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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de contrato 
Disciplina: Direito Contratual Módulo: 
Aluno: Paula Alves Rodrigues Turma: 1121-1_2 
Tarefa: Atividade Individual – MBA em Direito 
Fases do processo contratual 
Contrato nada mais é que um acordo de vontade entre as partes com o objetivo de criar, modificar ou 
extinguir direitos. Constitui fonte de obrigação, sendo garantida a liberdade contratual nos limites da 
função social do contrato (artigo 422, CC), sendo os contratantes obrigados a guardar os princípios de 
probidade e boa fé durante a execução e também na extinção do contrato, conforme previsto pelo artigo 
422 do Código Civil. 
O processo contratual ocorre em três etapas ou fases, chamadas 1) Pré Contratual; 2) Contratual e 3) Pós 
Contratual, que serão objeto de estudo no presente trabalho. 
Etapas e atos (por fase do processo contratual) 
1) 
2) 1) Fase Pré Contratual 
 
A fase pré contratual é aquela que engloba desde os primeiros contatos entre as partes, propostas e 
negociação, confecção e conclusão do contrato. 
 
a) Etapa Negociatória – Negociações preliminares e tratativas 
 
A primeira etapa, chamada negociatória é, como o próprio nome sugere, aquela em que ocorrem as 
negociações e conversas iniciais entre as partes acerca do pretenso contrato a ser firmado entre elas. 
Nesta etapa, via de regra, não há intenção vinculante, tendo em vista tratar-se apenas de um 
primeiro contato e uma sondagem entre as partes. A única exceção quanto à vinculação se dá em 
virtude do princípio da boa fé, esculpido no artigo 422 do Código Civil, aplicável quando geradas 
excessivas expectativas de contratação, conforme nos apresenta o enunciado 24 da I Jornada de 
Direito Civil. 
 
b) Etapa Decisória – proposta, contraproposta e aceitação 
 
Concluída a etapa inicial Negociatória, inicia-se a etapa decisória, marcada pela apresentação formal 
da proposta. Esta etapa possui intenção vinculante e, portanto, gera obrigação ao proponente, como 
previsto no artigo 427 do Código Civil, que prevê, inclusive, a impossibilidade de sua modificação ou 
revogação, exceto nas hipóteses previstas no artigo 428 do Código Civil. 
 
Realizada a proposta, esta somente será obrigatória ao oblato caso tenha sido aceita sem ressalvas. 
Caso seja aceita fora do prazo ou com adições, restrições ou modificações, tem-se a contraproposta 
 
 
2 
 
ou nova proposta, que obriga aquele que a apresentou. 
 
Posteriormente, tem-se a aceitação, momento em que há concordância com os termos da proposta ou 
contra proposta, que pode se dar de forma tácita ou expressa. 
 
3) 2) Fase Contratual 
 
A fase contratual se dá a partir da conclusão das negociações, iniciando-se no pré contrato ou 
contrato preliminar, passando pelo contrato de fato e por sua extinção, inclusive eventual execução. 
Vejamos: 
 
a) Contrato Preliminar 
 
Previsto no artigo 462 e Seguintes do Código Civil, o contrato preliminar tem como objeto a 
estipulação de outro contrato, e deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato principal a ser 
celebrado. 
Não há determinação legal quanto à forma de sua celebração, no entanto deve ser realizado por 
escrito caso se pretenda dar-lhe efeito de prova e de registro a fim de eventual oposição perante 
terceiros. 
 
b) Contrato Definitivo 
 
O Contrato Definitivo é aquele celebrado com a aceitação, sem ressalvas, da proposta, ou a 
confirmação da promessa em caso de contrato preliminar, e é a partir da conclusão do contrato 
definitivo que se iniciam todas as obrigações e deveres avençados, sendo também a partir de sua 
celebração possíveis inadimplementos de obrigações. 
 
Para que o contrato definitivo tenha eficácia, ele deve conter os requisitos determinados pelo Código 
Civil, tais como a pluralidade de partes capazes e legítimas, sua vontade de contratar, a licitude e 
possibilidade do objeto, etc. 
 
