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AULA 05 - A PERSPECTIVA LEAN NO EMPREENDEDORISMO

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EMPREENDEDORISMO
E INOVAÇÃO
AULA 05 – A PERSPECTIVA LEAN NO 
EMPREENDEDORISMO
Alexandre Alves
SUMÁRIO
1. Introdução Geral – Fordismo
2. Introdução Geral - Toyotismo
3. Benefícios dos Métodos Ágeis
4. O Método Kanban
5. Abordagem Lean Startup
6. Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO GERAL - FORDISMO
MODELO FORDISTA
Durante muito tempo vigorou na indústria um
modelo de produção industrial conhecido como
fordismo. Esse modelo, idealizado por Henry Ford,
proprietário da automobilística Ford Company, era
baseado em alguns pilares como a diminuição do
tempo de produção, a divisão rígida de tarefas, o
barateamento de produtos e a produção em
massa. Henry Ford, adaptou as ideias de Frederick
Taylor para sua indústria e criou uma série de
mecanismos que adaptavam seus funcionários às
máquinas, aumentando assim, a produtividade.
A LINHA DE MONTAGEM
Para Taylor a produção de todos os componentes deveria
ser artesanal, Ford avança nesse ponto, introduzindo a
automatização dos processos industriais. Além disso, a produção
foi padronizada, ou seja, seguiam um mesmo padrão. Nesse
sentido, as peças eram cortadas e moldadas por máquinas, o que
reduzia a chance de erro humano. Outro ponto inovador para a
época, foi a linha de montagem. Tratava-se de uma esteira
rolante que levava as peças a serem trabalhadas até os
operários. Os trabalhadores, por sua vez, ficavam imóveis
esperando os itens, atuando conforme a velocidade da esteira.
REDUÇÃO DO PREÇO
Padronizando os modelos e controlando a
linha de montagem e consequentemente o tempo
do operário, Henry Ford conseguiu reduzir
drasticamente o tempo de produção de um veículo.
Por fim, é de se esperar que produzindo dessa forma,
o preço final do produto caia de maneira
considerável. Por isso, outra característica do
fordismo é o preço mais acessível dos produtos.
MODELO FORDISTA
IMAGEM 01 – Henry Ford ao lado do famoso modelo T. Fonte: Incrível História. Disponível em: 
https://incrivelhistoria.com.br/henry-ford-t/ Acesso em 01 de março de 2022.
https://incrivelhistoria.com.br/henry-ford-t/
MODELO FORDISTA
Apesar de ter sido inicialmente introduzida na indústria
automobilística, as ideias de Ford foram aplicadas em diversas
outras fábricas, em diversos outros setores. A linha de
produção e a padronização de produtos e componentes passou a
ser aplicada em diversas indústrias, aumentando a produção e
reduzindo os custos e o preço final dos bens. Para entender um
pouco melhor o fordismo, vale a pena ver o filme “Tempos
Modernos” de Charlie Chaplin. No filme do cinema mudo, o
protagonista trabalha em uma indústria e acaba causando certa
confusão, pois não consegue trabalhar na velocidade imposta
pela linha de produção. Ademais, o filme abarca diversos outros
temas, sendo considerado um clássico mundial.
MODELO FORDISTA
IMAGEM 02 – Cena do filme Tempos Modernos. Chaplin (o segundo da esquerda para a direita) é 
operário em uma fábrica que segue princípios fordistas. Fonte: Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/tempos-modernos-filme-chaplin/ Acesso em 26 de fevereiro de 2022. 
https://www.todamateria.com.br/tempos-modernos-filme-chaplin/
FIM DO MODELO FORDISTA
O modelo Fordista foi um sucesso por cerca de duas
décadas, entre 1909 e 1929 aproximadamente. Como a
produção era razoavelmente barata e a Europa, destruída após a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), necessitava das indústrias
norte-americanas, as fábricas produziam em grande quantidade e
formavam grandes estoques, que eram rapidamente vendidos e
repostos logo em seguida. Contudo, a padronização excessiva e a
recuperação europeia ao longo da década de 20, levou a uma
redução da demanda. Contudo, apesar dessa redução, a oferta foi
mantida constante, o que levou a uma crise de superprodução.
