Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A atividade celular é um processo altamente coordenado, por meio de sistemas multi-enzimáticos (vias metabólicas). 1. Obtenção de energia química, através da degradação de nutrientes energeticamente ricos (carboidratos, lipídios e proteínas). 2. Conversão de moléculas dos nutrientes em outras moléculas com características próprias de cada celular, incluindo monômeros precursores de macromoléculas celulares. 3. Reunir e organizar monômeros precursores em macromoléculas de interesse (proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídeos e outros componentes celulares). 4. Síntese e degradação de biomoléculas necessárias para as funções celulares especializadas (lipídios de membrana – vesículas, e mensageiros celulares). O catabolismo consiste em processos de degradação ou hidrólise, para obtenção de energia química. Já o anabolismo trata-se do processo inverso. A energia química liberada na forma de ATP, NADH, NADPH e FADH2, no catabolismo, é aproveitada pelas reações de anabolismo. Essas moléculas são transportadores de energia utilizados nas vias metabólicas para converter precursores pequenos em macromoléculas celulares. Os nutrientes compostos, principalmente, por carbonos unidos por ligações covalentes (compartilhamento de elétrons) são degradados, liberando moléculas de CO2 (expelidas na respiração), prótons e elétrons. Na forma livre, o elétron é um radical livre, sendo assim, não pode ficar sem uma molécula que o transporte. H+ e elétron são captados por coenzimas (oxidadas), reduzindo-as. NAD+, NADP+ e FAD NADH, NADPH e FADH (Oxidada) (Reduzida) A reoxidação deve-se à transferência de H+ e elétron para o oxigênio, convertendo- o em H2O. Parte da energia dessa oxidação é utilizada para produzir ATP, a partir de ADP e Pi. O ATP é uma molécula capaz de fornecer elétrons contidos em suas ligações e, dessa forma, auxilia as reações que precisam desses elétrons para seu metabolismo. ATP, GTP, UTP, CTP e TTP são todas moléculas capazes de carregar energia em suas ligações, em mesma eficiência, porém, específicos para enzimas (dependendo do sítio ativo). Enzimas + vitaminas, principalmente do complexo B. Ex.: NAD (nicotinamida dinucleotídeo - vitamina niacina), FAD (flavina dinucleotídeo - vitamina riboflavina), CoA (Vitamina B5 ácido pantotênico). Vitaminas do Complexo B são hidrossolúveis, logo, são expelidos na urina e no suor, quando em excesso. COENZIMA GRUPO TRANSPORTADO VITAMINA ATP Fosfato - TPP Aldeído Tiamina (B1) FAD Hidrogênio Riboflavina (B2) NAD Hidreto Nicotinamida (B3) CoA Acila Ácido pantotênico (B5) Piridoxal-fosfato Amino Piridoxina (B6) Biotina CO2 Biotina (B7) Tetraidrofolato Carbono Acido fólico (B9) Metilcobalamina Metil Cobalamina (B12) Catabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos durante os três estágios da respiração celular. 1. Oxidação de ácidos graxos, glicose e alguns aminoácidos com produção de acetil-CoA 2. Oxidação dos grupos acetil do acetil-CoA, no ciclo do ácido cítrico, com remoção de elétrons 3. Os elétrons, carreados por NADH e FADH2 são transferidos pela cadeia de transportadores de elétrons, reduzindo O2 a H2O, resultando na produção de ATP. Aminoácidos, ácidos graxos e glicose são convertidos em acetil-CoA. No caso da glicose, há liberação, primeiro, de piruvato, que depois perde CO2. O acetil-CoA entra no ciclo de ácido cítrico, os elétrons oriundos do ciclo são captados por NADH e FADH2. Estes fornecem elétron para a cadeira respiratória, onde há produção de ATP. A partir associação entre a remoção de seu grupo fosfato terminal, reação altamente exergônica, e os processos que necessitam de energia (biossíntese, contração muscular, condução de estímulo nervoso, transporte ativo, etc). 