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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PPAP EDNA SILVA SOUZA FRANCILEIA ARAÚJO MELO IDENILZA FERREIRA SILVA IZETE LOPES CONCEIÇÃO SOUSA MARCIA MARTINS GOMES MAYARA MATOS DA SILVA NÍVEA FERNANDA MENDONÇA DE OLIVEIRA A RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA: um diálogo necessário, possível e urgente BURITICUPU-MA 2021 EDNA SILVA SOUZA FRANCILEIA ARAÚJO MELO IDENILZA FERREIRA SILVA IZETE LOPES CONCEIÇÃO SOUSA MARCIA MARTINS GOMES MAYARA MATOS DA SILVA NÍVEA FERNANDA MENDONÇA DE OLIVEIRA A RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA: um diálogo necessário, possível e urgente Trabalho de intervenção pedagógica, realizado da disciplina de Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da Instituição Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN. Orientadora: prof. Esp. Vilma da Silva Souza BURITICUPU-MA 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2 SITUAÇÃO PROBLEMA ........................................................................................ 4 3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO .................................................... 4 4 PÚBLICO ALVO ..................................................................................................... 8 5 OBJETIVOS ........................................................................................................... 8 6 METODOLOGIA ..................................................................................................... 9 7 RECURSOS ............................................................................................................ 9 8 CRONOGRAMA ................................................................................................... 10 9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL ....................................................................... 10 10 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 13 4 A RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA: um diálogo necessário, possível e urgente 1 INTRODUÇÃO Frequentemente observa-se nas reuniões e nas conversas informais de pais e mestres uma queixa constante sobre os problemas de aprendizagem e sobre o acompanhamento familiar no processo de ensino, mais que isso, observa-se com veemência a fala constante dos docentes sobre a indisciplina escolar, sobre a infrequência escolar, sobre o insucesso escolar apresentada por alunos. Essas reclamações são rotineiras e as vezes desencadeiam sobre o professor stress e desmotivação, pois este percebe que suas metodologias muitas vezes não conseguem alcançar toda a turma para sanar ou minimizar com a problemática que é presente na sala de aula. Porém questiona-se, qual o papel da família? Que influência a família tem sobre essa questão? E põe-se a pensar nesse projeto sobre a importância da família e da escola em relação a aprendizagem e desenvolvimento das crianças em idade escolar. Zagury (2003) explica que pela ausência e pela transformação familiar, muitos pais não sabem o que fazer e acreditam que a escola pode ser uma solução para a resolução dos problemas e pode impor limites às crianças. 2 SITUAÇÃO PROBLEMA O presente projeto de intervenção busca responder a seguinte indagação: Qual a importância da relação entre escola e família, sobretudo das implicações nos processos de ensino aprendizagem, desenvolvimento, disciplina e relações socioemocionais que impactam a criança em uma escola municipal de Buriticupu-MA? 3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO A discussão dessa temática justifica-se e faz necessária frente as diversas mudanças sociais. É necessário refletir sobre o processo de ensino e quais as influências do acompanhamento familiar na vida escolar dos seus filhos. 5 Dessen e Polonia (2007, p. 25) ressaltam que são as variadas dificuldades enfrentadas na contemporaneidade pelos diferentes responsáveis da educação da criança e do adolescente, visto que as mudanças sociais ocorrem de forma rápida e geram conflitos para serem problematizados em prol de aprendizagem significativa, Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo (DESSEN, POLONIA, 2007, p.25). Partindo desse pressuposto, faz-se mister salientar que a escola possui a função de valorizar e conceber a participação da família no ambiente escolar, logo o pleno desenvolvimento do aluno, de modo que possa estabelecer a real relação educacional existente entre esses dois órgãos sociais, onde o diálogo entre eles deve ser pautado no progresso e na evolução do aluno, bem como suas dificuldades e outros problemas que acarretem na aprendizagem significativa (DESSEN; POLONIA, 2007). Essas simples ações podem ser desencadeadoras para o desenvolvimento pleno do aluno, a boa relação interescolar, quanto para as relações diversas do contexto social. Parolin (2003) fala sobre o projeto educativo que e a escola possui frente a aprendizagem do aluno, pautado em metodologias, estratégias, objetivos e filosofia de ensino, enquanto que na família, também possui projetos integradores para essa criança, com