa~6es, com mais facilidade . Como brincar com a seufllho 131 Elogie e encoraje as ideias e a crialividadc do seu filho E facil cair na armadilha de corrigir os seus filhos quando e1es estao a brincar. Quantas vezes se ouve dizer "N:lo, isso nao e aO" OU, "Nao, nao e assim que se raz!~ . Este tipo de crHica ou eo rrecc:lo acaba por desenco- rajar as crian<;as de explorar as suas ideias ou de experimemar novas fonnas de usar os brinquedos. Tambem induzem a depend~ncia das crian- ~3S pequenas porque a aten~:1o dos pais se concentra no que e mal feilo , e nao no comportamento apropriado. Em vez de fomenlar a criatividade, eSle tipo de ~nfase. por pane dos pais , transmite a ideia de que 0 objec- livo de brincar e a perfei~ao. Nao julgue, corrija ou con tradiga os seus filhos quando esui a brin- car com e1es. 0 imponante e criar e experimentar. nao 0 resultado espe- cifico da ac~ao. Lembre-se que as brincadeiras das crian~as nao tem de fazer sentido aos seus olhos. Os carros podem voar e os cavalos falam . Enquanlo brinca com cies, realce algum aspecto socialmente apropriado, no que eles v<l.o fazendo. Pode dizer, por exemplo: "Que giro, a tua girafa e verme1ha, que cor linda!" ou "lnventastc urn Jogo s6 leu , que maravi- Ihal ". Pense em formas de elogiar as ideias, 0 raciocinio e 0 comporta- menlO das crian ~as. Pode refor~ar uma grande va riedade de competen- cias, tais como a capacidade de concentrac,:ao, a persislfncia, a capacida- de de resolu~ao de problemas, a crialividade, a expressao de sentimentos, a cooperac;ao, a motivac;ao e a aUloconfian c;a. Como exercfcio para se habituar a fazer iSlo. tente e10giar alguma coisa que os seus filhos fazem em cada 2 ou 3 minutos. Encoraje 0 desenvolvimento emocional da crian<;a atraves da fantasia e do " faz-de-conta" Alguns adultos tern relulAncia em envol\'er-se em brincadeiras ima- ginalivas - por exemplo, gatinhar no chao a imilar 0 barulho do comboio ou rep resentar COntos de fadas. Sentem-se ridiculos. Os pais , mais do que as maes, parecem sentir algum embarac;o ao brincar com bonecas com os seus filhos. Alguns pais e maes confessam que consideram a fantasia e 0 "faz-de-conta" sinais de perturba~<l.o emocional. E import ante encorajar 0 "faz·dc·conla" nao s6 porque consolida os mundos imaginarios das crian ~as, 0 seu pensamento cria ti\'o e narrativo , mas tam bern porquc ajuda as crianc;as a gc rir c=mo~oes e a partilhar sen- timentos. Ao brincar ao "faz-de-coma\ aprendem a manipular rcp resen- la<;6es, mais do que objeclos concrelos. A maio ria das crian.;as pequcnas ja faz iSlo antes dos 3 anos, e algumas comec;am mcsmo aos 18 meses. Muilas crian<;as de 4 anos tern urn amigo imaginario . 0 gosto pela fanta- sia aumenta rcgularmentc ate:l mtdia infancia , para comec,:ar a desapare- cer a partir daL E importantc estimular este tipo de brincadeir3 porquc ajuda as crian.;as a desenvolver diversas de compet~ncias cognitivas, emo- 32 1 Cllpffulo I cionais e socia is. Deixe as caixas e as cadeiras serem transformadas em casas e palacios e as bonecas em parentcs, amigos ou perso- nagens prefcridas de dese- nhoc; animados. A fantasia ajuda as crian~as a pensar simbolicamente e a distin- guir 0 que e do quc nao e real. 0 "faz-de-contan per- rnite-Ihes experimentar os sentimentos de outrem, 0 que as ajuda a compreender e a ser sens!veis as emo~Oes lnuntivt (I fantasia das crian~as das outras pessoas. Encora- je 0 usa de fantoches, roupas para :,c mascararem, (defanes a fingi r, di- nheiro de brincadeira e a canversa sabre figuras imaginarias. !: mais pro- vavel que as crian~as panilhem com as pais os seus senti men los de dor ou medos num contexto de fantasia. Aprecie e