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Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I

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Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose 
 
A tuberculose é uma doença prevenível pela 
vacinação, contudo, em vista de sua grande 
reincidência, integra, juntamente com a hanseníase, 
um programa específico, por apresentarem 
características semelhantes. 
As complicações dessas doenças são graves, 
quando não tratados adequadamente ou quando 
os casos são identificados em estágio mais 
avançado. Pode haver sérios comprometimentos, 
gerando incapacidades e morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose 
 
Anteriormente, a hanseníase era chamada de 
morféia ou “lepra”. Essa doença vem atingindo a 
humanidade desde os tempos mais remotos, 
sendo freqüentemente citada nos registros 
históricos de inúmeros povos como um grande 
mal, que deve ser muito temido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose 
 
FATORES DE RISCO: 
 Desnutrição 
 Baixa eficácia dos programas de controle e 
prevenção 
Mutações nos bacilos 
 Aglomerações urbanas 
 Aids 
 
 
 Fatores De Risco: 
 
 Desnutrição – provoca debilitação do organismo, o 
qual passa a não mais produzir seus elementos de 
defesa, oferecendo pouca ou nenhuma resistência 
aos agentes infecciosos. 
 
 
 Fatores De Risco: 
 
 Baixa eficácia dos programas de controle e prevenção 
 Paciente abandona o tratamento por diversos motivos: 
 Dificuldade de acesso ao serviço de saúde, 
 Reações orgânicas ao medicamento, 
 Deficiência alimentar, 
 Acreditar estár curado, desaparecimento da sintomatologia. 
 Serviços de saúde com falta de medicamentos, 
 Não realizar a busca ativa de faltosos e casos suspeitos; 
 Não possuir profissionais adequadamente preparados. 
 
Nesses casos, a conseqüência é a ampliação do número de 
pessoas que continuam doentes e sem tratamento, 
favorecendo o aumento da transmissão das doenças. 
 
 
 Fatores De Risco: 
 
Mutações nos bacilos –tuberculose: quando os 
doentes não seguem corretamente o tratamento 
prescrito a bactéria pode criar resistência, através 
de mudanças em sua estrutura, não sendo mais 
destruída pela dosagem administrada. Nesses 
casos, há necessidade de se recorrer a 
medicamentos mais potentes. 
 
 
 Fatores De Risco: 
 
 Aglomerações urbanas – nas grandes cidades as 
pessoas convivem cada vez mais próximas umas 
das outras, seja em shopping centers, cinemas, 
estádios de futebol, veículos de transporte lotados 
e/ou outros espaços. Considerando-se que a 
transmissão da hanseníase e tuberculose ocorre 
por meio das vias aéreas, tal condição aumenta o 
risco de transmissão dessas doenças. 
 
 
 Fatores De Risco: 
 
 Aids – a síndrome da imunodeficiência adquirida 
caracterizase pela queda brutal nas defesas do 
organismo, o que facilita a instalação de doenças 
oportunistas. A ocorrência da pandemia de Aids 
aumentou muito a incidência de tuberculose 
porque cerca de um terço da humanidade 
carrega o bacilo de Koch, sem entretanto 
manifestar a doença, mas quando acometido pela 
síndrome da imunodeficiência adquirida há 
manifestação da tuberculose. 
 
 
 
Doença infecciosa e crônico-degenerativa; 
 Agente etiologico: Mycobacterium leprae, que 
afeta nervos e pele. 
 Período de incubação: entre 2 e 7 anos, em média 
de 3 a 5 anos. 
 
Por afetar várias estruturas do corpo, produzindo 
seqüelas, desenvolveu-se um preconceito, um 
estigma, relacionado à incapacidade, ao 
isolamento, ao abandono, à morte e ao medo. 
 
 
Lepra na história: sempre associada à sujeira, 
afastamento, podridão, sendo o seu tratamento 
realizado em instituições chamadas leprosários. 
Afastados dos centros urbanos, para que o doente 
convivesse o mínimo possível com pessoas saudáveis, 
esses locais reforçavam o isolamento e o 
preconceito. 
No século XX, essa palavra foi mudada para 
hanseníase, em homenagem a Gerhard Amauer 
Hansen, médico norueguês que descobriu a bactéria 
causadora da doença. 
 
 
Transmissão: gotículas de saliva que expelimos 
quando espirramos, tossimos ou falamos, podendo ser 
também transmitida por lesões de pele, o que é mais 
raro. 
 Sua principal fonte de infecção é o doente que 
apresenta as formas contagiantes (virchowiana e 
dimorfa), porque possui, nesses casos, grande carga 
de bacilos, podendo facilmente eliminá-los. 
 
 
Patogenia (como a doença se instala e acontece): 
Após a entrada da bactéria no organismo, passa a 
atingir pele, olhos e nervos periféricos (sendo os 
membros locomotores os mais atingidos). O bacilo 
não provoca reações imediatas no organismo; por 
isso, o período de incubação é tão longo; se 
multiplicaria, formando granulomas (nódulos) ou 
espessando os nervos e causando alterações na 
sensibilidade e até mesmo nos movimentos. 
 
A hanseníase pode se apresentar sob quatro formas 
diferentes, com duas subdivisões: 
 Paucibacilares (poucos bacilos) se subdividem em 
indeterminada e tuberculóide, mais brandas, 
menor tempo de tratamento e não transmitirem a 
doença - por existir pequena quantidade de 
bactérias na corrente sangüínea. 
Multibacilares(muitos bacilos), se subdividem em 
dimorfa e vivchowiana, mais graves, tratamento 
mais longo, capazes de transmitir a doença porque 
possuem grande quantidade de bactérias. 
 
