Buscar

Geom_Plana_Aplic_Informatica_Unid_I


Continue navegando


Prévia do material em texto

Geometria Plana 
e Aplicativos da 
Informática
Professora conteudista: Valéria de Carvalho
Sumário
Geometria Plana e Aplicativos da Informática
Unidade I
1 A GEOMETRIA PLANA: CONCEITOS INICIAIS ...........................................................................................1
2 ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOMETRIA ......................................................................................................5
2.1 Ponto ............................................................................................................................................................5
2.2 Reta ...............................................................................................................................................................5
2.3 Plano .............................................................................................................................................................5
3 AXIOMAS FUNDAMENTAIS .............................................................................................................................6
4 MAIS ALGUNS CONCEITOS DE GEOMETRIA PLANA .............................................................................7
5 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DOS ÂNGULOS .........................................................................8
5.1 Algumas propriedades dos ângulos .............................................................................................. 10
6 PARTIÇÕES DE UM ÂNGULO ....................................................................................................................... 10
6.1 Bissetriz de um ângulo ....................................................................................................................... 10
6.2 Bissetriz de um ângulo em que o vértice não é acessível ....................................................11
6.3 Trissecção de um ângulo reto ......................................................................................................... 12
7 ÂNGULO FORMADO POR DUAS RETAS .................................................................................................. 14
8 ÂNGULOS FORMADOS POR RETAS TRANSVERSAIS .......................................................................... 14
8.1 Ângulos alternos internos ................................................................................................................ 15
8.2 Ângulos alternos externos ................................................................................................................ 15
8.3 Propriedades dos ângulos: retas paralelas cortadas por uma transversal .................... 15
8.4 Teorema de Tales ................................................................................................................................... 16
9 TRIÂNGULOS ..................................................................................................................................................... 19
9.1 Elementos de um triângulo .............................................................................................................. 19
9.2 Classificação dos triângulos ............................................................................................................. 19
9.3 Classificação segundo a medida de seus lados ........................................................................ 20
9.4 Classificação segundo a medida de seus ângulos .................................................................. 20
9.5 Classificação segundo a medida de seus eixos de simetrias .............................................. 21
9.6 Propriedades dos triângulos ............................................................................................................ 22
9.7 Alturas ....................................................................................................................................................... 26
9.8 Baricentro – medianas ....................................................................................................................... 26
9.9 Circuncentro – mediatrizes .............................................................................................................. 27
9.10 Incentro – bissetrizes internas ...................................................................................................... 28
9.11 Pontos e retas notáveis dos triângulos ..................................................................................... 29
9.12 Teorema de Pitágoras ....................................................................................................................... 30
9.13 Teorema de Euclides ......................................................................................................................... 34
Unidade II
10 QUADRILÁTEROS ........................................................................................................................................... 46
10.1 Classificação dos quadriláteros .................................................................................................... 47
10.1.1 Paralelogramos: lados paralelos dois a dois .............................................................................. 47
10.1.2 Quadriláteros que não são paralelogramos ............................................................................... 49
11 POLÍGONOS REGULARES ............................................................................................................................ 51
11.1 Propriedades dos polígonos regulares ....................................................................................... 52
12 A CIRCUNFERÊNCIA E O CÍRCULO ......................................................................................................... 53
12.1 Definição de circunferência .......................................................................................................... 53
12.2 Elementos da circunferência ......................................................................................................... 54
12.3 Posições relativas da reta e na circunferência ....................................................................... 56
12.4 Posições relativas de duas circunferências ............................................................................. 57
12.5 Potência ................................................................................................................................................. 58
12.6 Ângulos em uma circunferência ................................................................................................. 59
13 ÁREAS E PERÍMETROS DE FIGURAS PLANAS .................................................................................... 61
13.1 Áreas e perímetros ............................................................................................................................ 61
Unidade III
14 GEOMETRIA PLANA EM UM APLICATIVO COMPUTACIONAL LIVRE .......................................... 76
15 WINGEOM: INSTALAÇÃO E RECURSOS BÁSICOS ............................................................................ 76
16 CONSTRUINDO TRIÂNGULOS ................................................................................................................... 80
17 CONSTRUINDO PONTOS ............................................................................................................................. 83
18 CONSTRUINDO RETAS, SEMIRRETAS E SEGMENTOS DE RETAS ................................................. 83
19 CONSTRUINDO CIRCUNFERÊNCIAS ...................................................................................................... 86
20 TABELAS DE COMANDOS NO WINGEOM ............................................................................................ 88
21 CONSTRUINDO POLÍGONOS REGULARES ........................................................................................... 89
22 MEDINDO ÂNGULOS ...................................................................................................................................92
23 CONSTRUINDO RETAS PARALELAS E TRANSVERSAIS .................................................................... 94
24 CONSTRUINDO CIRCUNFERÊNCIA: RAIO-CENTRO ......................................................................... 99
1
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Unidade I
NOSSAS PRIMEIRAS PALAVRAS
Esta apostila encontra-se dividida em três unidades. Na 
primeira unidade, explanamos rapidamente como a geometria 
se faz presente em nosso cotidiano; a seguir, iniciamos nossos 
estudos apresentando os elementos básicos da geometria. Dando 
sequência à construção de nossos conhecimentos geométricos, 
nós nos dedicamos ao estudo dos ângulos e dos triângulos. Na 
segunda unidade, estudamos os quadriláteros, os polígonos, 
as circunferências e o círculo e finalizamos esta unidade nos 
dedicando às áreas e perímetros de figuras planas. Na terceira 
unidade, apresentamos um software livre para ser usado 
no estudo pessoal das geometrias, bem como para servir de 
ferramenta de futuro trabalho docente na preparação de aulas, 
de exercícios e de atividades. O software aqui apresentado é o 
Wingeom. Finalizamos a apostila com uma lista de exercícios para 
solidificação dos temas aqui apresentados. Recomendamos que 
você consulte e estude também outros textos. A sua dedicação 
como estudante influenciará diretamente sua competência e 
seu sucesso profissional.