direito ao lar, carinho, afeto, ensino, entre outras características, porém é essencial que essas duas instituições dialoguem nesse processo educativo, colocando em pauta as particularidades exercidas por cada uma delas, pois se ambas estabelecerem essa relação de parceria, é possível a concretude desse projeto educacional estabelecido tanto na escola, como na família. Por fim, cabe-se citar Piaget (2007), para estabelecer essa ligação mútua entre essas duas instituições sociais: família e escola, “ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...]” (PIAGET, 2007, p.50). “A participação da comunidade na escola, como todo processo democrático, é um caminho que se faz ao caminhar, o que não elimina a necessidade de se refletir previamente a respeito dos obstáculos e potencialidades que a realidade apresenta 6 para a ação (PARO, 2008, p. 17).” Nessa perspectiva, entendemos que a comunidade escolar deve estar presente no desenvolvimento das atividades escolares, pois é no decorrer da realização pedagógica que se pode interferir e melhorá-la. Libâneo (1996) expressa que para se efetivar uma gestão democrática “participativa”, é necessário que haja participações, senão é mera falácia. Dessa forma entende-se que a intervenção dos pais e/ou responsáveis na vida escolar dos filhos é sem dúvidas, primordial. Apoiar e incentivar o indivíduo no processo de ensino é uma grande responsabilidade que não se permite intransigência, mas sim atenção, motivação e acompanhamento. Partindo dessas concepções, e dá ideia de que as relações entre família e escola devem se fundirem e se aproximarem cada vez mais, Perrenoud (2000) ao descrever sobre as dez competências essenciais para a formação e atuação docente, diz que os professores precisam informar e envolver os pais nos processos e nas atividades educacionais desenvolvidas no âmbito escolar. Ou seja, é preciso que os professores entendam e assumam suas funções educadoras e percebam que os pais dos alunos possuem visões diferentes sobre a escola, e também, formação e experiência de vida diferente dos profissionais que atuam na escola.Assim, os professores devem aceitar a diversidades que compreende o grupo de pais e estabelecer momentos onde sejam projetadas as ideias e aprendizagens difundidas nas escolas, assim como o aprendizado do aluno. Pode- se ainda dizer através da afirmativa de Perrenoud que compete ao professor a função de promover diferentes atividades que aproximem a família do ambiente escolar. Corroborando com o que diz Perrenoud, Orsolon (2003) comenta que as instituições de ensino a cada dia que passa recebe alunos com personalidades, comportamentos, culturas e classes sociais diferentes, no entanto, as escolas atuais ainda não encontram-se preparadas para receber esses alunos e suas famílias de forma eficaz, pois além dos conhecimentos sistematizados, a escola deve proporcionar a esses indivíduos, espaços para que eles possam manifestarem suas opiniões, promovendo maior democracia e mais possibilidade de crescimento cultural e educacional para a escola de forma significativa. Alguns professores se questionam de como proporcionar a parceria entre a família e a escola, sendo que possuem atividades curriculares a serem desenvolvidas. No entanto, pode-se afirmar que são diversas as formas que os professores podem tomar para fazer essa promoção, desde uma conversa informal, isto é, 7 individualmente, através de uma reunião de pais e mestres, por meio de projetos pedagógicos ou de intervenção, ou ainda através da construção primária e contínua do Projeto Político Pedagógico (PPP), um dos problemas ainda persistente é a cultura que os pais ainda não adquiriram de participar ativamente da vida escolar dos filhos. A respeito disto, Xavier (2002) explora sobre a precariedade do acompanhamento familiar no âmbito escolar, onde queixa-se principalmente da transferência de alguns papeis educativos da família para a escola. Amplamente difundida entre os professores é a repartição das tarefas educativas entre escola e família, tocando a primeira a educação dos ‘conhecimentos’ e a segunda à educação moral. É na esteira desta crença que a escola deplora o que as famílias não vêm fazendo por seus filhos, e os ‘novos’ papéis, no âmbito da formação moral, que precisa assumir. Acreditamos que a escola opera uma manobra diversionista em relação ao seu papel pedagógico, além de mostrar uma concepção de papel educativo da família bastante questionável. (XAVIER, 2002, p. 91). Através do que diz Xavier, é possível compreender que o acompanhamento escolar por meio da família é de essencial importância, pois esta possui uma inquestionável responsabilidade na tarefa de educar, e a reunião com os membros escolares, pais e alunos, é uma das ferramentas que Xavier Considera como uma chave para a resolução de possíveis problemas educacionais e para a melhoria e o sucesso educativo. A participação efetiva dos pais não só nas reuniões, mas em todo processo educacional do seu filho no ambiente escolar favorece maior desenvolvimento de sua aprendizagem, tanto no que tange o acompanhamento, quanto no que se concerne