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Materia direito do trabalho II Aula 01 - 05

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Prévia do material em texto

Professora: Ana Lucia Torres dos Santos 
 
 1 - DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de 
Direito do Trabalho, 19ª ed., São Paulo, SP: LTR 
Editora, 2020. 
2- DELGADO, Maurício Godinho. A reforma 
trabalhista no Brasil: com comentários à lei 
13.467/2017. São Paulo, SP : LTR, 2017 
3- LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de 
Direito do Trabalho. 13. São Paulo Saraiva Jur 2021 
 
O direito do trabalho, entre outros regramentos, 
contem normas relacionadas a duração da prestação 
do serviço. Isso significa que a duração da jornada 
tem proteções garantida, seja biológica, social ou 
econômica, que significam: 
Biológica - Recomposição física e mental do 
trabalhador. 
Social - Necessidade de convivência familiar, lazer e 
distração. 
Econômica- Justa divisão do trabalho. 
 
Pergunta: Duração do trabalho/Jornada de 
trabalho são sinônimos? Não, “duração” é gênero 
e “jornada” é espécie. 
 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
XIII - duração do trabalho normal não superior a 
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho 
realizado em turnos ininterruptos de revezamento, 
salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; 
 
 
XVI - remuneração do serviço extraordinário 
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do 
normal; - Pode ser maior que 50% mas NÃO 
menor. 
 XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, 
pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal; 
 
Pergunta: Qual a diferença entre acordo e 
convenção coletiva? A diferença está no fato de 
que a Convenção se aplica a toda uma categoria de 
trabalhadores (e, por isso, é negociado entre dois 
sindicatos, o patronal e o trabalhista) e o Acordo se 
volta para apenas um dos sindicatos (o dos 
trabalhadores) e uma empresa ou um grupo de 
empresas. 
 
A duração do trabalho compreende todo o período 
decorrente do contrato de trabalho inclusive 
repouso/descanso/hebdomadário semanal 
remunerado, feriados e férias. 
 
 
 
Jornada de trabalho é o tempo que o empregado 
permanece á disposição do empregador durante um 
dia, semana ou mês. 
 
Atenção: O intervalo NÂO esta incluso na jornada 
de trabalho – Art. 71 da CLT. 
 
Atenção: O intervalo com a reforma trabalhista 
deixou de ter caráter salarial e passou a ter salário 
indenizatório, deixando o inciso II da súmula 437 
TST. 
 
Horário de trabalho é a duração do trabalho com 
seus limites fixados, inclusive intervalos. 
Compreende o espaço temporal e o termo final de 
uma jornada diária 
 
Atenção: A duração diária do trabalho poderá ser 
acrescida de horas extras, em numero não excedente 
de duas, por acordo individual, convenção coletiva 
ou acordo coletivo de trabalho. 
Direito do Trabalho II 
Aula 01 
Bibliografia 
Duração do Trabalho 
Legislação 
Jornada de trabalho x horário de trabalho 
 
Juliana A 
 
 
 
São critérios o tempo efetivamente laborado 
e critério do tempo à disposição no centro 
de trabalho 
 
Atenção: Antes da reforma o tempo despendido até 
o local de trabalho era remunerado, a partir da 
reforma as horas itinerárias não são mais 
remuneradas, caindo a sumula 90 TST 
 
 
O tempo de prontidão é quando o trabalhador esta 
no trabalho aguardando ordens, pois já esta no local 
de trabalho. 
 
Se o empregado permanece fora do seu horário 
habitual de trabalho nas dependências do 
empregador ou em local por ele determinado 
aguardando ordens de serviço. O empregador 
remunera as horas de prontidão á razão de 2/3 do 
salário hora, independentemente de chamar o 
empregado para serviço efetivo (§3º, art. 244, CLT) 
 
Atenção: Tempo Maximo de 12h 
 
O tempo no sobreaviso o empregado fica em sua 
residência, aguardando a qualquer momento para ser 
chamado para o serviço. Neste ele precisa estar 
alcançável (por meio de telefone, email, whatsapp, 
etc.) 
 
Art. 244, §2º, CLT – Considera-se de "sobre-aviso" 
o empregado efetivo, que permanecer em sua própria 
casa, aguardando a qualquer momento o chamado 
para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no 
máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-
aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão 
de 1/3 (um terço) do salário normal. 
 
Atenção: Tempo Maximo de 24h 
 
Sobreaviso aplicação analógica Sumula 428 do 
TST: I que "o uso de instrumentos telemáticos ou 
informatizados fornecidos pela empresa ao 
empregado, por si só, não caracteriza regime de 
sobreaviso". E o item II considera "em sobreaviso o 
empregado que, à distância e submetido a controle 
patronal por instrumentos telemáticos ou 
informatizados, permanecer em regime de plantão ou 
equivalente, aguardando a qualquer momento o 
chamado para o serviço durante o período de 
descanso." 
 
 
 
São consideradas tempo de espera as horas que 
excedem a jornada normal de trabalho do motorista 
de transporte rodoviário de cargas que ficar 
aguardando carga ou descarga do veiculo no 
embarcador ou destinatário ou para fiscalização das 
mercadorias transportadas. As horas do tempo de 
espera são indenizadas com base no salário hora 
normal acrescido de 30%, NÃO tendo natureza 
salarial 
 
Atenção: Caso o tempo de espera, § 8 do artigo 235-
C da CLT, seja superior a 24h ininterruptas e for 
exigida a permanência do motorista empregado junto 
ao veiculo, se o local oferecer condições adequadas, 
tal tempo será considerado como de repouso para os 
fins do intervalo conforme os §§2º e 3º, sem prejuízo 
do disposto no §9º 
 
O serviço real é o período que o empregado se 
encontra a disposição do empregador, dentro do 
horário de trabalho, aguardando ou executando 
ordens, art 4 clt 
 
O serviço efetivo ficto é o período em que o 
empregado esteja à disposição do empregador, fora 
do horário de trabalho, por conta do deslocamento 
residência/trabalho/residência para lugares de difícil 
acesso ou não servidos por transporte público. Essas 
horas de itinerário ou horas in itinere, que 
normalmente não seriam entendidas como 
integrantes da jornada, passam a excepcionalmente a 
ser. 
 
Critérios para a fixação da jornada na atual 
CLT 
 
Tempo de prontidão x Tempo sobreaviso 
 
Tempo de espera x Serviço real x Serviço 
efetivo ficto 
 
Pergunta: As horas de trabalho semanais podem 
ser distribuídas de forma aleatórias? Sim, desde 
que não exceda 8h diárias e 44h semanais. 
 
 
Art. 74. O horário de trabalho será anotado em 
registro de empregados. 
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) 
trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de 
entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou 
eletrônico, conforme instruções expedidas pela 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do 
Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação 
do período de repouso. 
§ 3º Se o trabalho for executado fora do 
estabelecimento, o horário dos empregados constará 
do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu 
poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste 
artigo. 
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto 
por exceção à jornada regular de trabalho, mediante 
acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho. 
 
Atenção: Anterior a reforma a legislação previa que 
só se registrasse a empresa que tem mais de 10 
empregados, atualmente a legislação estabelece que 
os empregadores com mais de 20 empregados devem 
manter o registro. 
 
Atenção: Se o trabalho for executado fora do 
estabelecimento, o horário dos empregados contara 
do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu 
poder, sem prejuízo da anotação do horário de 
trabalho em registro de empregados. 
 