Bons estudos!
1 A GEOMETRIA PLANA: CONCEITOS INICIAIS
Inúmeras coisas ao nosso redor e cotidiano envolvem 
conceitos de geometria. Fazemos conexões e estabelecemos 
linhas entre pontos, associamos distâncias e direções aos 
objetos, deciframos tamanhos e formas. Tudo o que observamos 
no mundo está repleto de geometria e aspectos geométricos. 
5
10
15
20
25
2
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
As figuras desde sempre têm ocupado um valor de destaque 
na sociedade e na matemática, pontos, linhas, quadriláteros, 
círculos, triângulos e outras inúmeras formas e figuras são a 
base de toda a geometria com origem na Grécia.
Na história da matemática, aprendemos que, no Egito, as 
águas do Nilo subiam apagando os limites das propriedades, 
todo ano era necessário medir as terras e demarcar os terrenos 
novamente. Essa habilidades de medir a terra, em grego, 
denomina-se geometria. Assim, partindo dessa prática, os povos 
gregos aprenderam a descobrir as relações existentes entre as 
formas, as figuras e suas propriedades.
Na história, também aprendemos que entre os séculos VI e 
IV a.C. na Grécia surgiram as escolas científicas e filosóficas mais 
relevantes da época. Podemos destacar, sem sombra de dúvida, 
pensadores como Euclides, Pitágoras e Tales de Mileto como os 
mais significativos desse contexto.
A geometria clássica foi o primeiro ramo da matemática 
e teve seu ponto culminante com Os Elementos, de Euclides 
(IV a.C.), nem que foram reunidos e formalizados todos os 
conhecimentos matemáticos da época. A partir de cinco 
postulados, axiomas, toda a geometria existente foi estruturada 
e demonstrada, formando um sistema de enunciados, que são 
até hoje a base de toda a geometria plana.
Nesta disciplina sobre geometria plana, estudaremos 
os fundamentos dessa geometria partindo do cotidiano, 
observando as formas geométricas e descobrindo as relações 
e propriedades existentes, tão estudadas e conhecidas pelos 
gregos, e tão fascinante e cativante para os matemáticos que 
desejam entender uns dos pilares de todo o conhecimento 
existente.
Se pensarmos que nosso espaço, em termos simples, é um 
espaço tridimensional1, podemos descobrir nele as origens de 
1Possui três dimensões: altura, largura e profundidade. Na geometria 
plana, nosso foco será o espaço bidimensional, os objetos possuirão apenas 
altura e comprimento.
5
10
15
20
25
30
3
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
todos os conceitos que fundamentam a geometria plana. Assim, 
se pensarmos, por exemplo, em figuras sólidas (corpos) como 
uma caixa de sapatos, uma lata de refrigerante e uma bola, como 
representados a seguir, descobriremos que crianças manifestam 
alguma dificuldade para identificar as diferenças existentes 
entre figuras planas e os corpos tridimensionais.
Por esse motivo, partiremos desses sólidos geométricos, de 
modo que ao nos referirmos a uma figura, será como que se 
observássemos a forma resultante de se “carimbar” cada uma 
das faces ou lados, dos objetos acima, numa folha de papel. Por 
exemplo, ao carimbarmos o lado por onde tiramos o lacre da 
latinha de refrigerante, teremos representado uma figura plana, 
correspondente a essa face do corpo geométrico, neste caso 
uma latinha de refrigerante.
Podemos observar na figura a seguir como resultam em 
formas geométricas diferentes, cada vez que utilizamos um 
sólido, com características também diferentes, ao projetar 
uma das faces desse sólido no plano. Assim, na figura a seguir, 
representamos o resultado desse exercício:
Um retângulo e um quadrado Um retângulo e um círculo Um círculo
Dessa forma, podemos agora apresentar alguns elementos 
clássicos que compõem os fundamentos da geometria plana. Se 
5
10
15
20
4
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
partirmos, por exemplo, da caixa de sapatos, podemos definir de 
forma intuitiva três conceitos importantíssimos da geometria 
plana clássica. Temos que ao estender de forma indefinida a 
tampa da caixa, a figura geométrica que se define é o plano. 
Da mesma maneira, a linha que intercepta os planos da caixa 
de sapatos podemos definir como uma reta. A interseção das 
três linhas laterais, que são as “quinas” da caixa de sapatos, 
podemos chamar de vértices, e esses vértices representam o que 
conheceremos matematicamente como ponto, na geometria 
plana.
Mais adiante, apresentaremos uma breve definição desses 
conceitos e como eles se representam na geometria plana.
É importante notar que são inúmeras as formas geométricas 
que podemos observar ao “mover ou manipular” corpos sólidos 
e ao representá-los no plano em uma folha de papel.
Vejamos exemplos dessas representações em que, partindo 
de diferentes sólidos, podemos obter variadas figuras planas 
correspondentes às faces dos sólidos.
Figuras planas
Nesta disciplina, Geometria Plana e Aplicativos da 
Informática, teremos a oportunidade de identificar, estudar 
5
10
15
20
5
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
e analisar as principais características e propriedades dessas 
figuras geométricas.
2 ELEMENTOS BÁSICOS DA GEOMETRIA
O ponto, a reta e o plano são os três entes geométricos e os 
elementos fundamentais da geometria plana.
2.1 Ponto
O ponto é uma entidade geométrica que não tem altura, 
comprimento ou largura, ou seja, é unidimensional. É a menor 
unidade de medida da geometria. É representado por letras 
maiúsculas do nosso alfabeto.
2.2 Reta
É formada por infinitos pontos colineares, alinhados e 
unidos. Uma reta não possui origem nem fim, portanto é um 
ente geométrico infinito. Para traçar a representação de uma 
reta, são necessários apenas dois pontos distintos. Por um 
ponto, passam infinitas retas. A reta é uma entidade geométrica 
caracterizada pela projeção linear de um ponto no espaço. 
Sempre se escreve o nome da reta com letras minúsculas do 
nosso alfabeto.
