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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP/MACAPÁ CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL CLEIDE LENE DO ROSÁRIO DA SILVA LAURECI BRITO ASSUNÇÃO MARIA IRANILDE MONTE BAIA PAULA ALBUQUERQUE RIBEIRO TAMAR DA SILVA MARINHO A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL:No Acolhimento ao Paciente em Tratamento Oncológico nos Centros de Alta Complexidade MACAPÁ 2021-1 1 CLEIDE LENE DO ROSÁRIO DA SILVA LAURECI BRITO ASSUNÇÃO MARIA IRANILDE MONTE BAIA PAULA ALBUQUERQUE RIBEIRO TAMAR DA SILVA MARINHO A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL: No Acolhimento ao Paciente em Tratamento Oncológico nos Centros de Alta Complexidade Projeto de pesquisa apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na Disciplina de Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Érica Yone de Souza Mendes Santos MACAPÁ 2021-1 2 SUMÁRIO 1 TEMA .................................................................................................................................... 03 2 PROBLEMA ......................................................................................................................... 03 3OBJETIVOS ........................................................................................................................... 04 3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 04 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 04 4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 05 5 REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 06 6 HIPÓTESE ............................................................................................................................ 11 7 METODOLOGIA .................................................................................................................. 12 7.1 TIPO DE PESQUISA ......................................................................................................... 12 7.2 LOCAL DA PESQUISA .................................................................................................... 12 7.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 12 7.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................................... 12 7.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 13 8 CRONOGRAMA .................................................................................................................. 14 9ESTIMATIVA DE CUSTO ................................................................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 17 3 1 TEMA Atualmente, a questão da saúde na sociedade brasileira tem sofrido um processo de modificações em seu aspecto político e social, a partir da introdução de um conjunto de medidas e processos que contribuíram para transformar a relação da entidade hospitalar com o paciente. Sendo assim, A atenção do serviço social possibilita melhoria na qualidade de vida de pacientes oncológicos em tratamento e/ou internações hospitalares ou ambulatoriais para melhor qualidade de vida. Este trabalho levanta o seguinte tema como se dá a Atuação do/a Assistente Social no Acolhimento ao Paciente em Tratamento Oncológico nos Centros de Alta Complexidade, visando garantir à socialização das informações quanto aos direitos sociais que permitem acesso as políticas públicas e a programas sociais, além de intervir direta e indiretamente nas mais diversas situações apresentadas pelos pacientes e seus familiares. 2 PROBLEMA Para a compreensão da importância do/a assistente social na atenção, acolhimento, socialização de informações quanto à direitos do/a usuário/a e a família dos pacientes em tratamento oncológico no município de Macapá/AP levantou-se a seguinte problemática: Como se dá a atuação do/a assistente social na prática do acolhimento junto à pacientes em situação de cuidados paliativos oncológicos na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Hospital de Clinicas Dr. Alberto Lima? 4 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste projeto é compreendera importância do Serviço Social no acolhimento ao paciente em tratamento Oncológico, analisando a influência do acolhimento realizado pelo Assistente Social no que concerne ao acesso a direitos sociais. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecera política pública, os direitos sociais direcionados para os/as pacientes diagnosticados/as com CA e a efetivação dessa política no processo do tratamento oncológico; Investigar os instrumentos teóricos-metodológicos utilizados pelo/a Assistente Social na área de oncologia que promovem a garantia dos direitos ao usuário diagnosticado e seus familiares; Analisar a atuação do/a assistente social do acolhimento e, durante o processo do tratamento clínico aos pacientes oncológicos e seus familiares. 