Fica permitida a utilização de registro de ponto por 
exceção á jornada regularde trabalho, mediante 
acordo individual escrito, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho. 
 
 
A jornada de trabalho pode ser divida quanto à 
duração, ao período, a profissão e a flexibilidade. 
 
Quanto à duração, a jornada de trabalho pode ser: 
1- Normal, que é comum, a ordinária, de oito horas. 
Presume-se no contrato de trabalho que o 
trabalhador se obriga a prestar oito horas diárias de 
trabalho e 44 semanais – art 7, XIII, CF 
 
2- Extraordinária ou suplementar, que são as horas 
que excedem os limites legais, como as que 
suplantarem as oito horas diárias e 44 semanais. 
 
3- Limitada, quando há um balizamento na lei, 
como a dos médicos em que há um limite máximo 
de quatro horas diárias (art. 89, a, da Lei nº3.999/61) 
 
4 - Ilimitada, quando a lei não determina um limite 
para sua prestação. 
 
Quanto ao período a jornada pode ser: 
 
1- diurna, no interregno compreendido entre as 5 e 
às 22h 
 
2- noturna, no lapso de tempo entre as 22 e às 5h. 
 
3- mista, como por exemplo das 16 às 24h, que 
compreende parte do período considerado pela lei 
como diurno e parte no período noturno – art. 73§4º 
da CLT. 
 
Atenção: O trabalhador rural tem critério diferente 
quanto ao período da jornada: considera-se trabalho 
noturno o executado entre as 21h de um dia e às 5h 
do outro, na lavoura, e entre às 20h de um dia e as 
4h do dia seguinte, na pecuária – Art. 72 da Lei 
nº5.889/73. 
 
Atenção: A lei pode REDUZIR a jornada de 
trabalho do empregado, pois o máximo é previsto na 
Constituição como oito horas, mas NÃO o mínimo. 
 
Normalmente o trabalho se dá de 8:00 às 12:00 e de 
14:00 às 18:00 e aos sábados de 8:00 às 12:00h 
 
 
Mensalista: Salário/220 horas – artigo 64 da CLT – 
ou seja: 
Registro do horário 
 
Classificação 
 
Definição de salário por hora trabalhada 
 
44h de trabalho/6 dias na semana = 7,33 (média de 
horas nos dias trabalhados) 
7,33 x 30 (média de dias do mês) = 220h (média de 
horas no mês) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os bancários tem uma jornada considerada especial, 
eis que é de sés horas (art. 224 e226 da CLT), no 
Maximo de 30 horas semanais. Outras pessoas que 
também tem jornadas especiais são empregados em 
serviço de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial, 
de radiotelegrafia e radiotelenefonia (art 227 a 231 
CLT), os operadores cinematográficos (art. 234, 
CLT) e os empregados de minas de subsolo (art. 293, 
CLT) que também são de 6 horas diárias. 
 
Ademais, os jornalistas profissionais tem uma 
jornada de cinco horas diárias (art. 303, CLT), os 
professores com quatro aulas consecutivas, nem mais 
de seis intercaladas (art. 318, CLT) e os médicos que 
tem a jornada de duas horas no mínimo e quatro 
horas no máximo (art. 293 CLT). 
 
Atenção: A redução de turmas no caso dos 
professores não é considerada a redução de salário. 
 
Atenção: O professor que trabalha a partir das 22h 
tem direito adicional noturno. 
 
A sumula 370 TST diz respeito as jornadas de 
trabalho dos médicos e engenheiros, perceba: 
 
SÚMULA Nº 370 - MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA 
DE TRABALHO. LEIS NºS 3.999/1961 E 4.950-A/1966 
Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-
A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas 
apenas estabelecem o salário mínimo da categoria 
para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 
horas para os engenheiros, não há que se falar em 
horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que 
seja respeitado o salário mínimo/horário das 
categorias. 
O cabineiro de elevador, segundo o art. 19 da lei nº 
3.270/57 tem jornada de trabalho de seis horas 
diárias. 
 
Súmula nº 124 do TST 
BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR 
(alteração em razão do julgamento do processo 
TST-IRR 849-83.2013.5.03.0138) - Res. 
219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 
30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 
12, 13 e 14.07.2017 
I - o divisor aplicável para o cálculo das horas 
extras do bancário será: 
a)180, para os empregados submetidos à jornada 
de seis horas prevista no caput do art. 224 da 
CLT; 
b) 220, para os empregados submetidos à 
jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 
224 da CLT. 
II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior 
as decisões de mérito sobre o tema, qualquer 
que seja o seu teor, emanadas de Turma do TST 
ou da SBDI-I, no período de 27/09/2012 até 
21/11/2016, conforme a modulação 
aprovada no precedente obrigatório firmado no 
Incidente de Recursos de Revista Repetitivos nº 
TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, DEJT 
19.12.2016. 
 
SÚMULA N.º 431 - SALÁRIO-HORA. 
EMPREGADO SUJEITO AO REGIME 
GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, 
DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. 
CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 
 
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, 
da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de 
trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para 
o cálculo do valor do salário-hora. 
 
Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25-9-2012 
 
Aula 02 
Jornadas especiais 
 
O advogado tem jornada de trabalho de quatro horas 
continuas e de 20 horas semanais, salvo acordo ou 
convenção coletiva ou em caso de dedicação 
exclusiva. 
 
Atenção: O adicional de horas extras para o 
advogado é de 100%. 
 
 
 
O trabalhador externo pode ser dividido em: 
A) Aquele que executa tarefas fora do 
estabelecimento do empregador. 
 
Atenção: O controle de tarefas e de horários é 
impossível ou difícil – art. 62, I, CLT 
 
Ex. vendedores pracistas sem controles de vendas, 
trabalhadores em domicilio, teletrabalhadores. 
 
B) Aqueles que são obrigados a comparecer à 
empresa durante a jornada, com ou sem fiscalização. 
 
C) Aqueles com trabalho compatível com a fixação 
do horário. 
 
Ex. Motoboy, contínuo, boy, motorista de ônibus 
 
Atenção: É necessária a anotação da condição de 
externo na CTPS – art. 62, I, CLT – mas segundo a 
sumula 12 do TST “as anotações apostas pelo 
empregador na carteira profissional do empregado 
não geram presunção ‘juris et de jure’, mas apenas 
‘juris tantum’.”. 
 
 
 
O teletrabalho não é incluído no trabalho externo e 
não tem direito a horas extras, intervalos e adicional 
noturno. 
 
Neste caso o trabalhador inicia e termina suas tarefas 
no horário por ele mesmo estabelecido, devendo 
entretanto alcançar metas e resultados. 
 
Caso haja algum tipo de controle como login e 
logout, localização, ligações telefônicas durante a 
realização do trabalho, o trabalhador estará protegido 
pelo artigo 7º da CRFB/88. 
 
 
 
 
A) Exercício de atividade externa incompatível com 
a fixação de horário de trabalho (art. 62, I) e cargos 
de gestão (art. 62,II) 
 
B) Lei nº 13.467/17 – art. 62,II – que são os 
empregados em regime de teletrabalho. 
 
C) Prestação de serviço de natureza intermitente, ou 
seja, múltiplas interrupções ou intervalou ou de 
pouca intensidade. 
 
Ex. Ferroviários de estações do interior (art.243, 
CLT) e mãe social (Lei nº 7.644/87). 
 