2.3 Plano
Um plano é uma entidade geométrica formada por infinitas 
retas e infinitos pontos. Para traçar um plano, três pontos não 
alinhados são necessários. O plano tem duas dimensões, por isso 
é chamado de bidimensional. Um plano é representado por uma 
letra minúscula do alfabeto grego, geralmente α ou β, ou por 
três pontos distintos do plano ou por retas paralelas;apesar de 
não possuir nenhum ponto em comum, as retas paralelas são 
coplanares.
5
10
15
20
6
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Representação geométrica do ponto, da reta e do plano:
Ponto A Reta r Plano α
α
A
3 AXIOMAS FUNDAMENTAIS
Apresentamos a seguir alguns axiomas fundamentais da 
geometria plana:
• Dois pontos determinam uma reta única.
• Duas retas com dois pontos em comuns são coincidentes.
• Uma linha quebrada é formada por vários segmentos e 
linhas retas.
• Qualquer linha não reta e não quebrada é considerada 
curva.
• Dados dois pontos de um plano, a reta que os contém está 
contida no plano.
• Três pontos definem um único plano.
• Duas retas paralelas não se cruzam.
• Duas retas que se cruzam o fazem em um único ponto.
• Duas retas não paralelas têm pelo menos um ponto em 
comum, em que se cruzam.
• Uma reta paralela a um plano não o corta.
• Se uma reta não é paralela a um plano, corta-o em um 
único ponto.
• Dois planos paralelos não têm nenhum ponto em 
comum.
• Dois planos não paralelos se interceptam em uma reta.
5
10
15
20
7
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
• Uma reta é perpendicular a um plano se também o for a 
toda reta do plano que essa reta corta.
• A distância entre dois pontos é a longitude do segmento 
que as une.
• A distância entre duas retas paralelas é a longitude de um 
segmento perpendicular a ambas.
• A distância entre duas retas que se cruzam se mede sobre 
uma terceira perpendicular a ambas.
• A distância entre um ponto e um plano se mede sobre 
uma perpendicular ao plano que passe pelo ponto.
• A distância entre dois planos se mede sobre uma 
perpendicular a ambos.
Esses axiomas se fundamentam no sistema da geometria de 
Euclides, que, embora já complementada por outros modelos 
mais modernos como a geometria não Euclidiana, a exemplo 
da hiperbólica ou a proposta pela teoria da relatividade, é 
perfeitamente válida para tudo o que faremos nesta disciplina 
sobre geometria plana.
Devemos também insistir em que postulados se fundamentam 
em axiomas, e axiomas não precisam de demonstração, são 
verdades aceitas a priori.
4 MAIS ALGUNS CONCEITOS DE GEOMETRIA 
PLANA
Semirreta
É uma linha que tem princípio, mas não 
tem fim. 
Segmento de reta
É uma reta que possui um ponto de origem 
e outro de destino.
5
10
15
20
25
8
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Ângulo
A união de duas semirretas 
distintas não opostas de mesma 
origem chamamos ângulo. O ponto 
P, origem, é chamado vértice desse 
ângulo.
LadoVértice
Lad
o
P
5 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DOS 
ÂNGULOS
Um ângulo côncavo mede mais de 180º. Se se prolongar o 
lado de um ângulo côncavo, a prolongação divide o ângulo.
Um ângulo convexo mede menos de 180º.
Quando duas retas se cortam, formam quatro ângulos 
iguais, dois a dois, e suplementares, dois a dois. Aqueles que são 
iguais são opostos pelo vértice. Dois ângulos são consecutivos 
quando eles têm um lado comum.
Dois ângulos são adjacentes se eles são consecutivos e 
complementares.
Na ilustração a seguir, mostramos uma representação 
completa de todos esses tipos de ângulos:
β
Côncavo
α
Convexo
α
α
β
β
Oposto pelo vértice
5
10
15
9
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
β
α
Consecutivo
βα
Adjacente
Classificação dos ângulos
Quando um ângulo é inferior a 90°, é chamado agudo, se 
superior a 90º e menor que 180º, é chamado de obtuso e, se for 
de 90º, é chamado de reto, e sua representação é dada por duas 
semirretas perpendiculares.
O ângulo raso ou estendido é de 180º, o ângulo completo 
é de 360° e o ângulo nulo é de 0º. Dois ângulos são chamados 
suplementares, se somam 180º, e complementares, se somam 
90º. Dois ângulos são replementares quando a soma de suas 
medidas for 360º. Assim, cada ângulo é denominado replemento 
do outro.
A ilustração a seguir representa todos esses ângulos.
< 90º > 90º 90º
Agudo
Obtuso Reto
180
360º
0º
Nulo
Completo
Raso
α
Complementares
360º
Replementares
α β
Suplementares
β
5
10
10
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
5.1 Algumas propriedades dos ângulos
Quando uma reta corta outras duas retas paralelas, formam 
ângulos que têm as seguintes características: todos têm um 
lado comum e outro lado em retas paralelas. Existem ângulos 
que são iguais por ser opostos pelo vértice. Como por exemplo 
α e δ. Outros ângulos iguais são chamados internos alternos, 
como δ e λ e externos alternos, como α e π.
r
s
t
α β
ν π
λ µ
γ δ
Quando se traçam duas retas perpendiculares aos lados de 
um ângulo, estas formam um ângulo igual ao que é dado e 
suplementar.
Agora, se se traçam duas retas paralelas ao lado de um ângulo, 
estas formam um ângulo igual ao que é dado e suplementar. 
Como representado na ilustração a seguir:
r
sα
β
t
α
u
sα
r
αβ u
t
6 PARTIÇÕES DE UM ÂNGULO
6.1 Bissetriz de um ângulo
É a linha que divide um ângulo em duas partes iguais. 
Essa é uma propriedade de cada um dos pontos de uma 
5
10
11
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
bissetriz. A bissetriz é equidistante dos lados que formam 
o ângulo.