elogie 0 que a seu filh o Caz !: impartante dar alen~ao ao que as seus filhos v:la fazenda quando brinca com des. Alguns pais envalvem-se de tal maneira no jogo que ignaram os filhos au acabam par dominar complelamenle a situa~:lo. As crian~as ficarn a observar enquanta os pais brincam. Lembra-se da mae da Lufsa? E do Bruno que acabou por se senlir fruslrado e incompetente porque nao conseguiu fazer uma casa tao boa como a mae? Quando brinca com os seus filhos, tente focar a sua alen~ao neles em vez de se envolver no que esta a fazer. Os momentos de brincadeira cons- tituem uma das poucas situa~Oes que as crian~as podem controlar, desde que se ponem bern. E tambem uma das poucas silua~Oes em que e1es podem comar consigo, a dogiar 0 que estao a fazer scm demasiadas re- gras e resl ri~Oes. Procure ver-se como urn publico apreciado r. Descontraia- -se, observe 0 que os seus filhos fazem e e10gie entusiasticamente os es- for~os deles. (Se senlir uma imperiosa necessidade de consl ruir urn fan- ~astico caste lo Lego ou de criar uma obra-prima de arle com aqude con- JUnto de 48 lapiS de cor, nada 0 impede de se dedicar a isso depois de os seus filhos estarem na cama). Comenle e descreva as ac~Oes do seu fil ho Os pais tern tendencia para faze rem um grande numero de pergumas quando est:lo a brincar com os filhos: "Como se chama este bichor', Como bnncar COlli 0 stujlllio 133 ~Quantas manchas tern?", "Que forma tern?'"', "0 que eSl<is a fazer?". Com as perguntas, os pais prctcndem. normalmcnte, ajudar os filhos a aprcn- der. Muilas \'ezes isto tern 0 efeito canlrario e leva as crian~as a adopta- rem uma postura defensiva, optando pelo siltncio, relulantes em falar a vontade. Na verdade, fazer perguntas. especiahnente quando os pais sa- bern as respostas, t fundamentalmente uma maneira de dar ordens, visto que exige das crian~as que correspondam ao esperado. Muitas vezes, quando se pede as crian~as para definirelll 0 que cst:lo a fazer, elas ainda nem sequer pensaram sobre 0 produto finaldo. brincadeira , nem liveram ainda tempo para explorar as suas ideias. A t:nfase acaba por ser colocada no resultado, rna is do que no processo, do brincar; e quando as perguntas sao respondidas. ~ frequente os pais nao preslarem alen~ao - OlIo corres· pondem , ou n:lo dao rcfor~o. ESle tipo de omissao pode ser interpretada como faha de interesse ou de enlusiasmo. Quando 0 seu filho esta a brincar, mostre simplesmente 0 seu inte· resse, descrcvendo c fazendo comentarios de apoio ao que ele esta a fazer. Trata-sc de uma abordagem que encoraja francamenle 0 desenvolvimento da linguagem. Padera dizer, por exemplo. "Estas a por 0 carro na gara- gem. E agora vais por gasoHna", e por ai ad ian Ie. Vera que em breve os scus filhos vao imitar este tipo de comenlarios. cssa altura Lera oportu· nidade para dogiar os esfor,os de aprcndizagem demonstrados e des vao sentir-se entusiasmados com os seus fcitos. 0 comenlario descritivo e urn comentario sequencial das aClividades dos seus filhos que muitas \'ezes faz lembrar 0 relato de urn Jogo por um comentador desponivo. Scndo uma forma inovadora de comunicar, e posslvel que se sinta pouco ;\ von- lade nas primeiras tentaLivas. mas 0 desconforlo diminui a medida que for praLicando em diferentes situa~6es. Seja persistenLe, e vai \'er que os seus mhos adoram estc tipo de alen~aa e quc esta maneira de comunicar cstimula 0 \'ocabulario deles. (Repare que 0 coaxar das ras, 0 ladrar do cao e 0 grunhir do porco consti(uem lambem urn tipo de comentario descrili\'o). Se fizer pcrguntas, Hnllle 0 seu numero e nao sc esque,a de conduir o circuilO de pergunta-resposla. 