à melhoria de métodos, estratégias e aperfeiçoamento das técnicas já existentes. Nesse sentido, Piaget (2007) expõe que, Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] (PIAGET, 2007, p.50) A partir desse ponto, podemos ver a importância que a comunicação que a escola deve estabelecer entre a família, é primordial para o desenvolvimento do aluno, pois essa troca reciproca parte da necessidade enxergada por profissionais capacitados e que são responsáveis por diagnosticar os principais problemas que 8 acometem a aprendizagem em sala de aula, sejam de caráter cognitivo ou psíquico, logo devem estabelecer contato com a família para tentar sanarem em conjunto, ou se necessário, buscar parceria com outros profissionais. Reis (2007) comenta que “a escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos.” (REIS, 2007, p. 6) 4 PÚBLICO ALVO Adotou-se como campo para realização do projeto a escola Unidade Integrada Rui Barbosa, localizada no Buritizinho. Em se tratando dos anos iniciais do ensino fundamental, a escola conta com 5 turmas do 1º ao 5º ano. Assim, escolhemos como foco para o projeto, uma turma de alunos do 4º ano da referida escola que conta com 28 alunos divididos em dois grupos em virtude das aulas híbridas. Em relação à professora da turma, esta já trabalha na educação há 15 anos é graduada em pedagogia e possui especialização latu sensu na área. Quando foi perguntado a professora em relação a atitudes da escola rem trazer a família para a escola, a mesma disse que a escola é acolhedora, elabora ações, porém é preciso mais engajamento, especialmente no período da pandemia. Relata que ainda há uma distancia longa a ser reduzida entre essas duas instituições e é necessário que a escola elabore estratégias em seu plano de ação ou PPP que possa aproximar a família de seu ambiente. Por fim, a professora acredita que a quando a família está presente na vida escolar da criança ela tende a se desenvolver plenamente e de forma integral. 5 OBJETIVOS ✓ OBJETIVO GERAL: refletir sobre a importância da relação entre família e escola e suas interferências no processo de ensino e aprendizagem de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola municipal de Buriticupu. ✓ OBJETIVOS ESPECÍFICOS: analisar as dificuldades encontradas pela escola devido à ausência familiar e suas incidências na vivência escolar; Promover ações de aproximar a escola das famílias; Levar a família a compreender melhor o 9 desenvolvimento da criança através da ludicidade e dinâmicas; Desenvolver a afetividade. 6 METODOLOGIA O método escolhido para a realização desta pesquisa, trata-se da abordagem qualitativa baseado no afirma diz Triviños (1997), a pesquisa do tipo qualitativa é fundamental para se extrair informações inerentes ao objeto estudado, tal qual a importância da realização da pesquisa para a ampliação do conhecimento acerca do problema abordado. Portanto, entende-se que fazendo uso deste método é possível adentrar no campo da pesquisa, observar os fatos mais próximos, extrair informações de outras pessoas sem interferir no seu ponto de vista, mas refletir sobre as características e circunstâncias que circundam as opiniões coletadas. Esse contato direto com o local pesquisado permite observar de forma mais ampliada sobre o problema em estudo, melhorando o conhecimento sobre este. Nesse sentido foi feito as seguintes ações: 1ª entrevista com professora e leitura do PPP para compreender a visão escola e conhecer eu espaço físico. 2ª intervenção na escola, sendo: entrega de folhetos na porta da escola (com autorização da gestão) sobre a importância da família na escola, sugestões e dicas de como participar ativamente; Reunião na sala de aula com os pais da turma sobre a importância da participação continua e assídua; premiação para os pais mais assíduos do ano segundo a professora; vídeo com alunos falando sobre o quanto eles acham importante a participação da família na escola para expor no dia da reunião. Coleta ao final, pesquisa de opinião com os pais dos alunos sobre o tema. 7 RECURSOS Foram utilizados os seguintes recursos: Folhetos impressos, caixa de som, Datashow, computador, lanche, etc. 10 8 CRONOGRAMA DATAS AÇÕES 08/11/2021Escolha do tema 10 a 17/11/2021 Pesquisa bibliográfica 11/11/2021 Definição do problema e objetivos 10 a 17/11/2021 Escrita da justificativa e fundamentação teórica 22 a 30/11/2021 Execução do projeto 29/11/2021 Culminância 30/11/2021 Escrita do Produto final 9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL Enquanto processo avaliativo, pode-se afirmar que a execução desse projeto foi de grande importância para todos os envolvidos, desde as acadêmicas que se dispuseram a pesquisar, investigar e adentrar ao espaço escolar para entender as nuances do problema em questão; a escola que recebeu ajuda e parceria em relação a ideias, as atividades de intervenção, e por fim, aos pais que tiveram grande participação e ouviram atentamente as explicações, as dicas e sugestões arguidas por cada participante do projeto. O período pandêmico que estamos inseridos mostrou que os pais necessitam bastante da ajuda