1. Vias convergentes: catabólicas ATP VIAS METABÓLICAS ADP + PI OXIDAÇÃO DE NUTRIENTES 2. Vias divergentes: anabólicas 3. Vias cíclicas: molécula inicial é regenerada ao final do ciclo Os sintomas iniciais são indeterminados, incluem cansaço, irritabilidade, perda de memória e de apetite, distúrbios do sono, desconforto abdominal e perda de peso. Beribéri é uma condição resultante de carência grave de tiamina, caracterizada por alterações nervosas, cerebrais e cardíacas. 1) Qual o primeiro composto comum à degradação de proteínas, lipídeos e carboidratos? Acetil CoA 2) Quais são os passos irreversíveis que aparecem no mapa anexo? 3) Animais de laboratório foram submetidos a dietas compostas exclusivamente de carboidratos, lipídeos, ou proteínas, respectivamente. Estes três tipos de compostos são essenciais para a sobrevivência. Não havendo outras restrições na dieta, prever qual animal tem mais chances de sobreviver. Para isso, responda se é possível sintetizar: a) Glicose a partir de proteína b) Ácido graxo a partir de proteína c) Ácido graxo a partir de glicose d) Proteína a partir de glicose e) Glicose a partir de ácido graxo f) Proteína a partir de ácido graxo Mostrar as etapas percorridas nas conversões que forem possíveis. Hipoglicemia – abaixo de 70 mg/dL; glicemia normal – 70 a 99 mg/dL; e hiperglicemia – acima de 10 mg/dL Dissacarídios e polissacarídios requerem hidrólise, via ação enzimática, a monossacarídios para que possam ser absorvidos. O estado pós-prandial é o principal estímulo para secreção de insulina. Insulina (hipoglicemiante) e glucagon (hiperglicemiante). Amilase salivar, amilase pancreática e dissacaridases são as principais enzimas. Lactose = glicose + galactose; sacarose = glicose + frutose; e maltose = glicose + glicose Primeiramente, ocorre digestão mecânica, na boca, através de lubrificação e homogeneização. Depois disso, inicia a secreção de enzimas, de eletrólitos (HCl), de H+ e de bicarbonato. Posteriormente, há secreção de ácidos biliares e pancreáticos. Seguido da hidrólise de oligômeros e dímeros. E, por fim, o transporte específico do material digerido para enterócito, sangue ou linfa. Os carboidratos da dieta entram no trato GI como mono (glicose, frutose e galactose), di (sacarose e lactose) e polissacarídios (amido). A lactose, por exemplo, é um dissacarídio derivado de produtos láticos e é hidrolisada nos monossacarídios glicose e galactose pela lactase, para que os monômeros possam ser absorvidos a partir do trato GI. A parte inicial do intestino (duodeno) possui as enzimas: Lactase: lactose -> glicose/galactose; Sacarase: sacarose -> glicose/frutose; Maltase: maltose -> glicose/glicose. A amilase salivar é responsável pela quebra do amido na boca, em um pH de 6-6,5. No intestino delgado, há continuidade da digestão química dos carboidratos, através da amilase pancreática (alfa amilase) e de dissacaridases (secretadas pelas células com borda em escova) – enzimas entéricas. O glicogênio dispõe de uma estrutura bem ramificada, sua hidrólise é promovida pelas endossacaridases e pela amilase. Os produtos de sua hidrólise são maltose, maltotriose e dextrina alfa-limite. Esses produtos são hidrolisados novamente por enzimas ligadas aos enterócitos, para formar glicose. Os dissacarídios da dieta (lactose, sacarose e trealose) são hidrolisados em seus monossacarídios constituintes por dissacaridases específicas ligadas às membranas da borda em escova do intestino delgado. Os domínios catalíticos dessas enzimas estão voltados para o lúmen do intestino para reagir com seus substratos específicos, enquanto os domínios não catalíticos estruturais estão ligados à membrana do enterócitos. Quanto maior a quantidade de dissacarídios, maior é a quantidade de dissacaridases indutíveis. Essa proporção, entretanto, não vale para a lactase não indutível da borda em escova,por isso o fator limitante da taxa de absorção da lactose é a sua hidrólise. A presença de vilosidades intestinais e de microvilosidades em suas células aumenta a capacidade de absorção. É nessas