1510 quer dizer que, quando faz uma per- gunIa , a resposta deve obler, da sua parte, coment<1rios positivos, encora- jadores e sem laivos de critica. As crianc;as dcvcm poder realizar acc;6es independcnlec; C Il'"r a possihilidade de reagir sem interferencia. Par cxem- plo, se perguntar "Que animal e cste?" e a sua filha responder "E uma girafa", podera acrcscentar, "Ah, uma girafa . Canheces laO bem os bi- chos! E mais, e urna girafa roxa!'"'. A sua rcac~:1o posiliva csllmula os esfor~os para responder a pergunLa e expande essa resposla, acrescenlan- do informa~ao . 341 Copltulo I DE inslJ"UC;Ocs ao seu filho para promovcr compelencias cscolares Para alem de descre- vcr 0 que os seus filhos es lao a fazer enquanto brincam. pode tambcm descrever os atributos dos ohjectos com os quais cs- agora 0 Bruno cncnrou a bola \'crrllclho, c logo a scguir a amarela! Espanroso! tao a brincar, tais como as cores, as formas , 0 nume- ro,o lamanho (comprido, cur- to, aito, rna is pequeno do que) e a posic;:ao (por cima, por bai- xo, ao lado de, ao pc dc, a tras). Por exemplo. "Estas a pOr a meia azul 010 pe do qua- drado amarelo. e 0 trlangulo roxo esta em eima daquele rectangulo vermcJho com- prido". Este tipo de Iingua- gem \'ai ajudar os scus filhos a compreender conceitos aCa- demicos e a consl ruir 0 voca- bulario de que v",o precisar nas mCleu os Imagene que t urn comcnfador dnporll\o a fa:er 0 relaro de um jogo suas aClividades escolares. Pode, altm disso, estimular a capacidadc de concentrac;:ao das crianc;:as, comentando a capacidade demonstracla para pcnsar arduamentc, ouvir com atenc;ao. trabalhar sem ajuda, nao desistir perante uma coi5.'1 dincil e cumprir inslruc;Oes. ISIO pode ser particular- mcnte uti! para incrementar a capacidade de atenc;;lo das crianc;as ou de concentrac;:ao mlma actividade por perfodos de tempo rna is longos. Idenlifique sClllimcntos para promover compcU!ncias emocionais As estratcgias utilizadas para ajuda r as crianc;:as a gerir emoC;:Oes sao semelhantes as que sc utilizam para tra nsmitir conceitos academicos. Em primeiro lugar. idenlifique, nomeie e descreva os senlimentos demons- trados pelos seus filhos quando esta a brincar com e1es. Realcc e comente os momentos em que eles est;1,o calmos. contenles, curiosos, relaxados , excitados, confiantes, orgulhosos. frustrados ou tensos. Dest:l mancira , as crianc;as poderao habituar-se a associar 0 que sentcm num detcrmma- do momento a uma palavra, 0 que sera muito uti! para 0 desenvolvime n- to do seu vocabulario emocional e conseguirem. a seu tempo, expressa r autonomamente os seus sentimcntos. No caso de crianc;as dominadas por urn determinado senlimento (como. por exemplo. a raiva, 0 medo au a tri stcza), iSlO poder:1 ajuda-Ias a expandir 0 seu report6rio de scmimen- Como brincar com 0 Stu!i'no 135 LOS. fazendo-as tomar conscifncia dos momem os em que. mais ca lmas, se senlem mais contentes, com scntimentos rna is positivos. Tambcl11 ajuda contrapor comentarios sobre scntimenlos negativO~, a obs~r~af;Oes sabre a eapacidadc de Iidar com as situac;:Oes. Por exemplo.. Estas trntada por'!ue os blocos cairam, mas agora est:is mais calma e vats tentar novamente Os pais podem tambe:m partilhar os seus sentimentos de conlenta- mento , consolidando. deSla forma . as laf;os com os filhos. Esta partilha emocional e, alem do mais, uma forma de modclar como se manifeslam sentimentos. Ensine 0 seu filho a brincar com outras crian~as Se brincar a s6s com 0 seu filho t extremamen te util para reforc;:ar os lac;:os enlre os dois, brincar com duas au treS crianf;as tambtm t utiJ. Se o seu filho liver irmaos. ou se convidou amigos para brincar. esta t uma boa ocasi;lo para treinar as competencias