5 4 JUSTIFICATIVA O tema do presente projeto justifica sua relevância em razão da grande necessidade de refletir sobre a viabilização do acesso a direitos sociais a pacientes oncológicos em cuidados paliativos, tendo o acolhimento como artifício para este acesso. Assim, surgiu o interesse de analisar como vem sendo tratado à atuação do Assistente Social no acolhimento ao paciente em tratamento Oncológico, verificando-se também como essa relação está ocorrendo, já que, ainda existem diversos mitos e obstáculos referentes ao acesso aos direitos sociais e/ou esclarecimento de como proceder para acessá-los. Toda via o que se compreende na prática, é que a partir do exposto, para o acesso e a qualidade da atenção à saúde das pessoas diagnosticadas com câncer, múltiplos aspectos devem ser analisados, indo desde o diagnóstico até a definição da modalidade de tratamento. Deste modo, esses aspectos abrangem o percurso trilhado, nos diversos pontos de atenção, as vivências e os movimentos desencadeados relativos a uma sucessão de acontecimentos e a tomada de decisões que influenciarão o tratamento da enfermidade. Assim, considerando todos os percalços sofridos nessa caminhada pela pessoa diagnosticada com CA, embora se reconheçam os inúmeros esforços para o fortalecimento da rede de atenção oncológica, demonstram-se debilidades que podem ser estimuladas por barreiras geográficas, econômicas e sociais. Diante do diagnóstico da doença são vários os fatores que levam pacientes e familiares a entrar em desespero, tais como: as dificuldades de acesso a consultas, exames, medicações, demora do andamento do tratamento, falta de informação, orientação precária, todos esses fatores contribuem para o desequilíbrio emocional do paciente e consequentemente da família, pois quem tem câncer tem pressa, o que nos provocou esse questionamento como se dá a atuação do/a Assistente Social no atendimento ao paciente em tratamento oncológico, pois o serviço social visa viabilizar e garantir a socialização das informações quanto aos direitos sociais que permitem o acesso as políticas públicas e aos programas sociais a esta demanda. 6 5 FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA 5.1 - AS POLÍTICAS PÚBLICAS, OS SERVIÇOS SOCIAS E A PESSOA DIAGNÓSTICADA COM CA O constrangimento de ter uma doença estigmatizante, que dá margem a um processo de significação, gerado pela percepção de que a doença possibilita a reformulação de preconcepções e a elaboração de novos conceitos sobre ter uma doença incurável, levando alguns doentes a se afastarem das pessoas de seu convívio social. Essa atitude parece fruto de um processo interpretativo, baseado nos seus conceitos e nos dos outros sobre a doença,que deliberadamente escondem informações sobre sua identidade social verdadeira,quer recebendo ou aceitando um tratamento baseado em falsas suposições a seu respeito. A manipulação da informação oculta que desacredita o eu, ou seja, o encobrimento da doença é evidenciado no enfrentamento da situação vivida por pessoas doentes (SILVA, 2017, p. 7). A finalidade oncologia denota-se aplicação de medicamentos quimioterápicos e radioterápicos para arguir as células malignas em pacientes portadores de câncer. Advertindo- se que “o surgimento do câncer está, como se sabe, associado ao acúmulo de mudanças genéticas numa mesma célula. [...]” segundo Frances Jones (2007). Cabe destacar que “[...] o câncer é uma doença dinâmica e com características agressivas” (FRANCES JONES, 2007, p.34). Nesse ínterim, os pacientes oncológicos passam por momentos impactantes durante o processo de tratamento na qual é doloroso. Pois a droga age de maneira destruidora das células onde quer que ela esteja inclusa no corpo. Cabe ressaltar que seus familiares precisam ser compreendidos a real situação do câncer, ou seja, devem ser consideradas as condições emocionais, socioeconômicas e culturais dos pacientes oncológicos, visto que é nesse contexto que emerge a doença, e é com essa estrutura sociofamiliar que vão responder à conjuntura da doença (SOARES; DONIZETE; PRUDÊNCIO, 2013). A preocupação com a prevenção, controle e cura do câncer é um problema de saúde pública de âmbito nacional, o que orienta as ações voltadas para a erradicação desta enfermidade maligna. Em 1986, o Ministério da Saúde, desenvolveu a Campanha Nacional de Combate ao Câncer, a qual passou a desenvolver atividades