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CÂMARA DOS DEPUTADOS Centro de Documentação e Informação LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014 Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º As disposições desta Lei regem as ações e serviços de assistência farmacêutica executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Art. 2º Entende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e de serviços que visem a assegurar a assistência terapêutica integral e a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e privados que desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional. Art. 3º Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como: I - farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; II - farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Art. 4º É responsabilidade do poder público assegurar a assistência farmacêutica, segundo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, de universalidade, equidade e integralidade. CAPÍTULO II DAS ATIVIDADES FARMACÊUTICAS Art. 5º No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei. CAPÍTULO III DOS ESTABELECIMENTOS FARMACÊUTICOS Seção I Das Farmácias Art. 6º Para o funcionamento das farmácias de qualquer natureza, exigem-se a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além das seguintes condições: I - ter a presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento; II - ter localização conveniente, sob o aspecto sanitário; III - dispor de equipamentos necessários à conservação adequada de imunobiológicos; IV - contar com equipamentos e acessórios que satisfaçam aos requisitos técnicos estabelecidos pela vigilância sanitária. Art. 7º Poderão as farmácias de qualquer natureza dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o perfil epidemiológico de sua região demográfica. Art. 8º A farmácia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se exclusivamente ao atendimento de seus usuários. Parágrafo único. Aplicam-se às farmácias a que se refere o caput as mesmas exigências legais previstas para as farmácias não privativas no que concerne a instalações, equipamentos, direção e desempenho técnico de farmacêuticos, assim como ao registro em Conselho Regional de Farmácia. Art. 9º (VETADO). Seção II Das Responsabilidades Art. 10. O farmacêutico e o proprietário dos estabelecimentos farmacêuticos agirão sempre solidariamente, realizando todos os esforços para promover o uso racional de medicamentos. Art. 11. O proprietário da farmácia não poderá desautorizar ou desconsiderar as orientações técnicas emitidas pelo farmacêutico. Parágrafo único. É responsabilidade do estabelecimento farmacêutico fornecer condições adequadas ao perfeito desenvolvimento das atividades profissionais do farmacêutico. Art. 12. Ocorrendo a baixa do profissional farmacêutico, obrigam-se os estabelecimentos à contratação de novo farmacêutico, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, atendido o disposto nas Leis nºs 5.991, de 17 de dezembro de 1973, e 6.437, de 20 de agosto de 1977. Art. 13. Obriga-se o farmacêutico, no exercício de suas atividades, a: I - notificar os profissionais de saúde e os órgãos sanitários competentes, bem como o laboratório industrial, dos efeitos colaterais, das reações adversas, das intoxicações, voluntárias ou não, e da farmacodependência observados e registrados na prática da farmacovigilância; II - organizar e manter cadastro atualizado com dados técnico- científicos das drogas, fármacos e medicamentos disponíveis na farmácia; III - proceder ao acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, internados ou não, em estabelecimentos hospitalares ou ambulatoriais, de natureza pública ou privada; IV - estabelecer protocolos de vigilância farmacológica de medicamentos, produtos farmacêuticos e correlatos, visando a assegurar o seu uso racionalizado, a sua segurança e a sua eficácia terapêutica; V - estabelecer o perfil farmacoterapêutico no acompanhamento sistemático do paciente, mediante elaboração, preenchimento e interpretação de fichas farmacoterapêuticas; VI - prestar orientação farmacêutica, com vistas a esclarecer ao paciente a relação benefício e risco, a conservação e a utilização de fármacos e medicamentos inerentes à terapia, bem como as suas interações medicamentosas e a importância do seu correto manuseio. Art. 14. Cabe ao farmacêutico, na dispensação de medicamentos, visando a garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, observar os aspectos técnicos e legais do receituário. CAPÍTULO IV DA FISCALIZAÇÃO Art. 15. (VETADO). Art. 16. É vedado ao fiscal farmacêutico exercer outras atividades profissionais de farmacêutico, ser responsável técnico ou proprietário ou participar da sociedade em estabelecimentos farmacêuticos. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 17. (VETADO). Art. 18. (VETADO). Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e 126º da República. DILMA ROUSSEFF Guido Mantega Manoel Dias Arthur Chioro Miriam Belchior Guilherme Afif Domingos Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 197, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2017 (Publicada no DOU nº 248, de 28 de dezembro de 2017) Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 12 dezembro de 2017, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação. CAPÍTULO I Das disposições iniciais Seção I Do objetivo Art. 1º Esta Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços que realizam a atividade de vacinação humana. Seção II Da abrangência Art. 2º Esta Resolução se aplica a todos os serviços que realizam a atividade de vacinação no país, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares. Seção III Das definições Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:I- alvará de licenciamento ou equivalente: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para a prestação do serviço sob regime de vigilância sanitária; Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. II- ambiente: espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas, podendo constituir-se de uma sala ou de uma área; III- área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces; IV- campanha de Vacinação Pública: constitui estratégia de vacinação de um determinado número de pessoas em curto espaço de tempo, com o objetivo do controle de uma doença de forma intensiva ou a ampliação das coberturas vacinais para complementação do trabalho da rotina, promovida por órgãos públicos de saúde; V- Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP): documento reconhecido internacionalmente, que comprova a realização de vacinação ou profilaxia. VI- erro de Vacinação: qualquer evento evitável que pode levar ao uso inapropriado de vacinas ou causar dano a um paciente. Pode estar relacionado à prática profissional e procedimentos, com possibilidade de acontecer se as normas e técnicas não forem cumpridas; VII- Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV): Qualquer ocorrência após à aplicação da vacina e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o produto; VIII- profissional legalmente habilitado: profissional com formação superior ou técnica com suas competências atribuídas por lei; IX- responsável Legal ou Representante Legal: Pessoa física investida de poderes legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica; X- responsável Técnico (RT): Profissional legalmente habilitado, formalmente designado pelo Responsável Legal para manter as rotinas e os procedimentos de um serviço; XI- sala de Vacinação: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e pelo menos uma porta, destinada à administração das vacinas; XII- vacinação Extramuros de Serviços Privados: atividade vinculada a um serviço de vacinação licenciado, que ocorre de forma esporádica, isto é, através de sazonalidade ou programa de saúde ocupacional, praticada fora do estabelecimento, destinada a uma população específica em um ambiente determinado e autorizada pelos órgãos sanitários competentes das secretarias estaduais ou municipais de saúde; XIII- vacinas: medicamentos imunobiológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas que, quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a severidade ou combater a(s) doença(s) causada(s) pelo agente que originou o(s) antígeno(s). Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. CAPÍTULO II Dos requisitos para o funcionamento do serviço de vacinação Seção I Das condições organizacionais Art. 4º O estabelecimento que realiza o serviço de vacinação deve estar devidamente licenciado para esta atividade pela autoridade sanitária competente. Art. 5º O estabelecimento que realiza serviço de vacinação deve estar inscrito e manter seus dados atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. Art. 6º O estabelecimento que realiza serviço de vacinação deve afixar, em local visível ao usuário, o Calendário Nacional de Vacinação do SUS, com a indicação das vacinas disponibilizadas neste calendário. Seção II Dos recursos humanos Art. 7º O estabelecimento que realiza o serviço de vacinação deve ter um Responsável Técnico e um substituto. Art. 8º O serviço de vacinação deve contar com profissional legalmente habilitado para desenvolver as atividades de vacinação durante todo o período em que o serviço for oferecido. Art. 9º Os profissionais envolvidos nos processos de vacinação devem ser periodicamente capacitados pelo serviço nos seguintes temas relacionados à vacina: I- conceitos básicos de vacinação; II– conservação, armazenamento e transporte; III- preparo e administração segura; IV- gerenciamento de resíduos; V- registros relacionados à vacinação; VI- processo para investigação e notificação de eventos adversos pós-vacinação e erros de vacinação; Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. VII- Calendário Nacional de Vacinação do SUS vigente; VIII- a higienização das mãos; e IX- conduta a ser adotada frente às possíveis intercorrências relacionadas à vacinação. Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas contendo data, horário, carga horária, conteúdo ministrado, nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos profissionais envolvidos nos processos de vacinação. Seção III Da infraestrutura Art. 10 O estabelecimento que realiza o serviço de vacinação deve dispor de instalações físicas adequadas para as atividades de vacinação de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002, ou regulamentação que venha a substituí-la, e devendo ser dotado, no mínimo, dos seguintes itens obrigatórios: I- área de recepção dimensionada de acordo com a demanda e separada da sala de vacinação; II- sanitário; e III- sala de vacinação, que deve conter, no mínimo: a) pia de lavagem; b) bancada; c) mesa; d) cadeira; e) caixa térmica de fácil higienização; f) equipamento de refrigeração exclusivo para guarda e conservação de vacinas, com termômetro de momento com máxima e mínima; g) local para a guarda dos materiais para administração das vacinas; h) recipientes para descarte de materiais perfurocortantes e de resíduos biológicos; Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. i) maca; e j) termômetro de momento, com máxima e mínima, com cabos extensores para as caixas térmicas. § 1º Em situações de urgência, emergência e em caso de necessidade, a aplicação de vacinas pode ser realizada no ponto de assistência ao paciente. § 2º O equipamento de refrigeração para guarda e conservação de vacinas deve estar regularizado perante a Anvisa. Seção IV Do gerenciamento de tecnologias e dos processos Art. 11 O serviço de vacinação deve realizar o gerenciamento de suas tecnologias e processos conforme as atividades desenvolvidas e que contemple, minimamente: I- meios eficazes para o armazenamento das vacinas, garantindo sua conservação, eficácia e segurança, mesmo diante de falha no fornecimento de energia elétrica; II- registro diário da temperatura máxima e da temperatura mínima dos equipamentos destinados à conservação das vacinas, utilizando-se de instrumentos devidamente calibrados que possibilitem monitoramento contínuo da temperatura; III- utilização somente de vacinas registradas ou autorizadas pela Anvisa; e IV- demais requisitos da gestão de tecnologias e processos conforme normas sanitárias aplicáveis aos serviços de saúde. Art. 12 O serviço de vacinação deve adotar procedimentos para preservar a qualidade e a integridade das vacinas quando houver necessidade de transportá-las. § 1º As vacinas deverão ser transportadas em caixas térmicas que mantenham as condições de conservação indicadas pelo fabricante. § 2º A temperatura ao longo de todo o transporte deve ser monitorada com o registro das temperaturas mínima e máxima. Art. 13 Os serviços de vacinação devem garantir atendimento imediato às possíveis intercorrências relacionadas à vacinação. Parágrafo único. O serviço de vacinação deve garantir o encaminhamento aoserviço de maior complexidade para a continuidade da atenção, caso necessário. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Art. 14 A administração de vacinas em estabelecimentos privados e que não estejam contempladas no Calendário Nacional de Vacinação do SUS somente serão realizadas mediante prescrição médica. Parágrafo único. A dispensação deve necessariamente estar vinculada a administração da vacina. Seção V Dos Registros e Notificações das Vacinações Art. 15 Compete aos serviços de vacinação: I- registrar as informações referentes às vacinas aplicadas no cartão de vacinação e no sistema de informação definido pelo Ministério da Saúde; II- manter prontuário individual, com registro de todas as vacinas aplicadas, acessível aos usuários e autoridades sanitárias; III- manter no serviço, acessíveis à autoridade sanitária, documentos que comprovem a origem das vacinas utilizadas; IV- notificar a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) conforme determinações do Ministério da Saúde; V- notificar a ocorrência de erros de vacinação no sistema de notificação da Anvisa; e VI- investigar incidentes e falhas em seus processos que podem ter contribuído para a ocorrência de erros de vacinação. Art. 16 – No cartão de vacinação deverão constar, de forma legível, no mínimo as seguintes informações: I- dados do vacinado (nome completo, documento de identificação, data de nascimento); II- nome da vacina; III- dose aplicada; IV- data da vacinação; V- número do lote da vacina; VI- nome do fabricante; Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. VII- identificação do estabelecimento; VIII- identificação do vacinador; e IX- data da próxima dose, quando aplicável. Seção VI Da realização de Vacinação Extramuros por Serviços Privados Art. 17 Os serviços de vacinação privados podem realizar vacinação extramuros mediante autorização da autoridade sanitária competente. § 1º A atividade de vacinação extramuros deve observar todas as diretrizes desta Resolução relacionadas aos recursos humanos, ao gerenciamento de tecnologias e processos, e aos registros e notificações. § 2º A atividade de vacinação extramuros deve ser realizada somente por estabelecimento de vacinação licenciado. Seção VI Da Emissão de Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) Art 18 O serviço de vacinação poderá emitir o CIVP. Parágrafo único. O serviço de vacinação deverá ser credenciado pela Anvisa para a emissão do CIVP. Art. 19 A emissão do CIVP deverá seguir os padrões definidos pela ANVISA. § 1º A emissão do CIVP deverá ser realizada de forma gratuita. § 2º A emissão do CIVP deverá ser registrada em sistema de informação estabelecido pela ANVISA. CAPÍTULO III Das Disposições Finais ou Transitórias Art. 20 As vacinações realizadas pelos serviços de vacinação serão consideradas válidas para fins legais em todo o território nacional. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Art. 21 O descumprimento das disposições contidas nesta resolução e no regulamento por ela aprovado constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. Art. 22 Os serviços de vacinação que se encontram, no momento da publicação desta Resolução da Diretoria Colegiada, com licença vigente para esta atividade terão o prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da data de publicação desta Resolução, para promover as adequações necessárias para o cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta norma. Parágrafo único. O prazo para adequação ao requisito disposto no § 2º, art. 10 será de 02 (dois anos), contados a partir da data de publicação desta Resolução. Art. 23 Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação. JARBAS BARBOSA DA SILVA JR. Agência Na cional de V igilância S anitária | í -__ 0- NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES No 01/2018 N Perguntas e Respostas - RDC 197/2017 (serviços de vacinação) Gerência de Regulamentação e Controle Sanitário em Serviços de Saúde Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília, 19 de fevereiro de 2018 2 "> NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES/ANVISA No 01/2018 Agência Na cional de V igilância S anitária Diretor-Pres idente Jarbas Barb osa da Silv a Junior Chefe de Gab inete Leonardo Ba tista Paiva Diretores Alessandra Bastos Soare s Fernando Me ndes Garcia Neto Renato Alencar Porto William Dib Adjuntos de Diretor Pedro Ivo Se bba Ramalh o Meiruze Sous a Freitas Bruno de Ara újo Rios Ricardo Eug ênio Marian i Burdeles Gerência G eral de Tec nologia em Serviços de Saúde - GG TES Diogo Penh a Soares Gerência d e Regulame ntação e Co ntrole Sani tário em Se rviços de S aúde- GRECS/GGT ES André Olivei ra Rezende de Souza Equipe Téc nica GREC S/GGTES André Phili ppe Bacelar Ferreira Gom es Benefran Ju nio da Silva Bezerra Daniela Pina Marques Tom azini Eduardo And ré Viana Alv es João Henriq ue Campos de Souza Marcelo Cav alcante de O liveira Paulo Affon so Bezerra d e Almeida G aleão Rafael Fern andes Barro s Tatiana de Al meida Jube Elaboraç ão Bernardo Lu iz Moraes Mo reira Rafael Ferna ndes Barros Tatiana de Al meida Jube NOTA TÉCNIC A GRECS/GGT ES/ANVISA N o 01/2018 1. 