células intestinais que fazemos absorção dos carboidratos. Os sistemas de transporte passivos e ativos transportam monossacarídios através da membrana da borda em escova. A digestão resulta no aumento do número de partículas de monossacarídios osmoticamente ativas no lúmen intestinal. A água será, dessa forma, retirada da mucosa do trato GI e do compartimento vascular para o lúmen. Assim, o aumento da hidrólise na borda em escova aumenta a carga osmótica, enquanto diminui o transporte aumentado de monossacarídios através da borda em escova do enterócito. + hidrólise (borda em escova) = + osmose = - transporte de monossacarídios (através da borda em escova) Para a maioria das oligo e dissacaridases, o transporte dos monômeros resultantes é um fator limitante. À medida que as concentrações de açúcares monoméricos (e a osmolalidade) aumentam no lúmen intestinal, há diminuição compensatória na atividade das dissacaridases da borda em escova. Isso controla a carga osmótica e evita o movimento dos fluidos. + [açúcares monoméricos] = + osmolaridade = - ação das dissacaridases (borda em escova) Obs.: A celulose não é digerida, ela entra no cólon e é excretada. Boca (amilase salivar) e intestino (amilase pancreática e dissacaridases) Para serem absorvidos, os carboidratos devem ser digeridos a monossacarídeos, uma vez que a maior parte dos carboidratos adquiridos na dieta é composta de dissacarídeos e carboidratos complexos. A glicose, a frutose e a galactose são os principais monossacarídios resultantes da digestão dos carboidratos da dieta. A absorção dos açúcares ocorre por meio de mecanismos mediados por transportadores específicos para substrato e estereoespecíficos, exibem cinética de saturação e podem ser especificamente inibidos. Além disso, todos os monossacarídios podem atravessar a membrana da borda em escova por difusão simples, embora esta seja extremamente lenta. A glicose e a galactose são transportadas, na membrana da borda em escova, via transportador de glicose sódio- dependente. Essa proteína, presente na membrana, liga-se à glicose (ou galactose) e ao Na+, em locais separados, e transporta-os para o interior dos enterócitos. O Na+ é transportado a favor de seu gradiente de concentração, quando a concentração no lúmen intestinal excede a do interior da célula, levando junto a glicose contra seu gradiente de concentração (mecanismo de ligado à Na+/K+-ATPase). O transporte de glicose ou galactose é, assim, um processo ativo indireto. A frutose é transportada através da membrana da borda em escova via difusão facilitada sódio-independente, envolvendo o GLUT-5 presente no lado da borda em escova do enterócito e o GLUT 2, que transfere monossacarídios do interior do enterócito para a circulação. A digestão incompleta de carboidratos provoca sua conversão em ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato) pelas bactérias do cólon. Secreção de insulina. Efeitos no pós-prandial e entre as refeições. GLUTs (absorção). A hiperglicemia pós-prandial é o resultado da produção excessiva de glicose, associada à captação periférica reduzida dessa. Com isso, as células beta-pancreáticas atuam como “sensor de glicose”. O consumo alto de carboidratos resulta em um estado de hiperglicemia, a partir do qual é reconhecido pelas células beta- pancreáticas, que são ativadas e aumentam a síntese e a secreção de insulina. + Glicose > + ATP > Fecha canais A alimentação aumenta a glicose plasmática, o que inibe as células alfa- pancreáticas e estimula as células beta- pancreáticas, aumentando a secreção da insulina. Esta estimula fígado, músculos, tecido adiposo e outras células, que aumentam glicólise, glicogênese e lipogênese, enquanto músculo, tecido adiposo e outras células aumentam o transporte de glicose. Depois disso, a glicose plasmática diminui, ocasionando uma retroalimentação negativa que diminui a ação das beta-pancreáticas. Após a interação