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Cromossomos humanos e alteraçoes cromossomicas numericas

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Genética Humana | Camyla Duarte 
 
1 
 
Nucleossomo: consiste em proteínas de ligação ao 
DNA que pertencem a duas classes: histonas e 
proteínas não histonas. O nucleossomo é, portanto, a 
unidade básica de empacotamento do DNA. 
Solenóides: compactação dos nucleossomos em 
estruturas de cromatina secundárias helicóidais: 30 
nm de diâmetro 
1 solenóide: 6 nucleossomos 
 
Cromossomos: são longos fios de DNA associados a 
proteínas histonas em um arranjo complexo. Há dois 
exemplares idênticos de cada cromossomo em cada 
célula diploide. Portanto, nos núcleos existem pares 
de cromossomos homólogos. 
Células diploides: 2n cromossomos 
Células haploides: n cromossomos (n: número básico 
de cromossomos de uma espécie) 
 
Centrômero ou constrição primaria: região 
estrangulada – ponto de referência citológico básico 
dividindo os cromossomos em dois braços 
É uma região da cromatina bastante condensada com 
sequências de DNA altamente repetidas. No 
centrômero existe o cinetócoro (estrutura proteica 
em forma de discos empilhados; o mais interno liga-se 
aos microtúbulos do fuso de divisão). Cada indivíduo 
possui normalmente dois números cromossomos 
diferentes: o haploide ou gamético (n) e o diploide ou 
somático (2n) 
p (petti): braço curto 
q (queue): braço longo 
Os braços são indicados pelo número de 
cromossomos seguido de p ou q 
Ex: 11p é o braço curto do cromossomo 11 
Além do centrômero, certos cromossomos 
apresentam estreitamentos que aparecem sempre no 
mesmo lugar = constrições secundarias 
 
Constrição secundária – essa constrição situa-se em 
mais de 80% dos casos, no braço curto do 
cromossomo. O segmento cromossômico situado 
entre a constrição secundária e o telômero é 
denominado satélite. Nessa constrição também 
ocorre a região organizadora do nucléolo 
 
Os acrocêntricos possuem satélites, localizados após a 
constrição secundaria 
Os braços voltados para cima são os curtos e os que 
estão voltados para baixo são os longos, mesmo nos 
cromossomos metacêntricos. 
Telômeros 
Estruturas localizadas nas extremidades dos 
cromossomos lineares, cujo encurtamento ocorrido a 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
2 
 
cada mitose pode resultar em senescência celular 
(envelhecimento celular) 
Nos seres humanos os telômeros são formados pela 
repetição de seis nucleotídeos: TTAGGG 
Em alguns tecidos, a enzima telomerase é capaz de 
contrapor o encurtamento dos telômeros. Estes 
exercem ainda papel de proteção celular, evitando a 
instabilidade genética 
 
Funções biológicas essenciais: 
o Proteger os cromossomos de recombinações 
e fusões das sequências finais com outros 
cromossomos 
o Reconhecer danificações no DNA 
o Estabelecer mecanismos para replicações dos 
cromossomos 
o Contribuir na organização funcional 
cromossômica no interior do núcleo 
o Participar na regulação da expressão genética, 
e servir à maquinaria molecular como um 
"relógio" que controla a capacidade 
replicativa de células humanas e a entrada 
destas em senescência celular. 
Técnica de análise dos cromossomos 
Cultura celular 
As células para análise cromossômica devem ser 
capazes de crescimento e divisão rápida em cultura. 
As células mais acessíveis são os leucócitos, 
especificamente linfócitos T 
Metáfase: neste estágio, os cromossomos aparecem 
ao microscópio como uma dispersão cromossômica e 
cada cromossomo apresenta duas cromátides, unidas 
pelo centrômero. 
 