2. 3. 4. Sumário ODJGRVO pe veses sse essere versos ve s series ears eee deres 4 ESCODO sere assess esse esses recesso esse sans se ee rene risers4 6 RESPDOSAS eses scene seres pas saco s rsss dorso erase pe rdere dese presa s serras 5 3.1. Objetivo e .. ese esse sere re se: ves paver ece verre ree bern errs enne rre re eer renner crn re e® 5 3.2. DEfiNIGOES $ ...s nere 5 3.3. CONdIÇõe S eae eas c ava ae ese ese peer eve nono ea raro sra nr o near sand err nee ren 5 3.4. RECUISOS HUMANOS ases asa esas aerea nese paraa sa senao see sardas reveses re ses res erre serr a re 7 3.5. eee ee ces esa ces araras ceara re ases aaa cas parecidas da sra es a essas en eran espessa ser e pr sere re nese res te rear rare to 9 3.6. Do Geren ciamento de T ecnologias é d os PFOCESSOS eee eee rene eae ere era ere errar ser eras rea err 12 3.7. Dos Regis tros e Notific ações das Vaci naçes s esc aeee erre render rr rene 13 3.8. Da Realiz ação de Vacin ação Extramu ros por SEIVÍ ÇOS . ui aee ee eve ere ase erra re var era severe e re ea 14 3.9. Disposiçõ es Finais ou TF ANSICÓTIAS seise rees eses ee caves ar eva sae veras e sae res va vaso rasas nee se rre nese ee 15 tee ne o 16 NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES/ ANVISA No 01/ 2018 1. Objetiv o A Resoluçã o RDC 197, de 26 de d ezembro de 2017, foi pu blicada no Diário Oficial da União de 28 de dez embro de 2017. A R esolução d ispõe sobr e os requisitos m ínimos par a o funcion amento dos serviços de vacinação h umana. Est e documento tem o obje tivo de esc larecer div ersos ponto s da norma , facilitand o a atuação do s órgãos d e Vigilância Sanitária e a interpret ação dos di spositivos p elo setor regul ado e usuár ios do serv iço de vacin ação. 2. Escopo Este docum ento se apl ica ao cump rimento da RDC 197/2 017, durant e o seu período de v igência. Ressalta-se que a Reso lução se a plica a tod os os servi ços de vaci nação humana. NOTA TECNIC A GRECS/GGT ES/ANVISA N o 01/2018 Perguntas e Resposta s 3.1. Objetiv o e Abrangê ncia Qual é a ab rangência d a RDC 197 /2017? R: Confor me artigo 1o, esta re solução te m por obje tivo estabe lecer os requisitos m ínimos para o funcion amento dos serviços qu e realizam a atividade de vacinação, sejam eles públicos, pr ivados, fila ntrópicos, ci vis ou milit ares. Quand o a norma se re fere a funci onamento ab range as dif erentes açõe s de vigilân cia sanitária , tais como: licenciamen to, fiscaliz ação e cont role, ou se ja, todas a s atividade s inerentes ao c ampo da vigil ância sanitária . 3.2, Definições A sala de v acinação é identificada pelo termo "sala de imu nização" co nstante na RDC n. 50 de 2002? R: Sim. Uma vez que a R esolução or a publicada trata apenas dos serviços de vacinação, o ptou-se pela utilização do termo "sala de vacinaçã o" a fim de manter a coerência d a norma. As sim, entend e-se que a sala de vaci nação está sim abarcad a pelo conceito "sala de imun ização". 3.3. Condiçõ es organiza cionais 3.3.1. Essa norma se ap lica apenas no licenciam ento e fisca lização de n ovos serviços? R: Não. Est a norma de ve ser cump rida por to dos os esta belecimento s que realizam ou p retendem rea lizar o serviç o de vacinaçã o. NOTA TECNICA GRECS/GGTES/ ANVISA N° 01/ 2018 3.3.2. Cabe à Anvisa o l icenciamento desses serv iços de vaci nação? R: Não. A a tividade de licenciament o sanitário é de competên cia dos órg ãos de vigilânci a sanitária distrital, est adual ou mu nicipal, a depender d a pactuação locorregional. 3.3.3. A Anvi sa autorizou a vacinação em farmácia ? R: A Anvi sa apenas regulamento u o que foi determi nado pela Lei 13.021/2014 , que possibi lita que as f armácias di sponham de vacinas que atendam o perfil epidem iológico de sua região d emográfica. Contudo, é importante c onsiderar que esta re solução se aplica a tod os os estab elecimentos que ofereç am o serviço de vacinação. 3.3.4. Somen te a vigilâ ncia sanitár ia pode au torizar o f uncionament o de serviços de vacinação? R: Ressalt amos prime iramente q ue a vigil ância sanitá ria é o ó rgão competente para licenci ar as ativid ades de ser viços de sa úde, incluin do-se, assim , os serviços de vacinação . Apesar da Anvisa não poder atribui r competênc ias para as vigilâncias epidemiológi cas, consi deramos qu e a vigilânc ia destes s erviços dev e contar tanto com vigilânc ia epidemiol ógica quanto vigilância sa nitária (ado tando uma estratégia d e vigilância em saúde), por envolve r uma ques tão de saú de pública (entendido c omo uma aç ão de preve nção do cole tivo) e, port anto, cobert ura vacinal. É important e notar que ainda não há uma un idade de e struturação das vigilâncias e nvolvidas. E xemplo: há secretárias q ue se estrut uram em est ratégias de vigilância em saúde e outr as, de vigilân cia sanitária e epidemiológ ica. NOTA TÉCNIC A GRECS/GGT ES/ANVISA N o 01/2018 3.4. Recursos Humanos 3.4.1. Quem é o principal r esponsável pe la aplicação d a resolução? R: O Respons ável Legal é a pessoa fís ica investida de poderes l egais para praticar atos em nome da pessoa jurídi ca e, portanto , é o principa l responsável por observar e cu mprir as dispo sições estabe lecidas pela n orma de vacin ação. 3.4.2. Quem pode ser o Re sponsável Té cnico pelo ser viço de vacin ação? R: O Respons ável Técnico é o profission al legalment e habilitado, formalmente designado pe lo responsáv el legal para manter as ro tinas e os pr ocedimentos do serviço. A habi litação é dada pelos conselho s profissionais ou por lei. 3.4.3. O Res ponsável Téc nico do esta belecimento de saúde po de ser o mesmo do servi ço de vacinação ? R: Sim, desd e que ele se ja habilitado para ambas as funções e designado formalmente p elo responsáve l legal do esta belecimento de saúde. 3.4.4. O Respo nsável Técnico deve ter um sub stituto? R: Em caso d e ausência le gal do Respon sável Técnic o (férias, lice nças, etc.), faz-se necess ária a atuaçã o do Respons ável Técnico substituto. 3.4.5. Soment e o Responsáv el Técnico po de aplicar a va cina? R: Não. Qua lquer profis sional legalm ente habilita do para esta prática pode realizar a ativid ade de vacinação . NOTA TÉCNICA GR ECS/GGTES/ANVI SA No 01/2018 3.4.6. O Resp onsável Técn ico deve esta r presente du rante todo o p eríodo de funcionament o do serviço de vacinação ? R: A RDC 1 97/2017 não traz essa exi gência, contu do se outras normas disciplinarem sobre o tema, devem ser cu mpridas. Um exemplo é a Lei 13.021 de 2014, que dis põe sobre o ex ercício e a fi scalização das atividades far macêuticas e estabelece em seus artigos 2 4 e 25 que o farmacêutico é o Responsáv el Técnico da farmácia e de ve estar prese nte neste est abelecimento durante todo o seu período de funcionamento. 