da insulina com seu receptor, a insulina estimula a captação de glicose pelos hepatócitos, quando inicia-se uma cascata de sinalização dentro da célula, essa promove o recrutamento do GLUT4, presente no MIC, via hidrólise de ATP. Assim, o GLUT4 desloca-se para a membrana e a glicose entra na célula através dele. Em suma, a insulina sinaliza no hepatócito a chegada a glicose (em pacientes DM não há esse sinal). Pacientes DM ficam em estado de hiperglicemia no MEC e hipoglicemia no MIC. DM1 – genética DM2 – adquirida Os Hormônios Pancreáticos, insulina e glucagon são considerados normoglicemiadores, pois regulam a taxa glicêmica. A baixa glicose plasmática (hipoglicemia) inibe as células beta- pancreáticas (retroalimentação pancreática – baixa insulina) e estimula as células alfa-pancreáticas, induzindo baixa de insulina e síntese de glucagon, respectivamente. Isso induz a síntese de lactato, piruvato, de aminoácidos e de ácidos graxos, pelas células do músculo e do tecido adiposo, para serem utilizados nas vias de gliconeogênese e produção de cetonas (quebra dos ácidos graxos dos lipídeos, em hipoglicemia prolongada) pelos hepatócitos. Além disso, estes iniciam glicogenólise. Isso tudo corrobora para elevação da glicose plasmática e de corpos cetônicos para uso pelo encéfalo e pelos tecidos periféricos. A elevada glicose plasmática induz a retroalimentação negativa, inibindo as células alfa- pancreáticas. Obs.: É a produção de corpos cetônicos, em pacientes com DM, que causa o hálito cetônico. O glicogênio é o polissacarídeo de reserva energética animal de rápida síntese e degradação. Em hipoglicemia, o glucagon promove a quebra do glicogênio, liberando glicose que sairá da célula via GLUT2. A insulina não utilizada é degradada à AA, o mesmo ocorreria com o glucagon, no caso de hiperglicemia. INSULINA GLUCAGON Células BETA Hipoglicemiador Promove entrada de glicose nas células e queda da taxa glicêmica Células ALFA Hiperglicemiador Promove saída de glicose nas células e elevação da taxa glicêmica O pâncreas é uma glândula mista, endócrina e exócrina ao mesmo tempo, que secreta (endócrina) somatostatina (célula delta), glucagon e insulina, mas apenas os dois últimos hormônios participam do metabolismo dos carboidratos. Também produz (exócrina) enzimas digestivas e secreta em ductos. A porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção dos normoglicemiadores, insulina (beta) e glucagon (alfa). Esses hormônios caem na corrente sanguínea, já as secreções caem nos ductos. Hormônio hiperglicemiador produzido pelas células beta-pancreáticas, promove a queda da taxa glicêmica, ao promover a entrada de glicose nas células. Pacientes DM com falta de insulina, administrar insulina de rápida ação. DM1 – deficiência de insulina, resultado da destruição das células beta-pancreáticas, em resposta a uma condição autoimune. DM2 – níveis de insulina normais, entretanto, há resistência à insulina por várias causas. GLUT 1 à GLUT 5 são transportadores de mesma função, mas diferenciam-se pelo local de atuação e pela afinidade pela glicose. Atualmente, já se conhece outros tipos de GLUT, entretanto, ainda não se sabem suas funções. GLUT 1, por exemplo, está presente na barreira hematocefálica, uma região que precisa de muita energia, logo, é o maior consumidor de glicose, sendo assim, tem muita afinidade pela glicose. Ele está presente em todas as células. O GLUT 2, por sua vez, tem uma alta ação, masbaixa afinidade e funcionalidade em glicose altamente elevadas (pós-prandial). Na hiperglicemia há produção de insulina pelas células beta-pancreáticas, caso o GLUT 2 presente nas células pancreáticas e nos hepatócitos tivesse alta afinidade, haveria produção continua de insulina, o que não seria interessante para manutenção do equilíbrio. Sendo assim, ele pode servir de sensor de insulina, uma vez que só tem ação quando em hiperglicemia. O GLUT 4, por sua