INTRODUÇÃO GERAL – TOYOTISMO
MODELO TOYOTISTA
Foi nesse cenário de crise que o fordismo foi
superado, dando lugar ao um novo modelo de
produção industrial, o Toyotismo. Esse novo modelo
foi desenvolvido por Taiichi Ohno e Eiji Toyoda e
implementado nas fábricas japonesas da
Automobilística Toyota. A proposta toyotista
superou a fordista ao eliminar os estoques, tanto de
matéria-prima como de produtos finalizados. Esse
sistema passou a ser chamado de Modelo de
Acumulação Flexível.
JUST IN TIME
Foi na perspectiva toyotista que surgiu o Lean
Manufacturing, ou produção enxuta. Esse tipo de produção conta
com dois princípios fundamentais: a produção just in time e a
Jidoka. O just in time diz respeito a produzir o necessário em
termos de prazo e de volume. Com isso, os estoques podem ser
eliminados, já que se define um fluxo ideal para o processo
produtivo. Além disso, esse princípio também está associado
com a redução máxima de desperdícios. Para isso, é preciso
aplicar tecnologia de forma ampla e contratar mão-de-obra
altamente qualificada e multitarefa, completamente diferente do
modelo fordista.
JUST IN TIME
Segundo Maximiano (2015) o Just in time
possui três principais práticas: 01 Heijunka, nivela
a produção pela média da produção esperada,
contudo, mantém a fábrica com capacidade para
aumentar ou reduzir a quantidade produzida em
caso de demandas inesperadas. 02 Eliminação do
desperdício, buscando eliminar as atividades que
não agregam valor sob a perspectiva do
usuário/cliente ou operações desnecessárias. 03
Task Time, entendido como redução do tempo entre
o recebimento do pedido e a entrega do produto ou
serviço.
JIDOKA
Foi na perspectiva toyotista que surgiu o Lean
Manufacturing, ou produção enxuta. Esse tipo de produção conta
com dois princípios fundamentais: a produção just in time e a
Jidoka. O Jidoka, por sua vez, está atrelado a ideia de
qualidade. Isso porque, o operador passa a ter autonomia para
interromper o processo produtivo quando identifica uma falha,
ou processo anormal de produção, muitas vezes sinalizadas pelas
máquinas. Jidoka está relacionado diretamente ao controle de
qualidade. Esse conceito, além de muito importante, mudou a
forma como as pessoas trabalham nas empresas.
JIDOKA
Jidoka possui três práticas específicas: 01
Andon, estabelece a detecção de erros de forma
visual e imediata, sendo necessário perceber a falha
de maneira veloz. 02 Genchi Gengutso, A
identificação da causa do problema que gerou a
interrupção do processo deve ser feita sempre in
loco, ou seja, no local. 03 Pokayoke, criação de
métodos pilotados para evitar a reincidência de
defeitos. A presenta aula é apenas introdutória, por
isso não há espaço para aprofundar nos conceitos
apresentados acima.
MODELO TOYOTISTA
IMAGEM 03 – Fábrica da Toyota. O uso intensivo de tecnologia e mão de obra extremamente qualificada e 
multitarefa são características do Toyotismo. Fonte: Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/toyotismo-acumulacao-flexivel.htm Acesso em 26 de fevereiro de 2022. 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/toyotismo-acumulacao-flexivel.htm
BENEFÍCIOS DOS MÉTODOS ÁGEIS
INTRODUÇÃO
Entendida a perspectiva histórica acerca do
processo de administração lean, vale ressaltar que
hoje essa metodologia amparada na ideia de
redução do desperdício e do tempo de
desenvolvimento de produtos e serviços é
fundamental para sobrevivências dos mais
diversos empreendimentos. Com base nessa
necessidade, cada vez mais presente, de velocidade
na produção, entrega e redução dos custos, incluindo
a perda desnecessária de matéria-prima, que
surgiram os chamados métodos ágeis.