Atenção: Mãe social/ mãe crecheira é uma pessoa 
que toma conta da “casa lar”, ou seja, que toma 
conta das casas de menores em situações irregulares. 
 
Atenção: A súmula 61 do TST diz que “aos 
ferroviários que trabalham em estação do interior, 
assim classificada por autoridade competente, não 
são derivadas horas extras (art. 243, CLT)”. 
 
D) Pessoas que trabalham no regime de tempo 
parcial também estão fora do regime de percepção de 
horas extraordinárias. Este regime admite duas 
formas, sendo estas: 
1. Duração que não exceda a 30 horas 
semanais, SEM a possibilidade de horas extras 
semanais. 
 
Atenção: Isso é uma inovação da lei nº 13.467/17, 
pois o “part time” antes era 25 horas semanais. 
 
Em nossa legislação o empregado pode iniciar neste 
tipo de sistema, ou ele pode em acordo com o 
empregador, migrar para esse sistema. 
Trabalhoexterno 
 
Teletrabalho 
 
Exclusão do regime de percepção de horas 
extraordinárias e recepção constitucional 
 
2. Duração que não exceda a 26 horas 
semanais, COM a possibilidade de acréscimo até 6 
horas extras semanais, que podem ser compensadas 
na semana seguinte. Caso não haja compensação 
deverão ser quitadas na folha de pagamento. 
 
Atenção: O acréscimo para a compensação na folha 
de pagamento é de 50% 
 
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de 
tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta 
horas semanais, sem a possibilidade de horas 
suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja 
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, 
com a possibilidade de acréscimo de até seis horas 
suplementares semanais. 
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o 
regime de tempo parcial será proporcional à sua 
jornada, em relação aos empregados que cumprem, 
nas mesmas funções, tempo integral. 
 
E) Domésticos tiveram uma modificação legislativa 
com a lei complementar 150/2015, adquirindo todos 
os direitos de empregado. 
 
A duração semanal de um doméstico é de no 
Maximo 25 horas, sendo possível a prestação de até 
06 horas extras, desde que não excedente a uma hora 
diária, mediante acordo escrito entre empregado e 
empregador, e desde que não ultrapasse 06 horas 
diárias. 
 
Atenção: Sendo possível a realização de horas extras 
pode-se adotar o sistema de compensação de 
jornada. 
 
E) Os Turnos ininterruptos de revezamento 
segundo o inciso XIV do art.7º da CRFB são de seis 
horas diárias, salvo negociações coletivas. 
 
Atenção: A jornada ocorre desta forma, pois esse 
tipo de trabalho, em turnos de revezamento, é 
extremamente prejudicial a saúde do trabalhadores. 
 
Ex. Petroleiros, pessoas que trabalham em 
siderúrgica, usinas hidrelétricas e etc. 
O turno vem a ser a divisão dos horários de 
trabalho, como se observa do artigo 245, que se 
refere ao ferroviário, e do art. 412, que trata do 
trabalho do menor. 
 
Atenção: O turno NÃO se confunde, porém, com a 
jornada, porque esta corresponde à duração normal 
do trabalho diário, e turno se refere à divisão da 
jornada. 
 
A jornada diária é de 8 horas, os turnos se dividem 
em módulos de 6 horas, tendo possibilidade de 
prorrogação apenas por negociação coletiva. 
 
Atenção: A alteração de horário do período noturno 
para o diurno é considerada uma alteração licita do 
contrato de trabalho. 
 
O revezamento trata dos trabalhadores escalados 
para prestar serviços em diferentes períodos de 
trabalho em forma de rodízio. É a troca de posição 
dos trabalhadores, a substituição de um empregado 
por outro no posto de trabalho. 
 
Nesse caso os trabalhadores têm diferentes horários 
de trabalho e trabalham em diferentes dias da 
semana, quinzena ou no mês. 
 
Características: 
 Funcionamento da empresa 
continuadamente, de forma ininterrupta por 24 
horas. 
 Existência de regime de trabalho com 
horários em turnos ininterruptos de trabalho 
alternado. 
 Trabalho efetivo dos empregados em 
horários de revezamento, alternados em turnos 
ininterruptos. 
 
A CLT, em alguns artigos, trata de revezamento 
como: 
 
Art. 67 - Parágrafo único - Nos serviços que exijam 
trabalho aos domingos, com exceção quanto aos 
elencos teatrais, será estabelecida escala de 
revezamento, mensalmente organizada e constando 
de quadro sujeito à fiscalização. 
 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração 
superior a do diurno e, para esse efeito, sua 
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por 
cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
 
Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será 
organizada uma escala de revezamento quinzenal, 
que favoreça o repouso dominical. 
 
Atenção: O artigo 386 versa sobre o trabalho da 
mulher aos domingos. 
 
Geralmente, o revezamento é feito por turmas ou 
por equipes, mas nada impede que seja feito por um 
ou alguns trabalhadores, como ocorre com os vigias. 
 
Por turno ininterrupto de revezamento deve-se 
entender o trabalho realizado pelos empregados que 
se sucedem no posto de serviço, na utilização dos 
equipamentos, de maneira escalonada, para períodos 
distintos de trabalho. 
 
Aplicação 
Os turnos ininterruptos de revezamento aplicam-se a 
qualquer tipo de atividade ou profissão, como nas 
siderúrgicas, empresas que exploram atividades 
petrolíferas, vigias, vigilantes, porteiros e hospitais. 
 
O direito à jornada de seis horas pertence ao 
trabalhador urbano e rural, além do avulso, que tem 
igualdade de direitos com os demais trabalhadores 
(art. 7º, XXXIV, CRFB/88) 
 
Atenção: Não se pode dizer que, havendo intervalo 
para refeição, não se aplica o turno de seis horas. O 
intervalo para a refeição não vai descaracterizar o 
turno, assim como o repouso semanal também não o 
desqualifica (art. 7º, XV CRFB/88) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso o empregador entenda de manter o turno 
ininterrupto de revezamento, terá que conceder 
jornadas de seis horas, sendo devidas como extras as 
horas trabalhadas além do referido horário. 
 
Existe uma exceção desta jornada que é feita 
mediante negociação coletiva, permitindo-se, nesta, 
que seja estabelecida jornada superior a seis horas, 
porém haverá necessária participação do sindicato 
dos empregados nas negociações (art. 8, VI, 
CRFB/88) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMULA 675- STF 
 
Os intervalos fixados para descanso e 
alimentação durante a jornada de seis horas não 
descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos 
de revezamento para o efeito do art. 7º, xiv, da 
constituição. 
SÚMULA Nº 360 - TURNOS 
ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. 
INTERVALOS INTRAJORNADA E 
SEMANAL 
A interrupção do trabalho destinada a repouso e 
alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo 
para repouso semanal, não descaracteriza o turno 
de revezamento com jornada de 6 (seis) horas 
previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. 
 
SÚMULA Nº 423 - TURNO 
ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. 
FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO 
MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. 
VALIDADE. 
Estabelecida jornada superior a seis horas e 
limitada a oito horas por meio de regular 
negociação coletiva, os empregados submetidos a 
turnos ininterruptos de revezamento não tem 
direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como 
extras. 
 