descentralizadas nas áreas da informação, da prevenção e da educação do câncer. Com o advento da Constituição Federal de 1988 e a criação do SUS - Sistema Único de Saúde, regulamentado através da Lei 7 Orgânica da Saúde, nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a prevenção, controle e cura do câncer passaram a ter novas diretrizes (ARAUJO, 2017). Em 1993, a Portaria nº 170 da Secretaria de Assistência a Saúde promoveu a primeira ação do Ministério da Saúde que objetivava enfrentar, de modo organizado, as demandas de câncer no Brasil. Esta mesma secretária, em 1998, editou a Portaria nº 3.535, que garantia atendimento integral aos pacientes com câncer. Surgia neste instante uma rede hierarquizada de tratamento contra o câncer chamada de CACON - Centros de Alta Complexidade em Oncologia (BRASIL, 1998). Neste mesmo ano a Portaria nº 874, do Ministério da Saúde, instituiu a Política Nacional para a prevenção e controle de câncer na rede de atenção à saúde das pessoas com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde. O principal objetivo dessa política pública de saúde é reduzir a mortalidade e incapacidade ocasionadas pelos tipos de câncer, como também busca reduzir o número de casos na população (ARAUJO, 2017). Conforme Araujo (2017, p. 39) os principais princípios que direcionam a política nacional para a prevenção e controle do câncer são os seguintes: Art. 5º Constituem-se princípios gerais da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer: I - reconhecimento do câncer como doença crônica prevenível e necessidade de oferta de cuidado integral, considerando-se as diretrizes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do SUS; II - organização de redes de atenção regionalizadas e descentralizadas, com respeito a critérios de acesso, escala e escopo; III - formação de profissionais e promoção de educação permanente, por meio de atividades que visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de saúde para qualificação do cuidado nos diferentes níveis da atenção à saúde e para a implantação desta Política; IV - articulação intersetorial e garantia de ampla participação e controle social; V - a incorporação e o uso de tecnologias voltadas para a prevenção e o controle do câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do SUS devem ser resultado das recomendações formuladas por órgãos governamentais a partir do processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e da Avaliação Econômica (AE) (BRASIL, 2013). A criação do Sistema Único de Saúde pela Constituição Federal em 1988 é sem dúvida alguma o principal marco regulatório do direito à saúde no Brasil. Além de criar o SUS, a Constituição primou por estabelecer que a dignidade humana seria um dos seus principais pilares. A partir daí surgiram diversas leis garantindo direitos sociais e econômicos para pacientes com câncer, outras doenças graves e pessoas com deficiência de modo a viabilizar uma melhor qualidade de vida a esse público bastante fragilizado. A atividade legislativa em 8 matéria de direitos dos pacientes com câncer, vale destacar, continua aquecidíssima. Hoje, no Congresso Nacional, tramitam vários projetos que têm como beneficiário o paciente com câncer. Projeto que prevê o início do tratamento em prazo máximo de 60 dias; a realização de cirurgia em prazo de até 30 dias; a inclusão de medicamentos orais como cobertura obrigatória pelos Planos de Saúde (MATOS, 2015). Conforme Matos (2015) alguns direitos são devidos pelo fato isolado de ser o beneficiário portador de câncer, como é o caso, por exemplo, do direito à prioridade na tramitação de processos judiciais e/ou administrativos e do saque do FGTS. No entanto, muitos direitos dependem do cumprimento de outros requisitos adicionais. Como exemplo, tem-se que nem todo o paciente com câncer poderá requerer a Aposentadoria por Invalidez. Este benefício requer à constatação que o paciente é ou mantém sua qualidade de segurado do INSS, e que, conjuntamente, apresente incapacidade permanente para a realização de seu trabalho. Os pacientes oncológicos dispõem de direitos sociais específicos, conforme ressalta o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2012). Para acessá-los os pacientes devem ser orientados pelo assistente social, porque requerem um trâmite legal e burocrático, além de documentações exclusivas. Nesse sentido, atestados médicos, laudos ou relatórios médicos, resultados de exames, biopsias e outros procedimentos são imprescindíveis para que seja dada abertura aos processos legais e tornar-se mais ágil o acesso e concessão a direitos garantidos