Procedimento para análise: amostra de sangue 
periférico e acrescenta-se heparina para evitar 
coagulação 
Centrifugação: permite aos leucócitos se 
sedimentarem como uma camada distinta 
 
Quantidade de glóbulos brancos: 5-10 mil/ mm cúbico 
sangue 
Quantidade de plaquetas: 180-400 mil/mm cúbico 
sangue 
Glóbulos vermelhos: 5 milhões/mm cúbico sangue 
5-6 litros de sangue 
Os leucócitos são colocados em meio de cultura 
tecidual e estimulados a dividir-se pelo acréscimo de 
um agente mitogenico: a fito-hemaglutinina 
Fito-hemaglutinina – é uma proteína do grupo das 
lectinas; essa proteína é isolada do feijão (Phaseolus) 
e age como mitogênica em certas células animais. 
A substância mitogenica estimula a divisão celular 
(mitose) 
A cultura é incubada por cerca de 72 horas 
Adição de uma solução diluída de colchicina, para 
impedir a conclusão da divisão celular inibindo a 
formação de fusos mitóticos e retardando a separação 
dos centrômeros. 
Acúmulo de células em metáfase no meio de cultura 
Adiciona-se uma solução hipotônica – tumefação 
(inchaço) nas células, lisando-as e liberando os 
cromossomos, mas mantendo os centrômeros 
intactos 
 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
3 
 
Os cromossomos são fixados, espalhados em lâmina e 
corados por uma das várias técnicas e prontos para 
analise 
 
Bandeamento cromossômico 
Bandeamento G (mais utilizado): corados com o 
corante Giemsa. Cada par de cromossomos cora-se 
num padrão típico de bandas claras e escuras. 
 
Bandeamento Q: cromossomos tratados com 
quinacrina-mostarda ou compostos semelhantes e 
examinados por microscopia de fluorescência. 
Bandeamento R: os cromossomos recebem pré-
tratamento com calor antes da coloração Giemsa. 
Nesse caso, as bandas claras e escuras resultantes 
(bandas R) são o inverso das produzidas por 
bandeamento G ou Q. 
Bandeamento C (centrômero): envolve a coloração da 
região centromerica de cada cromossomo e outras 
regiões que contenham heterocromatina. As 
cromátides aparecem claras enquanto o centrômero e 
a heterocromatina ficam escuras. 
 
Tecidos para análise do cariótipo 
o Sangue periférico – mais utilizado 
o Líquido amniótico 
o Vilosidades coriônicas 
o Cultura de fibroblastos 
o Medula óssea 
o Tumores sólidos 
Fotomicrografia de célula humana em metáfase: 
 
Padronização cariotípica 
Conferências e suas propostas: 
o Denver (1960) – classificação básica para 
cromossomos mitóticos humanos, divisão em 
7 grupos distribuídos de acordo com o 
tamanho e morfologia. 
→ cromossomo 1: apresenta um DNA 
com 250 milhões de pares de bases 
(maior) 
→ cromossomo Y, o menor desse 
genoma, tem 50 milhões de pares de 
bases. 
→ O genoma humano: cerca de 3 bilhões 
de pares de bases, que representam 
25.000 genes. 
→ 
o Londres (1963)- Os 7 grupos foram 
denominados com letras(A a G). Descrição 
morfológica detalhada dos grupos A, C, D, E e 
G 
o Chicago (1966)- Regras para a descrição do 
cariótipo (fórmula cariotípica). Criação dos 
símbolos utilizados na descrição de cariótipos 
normais e anormais, em coloração 
convencional 
→ 46,XX mulher 46, XY homem 47,XY+21 
- homem, trissomia do 21 45,X0 - 
mulher com Síndrome de Turner 
o Paris (1971,1975) 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
4 
 
