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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL No Acolhimento ao Paciente em TratamentoOncológico nos Centros de Alta Complexidade final

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP/MACAPÁ 
CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL 
 
CLEIDE LENE DO ROSÁRIO DA SILVA 
LAURECI BRITO ASSUNÇÃO 
MARIA IRANILDE MONTE BAIA 
PAULA ALBUQUERQUE RIBEIRO 
TAMAR DA SILVA MARINHO 
 
 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL:No Acolhimento ao Paciente em Tratamento 
Oncológico nos Centros de Alta Complexidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ 
2021-1 
1 
 
CLEIDE LENE DO ROSÁRIO DA SILVA 
LAURECI BRITO ASSUNÇÃO 
MARIA IRANILDE MONTE BAIA 
PAULA ALBUQUERQUE RIBEIRO 
TAMAR DA SILVA MARINHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL: No Acolhimento ao Paciente em Tratamento 
Oncológico nos Centros de Alta Complexidade 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP, como requisito parcial para a 
obtenção de média bimestral na Disciplina de 
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
 
Orientadora: Érica Yone de Souza Mendes Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ 
2021-1 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 TEMA .................................................................................................................................... 03 
2 PROBLEMA ......................................................................................................................... 03 
3OBJETIVOS ........................................................................................................................... 04 
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 04 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 04 
4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 05 
5 REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 06 
6 HIPÓTESE ............................................................................................................................ 11 
7 METODOLOGIA .................................................................................................................. 12 
7.1 TIPO DE PESQUISA ......................................................................................................... 12 
7.2 LOCAL DA PESQUISA .................................................................................................... 12 
7.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 12 
7.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................................... 12 
7.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 13 
8 CRONOGRAMA .................................................................................................................. 14 
9ESTIMATIVA DE CUSTO ................................................................................................... 15 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 16 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 TEMA 
 
Atualmente, a questão da saúde na sociedade brasileira tem sofrido um processo de 
modificações em seu aspecto político e social, a partir da introdução de um conjunto de 
medidas e processos que contribuíram para transformar a relação da entidade hospitalar com o 
paciente. Sendo assim, A atenção do serviço social possibilita melhoria na qualidade de vida 
de pacientes oncológicos em tratamento e/ou internações hospitalares ou ambulatoriais para 
melhor qualidade de vida. Este trabalho levanta o seguinte tema como se dá a Atuação do/a 
Assistente Social no Acolhimento ao Paciente em Tratamento Oncológico nos Centros de 
Alta Complexidade, visando garantir à socialização das informações quanto aos direitos 
sociais que permitem acesso as políticas públicas e a programas sociais, além de intervir 
direta e indiretamente nas mais diversas situações apresentadas pelos pacientes e seus 
familiares. 
 
 
2 PROBLEMA 
 
Para a compreensão da importância do/a assistente social na atenção, acolhimento, 
socialização de informações quanto à direitos do/a usuário/a e a família dos pacientes em 
tratamento oncológico no município de Macapá/AP levantou-se a seguinte problemática: 
Como se dá a atuação do/a assistente social na prática do acolhimento junto à pacientes em 
situação de cuidados paliativos oncológicos na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia 
(UNACON) do Hospital de Clinicas Dr. Alberto Lima? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo geral deste projeto é compreendera importância do Serviço Social no 
acolhimento ao paciente em tratamento Oncológico, analisando a influência do acolhimento 
realizado pelo Assistente Social no que concerne ao acesso a direitos sociais. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Conhecera política pública, os direitos sociais direcionados para os/as pacientes 
diagnosticados/as com CA e a efetivação dessa política no processo do tratamento 
oncológico; 
 Investigar os instrumentos teóricos-metodológicos utilizados pelo/a Assistente Social 
na área de oncologia que promovem a garantia dos direitos ao usuário diagnosticado e seus 
familiares; 
 Analisar a atuação do/a assistente social do acolhimento e, durante o processo do 
tratamento clínico aos pacientes oncológicos e seus familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
4 JUSTIFICATIVA 
 
