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Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE PROPEDÊUTICA MÉDICA II – PROF.LÍDIA E ELVIRA – MEDICINA FTC – 2020.1 PROPEDÊUTICA: Origem do termo: derivado do termo grego propaideutikós, que significa “relativo à instrução, instrutivo” Propedêutica: corpo de ensinamentos introdutórios ou básicos de uma disciplina; ciência preliminar, introdução. Propedêutica Médica: conjunto de técnicas utilizadas para a elaboração de uma base, a partir da qual o médico se orienta para chegar a um diagnóstico Então a nossa matéria é a base para que tenham a possibilidade aplicando a técnica do exame, aplicando a técnica da coleta da anamnese aí sim, elaborar as possíveis suspeitas diagnosticas do paciente. Propósitos: O que: domínio da técnica correta de cada etapa do exame físico. Esse é o trabalho do segundo semestre. Em que damos a vocês o conhecimento teórico da técnica para que vocês possam aplicar no momento do exame segmentar/exame físico. Porque: a importância de construir e seguir uma ordem na realização do exame. Dominando a técnica/o conhecimento da propedêutica médica, vai dar a vocês a capacidade de seguir uma sequência lógica para chegar a uma suspeita de diagnóstico. Para que: reconhecer o achado normal. ... ou os achados normais. Nosso objetivo nesse segundo semestre não é que vocês saiam desse semestre capazes de reconhecer todas alterações no exame físico do paciente, mas é principalmente que saiba reconhecer o normal ou os achados normais que as vezes varia de um para o outro. Semiologia: meio e modo de se examinar um doente. Semiogxênese: é o estudo da formação dos sinais e sintomas, sob ponto de vista clínico. Semiótica: é o estudo da construção de significado do sinal e sintoma encontrado. Semiotécnica: é o estudo dos métodos utilizados para identificar os sinais de uma doença durante um exame físico. Esses são conceitos básicos da matéria, que são importantes para o aluno. Curso de Propedêutica médica - Primeiro semestre: Anamnese integral. O processo do adoecer - aspectos físicos, psicológicos e sociais. Técnicas de coleta de anamnese. Propedêutica médica- segundo semestre Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Exame físico normal O principal objetivo da disciplina é aprender a fazer a técnica correta para o exame clínico. Construção progressiva do exame físico É importante lembrar de vocês a importância de estabelecer diante do paciente uma relação. Para que vocês consigam uma boa anamnese, e que consiga fazer um exame físico detalhado é necessário estabelecer uma boa relação médico-paciente. Relação Médico <> Paciente “ A arte da medicina está em observar. Curar algumas vezes, aliviar muitas vezes, consolar sempre.” (Hipócrates) Pontos importantes para lembrar: - Se apresentar ao paciente. Vai realizar a anamnese, exame físico deve apresentar ao paciente. - Saber ouvir – Estar atento - Respeitar a autonomia do paciente Vamos trabalhar: Inspeção= olhar, ver o doente. É estar atento a tudo que está visualizando no doente. Palpação= implica no uso das mãos Percussão= são algumas técnicas que vamos utilizar também com as mãos Ausculta= essa é necessário que tenhamos o estetoscópio O objetivo da aula não é ensinar as técnicas de palpação, cada vez que formos trabalhando cada aparelho, vamos trabalhar cada uma dessas técnicas. Coloquei apenas para ilustrar: Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Percussão: Temos a técnica: - Em cutelo - Piparote - Digital - Digito- digital - Punho percussão A inspeção passa principalmente pelo olhar. Estar atento as diferenças? Isto de estar sempre atento deve estar dentro da inspeção. Ao longo do curso de Medicina, gradativamente, melhorar, mas é importante desde o início do curso estarem atentos: Registrar Aprender a registrar os dados encontrados no exame físico de forma : - Fidedigna - Organizada - Clara - Completa - Utilizar adequadamente os termos técnicos Então, cada vez mais, é importante que vocês registrem o exame do paciente de uma maneira completa. Atualmente, a grade maioria dos serviços, trabalha com a informação digitada no computador. Tudo que vocês vão escrever, vão estar claramente descrito, e também, tudo que vocês não escreverem vai ficar claro de que está incompleto. Então, é importante estar para descrever com detalhes o exame realizado. CRONOGRAMA DA DISCIPLINA POR AULA: 1º AULA= Impressão geral – Ectoscopia 2ª AULA= Dados vitais 3ª AULA= Dados Antropométricos *4ªAULA= Exame Geral Exame geral: - Pele - TCSC - Fâneros - Mucosa - Linfonodos *5ªAULA= Exame Segmentar Segmento cefálico: - Crânio - Couro cabeludo - Face: Olhos e ouvido Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE *6ª Aula= Exame Segmentar Face - Nariz - Seios para nasais - Boca - Anexos – Glândulas salivares *7ª Aula= Exame Segmentar Tórax - Aparelho respiratório: - Inspeção - Palpação - Percussão -Ausculta *9ª Aula= Exame Segmentar Tórax - Oficina de sons - Dinâmica teórico prática - Apresentação dos sons respiratórios - Avaliação pós apresentação com autocorreção - Disponibilização do arquivo para treinamento domiciliar Primeira prova teórica – AV1 *11ª Aula= Exame Segmentar Aparelho genitourinário - Renal - Genital feminino incluindo mamas - Genital masculino Pescoço - Laringe - Traqueia - Tireoide - Paratireoides *8ª Aula= Exame Segmentar Tórax - Aparelho cardiovascular - Inspeção - Palpação - Ausculta *10ª Aula= Exame Segmentar Abdômen - Inspeção - Percussão - Palpação - Ausculta - Manobras especiais de percussão e palpação *12ª Aula= Exame Segmentar Aparelho osteomioarticular - Inspeção - Palpação - Mobilidade: # Passiva #Ativa #Contra resistência Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE *13ª Aula= Exame Segmentar Exame neurológico: - Nível de consciência - Conteúdo de consciência - Equilíbrio - Coordenação - Motricidade - Sensibilidade BIBLIOGRAFIA Bicley, LS. Bates- Propedêutica Médica. Porto & Porto. Semiologia Médica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 7 ed. 2018 Semiologia Médica - As Bases do Diagnóstico Clínico - 5ª Ed. López, Mario; Laurentysmedeiros, J. Harrison Medicina Interna - 2 Volumes - 16ª Ed. Cecil - Tratado de Medicina Interna - 23ª Ed *14ª Aula= Exame Segmentar Exame neurológico - Reflexos - Pares cranianos - Sinais de irritação meníngea Segunda prova teórica – AV2 Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE PROPEDÊUTICA MÉDICA II – PROF.LÍDIA E ELVIRA – MEDICINA FTC – 2020.1 ECTOSCOPIA AO ENTRAR NO CONSULTÓRIO OU HOSPITAL é importante lembrar: Apresentação ao serviço Apresentação ao paciente Lavar as mãos É importante pontuar a vocês que a higienização das mãos deve ser realizada na frente do paciente. É fundamental que o paciente veja que isso foi realizado. COMPOSIÇÃO DO EXAME FÍSICO Impressão Geral: também chamado somatoscopia ou ectoscopia e consiste na avaliação de dados gerais independente dos vários sistemas orgânicos. Então: a ectoscopia é o olhar, é o que você está vendo no momento que irá examinar o paciente. Dados vitais Dados antropométricos Exame segmentar ou específico: exames dos diferentes aparelhos e sistemas. Ectoscopia: é a denominação que se dá à avaliação global do doente. É a primeira etapa do exame físico, devendo ser iniciada ao primeiro contato com o paciente. Então, é importante desde que, o paciente entra no consultório, desde o momento em que você entra na enfermaria para examinar o paciente, já estar atento olhando o paciente para identificar possíveisalterações visíveis. Lembrando que a ectoscopia é realizada sem tocar o paciente, então é o olhar mesmo. Existem várias partes da ectoscopia e vocês vão ver que vai ser pontuada cada uma delas, para que no final a gente possa construir uma ectoscopia completa. ESTADO GERAL: COMO O PACIENTE SE APARENTA PARA O PROFISSIONAL Bom estado geral Regular estado geral Precário ou mau estado geral Esta é uma avaliação subjetiva e depende da experiência do profissional. Se vocês fizerem me perguntarem: estou começando a fazer exame físico agora, como é que vou saber se o paciente está em bom, regular ou precário estado geral? - Quando vocês lerem o Porto ou o Bates, eles vão pontuando algumas coisas que vocês podem avaliar e definir o estado geral. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Bom Estado Geral: Trata-se de um paciente que é portador de uma patologia mas mantém o aspecto físico, intelectual e emocional compatível com a sua idade e condição social. Ou seja, quando você olha para o paciente, este aparenta saúde, aparenta estar saudável, ainda que possa ter alguma patologia. O paciente com bom estado geral ele não aparenta ter nenhuma patologia. Regular Estado Geral: O regular estado geral é aquele paciente que apresenta sinais clínicos de doença, mas não se encontra prostrado, não há uma alteração significativa do estado nutricional ou do nível de consciência. Então você identifica que ele está acamado, identifica que aquele paciente é um doente, mas ele não precisa de atenção e de cuidados imediatos. Geralmente o paciente em regular estado geral é aquele paciente que você vai internar para investigar. Mau Estado Geral: Já o paciente em mau estado geral é aquele paciente que apresenta sinais evidentes de doença, ele necessita de