o ISCN (1978 a 1995) 
Autossomos: do cromossomos 1 ao 22 
Classificação de Denver 
Grupo A: formado pelos seis maiores cromossomos. 
Os pares 1 e 3 são metacêntricos e o par número 2 é 
submetacêntrico 
Grupo B: os pares 4 e 5, submetacêntricos, não são 
distinguíveis entre si 
Grupo C: submetacêntricos de tamanho médio. 
o Engloba os pares de 6 a 12 e o X (=6) 
o Cromossomos 6, 7, 8, 11 e X são 
comparativamente mais metacêntricos do 
que 9, 10 e 12 
Grupo D: acrocêntricos de tamanho médio com 
satélites nos braços curtos (13 a 15) 
Grupo E: formado pelos pares 16, 17 e 18 
(cromossomos curtos); o 16 é metacêntrico e os pares 
17 e 18 submetacêntricos 
o O par 17 tem os braços curtos ligeiramente 
maiores que o par 18. 
Grupo F: os pares 19 e 20 são metacêntricos 
pequenos (indistinguiveis) 
Grupo G: pares 21 e 22 e Y: acrocêntricos pequenos 
o Os pares 21 e 22 são indistinguíveis entre si e 
apresentam satélites. 
o Y: posição paralela das cromátides e ausência 
de satélites 
 
Cariótipo feminino 
Depois de verificar que nas fotografias dessas 
metáfases existem 46 cromossomos, (diplóide normal 
da espécie humana) os cromossomos podem serrecortados e distribuídos em sete grupos, designados 
pelas sete primeiras letras maiúsculas do nosso 
alfabeto ( A, B, C, D, E, F, G). 
 
FISH: fluorescence in situ hybridization, hibridização in 
situ é uma técnica baseada na detecção de pequenos 
segmentos de DNA ou RNA a partir de "sondas" 
específicas: sequências de nucleotídeos 
complementares desenvolvidas a partir de segmentos 
conhecidos do DNA ou RNA que se deseja identificar. 
 
Utiliza sondas de DNA marcadas com fluorescência 
para detectar anomalias cromossômicas que estão 
além do poder de resolução da citogenética de rotina, 
como microdeleções e rearranjos cromossômicos 
complexos 
Citogenética 
Aberrações cromossômicas numéricas 
Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que 
caracterizam uma doença/ patologia 
Individuo normal: 46 cromossomos, 22 pares de 
autossomos e 1 par de cromossomos sexuais 
 
 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
5 
 
Euploidias 
Alteração de múltiplo exato do número haplóide (n) 
de cromossomos. Pode envolver tanto uma perda 
quanto um ganho do conjunto de cromossomos. 
 
São incompatíveis com a vida 
Perda: Haploidia(conjunto n de cromossomos) 
Ganho: 
o Triploidia (conjunto 3n de cromossomos) 
o Tetraploidia (conjunto 4n de cromossomos) 
o Pentaploidia (conjunto 5n de cromossomos) 
Aneuploidias 
Aumento ou diminuição de um ou mais cromossomos. 
Variações do número diploide de cromossomos 
Aumento: 
o Trissomia: 2n + 1 cromossomo 
o Trissomico duplo: 2n + 1 + 1 cromossomos 
o Tetrassomia: 2n + 2 cromossomos 
o Pentassomia: 2n + 2 + 1 cromossomos 
o Hexassomia: 2n + 2+ 2 cromossomos 
Diminuição: 
o Monossomia 2n - 1 cromossomo 
o Nulissomia 2 n - 2 cromossomos 
Exemplos de aneuploidias: 
o Monossomia do cromossomo X : Síndrome de 
Turner – 45, X0 
o Trissomia do cromossomo 21 (S.Down) 
o Trissomia do cromossomo 13 (S. Patau) 
o Trissomia do cromossomo 18(S.Edwards) 
OBS: A monossomia de cromossomos autossomos 
inviabiliza o indivíduo, provocando sua eliminação 
 
