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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE TÉCNICA: VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS (TEMPERATURA, PULSO, RESPIRAÇÃO, PA E DOR; SATURAÇÃO) MATERIAIS � Termômetro digital (axilar, auricular, testa/frontal) � Estetoscópio � Relógio com ponteiro de segundos (ideal é relógio de bolso) � Esfigmomanômetro � Algodão � Álcool 70% � Luvas de procedimento � Bloco de anotações � Folha de choque/registro � Oxímetro Método 1. Realizar higienização das mãos; 2. Calçar luvas de procedimento e separar o material que será utilizado (se o material já estiver limpo você já pode montar a bandeja; se o material estiver sujo você precisa realizar a desinfecção do mesmo); 3. Realizar desinfecção da bancada e da bandeja; 4. Realizar higienização/desinfecção do material e colocá-lo na bandeja; 5. Retirar luvas de procedimento e desprezar corretamente; 6. Higienizar as mãos novamente; 7. Montar a bandeja com os materiais necessários; 8. Se dirigir ao quarto do paciente e explicar o procedimento ao mesmo; 9. Posicionar material (bandeja) na mesa de cabeceira do quarto do paciente; 10. Posicionar o paciente (se sentado descruzar pernas e apoiar no encosto da cadeira, se deitado solicitar que descruze os braços e mantenha-se decúbito dorsal); *sempre verifique se a posição está confortável para o paciente* 11. Calçar luvas de procedimento (verifique a precaução do paciente – padrão, gotículas, aerossóis, contato); Temperatura Axilar 12. Solicitar ao paciente que seque com papel toalha a axila do braço em que será posicionado o termômetro; 13. Realizar a desinfeção do termômetro com álcool 70% (antes da aferição) – se já tiver feito ao montar a bandeja – não precisa fazer novamente; 14. Ligue o termômetro e verifique o ZERO na tela (digital), se for o termômetro biológico observe se a coluna está no ZERO; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE 15. Posicionar o termômetro e mantê-lo por 3 a 5 minutos ou até o sinal do BIP; 16. Posicione o braço do pct sobre o tórax; 17. Ao ouvir o sinal sonoro retirar o termômetro (digital). Biológico (enchimento a gálio, estanho e índio) aguarde o tempo recomendado pelo fabricante ( 2 – 5 min); Termômetro de mercúrio está condenado; 18. Verificar a temperatura na tela; 19. Desligar o termômetro; 20. Realizar a assepsia novamente; 21. Informar valor obtido ao professor e anotar o valor obtido no bloco de anotações. Temperatura Testa/Frontal 22. Realize a assepsia do termômetro; 23. Explique o procedimento para o pct e/ou familiar; 24. Ligue o termômetro e verifique o ZERO na tela; 25. Posicione-se a uma distância de 5cm da testa; 26. Ler o valor da temperatura; 27. Retirar o termômetro da testa; 28. Se o termômetro tocar no paciente – faça assepsia novamente. 29. Informar valor obtido ao professor e anotar o valor obtido no bloco de anotações. Temperatura Auricular 30. Explique o procedimento ao pct e/ou familiar; 31. EPI s/n; 32. Assepsia do termômetro com álcool 70%; 33. Coloque a ponta do termômetro no interior do ouvido e direcione sua ponta em direção ao nariz; 34. Aperte o botão de ligar até soar o sinal sonoro; 35. Leia o valor da temperatura; 36. Retire o termômetro do ouvido; 37. Faça assepsia novamente. 38. Informar valor obtido ao professor e anotar o valor obtido no bloco de anotações. Pulso e Frequência Cardíaca 39. Palpar artéria radial (mais usada na clínica); (Lembrando que podemos palpar as seguintes artérias: facial; temporal; carótida; radial; ulnar; braquial; femoral; poplítea; pediosa; tibial posterior); *Nunca palpe com o polegar* 40. Contar o pulso durante 1 minuto; 41. Verifique se o pulso é forte/cheio, fraco, filiforme, paradoxal; 42. Verifique se o pulso é regular ou irregular; 43. Com o estetoscópio coloque o diafragma no ponto/foco mitral (4 – 5º EIC HE – ictus cordis) e verifique quantos batimentos acontecerão em 1 minuto; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE 44. Informar valor obtido ao professor e anotar o valor obtido no bloco de anotações. Frequência respiratória 45. Continue palpando o pulso do paciente para que ele não perceba que você está contabilizando a sua respiração; 46. Volte seu olhar para o tórax do paciente; 47. Verifique a expansibilidade torácica ( movimento de subida e descida); 48. Toda vez que subir e descer você deve contabilizar uma incursão respiratória; 49. Observe a expansão torácica por 2 min verificando o tempo no relógio. Contabilize o último minuto. Verifique: Tipo, Ritmo e Frequência. 50. Anotar valor da FR no bloco de anotações. Saturação de O2 51. Coloque o oxímetro de pulso no dedo indicador ou anelar do paciente (dedo gelado ou com esmalte pode dificultar a leitura pelo oxímetro); 52. Aguarde o oxímetro realizar a leitura; 53. Anote a informação. Pressão arterial Atenção ao paciente e ao ambiente: Repouso em ambiente confortável, silencioso por 5 minutos Explicar o procedimento ao paciente Orientar a não conversar durante a verificação A palma da mão deve estar voltada para cima Pernas descruzadas, costas e antebraços apoiados, pés apoiados no chão Informe o valor da PA para o pct Certifique-se: O senhor (a) está com a bexiga cheia? O senhor (a) praticou exercício há 60 minutos? O senhor(a) ingeriu bebida alcoólica, café ou alimentos? O senhor (a) fumou nos 30 minutos anteriores? Atenção: Registre o braço em que a PA foi verificada Não arredonde os valores Verifique se o manguito está adequado para circunferência do braço UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE As roupas não devem garrotear o braço e não colocar o manguito por cima da roupa Na 1ª verificação faça nos 2 braços Evitar aferir PA em membros que foram submetidos a cateterismo cardíaco, mastectomia ou com venopunção. A largura no manguito deve ser 40% da circunferência do braço e o comprimento 80%. 54. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olecrano; 55. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; 56. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 57. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial. Posição do braço à nível do coração; 58. Estimar o nível da PAS (Pressão Arterial Sistólica) pela palpação do pulso radial. Palpe com os dedos indicador e médio. Para isso você deve: colocar o manguito no paciente; palpar a artéria radial e inflar a pêra até não sentir mais a pulsação da artéria radial. Assim que você parar de sentir a pulsação, anote o valor e grave com você; 59. Desinfle o manguito; 60. Agora coloque o estetoscópio/campânula ou diafragma na artéria braquial e infle até o valos da PAS + 20-30 mmHg; 61. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); 62. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, depois, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; 63. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 64. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, depois proceder, à deflação rápida e completa 65. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons e anotar valores da PAS/PAD/zero; 66. Retirar esfigmomanômetro e estetoscópio do braço do paciente; 67. Anotar valor obtido no bloco de anotações; (Escolher o braço de maior valor para as próximas verificações) *Atenção: Quando a Circunferência do braço >50cm – pode-se verficar no antebraço e auscultar na artéria radial ou utilizar aparelho digital. *Atenção – para pacientes amputados (braço), queimados (braço), como verificar a PA? Você pode verificar nos MMII usando a artéria pediosa ou tibial posterior. Coloque o manguito na perna (panturrilha). Faça a estimativa da PAS palpando aartéria pediosa. *Atenção: pode-se verificar a PA na coxa também! Para medir em MMII – pct em debúbito ventral, manguito na coxa, estetoscópio na artéria poplítea. *Atenção: e os valores da PA nos MMII são os mesmos dos membros superiores? Não! Normalmente a PAS em MMII costuma ser 10% a 20% mais elevada do que a PA medida na artéria braquial. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE Dor 68. Perguntar ao paciente se há queixa de dor; 69. Qual a localização da dor? Melhora ou piora com algo? Faz quantos dias que está com dor? Está tratando ou tratou? Como?; 70. Oberve: Choros, gemidos, expressão facial, contração muscular, movimento corporal, postura de proteção; 71. Mostre a escala para o pct, explique o que é a escala e deixe-o classificar a sua dor (intensidade 0 - 10). * Se for adm medicação para dor – cheque após 1h se houve efeito 72. Deixar o quarto do paciente em ordem; 73. Se dirigir até o local adequado e fazer desinfecção de todo o material utilizado (inclusive bandeja); 74. Desprezar material adequadamente; 75. Retirar luvas de procedimento e desprezar corretamente; 76. Lavar as mãos; 77. Anotar valores de PA, respiração, saturação, pulso, dor e temperatura na folha de choque/registro; Valores de referências de temperatura: • Normotermia: axilar - 35,5 a 37ºC; Bucal – 36 a 37,4ºC; Retal – 36 a 37,5ºC • Febre leve ou febrícula: até 37,5ºC • Febre Moderada: 37,6ºC a 38,5ºC • Febre alta ou elevada: ≥38,6ºC • Hipotermia: axilar < 35,5ºC ; retal <35ºC Valores de referências para pulso: Idade BPM Recém-nascidos 100 a 160 Lactentes 90 a 140 Pré-escolares 80 a 110 Adolescentes 60 a 90 Adultos 60 a 100 Adultos: • Normocárdico: 60 – 100 bpm • Taquicárdico: >100bpm UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE • Bradicárdico: <60bpm Valores de referência para frequência respiratória: Idade irpm Recém-nascidos 40 a 55 Lactentes 25 a 35 Pré-escolar 20 a 35 Escolares 18 a 35 Adultos 12 a 20 ou 16 - 20 Adultos: • Eupneia: 12 – 20 irpm • Taquipneia: >20 irpm • Bradipneia: <12 irpm Valores de referência para saturação de O2 • Normal: 95 – 100% Classificação da PA adulto CLASSIFICAÇÃO DA PA PAS (mmHg) PAD (mmHg) PA ótima <120 <80 PA normal 120 – 129 80-84 Pré-hipertensos 130 – 139 85-89 HA sistólica isolada ≥140 <90 HA diastólica isolada <140 ≥90 HA estágio 1 140 – 159 90 – 99 HA estágio 2 160 – 179 100 – 109 HA estágio 3 ≥180 ≥110 • Hipertensos PAS ≥140mmHg e PAD ≥90mmHg • Hipotensão: PA<80x50mmHg ou 30mmHg menor que a pressão basal do pct (Pele fria, pálida e sudoreica, cianose nas extremidades, taquipneia, taquicardia, pulso filiforme, oligúria, torpor, apatia, confusão mental) Tamanho do manguito UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE Circunferência do braço Público Largura/Comprimento ≤6cm RN 3/6cm 6-15cm Criança 5/15cm 16-21cm Infantil 8/21cm 27-34cm Adulto 13/30cm 45-52cm Coxa 20/42cm Dor Escala Analógica Visual Escala de Faces SBC. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2020. POTTER & PERRY. Fundamentos de enfermagem: fatos essenciais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. PORTO, C.C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE PORTO, C.C.; PORTO, A.L. Semiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. VOLPATO, A.C.B.; PASSOS, V.C.S. Técnicas Básicas de enfermagem. 5ªed. São Paulo: Martinari, 2018.
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