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Marianna Lopes – 6° semestre FTC FISIOLOGIA DO SONO Sono REM (rapid eye moviment) Há ativação eletroencefálica com atonia muscular e movimentos oculares rápidos, isto é, o corpo encontra-se essencialmente paralisado durante o REM com exceção dos músculos posturais e respiratórios • A supressão do sono REM cursa com falta de memória e irritabilidade (excesso de sinais adrenérgicos) Sono NREM (non rapid eye moviment) Sono com a maioria das funções fisiológicas reduzidas (repouso cardíaco – FC baixa), mas a atividade cognitiva é mínima • Estágio 1: Breve fase transitorial entre estar acordado e dormindo, que dura cerca de 5 minutos (sono muito leve) • Estágio 2: Considerado o verdadeiro sono fisiológico, que dura cerca de 10 a 20 minutos durante o ciclo inicial • Estágios 3 e 4: Também chamados de dolta ou de ondas lentas, que podem durar 20 a 40 minutos no primeiro ciclo de sono (sono mais profundo) APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO Condição crônica de obstrução cíclica das vias aéreas superiores durante o sono, que desencadeiam sinais e sintomas pelas alterações das trocas gasosas (hipoxemia com retenção de CO2) e pelos distúrbios do sono (ex. sonolência excessiva durante o dia, ronco alto, fragmentação do sono), que tipicamente se encontra em pessoas acima do peso e pode se relacionar com anormalidades craniofaciais, de vias aéreas superiores ou ventilatórias. • Sono inadequado: Pode causar queda na performance, na concentração, no tempo de reação e na consolidação de informações para o aprendizado, além de outras consequências (aumento de HAS/descompensada, arritmias cardíacas, IAM, cor pulmonale, acidentes automobilísticos e acidentes de trabalho) Epidemiologia As apneias acontecem geralmente na faringe, devido a maior quantidade de regiões colabáveis e, dentre elas, a orofaringe se destaca com a úvula, palato mole e base da língua • Prevalência (entre 30 a 60 anos): Homens 4% e mulheres 2% o Apneia do sono não diagnosticada: Homem 82% e mulher 93% Fatores de risco • Homens, mulheres pós menopausa e maiores que 60 anos • História de roncos e apneia testemunhadas (predisposição genética) • Obesidade, HAS (princ. mal controlados), IC, hipotireoidismo, DRGE e epilepsia refratária • Uso exacerbado de álcool (reprime o SCN e relaxa musculatura) • Vias aéreas superiores estreitas • História familiar de AVC • Asiáticos, afrodescendentes, mexicanos e ilhas do Pacífico Presentes no exame físico • Obesidade (IMC > 28) • Circunferência do pescoço > 40 (sensibilidade 61% e especificidade 93%) Marianna Lopes – 6° semestre FTC • Maxila estreita • Mandíbula curta • Retrognatia • Úlvula alongada • Obstrução de orofaringe • Macroglossia • Palato mole redundante • Mordida cruzada • Má oclusão dental *Obstrução do fluxo de ar durante o sono com a língua repousada na hipofaringe, bloqueando o palato e a úvula, o que pode causar turbulência do fluxo de ar, gerando roncos e pausa respiratória (apneia ou hipopneia) Patogênese A AOS se dá pelo fechamento completo ou parcial da faringe, que promove obstrução parcial ou ausência de fluxo aéreo por pelo menos 10 segundos, associada a esforço ventilatório contínuo • Obstrução parcial: Hipopneia com discreto decrescimento do fluxo aéreo através das vias aéreas superiores por pelo menos 10 segundos, associado à redução patológica da SatO2 da hemoglobina ou a um despertar abrupto do sono, tipicamente com esforço ventilatório progressivo e/ou ronco crescente o O ronco acontece com a turbulência na via aérea estreitada • Esforço respiratório: Ocorre quando as limitações no fluxo do ar e a diminuição na SaO2 não são graves a ponto de causar hipopneia, mas o esforço ventilatório progressivo acaba culminando no despertar abrupto do sono • Com a obstrução ao fluxo aéreo, tem-se a ocorrência da pressão crítica de fechamento da faringe ao final de cada evento obstrutivo, que torna a faringe mais