aos pacientes. Preferencialmente, esses documentos devem ser reproduzidos e autenticados em cartório, para que os originais fiquem em segurança. Em relação aos requerimentos (pedidos dos direitos) estes devem apresentar duas vias, de forma que o requerente tenha posse de uma via para comprovação em caso de necessidade. É necessário também estar atento aos prazos das avaliações, perícias e resultados, pois os processos podem perder validade ou ficarem retidos, provocando danos aos pacientes. Vale ressaltar que esses direitos são concedidos aos pacientes de acordo com a dinâmica de cada região ou localidade, no entanto, são assegurados por lei para todo o território nacional. A seguir, as informações extraídas da Cartilha sobre os direitos sociais dos pacientes oncológicos produzida pelo INCA (2012), em que destacam-se: Benefício de Amparo Social (LOAS); Aposentadoria por invalidez; Auxílio-Doença; Isenção de imposto de renda na aposentadoria; 9 Isenção de Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na compra de veículos adaptados; Isenção de Imposto Estadual referente à Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos adaptados; Quitação do financiamento da casa própria; Saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); Saque do Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP); Passe Livre; Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Esses são, portanto, de acordo com dados do INCA (2012), os direitos sociais que os pacientes oncológicos podem ter concedido, ressaltando que enquanto cidadãos também estão inseridos na relação direitos e deveres. No entanto, muitas são as dificuldades que eles encontram para que possam ter acesso a esses direitos, seja pela falta de informação, seja pela não celeridade quanto ao seu processo, seja pela (desresponsabilização) das instituições competentes para garanti-las, seja pelo sofrimento do tratamento oncológico, principalmente os que estão em cuidados paliativos. Nesse sentido, cabe ao profissional do Serviço Social orientar esses pacientes, assim como seus familiares, e informá-los na identificação de recursos que favoreçam o processo de tratamento do paciente. 5.2 –A INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL AO PACIENTE DA ÁREA DE ONCOLOGIA É importante falarmos que o Serviço Social, assim como nas demais áreas da saúde, compartilha de um trabalho coletivo com vistas à humanização do atendimento. Na área dos cuidados paliativos oncológicos, o/a assistente social precisa de uma visão holística da situação de cada usuário, procurando criar mecanismos e estratégias para atender as suas necessidades, para o que necessita conhecer o paciente e seus anseios, a família, sua história de vida e estar em conjunto com a equipe discutindo e avaliando o tratamento, assim como o prognóstico (SOARES; DONIZETE; PRUDÊNCIO, 2013). Logo, o/a Assistente Social, inserido na área da Saúde, tem a contribuir na direção da objetivação dos direitos sociais e na construção de novos sujeitos coletivos que realizem seus direitos. Assim, percebemos que o agir profissional do/a Assistente Social que atua na área da Saúde não se restringe apenas às demandas no que diz respeito à saúde do/a usuário/a, mas sim nas expressões da questão social, principalmente quanto ao acolhimento do usuário doente.Conforme salienta Iamamoto(1983)a concepção de questão social está enraizada na 10 contradição capital x trabalho, em outros termos, é uma categoria que tem sua especificidade definida no âmbito do modo capitalista de produção. A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é segundo Iamamoto e Carvalho: “A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”. (CARVALHO, IAMAMOTO, 1983, P.77). Portanto, a questão social é uma categoria que expressa à contradição fundamental do modo capitalista de produção. Contradição, esta, fundada na produção e apropriação da riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam dela. É assim que o trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas (ARAUJO, 2017). Segundo Matos (2017) há que se ressaltar que o entendimento ampliado do processo de saúde/doença é fundamental na formação não só dos assistentes sociais, mas não de todos os profissionais que compõem as equipes de saúde, bem como o caráter necessariamente coletivo do enfrentamento das expressões da questão social na particularidade brasileira no campo da saúde. Tendo por base estes parâmetros gerais que ancoram o fazer profissional na saúde, entendendo o Serviço Social como profissão de cunho interventivo e o campo da Oncologia como área de atenção em saúde que demanda