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Depressão: Prevalência, Sintomas e Comorbidades

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Vitoria Araujo 
Turma 7 - @vitoria_arjo 
1 
Depressão 
 
Introdução 
• No mundo as prevalências estimadas de 
depressão ao longo da vida são de 14,6% em 
países desenvolvidos e 11,1% em países em 
desenvolvimento. 
• No Brasil, esse valor chega a 18,4%; 
• No Brasil e na maioria dos países 
desenvolvidos a idade mais comum é por 
volta dos 18 a 34 anos; 
• Um episódio depressivo dura em média 12 
semanas e 25% dos casos podem perdurar 
por mais de 24 meses; 
• A depressão aumenta de 12 a 20 vezes o 
risco de suicídio e é responsável por 20,8% a 
35,8% dos suicídios em geral; 
• Estimativa de hereditariedade é de 40 a 
80%; 
• Filhos de indivíduos com depressão tem 
chances 3 vezes maiores também de 
desenvolverem depressão; 
• Em geral, as mulheres são duas vezes mais 
propensas que os homens, a ter depressão. 
 
Sintomas e diagnóstico 
 
 
 
• Os pacientes podem parecer infelizes, com 
olhos lacrimejantes, testa enrugada, cantos 
da boca voltados para baixo, postura 
retraída, pouco contato visual, perda da 
expressão facial, pouco movimento corporal 
e mudanças no discurso (p. ex., voz suave, 
perda da prosódia, uso de palavras 
monossilábicas). 
• A aparência pode ser confundida com 
doença de Parkinson. 
• Em alguns pacientes, o humor deprimido é 
tão profundo que as lágrimas secam; eles 
relatam que ficam incapazes de sentir as 
emoções habituais e sentem que o mundo 
se tornou sem cor ou sem vida. 
• Para o diagnóstico: 
o ≥ 5 dos seguintes devem estar 
presentes quase todos os dias durante o 
mesmo período de 2 semanas, e um 
deles deve ser humor deprimido ou 
perda de interesse ou prazer: 
o Humor deprimido durante a maior parte 
do dia 
o Diminuição acentuada do interesse ou 
prazer em todas ou quase todas as 
atividades durante a maior parte do 
dia 
o Ganho ou perda ponderal significativo 
(> 5%) ou diminuição ou aumento do 
apetite 
o Insônia (muitas vezes insônia de 
manutenção do sono) ou hipersonia 
o Agitação ou atraso psicomotor 
observado por outros (não 
autorrelatado) 
o Fadiga ou perda de energia 
o Sentimentos de inutilidade ou culpa 
excessiva ou inapropriada 
o Capacidade diminuída de pensar, 
concentrar-se ou indecisão 
o Pensamentos recorrentes de morte ou 
suicídio, tentativa de suicídio ou um 
plano específico para cometer suicídio 
 
 
 
• Sintomas depressivos que persistem por ≥ 2 
anos sem remissão são classificados como 
transtorno depressivo persistente (TDP), 
Depressão maior (unipolar) 
Transtorno depressivo persistente 
 
 
 
Vitoria Araujo 
Turma 7 - @vitoria_arjo 
2 
uma categoria que consolida os 
transtornos anteriormente denominados 
transtorno depressivo maior crônico e 
transtorno distímico. 
• Os sintomas tipicamente começam 
insidiosamente durante a adolescência e 
podem persistir por muito anos ou décadas. 
• O número de sintomas muitas vezes oscila 
acima e abaixo do limiar para episódio 
depressivo maior. 
• Para o diagnóstico: 
o Os pacientes devem ter tido humor 
deprimido na maior parte do dia por um 
número maior de dias do que os dias 
sem sintomas durante ≥ 2 anos, e ≥ 2 
dos seguintes: 
o Baixo apetite ou comer em excesso 
o Insônia ou hipersonia 
o Baixa energia ou fadiga 
o Baixa autoestima 
o Falta de concentração ou dificuldade 
em tomar decisões 
o Sentimentos de desespero 
 
