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Asma: Definição, Epidemiologia e Classificação

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Anne Caroline Maltez- MOD DISPNEIA-P1-FECH 1 Definição 
 Asma 
DEFINIÇÃO 
é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, que se expressa pela redução ou obstrução do 
fluxo de ar respirado, devido ao edema da mucosa dos brônquios, á hiperprodução de muco nas vias 
aéreas e a contração da musculatura lisa dessa região. Ou seja, ela começa do ponto de vista 
inflamatório e vai mudando os brônquios e bronquíolos funcionalmente e estruturalmente. 
EPIDEMIOLOGIA 
A asma é muito comum em todos os países, afetando, em média, 7-25% da população. Ela é 
discretamente mais frequente em crianças do sexo masculino (idade < 14 anos) e mulheres adultas. 
ETIOLOGIA 
A dificuldade em estabelecer uma definição para a Asma, deve-se em larga medida à controvérsia 
acerca da sua etiologia, ou seja, à ausência de uma completa compreensão dos fatores/agentes que 
podem provocar a doença num dado indivíduo. 
Os sintomas da Asma podem ser ativados ou agravados por diversos agentes ou fatores. 
Adicionalmente, a reação provocada pelo mesmo agente ou fator pode não ser idêntica em todos os 
pacientes asmáticos. De uma forma geral, a gravidade da asma, assim como a sua evolução e 
tratamento, depende do número de diferentes agentes que ativam os sintomas asmáticos num 
indivíduo e da sensibilidade que os pulmões deste revelam em relação a esses agentes. 
A identificação dos potenciais agentes provocadores de Asma pode ajudar a explicar, em grande parte, 
as diferentes manifestações da doença. Dentre eles podemos identificar: 
A influência de fatores de predisposição genética, os quais, porém, não foram totalmente definidos. O 
principal fator de risco identificável para asma é a atopia (como uma tendência (do sistema 
imunológico) à formação preferencial de anticorpos da classe IgE contra antígenos comuns no meio 
ambiente). 
Tem também a exposição adjuvante – fumante/fumante passivo, exposição a poluição (fuligem/dioxido 
de enxofre), exposição no trabalho. 
Exposição a alergenos – polen, acaros, alimentar, pelos de animais. 
Até o momento, a obesidade e certos agentes infecciosos (ex.: vírus sincicial respiratório) não foram 
confirmados como fatores causais de asma, mas há controvérsias na literatura. 
CLASSIFICANDO 
 