A
2
α
2
α
b
A N
M
Q b
Para desenhar uma bissetriz, é necessário desenhar um arco 
de raio arbitrário centrado no vértice. Esse arco intercepta lados 
nos pontos M e N. A letra b representa a bissetriz mediatriz da 
corda MN.
6.2 Bissetriz de um ângulo em que o vértice 
não é acessível
Para encontrar a bissetriz de um ângulo, em que o vértice 
não é acessível, primeiro traçamos duas retas r ‘ e s’ paralelas 
com as respectivas retas, r e s, de modo que a distância d entre 
os dois pares de paralelas é a mesma. A bissetriz b procurada é 
a mediatriz de r ‘s’.
d
d
s´
s
r
r´
b
Outra forma de determinar essa bissetriz será desenhando 
um segmento arbitrário MN que tem uma extremidade em 
cada uma das retas dadas, r e s. Depois, traçam-se as bissetrizes 
dos quatro ângulos formados em M e N. Essas bissetrizes se 
cortam nos pontos da bissetriz procurada, porque, sendo a 
interseção de bissetrizes, cada um dos pontos é equidistante 
das três retas.
5
10
15
12
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
M
b
r
s
N
6.3 Trissecção de um ângulo reto
Dividir um ângulo reto em três partes iguais significa fazer 
uma trissecção do ângulo. Em geometria, essa construção 
geométrica não é possível em nenhum outro ângulo.
Para fazer a trissecção de um ângulo reto, primeiro traçamos 
um arco de raio arbitrário com centro no vértice, que corta os 
lados do ângulo nos pontos M e N, como mostra a ilustração. 
Logo, desenhamos outro arco de igual raio com centro em N. Os 
pontos P, A e N definem um triângulo equilátero; logo, o ângulo 
PAN mede 60º. Assim, o ângulo MAP é complementar, portanto 
mede 30º.
Se desenharmos um terceiro arco com o mesmo raio e com 
centro em M, temos o ponto Q. Verificamos que PAQ e QAN são 
ângulos de 30º, consequentemente temos realizado a trissecção 
do ângulo reto.
NA
M P
Q
b
B
NA
M P
Q
Podemos aproveitar essa construção para desenhar o ângulo 
de 45º, pois se prolongamos os arcos AP e AQ, vemos que se 
5
10
15
13
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
cortam no ponto B, que pertence à bissetriz do ângulo reto 
inicial. Portanto, temos o desenho do ângulo de 45º.
Podemos também desenhar de forma direta os ângulo de 
60º e 30º; para isso, basta construir um triângulo equilátero PAN 
e a respectiva bissetriz.
P
A N
60º
P
A N
Q
30º
A ilustração indicacomo obter os ângulos de 60º e 30º 
utilizando compasso.
Da mesma forma, podemos utilizar a trissecção de um ângulo 
reto para construir os ângulos 60º, 30º, 75º e 15º, como mostra 
a ilustração a seguir.
NA
M P
60º
NA
M
Q
30º
NA
M
P
15º
Q
NA
M P
75º
Q
Utilização da trissecção de um ângulo reto para obter os 
ângulos indicados na ilustração anterior.
5
10
14
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
7 ÂNGULO FORMADO POR DUAS RETAS
t
r
α
Quando duas retas r e t se cortam formando quatro ângulos 
iguais dois a dois, por serem opostos pelo vértice e suplementares 
também dois a dois.
8 ÂNGULOS FORMADOS POR RETAS 
TRANSVERSAIS
Na interseção de duas retas paralelas por uma transversal, 
como indica a ilustração, obtemos 8 ângulos, sendo 4 em cada 
ponto de interseção.
L1
L2
L1 // L2
São ângulos correspondentes, aqueles que têm a mesma 
posição em ambos os grupos de 4 ângulos. No caso de duas 
retas paralelas cortadas por uma transversal, os ângulos 
correspondentes têm a mesma medida.
L2
L1
3 4
65 L2
L1 12
7 8
Ângulos alternos internos Ângulos alternos externos
5
10
15
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
8.1 Ângulos alternos internos
Na ilustração, chamaremos de ângulos alternos internos aos 
pares de ângulos formados por (3 e 4) e (5 e 6).
8.2 Ângulos alternos externos
Na ilustração, chamaremos de ângulos alternos externos aos 
pares de ângulos formados por (1 e 2) e (7 e 8).
8.3 Propriedades dos ângulos: retas paralelas 
cortadas por uma transversal
L2
L1
3 4
56
2 1
7 8
Na ilustração, os pares de ângulos (1 e 5), (2 e 6), (3 e 7) e (4 e 
8) possuem a mesma posição, em relação às paralelas, portanto 
são congruentes, ou seja, têm a mesma medida. Alem disso, 
podemos observar também que se formam os ângulos opostos 
pelo vértice, portanto são congruentes, ou seja, têm a mesma 
medida. Segundo a ilustração anterior, os pares de ângulos com 
essa propriedade são (1 e 3), (2 e 4), (5 e 7) e (6 e 8).
Finalmente, podemos concluir que, segundo a representação 
na ilustração, temos que os ângulos que possuem a mesma 
posição e aqueles que são opostos pelo vértice formam os 
grupos de ângulos congruentes a seguir:
L2
L1
3 4
2 1
7 8
56
5
10
15
16
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Os grupos de ângulos 1, 3, 5 e 7 são congruentes. Da mesma 
maneira, o grupo de ângulos formados pelos ângulos 2, 4, 6 e 8 
também possuem a mesma medida.
8.4 Teorema de Tales
O teorema de Tales estabelece uma situação de 
proporcionalidade que relaciona retas paralelas e transversais. 
Esse importante teorema foi estabelecido por Tales de Mileto 
que defendia a tese de que os raios solares que chegavam à Terra 
estavam na posição inclinada. O teorema mostra que, em um 
plano, um feixe de retas paralelas cortado por retas transversais 
forma segmentos proporcionais.