 
 
Em circunstâncias excepcionais pode haver 
prorrogação mediante contrato individual escrito ou 
contrato coletivo de trabalho (acordo ou convenção 
coletiva) NÃO podendo ultrapassar duas horas 
diárias (art.59, caput, CLT) 
 
Atenção: A hora normal é acrescida do adicional de 
50% 
 
Circunstancia excepcional: Motivo de força maior 
e para atender à realização ou conclusão de serviços 
inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar 
prejuízo manifesto (art.61,caput, §2º, CLT) 
 
 
Tratando-se de trabalho interno em estabelecimento 
com mais de 20 empregados, estabelece a CLT o 
controle de jornada, com o objetivo de facilitar a 
evidência de respeito à jornada legal padrão ou a 
evidencia do trabalho extraordinário efetivamente 
realizado. 
 
Dispõe o artigo 74,§2º da CLT que é “obrigatória a 
notação da hora de entrada e de saída, em registro 
manual, mecânico ou eletrônico. 
 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os 
empregados em qualquer atividade privada, não 
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja 
fixado expressamente outro limite. 
§ 1o não serão descontadas nem computadas como 
jornada extraordinária as variações de horário no 
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, 
observado o limite máximo de dez minutos 
diários. 
 
Proibição de prorrogação de jornada de trabalho 
 Aprendizes – art. 432, CLT 
 Atividades insalubres somente podem se 
prorrogar mediante acordo com a autoridade em 
matéria de medicinae segurança do trabalho (art.60 
CLT) 
 A lei 13.467/17 alterada passou a dispor que 
“excetuam-se de licença prévias as jornadas de doze 
horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas 
de descanso”. 
 
Atenção: Essa alteração amplia os riscos de doenças 
ocupacionais e colide com o disposto no artigo 7º, 
XXII da CRFB/88 que versa sobre a redução dos 
riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança, uma vez que nesse tipo 
de jornada nas 36 horas de descanso a pessoa, muitas 
vezes esta trabalhando em outro local. 
 
 
As horas extras quando prestadas de forma não 
habitual, são tidas como parcela salarial e integram a 
remuneração do empregado para qualquer fim, 
sendo base de incidência de FGTS, contribuições 
previdenciárias e IR. 
 
Caso as horas extras sejam habituais integram a base 
de calculo do 13º salário, férias, gratificações 
periódicas ajustada, aviso prévio indenizado, verbas 
resilitórias, depósito do FGTS, multa de 40% e no 
RSR. 
Supressão de horas extras 
 
A súmula 291 do TST versa sobre a supressão do 
Serviço Suplementar com indenização e diz: “A 
supressão, pelo empregador, do serviço suplementar 
prestado com habitualidade, durante pelo menos um 
ano, assegura ao empregado o direito à indenização 
correspondente ao valor de um mês das horas 
suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior 
a 6 (seis) meses de prestação de serviço acima da 
jornada normal. O calculo observará a media das 
horas suplementares efetivamente trabalhadas 
nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo 
valor da hora extra do dia da suspensão. 
 
 
A Constituição no artigo 7º, XIII faculta a 
compensação de horários de trabalho, bem como o 
§2º do artigo 59 da CLT. 
 
Em principio essa compensação pode ser firmada 
mediante negociação coletiva (acordo ou convenção 
Prorrogação de horas de trabalho 
 
Controle da jornada 
 
Integração e reflexos das horas extras 
 
Compensação de horas de trabalho 
 
coletiva de trabalho) ou acordo bilateral (direto entre 
o empregado e o empregador). 
 
Antes da Lei nº 13.467/17 a compensação de 
jornada se dividia em duas espécies: 
1) Compensação tradicional: Basta acordo 
individual. Respeita o modulo semanal ou mensal 
disposto no artigo 59,§6º da CLT e tem fixação 
prévia de horário. 
 
Ex. Empregados na construção civil trabalham de 
segunda a quinta de 8h às 18h com 1h de intervalo e 
sexta feira de 8h às 17h, com intervalo de uma hora, 
totalizando 44h semanais, não havendo trabalho aos 
sábados. – Este modulo de horário chama-se semana 
inglesa. 
 
Nesta espécie admite-se também a semana espanhola 
que significa trabalhar 48h em uma semana e 40h em 
outra (OJ 323 SDI-I TST) 
 
SÚMULA N.º 444 - JORNADA DE TRABALHO. 
NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 
36. VALIDADE. 
 Atualmente é regulamentada 
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze 
horas de trabalho por trinta e seis de descanso, 
prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante 
acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de 
trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos 
feriados trabalhados. O empregado não tem 
direito ao pagamento de adicional referente ao 
labor prestado na décima primeira e décima 
segunda horas. 
 
Atenção: Aprendizes não podem compensar horas 
extras. 
 
2)Bancos de horas: Permite a exigibilidade de 
horas complementares sem prévio aviso e sem 
qualquer pagamente e a imprevisibilidade da 
concessão de folgas compensatória (disposto no 
artigo 59, §2º e 3º da CLT). 
 
A lei nº13.467/17 inseriu o parágrafo 5º no artigo 59 
o qual dispõe que o banco de horas poderá ser 
pactuado por acordo individual escrito desde que 
compensado em seis meses. Permite também no art. 
59-A o ajuste de “quaisquer formas de 
compensação” por acordo individual, convenção 
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, desde que 
respeitado o limite diário de dez horas e compensado 
no mesmo mês. 
 
Atenção: O novo artigo. 59-C, dispõe que “ a 
prestação de horas extras habituais não 
descaracteriza o acordo de compensação de jornada, 
nem o banco de horas”, o que contraria a súmula 85 
do TST (a súmula esta incompatível com o novo 
regime de banco de horas). 
 
Após a reforma nos temos as seguintes formas de 
compensação: 1) Compensar em no Maximo um 
ano, conforme o artigo 59,§2º CLT (por acordo 
coletivo ou convenção coletiva de trabalho) ; 2) 
Compensar em no máximo seis meses, conforme o 
artigo 59,§5º da CLT (por acordo individual escrito); 
3) Compensar em no máximo um mês, conforme o 
artigo 59,§6º da CLT (por acordo individual tácito ou 
escrito); 
 
O labor diário com horas extras é de 10h, sendo 
exceções: 1) Bombeiro Civil (lei 11.901/2009); 2) 
Motorista Profissional (lei 13.103/2015) e; 3) 
Domésticos (LC150/2015). 
 
Atenção: Nessas hipóteses a lei autoriza turnos de 
12 x 36, com limite máximo semanal de 36 horas, 
respeitando o limite de 220h mensais. 
 
O artigo 59-B da CLT prevê a possibilidade de 
realização de jornada de 12x36 com o intervalo de 
intrajornada, gozado ou indenizado. O parágrafo 
único do mesmo artigo prevê que a remineração do 
trabalhador já inclui o Descanso semanal 
Remunerado (DSR), inclusive em feriado, e as 
prorrogações do período noturno. 
 
Atenção: Tal previsão fere o disposto no artigo 7º, 
caput e inciso IX da CRFB/88, já que retira o 
trabalhador que cumpre jornada 12x36, no período 
noturno, o direito de remuneração superior a do 
período diurno. 
 
 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja 
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso ou 
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora 
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
 
Este artigo se aplica para trabalhadores noturnos e 
diurnos. 
 
Períodos de descanso – Intervalo Intrajornada 
 Trabalhador Urbano: Segue os 
moldes do artigo 71. Excedendo de 4 até 6 horas tem 
intervalo de 15 min. Excedendo 6 horas tem 
intervalo de no mínimo 1h. 
 Trabalhadores rurais: Até seis horas 
não há previsão legal. A partir de 6h a dimensão de 
intervalos acompanha os usos e costumes da região. 
 
