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Cirurgia- Nós Cirúrgicos e Ligaduras

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Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
5 
Nós Cirúrgicos e Ligaduras 
Revisão: Gabriel Neimann 
5.1 Nós Cirúrgicos 
Definição 
O nó cirúrgico consiste no entrelaçamento do fio cirúrgico no intuito de se realizar a 
hemostasia ou a união entre duas bordas teciduais. 
 
Qualidades desejáveis 
 Que não se afrouxe; 
 Que seja de fácil e de rápida execução; 
 Que utilize a mínima quantidade de fio. 
 
Estrutura básica do nó cirúrgico 
 1º seminó: contenção; 
 2º seminó: fixação; 
 3º seminó: segurança. 
 
Princípios gerais 
 Deve ser firme; 
 Deve apresentar o menor volume possível; 
 Evitar tensão excessiva (quebra do fio, maior dano tecidual); 
 Seminós mais que necessários só adicionam volume ao nó, não aumentando a resistência. 
 
Técnicas para a realização de um nó cirúrgico 
 Técnica manual (de Pauchet): 
o Nó do dedo indicador (Figura 5.2): unimanual; 
o Nó do dedo médio (Figura 5.3): unimanual; 
o Nó do cirurgião (Figura 5.4): bimanual; 
 
Tipos de nós cirúrgicos 
1. Nó Deslizante (ou Simétrico): apresenta o primeiro componente igual ao do nó antideslizante, 
sendo que o seminó de fixação é elaborado no mesmo sentido que o seminó de contenção. 
Dessa forma, os dois seminós tem a mesma conformação. É particularmente sujeito ao 
deslizamento. Tem a utilidade de permitir reajuste da tensão, caso a 
ligadura tenha ficado frouxa e exige a necessidade de um terceiro 
seminó para segurança. 
2. Nó Antideslizante (ou Quadrado ou Assimétrico): é o de maior 
resistência ao fenômeno de deslizamento. É composto de dois seminós, 
na qual o segundo (de fixação) é a imagem especular do anterior. 
Eventualmente, pode ser reforçado por um ou mais seminós de 
segurança, cada um dos quais será a imagem especular do precedente. 
 Figura 5.1 – Formato do nó antideslizante. 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
 
 
 
 
 
 
Figura 5.2 – Confecção do nó do dedo indicador. 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
 
 
 
 
 
 
Figura 5.3 – Confecção do nó do dedo médio. 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
 
 
Figura 5.4 – Confecção do nó do cirurgião. 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
Lembrar-se de sempre alternar ou a técnica com a mesma mão, ou a mão com a mesma técnica, 
para que o nó se torne antideslizante. Por exemplo: na realização de um nó cirúrgico, podemos 
iniciar com um nó do dedo indicador e alternar a técnica, utilizando a mesma mão durante toda a 
confecção do nó - 1º seminó: dedo indicador com a mão direita, 2º seminó: dedo médio com a mão 
direita, 3º seminó: dedo indicador com a mão direita - ou realizar o nó com a mesma técnica, porém 
alternando a mão que realiza o nó - 1º seminó: dedo indicador com a mão direita, 2º seminó: dedo 
indicador com a mão esquerda, 3º seminó: dedo indicador com a mão direita. Lembre-se de que o nó 
do cirurgião já contém dois seminós, só necessitando de mais um seminó (dedo indicador ou dedo 
médio). 
 
Observações 
1. A diferença básica do nó do cirurgião em relação aos outros (dedo médio e dedo indicador) 
está na formação do primeiro seminó, que é formado por dois entrecruzamentos sucessivos. É usado 
quando não se deseja ou não pode haver afrouxamento do primeiro seminó, sendo, portanto, 
autoestático, permitindo a confecção do segundo seminó sem modificação do primeiro. Por isso, é 
utilizado para aproximação de estruturas sob tensão. 
2. Só é obrigatório o descruzamento do fio na execução do primeiro semi-nó. Os outros semi-
nós não carecem de um novo cruzamento, sendo apenas necessária a troca da técnica ou da mão de 
execução. 
 