Vejamos algumas definições:
Um feixe de retas paralelas é um conjunto de retas 
coplanares (ou seja, que pertencem ao mesmo plano) paralelas 
entre si. Na figura, as retas r, s e t formam um feixe de retas 
paralelas.
Retas transversais de um feixe de retas paralelas são 
retas pertencentes ao plano do feixe que concorrem com todas 
as retas do feixe. Na figura, as retas a e b são transversais ao 
feixe de retas paralelas formado pelas retas r, s e t.
Os pontos das transversais que estão numa mesma reta do 
feixe são denominados pontos correspondentes. Na figura, 
são pontos correspondentes: A e A’, B e B’, C e C’.
Os segmentos AB e A’B’, BC e B’C’, AC e A’C’ são denominados 
segmentos correspondentes das transversais a e b.
A A’
B B’
C C’
a b
r
s
t
5
10
15
20
17
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Teorema de Tales – enunciado
“Se duas retas são transversais de um feixe de retas paralelas, 
então a razão entre dois segmentos quaisquer de uma das 
transversais é igual à razão entre os respectivos segmentos 
correspondentes da outra transversal.”
Considerando a figura anterior, pelo teorema de Tales, o 
segmento AB está para o segmento BC, assim como o segmento 
A’B’ está para o segmento B’C’. Também é possível afirmar que o 
segmento AC está para o segmento AB, assim como o segmento 
A’C’ está para o segmento A’B’ e, ainda, que o segmento AC está 
para o segmento BC, assim como o segmento A’C’ está para o 
segmento B’C’.
Assim, na figura anterior, estabelecemos as seguintes 
proporcionalidades:
 AB A’B’------- = -------
 BC B’C’ ou 
 AC A’C’------- = -------
 AB A’B’ ou 
 AC A’C’------- = -------
 BC B’C’
Exemplo
Aplicaremos o teorema de Tales na figura a seguir 
para encontrar os valores dos segmentos AB e BC, que são 
desconhecidos.
A A’
B B’
C C’
a b
r
s
t
2x+2 4
4x-2 6
Pelo teorema de Tales, vale a seguinte proporcionalidade: 
 2x + 2 4-------------- = ---- 4x - 2 6
5
10
15
20
18
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Por meio de uma multiplicação cruzada, obtemos:
(2x + 2) . 6 = 4 . (4x - 2)
Logo:
12x + 12 = 16x - 8  12x - 16x = - 8 - 12  -4x = -20
4x = 20  x = 20------- 4 = 5
Portanto, o segmento AB mede 2x + 2 = 10 + 2 = 2 e no 
segmento BC = 4x - 2 = 20 - 2 = 18  BC = 18
Exemplo
Vejamos outro exemplo: na figura, temos que DC // AB e 
DC = 8cm, AB = 12cm e BC = 3cm. Então, qual é o valor de 
CE?
E
D
A B
C
X
Sabemos que, por semelhança de triângulos, temos que:
 DC EC------- = ------
 AB EB
Se se supuser que CE = x, temos:
 8 x-------- = ------------  x = 6
 12 x + 3’
5
10
15
19
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
9 TRIÂNGULOS
Dados três pontos A, B e C não colineares, à reunião dos 
segmentos AB, AC e BC chama-se triângulo ABC.
Triângulo ABC = ∆ABC
9.1 Elementos de um triângulo
Vértices: os pontos A, B e C são os vértices do ∆ABC.
Lados: os segmentos AB (de medida c), AC (de medida b) e 
BC (de medida a) são os lados do triângulo.
C ̂
A ̂ B ̂
c
ab
A B
C
Ângulos: os ângulos BÂ C ou A, AB̂ C ou B, AĈ B ou Ĉ são os 
ângulos do ∆ABC.
Diz-se que os lados BC, AC e AB e os ângulos  , B̂ e Ĉ são, 
respectivamente, opostos.
9.2 Classificação dos triângulos
Como mencionamos, os triângulos são polígonos de três 
lados, e podemos classificá-los segundo seus lados, segundo 
a medida de seus ângulos e segundo o número de eixos de 
simetrias que possuem.
5
10
20
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
9.3 Classificação segundo a medida de seus 
lados
• Equilátero: se, e somente se, tiver lados congruentes.
C
A B
Triângulo equilátero
AB = BC = AC
• Isósceles: se, e somente se, tiver dois lados congruentes.
C
A B
Triângulo isósceles
AC = BC
• Escaleno: se, e somente se, dois quaisquer dos lados não 
forem congruentes.
C
A B
Triângulo escaleno
9.4 Classificação segundo a medida de seus 
ângulos
• Acutângulo: todos os seus ângulos são agudos.
C
A
B
Ângulos agudos
5
21
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
• Retângulo: um de seus ângulos é um ângulo reto.
C
A B
AB ⊥ AC
• Obtusângulo: um de seus ângulos é maior a um ângulo 
reto.
C
B
A
Ângulo maior a um 
ângulo reto
9.5 Classificação segundo a medida de seus 
eixos de simetrias
• Só um eixo de simetria (dois lados iguais).
• Mais de um eixo de simetria (seus três lados são 
iguais).
5
22
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
• Nenhum eixo de simetria (todos os lados são 
diferentes).9.6 Propriedades dos triângulos
Primeira propriedade
“A soma dos três ângulos interiores de um triângulo é 
180º.”
Podemos verificar isso de forma simples:
1. Desenhe um triângulo qualquer e recortá-lo, como indica 
a figura a seguir.
2. Pinte cada um dos ângulos por ambas as fases do 
triângulo.5
23
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
3. Marque os pontos médios de dois lados da figura 
anterior.
4. Dobre na linha que une ambos os pontos médios, como 
indica a figura anterior.
5. Dobre pelas linhas descontínuas dos outros vértices até 
formar um ângulo de 180º.
Observe que os ângulos formam um ângulo estendido, 
validando a segunda propriedade.
Segunda propriedade: a desigualdade triangular
“Em todo triângulo, a longitude de cada lado é menor que a 
soma dos outros dois.”
5
10
24
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
A verificação dessa propriedade é evidente quando 
construímos um triângulo.