cuidados imediatos, pode haver perda ponderal excessiva, sinais de desidratação grave, alterações do nível de consciência. É aquele paciente que você imediatamente vai colocar na sala vermelha e que você vai ter que dar cuidados imediatos a ele. Então esse paciente está em mau estado geral, geralmente são aqueles pacientes que vão para semi-intensiva e UTI. São pacientes graves. ESTADO NUTRICIONAL O estado nutricional você vai olhar o paciente e não vai fazer uma avaliação nutricional, você vai olhar o paciente e dizer apenas se o paciente aparenta ter para você um bom estado nutricional ou não. Então o paciente desnutrido, que aparenta para você estar desnutrido, você pode colocar PRECÁRIO ESTADO NUTRICIONAL, e você pode pontuar sinais sugestivos de obesidade se você achar. Agora você vai definir se ele é obeso ou não através dos dados antropométricos que não é o nosso foco hoje. COMPLEMENTAÇÃO DE PROF. BRUNO: da mesma forma que você colocou que no estado geral o paciente pode ter uma patologia e à inspeção não é visto, a impressão do estado nutricional a mesma forma. A gente gera um conceito aparente, mas que a análise é mais profunda com a variável quantitativa (como irão aprender depois) e também a parte qualitativa que eles viram na anamnese que foi a parte de recordatório alimentar. Então indivíduo pode ter qualitativamente uma nutrição inadequada do ponto de vista de micronutrientes e aparentemente você não avaliar isso. É apenas uma impressão geral e depois isso pode não se confirmar. ESTADO DE HIGIENE Boas ou más condições de higiene. É importante que vocês estejam atentos porque as condições precárias de higiene, o paciente com higiene ruim, isso predispõe a doenças. Estar atento as unhas, aos cabelos, a pele. Claro que é aquela impressão inicial, boas ou más condições de higiene. Pergunta: o paciente pode estar em bom estado geral e precário estado nutricional? Resposta: a meu ver ele pode estar em regular estado geral e precário estado nutricional. Porque o que eu falei para vocês foi que o paciente que tem bom estado geral é aquele paciente que aparenta para você ser saudável. Se chamou sua atenção que ele tem um precário estado nutricional o estado geral dele pode até ser regular, não ser precário, mas seguramente ele não estará em bom estado geral. Deu para Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE entender? Agora tem um detalhe, ele pode ser até um paciente com obesidade mórbida, mas ainda assim eu consideraria ele como um paciente em regular estado geral. Mas é subjetivo isso! NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Aqui vocês vão ver quando forem estudar! [Interrompida pela pergunta anterior] Com relação ao nível de consciência, quando vocês forem estudar existem diversas formas de graduação do nível de consciência. Como não estamos em uma aula de exame neurológico a minha intenção foi apresentar de uma forma rápida para que vocês possam avaliar o nível de consciência do paciente. Aqui vocês têm 5 formas de consciência: alerta, sonolência, obnubilado, torpor e coma. O alerta é aquele paciente que está acordado e com respostas adequadas, então você pergunta como é seu nome, onde você estar e ele têm respostas adequadas. Sonolento é aquele paciente que você chega, ele está sonolento, ele está dormindo, mas ele acorda e responde de forma adequada. O obnubilado é aquele paciente com uma sonolência mais profunda, responde com a voz mais alta após estímulo moderado. Então não é aquele paciente que você chama e imediatamente ele acorda. Pergunta: e Vigil? Resposta: Vigil e alerta é a mesma coisa. Torpor é o paciente que tem uma sonolência profunda e que reage aos estímulos dolorosos. E coma é aquele paciente que não abre os olhos, não emite som mesmo com estímulos vigorosos e dolorosos. Pronto, esta é uma classificação, têm outras, é legal vocês estudarem. Pergunta: escala de coma de glasgow é só após trauma né? Resposta: a escala de glasgow é extremamente utilizada e nós vamos falar nela quando a gente estudar exame neurológico. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Depois que você avalia o nível de consciência de seu paciente vocês vão avaliar a qualidade do nível de consciência. QUALIDADE DO NÍVEL DE CONSCIENCIA Meu paciente está alerta? Está. Mas ele está lúcido? Ele está orientado no tempo? Ele está orientado no espaço? Como a gente pontua: alerta (vigil), lúcido, orientado no tempo e no espaço. Quais são as perguntas importantes que vocês devem fazer: qual o seu nome? Que horas são? Agora é de dia ou de noite? Onde você estar? Que lugar é esse? Essas são as perguntas básicas para que vocês tenham uma noção da qualidade do nível de consciência do paciente de vocês. COMPLEMENTAÇÃO PROF. BRUNO: nível de consciência e conteúdo normalmente estão alinhados mais nem sempre. Por exemplo: uma pessoa que você pergunte quem é você? Eu sou Pedro Álvares Cabral e hoje é 22 de abril de 1500. Ele está vigil, alerta, mas completamente desorientado no tempo e no espaço. Então uma coisa não está necessariamente vinculada a outra. Um é nível de consciência e o outro é conteúdo de consciência. IDADE APARENTE COMPATÍVEL COM A IDADE REFERIDA? Mais uma vez é subjetivo isso. A impressão geral é subjetiva, mas algumas coisas chamam atenção da gente, quando estamos avaliando e que devemos ta atentos. Aqui é uma criança, aqui um adulto, aqui um idoso, mas as diferenças se uma pessoa aparenta ter mais idade ou menos idade é importante que vocês estejam atentos porque algumas patologias, alguns hábitos de vida, envelhecem mais a pessoa, rejuvenesce mais a pessoa e isso é importante na impressão geral que o paciente passa para você. A idade aparente é ou não? Então eu coloco: a idade aparente é compatível com a referida. A idade aparente é não compatível com a referida. Isso é importante pontuar. BIOTIPO O biótipo ele tem principalmente haver com a avaliação do ângulo de Charpy. Aqui tem o externo, aqui tem o ângulo de Louis e aqui o ângulo de Charpy. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Então o que é o ângulo de Charpy?É a junção do gradil costal com o externo. O paciente que é brevilíneo vai ter o ângulo de Charpy maior que 90°, o mediolíneo vai ter o ângulo igual a 90° e o longilíneo tem o ângulo de Charpy menos que 90°. Essas são outras características que trarei para vocês que são: brevilíneo, mediolíneo e longilíneo. O que caracteriza uma pessoa que é brevilínea? Tem o pescoço curto, tem os membros curtos, costuma ter baixa estatura e o ângulo de Charpy maior que 90°. É necessário que o brevilíneo tenha todas essas características? Não. O ângulo de Charpy maior que 90° já sugere que ele seja brevilíneo. As outras características compõem o brevilíneo mas, não são necessárias que tenha todas. O paciente mediolíneo está no meio e já o longilíneo tem o pescoço longo, o tórax longo, os membros são mais compridos e costumam ser pacientes com estatura maior. PADRÃO RESPIRATÓRIO O que eu quero que vocês estejam atentos na hora de avaliar o padrão respiratório. Aqui vocês vão me dizer se o paciente está eupineico ou dispineico. Euvira pontuou para mim. Lídia quando você coloca que o paciente está taquipineico ou bradpneico, implica que você já contou a freqüência respiratória e isso não compõe a impressão geral. Ela tem razão! Então nesse primeiro momento basta dizer eupineico é aquele paciente que não tem esforço ou dispineico que é aquele paciente que apresenta esforço. Ah professora como vou saber se aquele paciente tem esforço ou não tem esforço? Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Ele vai demonstrar para você com o uso da musculatura acessória. Quando você contrai os intercostais você vê todo o gradil costal. Você vê o aleteo nasal. Você vê a retração subdiafragmática. Você vê retração external. Se você combina dispnéia com a cianose é mais intenso ainda o sofrimento respiratório desse doente. Atenção na hora de escrever meu paciente está eupineico ou está dispineico! É o que vamos querer na impressão geral. A taquipneia é o aumento da freqüência respiratória e a bradpineia é a diminuição da freqüência respiratória. Vamos ver na próxima aula! CIANOSE Com relação a cianose é a coloração azulada da pele e ela se apresenta quando você tem uma maior quantidade de hemoglobina desoxigenada. Ela aparece com maior freqüência nas extremidades, mas ela também pode ser central, aparecer nos lábios, no rosto e pode ser também periférica. Estar atento para descrever meu paciente apresenta cianose nas extremidades. Meu paciente apresenta cianose central. Meu paciente apresenta cianose periférica. Isso faz parte da impressão geral. Do seu olhar! ICTERÍCIA Meu paciente está amarelo. O que é icterícia? É a impregnação da pele pela bilirrubina e com isso o paciente assume essa coloração amarelada que aparece na esclera, que aparece na pele, que aparece na mucosa. São nesses lugares que vocês verão se seu paciente está ictérico ou não. Normalmente o paciente que tem icterícia é portador de alguma doença, hemoglobinopatia ou alguma doença hematológica, ou alguma doença hepática. Claro que pode ter outras coisas, mas o importante é vocês estarem atentos a avaliar se estar com esse pigmento amarelado a esclera, a pele e mucosa. E como você gradua isso? A