difícil de se expandir no próximo esforço inspiratório, resultando na geração de mais esforços inspiratórios forçados contra a via aérea superior obstruída e de excursões cada vez mais negativas da pressão intratorácica (restrição a se mover), até que a faringe é expandida e, ao abrir a via aérea, o despertar acontece subsequente à reabertura da via aérea, mas, depois de várias respirações hiperpneicas, a retransição ao sono geralmente ocorre o O ciclo dos gases sanguíneos e as transições recorrentes de despertar e dormir interferem na necessidade dos controladores respiratórios de encontrar um ponto de referência durante o sono o A hipopneia ou apneia evidente seguida da hiperpneia é a marca da AOS O aumento de peso é estreitamente ligado ao desenvolvimento da AOS e à sua exacerbação em adultos, enquanto a perda de peso é associada a uma melhora na AOS • Explicações anatômicas e fisiológicas sobre o excesso de peso e a AOS o Restrição da movimentação torácica com estreitamento mecânico da via aérea superior o Aumento da complacência e estreitamento da via aérea superior o Instabilidade ventilatória o Capacidade comprometida de compensar a resistência elevada da via aérea no início do sono Ocorrência de AOS e fases do sono O estágio “leve” do sono (N1 e N2 de NREM), caracterizado por ciclos de dormir e despertar com tendência a acordar, é o mais provável de demonstrar obstruções periódicos características da AOS • Entretanto, o sono NREM profundo (N3), apesar de ter maior resistência das vias aéreas, tende à redução de despertar, regularização da respiração e escassez de eventos obstrutivos (pode acontecer parassonias) • Já no sono REM (corpo mais “desligado”), a inibição neural descendente de músculos Marianna Lopes – 6° semestre FTC Consequências da AOS A cada evento obstrutivo, a combinação de asfixia progressiva, pressão intratorácica negativa crescente e súbito despertar autonômico resulta em alterações cerebrovasculares e cardíacas agudas, incluindo aumento da pós-carga em VD e VE, redução da complacência do VE, aumento de PA pulmonar, redução do fluxo sanguíneo arterial coronariano e aumento da demanda miocárdica de oxigênio. • O despertar abrupto ao término da maioria dos eventos obstrutivos se associa à descarga simpática, levando à vasoconstrição periférica e abrupto aumento da FC e da PA sistólica e diastólica, mesmo quando o DC continua a diminuir quando a ventilação recomeça com a reabertura das vias áreas superiores o Consequentemente, a PA sistêmica é caracterizada por flutuações → Relativamente baixa na apneia → Agudamente alta ao fim do evento obstrutivo o As anomalias no ECG incluem ritmo sinusal bradicárdico durante os eventos obstrutivos e aceleração ao despertar → Além disso, no sono REM, em um momento de aumento do tônus vagal, os bloqueios sinoatrial e atrioventricular podem ser vistos o Fibrilação atrial, ectopias ventriculares e supraventriculares podem surgir na AOS o No final da apneia obstrutiva, o fluxo sanguíneo cerebral e a oxigenação estão reduzidos Apresentação clínica da síndrome • Ronco alto e crônico: Causado pela oclusão parcial do tecido mole da faringe, fazendo vibrações, principalmente quando a boca está aberta (sensação de boca seca ao acordar), e normalmente tem padrão crescente o O ronco alto sem AOS pode progredir para a AOS (princ. se ganhar peso) • Sonolência diurna excessiva (pode ser dosada por testes laboratoriais que monitoram a propensão à adormecer durante o dia ou por escalas subjetivas que avaliam a sonolência ou as reduções na qualidade de vida) o O tratamento da AOS não “cura” a sonolência, sugerindo a possibilidade de alterações neurológicas permanentes por hipoxemia crônica intermitente, apesar de que nem todos pacientes a possuem• Alterações de humor (princ. irritabilidade e depressão), assim como alterações na memória: Decorrentes da fragmentação do sono e da hipóxia • Apneias testemunhadas por terceiros • Cefaleia matinal (50%): Resulta