1. Desenhe um triângulo ABC, como indica a figura a seguir.
C
BB
2. Meça a longitude dos três lados do triângulo.
C
BB
10 cm9 cm
 8 cm < 10 cm + 9 cm
10 cm < 9 cm + 8 cm
 9 cm < 8 cm + 10 cm
É importante observar que, em todo triângulo, cada lado é 
menor que a soma dos outros dois lados. Observe a figura que 
mostra essa propriedade.
C
A B
b a
c
a < b + c
b < a + c <==> | b - c | < a < b + c
c < a + b
C ̂
A ̂ B ̂
A desigualdade triangular também pode ser enunciada da 
seguinte maneira: em todo triângulo, cada lado é menor que a 
diferença dos outros dois.
5
10
25
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Terceira propriedade
Igualdade e semelhança de triângulos.
“Dois triângulos são iguais se têm seus três lados e os três 
ângulos correspondentes iguais.”
A
C
B
M
P
N
Na ilustração, os triângulos ABC e MNP são iguais.
Exemplo: os triângulos ABC e PNM são triângulos iguais.
B
C A
6 cm
10 cm
8 cm
60º
30º
10 cm
8 cm
6 cm
60º
M N
P
30º
Dois triângulos são semelhantes quando têm os lados 
diretamente proporcionais e os ângulos correspondentes iguais.
A
C
B
M
P
N
Em nosso exemplo, os triângulos ABC e MNP são 
semelhantes.
5
10
26
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Quarta propriedade: desigualdades nos triângulos
Ao maior lado, opõe-se o maior ângulo.
BC > AC ==> BÂ C > AB̂ C
BÂ C > AB̂ C ==> BC > AC
C
AB c
b a
É importante observar que, se dois lados de um triângulo 
não são congruentes, então os ângulos opostos a eles não são 
congruentes e o maior deles se opõe ao maior lado.
9.7 Alturas
Ortocentro – alturas
O ponto de interseção das retas suportes das alturas de um 
triângulo é o ortocentro do triângulo. Denotamos ortocentro 
pela letra H, como indica a figura a seguir.
C
BA
Hb Ha
Hc
H
9.8 Baricentro – medianas
As três medianas de um triângulo interceptam-se em um 
mesmo ponto que divide cada mediana em duas partes tais que 
5
10
27
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
a parte que contém o vértice é o dobro da outra. Assim, o ponto 
de interseção das três medianas de um triângulo é o baricentro 
do triângulo.
Na fi gura, G é o baricentro do triângulo ABC.
C
BA
M1M2
M3
G
9.9 Circuncentro – mediatrizes
As mediatrizes dos lados de um triângulo interceptam-se em 
um mesmo ponto, que está a igual distância dos vértices do 
triângulo.
C
BA
m1m2
m3
O
O ponto de interseção das mediatrizes dos lados de um 
triângulo é o circuncentro do triângulo, como indica a fi gura a 
seguir:
5
10
28
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
O circuncentro é o centro de circunferência circunscrita ao 
triângulo.
9.10 Incentro – bissetrizes internas
As três bissetrizes internas de um triângulo interceptam-se 
em um mesmo ponto, que está a igual distância dos lados do 
triângulo.
C
BA
S1
S2
S3
S
O ponto de interseção das três bissetrizes internas de um 
triângulo é o incentro do triângulo. O incentro é o centro da 
circunferência inscrita no triângulo.
C
A
B
S
5
29
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
9.11 Pontos e retas notáveis dos triângulos
Podemos, então, finalmente escrever que as retas e pontos 
notáveis de um triângulo são:
• as mediatrizes m1, m2 e m3, que se cortam em um ponto 
chamado circuncentro O, centro da circunferência 
circunscrita ao triângulo ABC;
• as medianas M1, M2 e M3, que se cortam no baricentro, G, 
centro de gravidade do triângulo ABC;
• as bissetrizes, s1, s2 e s3, que se cortam no incentro, S, 
centro da circunferência inscrita do triângulo ABC;
• as alturas, h1, h2 e h3, que se cortam no ortocentro, H, do 
triângulo ABC.
B
C
A
G
S
H
O
m2
m1
m3
Retas e pontos notáveis de um triângulo
5
10
30
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
9.12 Teorema de Pitágoras
O teorema de Pitágoras tem esse nome porque sua 
descoberta é atribuída à escola pitagórica. Anteriormente, na 
Mesopotâmia e no Egito antigo se conheciam trios de valores 
que correspondem aos lados de um triângulo, usados para 
resolver problemas relacionados ao referido triângulo, tal como 
indicam alguns papiros, mas não existem documentos históricos 
que mostrem essa relação.
Alguns historiadores encontraram evidências, na Pirâmide 
de Kefren, que datam do século XXVI a.C, de que a primeira 
grande pirâmide foi construída com base no chamado 
triângulo sagrado egípcio, proporções 3-4-5, indicando que as 
antigas civilizações já conheciam a utilização dessas relações 
matemáticas.
Vejamos a relação de Pitágoras no triângulo a seguir.
3 cm 3
4
5
5 cm
4 cm
Observe que o quadrado maior, desenhado sobre a hipotenusa, 
contém tantos pequenos quadrados como o total de pequenos 
quadrados desenhados nos catetos do triângulo.
5
10
15
31
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
O quadrado formado na hipotenusa do triângulo retângulo 
contém 25 pequenos quadrados. Os quadrados formados sobre 
os catetos do triângulo retângulo contêm 9 e 16 pequenos 
quadrados respectivamente.
Assim, vemos que se cumpre a seguinte relação:
52 = 32 + 22  25= 9 + 16  25 = 25
Teorema de Pitágoras: se um triângulo tem lados de longitude 
a, b e c, com os lados a e b formando um ângulo de 90º (ângulo 
reto), como indica a figura:
B
C Ab
ca
a2 + b2 = c2
90º
temos que os lados a e b se chamam catetos do triângulo, e o 
lado oposto ao ângulo reto se chama hipotenusa, c do triângulo 
retângulo.