O tema do presente projeto justifica sua relevância em razão da grande necessidade de 
refletir sobre a viabilização do acesso a direitos sociais a pacientes oncológicos em cuidados 
paliativos, tendo o acolhimento como artifício para este acesso. Assim, surgiu o interesse de 
analisar como vem sendo tratado à atuação do Assistente Social no acolhimento ao paciente 
em tratamento Oncológico, verificando-se também como essa relação está ocorrendo, já que, 
ainda existem diversos mitos e obstáculos referentes ao acesso aos direitos sociais e/ou 
esclarecimento de como proceder para acessá-los. 
Toda via o que se compreende na prática, é que a partir do exposto, para o acesso e a 
qualidade da atenção à saúde das pessoas diagnosticadas com câncer, múltiplos aspectos 
devem ser analisados, indo desde o diagnóstico até a definição da modalidade de tratamento. 
Deste modo, esses aspectos abrangem o percurso trilhado, nos diversos pontos de atenção, as 
vivências e os movimentos desencadeados relativos a uma sucessão de acontecimentos e a 
tomada de decisões que influenciarão o tratamento da enfermidade. 
Assim, considerando todos os percalços sofridos nessa caminhada pela pessoa 
diagnosticada com CA, embora se reconheçam os inúmeros esforços para o fortalecimento da 
rede de atenção oncológica, demonstram-se debilidades que podem ser estimuladas por 
barreiras geográficas, econômicas e sociais. Diante do diagnóstico da doença são vários os 
fatores que levam pacientes e familiares a entrar em desespero, tais como: as dificuldades de 
acesso a consultas, exames, medicações, demora do andamento do tratamento, falta de 
informação, orientação precária, todos esses fatores contribuem para o desequilíbrio 
emocional do paciente e consequentemente da família, pois quem tem câncer tem pressa, o 
que nos provocou esse questionamento como se dá a atuação do/a Assistente Social no 
atendimento ao paciente em tratamento oncológico, pois o serviço social visa viabilizar e 
garantir a socialização das informações quanto aos direitos sociais que permitem o acesso as 
políticas públicas e aos programas sociais a esta demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
5 FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA 
 
5.1 - AS POLÍTICAS PÚBLICAS, OS SERVIÇOS SOCIAS E A PESSOA 
DIAGNÓSTICADA COM CA 
 
O constrangimento de ter uma doença estigmatizante, que dá margem a um processo 
de significação, gerado pela percepção de que a doença possibilita a reformulação de 
preconcepções e a elaboração de novos conceitos sobre ter uma doença incurável, levando 
alguns doentes a se afastarem das pessoas de seu convívio social. Essa atitude parece fruto de 
um processo interpretativo, baseado nos seus conceitos e nos dos outros sobre a doença,que 
deliberadamente escondem informações sobre sua identidade social verdadeira,quer 
recebendo ou aceitando um tratamento baseado em falsas suposições a seu respeito. A 
manipulação da informação oculta que desacredita o eu, ou seja, o encobrimento da doença é 
evidenciado no enfrentamento da situação vivida por pessoas doentes (SILVA, 2017, p. 7). 
A finalidade oncologia denota-se aplicação de medicamentos quimioterápicos e 
radioterápicos para arguir as células malignas em pacientes portadores de câncer. Advertindo-
se que “o surgimento do câncer está, como se sabe, associado ao acúmulo de mudanças 
genéticas numa mesma célula. [...]” segundo Frances Jones (2007). Cabe destacar que “[...] o 
câncer é uma doença dinâmica e com características agressivas” (FRANCES JONES, 2007, 
p.34). 
Nesse ínterim, os pacientes oncológicos passam por momentos impactantes durante o 
processo de tratamento na qual é doloroso. Pois a droga age de maneira destruidora das 
células onde quer que ela esteja inclusa no corpo. Cabe ressaltar que seus familiares precisam 
ser compreendidos a real situação do câncer, ou seja, devem ser consideradas as condições 
emocionais, socioeconômicas e culturais dos pacientes oncológicos, visto que é nesse 
contexto que emerge a doença, e é com essa estrutura sociofamiliar que vão responder à 
conjuntura da doença (SOARES; DONIZETE; PRUDÊNCIO, 2013). 
A preocupação com a prevenção, controle e cura do câncer é um problema de saúde 
pública de âmbito nacional, o que orienta as ações voltadas para a erradicação desta 
enfermidade maligna. Em 1986, o Ministério da Saúde, desenvolveu a Campanha Nacional de 
Combate ao Câncer, a qual passou a desenvolver atividades descentralizadas nas áreas da 
informação, da prevenção e da educação do câncer. Com o advento da Constituição Federal 
de 1988 e a criação do SUS - Sistema Único de Saúde, regulamentado através da Lei 
7 
 