Redução de intervalo intrajornada 
O artigo 71,§3º dispõe o seguinte: “§ 3º O limite 
mínimo de uma hora para repouso ou refeição 
poderá ser reduzido por ato do Ministro do 
Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o 
Serviço de Alimentação de Previdência Social, se 
verificar que o estabelecimento atende integralmente 
às exigências concernentes à organização dos 
refeitórios, e quando os respectivos empregados não 
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas 
suplementares.” 
 
E o §4º dispõe: “§ 4o A não concessão ou a 
concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, 
para repouso e alimentação, a empregados urbanos e 
rurais, implica o pagamento, de natureza 
indenizatória, apenas do período suprimido, com 
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o 
valor da remuneração da hora normal de trabalho.” 
A flexibilidade do tempo mínimo de intervalo 
intrajornada é disposto pelo inciso III do artigo 611-
A que diz que o intervalo mínimo para a jornada 
acima de 6h pode ser reduzido por meio de acordo 
ou convenção, desde que respeitado o limite mínimo 
de 30 minutos. 
 
Intervalos para proteção contra doenças 
ocupacionais – Art. 72, CLT 
 O artigo 229 diz respeito a 
mecanográfica (digitar) e diz que a cada 90 minutos 
trabalhados deve-se ter um intervalo de 10 min. 
SÚMULA Nº 346 - DIGITADOR. INTERVALOS 
INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA 
DO ART. 72 DA CLT 
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da 
CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de 
mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), 
razão pela qual têm direitoa intervalos de descanso 
de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho 
consecutivo. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
 O artigo 253 diz respeito aos 
trabalhadores que entram e saem de câmaras 
frigoríficas e prevê 20 min de intervalo a cada 1h40m 
de trabalho. 
 O artigo 298 diz respeito aos 
trabalhadores das minas de subsolo e prevê 15min de 
intervalo a cada 3h de trabalho consecutivo. 
 O operador de telemarketing segundo 
o NR 17 MTE deve ter 10 min de intervalo a cada 
50 min trabalhado. 
 
Atenção: Doenças ocupacionais são aquelas que são 
desenvolvidas devido ao trabalho prestado. 
 
Atenção: Atenção a sumula 118 do TST que diz que 
“Os intervalos concedidos pelo empregador na 
jornada de trabalho, não previstos em lei, 
representam tempo à disposição da empresa, 
remunerados como serviço extraordinário, se 
acrescidos ao final da jornada.” 
 
Intervalo de trabalho 
 
Intervalo para amamentação 
Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se 
advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) 
meses de idade, a mulher terá direito, durante a 
jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais 
de meia hora cada um. 
§ 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 
6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da 
autoridade competente. 
§ 2o Os horários dos descansos previstos no caput 
deste artigo deverão ser definidos em acordo 
individual entre a mulher e o empregador. 
 
Apesar de previsto em lei, isso muitas vezes não 
acontece, pela dificuldade de organização da 
empresa. 
 
Intervalo interjornadas 
Entre duas jornadas de trabalho haverá um período 
mínimo de 11 horas consecutivas, conforme dispõe 
o artigo 66 da CLT. 
 
Os intervalos intersemanais ou hebdomadários (DSR 
ou RSR) são previstos pela lei 605/49 e conforme o 
artigo 7º, XV § único e art. 67 da CLT são 
preferencialmente aos domingos, pelo menos uma 
vez por mês (lei nº 10.101/2001). 
 
Deve ser concedido a cada seis dias de trabalho na 
base de 24h consecutivas, mas, pelo menos a cada 
sete semanas o RSR deve recair obrigatoriamente no 
domingo (portaria 417/66 MTE) 
 
 
São feriados civis os declarados em lei federal, data 
magna do Estado da Federação, dias de inicio e 
término do ano, e de centenário do município 
fixados em lei municipal. 
 
Os feriados religiosos não são superiores a quatro, 
sendo incluída a sexta-feira da paixão. 
 
A remuneração para o trabalhador que trabalha em 
feriados é de 100%, ou seja, o dobro (lei 605/49) 
 
Atenção: O empregado e o empregador podem 
estabelecer acordo individual de compensação de 
horas prevendo que o trabalho executado em feriado 
seja compensado em uma folga em outro dia. Além 
disso, convenção ou acordo coletivo de trabalho 
podem estabelecer a troca do dia de feriado por 
outro. 
 
 
 
 
As férias têm como característica a remuneração, o 
adicional de 1/3 e a média de 30 dias, mas podem ser 
reduzidas por conta das faltas injustificadas. 
 
A legislação, atualmente, permite o fracionamento 
das férias em 3 períodos, sendo que um desses 
períodos não pode ser inferior a 14 dias. 
 
Estão previstas na CRFB/88 no artigo 7º,XVII e na 
CLT nos artigos 129 a 153. 
 
Atenção: Para os ocupantes de cargos públicos o 
regramento esta no artigo 39,§3º da CRFB/88 e na 
lei nº8.112/90. 
 
Princípios das férias 
A) Anualidade: Todo empregado terá direito a 
férias após doze meses, com prazo subsequente para 
gozo das férias. (art. 130 CLT) 
 
B) Remunerabilidade: É assegurado o direito à 
remuneração integral, como se o mês fosse de 
serviço, acrescido de 1/3. 
 
C) Continuidade: O fracionamento das férias sofre 
limitações. 
 
D)Irrenunciabilidade: O empregado não pode 
“vender” as férias, tendo o direito de gozá-las, 
prevendo a lei apenas a conversão de parte em 
dinheiro. 
 
E)Proporcionalidade: As férias podem ser 
reduzidas em face de ausências injustificadas ou 
Feriados 
 
Aula 03 
Férias 
 
licenças por motivo pessoal do empregado. É 
previsto o pagamento de férias indenizadas na 
extinção do contrato de trabalho, proporcional aos 
meses nos quais trabalhou no período aquisitivo. 
 
Pergunta: Se o empregado tiver que trabalhar 
durante as férias o empregador pode ser penalizado? 
Se isso acontece descaracteriza as férias, eis que o 
empregado não pode trabalhar neste período, a 
menos que o empregado tenha um trabalho 
concomitante. 
 
Perda do direito das férias 
 
O empregado afastado no período aquisitivo pode 
perder o direito as férias conforme o artigo 133 da 
CLT, isso ocorre nos casos de: 
 
1) Concessão de auxilio doença previdenciário ou 
acidentário, quando ultrapassado seis meses 
contínuos ou descontínuos; 
 
2) Licença por mais de trinta dias; 
 
3) Paralisação da empresa por mais de trinta dias; 
 
4) Mais de 32 faltas injustificadas no período 
aquisitivo; 
 
Atenção: Quando o empregador perde o direito as 
férias inicia-se um novo período aquisitivo (art. 
133,§2º da CLT) 
 
Atenção: Se o empregador ficar afastado por 
alistamento militar obrigatório NÃO reinicia o 
período aquisitivo. 
 
Duração 
 
1) A duração será de 30 dias se não tiver mais de 5 
faltas 
 
2) Será de 24 dias para o empregado que tiver de 6 
à 14 faltas 
 
3) de 18 dias para quem tiver de 15 à 23 faltas 
 
4) de 12 dias para quem tiver de 24 à 32 faltas 
injustificadas 
 
5) se o empregado tiver mais de 32 faltas 
injustificadas não terá direito a férias. 
 