do acúmulo de gás carbônico e da vasodilatação • Insônia e despertar noturno (podem resultar em parassonias confusionais – sonambulismo e fala durante o sono) • Sudorese noturna: Decorrente de despertares durante o sono e aumento do trabalho respiratório (sono não repousante) • Noctúria (28%): Possivelmente mediada por receptores natriuréticos atriais (pode melhorar com o tratamento da AOS) • Disfunção sexual • Refluxo gastroesofágico (74%) • Congestão nasal, rinite, sinusite crônica e alterações anatômicas na nasofaringe e craniofaciais (ex. desvio de septo, de septo, hipertrofia de cornetos nasais, palato duro alto e estreito, micrognatia e retrognatia) • “Orofaringe congestionada” (tonsilas grandes, tecido do palato mole redundante e língua grande) • Palato duro alto e estreito respiratórios acessórios pode levar a hipoventilação alveolar intensa e, por isso, causa as principais consequências da AOS o A hipoxemia intensa, causada pela combinação de eventos obstrutivos e desequilíbrio da ventilação-perfusão, é um achado característico do sono REM em pacientes com AOS o Paciente com AOS dificilmente atinge sono REM devido a suas interrupções O coração sofre com a hipóxia e também com a descarga simpática, visto que ele se nutre na diástole, então quanto mais alta a FC, menor é a nutrição, aumentando o risco de IAM Vale notar também que a hipoxia da AOS pode tentar ser compensada com estimulação da síntese de hemácias (policitemia) Marianna Lopes – 6° semestre FTC Doenças associadas • Respiração alterada do sono no adulto (SDB) o Apneia obstrutiva do sono (AOS) o Síndrome da resistência das vias aéreas do adulo (UARS) • Síndromes respiratórias do sono e insônia DIAGNÓSTICO Inicialmente, faz-se a triagem com questionários (ex. STOP-Bang, Berlim), que medem o risco para AOS e, a partir disso, solicita-se a polissonografia, o exame com poder diagnóstico capaz de identificar o ronco crescente e o esforço respiratório paradoxal toracoabdominal, para ajudar a diferenciar a hipopneia obstrutiva da não obstrutiva • Os pacientes que sofrem apenas de AOS tipicamente não hipoventilam enquanto acordados, ao contrário de pacientes com outras alterações de hipoventilação • Diagnóstico diferencial: Distúrbios associados à hipersonia (ex. sono insuficiente, higiene ao dormir deficiente, narcolepsia desordem periódica do movimento límbico e alterações no ritmo circadiano – mudanças do turno de trabalho) também devem ser levados em consideração na suspeita de AOS Polissonografia Principal método diagnóstico para os distúrbios do sono, no qual o paciente é monitorado durante toda a noite em um laboratório do sono através de ECG, eletroencefalografia (EEG), eletro-oculografia (EOG), eletromiografia da perna e do queixo e medições do esforço respiratório, fluxo aéreo, SaO2 e dióxido de carbono alveolar ou arterial (normalmente CO2 final ou transcutâneo) • A gravidade da AOS é normalmente descrita pelo índice de apneia-hipopneia (IAH), que é o número de apneias obstrutivas somado às hipopneias por hora de sono o O termo índice de distúrbios respiratórios inclui apneias e hipopneias obstrutivas e também os eventos obstrutivos que não chegam a ser ditos como hipopneia, mas, ainda assim, resultam no despertar leve que parece estar relacionado a índices anormais de dessaturação do oxigênio (reflete a hipóxia intermitente crônica) o intermitente crônica que foi cada vez mais ligada a efeitos e resultados cardiovasculares adversos • Mas também é possível diagnosticar a AOS através de estudos caseiros sem supervisão, como o monitoramento cardiorrespiratório e/ou uso de um dispositivo automático de pressão positiva para as vias aéreas superiores (PAP) autoajustável, que se ajusta, de forma contínua, ao nível de pressão positiva direcionado às vias aéreas superiores a cada respiração em resposta a mudanças de impedância nas vias aéreas superiores o Essa autotitulação permite diagnóstico imediato e tratamento do