sociais dele. Assim , val descre- vcr os comportamentos socia is das crianf;as, como, por exemplo, saber partilhar, espcrar, ou usar a vez. ajudarem-se uns aos oUlros, ag~adcc~r, pedir antes de tirar a brinquedo ao amigo, e da.r sugestOes ar~llg:1vels. Desla forma , vai forlalecer as amizades do seu hlho. Poder:1 dlzer, por exemplo: "Que bern, es urn born amigo! Estas a partilhar os teus blocos com cia, e espe ras pela tua vez.". Ou: "Esperaste pela sugest;lo da tua amiga , muho bern. es mesmo amiga deta!". Tambtm pode estimular um certo tipo de comportamento, nomeadamenle dizer obrigado, 1ll0strar apreciac;l1o ou pedir desculpa. Por exemplo: "Olha que Iindo. 0 que 0 teu amigo fez! 0 que t que achas, diz 13?". E se 0 seu filho fizer urn comen- tario apreciativo, podera enlaO e1ogia-Io. Encoraje 0 seu filho a resolver as seus problemas sozinh~ . . Par vezes, ao (enlar ajudar, os pais acaham par to mar nUlls dlffcl! que as crianc;ns aprendam a resolver problemas e a brincar autonoma- mente . !maginemos que um rapazinho eSla irrilado porque nao consegue pOr a tampa numa caixa. Se a mac diz "Espera, eu fac;:o isso", a.crianc;:a fica aborrecida porque na vcrdade nao que ria que a mae Ihe flzesse 0 favor. Acontcce a mesma coisa quando urn pai completa 0 puzzle da sua ntha porque Ihe custa vf-Ia frustrada peranle as dificulda~es em aca?:i.-Io. Dar ajudn em demasia ou assumir a realizaf;:l.o de delerl1l1~ladas aCI~vlda des diminui a confianc;:a nas suas capacidades e a auto-est llna da cnanc;:a, promo\fe ndo a dependcncia dos adultos. Uma vez que as crianc;:as se de- balem enlre independencia e dependencia, muitas vczes transmilem si- nais contradit6 ri os aos pais - po rque na rcalidadc nao estao ahsoluta- mente certas sobre a que desejam. Por urn Iado pedem ajuda, mas. par Outro. resscnlem-se dessa mesilla ajuda. 0 que torna a situac;:ao dificil para os paiS, que nao sabc l1l bem como agir. 361 CClptflllo I Quando estao a brincar, aproveite para eSlimular a capacidade dos sellS filhos para pensar, resolver problemas e brincar aUlOnomamentc. Em vez de Ihes dizer que Ihes vai fazer 0 puzzle, sugira que 0 fac;am em colaboraC;:1o. Df 0 apoio, clogio e encorajamenlo suncienles para 05 man- ter a fazer 0 puzzle, mas ml0 exagere, para que eles nao percam a sensa- c;ao de lcr conseguido chegar ao nm. Se, por excmplo, 0 seu filho estiver com dificuldadec; em apeTlar 11m parafuso com a chave de fcndas, cxpe- rimeme dizer '"Que tal sc eu segurar aqui enquanto tu apertas 0 parafu- so?". Assim, a erlanc;a pode ter esse semi menlO de realizac;:1o. 0 truquecstfi em aj udar sem assumir 0 eomrolo, eneorajando a eapacidade das crianc;as para resolverem problemas sozinhas. lembre-sc que por vezes 05 seus nlhos pedem aJuda apesar de na realidade mio a desejarem. Ape- nas querem a sua atenc;ilo. Frequememente. basla sentar-se ao pt deles e mostrar que lem confianc;a na capacidade deles de cnconlrar uma solu- c;:.\o sozinhos. Dt alcnc;l.o a criam;a enquanto ela brinca Quando as crianc;as estilo sossegadas a brincar, a maior parte dos pais aproveila a oporlunidade, como t nalural. para tratar das suas eoisas - fazer 0 janlar, ler ou escrever urn e-mail. Desla forma, podem nao Ihes dar a emender quamo apreciam esse sossego. 0 resultado c que as nian- c;as se sentem ignoradas quando cSlao a brincar sozinhas. lranquilas e a portar-se bcm e emend em que 56 Ihes dilo alenc;ao quando sao barulhen- Las ou fazem alguma coisa dellberada- mente para chamar a alen~Jo. Se iSlo aCOntecer, e1as aprendem a por- tar-se mal para conseguir essa alcnc;:1o. As crianc;as procuram atrair a alen~aO das oUlras pessoas. espe- cialmente dos pais, seja cia positiva (e1ogios) ou negativa (reprimendas ou criticas) . Sc os seus mhos nile recebem atenc;ilo po- siliva quando Sf: porlam bern, vao fazer os possf- veis para alrair a 3tenc;ao negaliv3, ponando-se mal. Este C 0 principio basi- "Boo! PustSlr 05 blocos lodos em cima uns clos mums com /anlo ellie/ado quI' cOllstguislt fa;..tr lima farre enonne!