Deve conter, ainda, as obrigações contraídas, bem como forma, tempo e lugar de pagamento ou 
prestação de tais obrigações. 
 
c) Extinção do Contrato 
 
Por fim, temos a extinção do contrato, que pode se dar de forma normal ou anormal, a depender do 
que a causou. 
 
A chamada extinção normal do contrato se dá com o cumrpimento integral das obrigações avençadas, 
em que o cumprimento da prestação libera o devedor e satisfaz o credor. 
 
Já a extinção anormal do contrato é aquela que ocorre sem que as obrigações tenham sido 
cumpridas, podendo as causas de tal extinção serem: 
 anteriores à formação do contrato. Aqui se enquadram as cláusulas resolutivas expressas - 
previstas contratualmente nos termos do artigo 474 do CC – ou as tácitas – decorrentes de previsão 
legal nos termos do artigo 475 do CC. 
 posteriores (supervenientes) à formação do contrato. Aqui podemos enquadrar o distrato, que 
nada mais é que o exercício de um direito potestativo em que as partes (artigo 472, CC) ou apenas 
uma delas (artigo 473, CC) decide pelo término antecipado da relação contratual. 
 
4) 2) Fase Pós Contratual 
 
Com a extinção do contrato se inicia a Fase Pós Contratual, que tem o objetivo de garantir 
responsabilização futura por algum evento decorrente do contrato extinto, como por exemplo nos 
casos de garantia legal, garantia contratual, evicção e vícios redibitórios. 
 
No caso das garantias, seu enquadramento se deve à responsabilidade civil por qualquer situação 
danosa que possa ser experimentada após a execução do contrato, mas a afeta. Já a evicção ocorre 
quando há perda, parcial ou total, do objeto do contrato por força de decisão judicial ou de ato 
administrativo (artigo 447 do CC). E, por fim, os vícios redibitórios são os vícios ou defeitos ocultos no 
objeto do contrato, que tornem a coisa recebida imprópria ao uso ou lhe diminuam o valor, resultando 
em dever de indenizar pelo devedor da obrigação contratual. 
 
Possibilidades de inadimplemento e consequências possíveis 
 
O inadimplemento contratual ocorre quando uma das partes contratuais não cumpre a tempo e modo 
as obrigações pactuadas no contrato, e suas consequências estão previstas nos artigos 389 a 395 do 
Código Civil, podendo ir desde aquelas menos severas, tais como a configuração da parte 
inadimplente em mora até a resolução do contrato. 
 
Em caso de mora, que nada mais é que o cumprimento imperfeito da prestação (artigo 394 do CC), o 
inadimplemento é considerado sanável, e os contratos normalmente possuem cláusula penal para tais 
casos, como por exemplo a incidência de multa e juros em caso de atraso no pagamento do aluguel 
no contrato de locação. 
 
Já nos casos em que ocorre o inadimplemento absoluto, em que o cumprimento da obrigação 
avençada não é realizado seja por recusa voluntária da parte, perda do objeto por culpa do devedor 
ou pela perpetuação da mora, a parte lesada pode pedir judicialmente o cumprimento da obrigação 
ou a resolução do contrato, conforme previsão do artigo 475 do Código Civil, além de poder exigir 
indenização por perdas e danos em ambos os casos. 
 
A exceção à regra se encontra prevista no artigo 393 do Código Civil, que prevê a possibilidade de 
inadimplemento por caso fortuito ou força maior: 
 
“Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, 
cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.” 
 
 
4 
 
 
Nesse tipo de situação, ainda que inadimplente, o devedor da obrigação encontra-se protegido tendo 
em vista que o inadimplemento não decorreu de ação ou omissão de sua responsabilidade, mas de 
fato imprevisível tal qual a Pandemia do Coronavirus COVID-19, que obrigou diversas empresas a 
paralizarem suas atividades. 
 
Fluxograma 
 
 
Bibliografia: 
https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-462-4https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-462-4

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