o atendimento integral e práticas integradas e intersetoriais, delineia-se o perfil e as competências do egresso assistente social na residência multiprofissional do INCA. Desta forma, o perfil do egresso assistente social foi assim definido: Profissional reconhecidamente defensor do acesso ao SUS, identificado com a prática interdisciplinar no cuidado integral em saúde. Suas ações devem estar fundamentadas no Projeto Ético Político do Serviço Social que se volta para o compromisso com a população usuária da atenção oncológica.Tem intrínseco em suas práticas em saúde a divulgação dos direitos sociais como a estratégia para ampliação das políticas públicas sociais e do controle social em saúde (INCA, 2012, p. 52). Diante disso, o/a assistente social está preparado para acrescentar na relação com o paciente, elementos que possibilitem o enfrentamento de sua condição de pessoa doente, sua relação com a família […] a continuidade do tratamento e outras condições chamadas 11 “sociais”, vitais ao SUS e à sobrevivência, que são de seu domínio profissional (BERTANI, 2013, p. 43). 6 HIPOTESE A questão acima se remete ao pressuposto básico preliminar: de que o serviço social na oncologia tem grande atuação. Quando o paciente atendido pela equipe, já sabe de seu diagnóstico, ele recebe o acolhimento. Portanto, o papel do/a assistente social no tratamento do câncer começa quando o/a assistente social auxilia na interpretação da situação médica e sobre o tratamento proposto objetivando promover uma ação educativa, buscando um processo reflexivo nos pacientes, com isso busca otimizar o tratamento, de forma que a doença passe a ser encarada como uma “circunstância”, a qual não impedirá o/a paciente e família à ascenderem êxitos e, assim, possam participar do processo de tratamento e (ou) cura. Tal intervenção nessa realidade social visa garantir a socialização das informações quantos aos direitos sociais que permitem o acesso a bens e serviços de políticas públicas, privadas e programas sociais. 12 7. METODOLOGIA 7.1 TIPO DE PESQUISA O projeto de pesquisa seguiu os preceitos do estudo exploratório descritivo, por meio de uma Revisão de Literatura, que segundo Gil (2010), esse tipo de pesquisa “é o resultado dos levantamentos e análises já publicadas sobre o tema da pesquisa”, visando à contextualização teórica do trabalho dentro da grande área de pesquisa, constituído de livros e artigos científicos. 7.2 LOCAL DE PESQUISA A pesquisa será desenvolvida no Município de Macapá. Neste projeto o cenário da pesquisa será a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo que, as publicações científicas serão selecionadas através das bases, Medical LiteratureAnalysesandRetrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na ScientificElectronic Library Online (SciELO). 7.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA Neste projeto não envolverá diretamente os participantes da pesquisa. Serão utilizadas informações secundárias obtidas em artigos, dissertações, teses e monografias. 7.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: Serão utilizados como instrumentos de pesquisa: artigos, dissertações, teses e monografias que serão selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. 7.5 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS 1ª etapa: Busca nos bancos de dados Medline, Lilacs e Scielo; 2ª etapa: Seleção dos artigos, dissertações, teses e monografias serão de acordo com os critérios de inclusão e exclusão; 3ª etapa: Análise dos artigos, dissertações, teses e monografias para a construção do trabalho de conclusão de curso; 4ª etapa: Construção do Projeto de pesquisacientífica. 13 7.6 PRCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Em linhas gerais a pesquisa bibliográfica é um apanhado sobre os principais trabalhos científicos já realizados sobre o tema escolhido e que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes. Ela abrange: publicações avulsas, livros, jornais, revistas, vídeos, internet, etc. Esse levantamento é importante tanto nos estudos baseados em dados originais, colhidos numa pesquisa de campo, bem como aqueles inteiramente baseados em documentos (LUNA, 1999). De forma sistemática, este estudo bibliográfico se dará em publicações impressas entre os anos de 2010 e 2020, em que se buscará ressaltar as ideias centrais expostas pelos autores a respeito do tema.A pesquisa bibliográfica é então feita com o intuito de levantar um conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo investigado. A pesquisa bibliográfica visa então analisar as principais teorias de um tema, e pode ser realizada com diferentes finalidades (CHIARA, et al., 2008). Em seguida, será realizada a coleta de dados junto à amostra e sua análise. 