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Infecção das vias aéreas superiores (IVAS) - Resumão

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Infecção das Vias Aéreas Superiores
1. Rinofaringite Aguda ou Resfriado Comum
• Processo inflamatório agudo benigno das vias aéreas
superiores de etiologia viral, que acomete a cavidade nasal,
faringe e seios da face.
• O principal agente etiológico é o Rinovírus.
• Sinais e sintomas  Febre, Tosse, Coriza clara e hialina,
Obstrução nasal, Cefaleia, Mialgia, Inapetência,
Irritabilidade, Odinofagia, Sensação de plenitude nos
ouvidos, Hiperemia orofaringe e orelha média.
• Diagnóstico é essencialmente clínico.
• O tratamento é feito com sintomáticos (analgésicos,
antitérmicos, aumento da ingesta hídrica) e a principal
profilaxia para complicações é a lavagem nasal.
• Suspeitar de complicações se: febre persistente, piora do
estado geral, secreção amarelada e persistente com tosse
secretiva.
• Principais complicações  Infecções bacterianas
secundárias: OMA, Pneumonia e Sinusite.
2. Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SRAG)
• Doenças infecciosas das vias aéreas febris e agudas
causadas pelo Influenza vírus.
• SG  Febre (mesmo que referida) + tosse ou dor de
garganta + cefaleia, mialgia ou artralgia.
- Crianças menores de 2 anos: febre + tosse, coriza ou OVAS.
• SRAG  Além dos sintomas da síndrome gripal o paciente
apresenta dispneia ou sinais de gravidade (instabilidades
respiratória ou hemodinâmica).
• Na SG há apenas sintomas de VAS; já SRAG há acometimento pulmonar (VAI).
• Tratamento  Oseltamivir: Inibidor seletivo da
neuraminidase; Tratamento oportuno nas primeiras 48hs.
Passado esse tempo, seu efeito benéfico é restrito! Não
precisa fazer a pesquisa viral para sua administração.
• Fator de risco para complicações Grávidas e puérperas;
adultos ≥ 60 anos; crianças < 5 anos (em especial < 2
anos); população indígena aldeada; indivíduos < 19 anos
em uso prolongado AAS (Síndrome de Reye);
comorbidades: pneumopatias (incluindo asma);
cardiovasculopatias (excluindo HAS); nefropatias;
hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios
metabólicos; transtornos neurológicos.
• Prevenção  Vacina contra Influenza: de 6 meses até 5
anos para todas as crianças, sendo que a primeira dose
deve ser repetida após 1 mês, a partir disso ela é dada
anualmente. A partir de 5 anos: apenas grupo de risco.
3. Otite Média Aguda (OMA)
• Doença de início súbito, caracterizada por inflamação
aguda da mucosa que reveste a cavidade timpânica.
• Presença de efusão em ouvido médio: seroso, mucoide e
purulento. Deve sempre ser feita otoscopia!
• Fatores de risco: IVAS de repetição, berçário e creche,
abandono precoce do aleitamento materno, chupetas,
exposição ao tabaco, fenda palatina, rinite alérgica, RGE.
• Streptococo pneumoniae, Haemophilus influenzae não
tipavel e Moraxella catarrhalis.
• Manifestações clínicas: otalgia, febre, irritabilidade,
vômito, otorreia, cefaléia, abaulamento e hiperemia.
• Evolução favorável com resolução espontânea.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
4. Rinossinusite Aguda
• Inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais.
• Quando bacteriana (Streptococo pneumoniae, Haemophilus
influenzae não tipavel e Moraxella catarrhalis) é uma
complicação de uma SR viral (ex: resfriado comum).
• Manifestações clínicas: febre, tosse produtiva, coriza
persistente, secreção posterior, obstrução nasal, cefaléia,
halitose, irritabilidade, inapetência.
• Quando de etiologia viral: duração de até 5 dias com
melhora progressiva dos sintomas.
• Quando de etiologia bacteriana: rinorreia clara-purulenta,
febre > 5 dias, piora ou manutenção dos sintomas > 10 dias,
dor importante a palpação dos seios da face.
• Mesmos fatores de risco da OMA: chupeta, creche,
tabagismo passivo, lábio leporino.
• Não adianta pedir RX de seio da face em crianças pequenas,
pois eles começam a tornar-se aerados apenas por volta dos
2 anos. Assim, o diagnóstico é clínico.
• Tratamento: ATB, analgésico, antitérmico e lavagem nasal.
• TC de crânio só tem indicação na suspeita de complicação,
de tumores e de avaliação para conduta cirúrgica.
• Complicações: abscesso intracraniano e celulite orbitária
(pré-septal ou pós-septal).
5. Laringite Viral Aguda
• Causa mais comum de CRUPE  Conjunto de doenças que
acometem a laringe de maneira aguda e se manifestam
clinicamente por Rouquidão, Tosse ladrante, Estridor (som
de apito) inspiratório.
• É a principal causa de obstrução da via aérea superior
(OVAS) em crianças.
• Principal agente etiológico é o Parainfluenza.
• Clínica: coriza hialina, tosse seca e rouca, febre baixa,
choro abafado/rouco, estridor inspiratório, ↑ da FC e FR,
agitação, cianose,↑ do esforço respiratório.
• Critérios de gravidade na Laringite Viral Aguda: Presença
de estridor, retração (desconforto respiratório),
dificuldade de entrada de ar, coloração do paciente e
nível de consciência.
• Diagnóstico é clínico. Rotineiramente não faz RX, apenas
para diagnóstico diferencial (ex: aspiração CE).
• Tratamento: corticoesteróides e suporte ventilatório.
• Diagnóstico diferencial: Supraglotite, traqueíte bacteriana
e aspiração de CE.
5. Tonsilite Aguda (amigdalite)
• Causas: Vírus (causa mais comum, cursa com sinais de
resfriado) x Estreptococo Beta-hemolítico do grupo A
(EBHGA = Streptococcus pyogenes; ausência de sinais de
resfriado em crianças com mais de 2 anos).
• A clínica não diferencia amigdalite viral de bacteriana.
- febre, tosse, coriza, obstrução nasal, cefaléia,
inapetência, halitose, náuseas e dor abdominal.
• A cultura da orofaringe é padrão-ouro, porém leva 48
horas para ter o resultado. Assim, recomenda-se fazer a
prova rápida para detecção EBHGA; se a prova rápida der
negativa colher cultura de orofaringe.
• A importância de tratar amigdalite é evitar que se
torne/evolua para doença pós-supurativa (ex: febre
reumática ou síndrome nefrítica).
• Complicações: Abscesso retrofaringeo e abscesso
amigdaliano.
• Tratamento da Não-Estreptocócica: Sintomáticos.
• Tratamento da EBHGA: Penincilina (amoxicilina) ou
macrolídeo (azitromicina).
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C

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