vez, precisa ser recrutado para a membrana, pois ele não está na membrana, mas sim no MIC. Logo, todos os tecidos apresentam receptores de insulina, mas apenas o GLUT 4 é sensível-dependente à insulina. Tecido muscular e tecido adiposo (GLUT 4 – insulino-dependente), e tecido hepático (GLUT 2 – baixíssima afinidade) devem ser SEMPRE lembrados. Insulina liga-se ao receptor > Cascata de transdução de sinal (inicia o recrutamento de GULT 4) > Exocitose (GLUT 4 é recrutado) > Glicose entra na célula Insulina interage com seu receptor presente na membrana plasmática, a partir disso, sinaliza para a célula inserir transportadores GLUT 4 na membrana. O GLUT 4 fica na membrana de uma “bolsa” presente no MIC, quando é recrutado e sua vesícula funde-se a membrana, para que haja o transporte da glicose para o interior da célula. Cascata de transdução de sinal > proteínas que passam o sinal da insulina para o GLUT 4. GLUT LOCAIS DE EXPRESSÃO AFINIDADE GLUT 1 Todos os tecidos. Alta GLUT 2 Fígado, rim, células beta e intestino. Baixa GLUT 3 Neurônios. Alta GLUT 4 Músculo e adipócitos. Média GLUT 5 Jejuno, fígado, intestino e espermatozoides. Média AFINIDADE: GLUT 1 e GLUT 3 > GLUT 4 e GLUT 5 > GLUT 2 Mulher, 25 anos, apresenta diarreia, doar abdominal e flatulência. A mesma refere uma história de 10 anos de diarreia intermitente e que os sintomas se agravam recentemente. Ela acredita que a mudança nos sintomas pode estar relacionada ao aumento da ingestão de leite nos últimos meses. 1) Qual é o possível diagnóstico? 2) Qual a etiologia da doença? 3) Como acontece a digestão do alimento em questão? Carência de lactase > acúmulo de lactose > fermentação > sintomas Bebê de 9 meses é trazido pela mãe à Clínica Pediátrica. A criança apresenta diarreia e vômitos. Na noite anterior apareceram pequenas manchas avermelhadas na pele. A criança coça essas manchas, ferindo-se com as próprias unhas. A mãe relata que voltou a trabalhar recentemente e que o bebê passou a tomar leite de vaca há uma semana. 1) Qual o possível diagnóstico? 2) Qual é a etiologia da doença? Reação exarcebada à proteína do leite, ativando o sistema imune. Homem, 33 anos, portador de DM1, foi admitido no Hospital Municipal em decorrência de prostração dispneia e poliúria. Na anamnese, o médico constatou que o paciente não possui aderência ao uso de insulina exógena. Diabetes 1 descompensada a) Beta-pancreáticas (pâncreas) b) Hiperglicemia c) GLUT > músculo, adipócito e tecido hepático Prostração – sentindo mal Dispneia – ofegante Poliúria – urina muito Glicólise: Oxidar a glicose e transferir seus elétrons para a cadeia transportadora. Além de produzir piruvato, a partir da glicose (proporção 2:1). 1 glicose = 2 piruvato = 2 lactato = 2 ATP Fermentação: Reoxidar o NADH, para que ele possa ser reutilizado para produção de mais ATP. Via metabólica: Formar um produto final que será utilizado de substrato nas reações que a sucedem. Sob um ponto de vista metabólico, a glicólise não é uma via isolada; a maioria dos intermediários glicolíticos serve como pontos de ramificação para outras vias. Desse modo, o metabolismo da glicose intercepta o metabolismo das gorduras, proteínas e ácidos nucleicos, assim como outras vias de metabolismo de carboidratos. Durante a maturação, os eritrócitos perdem todas as organelas, tendo como consequências: Núcleo – Não sintetiza DNA e RNA. Ribossomo e RE – Não sintetiza ou secreta proteínas. Mitocôndrias – Não oxida gorduras, logo, a glicose é a única fonte combustível. Além disso, são dependentes da glicólise anaeróbica para produção de ATP. A maior parte do ATP produzido é utilizado para manter os gradientes eletroquímicos e iônicos através da membrana. Seu metabolismo inteiramente anaeróbico é compatível com seu papel primário de transporte e liberação de O2. O 2,3-bisfosfoglicerato é um efetor alostérico negativo da afinidade da Hb pelo O2, diminui a afinidade da