graduação da icterícia vai de 1 a 4 cruzes. E isso vai variar de acordo com a intensidade da icterícia do seu paciente. O paciente que tem 1 cruz tem pouca icterícia. O paciente que tem 4 cruzes tem muita icterícia. E como que você gradua isso? É subjetivo, mas normalmente a gente diz que quando a icterícia é apenas de esclera, apenas de mucosa você diz que ela está entre 1 e 2 cruzes. Quando envolve mucosa, esclera, pele ela é de 3 cruzes. Quando ela envolve mucosa, pele, esclera e região palmar e plantar seriam 4 cruzes. Mas ainda assim é subjetivo, variando de 1 a 4 cruzes. APRESENTAÇÃO DA TABELA DE AVALIAÇÃO DA ICTERÍCIA NEONATAL (apenas para ilustração, não precisa decorar, nem irá cobrar). Eu quero apenas que vocês entendam que a zona 1 é uma icterícia mais leve e zona 5 é uma icterícia mais intensa e isso vai variar de acordo com a região acometida pela icterícia. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE HIDRATAÇÃO Quando vocês vão analisar o grau de hidratação da pele, vocês vão ver se a pele estar seca, vão avaliar mucosa analisando se tem saliva, se tem umidade, se os olhos estão brilhantes, se os olhos estão fundos, se quando a criança ou adulto choram se tem lágrima, prega da pele. A prega se desfaz rapidamente ou lentamente? E por fim vão observar se existe ou não a fontanela afundada. Estou falando principalmente da fontanela bregmática que é esta da frente. O que caracteriza um paciente desidratado? Os olhos fundos, a boca seca, a saliva espessa, sem brilho no olhar, falta de lágrima, pele seca, turgor diminuído. Essas são coisas que devem ser analisadas para verificar se o paciente está hidratado ou desidratado. O oposto do paciente desidratado seria aquele paciente que tem a pele infiltrada pelo edema. EDEMA O edema é a infiltração da pele por líquido, ele seguramente se deposita mais na região de tecido frouxo, principalmente na região palpebral. Em paciente com reação alérgica onde o edema se concentra nas pálpebras é o angioedema. Paciente com insuficiência cardíaca tem intenso edema de membros inferiores. A graduação do edema também é feita em cruzes. [A professora promete que trará essa graduação na próxima aula. Esqueceu de colocar no slide] Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE COLORAÇÃO Meu paciente está corado ou descorado? A coloração é graduada de 1 a 4 cruzes. A idéia é que vocês tenham em mente que quanto mais intensa for a palidez mais cruzes vocês vão colocar. Lembrando que a palidez aparece em pele e mucosa. É importante também estar atento a etnia porque o paciente que é negro você terá mais dificuldade de identificar à palidez na pele e ai a região palmar é importante junto com a avaliação da mucosa, da língua, debaixo da língua, é importante para avaliar a palidez. Mesma coisa com relação à icterícia, no paciente que é negro você também terá mais dificuldade se ele tem icterícia de pele, mucosa e intensidade. Daí você deve avaliar a mucosa oral, esclera. Ficar atento para identificar com mais cuidado. E varia também de 1 a 4 cruzes. FÁCIES Agora a gente vai começar a falar sobre as fácies e vocês vão ver que eu vou falar vários tipos de fácies, lembrar que eu vou comentar algumas fáceis típicos que são característicos de algumas patologias. Nesse momento eu comentei com vocês que a gente está concentrado que vocês saibam o normal, mas com relação ao fáceis, é importante vocês identificarem as fáceis típicos porque vocês já colocam na impressão geral uma coisa que você observou que vai sugerir uma determinada patologia. Então, aqui é o primeiro paciente, vocês viram, é um paciente com uma fácies normal atípico. Não tem nada característico, nada que você identifique na fácies dessa criança de alterado. Esse é a fácies atípico. Heda sua pergunta é massa, desculpe eu não vi. Você colocou assim, a taxa de bilirrubina também orienta qual cruz? Você só vai ter a taxa de bilirrubina depois que o paciente vem com o exame. A impressão geral você vai ter que graduar entre uma e quatro cruzes dependendo daquilo que aparenta para você, da intensidade do amarelo na esclera, na pele, na mucosa. Eu sei que nesse momento inicial é difícil porque vocês vão começar a ver esses pacientes agora, mas no decorrer com o tempo, vocês vão tendo uma noção melhor do que é uma cruz e do que é quatro cruzes. É subjetivo mesmo. No caso dos pacientes negros é difícil. Você vai descrever no exame físico se é uma cruz, duas, três ou quatro cruzes. O que gradua é a intensidade do problema tá certo? É subjetivo mesmo. Legal vocês darem uma olhada no Bates, no Porto, estudar um pouco mais o que caracteriza o paciente ictérico, descorado, corado,por que vai dar mais consistência na hora de vocês avaliarem o paciente ok? FÁCIES HIPOCRÁTICA Bom, com relação ao paciente com fácies hipocrática o paciente se apresenta com palidez cutânea, com cianose labial, essa figura não está boa, os lábios são delgados, os olhos são fundos, parados, inexpressivos e pode ser observado aleteo nasal. São pacientes que tem um grau de comprometimento de doença respiratória, cardiovascular que compromete e que leva os leva a terem cianose, muitas vezes desnutridos, a serem pálidos. O que caracteriza a fácies hipocrática é a palidez, cianose, olhos fundos, inexpressivos e aleto nasal. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE A fácies Leonina é a fácies do paciente com doença da lepra, a pele é espessa, então os lepromas que são consequência da doença aparecem na pele, são essas nodulações que aparecem na pele, inúmeros lepromas de tamanhos variados e confluentes mais na fronte. Os lábios são grossos e proeminentes, o paciente que tem lepra ele perde os pelos, então ele não tem barba e não tem sobrancelha, ele tem madarose. Se vocês observarem eu acho que parece fácies leonina mesmo. Parece um leão. Tá certo? Isso é característico da lepra. Fácies Renal Aqui o paciente que tem doença renal, então ele é um paciente que tem edema palpebral, mas uma coisa que difere do edema da reação alérgica é que além do edema palpebral, como a eritropoetina ela é produzida pelo rim, o paciente que tem doença renal crônica, ele frequentemente tem anemia em grau variado na maioria das vezes de três cruzes , duas cruzes, então o paciente além do edema palpebral, vai ter palidez cutânea. Isso é característica do paciente com doença renal. A Fácies Adenoidiana O paciente com fácies adenoidiana acredito que todos vocês já viram, a criança que tem o aumento da adenóide. Então é aquela criança que tem o nariz pequeno, a boca fica entreaberta porque a adenóide dificulta a entrada do ar pelo nariz, a coloração arroxeada da pálpebra inferior é uma coisa interessante. O paciente que tem a hipertrofia da adenóide ele tem dificuldade para dormir, ele dorme mal e quando você dorme mal, a musculatura dos olhos ela fica mais tensa ela não relaxa e aumenta o calibre dos vasos. Isso dá a coloração arroxeada dos olhos. Então isso é característica da fácies adenoidiana. A boca entreaberta, o nariz pequeno e a olheira que é a coloração arroxeada da pálpebra inferior. Pode aparecer palato em arco. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Parkinson também acredito que alguns de vocês já viram gente que tem doença de Parkinson. É um paciente que tem a cabeça imóvel sempre inclinada para frente, o olhar é fixo os supercílios elevados a fronte é enrugada, a boca entreaberta, pode haver a sialorréia, então eles têm dificuldade de deglutição e a pele é extremamente oleosa. Aqui na figura eu só coloquei abaixo a forma que o parkinsoniano anda. Os passos curtos e ele fica inclinado para frente. Fácies Basedowiana A fácies basedowiana, o paciente tem os olhos salientes, exoftalmia e brilhantes, o rosto magro e pode haver a presença do bócio. Aqui é um paciente com hipertireoidismo. Fácies Mixedematoso O paciente mixedematoso é o contrário do paciente com hipertireoidismo, ele tem o rosto arredondado, nariz e lábios grossos, a pele é seca, espessada com atenuação dos sulcos, cabelos secos e sem brilho. Expressão de desânimo e apatia, as pálpebras muitas vezes infiltradas por edema e por isso que é chamado mixedematoso e os pacientes de hipotireoidismo eles tem muitas vezes obesidade. O hiper é magro e o do hipo tende a ser gordo. Fácies Acromegálica Acromegálico é um paciente que tem saliência das arcadas supraorbitárias, então ficam mais para frente, proeminência das maçãs do rosto e o que vocês vão observar que parece os olhos serem pequenos em relação ao tamanho do rosto do paciente. Aumento do nariz, dos lábios, das orelhas. Isso é característico dos pacientes que tem acromegalia. São pacientes grandes, mãos grandes. Fácies Cushingóide Cushing é causada pelo aumento do cortisol, o paciente apresenta o arredondamento do rosto, atenuação dos traços faciais a pele fica brilhante, parece até mais jovem, há a presença de acne, há presença de hisurtismo, então é comum você ver pelos em lábio superior, acentuação das sobrancelhas, então são pacientes com aumento dos pêlos, presença de estrias como vocês estão vendo nesse paciente e frequentemente o paciente que tem Cushing tendem a ter obesidade. Fácies na síndrome de Down- Mongolóide / Downiana A fácies do paciente que tem síndrome de down, é aquela criança que tem