5.2 Ligaduras 
No modelo experimental 
1. Incisão (espuma); 
2. Divulsão com Pinça Hemostática Curva ou tesoura Metzembaum Curva, com a concavidade 
voltada para cima. 
a. Durante a divulsão, pode-se utilizar uma Pinça de Dissecção Traumática ou 
Atraumática, a depender do tecido que será manipulado. 
b. Neste tempo cirúrgico, ao realizar a divulsão, a mesma deverá seguir a linha da 
incisão; entretanto, caso seja necessário divulsionar planos anatômicos abaixo das 
bordas da ferida, o instrumental (Hemostática ou Metzembaum) deverá “entrar” 
fechado e “sair” aberto (de modo a evitar secções teciduais, vasculares ou nervosas 
acidentais), sendo que o auxiliar que estiver posicionado à direita da borda da ferida 
divulsionará os planos que se encontram abaixo da borda esquerda, e vice-versa. 
3. Posicionamento dos afastadores (Farabeuf): o auxiliar que estiver posicionado à direita da 
borda da ferida colocará o afastador da borda esquerda e vice-versa. 
4. Pinçamento dos pequenos vasos rotos superficiais (sentido horário), afastamento das pinças 
da pele pelo 1º auxiliar, seguidos de cauterização com bisturi elétrico pelo cirurgião. 
5. Exploração da cavidade para identificação de vasos rotos que devem ser ligados. 
6. Apresentação do fio: Posiciona-se uma Pinça Hemostática curva ou uma Mixter sob o vaso, 
utiliza-se a Pinça de Dissecção Atraumática (anatômica) com o fio na extremidade para 
entregá-lo à Mixter ou à Pinça Hemostática Curva. 
 
5.2.1 Ligadura Temporária 
 Ligadura Falsa 
1. Apresenta-se duas vezes seguidas o fio em volta do vaso formando 2 alças; 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
2. As extremidades desse fio são então fixadas com o reparo (pinça hemostática reta) 
distante do vaso; 
3. Esse procedimento deve ser feito primeiro medialmente ao fluxo sanguíneo e depois 
distalmente; 
4. Para desfazer a Ligadura Falsa deve-se retirar o reparo distal ao fluxo sanguíneo, folgar as 
alças com uma Pinça Anatômica e cortar a alça com uma Mayo Curva. Em seguida, o 
reparo proximal ao fluxo sanguíneo será desfeito. 
 
5.2.2 Ligadura Definitiva 
 Ligadura com pinçamento na extremidade (para vaso roto) 
1. Preensão do vaso com a Pinça Anatômica para posterior colocação da Pinça Hemostática 
Curva com concavidade voltada para cima; 
2. Apresentação do vaso para passagem do fio com Pinça hemostática na vertical; 
3. Passagem do fio de ligadura: fio é passado com as duas mãos pela frente da pinça, depois 
a mão dominante segura os dois fios posteriormente e roda o fio trazendo as extremidades 
anteriormente; 
4. Confecção do primeiro nó, enquanto a ponta da pinça é apresentada; 
5. Apresentação da ponta da pinça, posicionando-a horizontalmente com a concavidade 
voltada para cima; 
6. Pinçamento da extremidade superior do vaso por uma Pinça de Dissecção Anatômica; 
7. Retirada da hemostática no momento da tensão do 1º seminó (contenção); 
8. Realização dos semi nós de fixação e segurança; 
9. Cortar excesso de fio com tesoura Mayo curva. 
 
 Ligadura com 2 pinçamentos (para vaso íntegro) 
1. Pinçamento proximal ao fluxo sanguíneo com concavidade da Pinça Hemostática Curva 
voltada para o local de secção do vaso (entre as pinças); 
2. Pinçamento distal ao fluxo com a concavidade da pinça voltada para o local de secção do 
vaso; 
3. Seccionar vaso entre os pinçamentos com tesoura Metzembaum Curva; 
4. Realizar ligadura com técnica igual à da ligadura com pinçamento na extremidade (para 
vaso roto) em cada extremidade. 
 
 Ligadura sem pinçamento (para vaso íntegro) 
1. Apresentação do fio de ligadura somente uma vez (técnica semelhante à ligadura falsa) 
2. Ligadura proximal ao fluxo sanguíneo e passagem de outro fio. 
3. Ligadura distal ao fluxo e secção com tesoura Metzembaum Curva. 
 
Observação 
Em vasos de médio ou grande calibre, pode ser necessário realizar um ponto transfixante 
proximal ao fluxo para evitar que a ligadura feita na extremidade seja deslocada devido à pressão 
exercida pelo fluxo sanguíneo. 
 
 Ligadura com Ponto em X (para vaso oculto) 
1. Quando não é possível identificar o vaso que está sangrando, pode-se realizar um ponto 
em X externo no localdo sangramento. 
2. A tensão estabelecida na realização do ponto tem função hemostática. 
 Monitoria de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental I 
 
Referências 
 1. Magalhães, HP, Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental, Editora: Sarvier; 1996 
 2. Almeida AERF, Almeida ZMOF - Manual de Suturas - Roteiro Prático; 2007 
 3. Cirino LMI, Manual de Técnica Cirúrgica para a Graduação. Editora: Sarvier; 2006 
 4. Marques, RG, Técnica Operatória e Cirurgia Experimental. Editora: Guanabara; 2005

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