~ co na origem de muitos problemas de comporta- menlo. "0 da,. altn(do posilha ao $('11 filllo ('nquan/a de brmca. nIt! a conSfrllir a alllo·Ulllno ddt Cmnll h,.inca!" com ° st'u filho 137 Enquanlo pailmae, e imporlamc dar a dcvida alenc;ao a.o faCIO de os sellS filhos saberem brincar e cleve lambtm partiClpa.r aClivamenle . nas suas aClividacles ludicas. Se der a devida atenc;ilo ao bnncar, eles senurilo menos necessidade de invenlar formas menos apropriadas de o/a forc;ar .a reagir. Na verdadc, muHos pais dissera.m-nos que ~uando. davam ao~ fl- Ihos uma "dose" regular de cerca de mela hora de bnncadelTa em conJun- [0 ludos os dias, cra- Ihcs rnais fddl, posteriormcntc, arranjar algum tem- po para si pr6prios. Se as c~ianc;as estiv.erem se~uras de qu~ re~ebem regularmente atenc;:io dos pals, nao preclsam de mventar melOS made- quados de 0 fazer. Uma nota de cautela Prepare-set porque vai haver ocasioes em que 0 seu filho vai Ie: urn comportamento inadequado. ou mesmo portar-se mal durame ... brmca- deira _ choramingar. gritar, alirar com 05 brinquedos, ou qualquer outr~ tipo de eomportamcnlo deslrutivo. Se for possfvel ignorar 0 compona- mento, afaSle-se e comeee a brincar com oulro brinquedo como se fosse muito interessame. Assim que a crianc;a comec;ar a portar-se bem , pode voltar. Contudo, se 0 componamemo for deslrulivo, 0 periodo de brin- cadeira pode ser inlerrompido com uma sim~les exp~ica~a .. o como, por exemplo, "Se aliras com os blocos. aeabamos }a de bnnear. . As vezes os paiS evitam brinear com os ftlhos porquc reeelam uma birra quando que rem terminar. A solu~<lo e preparar a crianc;a para 0 flm da sessao de brincadeira. Cinco minutos. antes da ~ora de a~ab~r. J>'?de dizer "Daqui a uns minutos tenho de delxar de bnncar conllgo . I: im- portante ignorar 05 protestos e argumcmos, e razer 0 seu m.e1hor p~ra dislrair a crian<;a, chamando a 3tenc;ao para qualqucr OUlra COlsa. Ao flm dos cinco minutos. diga simplesmente: "Jfi nlio posso brinear mais. Gos- tei muHo deste bocadinho contigo". Afaste-se e nao dt: ouvidos a qual- quer tipo de pedido. Assim que os seus mhos perceberem que nao 0 eonseguem persuadir a continuar a brincar. os protestos acabam. E quan- do se aperceberem dc que ha urn per(odo diano de brincadeira co~slgo. ja Olio senlir:1o lama neeessidade dc prolestar, sabendo que no dla se- guime vao poder fazt:-Io novamente. l embre-se, adultos bem-humorados ajudam a desenvolver cr ianc;as bem-dispostas. Em resumo ... I: importante, da sua parte. dar 0 devido valor ao brincar e reservar algum tempo para brincar com os seus hlhos. Pode l~mbtm aprender maneiras de brincar que eneorajam a aulo-estllna das cnanc;.as, para altm de eSlimularcm 0 seu desenvolvimenlo social, emocional e cognitivo. Ao adoplar as sugesloes aprcsentadas neste capflulo, vai ~rop~rcionar-Ihes um ambiente onde 05 scus filhos vilo poder teslar a sua Imagmac;<l.o, explorar 38 I C""rw/o 1 o imposslvel e 0 absurdo, experimentar novas ideias. cometer erros, expres- sar sentimenlos, fazer amigos, resolver problemas e, gradual mente, ga- nhar confiam;a nos sells pr6prios pensamentos e idcias. Uma atmosfera de apoio C aprovac;ao da a possibilidade as crianc;as de comunicarem os seus desejos, bem como as suas fruslrac;6es. Elas vivem num Illundo onde detfm pouco poder e pOlleas formas aecit<iveis de expressar