14 8 CRONOGRAMA ATIVIDADE PERÍODO 2021-1 MARÇO ABRIL MAIO JUNHO ORIENTAÇÃO X X X ESCOLHA DO TEMA X COLETA DE DADOS X X LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO X X X ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA X X X FINALIZAÇÃO E ENTREGA DO PROJETO X DEFESA DO PROJETO DE PESQUISA X 15 9 ESTIMATIVAS DE CUSTOS MATERIAIS QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL Notebook 01 UND R$ 1.300 R$ 1.300 Internet 01 UND R$ 119,00 R$ 119,00 Impressora 01 UND R$ 450,00 R$ 450,00 Papel A4 Branco 01 RESMA R$ 15,00 R$ 15,00 Canetas 05 UND R$ 0,75 R$ 3,75 Cartucho para impressora 01 UND R$ 48,00 R$ 48,00 Lápis 05 UND 0,40 R$ 1,60 Borrachas 01 UND 0,40 R$ 40,00 Corretivos 01 UND 1,50 R$ 15,00 Encadernação 02 UND R$ 5.00 R$ 10,00 Caderno 05 UND R$ 20,00 R$ 100,00 Combustível 20 LITROS R$ 4,15 R$ 82,40 Lanche 20 UND R$ 10,00 R$ 200,00 TOTAL R$ 2.384,75 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto busca investigar através de uma pesquisa bibliográfica a prática profissional do Assistente Social dentro da área da saúde, especificamente a intervenção do profissional de Serviço Social ao paciente da área de Oncologia. Essa pesquisa buscou compreender a ação profissional desenvolvida, com intuito de apresentar que a atuação desse profissional se pauta nos interesses dos usuários, buscando principalmente a garantia de direitos sociais, de modo que esses profissionais devem possuir amplo conhecimento, visando garantir o acesso à rede de serviços (orientações, encaminhamentos, consultas, cirurgias, acompanhamento ambulatorial, benefícios, entre outros serviços) para a população usuária. Este projeto buscou ressalta, aqui, que o profissional Assistente Social deve possuir as competências e habilidades necessárias para atuação junto ao paciente em cuidados oncológico, haja vista, que esse profissional é um elo muito importante entre esse usuário e o acesso aos direitos sociais. O assistente social é um dos componentes da equipe profissional que atende essa demanda atuando também em conjunto com equipe multidisciplinar na elaboração de planos referentes ao atendimento e atenção ao paciente em nível individual ou familiar. Vale frisar que a atenção do Serviço Social proporciona melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos, uma vez que, a atenção ao paciente de uma doença que provoca mudanças significativas no comportamento físico e metal dos indivíduos gera necessidades a serem atendidas e, de tal modo, o Assistente Social exerce intervenção fundamental na colaboração para a melhoria da qualidade de vida da pessoa acometida pelo CA a partir da compreensão da experiência da pessoa com câncer e o adequado acolhimento e apoio ao indivíduo e a seus familiares. Nesse sentido, o Assistente Social, como profissional de Saúde, possui competências para intervir junto aos fenômenos socioculturais (emocionais e comportamentais) que contribuem para a melhoria da qualidade de vida de doentes oncológicos. O que possibilita a esses profissionais criar estratégias e mecanismos que minimizem as dificuldades que os pacientes oncológicos enfrentam além do pesado diagnóstico confirmando a doença. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Genaldo Andrade de. Análise dos Direitos dos Pacientes com Câncer / Genaldo Andrade de Araújo – Santa Rita, 2017. 74f. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. BRAVO, Maria Inês Souza; MATOS, Maurílio Castro de Matos. Projeto Ético-Político do Serviço Social e sua relação com a Reforma Sanitária: elementos para o debate. São Paulo: Cortez, 2011. BRENTANI, Marcelo M.; COELHO, Fernando R. G.; KOWALSKI. Bases da Oncologia. São Paulo: Lemar Livraria; Editora Marina e Tecmed Editora, 2013. CHIARA, Ivone Guerreiro Di. et al. Normas de documentação aplicadas à área de Saúde. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. GUALDA, Judith. A compreensão da doença e do doente. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA. Causas e tratamento do câncer. 2016. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/estomago/prevencao. Acesso em 11 de março de 2021. LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. 2a edição. São Paulo: EDUC, 1999. MATOS, M. C. Projeto Ético Político do Serviço Social e sua relação com a Reforma Sanitária: elementos para o debate.Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo, 2017. MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 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