INTRODUÇÃO
O nome original vem do inglês Agile Software
Development, e é entendido como um conjunto de
metodologias que tem sua origem no
desenvolvimento de software e no segmento de
tecnologia da informação. No entanto, hoje pode
ser aplicado a projetos de qualquer área. O principal
objetivo dessas ferramentas é acelerar o ritmo de
entregas de um projeto, mas sem perder a qualidade
do produto final, aquele que é entregue aos clientes.
PILARES FUNDAMENTAIS
Para que tudo isso seja possível, as metodologias ágeis
têm alguns pilares fundamentais.Interação eficiente,
entendida como a relação entre a equipe e entre a empresa e o
cliente. Isso porque, uma comunicação com ruído pode gerar
falhas diversas que atrasam a entrega do produto. Boa
comunicação com o cliente, isso porque, a empresa passa a estar
mais alinhada a demanda do contratante e consegue satisfazê-la
de forma mais eficiente. Adaptação a mudanças, uma vez que a
comunicação e a interação entre todos é a mais eficiente possível,
as mudanças no projeto antes da entrega final passam a ser
menores e mais pontuais, sendo realizadas de forma mais rápida.
MANIFESTO ÁGIL
Inicialmente aplicado no desenvolvimento de softwares,
um grupo de programadores lançou o manifesto ágil, onde são
apresentados quatro valores que servem de guia para a
metodologia: “Indivíduos e interações mais que processos e
ferramentas”; “Software em funcionamento mais que
documentação abrangente”; “Colaboração com clientes mais
que negociação de contratos”; “Responder a mudanças mais
que seguir um plano”. Apesar de ter sido desenvolvida no
contexto da programação, essa metodologia pode ser aplicada
em diversas outras áreas com a mesma eficácia.
BENEFÍCIOS
Esse tipo de método apresenta uma série de
benefícios para os empreendedores. Maior
visibilidade do projeto pelo cliente. Como o ciclo
de trabalho é menor e as entregas frequentes, o
cliente tem mais facilidade em perceber o resultado.
Feedback constante. Como são várias etapas de
entrega, é possível que o cliente manifeste o seu
posicionamento em várias fases, isso evita que o
projeto seja desenvolvido e quando apresentado em
versão final, não agrade o cliente e sejam necessárias
diversas mudanças.
BENEFÍCIOS
Resultado final adaptado a demanda.
Graças aos feedbacks constantes, o produto final
está em acordo com tudo que foi solicitado pelo
cliente. Adaptabilidade. Como foi possível perceber
pelos valores do manifesto ágil, essa metodologia
apresenta alta capacidade de adaptação as
mudanças e incertezas que podem cercar um
projeto.
CONCLUSÃO
Existem diversas metodologias ágeis que
podem ser aplicadas pelos mais diversos
empreendedores. As mais conhecidas são o Scrum, o
Feature Driven Development (FDD), o Extreme
Programming (XP) e o Kaban. Dado as limitações de
uma disciplina introdutória, trataremos
brevemente do Kaban, ferramenta largamente
utilizada e simples de ser aplicada.
O MÉTODO KANBAN
INTRODUÇÃO
Dentro da metodologia lean, o Kanban é um dos métodos
ágeis mais utilizados e mais conhecidos no meio empreendedor.
