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ANSIEDADE 
 
 
DEFINIÇÃO 
O transtorno de ansiedade são um conjunto de transtornos que estão relacionadas com o funcionamento do corpo e com as 
experiências de vida do indivíduo, que compartilham a característica de medo e ansiedade excessivo, tendo perturbações 
comportamentais relacionadas e ideação cognitiva associada (pensamentos negativos) 
TIPOS 
 
Ansiedade normal: Sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão, muitas vezes acompanhada por sintomas autonômicos 
como cefaleia, perspiração, palpitações, aperto no peito, leve desconforto estomacal e inquietação, indicada por uma 
incapacidade de ficar sentado ou em pé por muito tempo. A gama de sintomas presentes durante a ansiedade tende a variar entre 
as pessoas. 
Transtorno de ansiedade de separação: Sobretudo em crianças, pode haver medo e ansiedade importantes relacionados a 
separar-se de pessoas significativas, percebidas como protetoras (mães, avós, pais, entre outras). Tipicamente, a criança tem muito 
medo e ansiedade de, para ir à escola, separar-se da mãe ou de outros membros da família. Chora muito, fica muito ansiosa e 
amedrontada, tem medo de que algo muito ruim ocorra. A criança muitas vezes pede ou exige que a mãe fique com ela na sala de 
aula. Também pode ter dificuldades em dormir sozinha e/ou ter pesadelos relacionados à separação. Em adultos, isso pode ocorrer 
com o(a) companheiro(a) romântico(a) (separar-se do[a] namorado[a] ou esposo[a]). Para o diagnóstico, os sintomas devem durar 
muitos meses e ser suficientemente graves, prejudicando o desenvolvimento escolar, pessoal e social da criança, adolescente ou 
adulto. 
Mutismo seletivo: é um transtorno de ansiedade infantil complexo que se caracteriza pela dificuldade de um indivíduo se 
comunicar verbalmente em determinadas situações sociais, pode se manifestar na escola principalmente entre crianças de 3 a 6 
anos de idade. 
Fobia específica: Uma fobia específica é o medo e a ansiedade diante de uma situação ou objeto específico em um grau que é 
desproporcional ao perigo ou risco real. A situação ou o objeto é geralmente evitado quando possível; mas, caso a exposição 
ocorra, a ansiedade se desenvolve rápido. 
Fobia social (TAS): ansiedade provocada pela exposição a situações sociais, normalmente com subsequente comportamento de 
esquiva. Pode ser generalizada (em resposta a muitas situações interpessoais) ou específica em resposta a uma situação social 
(usar um banheiro público, falar em público) 
Transtorno de pânico: Ataques de pânico recorrentes e inesperados, normalmente com ansiedade antecipatória e 
comportamento de esquiva. 
ANSIEDADE 
 
Agorafobia: ansiedade sobre ou evitação de lugares ou situações das quais poderia ser difícil ou embaraçoso ou em que a ajuda 
pode não estar disponível em caso de sintomas de pânico. O medo e a angústia relacionam-se a um conglomerado de pessoas em 
espaços amplos ou em locais de onde possa ser difícil escapar ou onde o auxílio ou a presença de pessoas próximas não seja 
rapidamente acessível. 
Transtorno de ansiedade generalizado (TAG): A característica principal desse transtorno é a preocupação persistente e excessiva 
com vários domínios, incluindo trabalho e desempenho escolar, que o indivíduo acha difícil de controlar. A pessoa também pode 
sentir-se inquieta, tensa ou nervosa; ser facilmente fatigado; dificuldade de concentração ou mente ficando em branco; 
irritabilidade, tensão muscular e distúrbios do sono. 
Transtorno de ansiedade devido a outras condições médicas: Os sintomas de ansiedade são a consequência fisiológica de outra 
condição médica. Os exemplos incluem doenças endócrinas: hipotireoidismo, hipoglicemia e hipercortisolismo; distúrbios 
cardiovasculares: insuficiência cardíaca congestiva, arritmia e embolia pulmonar; doença respiratória: asma e pneumonia; 
distúrbios metabólicos: B12 ou porfiria; doenças neurológicas: neoplasias, encefalite e distúrbios convulsivos. 
Transtorno de ansiedade induzido por substâncias/medicamentos: Este transtorno envolve sintomas de ansiedade devido à 
intoxicação ou abstinência de substância ou a tratamento médico. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Prevalência: 
− População mundial geral (média dos últimos 12 meses): 11-18% 
− População brasileira (média dos últimos 12 meses): 20,8% 
o Mulheres: 30,5% 
o Homens: 19,2% 
− A prevalência diminui com o status socioeconômico mais alto 
− Pico na meia idade e declínio nos últimos anos de vida. 
 Início: 
− Terceira década de vida 
Curso: 
− Crônico, flutuante com piora em picos de estresse 
 