os seus sen- timen lO" Oando-Ihes algum tempo para brincar consigo, eSlol a propor- cionar aos seus filhos oponunidades para des reduzirem os semimentos de raiva, medo ou inadaptac;:\o , providendando experilncias que au men- lam os sentimentos de controlo, sucesso e prazer. Brincar de forma flexf- ve.1 reduz a pressao nas suas inleracc;6es com os seus filhos e ajuda cada cnanc;a a tornar-se uma pessoa (mica, criativa e auto-confiame. Lcmbre-sc: Deixe-se guiar pela crianc;a. Siga 0 ritmo da crian"a. Nilo espere demasiado - df tempo a crianc;a. Nilo entre em competic;ilo com a crianc;a. Elogie e encoraje as ideias e a criatividade da crianc;a; ",10 a criti- que. Envolva-se em jogos de "faz de conla" e em fantasias com a crian- c;a (por ex. fantoches) Seja urn publico alenlO e apreciador. Use eomenlarios descritivos em vez de fazer perguntas. Treine as compelfncias escolares da crianc;a (por ex., cores, for- mas, numeros, posil';6es, nomes de objectos). Treine competlncias socia is, eSlimulando, descrevendo e elogian- do os eomportamentos afaveis das crianc;as (por exemplo, parli- Ihar, ajudar, esperar pela sua vez, ser bem-educado). Treine as emoc;6es e apoie posilivamente as compel~ncias de regu- laC;ao emodonal das crianc;as (por exemplo, mostrar-se calmo, esperar, resolver urn problema). Controle 0 seu desejo de dar demasiada ajuda; encoraje a crianc;a a resolver problemas. Ria, divirta-se e partilhe os seus sentimentos de alegria. CAPiTULO \I Aten<;;ao positiva, encorajamento e elogio M uitas vczes, os pais nao dao a devida import<'l.ncia ao recurso do dogio e de outros generos de recompcnsa social , lais como a alen- (fao posiliva, os sorrisos e abrac;os. Pensam que as crianc;as devem saber comportar-se sem necessidade de interven~ao dos adultos e que 0 elogio deve ser reservado para comportamenlos excepcionais ou para feilos muilO especiais. Frequentemente, nao elogiam os filhos quando eles eSll10 sosse- gados a brincar ou cumprem as suas pequenas tarefas sem se queixarem. ESlUdos realizados demonslram, no entanlO, que a falta de elogio e reco- nhecimento do comportamento adequado pode levar a urn au men to do mau comportamento. Na verdade, 0 dogio e 0 incentivo podem ser usa- dos para orientar as crianc;as nos muitos pequenos passos que Ihes 5:\0 necessarios para dominar novas compelencias, para as ajudar a construir urna aUlo-imagcm posiliva e a fornecer a rno(iva~ao necessaria para nao desislirem de uma larcfa diffdl. Ao contrario das recompensas concrelas, tais como 0 dinheiro e os privilegios, as elogios e outro genero de recom- pensas sociais sao pralicamente inesgotaveis. Na.o leva tempo nenhum, t rnuito facil encorajar comportamentos positivos nas crian~as. Basta dizer algo como "Gostei muito de Ie ver a brincar lao sossegadinha, linda menina!" , ou entao urn grande abrac;o - isto e mais do que sufidenlc. Enquanto alguns paiS pensam que 0:10 devem e10giar os mhos , mui- lOS oulros nlio sabem simplesmente quando ou como devem elogiar ou dizer algumas palavras de encorajamento. t no enlanto, POSSIVel , para pais e adultos em geral , adquirir aptidoes de elogioe encorajamenlo; e, quando islO aconlece, apercebem-se de que a recurso a recompensas 50- ciais e a alenc;ao posiliva lem, muitas vezes , um impaclo impressionanlc no comporlamento das crianc;as. Na primeira parte desle capitulo, vamos abordar algumas das crenc;as incorrectas exprcssas pelos pais relativamente ao elogio dos filhos e na segunda parte veremos fonnas eficazes e ineficazes de elogio. 