Isso ocorre, em parte, por ser um sistema fácil de ser entendido e
aplicado nas diversas empresas, mesmo naquelas com poucos
recursos. Criado dentro do contexto toyotista, o Kanban se
baseia no controle do fluxo do produto ou serviço de uma
empresa por meio de uma gestão visual. Nos modelos mais
simples, as atividades são classificadas em “Tarefas a fazer”,
“Tarefas sendo Realizadas” e “Tarefas concluídas”. Nesse sentido,
é elaborado um quadro, onde cada coluna é nomeada com uma
das definições anteriores. As demandas da empresa são
colocadas nesse quadro, conforme seu status, e movidas na
tabela, conforme vão sendo iniciadas ou finalizadas.
CONCEITO
“Kanban é o termo japonês que significa cartão. Este cartão 
age como disparador da produção de centros produtivos em 
estágios anteriores do processo produtivo, coordenando a 
produção de todos os itens de acordo com a demanda de 
produtos finais. O sistema de cartões kanban mais difundido 
atualmente é o sistema de dois cartões, utilizado inicialmente 
na fábrica da Toyota no Japão” 
(CORRÊA; GIANESI, 1993 p.91). 
ELEMENTOS PRINCIPAIS
Dessa forma, o Kanban possui três elementos principais:
01 Sistema visual, entendido como o quadro onde são definidos
as colunas e os cartões com as demandas. 02 Cartões, ou seja, as
tarefas ou demandas da empresa que precisam ser executadas.
Os cartões, nesse sentido, são os itens que serão movidos ao
longo do sistema visual, permitindo que todos tenha a visão atual
do andamento da tarefa. 03 Limitação do trabalho, que permite
atribuir os limites de quantos itens podem estar em andamento
em cada segmento ou estado do fluxo de trabalho.
ELEMENTOS PRINCIPAIS
IMAGEM 04 – Exemplo de Quadro Kanban. Apesar de os quadros serem famosos, hoje existem softwares que 
realizam essa função. Fonte: Sebrae. Disponível em: https://inovacaosebraeminas.com.br/kanban-a-metodologia-
agil-mais-simples-e-mais-utilizada-atualmente/ Acesso em 26 de fevereiro de 2022. 
https://inovacaosebraeminas.com.br/kanban-a-metodologia-agil-mais-simples-e-mais-utilizada-atualmente/
KANBAN DE PRODUÇÃO
O Kanban não se limita a apenas um estilo, na
verdade, existem diversas possibilidades de
implementação e atuação para essa metodologia. O
mais conhecido e já comentado nessa aula é o
Kanban de produção. Nesse modelo existem
apenas três colunas: para fazer (to do), fazendo
(doing) e feito (done). Nesse formato, os cartões
devem conter pelo menos três informações: o que
deve ser feito, o prazo para entrega do produto
dessa tarefa e quem é o responsável por fazer. Uma
possibilidade muito implementada é o uso de cores.
As cores facilitam e permitem identificar de forma
rápida alguma informação desejada.
KANBAN DE PRODUÇÃO
Com relação ao uso de cores, por exemplo,
todos os cartões de tarefas a serem realizadas pelo
setor x da empresa serão na cor azul, as demandas
do setor y serão na cor verde, e as demandas do
setor z serão na cor amarelo. Outra opção é utilizar
as cores para identificar a prioridade de realização
de uma tarefa. Por exemplo, os cartões vermelhos
indicam tarefas a serem realizadas primeiro, pois são
mais urgentes. Conforme uma atividade é realizada,
o cartão passa para a coluna seguinte. Assim, abre-se
espaço para que uma nova demanda entre no
quadro.
KANBAN DE MOVIMENTAÇÃO
Kanban de movimentação, criado e utilizado na
automobilística japonesa Toyota, essa ferramenta controla o
fluxo de produção no modelo just in time. A empresa determina
um lote com uma quantidade determinada de itens, por exemplo,
200 unidades do veículo X. Contudo, a produção só avança a cada
20 unidades em fases pré-estabelecidas., no caso da montadora,
Montagem, Pintura e Acabamento. Dessa forma, o ritmo de
produção segue o padrão de consumo de veículos na sociedade. A
definição do nome de cada coluna pode variar conforme o setor
de atuação do empreendedor. Uma empresa de quadros por
exemplo, pode nomear as fases como: Impressão,
Emolduramento e Acabamento final.