e reforço da escola no que diz respeito ao acompanhamento das crianças, observou-se também que a família tem se aproximado mais da escola. Porém, é preciso muito mais que isso, como relatou a professora, é preciso que a escola elabore ações possível de concretitude, que seja uma intuição que se mova em prol de melhorias educacionais e que se comova com as necessidades e peculiaridades do público que atende. No que se refere ao produto final do projeto, conseguiu-se executar as atividades que estavam programadas no cronograma de ações, sendo que ficaram da seguinte forma: Com a devida autorização e aprovação da gestão escolar, produzimos e entregamos folhetos na portaria da escola, nesses folhetos problematizávamos e explicávamos sobre a importância de a escola manter parceria constante com a escola e que não deve haver a dicotomia entre essas duas instituições. Essa ação 11 contemplou toda a escola, uma vez que entregamos na portaria e todos tiveram acesso. Após conscientizar a comunidade escolar por meio de panfletagem sobre a importância do elo (escola e família), os pais e/ou responsáveis foram convidados através de convites impressos e virtuais para uma reunião, onde foram previ manete avisados que a reunião trataria sobre a culminância do projeto acadêmico que estava sendo desenvolvido naquela turma. Foi um momento em que se dialogou junto aos pais sobre a importância da relação não dicotômica entre eles e a escola, desenvolveu-se atividades lúdicas, ofereceu-se lanche. Isto é, um momento oportuno de aprendizagens. Segue as figuras abaixo: Fig 1. Pais, alunos participantes da culminância Fonte: Autoras (2021) Fig 2. Realização de dinâmicas com os pais Fonte: Autoras (2021) 12 Fig 2. Professora titular e acadêmicas Fonte: Autoras (2021) Para concluir, ao final da reunião foi feito uma pesquisa de satisfação com perguntas fechadas cabíveis de respostas (sim, não e talvez) e que questionava os pais sobre: Quadro 1 – Perguntas feita aos pais PERGUNTAS 1 – Você acha que é importante a parceria entre família e escola? 2 – A relação entre família e escola proporciona melhora na qualidade da educação? 3 – Você acredita que a família pode auxiliar na aprendizagem das crianças quando caminha junto da escola? Fonte: Autoras (2021) Observou-se nas fichas entregues, 100% dos pais e responsáveis responderam “sim” para todas as perguntas. Corroborando com a perspectiva geral que se concebe sobre a união entre essas duas células, isto é, que quando estão juntas tendem a favorecer o pleno desenvolvimento do escolar. Com base nisso, Cubero (1995. p. 253) afirma que: A escola é junto com a família, a instituição social que maiores repercussões têm para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e, portanto, para o curso posterior da vida. Vasconcellos (1995, p. 22) é muito sábio quando diz que atualmente há uma divergência, pois, a família tem atribuído funções à escola que não competem com o papel do professor e cada vez mais tem se eximido de suas funções. É preciso que 13 cada uma assuma suas parcelas contribuitivas para a formação cidadã e passe a desenvolver um plano conjunto com ações e estratégias que sejam concordantes com o desenvolvimento infantil e que não sobrecarregue nem uma das partes. Percebemos muitas famílias desestruturadas, desorientadas, com hierarquia de valores invertida em relação à escola, transferindo responsabilidades suas para a escola [...], a família não está cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação civilizatória: estabelecer limites, desenvolver hábitos básicos. (VASCONCELLOS, 1995, p. 22) Por fim, partilha-se da mesma visão de Paro (2000, p. 119) quando diz que é necessário ações que tragam os pais à escola, pois é um desejo e anseio da escola em ter os pais em seu ambiente afim de observar, participar, colaborar com as atividades que são desenvolvidas na escola. “O que se acredita é que a permanência desse clima e a concretização positiva da experiência com os pais e os servidores da escola criem uma cultura de participação que seja favorável a um processo escolar de maior qualidade e de proveito para os objetivos do ensino.” 10 REFERÊNCIAS CUBERO, R. Relações sociais nos anos escolares: família, escola, companheiros. In; COLL, C. Desenvolvimento psicológico e educação. V. 1. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2007, vol.17, n.36, pp. 21-32. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. Goiás: Alternativa, 1996. PARO, Vitor Henrique. Qualidade do Ensino: A contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000. PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre a família, a escola e a aprendizagem. Curitiba: Ed. Positivo, 2007. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007. REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007. 14 VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1995. XAVIER, Maria Luisa. Disciplina na escola. Enfrentamento e reflexões. Porto Alegre. Editora Mediação, 2002. ZAGURY, T. Limites sem trauma. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
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