Comorbidades 
• Desordens mentais: 
o Transtorno de estresse pós-traumatico; 
o Fobia social ou fobia específica; 
o Abuso de drogas com ou sem 
dependência; 
o Abuso de álcool com ou sem 
dependência; 
o Distúrbio de controle do impulso; 
o Transtorno distímico; 
o Transtorno bipolar; 
o Desordens de ansiedade; 
o Transtorno do pânico; 
o Transtorno de ansiedade generalizada; 
o Transtorno explosivo intermitente; 
• Doenças físicas: 
o Úlcera; 
o Câncer e diabetes; 
o Ataque do coração; 
o Doenças do coração; 
o Hipertensão; 
o Derrame; 
o Artrite ou reumatismo; 
o Problemas respiratórios; 
o Asma; 
o Dores crônicas; 
o Dor frequente ou grave; 
o Doença pulmonar crônica; 
o Alergias sazonais; 
o Problemas no músculo esquelético; 
o Problemas nas costas ou no pescoço; 
 
Teorias 
 
 
• A depressão é causada por um déficit 
funcional das monoaminas transmissoras 
(noradrenalina e/ou 5-HT) em certos locais 
do cérebro enquanto a mania resulta de 
um excesso funcional; 
• Serotonina (5-HT) e noradrenalina (NA), 
desempenham papéis críticos na modulação 
do humor, ciclo de sono-vigília, na 
motivação, na percepção da dor e função 
neuroendócrina; 
o Serotonina (Medula espinhal): 
§ Percepção da dor; 
§ Regulação visceral; 
§ Controle motor; 
o Serotonina (Prosencéfalo): 
§ Modulação do humor; 
§ Cognição; 
§ Função endócrina; 
o Noradrenalina: 
§ Vigilância; 
§ Resposta ao estresse; 
§ Função neuroendócrina; 
§ Controle da dor; 
§ Atividade do sistema nervoso 
simpático; 
 
Teoria das monoaminas 
 
 
 
Vitoria Araujo 
Turma 7 - @vitoria_arjo 
3 
 
 
 
 
• Sugere que a depressão decorre de uma 
anormalidade nos receptores pós-
sinápticos; 
• Quando as monoaminas estão diminuídas 
na fenda sináptica, ocorre uma 
suprarregulação desses receptores, os 
quais, adaptativamente, aumentam em 
número ou em sensibilidade para tentar 
compensar a diminuição desses NT; 
• 
 
 
• Ocorre em decorrência de uma deficiência 
na transdução de sinais do NT monoamínico 
e de seu neurônio pós-sináptico; 
• Falha na transdução de sinal pelos 
receptores é causada por um gene-alvo do 
Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro 
(BNDF); 
 
Fármacos 
 
 
• Drogas: 
o Imipramina (Tofranil ®) 
o Clomipramina (Anafranil ®) 
o Amitriptilina (Tryptanol ®) 
o Nortripitilina (Pamelor ®) 
o Maprotilina (Ludiomil ®) 
o Doxepina (Sinequan ®) 
• Inibe a receptação de NA, 5-HT e DA; 
• Aplicação clínica: 
o Depressão maior; 
o Enxaqueca; 
o Distúrbio de dor somática; 
o Síndrome da fadiga crônica; 
o Insônia: doses baixas 
• Efeitos adversos: 
o SNC: 
§ Sedação: H1 
o Efeitos antimuscarínicos: 
§ Pertubação da memória (SNC); 
§ Xerostomia; 
§ Constipação; 
§ Aumento da pressão intraocular em 
pacientes glaucomatosos; 
§ Visão turva; 
o Tremores; 
o Redução da libido; 
o Efeitos cardiovasculares: 
§ Taquicardia; 
§ Hipotensão; 
§ Inotropismo negativo + hipotensão 
(pode levar a IC e IAM); 
§ Contra-indicados para pacientes 
com IAM; 
• Uso deve ser limitado em pacientes com: 
o ICC; 
o Hipotensão ortostática; 
o Doença cardiovascular avançada; 
 
 
 
 
• Drogas: 
o Fluoxetina (Prozac ®) 
o Sertralina (Zoloft ®) 
o Paroxetina (Aropax ®) 
o Citalopram (Cipramil ®) 
o Escitalopram (Lexapro ®) 
o Fluvoxamina (Luvox ®) 
• Indicações: 
o Depressão maior; 
o Bulimia; 
o Depressão secundária; 
o Agressividade; 
o TOC; 
Hipotése com base nos receptores 
Hipotése monoaminégica da 
expressão gênica 
Tricíclicos 
Inibidores Seletivos da 
Recaptação de 5-HT (IRSR) 
 
 
 