KANBAN
IMAGEM 05 – Aplicativos como o Trello permitem criar um Kanban virtual onde toda a equipe pode ter acesso. 
Fonte: Nave. Disponível em: https://getnave.com/blog/trello-kanban-boards/ Acesso em 26 de fevereiro de 2022. 
https://getnave.com/blog/trello-kanban-boards/
CONCLUSÃO
Como já mencionado existem diversas vantagens na
aplicação de métodos ágeis em uma empresa, com a metodologia
Kanban não é diferente. A aplicação dessa ferramenta em uma
empresa traz benefícios como: Otimização da produtividade,
uma vez que a produção do bem ou serviço está em um fluxo mais
direcionado, com os caminhos o mais encurtado possível. Prioriza
tarefas importantes, já que é possível criar uma hierarquia de
atividades mais ou menos importantes ou com maior ou menor
prazo de execução. Isso pode ser feito com a posição do cartão no
quadro ou pelo uso de cores.
CONCLUSÃO
Redução de custos, isto porque, essa metodologia implica
da redução de desperdícios e processos mais eficientes. Melhora
o fluxo de demandas, visto que organiza as tarefas de forma
visual. Favorece a comunicação da equipe, já que essa ferramenta
preza pela visibilidade e troca de informações, acessíveis a todos,
e pela colaboração entre os diferentes trabalhadores.
ABORDAGEM LEAN STARTUP
INTRODUÇÃO
O termo Lean Startup apareceu pela primeira vez no
livro de mesmo nome do pesquisador da Harvard Business
School, Eric Ries. Startup, como vimos na aula 02, são empresas
cujo modelo de negócios é repetível e escalável. Já o termo lean,
pode ser traduzidocomo enxuto. Portanto, traduzindo para o
português, seria algo como startup enxuta. Na prática, é um
conjunto de conceitos e metodologias que orientam
empreendedores no ramo da inovação tecnológica. Para Ries,
tanto o problema, entendido como a necessidade do cliente,
como a solução, entendido como o produto ou serviço a ser
ofertado, são desconhecidos. A descoberta, portanto, ocorreria
de forma interativa.
OBJETIVO
O objetivo do Lean Startup é testar, validar
ou refutar hipóteses levantadas sobre a
possibilidade de oferta de um produto ou uma
hipótese sobre o mercado que se atua ou deseja
atuar. Nesse sentido, a velocidade o custo de
interação são fatores fundamentais a serem
considerados pelo empreendedor. Quanto mais
rápido e mais barato a renovação, maior a chance de
sucesso.
ESTRUTURAÇÃO
Ries estruturou o Lean Startup em um tripé: Customer
Development, Desenvolvimento Ágil e Plataforma Tecnológica.
Customer Development diz respeito ao desenvolvimento de
clientes. trata-se de um processo detalhado para testar e validar
hipóteses para que a startup encontre um alinhamento entre
produto e mercado. Desenvolvimento Ágil está relacionado com
o uso de metodologias ágeis, como estudado nos tópicos
anteriores. Isso ocorre, porque tais métodos são capazes de
melhorar o recebimento de feedback e interação entre a equipe e
entre a empresa e o cliente. Por fim, Plataforma Tecnológica
tem relação com a solução proposta em base tecnológica. Com
essas ferramentas é possível conseguir agilidade e baixo custo na
construção e na manutenção de produtos e serviços.