Atenção: Falta injustificada prevista no artigo 473 da 
CLT 
 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de 
comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de 
falecimento do cônjuge , ascendente, descendente, 
irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de 
trabalho e previdência social, viva sob sua 
dependência econômica; (licença nojo) 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de 
casamento; (licença gala) 
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no 
decorrer da primeira semana; 
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de 
trabalho, em caso de doação voluntária de sangue 
devidamente comprovada; 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim 
de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as 
exigências do Serviço Militar referidas na letra c do 
art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 
VII - nos dias em que estiver comprovadamente 
realizando provas de exame vestibular para ingresso 
em estabelecimento de ensino superior. (Inciso 
incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997) 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando 
tiver que comparecer a juízo. 
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na 
qualidade de representante de entidade sindical, 
estiver participando de reunião oficial de organismo 
internacional do qual o Brasil seja membro. 
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas 
médicas e exames complementares durante o 
período de gravidez de sua esposa ou companheira; 
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho 
de até 6 (seis) anos em consulta médica. 
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de 
trabalho, em caso de realização de exames 
preventivos de câncer devidamente comprovada. 
 
 
Não terá direito as férias 
 
Não terá direito as férias o: 1) trabalhador que deixar 
o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias 
subsequentes à sua saída; 2) permanecer em gozo de 
licença, com percepção de salários, por mais de 30 
dias; 3) O trabalhador que deixar de trabalhar, com 
percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude 
de paralisação parcial ou total dos serviços da 
empresa; 4) tiver percebido da Previdência social 
prestação de acidente de trabalho ou do auxilio 
doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. 
 
 
 
O período concessivo é o prazo que a lei concede o 
empregadorpara o empregado sair de férias. O 
empregador deverá conceder as férias nos 12 meses 
subsequentes. 
 
Uma vez adquirido o direito as férias o emprefador 
deve seguir as seguintes obrigações: 1. Obrigação d 
conceder férias (obrigação de fazer); 2) Obrigação de 
não exigir trabalho (obrigação de não fazer); 3) 
Obrigação de pagar; 
 
E os empregado deve seguir as seguintes obrigação: 
1) Obrigação de desfrutar as férias; 2) obrigação de 
não trabalhar, salvo no disposto do artigo 138 da CL. 
 
Súmula nº 81 do TST 
FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro. 
 
Fracionamento das férias: 
 
Atualmente era vedado o fracionamento aos 
menores de 18 anos e maiores de 50 anos. 
Entretanto, a lei nº 13.467/2017 modificou o artigo 
134 da CLT, e revoga este direito. 
 
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as 
férias poderão ser usufruídas em até três períodos, 
sendo que um deles não poderá ser inferior a 
quatorze dias corridos e os demais não poderão 
ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
 
As férias pela lei 13.467/2017 não podem ter inicio 
no período de dois dias que antecedem feriado oum 
dia de repouso semanal remunerado. 
 
Direito do coincidência: 
 
É concedido para os: A) Para os estudante s menores 
de 18 anos as férias devem coincidir com as férias 
escolares; B) Membros da mesma família no mesmo 
emprego poderão gozar as férias na mesma época, se 
não houver prejuízo para o empregador ( art. 136 
CLT). 
 
Designação de férias: 
 
A concessão deve ser feita na época que melhor se 
adeque o interesse do empregador, conforme o 
artigo 136 da CLT. 
 
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA), de conformidade com instruções expedidas 
pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos 
ou locais de obra nelas especificadas. 
 
Comunicação de férias: 
 
A concessão deve ser comunicada ao empregado 
com o mínimo de 30 dias, conforme o artigo 135 da 
CLT. 
 
Art. 135 - A concessão das férias será participada, 
por escrito, ao empregado, com antecedência de, no 
mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o 
interessado dará recibo. 
 
 
Durante as férias a remuneração será a mesma, como 
se estivesse em serviço, coincidindo com o dia da 
concessão, acrescida de um terço, conforme o artigo 
7º, XVII da CRFB/88. 
Período concessivo 
 
Remuneração nas férias 
 
 
Exemplo: Salário: 1.200,00 - Férias integrais 
(12/12): 1.200,00 + 399,96 = 1.599,96 
 
O terço constitucional está previsto na súmula 328 
do TST. “O pagamento das férias, integrais ou 
proporcionais, gozadas ou não, na vigência da 
CF/88, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no 
respectivo art. 7º, XVII. 
 
Atenção: As férias devem ser pagas até 02 dias 
antes do inicio do período, sob as penas do art. 137 
da CLT. 
 
 
Segundo o artigo 142 da CLT, nós temos os 
seguintes tipos de salários: 
 Salário por hora: Com jornadas variáveis, a 
remuneração será calculada pela média das horas 
trabalhadas no período aquisitivo e sobre esse 
número aplicado o valor da remuneração horária do 
dia da concessão. 
 Salário pago por produção: média mensal 
de produção do período aquisitivo e sobre este 
número aplicado o valor unitário da peça ou produto 
da data da concessão. 
 Salário por comissão ou percentagem: 
Apura-se a média dos pagamentos dos 12 meses 
anteriores à concessão. 
 Salário pago parcialmente em utilidades: 
O valor destas será computado na remuneração, 
salvo se durante as férias o empregado desfrutar das 
utilidades. 
 
Atenção: Os adicionais salariais, como horas extras, 
noturno, etc. integram a remuneração das férias. 
 
Atenção: Sempre que as férias forem concedidas 
após o prazo de que trata o art. 134 o empregador 
pagará em dobro a respectiva remuneração. 
 
 
O abono das férias é um pagamento em dinheiro em 
troca do gozo de férias (art. 143, CLT). A lei não 
permite a conversão total das férias em pagamento 
em dinheiro, sendo a natureza jurídica das férias a de 
obrigação de fazer. 
 
O abono é a transformação de 1/3 das férias em 
dinheiro. Aumenta o ganho do empregado e provoca 
a redução do número de dias de férias. 
 
O empregado em regime de tempo parcial pode 
requerer o abono de férias, tendo em vista o numero 
reduzido de dias de férias previstos na lei nº 
13.467/2017. 
 
 
 Férias vencidas: Serão pagas em dobro 
(quando já decorrido o período concessivo) ou de 
forma simples (quando não decorrido o período 
concessivo). 
 
Atenção: independentemente da causa de 
desfazimento do contrato as férias são sempre 
devidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de salário de férias 
 
 
Abono das férias 
 
 
Efeitos da extinção do contrato 
 
 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do 
contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por 
cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
 
Súmula nº 171 do TST 
FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO 
DE TRABALHO. EXTINÇÃO 
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por 
justa causa, a extinção do contrato de trabalho 
sujeita o empregador ao pagamento da 
remuneração das férias proporcionais, ainda que 
incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) 
meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51). 
 
Súmula nº 261 do TST 
FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE 
DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ 
MENOS DE UM ANO 
O empregado que se demite antes de 
complementar 12 (doze) meses de serviço tem 
direito a férias proporcionais. 
 