o sorriso fácil, é a criança que tem prega no epicanto, aquela prega no olho que dá a aparência do olho de japonês, de chinês, oblíquo, os olhos tendem a ser afastados um do outro, então eles tendem a ter hipertelorismo, ta vendo aqui? Mais afastados, o rosto redondo, a boca tende a ficar entreaberta, então eles tendem a ter macroglossia e vocês podem identificar na mão a linha simiesca. Na mão normal essas linhas são mais afastadas e no Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE paciente que tem síndrome de down, essa linha é única, é uma linha só. Aqui é pra ilustrar são algumas fácies. Fácies na paralisia facial periférica O paciente com paralisia facial periférica ele tem uma assimetria facial, na verdade paralisia facial que dá essa impossibilidade de fechar a pálpebra, então a pálpebra fica aberta, repuxamento da boca para o lado oposto, ela repuxa para o lado que está sadio, que está bom, apagamento do sulco nasolabial tá certo? Então este é o paciente com paralisia facial. Fácies Miastênica Na miastenia é aquele paciente que não consegue abrir os olhos e aí para que ele possa abrir os olhos ele tem que usar o elevador do supercílio aí ele fica com a fronte franzida, a região frontal e a pálpebra caída. Vocês estão percebendo aqui né? Ele tende elevar um pouco a cabeça para poder olhar para frente. Fácies Etílico Aqui o paciente embriagado, os olhos avermelhados, há uma ruborização da face, o hálito etílico. Foi uma coisa que eu não comentei com vocês, faz parte da impressão geral também você observar o cheiro, observar a halitose porque vocês já vão passar isso na impressão geral. Voz pastosa e sorriso indefinido. Bom falamos todos as fácies, claro que quando vocês forem estudar vocês vão ver que tem outras fácies, eu coloquei algumas aqui, mas quando vocês forem estudar nos livros vocês vão ver que tem outras fácies. E agora eu vou falar um pouquinho sobre atitude. O que é atitude? A atitude pode ser típica ou atípica, a típica ela não é característica, é a normal; a atípica é característica de alguma patologia. É a posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele por comodidade, hábito ou alívio para sua doença. Então eu vou mostrar algumas atitudes, pontuar para vocês. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE ATITUDE: Atitude passiva em que o paciente que na posição que você coloca ele fica. Então ele está deitado, ele tem alguma alteração e aí você o coloca com os braços cruzados ele fica. Então ele aceita a posição que você coloca sem se mover. A atitude ativa ela pode ser voluntária ou involuntária. A atitude ativa voluntária seria o paciente que fica em ortopnéia o paciente prefere ficar sentado ou se deitar com dois ou três travesseiros para aliviar o desconforto respiratório dele. O paciente tem uma doença pulmonar ou ele tem uma doença cardíaca e aí ele não vai querer que você o deite em decúbito dorsal completo porque isso aumenta o desconforto dele. Ele assume uma atitude ortopnéica. Genitopeitoral ou prece maometana Existem em pacientes com cardiopatia congênita complexa, hoje em dia graças à Deus como essas cardiopatias têm sido corrigidas mais precocemente, a gente tem viso bem menos. Cócoras A de cócoras,que é uma atitude que a gente também via muito em pacientes com cardiopatia congênita. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Atitude ativa-involuntária Uma atitude ativa involuntária é um paciente em opistótono em que ele tem alguma patologia neurológica, como no tétano ou uma meningite e assim seja. Então ele assume a contratura lombar de forma que o corpo se apoia sobre a cabeça e os calcanhares como se fosse um arco. Postura Postura quando você vai descrever a postura, é a posição que o paciente está. Então ele está em ortostase, ele está em pé, ele está em sedestração ele está sentado, a figura está errada e os decúbitos. Deixa eu demonstrar os decúbitos. Decúbitos Você tem o decúbito dorsal, do paciente em abdome agudo, é mais comum ele ficar de barriga para cima, na verdade o paciente pode estar em decúbito dorsal por uma questão de comodidade. Ele pode estar em decúbito ventral, o paciente que está em cólica ele prefere o decúbito ventral, tem o decúbito lateral direito, decúbito lateral esquerdo, então o paciente com derrame pleural direito, ele tende a deitar do lado que ele tem o derrame. Então ele vai preferir deitar-se do lado direito se ele tem um derrame pleural do lado direito. A gestante ela tende a querer ficar deitada do lado do lado esquerdo ou direito, para facilitar o retorno. De preferência do lado esquerdo. Posição de Trendelenburg É uma variação da