FATORES DE RISCO/CAUSAIS E FATORES PREDITIVOS 
FATORES DE RISCO: 
Temperamentais: Inibição comportamental, afetividade negativa (neuroticismo) e evitação de danos foram associadas ao 
transtorno de ansiedade generalizada. 
Ambientais: Embora as adversidades na infância e a superproteção parental tenham sido associadas ao transtorno de ansiedade 
generalizada, não foram identificados fatores ambientais específicos para o transtorno ou necessários ou suficientes para fazer o 
diagnóstico. 
Genéticos e fisiológicos: Um terço do risco de experimentar transtorno de ansiedade generalizada é genético. Os fatores genéticos 
se sobrepõem ao risco de neuroticismo e são compartilhados com outros transtornos de ansiedade e humor, particularmente o 
transtorno depressivo maior. 
Fatores de risco associados a fatores sociodemográficos: 
− Mulheres tiveram o dobro de chance de transtornos de ansiedade 
− As faixas etárias mais jovens apresentaram maior chance que idosos 
− As pessoas com escolaridade menor que educação primária 
− Os grupos de indivíduos separados, viúvos ou divorciados 
ANSIEDADE 
 
− A renda não mostrou influência 
− Indivíduos que foram expostos a pelo menos um evento traumático 
− Exposição à violência 
− A ansiedade também revelou associação com doenças físicas 
QUADRO CLÍNICO 
ANSIEDADE: 
Medo, angústia, taquicardia, inquietação, insônia, dificuldade de relaxar, dificuldade de concentração. 
ANSIEDADE GENERALIZADA: 
As características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação contínuas e excessivas 
acompanhadas por tensão ou inquietação motora (tremor, inquietação e cefaleias). A ansiedade é excessiva e interfere em 
outros aspectos da vida da pessoa. Esse padrão deve ocorrer na maioria dos dias por pelo menos seis meses. 
ATAQUE DE PÂNICO: 
Entre os principais sintomas do ataque de pânico, destacam-se falta de ar, agitação, sudorese intensa, tontura, formigamento, 
espasmos musculares, tremores, sensação de frio ou calor, batimentos cardíacos acelerados e medo de morrer ou de perder o 
controle. 
FISIOPATOLOGIA 
Normal: O estresse atua na amígdala (centro receptor da emoção) que irá estimular hipotálamo liberar CRH (hormônio liberador 
da corticotrofina), esse hormônio atua na hipófise, e promove liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) ao qual vai para 
corrente sanguínea, chegando nas glândulas adrenais e liberando cortisol. 
Patologia: Devido a modificações fisiológicas causadas pelo estresse em excesso, a quantidade de GABA diminui (atua no 
hipocampo, fazendo com que aumente o feedback negativo) fazendo com que aumente, para compensar, a atividade na amigdala 
(aumento da concentração de serotonina). Com o aumento da atividade na amigdala, temos o aumento da liberação de cortisol 
na corrente sanguínea, causando as manifestações clínicas da ansiedade. 
Estresse 
 
Amigdala (+) / hipocampo (-) 
 
Hipotálamo (+) 
 
CRH (+) 
 
Hipófise (+) 
 
ACTH (+) 
 
Adrenal 
 
CORTISOL (+) 
ANSIEDADE 
 
 
DIAGNÓSTICO (DSM-5) 
O diagnóstico é clínico e depende de critérios específicos que são definidos com simplicidade no DSM V. 
Critérios para TAG: 
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, 
com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). 
B. O indivíduo considera difícilcontrolar a preocupação. 
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns 
deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses): 
− Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
− Fatigabilidade. 
− Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 
− Irritabilidade. 
− Tensão muscular. 
− Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). 
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas. 
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (hipertireoidismo). 
F. A perturbação não é melhor explicada por outro transtorno mental. 
DIAGNOSTICOS DIFERENCIAIS 
 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA 
ANSIEDADE 
 