paciente com suspeita de apresentar AOS intensa o A oximetria de pulso noturno, também pode ser usada, mas como um teste de rastreio (SpO2 baixa com FC alta – sem repouso cardíaco), visto que não é capaz de detectar os despertares ou as apneias Marianna Lopes – 6° semestre FTC *De cima para baixo, EEG, EMG, EOG direito e esquerdo, ECG, SpO2, fluxo nasal, movimentação do tórax e do abdome, cateter esofágico Critérios diagnósticos Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono Sonolência diurna excessiva inexplicável por outras causas, estando presente 2 ou mais critérios • Asfixia ou respiração difícil durante o sono • Despertares noturnos recorrentes • Sensação de sono não restaurador • Fadiga diurna com dificuldade na concentração e pelo menos 5 eventos respiratórios obstrutivos/hora de sono Hipopneia obstrutiva e apneia obstrutiva • Redução de pelo menos 50% da amplitude da respiração em relação ao basal (ou cessação) • Redução da respiração e queda da SpO2 ≤ 3% ou 1 despertar • Apneia ou hipopneia ≥ 10 segundos TRATAMENTO O sucesso terapêutico se dá com a redução de 50% do índice de apneia-hipopneia (IAH), ou seja, com o reestabelecimento da respiração, que é conseguido primeiramente com medidas comportamentais e de higiene do sono • Medidas comportamentais e de higiene do sono (tratamento inicial) o Perda ponderal o Evitar deprivação do sono, álcool, nicotina e sedativos o Postura (evitar posição supina) o Tratamento de comorbidades (hipotireoidismo) • Tratamento adjunto o CPAP: Máquina nasal ou orofacial, que aplica uma coluna de pressão positiva de ar para manter a abertura das vias aéreas o Moldafinil 200 a 400mg/dia (após otimização do CPAP) é usado para sonolência diurna excessiva (narcolepsia) Pressão positiva nas vias aéreas (terapia mecânica) A PAP é 1ª linha no tratamento atual da AOS e diminui consistentemente o IAH, a dessaturação do oxigênio e a PA, tanto diurna como noturna, além de melhorar a eficácia do sono, a sonolência diurna e a qualidade de vida por um custo razoável, em comparação aos aparelhos orais ou ausência de tratamento, principalmente nos pacientes com um IAH acima de 30/hora • Na AOS menos graves, a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é geralmente recomendada na dessaturação proeminente do oxigênio, sonolência diurna ou doença respiratória, cardiovascular ou cerebrovascular concomitante, uma vez que o CPAP melhora a função cognitiva e a função do VE nos pacientes com IC, e reduz o risco de acidentes em veículos motorizados o A 1ª noite de CPAP, em geral, apresenta “rebote” do sono NREM e REM, associado à melhora das flutuações agudas na FC e PA, e, com o uso crônico, vê-se melhora da sonolência diurna e da vigília, redução da PA diurna e noturna e do nível de catecolaminas, e melhora da fração de ejeção de VE e da função diastólica o Pode haver também a apneia complexa do sono, isto é, apneias centrais durante a titulação do CPAP o Apesar de que a AOS retorna quando o CPAP é removido e, portanto, ele deve ser usado todas as noites durante o sono • Em alguns casos, o PAP de 2 níveis (BIPAP), que é uma aplicação de pressão mais ventilatória (a pressão inspiratória é maior que a expiratória), pode ser útil após a determinação do nível de pressão positiva Marianna Lopes – 6° semestre FTC expiratória necessário para impedir o fechamento da via aérea durante a expiração o O BIPAP também pode ter FR de suporte, similar ao modo de ventilação assist/control o O BIPAP deveser indicado em portadores de síndromes hipoventilatórias que se sobrepõem à AOS (ex. obesos que continuam a ter hipoventilação ou alteração ventilação-perfusão com hipoxemia apesar do CPAP) o Mas, para a maioria dos pacientes que iniciam o tratamento, não há dado que mostra resultados aprimorados ou eficácia de custo do BIPAP em comparação ao CPAP, mesmo quando usado como terapia secundária quando o CPAP não tem sucesso Oxigênio (terapia mecânica) O oxigênio suplementar