3.4.7. O Resp onsável Técn ico pelo serv iço de vacin ação necessa riamente deve ser um pr ofissional de n ível superior. R: Sim. Somen te profissiona is de nível su perior legalm ente habilitad os podem figurar como Responsável Técnico, pois não precisam ser supervisi onados por ou tro profissional, c omo ocorre pa ra um profissi onal de nível m édio. 3.4.8. A capac itação deve s er ministrada pelo próprio s erviço? R: A capacita ção deve ser promovida pe lo serviço, ma s não necess ariamente executada pel o mesmo. Isto é, o serviço n ão precisa min istrar o trein amento, mas deve oferecê- lo. 3.4.9. No que consiste a cap acitação acer ca da conduta a ser adotada frente às possíveis in tercorrências r elacionadas à vacinação? R: Conforme artigo 13, o serviço deve garantir o at endimento im ediato às possíveis inte rcorrências re lacionadas à vacinação sej a in loco, com procedimento s clínicos e estr utura (incluin do materiais, e quipamentos, capacitação p rofissional pa ra intervenções) necessários para realizaç ão deste prim eiro atendime nto, ou atrav és de um plano de contingência que contempl e um serviço de remoção e um serviço de saúde de ref erência para cumprir este requisito. O s erviço deve, portanto, conf erir a respectiva cap acitação a de pender da est ratégia adota da pelo mesm o. NOTA TÉCNICA G RECS/GGTES/AN VISA No 01/201 8 3.4.10. O ser viço de saúde é o responsáv el por ministr ar o treiname nto aos funcionários qu e realizam o se rviço de vacin ação? R: A capacita ção deve ser promovida pel o serviço, mas não necessar iamente executada pe lo mesmo. Is to é, o serviç o não precisa ministrar o tr einamento, ma s deve oferecê-lo. 3.4.11. O ser viço de vaci nação deve m anter Manua l de Boas P ráticas e Procedimentos Operacionais P adrão (POP) d isponíveis aos seus funcionár ios? R: Conforme disposto no inciso IV do artigo 11 da RDC 197/201 7 os requisitos da g estão de tecn ologias e proc essos da RDC no 63, de 25 d e novembro de 2011 (que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práti cas de Funcio namento para os Serviços d e Saúde), dev em ser aplica dos complemen tarmente. O artigo 51 da RDC 63/2011 estabelece q ue o serviço de saúde de ve dispor de normas, procedimento s e rotinas té cnicas escrita s e atualizada s, de todos o s seus proces sos de trabalho em local de fácil ac esso a toda a eq uipe. 3.5. Infraestrut ura 3.5.1. É obrigat ório sistema de climatização na sala de vaci nação? R: A RDC n. 50 de 2002 n ão determina um sistema d e climatização para a sala de vacin ação. Contud o, é import ante consider ar que o serviço deve ter condições ad equadas de ventilação pa ra realização do serviço e cuidados com saúde do traba lhador. NOTA TÉCNICA GR ECS/GGTES/ANVI SA No 01/2018 3.5.2. A área de recepção do serviço po de estar dent ro da sala de vacinação? R: Não. Co nforme des crito no ar tigo 10 da RDC 197/2 017, a áre a de recepção dev e ser dimens ionada de ac ordo com a d emanda e se parada da sa la de vacinação. 3.5.3. A ati vidade de v acinação po de ser real izada pelas farmácias no ambiente de stinado à re alização de serviços far macéuticosp revisto na R DC Anvisa no 44/2009? R: Primeiram ente esclar ecemos que a lei 13.021 /2014 possibi litou que as farmácias di sponham de vacinas que atendam o p erfil epidemio lógico de su a região demográfica. Portanto foi esta lei que permitiu pel a primeira v ez que est es estabelecime ntos realiz assem a ativ idade de vac inação. Esclarecemo s que no co ntexto das f armácias e d rogarias, a RDC 44/200 9 prevê um am biente de se rviços farmac êuticos. É i mportante re ssaltar que a RDC 44/2009 foi construída e m um conte xto anterior à publicação da lei 13.02 1/2014. Assim, não f oi possível à RDC 44/200 9 mencionar a atividade d e vacinação para farmácias, u ma vez que f oi publicada anteriorment e à lei 13.02 1/2014. Dito isto, in formamos qu e a RDC 19 7/2017 estip ula itens obr igatorios que devem const ar na sala de vacinação e ainda faz rem issão à RDC 50/2002 quan to à requisitos de estrutura físi ca a serem o bservadas pa ra este ambie nte. Assim, para o caso especí fico de fa rmácias, as atividades d e vacinação e de servi ços farmacêutico s podem se r realizadas no mesmo ambiente de sde que ob servadas cumulativame nte as exig ências sanit árias para o desenvolvime nto seguro de cada atividade, tra zidos pela R DC 44/2009, RDC 197/20 17 e RDC 50 /2002. 3.5.4. Os se rviços de v acinação de farmácias e drogarias lo calizadas no interior de ga lerias de sho ppings e sup ermercados precisam pos suir sanitári o? R: Não. As farmácias e drogarias lo calizadas no interior de g alerias de shoppings e supermer cados pod em comparti lhar as ár eas comuns destes estabelecime ntos destinad as para sanitá rio, conforme descrito na R DC n. 44/200 9. NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES/ ANVISA No 01/ 2018 10 3.5.5. A sala d e vacinação d eve ter lavató rio? R: a sala de vacinação de ve contar, no mínimo, com uma pia de l avagem. A pia de lavag em é destina da preferenc ialmente a la vagem de ute nsílios, pode ndo ser também usada para lavagem das mãos. 3.5.6. O servi ço de vacinaç ão deve possu ir um gerado r? R: O inciso | do artigo 1 0 determina que o servi ço que reali za a vacina ção tenha meios eficazes par a o armazen amento das v acinas, mes mo diante de falha no forneciment o de energi a elétrica. A ssim, o ger ador se reve la uma alte rnativa para atendimento a este inciso , mas cabe a o serviço dec idir sobre o meio adequa do bem como compr ovar a sua e ficácia. Impo rtante consi derar que o serviço deve possuir um plano d e contingên cia para si tuações de falta de ene rgia elétrica , de forma a assegurar as condições de armazenamen to das vacina s. 3.5.7. O refr igerador para armazename nto de vaci nas deve ser regularizado na Anvisa? R: Sim. Os refrigeradore s utilizados para armaze namento de vacinas enquadram-s e na classe de risco | c onforme disp osições da R esolução RD C 185/2001 e estão sujeito s a cadastro conforme di sposições da Resolução R DC 40/2015. Con tudo, a obri gatoriedade d e que os se rviços de va cinação some nte utilizem refr igeradores re gularizados na Anvisa e ntrará em v igência em 28 de dezembro de 2019. 3.5.8. O que é o ponto de assistência d e que trata a norma? R: Conforme RDC n. 42/2 010, ponto d e assistência e tratamento é o local onde ocorre m simultanea mente as pre senças do pa ciente e do p rofissional de saúde e a prestaçã o da assistên cia ou tratam ento, envolv endo o contat o com o paci ente. NOTA TECNICA G RECS/GGTES/AN VISA No 01/201 8 11 3.6. Do Gere nciamento de Tecnolog ias e dos Pr ocessos 3.6.1. O ser viço de vac inação deve ter procedim entos escrit os de suas rotinas? R: Sim. Conf orme já estab elecido no ar t. 51 da RDC 63 de 2011, o serviço de saúde deve dispor de "normas, pro cedimentos e rotinas t écnicas escr itas e atualizadas, de todos os seus process os de trabalh o em local de fácil acesso a toda a equipe. 3.6.2. Como o serviço irá garantir o at endimento às intercorrênci as? R: O serv iço deve garantir "o atendimento imediato às possíveis intercorrênci as relaciona das à vacina ção seja in l oco, com pro cedimentos clínicos e estrutura ( incluindo ma teriais, eq uipamentos, capacitação profissional para intervenções) necessários para realizaç ão deste prim eiro atendime nto, ou atrav és de um plano de contingência que contemp le um servi ço de remoç ão e um ser viço de saúde de re ferência par a cumprir es te requisito. 3.6.3. Porqu e as vacinas constantes n o calendário oficial de va cinação não precisam de prescrição m édica? R: As vacina s que const am no calend ário oficial d o Programa Nacional de Imunização ( PNI) fazem p arte de uma política de sa úde pública. Os protocolo s de vacinação do PNI, indissoc iáveis do cale ndário, são i nstituídos por meio de porta ria ministerial qu e subsidiam esta prática de saúde pú blica. Ademai s, a exigênc ia de prescrição mé dica para vac inas não cons tantes no cal endário oficial de vacinação já era prevista n a Portaria Con junta ANVIS A/FUNASA n. 01/2000. A utilização dos imunobio lógicos espe ciais disponi bilizados nos Centros de Referência p ara Imunobio lógicos Espe ciais (CRIEs ) devem seg uir o que e stá disciplinado pelo Ministér io da Saúde. De acordo c om a 4a ediç ão do "Manua l! dos Centros de Referência p ara Imunobio lógicos Espe ciais", para fazer uso d esses NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES/ ANVISA No 01/ 2018 12 imunobiológi cos é necess ário apresen tar a prescr ição com ind icação médic a e um relatório clíni co. 3.7. Dos Regis tros e Notific ações das Vac inações 3.7.1. Quand o o vacinado não está de p osse de seu cartão de vac inação ou o mesmo enco ntra-se com pletamente preenchido, qual deve o procediment o a ser adotado? R: As doses administrada s devem ser sempre regi stradas em u m cartão de vacina e no Sistema de Informação do Ministério da Saúde. O rientamos q ue este registro seja realizado, s empre que possível, em um único ca rtão de vaci na, de forma a propo rcionar melho r seguimento vacinal. 