401 CalJ/fulo 11 o dogio eSlraga as crian~as? . Nllo lid 0 risco de estragar 0 mcu flillO com os Uleus dogios? Elf lido va; lIabltllar·sc a coo~erar apenas porquc COllta com uma cerra rccolfI/,ellSa au a aprova{llo clos paiS? A verdadc e quc 0 clogio nao cstraga as criant;as, nem estas sc habi. tuam a. trabaillar apenas com vista as recompensas. E cfcctivamente 0 contrano que se constata: as crian,ac; que apenas trabalham pam receber a re~ompensa tcndem a ser aquelas que estl'io pouco habituadas a reccher e1oglOs ou refon;:o por parte dos adultos. Este facto leva.as a dcsejar essa recompensa ou apoio l:Io intensamente que se habituam a exigi.lo para obedecer aos pedidos dos pais. As ~rian.;as habituadas a reccher e1ogios dos pais desenvolvem a sua a~to·csllma e. tendern a elogiar os outros COIll mais frequenc;a, 0 que pede Vlr a ler :onslder3veis efcitos a longo prazo. 0 principio em aCC;ao e: "da, e recehents . Os estudos dcmonslram que as crian.;as que na escola utilizam com frequencla frases po.Sitiva.s em reb.;ao aos outros sao popularcs, rece. bendo·as tambcm em malOr lIumero. Por isse, lembre.se: as crianC;as imitam o ~ue vte~ e Ouvem. Se estao habituadas a reccher mensagens positivas dos paiS, e. rna IS provavel que interiorizem esta tendfncia c que a utilizem para consohdar a confianc;a em si pr6prias, hem como na sua relac;ao com os O~t~os. Clar? que 0 cOntnirio tarnbem e verdade. Se os pais solo negalivas e cnuc.os, as filhos vao rnoldar 0 seu comportarnento de acordo com esta ten. dtncla, e recorrer tambcm a urn "aUlo.-<!ialogo" negativo. As crianc;as dcveriarn saber comportar-se? :t t1l1l1ha fltha /ldo se porta bern. Mas serd preciso eu estar sempre a elog~d-la, por cada ~equnlQ rareJa qtle cia Jaz. bem tlO clia-a.clia, Oil por saber partl/"ar 05 seus bnnquedos com as outros lIIeni/los? Esperar ~ue ~ma cri~n~a passe sem qualquer forma de e1ogio ou re. co.m pe ns~ e Irrea lisla. A ullica forma de urna crianc;a aprender um deter. Illlllado lIpo de cornportarnemo e dar 0 devido relevo a esse comporta_ ~ento . Sc notado e apreclado pelos paiS, e mats pro\"jvel que se repila. Se Ignorado, e menos pro~'a\'eI que venha a ocorrer de novo. Por essa razao, nao se deve nunca delxar passar despercebida qualquer forma de born comportamento. ou rapidamente ele acaba por desaparecer. o dogio pode ser manipulador e falso? Ndo acl~a que se eu. elogiar 0 meu fltho para 0 pcrslladir a porlar.se de uma ~lelelllll~U/cla manelr(l csloll a manipu/a.lo? QIUUlclo 0 elogio de Jorma COIISClellt.e: SUl~O-"'C csquisita, parece-me Ja/so. A utthzac;ao do tenno "manipular" pressupoe que 0 paj ou a mae estn secretamCllle a ICntar provocar urn detcrminado componamcnlo dcseja. vel, COntra a vontade do filho. Na verdade, 0 objectivo do e1ogio c rcalc;a r AfCn(do posilh·a. cncorajolllcnfo C clogio 141 e potenciar 0 cornponamemo positivo com a conhecimento da cTianc;a . Elogios e recompensas planeados junta mente com as crianc;as pTomovem o seu melhor componamento. Nao e muito diferenle do que os emprega· dores fazem ao oferecer regalias aos ernpregados que desernpenham par· ticulaTmenle bem 0 seu trabalho. 0 dogio podent soar "falso" quando se cornec;a a praticar - qualquer novo tipo de compo rtamento tende a causar algurna estranheza no inicio, e urna reaCC;ao perfeitamente natural. Mas , lembTe-sc , quanto mais usar 0 elogio, mais a vontade se val sen tn. o clogio deve ser reservado para ocasioes excepcionais? Eu prefiro guardar os e1ogios para aquilo que e realmente rnerecedor, como, por exemplo. um 5 a Mateml1tica, ou urna cama impecavelrnente feila , ou urn desenho muito born. Nao e assirn que se ensina uma crian~a a ser exigente consigo pr6pria? o problema com esta abordagem c m10 ter em conside rac;ao que nin· gut:m alcanc;a a perfeiC;:Io sem percor· rer um lo ngo caminho, com