Enunciado do teorema de Pitágoras: ”em um triângulo 
retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos 
quadrados dos catetos”.
Em outras palavras, o teorema de Pitágoras estabelece a 
seguinte relação: a2 +b2 = c2
Em que a e b são os catetos e c representa a hipotenusa do 
triângulo retângulo.
Veremos a seguir algumas aplicações simples de como usar o 
teorema de Pitágoras para determinar, por exemplo, a altura de 
5
10
15
20
32
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
um triângulo equilátero, a diagonal de um quadrado e também 
a apótema de um hexágono regular.
A seguir, algumas aplicações do teorema de Pitágoras.
Cálculo da altura de um triângulo equilátero
Seja o triângulo equilátero de ABC de altura h. Observamos 
que essa altura divide o triângulo ABC em dois triângulos 
retângulos, em que as hipotenusas são AC e AB. Como sabemos, 
a altura AH divide a base BC em duas partes iguais.
Logo, se aplicamos o teorema de Pitágoras no ∆CAH ou 
∆HAB,temos:
B
A
C
c b
a
H
h
a = b = c; Logo:
h
a
b h
a
a2
2
2 2
2
2
2 2
+ 



= → + 



=
h a
a
a
a a2 2
2
2
2 2
2 4
3
4
= − 



= − =
h
a= 3
2
: altura triângulo equilátero
Em todo triângulo equilátero, temos que a altura fica 
determinada pela relação:
h
a= 3
2
5
10
15
33
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Cálculo da diagonal de um quadrado
A diagonal de um quadrado divide a este em dois triângulos 
retângulos iguais, de forma que a diagonal é a hipotenusa de 
ambos os triângulos. Podemos calcular assim:
a
aa
a
d
d a a a2 2 2 22− + =
d a a= =2 22
Assim, sempre em um quadrado temos a relação entre 
diagonal e lado, da forma seguinte:
d a a= =2 22
Cálculo do apótema de um hexágono regular
Sendo OA e OB o raio do hexágono e OH o apótema do 
mesmo, forma-se o triângulo equilátero AOB, em que o apótema 
divide-se em dois triângulos retângulos iguais, sendo o mesmo 
um cateto comum de ambos os triângulos. O apótema fica:
A BH
O
OH OB HB2 2 2= −
OH OB HB= −2 2
5
10
15
34
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
9.13 Teorema de Euclides
Esse teorema tem dois enunciados que são conhecidos como 
teorema da altura e teorema do cateto.
O teorema da altura diz que “a altura de um triângulo 
retângulo com respeito à sua hipotenusa é a media proporcional 
dos segmentos, m e n, que são definidos pela altura h na 
hipotenusa, como indica a figura.
Assim, h mn= .
C
BA
c
nm
h
ab
hipotenusa2 = projeção de a . projeção de b
h2 = m . n
O teorema do cateto diz o seguinte: o cateto b de um 
triângulo retângulo é a média proporcional da hipotenusa c e b’, 
projeção de b sobre ela.
Assim, b b c= ’ .
C
BA
c
b’
h
b
5
10
35
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Em termos simples, significa que a projeção do cateto do 
triângulo retângulo e a hipotenusa do mesmo determinam a 
seguinte relação:
Cateto2 = projeção do mesmo . hipotenusa
Logo, substituindo, temos: b2 = b’ . c ==> b = b c’.
Da mesma forma, temos: a2 = a’ . c ==> a = a c’.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
1. (Unesp 2008) A sombra de um prédio, num terreno plano, 
numa determinada hora do dia, mede 15 m. Nesse mesmo 
instante, próximo ao prédio, a sombra de um poste de altura 5 
m mede 3 m.
Poste
5
3
Prédio
15
Sol
A altura do prédio, em metros, é:
A) 25
B) 29
C) 30
D) 45
E) 75
2. (Mack 2007) Considere um poste perpendicular ao plano 
do chão. Uma aranha está no chão, a 2 m do poste, e começa 
a se aproximar dele no mesmo instante em que uma formiga 
começa a subir no poste. A velocidade da aranha é de 16 cm 
5
10
15
20
36
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
por segundo e a da formiga é de 10 cm por segundo. Após 5 
segundos do início dos movimentos, a menor distância entre a 
aranha e a formiga é:
A) 2,0 m
B) 1,3 m
C) 1,5 m
D) 2,2 m
E) 1,8 
3. (PROVÃO 2003) Um enfeite, feito de arame, tem a forma da 
figura ao lado. São 7 quadrados igualmente espaçados, o interno 
com lado igual a 1 cm, e o externo com lado igual a 3 cm.
O comprimento total de arame usado nesse enfeite é de:
A) 42 cm
B) 56 cm
C) 77 cm
D) 84 cm
E) 90 cm 
4. (Fuvest 2009) Na figura a seguir, os quadrados ABCD e 
EFGH têm, ambos, lado a e centro O. Se EP = 1, então o lado a 
do quadrado é:
A) 
2
2 1−
B) 
2
3 1−
C) 
2
2
D) 2
E) 
2
2 1−
 
F
B
G
C
H
D
E
A
P O
1
5
10
15
20
37
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
5. (Fuvest 2008) No triângulo �∆ADE da figura, em que B e C 
são pontos dos lados AD e AE, respectivamente, AB=AC, BC=BD 
e CD=CE.
Então:
A) x = 48º
B) x = 50º
C) x = 52º
D) x = 54º
E) x = 56º 
D
B
C
EA
x 48º
6. (Fuvest 2008) Na figura a seguir:
• os segmentos AF e BF são congruentes;
• a soma das medidas dos ângulos BCE, ADE e CDE totaliza 
130º.