Manifestações e transmissibilidade: 
 
 Forma indeterminada (I) - forma mais branda. 
Apresenta manchas planas, esbranquiçadas e com 
alterações de sensibilidade (hipoestesia ou hiperestesia) 
pelo corpo. Se tratada, pode não deixar seqüela. 
 Forma virchowiana (V) - forma mais grave, apresenta 
deformações (com formações de caroços) no nariz e 
orelhas, podendo haver queda dos pêlos das 
sobrancelhas - caracterizando a “face leonina”. Há 
espessamento e formações de granulomas em várias 
partes do corpo, aparentando “caroços” na pele. 
 
Manifestações e transmissibilidade: 
 
 Forma tuberculóide (T) - nem sempre há manchas na 
pele do doente. Quando aparecem, podem ser 
acastanhadas, com bordos bem definidos, podendo 
apresentar alopécia. Pode afetar apenas os nervos, 
sendo chamada então de forma neural pura. 
 Forma dimorfa (D) - manchas avermelhadas ou 
arroxeadas pelo corpo, sem bordos definidos, com 
edema, algumas vezes semelhantes à forma 
tuberculóide (quando está associada ao 
comprometimento neurológico) ou à virchowiana 
(quando está associada à presença de nódulos e 
infiltrações na face). 
 
Manifestações e transmissibilidade: 
 
A principal característica, comum a todas estas 
formas é a perda de sensibilidade nervosa na área 
de pele afetada, o que faz com que, muitas vezes, o 
doente se machuque naquela região e não sinta. 
Primeiramente, perde a sensibilidade às diferenças 
de temperatura; depois, à dor e, finalmente, ao tato 
na região da lesão. 
 
 
 Cuidados (orientar e supervisionar): 
 
 Olhos: usar soro fisiológico ao sentir que estão 
ressecados. Fazer exercícios, abrindo e fechando os 
olhos com força. 
 Nariz: observar se há feridas. Limpar com soro fisiológico. 
Não tirar casquinhas da região para não provocar 
feridas. 
 Mãos e braços: repousar o(s) membro(s), se estiver 
sentindo “choques”. Evitar fazer movimentos repetidos e 
carregar coisas pesadas. Massagear as mãos com 
auxílio de um óleo lubrificante, como o óleo mineral e 
outros. Fazer exercícios com os dedos (abrir e fechar as 
mãos, encostar o polegar na ponta de cada um dos 
dedos). 
 
 
 Cuidados (orientar e supervisionar): 
 
 Pés: andar calçado, com sapatos fechados e 
confortáveis; massageálos com óleo adequado, para 
evitar que ressequem. Fazer exercícios (abaixar e 
levantar o peito do pé, brincar de empurrar a parede 
com as mãos, para esticar as pernas juntas). 
 Ferimentos: imobilizar os dedos e repousar os membros 
machucados. Todas as formas de hanseníase podem 
causar espessamento dos nervos, provocando lesõesneurológicas. Quando evolui sem tratamento, 
principalmente nas formas multibacilares, pode haver 
acometimento dos ossos e do tecido de sustentação, 
causando deformidades nas mãos e pés dos doentes. 
 
 
Diagnóstico: 
 Sintomas e sinais 
 Baciloscopia (Exame complementar), positivo 
quando a forma da hanseníase é dimorfa ou 
virchiwiana e negativo quando a forma for 
indeterminada ou tuberculóide ou quando o 
tratamento para as formas multibacilares estiver 
em curso. 
 Teste de Mitsuda, via intradérmica. Este teste indica 
se a pessoa já teve infecção pelo bacilo da 
hanseníase e se desenvolveu defesa contra as 
formas graves. Se seu resultado for positivo, o 
doente apresenta uma forma paucibacilar; se 
negativo, multibacilar. 
 
 
Tratamento: feito em ambulatórios, com raras internações 
(complicações). É realizado com base nas formas da 
doença, chamado de poliquimioterapia (PQT). 
 
 Paucibacilares: 6 meses , Rifampicina® e Dapsona®. 
 Multibacilares 24 meses, Rifampicina®, Dapsona® e 
Clofazimina®. 
 
Em algumas localidades do país esse período está sendo 
modificado, pois estão sendo realizados estudos para 
verificar a possibilidade de a hanseníase ser curada em 
menor tempo. 
 
Tratamento: 
Em ambos os casos - hanseníase e tuberculose - o 
doente ingere uma dose supervisionada 
mensalmente, ou seja, toma uma certa dose das 
drogas diante da presença do profissional de saúde - 
que pode ser o técnico de enfermagem. 
Isso é muito importante, porque essa dose é diferente 
da que o doente toma diariamente em sua própria 
casa. 
 
Tratamento: orientar a respeito dos efeitos colaterais 
 
Tratamento: orientar a respeito dos efeitos colaterais. 
É importante ressaltar que após o término do 
tratamento todos esses efeitos colaterais 
desaparecerão aos poucos. 
Além disso, cada vinda do cliente à unidade de 
saúde ou cada visita domiciliar para realização da 
dose supervisionada permite que o técnico de 
enfermagem e toda a equipe de saúde que 
acompanha o doente possam reforçar orientações 
sobre os cuidados que deverá manter para levar 
uma vida saudável, principalmente com relação aos 
olhos, pés, ferimentos, narinas e mãos. 
 
 
Atividades: 
 
1. Qual a forma de transmissão da 
hanseníase? 
2. Qual o principal sintoma sinal e sintoma 
presente em todas as formas de 
hanseníase? 
3. Quais as orientações e cuidados com 
olhos, nariz, mãos e braços, pés, e 
ferimentos? 
4. Qual os efeitos colaterais do 
tratamento da hanseniase?

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