Orgânica da Saúde, nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a prevenção, controle e cura do 
câncer passaram a ter novas diretrizes (ARAUJO, 2017). 
Em 1993, a Portaria nº 170 da Secretaria de Assistência a Saúde promoveu a primeira 
ação do Ministério da Saúde que objetivava enfrentar, de modo organizado, as demandas de 
câncer no Brasil. Esta mesma secretária, em 1998, editou a Portaria nº 3.535, que garantia 
atendimento integral aos pacientes com câncer. Surgia neste instante uma rede hierarquizada 
de tratamento contra o câncer chamada de CACON - Centros de Alta Complexidade em 
Oncologia (BRASIL, 1998). Neste mesmo ano a Portaria nº 874, do Ministério da Saúde, 
instituiu a Política Nacional para a prevenção e controle de câncer na rede de atenção à saúde das 
pessoas com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde. O principal objetivo dessa 
política pública de saúde é reduzir a mortalidade e incapacidade ocasionadas pelos tipos de 
câncer, como também busca reduzir o número de casos na população (ARAUJO, 2017). 
Conforme Araujo (2017, p. 39) os principais princípios que direcionam a política nacional 
para a prevenção e controle do câncer são os seguintes: 
 
Art. 5º Constituem-se princípios gerais da Política Nacional para a 
Prevenção e Controle do Câncer: 
I - reconhecimento do câncer como doença crônica prevenível e necessidade 
de oferta de cuidado integral, considerando-se as diretrizes da Rede de 
Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do SUS; 
II - organização de redes de atenção regionalizadas e descentralizadas, com 
respeito a critérios de acesso, escala e escopo; 
III - formação de profissionais e promoção de educação permanente, por 
meio de atividades que visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e 
atitudes dos profissionais de saúde para qualificação do cuidado nos 
diferentes níveis da atenção à saúde e para a implantação desta Política; 
IV - articulação intersetorial e garantia de ampla participação e controle 
social; 
V - a incorporação e o uso de tecnologias voltadas para a prevenção e o 
controle do câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças 
Crônicas no âmbito do SUS devem ser resultado das recomendações 
formuladas por órgãos governamentais a partir do processo de Avaliação de 
Tecnologias em Saúde (ATS) e da Avaliação Econômica (AE) (BRASIL, 
2013). 
 
A criação do Sistema Único de Saúde pela Constituição Federal em 1988 é sem dúvida 
alguma o principal marco regulatório do direito à saúde no Brasil. Além de criar o SUS, a 
Constituição primou por estabelecer que a dignidade humana seria um dos seus principais 
pilares. A partir daí surgiram diversas leis garantindo direitos sociais e econômicos para 
pacientes com câncer, outras doenças graves e pessoas com deficiência de modo a viabilizar 
uma melhor qualidade de vida a esse público bastante fragilizado. A atividade legislativa em 
8 
 
matéria de direitos dos pacientes com câncer, vale destacar, continua aquecidíssima. Hoje, no 
Congresso Nacional, tramitam vários projetos que têm como beneficiário o paciente com 
câncer. Projeto que prevê o início do tratamento em prazo máximo de 60 dias; a realização de 
cirurgia em prazo de até 30 dias; a inclusão de medicamentos orais como cobertura 
obrigatória pelos Planos de Saúde (MATOS, 2015). 
Conforme Matos (2015) alguns direitos são devidos pelo fato isolado de ser o 
beneficiário portador de câncer, como é o caso, por exemplo, do direito à prioridade na 
tramitação de processos judiciais e/ou administrativos e do saque do FGTS. No entanto, 
muitos direitos dependem do cumprimento de outros requisitos adicionais. Como exemplo, 
tem-se que nem todo o paciente com câncer poderá requerer a Aposentadoria por Invalidez. 
Este benefício requer à constatação que o paciente é ou mantém sua qualidade de segurado do 
INSS, e que, conjuntamente, apresente incapacidade permanente para a realização de seu 
trabalho. 
Os pacientes oncológicos dispõem de direitos sociais específicos, conforme ressalta o 
Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2012). Para acessá-los os pacientes devem ser orientados 
pelo assistente social, porque requerem um trâmite legal e burocrático, além de 
documentações exclusivas. Nesse sentido, atestados médicos, laudos ou relatórios médicos, 
resultados de exames, biopsias e outros procedimentos são imprescindíveis para que seja dada 
abertura aos processos legais e tornar-se mais ágil o acesso e concessão a direitos garantidos 
aos pacientes. Preferencialmente, esses documentos devem ser reproduzidos e autenticados 
em cartório, para que os originais fiquem em segurança. Em relação aos requerimentos 
(pedidos dos direitos) estes devem apresentar duas vias, de forma que o requerente tenha 
posse de uma via para comprovação em caso de necessidade. É necessário também estar 
atento aos prazos das avaliações, perícias e resultados, pois os processos podem perder 
validade ou ficarem retidos, provocando danos aos pacientes. 
Vale ressaltar que esses direitos são concedidos aos pacientes de acordo com a 
dinâmica de cada região ou localidade, no entanto, são assegurados por lei para todo o 
território nacional. A seguir, as informações extraídas da Cartilha sobre os direitos sociais dos 
pacientes oncológicos produzida pelo INCA (2012), em que destacam-se: 
 