 Férias proporcionais: refere-se ao 
pagamento em dinheiro na cessação do contrato de 
trabalho, pelo período aquisitivo não completado, 
em decorrência da rescisão do contrato. O 
empregado receberá o pagamento proporcional aos 
meses do período aquisitivo incompleto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A LC 150/2015 dispõe que o empregado doméstico 
sob regime de tempo integral terá direito a férias e a 
décimo terceiro. Em regime de tempo parcial aplica-
se o artigo 3º da referida lei complementar. 
 
Art. 3o Considera-se trabalho em regime de tempo 
parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e 
cinco) horas semanais. 
§ 3o Na modalidade do regime de tempo parcial, 
após cada período de 12 (doze) meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a 
férias, na seguinte proporção: 
I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho 
semanal superior a 22 (vinte e duas) horas, até 25 
(vinte e cinco) horas; 
II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho 
semanal superior a 20 (vinte) horas, até 22 (vinte e 
duas) horas; 
III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho 
semanal superior a 15 (quinze) horas, até 20 (vinte) 
horas; 
IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho 
semanal superior a 10 (dez) horas, até 15 (quinze) 
horas; 
V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal 
superior a 5 (cinco) horas, até 10 (dez) horas; 
VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal 
igual ou inferior a 5 (cinco) horas. 
 
 
O Brasil ratificou a Convenção 132 da OIT que 
dispõe que todo empregado, independentemente da 
causa de extinção do contrato terá direito às férias 
proporcionais apesar da sumula 171 do TST. 
 
Como calcular: 
A fração de tempo de um mês deverá ser igual ou 
superior a 15 dias para contar o mês inteiro, ou seja, 
por exemplo: 
 3 meses e 9 dias equivalem a 3 meses 
 7 meses e 20 dias equivalem a 8 meses. 
 
Cada fração de mês equivale à divisão do salário 
mensal por 12. 
 
Exemplo: Salário R$2.400,00 divididos por 12 = 
R$200,00 acrescido de 1/3 que equivale a R$66,66. 
 
 
Extinto o contrato de trabalho é de dois anos o 
prazopara ingressar com processo judicial pleiteando 
o pagamento das férias vencidas e proporcionais, sob 
pena de prescrição. 
 
Durante o curso do contrato o prazo para pleitear 
férias vencidas é de cinco anos, conforme o art. 7º, 
XXIX da CRFB88. 
 
 
Requisitos: Prévia comunicação à DRT e ao 
Sindicato dos Trabalhadores com antecedência 
mínima de 15 dias (art. 139, §2º da CLT). 
 
As férias coletivas podem comportar dimensões 
iguais à integralidade das férias individuais e é 
permitido o fracionamento em até dois períodos 
anuais, desde que nenhum seja inferior a 10 dias (art. 
139,§1º da CLT) 
 
Atenção: Os empregados com menos de 12 meses 
de contrato gozarão de férias proporcionais, 
iniciando-se novo período aquisitivo (art. 140 da 
CLT). 
 
A lei nº 13.467/2017 no seu art. 134, § 1º permite o 
fracionamento em três períodos, o que se aplica às 
férias coletivas: 
Súmula nº 7 do TST 
A indenização pelo não-deferimento das férias 
no tempo oportuno será calculada com base na 
remuneração devida ao empregado na época da 
reclamação ou, se for o caso, na da extinção do 
contrato. 
 
Férias do doméstico 
 
 
Convenção 132 OIT 
 
 
Prescrição 
 
 
Férias coletivas 
 
 
Férias não inferiores a 14 dias corridos e outros não 
inferiores a 05 dias, desde que o empregado 
concorde, sendo o inicio das férias dois dias antes de 
feriados ou dia de repouso semanal remunerado, 
conforme o art. 134, §3º da CLT. 
 
Atenção: A microempresa e a empresa de pequeno 
porte são dispensadas de comunicar ao Ministério do 
Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas 
(art. 52, V da LC 123/06). 
 
 
 
 
Entre os valores assegurados no preâmbulo da 
CRFB/88 estão a segurança e o bem-estar social. No 
art. 6 da CRFB/88, entre os direitos sociais, se 
encontram o trabalho, a segurança e a saúde. No 
mesmo sentido dispõem os arts. 7º, XXII, 200, VIII 
e 225, caput. 
 
O art. 611-ALC dispõe que a convenção tem 
prevalência sobre a lei quando o assunto dispuser 
sobre grau de insalubridade, ou seja, permite-se que 
norma coletiva fixe clausula sobre enquadramento de 
proteção à dignidade da pessoa humana. 
 
A legislação de segurança do trabalho compõe-se de 
normas regulamentadoras, leis complementares, 
como portarias e decretos e também, as convenções 
internacionais da organização internacional do 
trabalho ratificadas pelo Brasil. 
 
 
Para verificar as normas de segurança do trabalho 
nas empresas, ou seja, para prevenir acidentes 
existem as comissões internas de prevenção de 
acidentes (CIPA). 
 
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos 
da administração direta e indireta e dos poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados 
regidos pela CLT devem manter a CIPA com a 
finalidade de promover o entendimento dos 
empregados acerca da necessidade da utilização de 
equipamentos de segurança. 
 
Objetivo 
Segundo a norma regulamentadora 5 visa à 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho (doenças profissionais e doenças de 
trabalho). 
 
As empresas privadas, publicas, sociedades de 
economia mista, órgãos da administração direta e 
indireta, instituições beneficentes, associações 
recreativas, cooperativas, bem como outras 
instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, devem possuir a CIPA, por 
estabelecimento. 
 
Representantes 
Os representantes dos empregadores são designados 
e não possuem garantia de emprego. Os 
representantes dos empregados, titulares e suplentes, 
independente de filiação sindical, são eleitos para um 
mandato de um ano, permitida uma reeleição, 
possuem garantia provisória de emprego. 
 
O presidente da CIPA é designado entre os 
representantes do empregador e o vice-presidente é 
escolhido entre os empregados titulares. 
 
Atenção: A estabilidade no emprego é prevista no 
art. 10, II, a, do ADCT para os representantes dos 
empregados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: A súmula 339 do TST diz que: A 
estabilidade provisória do cipeiro não constitui 
vantagem pessoal, mas garantia para as atividades 
dos membros da CIPA, que somente tem razão de 
Aula 04 
Medicina e segurança do trabalho 
 
 
CIPA 
 
 
Súmula 676/STF - 09/10/2003 -
 Estabilidade provisória. CIPA. 
Aplicabilidade ao suplente. ADCT 
da CF/88, art. 10, II, 
A garantia da estabilidade provisória prevista 
no art. 10, II, «a», do ADCT - também se aplica 
ao suplente do cargo de direção de comissões 
internas de prevenção de acidentes (CIPA). 
 
https://www.legjur.com/legislacao/art/cf8800000001988-10
ser quando em atividade a empresa. Extinto o 
estabelecimento, não se verifica a despedida 
arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida 
a indenização do período estabilitário. 
 
Atenção: A sucessão empresarial NÃO afasta a 
estabilidade do cipeiro, mantendo o empregado 
todos os seus direitos, conforme arts. 10 e 448 da 
CLT. APENAS a extinção do estabelecimento 
acarreta a perda da garantia de emprego. 
 
Constituição, processo eleitoral e organização 
É composta por representantes de empregados e 
empregador, de acordo com o tamanho da empresa e 
do setor econômico em que de acordo com o 
tamanho da empresa e do setor econômico em que a 
empresa atua. De modo geral a partir de vinte 
empregados, mas pode depender do setor 
econômico em que a empresa atua. 
 