sozinho não deve ser usado como tratamento de 1ª linha para suspeita ou comprovação de AOS sem monitoramento noturno, pois, apesar de melhorar a hipoxemia e a qualidade do sono, pode prolongar as apneias, causar a exacerbação paradoxal da SaO2 e deixar de melhorar a fragmentação do sono, visto que irá mascarar os episódios obstrutivos • Quando a SaO2 do sono permanecer baixa (dessaturação), apesar dos níveis de CPAP ou BIPAP ideais em outros aspectos, o oxigênio pode ser adicionado diretamente à máscara, a um adaptador perto da máscara ou abaixo da máscara através de cânulas nasais o Taxas mais altas de fluxo do oxigênio podem ser necessárias à medida que os níveis de PAP aumentam, particularmente se o BIPAP for utilizado Aparelhos orais (terapia mecânica) Geralmente na forma de dispositivos de avanço mandibular ajustados por um dentista, melhoram os sintomas nos pacientes com AOS branda a moderada, principalmente na AOS predominantemente supina • Esses aparelhos geralmente são menos eficientes que o CPAP para melhorar o IHA e a dessaturação do oxigênio durante o sono, sendo recomendados apenas para pacientes com AOS branda ou moderada que não se beneficiam com o CPAP ou que os preferem Outras medidas • Posicionamento durante o sono: Beneficia pacientes com AOS predominantemente na posição supina, embora esse posicionamento não pareça tão efetivo quanto o CPAP na redução do IHA • Terapia nasal: O tratamento da congestão nasal crônica e inflamação com esteroides nasais, lavagens com solução salina e regime de descongestionantes/anti-histamínicos sistêmicos podem melhorar a AOS em muitos casos • Perda de peso: Essencial para melhorar o distúrbio respiratório e as alterações metabólicas e cardiovasculares associadas à AOS • Doenças associadas: A exemplo de DM e IC, é importante tratar outras doenças associadas, além do tratamento da AOS propriamente dita Cirurgia • Traqueostomia: Técnica que ultrapassa o local da obstrução da via aérea, conseguindo diminuir a morbimortalidade e melhorar as anormalidades gasosas na AOS, mas dificultar a fala (mais resolutivo, mas mais controverso) o Reservada apenas para casos mais graves e pacientes cuja síndrome concomitante de hipoventilação não responde a formas não invasivas de PAP (último caso) • Uulopalatofaringoplastia: Técnica de redução volumétrica de tecido do palato ou da língua (ou de ambos) por radiofrequência ou laser não são recomendados como terapias de primeira linha para tratar os pacientes de AOS sintomático o Sem evidência de melhora Tratamento medicamentoso Hoje, não há terapia aceitavelmente eficaz para a AOS e estimulantes respiratórios (ex. acetazolamida, medroxiprogesterona) não provam ser efetivos em pacientes com PaCO2 normal Marianna Lopes – 6° semestre FTC • Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ex. fluoxetina, paroxetina) se associam à redução do IAH durante o sono NREM, mas não no sono REM em um pequeno número de pacientes • Antidepressivos tricíclicos mostram ser útil predominantemente na AOS durante o REM, por diminuírem o volume de sono REM, porém efeitos colaterais postergam seu uso • Benzodiazepínicos podem piorar a AOS (relaxamento) • Terapia de reposição hormonal pode melhorar o distúrbio em mulheres pós- menopausa PROGNÓSTICO Os estudos na população apontam risco elevado de mortalidade por todas as causas, cerebrovascular e coronariana nos pacientes com AOS grave não tratadas e com o IAH de 30 ou mais por hora, independentemente de outros fatores de risco importantes • Quando o CPAP é prescrito para pacientes com AOS grave, o índice de sobrevivência em 5 anos é significativamente mais alto caso haja boa adesão de CPAP (> 6 horas/dia) do que naqueles com adesão ruim • Como outros pacientes com distúrbios do sono, os portadores de AOS apresentam maior risco de morbidez e mortalidade em acidentes em veículos, em comparação aos motoristas que não sofrem de AOS
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