 
Anne Caroline Maltez- MOD DISPNEIA-P1-FECH 2 Fisiopatologia 
 
(1) asma extrínseca alérgica: o fenômeno alérgico é o principal mecanismo etiopatogênico na maioria 
dos casos, sendo responsável por 70% das asmas em indivíduos com menos de 30 anos de idade; Ela de 
uma forma geral é definida como aquela que tem sua gênese relacionada a fatores externos, tais como 
alérgenos, agentes químicos ou fármacos. 
(2) asma extrínseca não alérgica: NÃO envolve reação IgE mediada, mas sim uma irritação direta da 
mucosa brônquica por substâncias tóxicas. Agentes químicos, geralmente presentes nos processos 
industriais, são frequentes causadores desse tipo de asma. 
 (3) asma criptogênica: como o nome indica, refere-se aos casos em que não se identifica o fator causal. 
Uma minoria dos pacientes asmáticos (aproximadamente 10%) apresenta uma resposta negativa a 
todos os testes cutâneos, com níveis séricos de IgE normais, sendo denominados de asma criptogênica. 
Esse tipo é mais comum quando a asma aparece na idade adulta. 
(4) asma induzida por aspirina: A asma induzida por aspirina responde por 2-3% dos casos de asma em 
adultos. É desencadeada pelo uso de aspirina ou outros AINE não seletivos, podendo persistir por vários 
anos mesmo após a suspensão dos mesmos. 
FISIOPATOLOGIA 
Vamos explicar agora como o processo ocorre... 
Normalmente temos alérgenos no ar inspirado, eles vão chegar no epitélio do aparelho respiratório e 
serão endocitados pelas células dendríticas (apresentadoras de antígenos), estas células por sua vez, vão 
apresentar esses antígenos a células T CD4 virgens. Aí lá da resposta imune, podemos ter alguns braços 
de ativação, os mais importantes são: ou se vai ativar a via th1 ou a th2. Normalmente em indivíduos 
saudáveis a via que predomina é a da ativação dos linfócitos th1. Então as células virgens ao ter o 
antígeno apresentado a ela, ela libera IL-12 e se diferencia na linhagem Th1, a partir dai vai liberar 
interferon-gama, TNF alfa, IL2, isso causa uma ativação basal de macrófago que vão lá fazer uma limpa 
desses alérgenos, tudo isso no nível fisiológico, no qual não vai causar nenhuma alteração na estrutura 
nem na função dos brônquios. Também ela vai levar a uma liberação basal em baixos níveis de IGG, uma 
imunoglobulina que atua também nos brônquios, e esses mecanismos juntos vão promover a 
homeostasia do ap. respiratório. 
Assim, no paciente asmático quando o antígeno do alérgeno é apresentado as células T virgem, ela ao 
invés de liberar a IL-12 vai liberar a IL-4, causando assim diferenciação na linhagem Th2, que vai 
combinar com a secreção de outras IL, que vão causar a ativação de eosinófilos, mastócitos e 
plasmócitos. Então eu terei uma liberação maciça de vários fatores pró- inflamatórios, como 
leucotrienos, citocinas, histaminas, proteína básica principal e uma liberação acentuada de IgE. Todos 
esses fatores pró-inflamatórios vão culminar com uma alteração estrutural dos brônquios, sobretudo vai 
ter uma hiperplasia das células caliciformes, fibrose subepitelial, edema das VA causada pelo excesso de 
secreção, hipertrofia e hiperplasia das células musculares e etc, tudo isso culmina com asma. 
DIAGNÓSTICO 
-> BASICAMENTE CLINICO: 
1 ou + sintomas: dispneia, tosse crônica, sibilância, opressão ou desconforto respiratório, sobretudo à 
noite ou nas primeiras horas da manhã, associado a variação e limitação ao fluxo aéreo expiratório. 
 -> Testes: 
Anne Caroline Maltez- MOD DISPNEIA-P1-FECH 3 Tratamento Baseado em Etapas 
• Espirometria com broncodilatador 
- Se negativo, realizar teste de broncoprovocação. 
• Broncoprovocação: 
- Teste negativo: exclui diagnóstico de asma  Teste positivo: se redução do VEF1 >= 20% (Rinite e RGE 
falsos +)  
• Pico de fluxo expiratório (variação superior a 20% ao dia – mostra a hiperresponsividade - um 
aumento na facilidade e grau de estreitamento das VA em resposta a estímulos 
bronconstritores). 
Controle e Classificação 
A principal meta do tratamento da asma é o controle da doença. A gente tem ferramentas pra isso, 
como a da GINA, que contemplam algumas perguntas, veja abaixo: 
 
TRATAMENTO BASEADO EM ETAPAS 
A partir do GINA 2021 o tratamento foi dividido em 2 tipos, baseados na medicação que uso para 
controle e resgaste do tratamento. O que usaremos agora de forma preferencial é o formoterol+ 
corticóide inalatório, e são usados em conjunto porque o formoterol tem ação de broncodilatadora de 
rápida e aí junto ao C.I diminui o risco de exacerbação mais grave. 
 
Mas o controle e resgate alternativo com beta2- agonista de curta ação inalatória ainda pode ser 
usado. E a diferença então para o anterior é: 
Anne Caroline Maltez- MOD DISPNEIA-P1-FECH 4 Tratamento Baseado em Etapas

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