 
São formadas por processos de não disjunção (quando 
os cromossomos não migram para os polos das 
células) 
A não disjunção pode ocorrer na meiose I, onde os 
cromossomos homólogos deveriam se separar ou na 
meiose II, onde as cromátides irmãs deveriam se 
separar. 
As aberrações cromossômicas numéricas podem ser 
pré-zigoticas, antes da formação do zigoto, na 
produção dos gametas, óvulos ou espermatozoides ou 
pós-zigoticas, após a formação do zigoto, durante as 
divisões mitóticas do embrião. 
Pré-zigótica: 
Quando não há disjunção na meiose I nem na meiose 
II 
 
Quando o erro acontece em uma célula autossômica a 
célula é inviável, ocorrendo apoptose. 
Mosaico 
Indivíduos mosaico possuem linhagens de células 
normais e linhagens com aberração 
É uma aneuploidia pós zigotica 
Não disjunção na divisão mitótica do zigoto 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
6 
 
 
Dependendo do momento da divisão celular isso 
mudara o percentual de células mosaico que ele irá 
carregar, se for na primeira divisão ele será 100% 
mosaico, se for na segunda ele será 50% mosaico. 
Dissomia uniparental 
Presença de 2 cromossomos provenientes do mesmo 
genitor em uma prole diploide. Recebe a informação 
só de um “lado” 
Forte relação com idade materna avançada 
Pode ou não ser apresentado de forma clínica, se o 
cromossomo for alterado haverá uma manifestação 
clínica já que há dois genes com a mesma informação 
de um problema 
Não é uma aberração numérica já que não há perda 
nem ganho de informações genéticas 
 
Classificações 
Isodissomia: 
o Não disjunção na meiose II 
o O mesmo cromossomo em duplicata, 2 
cromossomos presentes no zigoto têm a 
mesma origem e as mesmas informações 
genéticas 
Heterodissomia: 
o Mais comum 
o Ocorre na primeira divisão meiótica (na 
gametogênese) 
o Os cromossomos são provenientes do mesmo 
genitor 
o Os cromossomos homólogos são iguais em 
sua forma, mas seus alelos não são 
exatamente iguais, diferentes na informação. 
 
 
Rn de termo: nasceu de 9 meses (+-40 semanas) 
Peso normal bb: 3-4 kg 
Altura normal bb: 45-50cm 
AIG: adequado para a idade gestacional – quando o 
bb nasce com o tamanho e peso normal 
PIG: pequeno para a idade gestacional 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
7 
 
GIG: grande para a idade gestacional 
Quirodáctilo: dedos da mão 
Pododáctilo: dedos do pé 
Trissomia total- condição pós ou pré zigotica 
Síndromes cromossômicas 
 
Síndrome de Down 
Cariótipo 47, XX ou XY + 21 
Incidência + 1 : 600 nascidos vivos (combinação mais 
frequente de malformações) 
 
Mortalidade até o primeiro ano de vida = 44% 
(Cardiopatias (CIA/CIV/PCA), infecções pulmonares, 
leucemia) 
Etiologia 
o Trissomia do cromossomo 21 = 94% 
o Mosaicismo = 2,4% 
o Translocação = 3,3% 
Características clínicas 
o Baixa estatura 
o Hipotonia generalizada 
o Braquicefalia 
o Occipital achatado 
o Pavilhão das orelhas é pequeno 
o Implantação baixa das orelhas 
o Face achatada e arredondada 
o Olhos com fendas palpebrais mongólicas 
o Boca entreaberta 
o Língua protrusa, sulcada e saliente 
(macrogossia). 
o Fenda Palpebral “Mongólica “ 
o Epicanto interno 
 
o Dermatóglifos- mãos curtas e alargadas prega 
única palmar transversa ("prega simiesca") 
 
→ Prega única do V dedo 
 
Evolução 
o Melhora do Tônus muscular 
o Piora do Q.I. 
o Desempenho social é acima do esperado. 
o Dóceis, felizes e amáveis 
o Gostam de música, tem senso rítmico 
apurado, imitam as pessoas. 
o Sexo Feminino: podem menstruar e gerar 
filhos 
o Sexo Masculino: considerados estéreis, por 
baixos níveis de testosterona.

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