muilaS elapas. A atenc;ao dos pais deve cen· 7:J lrar-se no processo de renlar - para criar urn desenho, fazeT a cama ou resolver urn problema de Maternati - ca. De oulro modo. pode nunca ha- ver ocasiao para 0 elogio: as crian~as cujos pais reservam 0 elogio para a perfei~ao geralmente desistem de len- Apanhc 0 seu fllho a parlar'Sf! wm tar antes de a alcaoc;arem. Ponanlo. em vez de acumular elogios, es force·se por reparar qua ndo o seu filho esta a portar·se bern. Repare quando ele partilha alguma das suas coisas, e bem·educado a falar, faz 0 que Ihe pedem, vai para a cama quando lhe dizem, cumpre as suas tnrefas ... Nao tome por certo este tipo de comportamento do quotidiano, elogie . Concenlrando a sua alcnc;ao no facto de 0 seu mho estar a temar fazer a carna ou a lavaT a louc;a. \'ai modelar 0 seu componamemo na direc~ao desejada. Por out ras palavras, lembre·se de e10giar 0 processo de temativas para alcanc;ar detenninada cnj<;a, nao apenas 0 sucesso dcssas tentativas. o comportamento tern de mudar antes de se fazer 0 clogio? A minha filha pOl'fa·sc mal, t mllilo diffcil. Sd VO Il cOll1c~Clr a c/ogia./a qtwndo cia IfIlldar de comporlamcnto. o problema. oeste caso , e que pode criar·se urn impasse. visto que e pouco provavel que a crianc;a scja capaz de altcrar 0 scu compoTlamemo. AI- guem tern de pOr firn :\ interaccao negativa. e terao de scr os paiS a fazf·lo. '411 Cap'lu/o 1I Gil Gomes serve bern como exemplo negatlvo. 0 Gil irrita-se com 0 facto de 0 mho nunca arrumar 0 quarto, os brinquedos, ou 0 casaco quando chega a casa, a nao se r quando ele se zanga a valer. Por isso, nunca repara que 0 mho costuma pOr a mesa , sempre de boa vontade. Se Ihe chamassem a atenc;40 para isto, provavelmente responde ria '"E de- pois?!" , porque esta obcecado com a qUest30 da desarrumac;ao. Os pais precisam de aprendcr a nolar as coisas positivas que os filhos 'laO fazendo e de dar 0 devido valor a csscs esfor.;us. Desta forma, e mais provavel que as crianc;as repitam c desenvolvam este tipo de compona- mentos positivos. Por outras palavras, 56 se os adultos assumi rem a res- ponsabilidade de fazer a prime ira mudanc;a de atitude, se poder40 esperar melhorias significativas na relac;ao. 0 mesmo acontece em qualquer tipo de relac;ao - no casal, com crianc;as mais vel has ou no trabalho. Sc uma pessoa recusa teimosamente qualqucr tipo de mudanc;a positiva na sua atitude, manlem-se 0 impasse e a relaC;ao tern poucas hip6teses de progredir. o que fazer com a crianc;a que rejeita 0 elogio? De eada vel que cQme,o a elogiar 0 meu jilho, ele reage mal. Pareee que nao acredifa no que eu digo. I: como se cit: ndo quisesse que eu 0 dogie. As crianc;as agressivas e com urn temperamento problem,Hieo podem ser mais diffceis de elogiar. 0 cemportamento destas crianc;as t muitas vezes uma fonte de irritaC;ao para os pais e corr6i a sua vontade de ve r as coisas de forma mais positiva. E, para piorar ainda rna is a situac;ao, pode acontecer que estas crianc;as rejeitem o elogio, quando Iho fazem . E como se tivessem interiorizado urn concei to negativo de si pr6- prias, pelo que, quando os paiS lhes propOem uma perspecti- va a lternativa, mais positiva, e1es tivessem dificuldade em a acei tar, agarrando-se a sua auto- -imagem negativa. Apesar de ser mais complicado encontrar for- ma de fazer e10gies e recompen- sar as crian(as "dinccis", a vcr- dade t que c1as precisam ainda As crian(as qUi rtjdlam 0 dogio prtcisam dt! 14m rntpcnhamauo ainda maior da sua partt! mais deles do que as outras crianc;as. Os pais precisam dc cstar constan- temenle atentos a comportamentos positivos que possam scr rdorc;ados ate que as crianc;as
Compartilhar