 Benefício de Amparo Social (LOAS); 
 Aposentadoria por invalidez; 
 Auxílio-Doença; 
 Isenção de imposto de renda na aposentadoria; 
9 Isenção de Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de 
Serviços (ICMS) na compra de veículos adaptados; 
 Isenção de Imposto Estadual referente à Propriedade de Veículos 
Automotores (IPVA) para veículos adaptados; 
 Quitação do financiamento da casa própria; 
 Saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); 
 Saque do Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de 
Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP); 
 Passe Livre; 
 Tratamento Fora de Domicílio (TFD). 
 
Esses são, portanto, de acordo com dados do INCA (2012), os direitos sociais que os 
pacientes oncológicos podem ter concedido, ressaltando que enquanto cidadãos também estão 
inseridos na relação direitos e deveres. No entanto, muitas são as dificuldades que eles 
encontram para que possam ter acesso a esses direitos, seja pela falta de informação, seja pela 
não celeridade quanto ao seu processo, seja pela (desresponsabilização) das instituições 
competentes para garanti-las, seja pelo sofrimento do tratamento oncológico, principalmente 
os que estão em cuidados paliativos. Nesse sentido, cabe ao profissional do Serviço Social 
orientar esses pacientes, assim como seus familiares, e informá-los na identificação de 
recursos que favoreçam o processo de tratamento do paciente. 
 
5.2 –A INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL AO 
PACIENTE DA ÁREA DE ONCOLOGIA 
É importante falarmos que o Serviço Social, assim como nas demais áreas da saúde, 
compartilha de um trabalho coletivo com vistas à humanização do atendimento. Na área dos 
cuidados paliativos oncológicos, o/a assistente social precisa de uma visão holística da 
situação de cada usuário, procurando criar mecanismos e estratégias para atender as suas 
necessidades, para o que necessita conhecer o paciente e seus anseios, a família, sua história 
de vida e estar em conjunto com a equipe discutindo e avaliando o tratamento, assim como o 
prognóstico (SOARES; DONIZETE; PRUDÊNCIO, 2013). 
Logo, o/a Assistente Social, inserido na área da Saúde, tem a contribuir na direção da 
objetivação dos direitos sociais e na construção de novos sujeitos coletivos que realizem seus 
direitos. Assim, percebemos que o agir profissional do/a Assistente Social que atua na área da 
Saúde não se restringe apenas às demandas no que diz respeito à saúde do/a usuário/a, mas 
sim nas expressões da questão social, principalmente quanto ao acolhimento do usuário 
doente.Conforme salienta Iamamoto(1983)a concepção de questão social está enraizada na 
10 
 
contradição capital x trabalho, em outros termos, é uma categoria que tem sua especificidade 
definida no âmbito do modo capitalista de produção. 
A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é segundo Iamamoto 
e Carvalho: 
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e 
desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da 
sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do 
empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da 
contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros 
tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”. (CARVALHO, 
IAMAMOTO, 1983, P.77). 
 