posição do decúbito dorsal, onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal, é uma posição muito utilizada quando se vai fazer cirurgia pélvica, laparotomia de abdome inferior. Posição de Fowler A posição de Fowler deixa o paciente com a cabeceira elevada com um ângulo de 45 graus ou Fowler alta com o paciente num ângulo de 90 graus de decúbito. Até aqui alguma dúvida do que falei? Algo para pontuar? Perguntar? Marchas Marcha atípica que é a normal, não te característica de nada. Eu vou pontuar algumas marchas típicas, lembrando que a gente vai detalhar essas marchas quando a gente for trabalhar exame neurológico. Nosso objetivo aqui hoje não é estar mostrando para vocês todas as marchas tá certo? A gente vai falar só se a marcha é típica ou atípica. Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Marcha Espástica Aqui temos algumas marchas como a espástica onde temos dois membros inferiores enrijecidos, estáticos, permanecem semifletidos. Os pés se arrastam e as pernas se cruzam quando o paciente tenta caminhar. Isso ocorre no paciente com paraparesia em membros inferiores com esclerose múltipla, ele presenta a marcha espástica. Marcha Escarvante O paciente arrasta os pés ou elevam-se bem alto com os joelhos flexionados trazendo ao chão de maneira com que faça uma batida. Então o paciente com fraqueza nos músculos peroneal e tibial anterior com patologias neurológicas vão apresentar a marcha escarvante. Marcha Parkinsoniana É a que eu falei com vocês que o paciente tem passos curtos, dos pés que se arrastam no chão. Hemiparesia Espástica Hemiparética, o braço flexionado imóvel, próximo ao corpo, a perna fica esticada com a flexão plantar do pé e pacientes com doenças do trato corticoespinhal como AVC. Marcha Cerebelar ou do Ébrio É a do paciente que tem um transtorno do equilíbrio por algum problema no cerebelo, ele vai apresentar aquela marcha oscilante, instável com a base alargada e dificuldade para fazer as curvas. Marcha Anserina A marcha anserina todo mundo já viu, é a marcha da gestante. O músculo do quadril fica mais largo, a paciente dá o passo e o quadril oposto cai. Então é a marcha parecendo a do pato. A gente vai detalhar quando for ver exame neurológico. Humor Náira Francine MED 2020.1 2º SEMESTRE Com relação ao humor a gente pode ter o paciente eutímico que é aquele paciente de bem com a vida, está bem, está ótimo, está normal. O paciente pode estar ansioso, estar irritado, pode estar feliz, eufórico, ele pode estar triste. Aqui quando eu estou falando de impressão geral, a gente não está falando de depressão. Quando a gente fala de impressão geral, é o que o paciente aparenta para você estar triste. Não é a doença depressão tá certo? A gente não está aqui dando diagnóstico. A gente está passando a impressão. Qual o nosso objetivo quando a gente vai descrever a impressão geral, descrever o paciente de forma clara, objetiva para que a pessoa que ouça a sua descrição tenha uma idéia do paciente que está vendo. ECTOSCOPIA: Trata-se de um paciente com bom estado geral e nutricional, mediolíneo em boas condições de higiene, eutímico, alerta, lúcido orientado no tempo e no espaço, Idade aparente compatível com a referida, corado, anictérico acianótico, hidratado, eupneico, atitude ativa voluntária, postura sedestação, marcha atípica. Aqui eu vou apresentar uma ectoscopia normal, esse é o meu objetivo no segundo semestre, que vocês sejam capazes de descrever uma ectoscopia de um paciente normal certo? Claro que a gente vai pontuar todas as alterações que podem ocorrer, mas a descrição de uma impressão geral do paciente hígido é um paciente com um bom estado geral e nutricional, mediolíneo, em boas condições de higiene, eutímico, alerta, lúcido, orientado no tempo e no espaço, idade aparente compatível com a referida, corado, anictérico, acianótico, hidratado, eupnéico, atitude ativa voluntária, postura e sedestração, marcha atípica. Aqui é um exemplo de uma descrição de uma ectoscopia normal. Estejam sempre atentos certo? A impressão geral é exatamente o olhar atento do médico que está vendo o paciente. Só pela inspeção já dá para ter uma impressão de partida incrível do paciente. O que vocês estão aprendendo hoje é a alfabetização do médico. BIBLIOGRAFIA Bates Propedêutica Médica - 10ª Ed. 2010. Porto & Porto. Semiologia Médica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 7 ed. 2018 Semiologia Médica - As Bases do Diagnóstico Clínico - 5ª Ed. López, Mario; Laurentysmedeiros, Harrison Medicina Interna - 2 Volumes - 16ª Ed. Cecil - Tratado de Medicina Interna - 23ª Ed
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