3.7.2. O ser viço de vaci nação deve fornecer o c artão de vac inação para o vacinado? R: Sim. Con forme inciso | do artigo 1 5 da RDC 1 97/2017, o s erviço deve registrar as i nformações r eferentes às vacinas apli cadas no car tão de vacin ação e no sistema de informaç ão do Minist ério da Saú de. Caso o usuário não esteja portando seu cartão, o serv iço deve forne cê-lo. 3.7.3. Em ca sos de indis ponibilidade temporária d os sistemas eletrônicos d e registro de doses aplic adas e noti ficações de eventos adv ersos e err os de vacinação, com o o serviço dev e proceder? R: Nestes ca sos, o serviç o de vacinaç ão deve real izar os regis tros de form a alternativa ( eletrônico, m anual etc), transpondo o s dados ass im que os s istemas estiverem di sponíveis nov amente, conf orme incisos I, IV e V da R DC 197/2017 . NOTA TÉCNICA GRECS/GGTES/ ANVISA No 01/ 2018 13 | | | 3.8, Da Rea lização de Vacinação Extramuro s por Serv iços Priva dos 3.8.1. Que m pode real izar o servi ço privado d e vacinação extramuros ? R: Apenas estabelecim entos assis tenciais de saúde que já possuem licença para realiz ar o servi ço de vaci nação, des de que: au torizados pelo órgão local competente pelas ações de vigilância . 2 a Caberá a cada vigilâ ncia sanitár ia local in stituir a fo rmalização para a autorização da atividad e de vacin ação extram uros. O li cenciamento do serviço está atrelado ao seu territóri o. Como a vacinação extramuros está vincu lada a u m estabel ecimento licenciado, esta ativid ade se circ unscreve ao seu municíp io. Caso n o município não exista servi ço de vacin ação privad o, cabe a v igilância sa nitária loca l estabelec er os critérios pa ra autoriza r e formali zar a realização da atividade e xtramuros por estabelecim entos privad os de outra região. 3.8.2. Some nte a vigi lância sanit ária pode autorizar o funcioname nto de serviços de vacinação e xtramuros? R: Ressal tamos pri meiramente que a vig ilância san itária é o órgão competente para licenci ar as ativid ades de ser viços de sa úde, inclui ndo-se, assi m, os serviços de vacinaçã o. Apesar d a Anvisa nã o poder atri buir competê ncias para as vigilâncias epidemiológ icas, consi deramos qu e a vigilân cia destes serviços de ve contar tanto com vigilân cia epidemio lógica quan to vigilânci a sanitária ( adotando um a estratégia d e vigilância em saúde), por envolve r uma ques tão de saú de pública (entendido como uma ação de pre venção do c oletivo) e, p ortanto, cob ertura vacin al. É importan te notar qu e ainda nã o há uma unidade de estruturaçã o das vigilâncias envolvidas. Exemplo: h á secretária s que se es truturam e m estratégi as de vigilância e m saúde e o utras, de vi gilância sani tária e epid emiológica. 3.8.3. Qual é a diferen ça entre va cinação ext ramuros de serviços pr ivados e campanha de vacinaç ão pública? NOTA TÉCNIC A GRECS/GGTE S/ANVISA No 01/2018 14 R: A vacinaçã o extramuros de serviços p rivados é uma atividade vinc ulada a um serviço de vacinação lic enciado, prati cada fora do e stabeleciment o, destinada a uma populaç ão específica em um ambie nte determin ado (por exem plo, escolas e empresas) qu e ocorre de forma esporá dica (isto é, através de s azonalidade ou programa de s aúde ocupacio nal) e temporár ia (curta duraçã o). Já as campan has de vacin ação públicas fazem parte de uma estra tégia de órgãos públic os de saúde que visam a vacinação de um determina do número de pessoas em c urto espaço d e tempo, com o objetivo do controle de u ma determina da doença. © 3.8.4. O serviço de vacinação pode realizar a vacinação em residências? R: Em situaçõ es excepcionai s, em que a p essoa esteja de fato imposs ibilitada de acessar u m serviço de saúde, o serv iço pode real izar a vacinaç ão na residên cia da pessoa. E sta situação é tratada no parágrafo pri meiro do artig o 10 da RDC 197/2017, qu ando o mesm o informa qu e em caso de necessidade, a aplicação d e vacinas pode s er realizada no ponto de assis tência ao pacie nte. 3.9. Disposiçõ es Finais ou T ransitórias 3.9.1. O ser viço de vac inação tamb ém deve re speitar outra s normas sanitárias? R: Todo servi ço de vacinaç ão é consider ado um serviç o de saúde. P ortanto, a ele se aplica m todas as no rmas que dis ciplinam os se rviços de saú de em geral como, por ex emplo, a RD C n. 63 de 2011 (Requis itos de Boas Práticas de Funcionament o para os Ser viços de Saúd e), RDC n. 5 0 de 2002 (I nfraestrutura d e Estabelecimen tos Assistenc iais de Saúde ) e RDC n. 3 06 de 2004 ( Gerenciament o de Resíduos de S aúde). NOTA TECNICA GR ECS/GGTES/ANVI SA N° 01/2018 15 3.9.2. Some nte vacina s realizada s em estab elecimentos públicos sã o válidas em territór io nacional ? R: As vaci nações rea lizadas por todos os s erviços de vacinação serão considerad as válidas para fins le gais em tod o o territóri o nacional. 3. Históri co de Ediç ões 23/02/2018 Emissão ini cia NOTATÉCNIC A GRECS/GGT ES/ANVISA N o 01/2018 16 ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011 Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria nº. 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretora- Presidente Substituta, determino a sua publicação: Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas Práticas para Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Seção I Objetivo Art. 2º Este Regulamento Técnico possui o objetivo de estabelecer requisitos de Boas Práticas para funcionamento de serviços de saúde, fundamentados na qualificação, na humanização da atenção e gestão, e na redução e controle de riscos aos usuários e meio ambiente. Seção II Abrangência Art. 3º Este Regulamento Técnico se aplica a todos os serviços de saúde no país, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. Seção III Definições Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições: I – garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos, para os fins a que se propõem; II - gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em alguns casos o desempenho das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde, abrangendo cada etapa do gerenciamento, desde o planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento de saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente e a segurança do paciente; III - humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas, garantindo o acesso dos usuários às informações sobre saúde, inclusive sobre os profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o direito a acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha), e a valorização do trabalho e dos trabalhadores; IV – licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária; V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos de saúde, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. VI - política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes globais relativas à qualidade, formalmente expressa e autorizada pela direção do serviço de saúde. VII - profissional legalmente habilitado: profissional com formação superior ou técnica com suas competências atribuídas por lei; VIII - prontuário do paciente: documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo; IX - relatório de transferência: documento que deve acompanhar o paciente em caso de remoção paraoutro serviço, contendo minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e descrição ou cópia de laudos de exames realizados, quando existentes; X - responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação vigente; XI - segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde. XII - serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na prevenção de doenças, no tratamento, recuperação e na reabilitação de pacientes. CAPÍTULO II DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO Seção I Do gerenciamento da qualidade Art. 5º O serviço de saúde deve desenvolver ações no sentido de estabelecer uma política de qualidade envolvendo estrutura, processo e resultado na sua gestão dos serviços. Parágrafo único. O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade como ferramenta de gerenciamento. Art. 6º As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componentes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados. § 1º As BPF são orientadas primeiramente à redução dos riscos inerentes a prestação de serviços de saúde. § 2º Os conceitos de Garantia da Qualidade e Boas Práticas de Funcionamento (BPF) estão inter-relacionados estando descritos nesta resolução de forma a enfatizar as suas relações e sua importância para o funcionamento dos serviços de saúde. Art. 7º As BPF determinam que: I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos das legislações e regulamentos vigentes. II - o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo: a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado; b) ambientes identificados; c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes. III - as reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da qualidade, investigadas e documentadas, devendo ser tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências. Seção II Da Segurança do Paciente Art. 8º O serviço de saúde deve estabelecer estratégias e ações voltadas para Segurança do Paciente, tais como: I. Mecanismos de identificação do paciente; II. Orientações para a higienização das mãos; III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacionada à assistência à saúde; IV. Mecanismos para garantir segurança cirúrgica; V. Orientações para administração segura de medicamentos, sangue e hemocomponentes; VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes; VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão; VIII. Orientações para estimular a participação do paciente na assistência prestada. Seção III Das Condições Organizacionais Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento interno ou documento equivalente, atualizado, contemplando a definição e a descrição de todas as suas atividades técnicas, administrativas e assistenciais, responsabilidades e competências. Art. 10 Os serviços objeto desta resolução devem possuir licença atualizada de acordo com a legislação sanitária local, afixada em local visível ao público. Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Administração Pública ou por ela instituídos independem da licença para funcionamento, ficando sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, aos equipamentos e à aparelhagem adequada e à assistência e responsabilidade técnicas, aferidas por meio de fiscalização realizada pelo órgão sanitário local. Art. 11 Os serviços e atividades terceirizadas pelos estabelecimentos de saúde devem possuir contrato de prestação de serviços. § 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar regularizados perante a autoridade sanitária competente, quando couber. § 2º A licença de funcionamento dos serviços e atividades terceirizados deve conter informação sobre a sua habilitação para atender serviços de saúde, quando couber. Art. 12 O atendimento dos padrões sanitários estabelecidos por este regulamento técnico não isenta o serviço de saúde do cumprimento dos demais instrumentos normativos aplicáveis. Art. 13 O serviço de saúde deve estar inscrito e manter seus dados atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. Art. 14 O serviço de saúde deve ter um responsável técnico (RT) e um substituto. Parágrafo único. O órgão sanitário competente deve ser notificado sempre que houver alteração de responsável técnico ou de seu substituto. Art. 15 As unidades funcionais do serviço de saúde devem ter um profissional responsável conforme definido em legislações e regulamentos específicos. Art. 16 O serviço de saúde deve possuir profissional legalmente habilitado que responda pelas questões operacionais durante o seu período de funcionamento. Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT ou técnico designado para tal fim. Art. 17 O serviço de saúde deve prover infraestrutura física, recursos humanos, equipamentos, insumos e materiais necessários à operacionalização do serviço de acordo com a demanda, modalidade de assistência prestada e a legislação vigente. Art. 18 A direção e o responsável técnico do serviço de saúde têm a responsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos. Art. 19 O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam a continuidade da atenção ao paciente quando houver necessidade de remoção ou para realização de exames que não existam no próprio serviço. Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível, com identificação e assinatura do profissional assistente, que deve passar a integrar o prontuário no destino, permanecendo cópia no prontuário de origem. Art. 20 O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam o funcionamento de Comissões, Comitês e Programas estabelecidos em legislações e normatizações vigentes. Art. 21 O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o controle de acesso dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. Art. 22 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de identificação dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. Art. 23 O serviço de saúde deve manter disponível, segundo o seu tipo de atividade, documentação e registro referente à: I - Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela vigilância sanitária competente. II - controle de saúde ocupacional; III - educação permanente; IV - comissões, comitês e programas; V - contratos de serviços terceirizados; VI - controle de qualidade da água; VII - manutenção preventiva e corretiva da edificação e instalações; VIII - controle de vetores e pragas urbanas; IX - manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e instrumentos; X - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde; XI - nascimentos; XII - óbitos; XIII - admissão e alta; XIV - eventos adversos e queixas técnicas associadas a produtos ou serviços; XV - monitoramento e relatórios específicos de controle de infecção; XVI - doenças de Notificação Compulsória; XVII - indicadores previstos nas legislações vigentes; XVIII - normas, rotinas e procedimentos; XIX - demais documentos exigidos por legislações específicas dos estados, Distrito Federal e municípios. Seção IV Do Prontuário do Paciente Art. 24 A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe aos profissionais de saúde que prestam o atendimento. Art. 25 A guarda do prontuário é de responsabilidadedo serviço de saúde devendo obedecer às normas vigentes. § 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que se refere à confidencialidade e integridade. § 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local seguro, em boas condições de conservação e organização, permitindo o seu acesso sempre que necessário. Art. 26 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário contenha registros relativos à identificação e a todos os procedimentos prestados ao paciente. Art. 27 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja preenchido de forma legível por todos os profissionais envolvidos diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura e carimbo em caso de prontuário em meio físico. Art. 28 Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis aos mesmos ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando necessário. Seção V Da Gestão de Pessoal Art. 29 As exigências referentes aos recursos humanos do serviço de saúde incluem profissionais de todos os níveis de escolaridade, de quadro próprio ou terceirizado. Art. 30 O serviço de saúde deve possuir equipe multiprofissional dimensionada de acordo com seu perfil de demanda. Art.31 O serviço de saúde deve manter disponíveis registros de formação e qualificação dos profissionais compatíveis com as funções desempenhadas. Parágrafo único. O serviço de saúde deve possuir documentação referente ao registro dos profissionais em conselhos de classe, quando for o caso. Art. 32 O serviço de saúde deve promover a capacitação de seus profissionais antes do início das atividades e de forma permanente em conformidade com as atividades desenvolvidas. Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas contendo data, horário, carga horária, conteúdo ministrado, nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos. Art. 33 A capacitação de que trata o artigo anterior deve ser adaptada à evolução do conhecimento e a identificação de novos riscos e deve incluir: I - os dados disponíveis sobre os riscos potenciais à saúde; II - medidas de controle que minimizem a exposição aos agentes; III - normas e procedimentos de higiene; IV - utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual e vestimentas de trabalho; V - medidas para a prevenção de acidentes e incidentes; VI - medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência de acidentes e incidentes; VII - temas específicos de acordo com a atividade desenvolvida pelo profissional. Seção VI Da Gestão de Infraestrutura Art. 34 O serviço de saúde deve ter seu projeto básico de arquitetura atualizado, em conformidade com as atividades desenvolvidas e aprovado pela vigilância sanitária e demais órgãos competentes. Art. 35 As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, gases, climatização, proteção e combate a incêndio, comunicação e outras existentes, devem atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim como normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações. Art. 36 O serviço de saúde deve manter as instalações físicas dos ambientes