Portanto, a questão social é uma categoria que expressa à contradição fundamental do 
modo capitalista de produção. Contradição, esta, fundada na produção e apropriação da 
riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam 
dela. É assim que o trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas (ARAUJO, 2017). 
Segundo Matos (2017) há que se ressaltar que o entendimento ampliado do processo 
de saúde/doença é fundamental na formação não só dos assistentes sociais, mas não de todos 
os profissionais que compõem as equipes de saúde, bem como o caráter necessariamente 
coletivo do enfrentamento das expressões da questão social na particularidade brasileira no 
campo da saúde. 
Tendo por base estes parâmetros gerais que ancoram o fazer profissional na saúde, 
entendendo o Serviço Social como profissão de cunho interventivo e o campo da Oncologia 
como área de atenção em saúde que demanda o atendimento integral e práticas integradas e 
intersetoriais, delineia-se o perfil e as competências do egresso assistente social na residência 
multiprofissional do INCA. Desta forma, o perfil do egresso assistente social foi assim 
definido: 
 
Profissional reconhecidamente defensor do acesso ao SUS, identificado com a 
prática interdisciplinar no cuidado integral em saúde. Suas ações devem estar 
fundamentadas no Projeto Ético Político do Serviço Social que se volta para o 
compromisso com a população usuária da atenção oncológica.Tem intrínseco em 
suas práticas em saúde a divulgação dos direitos sociais como a estratégia para 
ampliação das políticas públicas sociais e do controle social em saúde (INCA, 2012, 
p. 52). 
 
Diante disso, o/a assistente social está preparado para acrescentar na relação com o 
paciente, elementos que possibilitem o enfrentamento de sua condição de pessoa doente, sua 
relação com a família […] a continuidade do tratamento e outras condições chamadas 
11 
 
“sociais”, vitais ao SUS e à sobrevivência, que são de seu domínio profissional (BERTANI, 
2013, p. 43). 
 
 
6 HIPOTESE 
 
A questão acima se remete ao pressuposto básico preliminar: de que o serviço social 
na oncologia tem grande atuação. Quando o paciente atendido pela equipe, já sabe de seu 
diagnóstico, ele recebe o acolhimento. Portanto, o papel do/a assistente social no tratamento 
do câncer começa quando o/a assistente social auxilia na interpretação da situação médica e 
sobre o tratamento proposto objetivando promover uma ação educativa, buscando um 
processo reflexivo nos pacientes, com isso busca otimizar o tratamento, de forma que a 
doença passe a ser encarada como uma “circunstância”, a qual não impedirá o/a paciente e 
família à ascenderem êxitos e, assim, possam participar do processo de tratamento e (ou) cura. 
Tal intervenção nessa realidade social visa garantir a socialização das informações quantos 
aos direitos sociais que permitem o acesso a bens e serviços de políticas públicas, privadas e 
programas sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
7. METODOLOGIA 
 
7.1 TIPO DE PESQUISA 
O projeto de pesquisa seguiu os preceitos do estudo exploratório descritivo, por meio 
de uma Revisão de Literatura, que segundo Gil (2010), esse tipo de pesquisa “é o resultado 
dos levantamentos e análises já publicadas sobre o tema da pesquisa”, visando à 
contextualização teórica do trabalho dentro da grande área de pesquisa, constituído de livros e 
artigos científicos. 
 
7.2 LOCAL DE PESQUISA 
A pesquisa será desenvolvida no Município de Macapá. 
Neste projeto o cenário da pesquisa será a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo 
que, as publicações científicas serão selecionadas através das bases, Medical 
LiteratureAnalysesandRetrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e 
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na ScientificElectronic Library Online 
(SciELO). 
 
7.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA 
Neste projeto não envolverá diretamente os participantes da pesquisa. Serão utilizadas 
informações secundárias obtidas em artigos, dissertações, teses e monografias. 
 
7.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: 
Serão utilizados como instrumentos de pesquisa: artigos, dissertações, teses e 
monografias que serão selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. 
 
7.5 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS 
1ª etapa: Busca nos bancos de dados Medline, Lilacs e Scielo; 
2ª etapa: Seleção dos artigos, dissertações, teses e monografias serão de acordo com 
os critérios de inclusão e exclusão; 
3ª etapa: Análise dos artigos, dissertações, teses e monografias para a construção do 
trabalho de conclusão de curso; 
4ª etapa: Construção do Projeto de pesquisacientífica. 
 