− Baixa toxicidade 
− Mínimos efeitos colinérgicos 
− Classe farmacológica: antidepressivos 
− Os ISRS inibem a recaptação da serotonina na fenda sináptica e com isso há mais neurotransmissores disponíveis para a 
exercer a atividade serotonérgica 
 
1. Escitalopram 
− Indicações: tratamento da depressão e, a longo prazo, para prevenir a recorrência de novos episódios de depressão nos 
casos de depressão recorrente; tratamento de pacientes com transtorno de pânico com ou sem agorafobia e para o 
tratamento de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo (TOC). 
− Possui pouco efeito na recaptação de dopamina, noradrenalina e GABA. 
− Suprime o sono REM (Rapid Eye Movement) ou sono com movimento oculares rápidos, e aumenta o sono profundo de 
ondas lentas. 
− Potencializa o efeito antinociceptivo de analgésicos opióides quando utilizados de forma concomitante. 
− A meia-vida de eliminação: 36 horas. 
− Efeito terapêutico: 7 a 14 dias 
− Posologia: 
o Inicial: 5mg 
o Máxima: 20mg 
− Efeitos colaterais: aumento de peso, ansiedade, inquietude, sonhos anormais, diminuição da libido, anorgasmia feminina, 
cefaleia, náuseas, sudorese, mialgias e artralgias, fadiga. 
− Contraindicações: lactantes 
2. Fluoxetina 
− Indicada para o tratamento da depressão associada ou não com ansiedade, bulimia nervosa, TOC e transtorno disfórico 
pré-menstrual (TDPM). 
− Ela é bem absorvida após administração oral, atingindo sua concentração máxima no intervalo de 6 a 8 horas. 
− Importante para a clínica: administração cuidadosa em pacientes com histórico de convulsões. 
− Interações importantes com a fluoxetina: medicamentos ativos no sistema nervoso central (ex.: fenitoína, 
carbamazepina, haloperidol, diazepam e desipramina); drogas que se ligam às proteínas plasmáticas (ex.: diclofenaco); 
Varfarina (por alterar os efeitos anticoagulantes); Ácido acetilsalicílico e AINES (ex.: ibuprofeno, nimesulida, naproxeno); 
Tioridazina (arritmias cardíacas graves, podendo levar o indivíduo a óbito). 
− Efeito terapêutico: 6 a 8 semanas 
− Posologia: 
o Inicial: 20mg 
o Máxima: 80mg 
− Efeitos colaterais: 
ANSIEDADE 
 
− Contraindicações: lactantes 
3. Paroxetina 
− Indicada no tratamento de depressão de todos os tipos e transtornos de ansiedade 
− Meia vida: 24 horas 
− Efeito terapêutico: 7 dias 
− Posologia: 
o Inicial: 20mg 
o Máxima: 60mg 
− Efeitos colaterais: 
− Contraindicações: 
4. Sertalina 
− Possui maior potência e especificidade relacionada a inibição da receptação de serotonina do que noradrenalina 
− Meia vida: 26 horas 
− Efeito terapêutico: 7 dias 
− Posologia: 
o Inicial: 25mg 
o Máxima: 200mg 
− Possui ação inibitória baixa na recaptação de dopamina, ação agonista do receptor sigma 1 e antagonista do receptor 
alfa1-adrenérgico. 
Efeitos colaterais mais comuns do ISRS: 
 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA – DUAIS 
− Inibem a recaptura tanto de serotonina quanto de noradrenalina 
1. Duloxetina 
ANSIEDADE 
 