hemoglobina pelo O2, promovendo a liberação de O2 nos tecidos periféricos. A glicose entra no eritrócito via difusão facilitada (GLUT 1), depois passa por uma série de intermediários, iniciando pela síntese de glicose-6-P, a custo de 1 ATP. Posteriormente, a glicose-6-P é convertida em frutose 6-P, que é convertida em frutose 1,6-biP, também a custo de 1 ATP (ESTÁGIO DE INVESTIMENTO). Posteriormente, a frutose 1,6 bi-P é clivada (ESTÁGIO DE DIVISÃO) a Gliceraldeído-3P e Di-hidroxiacetona-P, esta é posteriormente convertida em Gliceraldeído-3P (a partir daqui, todas as reações ocorrem duplicadas). Foram gastos 2 ATPs, para produzir 2 Gliceraldeído-3P. Alguns autores chamam de estágio de divisão, a etapa em quem a frutose 1,6- biP é clivada em gliceraldeído-3P e di-hidroxicetona-P. Glicose > Glicose 6-P > Frutose 6-P > Frutose 1,6 bi-P > Di-hidroxicetona + Gliceraldeído-3P > (2) Gliceraldeído-3P Na fase de pagamento, cada Gliceraldeído-3P recebe mais um fosfato (a partir de Pi), gerando 1,3-bifosfoglicerato, por ação da Gliceraldeído 3-P desidrogenase (GAPDH). Esta enzima reduz a coenzima NAD+ a NADH. O NAD+ recebe elétrons e H do Gliceraldeído-3P, reduzindo a NADH. O primeiro ATP é produzido pela fosforilação em nível de substrato, a partir da transferência do fosfato de alta energia acilfosfato do 1,3-BPG para o ADP, catalisada pela fosfogliceratocinase (PGK). O grupo fosfato remanescente no 3- fosfoglicerato é um éster fosfato e não tem energia suficiente para fosforilar o ADP, então uma série de reações de isomerização e desidratação é necessária para converter o fosfoéster a um fosfoenol de alta energia. A primeira etapa é converter 3- fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato, reação catalisada pela fosfoglicerato mutase. O 2-fosfoglicerato sofre desidratação a Fosfoenolpiruvato (PEP), catalisada pela enolase, uma hidratase. O PEP é utilizado como substrato da piruvato cinase para fosforilar o ADP, gerando piruvato e o segundo ATP. Essa é a segunda fosforilação em nível de substrato. Como é formado um PEP altamente energético, a partir de uma molécula com baixa energia? A força motriz termodinâmica para essas reações é derivada provavelmente da repulsão das cargas entre o fosfato e os grupamentos carboxilados do 2-fosfoglicerato, e a isomerização do enolpiruvato a piruvato seguinte à reação de fosforilação. As duas moléculas de piruvato possuem exatamente o mesmo número de carbonos e oxigênios que a glicose, entretanto há déficit de quatro hidrogênios. Isso ocorre porque há “perda” desses quatro hidrogênios na formação de 2NADH e 2H+, durante reação da GAPDH. O NAD+ consumido na reação da GAPDH, produzindo lactato, é regenerado pela lactato desidrogenase (LDH), em condições anaeróbicas. Essa enzima catalisa a redução do piruvato a lactato pelo NADH + H+. O lactato é o produto final da glicólise anaeróbica e sua maior parte excretada para o sangue é recuperada pelo fígado para ser usada como substrato para gliconeogênese. (2) x Gliceraldeído-3P > 1,3-bifosfoglicerato > 3-fosfoglicerato > 2-fosfoglicerato > Fosfoenolpiruvato > Piruvato A via inicia com a glicose e termina com o piruvato. Para isso, são gastos 2ATPs e produzidos 4 ATPs, com saldo final de 2 ATPs. As etapas irreversíveis são catalisadas, respectivamente, pelas hexoquinase (glicose - > glicose-6-P), fosfofrutoquinase 1 (frutose 6- P -> frutose 1,6-3bi-P) e piruvato quinase (fosfoenolpiruvato -> piruvato). Há, ainda, redução de coenzimas 2 NAD+ a 2 NADH. 1ª etapa: fosforilação da glicose em duas trioses, utilizando 2 ATPs (preparatória) 2ª etapa: utilização das trioses para produção de ATP e de NAH, com formação de piruvato (pagamento). Isomerases catalisam reações de equilíbrio reversíveis. Quinases estão relacionadas à fosfo/desfosforilações. Mutases catalisam a transferência de grupamentos funcionais dentro de uma mesma molécula. Fosfoglicerato cinase e piruvato