 
13 
 
7.6 PRCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Em linhas gerais a pesquisa bibliográfica é um apanhado sobre os principais trabalhos 
científicos já realizados sobre o tema escolhido e que são revestidos de importância por serem 
capazes de fornecer dados atuais e relevantes. Ela abrange: publicações avulsas, livros, 
jornais, revistas, vídeos, internet, etc. Esse levantamento é importante tanto nos estudos 
baseados em dados originais, colhidos numa pesquisa de campo, bem como aqueles 
inteiramente baseados em documentos (LUNA, 1999). 
De forma sistemática, este estudo bibliográfico se dará em publicações impressas entre 
os anos de 2010 e 2020, em que se buscará ressaltar as ideias centrais expostas pelos autores a 
respeito do tema.A pesquisa bibliográfica é então feita com o intuito de levantar um 
conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objeto 
sendo investigado. A pesquisa bibliográfica visa então analisar as principais teorias de um 
tema, e pode ser realizada com diferentes finalidades (CHIARA, et al., 2008). Em seguida, 
será realizada a coleta de dados junto à amostra e sua análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
8 CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 
PERÍODO 
 2021-1 
MARÇO ABRIL MAIO JUNHO 
ORIENTAÇÃO 
X X X 
ESCOLHA DO TEMA 
X 
COLETA DE DADOS 
 X X 
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
X X X 
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA 
X X X 
FINALIZAÇÃO E ENTREGA DO PROJETO 
 X 
DEFESA DO PROJETO DE PESQUISA 
 X 
15 
 
9 ESTIMATIVAS DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS QUANTIDADE 
VALOR 
UNITÁRIO 
VALOR 
TOTAL 
Notebook 01 UND R$ 1.300 R$ 1.300 
Internet 01 UND R$ 119,00 R$ 119,00 
Impressora 01 UND R$ 450,00 R$ 450,00 
Papel A4 Branco 01 RESMA R$ 15,00 R$ 15,00 
Canetas 05 UND R$ 0,75 R$ 3,75 
Cartucho para impressora 01 UND R$ 48,00 R$ 48,00 
Lápis 05 UND 0,40 R$ 1,60 
Borrachas 01 UND 0,40 R$ 40,00 
Corretivos 01 UND 1,50 R$ 15,00 
Encadernação 02 UND R$ 5.00 R$ 10,00 
Caderno 05 UND R$ 20,00 R$ 100,00 
Combustível 20 LITROS R$ 4,15 R$ 82,40 
Lanche 20 UND R$ 10,00 R$ 200,00 
 TOTAL R$ 2.384,75 
16 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este projeto busca investigar através de uma pesquisa bibliográfica a prática 
profissional do Assistente Social dentro da área da saúde, especificamente a intervenção do 
profissional de Serviço Social ao paciente da área de Oncologia. Essa pesquisa buscou 
compreender a ação profissional desenvolvida, com intuito de apresentar que a atuação desse 
profissional se pauta nos interesses dos usuários, buscando principalmente a garantia de 
direitos sociais, de modo que esses profissionais devem possuir amplo conhecimento, visando 
garantir o acesso à rede de serviços (orientações, encaminhamentos, consultas, cirurgias, 
acompanhamento ambulatorial, benefícios, entre outros serviços) para a população usuária. 
Este projeto buscou ressalta, aqui, que o profissional Assistente Social deve possuir as 
competências e habilidades necessárias para atuação junto ao paciente em cuidados 
oncológico, haja vista, que esse profissional é um elo muito importante entre esse usuário e o 
acesso aos direitos sociais. O assistente social é um dos componentes da equipe profissional 
que atende essa demanda atuando também em conjunto com equipe multidisciplinar na 
elaboração de planos referentes ao atendimento e atenção ao paciente em nível individual ou 
familiar. 
Vale frisar que a atenção do Serviço Social proporciona melhoria da qualidade de vida 
de pacientes oncológicos, uma vez que, a atenção ao paciente de uma doença que provoca 
mudanças significativas no comportamento físico e metal dos indivíduos gera necessidades a 
serem atendidas e, de tal modo, o Assistente Social exerce intervenção fundamental na 
colaboração para a melhoria da qualidade de vida da pessoa acometida pelo CA a partir da 
compreensão da experiência da pessoa com câncer e o adequado acolhimento e apoio ao 
indivíduo e a seus familiares. 
Nesse sentido, o Assistente Social, como profissional de Saúde, possui competências 
para intervir junto aos fenômenos socioculturais (emocionais e comportamentais) que 
contribuem para a melhoria da qualidade de vida de doentes oncológicos. O que possibilita a 
esses profissionais criar estratégias e mecanismos que minimizem as dificuldades que os 
pacientes oncológicos enfrentam além do pesado diagnóstico confirmando a doença. 
 
 
 
 
 
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