− A duloxetina é um fármaco com importante papel antidepressivo, cuja classe farmacológica se sustenta na inibição da 
recaptação tanto da serotonina – 5-HT (isto é, age como inibidor do transportador de serotonina ou do SERT – receptor) 
quanto da noradrenalina – NA (ou seja, age como inibidor do transportador de noradrenalina, o NAT). 
− Mecanismo de ação: O fármaco atua em duas linhas de ação, que resultam na maior distribuição e disponibilização de 
serotonina (5-HT) e, secundariamente, de noradrenalina (NA) no sistema nervoso central (SNC). São elas: 
 Bloqueio do transportador responsável pela recaptação de norepinefrina, aumentando assim a 
neurotransmissão noradrenérgica. 
 Bloqueio do transportador responsável pela recaptação de dopamina, aumentando assim a neurotransmissão 
dopaminérgica. 
Embora sejam comumente denominados agentes de “dupla ação” sobre a serotonina e a noradrenalina, os IRSN exercem, 
de fato, uma terceira ação sobre a dopamina no córtex pré-frontal, mas não em outras áreas do cérebro. O efeito da 
duloxetina no córtex pré-frontal aumenta a concentração de DA. Isso ocorre porque a DA é inativada quando a NA é 
recaptada na fenda e uma vez esse processo sendo bloqueado, aumenta-se a neurotransmissão de DA nessa região 
cerebral (rica em receptores dopaminérgicos). Esse terceiro mecanismo de reforço da neurotransmissão dopaminérgica 
em uma importante área do cérebro associada a vários sintomas da depressão deve constituir outra vantagem teórica 
para a farmacologia dos IRSN e sua eficácia no tratamento da depressão maior. 
− Indicações: A duloxetina é primariamente indicada para o tratamento da depressão. Os estudos mostram que se trata de 
uma droga eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento contínuo, por até seis meses, em pacientes 
que apresentaram resposta ao tratamento inicial. Além disso, é indicado para o tratamento de: 
o Transtorno depressivo maior: como segunda linha de tratamento; 
o Dor neuropática periférica diabética; 
o Fibromialgia (FM) em pacientes com ou sem transtorno depressivo maior (TDM); 
o Estados de dor crônica associados à dor lombar crônica; 
o Estados de dor crônica associados à dor devido à osteoartrite de joelho (doença articular degenerativa) em 
pacientes com idade superior a 40 anos; 
o Transtorno de ansiedade generalizada: tanto para quadros agudos quanto para manutenção. 
− Meia vida: 12 horas 
− Efeito terapêutico: 15-30 dias 
− Posologia: 
o Inicial: 60mg 
o Máxima: 120mg 
− Efeitos colaterais: xerostomia (sensação de boca seca), náusea, cefaleia, taquicardia, diarreia, vômito, sintomas 
dispépticos, hiporexia (diminuição do apetite), perda de peso, fadiga, risco aumentado de quedas, rigidez muscular, 
tontura, sonolência, tremor e visão borrada. 
− Contraindicações: 
o Alergias ou hipersensibilidade ao princípio ativo 
o Pacientes que tomam IMAO 
o Menores de 18 anos 
o Atenção especiais para diabéticos (contem açúcar) 
2. Venlafaxina 
− Mecanismo de ação: inibidores potentes da recaptação neuronal de serotonina e norepinefrina e inibidores fracos da 
recaptação da dopamina. Acredita-se que a atividade antidepressiva da venlafaxina esteja relacionada à potencialização 
de sua atividade neurotransmissora no Sistema Nervoso Central (SNC). A venlafaxina e a O-desmetilvenlafaxina não tem 
afinidade significante in vitro por receptores muscarínicos, histaminérgicos ou α-1-adrenérgicos. A atividade nesses 
receptores pode estar relacionada com vários efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados com 
outros medicamentos psicotrópicos. 
− Indicações: Tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada. Para prevenção de recaída e 
recorrência da depressão. Tratamento de ansiedade ou Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), incluindo 
tratamento a longo prazo. Tratamento do Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também conhecido comoFobia Social. 
− Meia vida: 48 horas 
− Efeito terapêutico: 
− Posologia: 
ANSIEDADE 
 