Vitoria Araujo 
Turma 7 - @vitoria_arjo 
4 
o Transtorno de pânico; 
o Depressão pré-menstrual; 
o Fadiga crônica; 
o Síndrome de estresse pós-traumático; 
• Contra-indicação: 
o IMAO ou L-Triptofano; 
• Geralmente seguros e bem tolerados; 
• Efeitos colaterais: 
o SNC (5-HT2): 
§ Nervosismo; 
§ Tremor; 
§ Insônia/ Sedação; 
§ Fadiga; 
§ Cefaleia; 
o Sexual: 
§ Retardo no orgasmo; 
§ Baixa libido; 
§ Baixa ereção/ lubrificação; 
o Gastrointestinal: 
§ Náusea/ vômito (11-16%); 
§ Diarreia; 
§ Obstipação; 
§ Anorexia; 
§ Boca seca; 
o Indução de mania; 
• Gestação: 
o Fluoxetina: pode ser utilizada 
o Paroxetina e Venlafaxina: má-formação 
fetal e complicações; 
• Aleitamento: 
o Nortriptilina e Sertralina; 
 
 
 
• Inibem irreversivelmente a MAO A e B; 
o MAO-A -> degradam os hormonios 
serotonina, noradrenalina e dopamina; 
o MAO-B -> degrada a dopamina; 
• Raramente prescritos (quando os demais 
não atuam); 
• Os IMAO podem interagir com uma imensa 
variedade de drogas e alimentos; 
• Drogas: 
o Tranilcipromina; 
o Moclobemida; 
o Seleglinina (IMAO-B); 
• Interações: 
o Descongestionantes nasais; 
o Pílulas para dieta contendo 
efedrina;o Agonistas DA (Bupropiona); 
o ISRSs, Venlafaxina, a maior parte dos 
ADTs; 
o Anti-hipertensivos e diuréticos; 
o Opióides; 
• Obrigatório: 
o Dieta pobre em TIRAMINA: 
§ Queijo, carnes defumadas ou 
envelhecidas, vinho, feijão, fígado... 
• Efeitos adversos: 
o Cardiovasculares: 
§ HAS (Reação do queijo – tiramina) – 
Fatal; 
• Todos os IMAO apresentam intensa 
atividade anticolinérgica: 
o Impotência 
o Boca seca 
o Constipação 
o 
 
 
 
• Drogas: 
o Venlafaxina 
o Desvenlafaxina 
o Duloxetina 
• Ligação proteica 27%, pouca interação com 
CYP450; 
• Efeitos colaterais semelhantes ao ISRS; 
• Monitoração da PA; 
 
 
 
 
• Droga: 
o Bupropiona (Zyban ®); 
• Mecanismo: 
o Inibe a receptação de NA, DA; 
Inibidores da MAO 
Inibidores Seletivos da 
Recaptação de 5-HT e NA 
Inibidores da Recaptação de NA 
e DA 
 
 
 
Vitoria Araujo 
Turma 7 - @vitoria_arjo 
5 
o Liberação de NA e DA; 
• Não altera o sono; 
• Indicações: 
o Depressão; 
o Retirada do tabaco; 
o TDAH; 
o Perda de peso; 
• Risco de convulsões: 450-600 mg/dia 
o Doses < 150, > 4 horas de intervalo; 
o Dose máxima 400 mg/dia 
• Efeitos adversos: 
o Diminuição do sono; 
o Inquietação; 
o Irritabilidade; 
o Agitação; 
o Nenhum EC sexual; 
o Delirium; 
o Psicose; 
o Discinesias (quando combinados com 
agonistas dopaminérgicos) 
o Risco de convulsões; 
• Não pode ser associado com IMAO; 
 
 
• Tradazona e Nefazodona: 
o Produz sedação que pode ser vantajosa; 
o Priapismo; 
o Nefazodona: 
§ Mais potente, menos sedativo, sem 
priaismo, mas com insuficiência 
hepática; 
• Mirtazapina (Remeron soltab ®): 
o Antagonista H1; 
o Antagonista alfa 2 pré-sináptico; 
o Antagonista 5-HT2 pós sináptico; 
o Antagonista 5-HT3 pós sináptico; 
o Associação com ISRS melhora na 
depressão; 
o Efeitos colaterais: 
§ Obstipação; 
§ Ganho de peso; 
• Aglometadina: 
o Agonista do receptor de melatonina 
o É um agonista dos receptores MT1 e 
MT2 da melatonina e um antagonista 
fraco do 5-HT2C. 
 
 
 
 
 
 
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