externos e internos em boas condições de conservação, segurança, organização, conforto e limpeza. Art. 37 O serviço de saúde deve executar ações de gerenciamento dos riscos de acidentes inerentes às atividades desenvolvidas. Art. 38 O serviço de saúde deve ser dotado de iluminação e ventilação compatíveis com o desenvolvimento das suas atividades. Art. 39 O serviço de saúde deve garantir a qualidade da água necessária ao funcionamento de suas unidades. § 1º O serviço de saúde deve garantir a limpeza dos reservatórios de água a cada seis meses. § 2º O serviço de saúde deve manter registro da capacidade e da limpeza periódica dos reservatórios de água. Art. 40 O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento de água, mesmo em caso de interrupção do fornecimento pela concessionária, nos locais em que a água é considerada insumo crítico. Art. 41 O serviço de saúde deve garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica, em situações de interrupção do fornecimento pela concessionária, por meio de sistemas de energia elétrica de emergência, nos locais em que a energia elétrica é considerada insumo crítico. Art. 42 O serviço de saúde deve realizar ações de manutenção preventiva e corretiva das instalações prediais, de forma própria ou terceirizada. Seção VII Da Proteção à Saúde do Trabalhador Art. 43 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de orientação sobre imunização contra tétano, difteria, hepatite B e contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores possam estar expostos. Art. 44 O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente em relação à saúde ocupacional mantendo registros desta avaliação. Art. 45 O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores com agravos agudos à saúde ou com lesões nos membros superiores só iniciem suas atividades após avaliação médica. Art. 46 O serviço de saúde deve garantir que seus trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos, físicos ou químicos utilizem vestimentas para o trabalho, incluindo calçados, compatíveis com o risco e em condições de conforto. § 1º Estas vestimentas podem ser próprias do trabalhador ou fornecidas pelo serviço de saúde. § 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento e pelo processamento das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, nas unidades de tratamento intensivo, nas unidades de isolamento e centrais de material esterilizado. Art. 47 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de prevenção dos riscos de acidentes de trabalho, incluindo o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, em número suficiente e compatível com as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores. Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual Art. 48 O serviço de saúde deve manter registro das comunicações de acidentes de trabalho. Art. 49 Em serviços de saúde com mais de vinte trabalhadores é obrigatória a instituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Art. 50 O Serviço de Saúde deve manter disponível a todos os trabalhadores: I - Normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental; II - Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI; III - Procedimentos em caso de incêndios e acidentes; IV - Orientação para manuseio e transporte de produtos para saúde contaminados. Seção VIII Da Gestão de Tecnologias e Processos Art. 51 O serviço de saúde deve dispor de normas, procedimentos e rotinas técnicas escritas e atualizadas, de todos os seus processos de trabalho em local de fácil acesso a toda a equipe. Art. 52 O serviço de saúde deve manter os ambientes limpos, livres de resíduos e odores incompatíveis com a atividade, devendo atender aos critérios de criticidade das áreas. Art. 53 O serviço de saúde deve garantir a disponibilidade dos equipamentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com a complexidade do serviço e necessários ao atendimento da demanda. Art. 54 O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de suas tecnologias de forma a atender as necessidades do serviço mantendo as condições de seleção, aquisição, armazenamento, instalação, funcionamento, distribuição, descarte e rastreabilidade. Art. 55 O serviço de saúde deve garantir que os materiais e equipamentos sejam utilizados exclusivamente para os fins a que se destinam. Art. 56 O serviço de saúde deve garantir que os colchões, colchonetes e demais mobiliários almofadados sejam revestidos de material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e reentrâncias. Art. 57 O serviço de saúdedeve garantir a qualidade dos processos de desinfecção e esterilização de equipamentos e materiais. Art. 58 O serviço de saúde deve garantir que todos os usuários recebam suporte imediato a vida quando necessário. Art. 59 O serviço de saúde deve disponibilizar os insumos, produtos e equipamentos necessários para as práticas de higienização de mãos dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. Art. 60 O serviço de saúde que preste assistência nutricional ou forneça refeições deve garantir a qualidade nutricional e a segurança dos alimentos. Art. 61 O serviço de saúde deve informar aos órgãos competentes sobre a suspeita de doença de notificação compulsória conforme o estabelecido em legislação e regulamentos vigentes. Art. 62 O serviço de saúde deve calcular e manter o registro referente aos Indicadores previstos nas legislações vigentes. Seção IX Do Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas Art. 63 O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos. Parágrafo único. O controle químico, quando for necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e possuidora de licença sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa. Art. 64 Não é permitido comer ou guardar alimentos nos postos de trabalho destinados à execução de procedimentos de saúde. CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 65 Os estabelecimentos abrangidos por esta resolução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir da data de sua publicação para promover as adequações necessárias ao Regulamento Técnico. Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução, os novos estabelecimentos e aqueles que pretendam reiniciar suas atividades, devem atender na íntegra às exigências nela contidas. Art. 66 O descumprimento das disposições contidas nesta resolução e no regulamento por ela aprovado constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. Art. 67 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. MARIA CECÍLIA MARTINS BRITO Saúde Legis - Sistema de Legislação da Saúde http://www.saude.gov.br/saudelegis Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009 (Publicada em DOU nº 157, de 18 de agosto de 2009) Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto No - 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria No - 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e a Consulta Pública n.º 69, de 11 de julho de 2007, publicada no Diário Oficial da União No - 134, de 13 de julho de 2007, seção 1, pág. 86, em reunião realizada em 14 de julho de 2009, resolve: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. §1º Para fins desta Resolução, entende-se por Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. §2º O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias e drogarias em todo território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e às unidades volantes. §3º Os estabelecimentos de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica ficam sujeitos às disposições contidas em legislação específica. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES GERAIS Art. 2º As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos no estabelecimento: I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia da respectiva jurisdição; e V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as especificidades de cada estabelecimento. §1º O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. §2º Adicionalmente, quando as informações a seguir indicadas não constarem dos documentos mencionados no parágrafo anterior, o estabelecimento deverá manter afixado, em local visível ao público, cartaz informativo contendo: I - razão social; II - número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III - número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; IV - número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; V - nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia; VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e VII - números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e do órgão Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Art. 3º As farmácias e as drogarias devem ter, obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico responsável técnico ou de seu substituto, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, nos termos da legislação vigente. Art. 4º Esses estabelecimentos têm a responsabilidade de garantir e zelar pela manutenção da qualidade e segurança dos produtos objeto desta Resolução, bem como pelo uso racional de medicamentos, a fim de evitar riscos e efeitos nocivos à saúde. Parágrafo único. As empresas responsáveis pelas etapas de produção, importação, distribuição, transporte e dispensação são solidariamente responsáveis pela qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos objetos de suas atividades específicas. CAPÍTULO III DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA Seção I Das Condições Gerais Art. 5º As farmácias e drogarias devem ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com infra-estrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, ambientes para atividades administrativas, recebimento e armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, depósito de material de limpeza e sanitário. Art. 6º As áreas internas e externas devem permanecer em boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos funcionários. §1º As instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes eteto) lisas e impermeáveis, em perfeitas condições, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. §2º Os ambientes devem ser mantidos em boas condições de higiene e protegidos contra a entrada de insetos, roedores ou outros animais. §3º As condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada ambiente. §4º O estabelecimento deve possuir equipamentos de combate a incêndio em quantidade suficiente, conforme legislação específica. Art. 7º O programa de sanitização, incluindo desratização e desinsetização, deve ser executado por empresa licenciada para este fim perante os órgãos competentes. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Parágrafo único. Devem ser mantidos, no estabelecimento, os registros da execução das atividades relativas ao programa de que trata este artigo. Art. 8º Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar regularizados junto à Anvisa e serem armazenados em área ou local especificamente designado e identificado. Art. 9º O sanitário deve ser de fácil acesso, possuir pia com água corrente e dispor de toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, lixeira com pedal e tampa. Parágrafo único. O local deve permanecer em boas condições de higiene e limpeza. Art. 10. Deve ser definido local específico para guarda dos pertences dos funcionários no ambiente destinado às atividades administrativas. Art. 11. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, devem estar separadas dos demais ambientes. Art. 12. O estabelecimento deve ser abastecido com água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para a limpeza da caixa d'água e manter os registros que comprovem sua realização. Art. 13. O acesso às instalações das farmácias e drogarias deve ser independente de forma a não permitir a comunicação com residências ou qualquer outro local distinto do estabelecimento. §1º Tal comunicação somente é permitida quando a farmácia ou drogaria estiverem localizadas no interior de galerias de shoppings e supermercados. §2º As farmácias e drogarias localizadas no interior de galerias de shoppings e supermercados podem compartilhar as áreas comuns destes estabelecimentos destinadas para sanitário, depósito de material de limpeza e local para guarda dos pertences dos funcionários. Art. 14. As farmácias magistrais devem observar as exigências relacionadas à infra-estrutura física estabelecidas na legislação específica de Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano. Seção II Do Ambiente Destinado aos Serviços Farmacêuticos Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Art. 15. O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser diverso daquele destinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento dispor de espaço específico para esse fim. §1º O ambiente para prestação dos serviços que demandam atendimento individualizado deve garantir a privacidade e o conforto dos usuários, possuindo dimensões, mobiliário e infra-estrutura compatíveis com as atividades e serviços a serem oferecidos. §2º O ambiente deve ser provido de lavatório contendo água corrente e dispor de toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira com pedal e tampa. §3º O acesso ao sanitário, caso exista, não deve se dar através do ambiente destinado aos serviços farmacêuticos. §4º O conjunto de materiais para primeiros-socorros deve estar identificado e de fácil acesso nesse ambiente. Art. 16. O procedimento de limpeza do espaço para a prestação de serviços farmacêuticos deve ser registrado e realizado diariamente no início e ao término do horário de funcionamento. §1º O ambiente deve estar limpo antes de todos os atendimentos nele realizados, a fim de minimizar riscos à saúde dos usuários e dos funcionários do estabelecimento. §2º Após a prestação de cada serviço deve ser verificada a necessidade de realizar novo procedimento de limpeza, a fim de garantir o cumprimento ao parágrafo anterior. CAPÍTULO IV DOS RECURSOS HUMANOS Seção I Das Condições Gerais Art. 17. Os funcionários devem permanecer identificados e com uniformes limpos e em boas condições de uso. Parágrafo único. O uniforme ou a identificação usada pelo farmacêutico deve distingui-lo dos demais funcionários de modo a facilitar sua identificação pelos usuários da farmácia ou drogaria. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. Art. 18. Para assegurar a proteção do funcionário, do usuário e do produto contra contaminação ou danos à saúde, devem ser disponibilizados aos funcionários envolvidos na prestação de serviços farmacêuticos equipamentos de proteção individual (EPIs). Seção II Das Responsabilidades e Atribuições Art. 19. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar descritas no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento e ser compreensíveis a todos os funcionários. Art. 20. As atribuições do farmacêutico responsável técnico são aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmácia, observadas a legislação sanitária vigente para farmácias e drogarias. Parágrafo único. O farmacêutico responsável técnico pode delegar algumas das atribuições para outro farmacêutico, com exceção das relacionadas à supervisão e responsabilidade pela assistência técnica do estabelecimento, bem como daquelas consideradas indelegáveis pela legislação específica dos conselhos federal e regional de farmácia. Art. 21. A prestação de serviço farmacêutico deve ser realizada por profissional devidamente capacitado, respeitando-se as determinações estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmácia. Art. 22. Os técnicos auxiliares devem realizar as atividades que não são privativas de farmacêutico respeitando os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) do estabelecimento e o limite de atribuições e competências estabelecidos pela legislação vigente, sob supervisão do farmacêutico responsável técnico ou do farmacêutico substituto. Art. 23. São atribuições do responsável legal do estabelecimento: I - prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento; II - prover as condições necessárias para o cumprimento desta Resolução, assim como das demais normas sanitárias federais, estaduais e municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e drogarias; III - assegurar as condições necessárias à promoção do uso racional de medicamentos no estabelecimento; e Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União. IV - prover as condições necessárias para capacitação e treinamento de todos os profissionais envolvidos nas atividades do estabelecimento. Seção III Da Capacitação dos Funcionários Seção III Da Capacitação dos Funcionários Art. 24. Todos os funcionários devem ser capacitados quanto ao cumprimento da legislação sanitária vigente e aplicável às farmácias e drogarias, bem como dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) do estabelecimento. Art. 25. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, deve receber treinamento inicial e continuado com relação à importância do autocuidado, incluídas instruções de higiene pessoal e de ambiente, saúde, conduta
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