o Inicial: 75mg 
o Maxima: 225mg 
− Efeitos colaterais: náuseas, tonturas, boca seca, sonolência, astenia, cefaleia, insônia, ansiedade, sudorese e impotência 
sexual. 
− Contraindicações: 
o Alergias ou hipersensibilidade ao princípio ativo 
o Pacientes que tomam IMAO 
o Menores de 18 anos 
o Atenção especiais para diabéticos (contem açúcar) 
3. Desvenlafaxina 
− Mecanismo de ação: potencialização da atividade da serotonina e da norepinefrina no sistema nervoso central. 
− Indicações: Tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada. Para prevenção de recaída e 
recorrência da depressão. Tratamento de ansiedade ou Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), incluindo 
tratamento a longo prazo. Tratamento do Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também conhecido como Fobia Social. 
− Meia vida: 11 horas 
− Efeito terapêutico: 15-20 dias 
− Posologia: 
o Inicial: 50mg 
o Máxima: 400mg 
− Efeitos colaterais: insônia, dor de cabeça, tontura, sonolência, náusea, boca seca, hiperidrose. 
− Contraindicações: 
o Alergias ou hipersensibilidade ao princípio ativo 
o Lactantes 
o Pacientes que tomam IMAO 
o Menores de 18 anos 
o Atenção especiais para diabéticos (contem açúcar) 
BUSPIRONA 
− Mecanismo de ação: A buspirona interage com os sistemas da serotonina, norepinefrina, acetilcolina e dopamina do 
cérebro. Intensifica a atividade das vias noradrenérgicas e dopaminérgicas específicas e reduz a atividade da serotonina 
e da acetilcolina. 
− Indicações: indicado no tratamento de distúrbios de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada e no alívio 
em curto prazo dos sintomas de ansiedade, acompanhados ou não de depressão. 
− Meia vida: 33 horas 
− Efeito terapêutico: 
− Posologia: 
o Inicial: 15mg 
o Máxima: 60mg 
− Efeitos colaterais: 
o Nervosismo, insônia, distúrbios de atenção, depressão, desordens do sono, tontura, cefaleia, sonolência, 
taquicardia, dor torácica, nauseam dor abdominal, boca seca, constipação, vômitos, suor, erupção cutânea, 
fadiga, astenia, dor musculoesquelética. 
− Contraindicações: 
o Menores de 18 anos 
o Pacientes hipersensíveis a algum componente da fórmula 
o Pacientes com epilepsia 
o Pacientes com insuficiência renal e hepática grave 
o Histórico de crise convulsiva 
− Precauções gerais: 
o Glaucoma de ângulo agudo 
o Miastenias gravis 
o Dependência a drogas 
ANSIEDADE 
 
o Paciente com intolerância a galactose 
o História de insuficiência renal ou hepática. 
BENZODIAZEPÍNICOS 
− Os benzodiazepínicos (BZDs) são medicamentos que surgiram em 1950 apresentando uma variedade de usos. São 
conhecidos como ansiolíticos (tratam a ansiedade), sedativos (provocam sono), hipnóticos (causam alucinações), 
anticonvulsivantes (tratam a convulsão). Possui ação anestésica, relaxante muscular, utilizados também em transtorno 
obsessivo compulsivo (TOC), stress pós-traumático e para pacientes com abstinência do álcool. 
− O mecanismo de ação se dá pelo aumento da transmissão de GABA (ácido gama-aminobutírico) que é o principal 
neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central (SNC), interagindo com receptores BZDs exclusivos no cérebro, 
através da facilitação da abertura de canais de cloreto, o que provoca a hiperpolarização da membrana neuronal, 
reduzindo sua excitabilidade. Esta atuação no SNC é capaz de alterar as habilidades cognitivas no indivíduo. 
1. Diazepam 
− Mecanismo de ação: Diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos que possuem propriedades ansiolíticas, 
sedativas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos. Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao 
reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro. 
− Indicações: Alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas com a 
síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no tratamento da ansiedade ou agitação associada a 
desordens psiquiátricas. O diazepam é útil no alívio do espasmo muscular reflexo devido a traumas locais (lesão, 
inflamação). Pode ser igualmente usado no tratamento da espasticidade devida a lesão dos interneurônios espinhais e 
supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na atetose e na síndrome rígida 
− Meia vida: 60 horas 
− Efeito terapêutico: 30-90 minutos 
− Posologia: 
o Inicial: 5mg 
o Máxima: 20mg/dia 
− Efeitos colaterais: cansaço, sonolência e relaxamento muscular, náuseas, boca seca ou hiper salivação, constipação, 
diplopia, hipotensão, depressão circulatória. 
− Contraindicações: não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer 
excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave, síndrome 
da apneia do sono ou miastenia gravis. Eles não devem ser usados como monoterapia na depressão ou ansiedade 
associada com depressão, pela possibilidade de ocorrer suicídio nesses pacientes. Gravidas e lactantes não devem utilizar 
essa medicação. 
2. Clonazepam 
− Mecanismo de ação: inibição do sistema nervoso central, o que conduz a uma ação anticonvulsivante, levemente 
sedativa, relaxante muscular e tranquilizante. 
− Indicações: distúrbio epiléptico, transtorno de ansiedade (pânico, agorafobia), transtorno de humor, emprego de 
síndromes psicóticas, tratamento da síndrome das pernas inquietas, tratamento da vertigem e sintomas relacionados ao 
equilíbrio e tratamento da síndrome da boca ardente. 
− Meia vida: 50 horas 
− Efeito terapêutico: 30-60 minutos 
− Posologia: 
o Inicial: 0,5mg (pânico), 0,25mg (ansiolítico), 0,25mg (TAS) 
o Máxima: 2mg (pânico), 4mg (ansiolítico), 6mg (TAS) 
− Efeitos colaterais: sonolência, movimentos anormais dos olhos, perda da voz, movimentos alterados dos braços e pernas, 
visão dupla, dificuldade para falar, dor de cabeça, fraqueza muscular, problemas de respiração, dificuldade em falar, 
tremor, vertigem, perda do equilíbrio, falta de coordenação de movimentos, sensação de cabeça leve, lentidão, confusão, 
depressão, amnésia, alucinações, histeria, formigamento alteração da sensibilidade nas extremidades ou coma. 
− Contraindicações: 
LIGANTES DE ALFA-2-DELTA 
ANSIEDADE 
 