CICLO CONSTRUIR-MEDIR-APRENDER
Outro conceito fundamental apresentado
por Ries é o ciclo Construir-Medir-Aprender. Essas
seriam, segundo o autor, as três etapas operacionais
de uma startup. Na construção um produto ou
serviço é criado. Na mediação, o produto ou serviço é
testado junto a clientes e os feedbacks são colhidos
e é feito uma mensuração em relação a reação dos
consumidores. Por fim, aprender está relacionado
com aplicação do aprendizado obtido na etapa
anterior para melhorar o próximo ciclo.
CICLO CONSTRUIR-MEDIR-APRENDER
IMAGEM 06 – O ciclo construir-medir-aprender de Eric Ries. Fonte: Elaborado pelo autor.
PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL
A partir desse ciclo, Ries apresentou alguns
princípios que orientam os empreendedores na
tomada de decisão. O primeiro desses princípios é o
minimum viable product ou MVP que em tradução
para o português seria produto mínimo viável. O
MVP nada mais que é um protótipo que permite
aos empreendedores testar a viabilidade da
hipótese levantada de forma mais rápida e com
menor custo possível. Muitos empresários tendem
a lançar o produto apenas na versão acabada,
contudo, isso pode demandar muito tempo e
recursos financeiros e não trazer nenhum resultado.
MÉTRICAS DE VAIDADE
Muitas instituições ficam presas nas
consideradas “métricas de vaidade”, e não se
atentam se seus indicadores estão compatíveis com
a proposta desejada. Por exemplo: números de
downloads em um e-book são métricas de vaidade,
se os clientes não compram esse produto. Portanto,
métricas de vaidade são todos os números e
estatísticas referentes a um produto ou
empreendimento que não geram resultado de
fato.
DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO
A partir dos feedbacks recebidos, é necessário decidir por
prosseguir com o projeto ou desistir da proposta. Uma vez
validada a ideia inicial com o MVP, o empreendedor deve buscar
sempre uma melhoria constante de seus produtos e/ou serviços.
Além disso, o recebimento de feedback e interação com clientes
devem ser constantes e não apenas durante a fase de testagem.
Esse princípio foi definido por Ries como Continuous
Deployment. O Desenvolvimento constante, portanto, trata do
recebimento de feedback durante todo o tempo de vida de um
produto e a busca contínua pela melhora.
PIVOTAR
Quando o ciclo construir-medir-aprender e o teste de
hipótese realizado com o MVP indicar que o produto ou serviço
não vale a pena e não trará os resultados desejados, Ries entende
que é hora de pivotar. Dessa forma, Pivotar seria nada mais que
desistir da ideia inicial e direcionar esforços para um novo
projeto.
CONCLUSÃO
A relevância da metodologia Lean Startup está
justamente na possibilidade de criar empresas resilientes e
capazes de enxergar, ainda cedo, o fracasso de uma ideia.
Dessa forma, os riscos são reduzidos, os custos menores e os
prejuízos minimizados. Vale destacar que nem sempre a primeira
ideia ou reconhecimento de uma oportunidade pelo
empreendedor é aquela que trará sucesso. Muitos
empreendedores testam várias ideias até encontrar aquela que
dará os resultados desejados.
CONCLUSÃO
VÍDEO 01 – [Livro] A startup enxuta | Eric Ries [microaula]. Canal: Pipelearn
Link: https://www.youtube.com/watch?v=thrccjs0BYA
https://www.youtube.com/watch?v=thrccjs0BYA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Eder Gonçalves de. ALEIXO, Tayra Carolina Nascimento. 
Empreendedorismo e Inovação. Londrina: Educacional SA, 2020. 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito 
empreendedor. Empreendedorismo e viabilização de novas empresas. 
Um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2007. 
COLLABNET VERSIONONE. 13th Annual State of Agile Report. [S.l.], 
2019.
CORRÊA, H. L., GIANESI, I. G. N. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque 
estratégico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 186p.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser 
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https://agilemanifesto.org/iso/ptbr/manifesto.html
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fordismo.htm
https://blog.revelo.com.br/metodos-ageis-e-como-aplicar/

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