Nessas condições, o ângulo DAB mede:
A) 25º
B) 30º
C) 35º
D) 40º
E) 45º 
A E B
F
D
C
7. Tem-se um triângulo equilátero em que cada lado 
mede 6 cm. O raio do círculo circunscrito a esse triângulo, em 
centímetros, mede:
A) 3
B) 2 3
C) 4
D) 3 2
E) 3 3
5
10
15
20
25
38
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
8. (Fuvest 2007) Um pequeno avião deveria partir de 
uma cidade A rumo a uma cidade B ao norte, distante 60 
quilômetros de A. Por um problema de orientação, o piloto 
seguiu erradamente rumo ao oeste. Ao perceber o erro, ele 
corrigiu a rota, fazendo um giro de 120° à direita em um ponto 
C, de modo que o seu trajeto, juntamente com o trajeto que 
deveria ter sido seguido, formaram, aproximadamente, um 
triângulo retângulo ABC, como mostra a figura.
Com base na figura, a distância em quilômetros que o avião 
voou partindo de A até chegar a B é: 
A) 30 3
B) 40 3
C) 60 3
D) 80 3
E) 90 3 
B (Norte)
(Oeste) C
120
A
9. (Unifep 2002) Em um paralelogramo, as medidas de dois 
ângulos internos consecutivos estão na razão 1 : 3. O ângulo 
menor desse paralelogramo mede:
A) 45°
B) 50°
C) 55°
D) 60°
E) 65°
10. Os triângulos da figura a seguir são equiláteros, todos os 
quadriláteros apresentados são quadrados e o polígono do meio 
é um hexágono regular.
A razão entre a soma das áreas das regiões sombreadas e a 
soma das áreas das regiões em branco é igual a:
5
10
15
20
25
39
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
A) 
3
4
B) 
3
2
C) 3
D) 2 3
E) 4 3 
Resolução dos exercícios
1. A
Ao analisar os triângulos ao lado, podemos comparar e 
aplicar semelhanças:
x
x x
15
5
3
5 15
3
25= → = → =*
X
15
Poste
5
3
2. B
Do enunciado, após 5 segundos do início do movimento, 
temos que:
• a aranha está a (2 – 5 * 0,16) = 1,2 m do poste;
• a formiga subiu 5 * 0,1 = 0,5 m no poste.
Observando a figura ao lado, temos que a distância 
solicitada é:
5
10
15
40
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
d m= ( ) + ( ) = =0 5 12 169 132 2, , , ,
Poste
d
Chão
A
F
0,5
1,2
3. B
Sabemos que o lado do primeiro quadrado é 1 cm.
Se a distância entre os quadrados for “x”, o segundo quadrado 
terá o lado igual a (1+2x); logo, o terceiro quadrado terá lado 
igual a (1 + 4x); e assim por diante até o último quadrado 
cujo lado mede (1+12x) = 3 cm.
Portanto, o valor de x fica determinado pela expressão: 1 + 
12x = 3 → x = 
1
6
Para sabermos o comprimento total do arame, calculamos a 
soma dos perímetros de todos os 7 quadrados da figura:
P = 4 * ( 1 +(1+2x) + (1+4x) + (1+6x) + (1+8x) + (1 + 10x) + 3)
P= 4 * (9 +30.x)
P= 36 + 120.x = 36 + 120. 
1
6
 = 36 + 20 = 56 cm
5
10
41
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
4. E
Considere a figura adjunta, temos:
O ponto O é o centro dos quadrados cujos lados medem a. 
Então, EG = a + 2.
Por outro lado, EG é uma diagonal do quadrado EFGH.
Assim, EG = a 2
Nessas condições, temos:
a 2 = a + 2
a( 2 - 1) = 2
Portanto, temos: a= 
2
2 1−
F
B
G
C
H
D
E
A
P
O
l1 a
a
5. C
Do enunciado, temos as medidas dos ângulos assinalados:
Em C: a+b+84º=180º
No triângulo ∆BCD: a=b+b(externo)
5
10
42
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
Assim, tem-se: a= 64º
No triângulo ABC: x+2a=180º
Portanto: x+128 = 180º
Logo: x=52º
D
B
C
EA
x 48º
48º
84ºa
a
b
b
6. A
Como AF = BF, os ângulos em A e B têm mesma medida x.
Sejam a, b, c, d e e as medidas dos ângulos assinalados:
�∆CEG: d =a + b (externo)
�∆DFG: d + c + e = 180º, ou seja:
a + b + c + e = 180º, isto é:
130º + e = 180º → e = 50º
�∆ABF: e = x + x (externo)
50º = 2x → x = 25º
A E B
F
DC
x x
cb
e d
a G
5
10
43
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
7. B
Do enunciado, temos a figura, cotada em cm, em que ABC é 
um triângulo equilátero e O é o centro do círculo circunscrito a 
esse triângulo:
Temos:
AO AH= 2
3
AO AO= → =2
3
6 3
2
2 3
A
CB
O
H
6 6
6
8. C
Da figura ao lado, temos:
Sen 60º = 
60 3
2
60
BC BC
→ =
Logo, temos que : BC = 40 3
Da mesma forma, temos:
Cos 60º = 
AC AC
40 3
1
2 40 3
→ =
5
10
44
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
AC = 20 3
BC + AC = (40 3 + 20 3 ) km = 60 3 km
B
AC
60º
60 km
9. A
Dois ângulos internos consecutivos somam 180º.
Se dois ângulos internos consecutivos estão na razão 1:3, 
implica que:
x+3x=180º → 4 x = 180º → x=45º .
Portanto, o ângulo menor desse paralelogramo mede 45º.
10. B
Da figura, os triângulos, os quadrados e o hexágono têm os 
lados com mesma medida. Sendo a a medida dos lados desses 
polígonos, temos:
Área de um triângulo: A
a=
2 3
4
Área de um quadrado: A = a2
Área do hexágono: A
a=
2 3
4
5
10
15
45
GEOMETRIA PLANA E APLICATIVOS DA INFORMÁTICA
Re
vi
sã
o:
 B
ea
tr
iz
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: L
éo
 -
 3
1/
07
/2
01
0
A razão pedida será: R
a a
a
=
+
→
6
3
4
6
3
4
6
3
2
2 2
2