Os gabapentinóides, pregabalina e gabapentina, atuam como ligantes à subunidade alfa-2-delta dos canais de cálcio voltagem-
dependentes pré-sinápticos. Esses fármacos regulam a entrada de cálcio no neurônio pré-sináptico diminuindo a liberação de 
neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica 
1. Gabapentina 
− Mecanismo de ação: A gabapentina funciona como um agente mimético do ácido -aminobutírico (GABA), ligando-se à 
subunidade alfa-2-delta dos canais de cálcio dependentes de voltagem, inferindo, supostamente, propriedades 
antinoceptivas, anticonvulsivantes e ansiolíticas 
− Indicações: epilepsia, dor neuropática, 
− Meia vida: 5 a 7 horas 
− Efeito terapêutico: 2 a 4 semanas 
− Posologia 
o Inicial: 900mg 
o Máxima: 3600 mg 
− Efeitos adversos: sonolência, tontura, ganho de peso, vertigem, xerostomia e edema de membros inferiores. 
− Contraindicações: contraindicado a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da 
fórmula. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos. 
2. Pregabalina 
− Mecanismo de ação: Liga a subunidade alfa2-delta de canais de cálcio ativados pela voltagem no Sistema Nervoso Central, 
inibindo a liberação do neurotransmissor excitatório. Embora relacionado estruturalmente ao GABA, não se liga a ele ou 
a receptores de benzodiazepínicos. Exerce atividade antinociceptiva e anticonvulsivante. Reduz os sintomas de 
neuropatias periféricas dolorosas e como terapia adjuvante em crises convulsivas parciais, reduzindo a frequência dessas 
crises. 
− Indicações: tratamento da dor neuropática(dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema 
nervoso) em adultos; como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização 
secundária em adultos; tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada em adultos; controle de fibromialgia 
(doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono) em adultos 
− Meia vida: 6,3 horas 
− Efeito terapêutico: 7 dias 
− Posologia 
o Inicial: 75mg 
o Máxima: 600 mg 
− Efeitos adversos: sonolência, tontura, ganho de peso, vertigem, xerostomia e edema de membros inferiores. 
− Contraindicações: A pregabalina não deve ser utilizada se você tem hipersensibilidade (alergia) conhecida à pregabalina 
ou a qualquer componente da fórmula. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação 
médica 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
− Terapia cognitivo comportamental 
− Técnicas de relaxamento (treino de respiração) 
− Treino de assertividade 
− Higiene do sono 
− Técnicas de distração 
− Medicatacao de consciência plena 
− Reestruturação cognitiva 
INTOXICAÇÃO POR BENZODIAZEPINICOS 
QUADRO CLÍNICO INTOXICAÇÃO POR BENZODIAZEPINICOS 
Os principais sintomas associados são: 
− Rebaixamento do nível de consciência 
ANSIEDADE 
 
− Depressão respiratória, sem que haja alterações dos parâmetros vitais. 
− Em alguns casos pode levar ao coma, principalmente quando associado a outras drogas depressoras do SNC. 
− O exame físico neurológico demonstra: 
− Sonolência excessiva 
− Diplopia 
− Ataxia 
− Disartria 
− Hiporreflexia 
 