cinase catalisam as reações de fosforilação em nível de substrato. Estágio de rendimento inclui reações redox e fosforilação. A glicose-6P é mais reativa que a glicose e a adição do P também prende a glicose dentro da célula, já que a glicose-6P não pode atravessar a membrana facilmente. Durante a ausência de oxigênio, o piruvato atua como aceptor de elétrons do NADH, garantindo a reoxidação. Via de oxidação anaeróbica do NADH formado durante a glicólise. Enterobactérias, em uma relação simbiótica com o homem, auxiliam significativamente na digestão e extração de energia dos alimentos, são fonte de biotina e de vitamina K, proporcionam proteção contra infecção por patogênios e promovem o peristaltismo gastrintestinal. A distribuição de espécies se altera em resposta ao conteúdo de carboidratos, gorduras e proteínas de nossa dieta. 1. Mas o próton se une ao lactato no plasma? Não, isso só ocorreria em um pH 3,85 (pKa do lactato), e o do sangue é 7,4 (neutro). Regulada alostericamente em três reações de cinases (hexoquinase – inibição por feedback de Glc-6P, PFK-1 – inibido por ATP, e PK – ativada por Fru-1,6BP). Hemácias utilizam glicose exclusivamente como substrato energético, não possuem mitocôndrias. Caso tivesse, seria contraditório, uma vez que uma de suas funções é transportar oxigênio e as mitocôndrias gastam oxigênio durante a fosforilação oxidativa. Sendo assim, hemácias utilizam a fermentação lática para reoxidar o NADH. Na fermentação, o que determina o tipo de fermentação (alcoólica, lática, acética, etc) é o conjunto enzimático presente no organismo, na célula, etc. Há duas vias para formar ATP: uma é na mitocôndria, utilizando oxigênio (fosforilação oxidativa – fosforilo ATP com a “ajuda” de oxigênio), e outra é por meio da via glicolítica (fosforilação a nível de substrato, quando não há O2 envolvido – produzo 4 moléculas de ATP, com gasto de 2 ATP e saldo de 2 ATP, utilizando a molécula de glicose, no citoplasma, onde não há oxigênio). A mitocôndria é como uma fábrica de ATP via consumo de oxigênio. Glicose + 2 ADP + 2Pi + 2 NAD+ -> 2 Piruvato + 2 ATP + 2 H2O + 2 NADH + 2H+ Algumas células tumorais apresentam aumento da glicólise anaeróbica, com aumento da ácido lático (efeito warburg). Isso deixa o pH do microambiente tumoral um pouco mais ácido. Utilizamos esse princípio hoje para tenta produzir fármacos mais catiônicos para ter afinidade pelo microambiente tumoral. Sempre que a glicose entra na célula, ela vai para a via glicolítica? Depende do momento e da célula. Neurônios: A glicose entra através do GLUT 3, parte é destinada à via glicolítica, outra parte segue a fosforilação oxidativa e a outra para a via das pentoses fosfato. Enterócitos: A glicose entra através do GLUT 1, por não possuírem mitocôndrias, a glicose segue para a via glicolítica, seguida da fermentação e outra parte para a via das pentoses. Hepatócito: A glicose entra através da GLUT 2, é utilizada pela via das pentoses, pela via glicolítica e pela fosforilação oxidativa ou para a fermentação e para a síntese de ácidos graxos. A PARTIR DA REGULAÇÃO DAS HEXOQUINASES, NÃO CAI NO FORMS 1. 1) Qual molécula inicia a via? Glicose 2) Qual a molécula final produzida pela via? Piruvato 3) Em qual compartimento celular acontece a via glicolítica? Citoplasma 4) Quais as reações irreversíveis da via? Cite o nome das enzimas que as catalisam. Glicose → glicose 6-fosfato (enzima: hexoquinase); Frutose 6-fosfato → frutose 1,6-bifosfato (enzima: fosfofrutoquinase 1); e 2 fosfoenolpiruvato → 2 piruvato (Enzima: piruvatoquinase). 5) Quantas moléculas de ATP são consumidas (gastas)? 2 6) Quantas moléculas de ATP são produzidas? 4 7) Qual o saldo final de ATP quando 1 molécula de glicose é oxidada pela via glicolítica? 2 8) Qual coenzima de oxirredução participa da via glicolítica? NAD+ 9) Ela é oxidada ou reduzida na via? Reduzida, porque entrou NAD e saiu NADH.
Compartilhar