O manejo inicial inclui: 
− Monitorização das funções vitais 
− Oxigenioterapia 
− Hidratação venosa 
− Exames laboratoriais (hemograma, função renal, função hepática, eletrólitos, glicemia, ECG) 
− Correção de possíveis distúrbios hidroeletrolíticos 
Além disso, é importante manter a via aérea pérvia e avaliar a necessidade de intubação orotraqueal precocemente. 
Para bloqueio da ação dos benzodiazepínicos, o antagonista de escolha é o flumazenil sendo a dose inicial de 0,1 a 0,2 mg IV em 
15 a 30 segundos, podendo ser repetida se houver necessidade (dose máxima até 1 mg). 
O uso de carvão ativado pode ser feito na dose de 1g/kg em casos em que a intoxicação é pequena/média. 
A descontaminação com lavagem gástrica não é indicada em casos leves e moderados, sendo utilizada apenas em casos graves. 
Intoxicação por benzodiazepínicos 
Grupo de medicamentos que apresentam propriedades farmacológicas (ansiolíticas, sedativo-hipnóticas e/ou anticonvulsivantes) 
e efeitos tóxicos que parecem ser consequentes de sua ação direta sobre o Sistema Nervoso Central. Apesar de existirem 
diferenças significativas de farmacocinética entre seus numerosos compostos, não parece haver superioridade de um sobre outro 
quando se toma por base apenas a farmacocinética. 
Em geral, os benzodiazepínicos (BZD) são rápida e completamente absorvidos por via oral. No entanto, alguns como 
clordiazepóxido e oxazepam levam horas para atingir concentrações sanguíneas máximas. A ligação proteica plasmática é variável 
e praticamente todos são metabolizados no fígado por oxidação e/ou conjugação, com formação de metabólitos, muitos dos quais 
ativos. A excreção é renal. 
É possível classificar estes medicamentos em vários grupos, de acordo com sua meia-vida de eliminação: 
− Ação muito curta – Midazolam (Dormonid); 
− Ação curta – Alprazolam (Frontal), Lorazepam (Lorax, Mesmerim), Oxazepan (Clizepina; 
− Ação Longa – Clordiazepóxido (Psicosedin, Limbitrol, Relaxil), Diazepam (Calmociteno, Diazepan, Diempax, Kiatrium, 
Valium), Flurazepam (Dalmadorm, Lunipax). 
Clínica da intoxicação aguda: 
Absorção de dose excessiva está usualmente associada com sedação, sonolência, fala arrastada, diplopia, disartria, ataxia e 
confusão mental. Podem ocorrer depressão respiratória e hipotensão arterial. Na maioria dos casos a evolução é benigna, mas 
existem relatos de intensa depressão respiratória e coma e inclusive de óbitos após o uso de benzodiazepínicos de ação muito 
curta, especialmente quando administrados por via intravenosa. Crianças, idosos e pacientes com insuficiência cardiorrespiratória 
são mais sensíveis e o álcool e barbitúricos podem potencializar os efeitos tóxicos. 
Tratamento: 
É essencial assistência respiratória, manter vias aéreas, oxigênio se necessário. Monitorar respiração, pressão arterial, sinais vitais. 
Ingesta: 
− Para BZD de ação muito curta, nunca induzir vômitos, início de depressão e coma podem ser rápidos. 
ANSIEDADE 
 
− Para BZD de ação longa, induzir vômitos somente em poucos minutos da ingestão. 
− Paciente consciente, dar via oral carvão ativado, catárticos. 
− Paciente inconsciente e/ou superdosagem: lavagem gástrica com intubação prévia para prevenir aspiração. 
− Administrar antídoto Flumazenil – reverte sedação dos BZD, há melhora parcial dos efeitos respiratórios. 
− Hipotensão: administrar fluidos endovenosos, manter equilíbrio hidroeletrolítico, vasopressores se necessário. 
− Medidas sintomáticas e de manutenção. 
 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1. Quais são os fatores preditivos da TAG? 
2. No transtorno de pânico, como devemos fazer o diagnóstico, tratamento da crise aguda na emergência e tratamento 
ambulatorial da doença? 
3. Quais os mecanismo de ação, posologia, dose inicial/máxima, contraindicações e efeitos adversos dos fármacos: 
a. Sertralina 
b. Diazepam 
c. Zolpidem 
4. Intoxicação por clonazepam

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