Compete ao empregador convocar eleições para a 
escolha dos representantes dos empregados na 
CIPA, no prazo mínimo de 60 dias que anteccedem 
o término do mandato em curso. 
 
Atribuições e funcionamento 
Tem como atribuições: 1) identificar riscos; 2) 
elaborar plano para possibilitar a ação preventiva; 3) 
participar da implementação e controle de medidas 
de prevenção e avaliação das prioridades de ação; 4) 
identificar, por meio de verificações periódicas, 
situações que possam trazer riscos para a segurança e 
saúde dos trabalhadores; 5)divulgar as informações 
relativas à segurança e saúde no trabalho; 6) 
requisitar ao empregador cópias das CAT emitidas; 
7) promover junto com o SESMT a semana interna 
de prevenção de acidente do trabalho; 
 
 
 
De acordo com a norma regulamentadora nº6 EPI é 
todo dispositivo ou produto, de uso individual, 
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no 
trabalho. 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
GRATUITAMENTE (art. 166, CLT), o EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, sempre que as 
medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra riscos de acidentes do trabalho ou 
doenças profissionais do trabalho, ou enquanto as 
medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas e para atender a situações de 
emergência. 
 
O empregador deve oferecer gratuitamente os 
equipamentos e os funcionários tem o dever de 
conservação e de utilizar o EPI em seu dia a dia de 
trabalho sob pena de ser demitido (art. 158, CLT). 
 
Atenção: Os EPIs são utilizados para o grau de risco 
do PPP (perfil profissiográfico profissional) e 
também para a questão da responsabilização nos 
casos de acidentes de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A legislação protege o empregador quando diz que 
não basta o fornecimento do equipamento, há a 
necessidade de fiscalização do uso do mesmo, sob 
pena do empregador assumir o risco em relação a 
questão do infortúnio que vier a ocorrer. 
 
Pergunta: Se o funcionário não usar o EPI o 
empregador precisa demitir ele como primeira 
medida? Não necessariamente, pois apesar da lei 
prever a justa causa o empregador pode aplicar uma 
advertência, suspensão e caso não resolva demissão 
por justa causa. 
Equipamentos de proteção individual – EPI – 
NR6 
 
 
SÚMULA Nº 289 - INSALUBRIDADE. 
ADICIONAL. FORNECIMENTO DO 
APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO 
O simples fornecimento do aparelhode 
proteção pelo empregador não o exime do 
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-
lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, entre 
as quais as relativas ao uso efetivo do 
equipamento pelo empregado. 
 
Pergunta: O adicional de insalubridade integra a 
remuneração para todos os efeitos legais? O 
adicional de insalubridade integra a remuneração do 
empregado enquanto ele estiver nessa condição, 
então o adicional de insalubridade, assim como o de 
periculosidade, são do tipo salário condição, ou seja, 
cessado o trabalho finda o adicional. 
 
 
Exames médicos 
 
Abrangem exames obrigatórios com avaliação clinica, 
anamnese ocupacional e exame físico mental. Porém 
isso é apenas na teoria, pois na realidade o médico 
apenas pergunta se a pessoa esta bem e passa exame 
de sangue. 
 
Os exames admissionais devem ser realizados 
antes que o trabalhador assuma suas atividades. Já os 
exames periódicos são feitos com um intervalo 
mínimo de tempo. 
 
Atenção: Para trabalhadores expostos a riscos ou 
situações de trabalho que implique o 
desencadeamento ou agravamento de doença 
ocupacional ou que sejam portadores de doenças 
crônicas, os exames devem ser repetidos a cada ano 
ou intervalos menores a critério médico, ou com 
periodicidade especificada no anexo da NR -15 para 
os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas 
(sob ar comprimido ou submersos). 
 
Exames para os demais trabalhadores: a) anuais 
quando menores que 18 ou maiores de 45; b)a cada 
dois anos para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de 
idade. 
 
O exame de retorno ao trabalho deverá ser 
realizado no primeiro dia útil de volta ao trabalho do 
trabalhador ausente pelo período igual ou superior a 
30 dias por motivo de doença ou acidente, de 
natureza ocupacional ou não (ou parto). 
 
O exame de mudança de função deve ser 
realizado antes da data da mudança, entendida como 
toda e qualquer alteração de atividade, posto de 
trabalho ou de setor que implique a exposição do 
trabalhador a risco diferente daquele a que estava 
exposto antes da mudança. 
 
Os exames demissionais serão realizados 
obrigatoriamente até a data de homologação da 
dispensa, desde que o ultimo exame medico 
ocupacional tenha sido realizado há mais de: a) 135 
dias para empresas de grau de risco 1-2 (NR-4); b) 90 
dias para empresas de grau de risco 3 e 4 (NR-4). 
 
Atestados médicos 
 
De acordo com o §2º do artigo 6º da lei 605/49, a 
doença será comprovada por meio de atestado 
médico emitido pela previdência social e, na falta 
deste pelo médico do Serviço Social do Comercio ou 
Industria, médico da empresa ou por ela designado, 
médico a serviço da repartição federal, estadual ou 
municipal e na falta destes médico da escolha do 
empregado. 
 
Atenção: O empregador não é obrigado a receber 
qualquer atestado particular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As condições para o recebimento dos adicionais de 
insalubridade e de periculosidade e os seus limites, 
intensidade e tempo de exposição mencionados pela 
CLT, são aqueles que se encontram estabelecidos 
pelas normas regulamentadoras (NR) nº 15 e 16, 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
Atividades insalubres 
Exames e atestados médicos 
 
 
SÚMULA Nº 15 - ATESTADO MÉDICO 
A justificação da ausência do empregado 
motivada por doença, para a percepção do 
salário-enfermidade e da remuneração do 
repouso semanal, deve observar a ordem 
preferencial dos atestados médicos estabelecida 
em lei. 
 
Atividades insalubres e perigosas 
 
 
As atividades insalubres são as que por sua natureza, 
condições ou métodos de trabalho, exponham os 
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos 
limites de tolerância fixados. Os critérios são fixados 
pelo MTE, de acordo com os arts. 155, I e 190 da 
CLT e súmula 194 e 460 do STF. 
 
Os agentes físicos são: Ruído, calor, pressões 
hiperbáricas, vibrações, frio e umidade. Os agentes 
químicos são: substancias químicas e poeiras 
minerais devidamente identificadas no anexo da NR-
15; Os agentes biológicos são todos os identificados 
no anexo da NR-15. 
 
Atenção: diferente do que ocorre com o adicional de 
periculosidade (inflamáveis e explosivos), o caráter 
intermitente do trabalho realizado em ambiente 
insalubre, não afasta o direito à percepção do 
adicional de insalubridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por se tratar de salário-condição não se pode falar 
em direito adquirido ao recebimento do adicional de 
insalubridade. Se o agente for descaracterizado ou se 
houver reclassificação de sua nocividade, o adicional 
será suprimido ou redimensionado o percentual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A prova da insalubridade se fará necessariamente por 
meio de perícia, de acordo com a redação do §2º do 
art. 195 da CLT e OJ 278 SDI-I do TST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta: Tripulante e empregado de serviço de 
transporte aéreo que permanecem na aeronave 
no momento do abastecimento têm direito a 
algum adicional? Segundo a sumula 447 do TST 
tripulantes e empregados do serviço aéreo não têm 
direito a adicional de periculosidade a que aludem o 
art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c” da NR 16 
do MTE. 
 
A classificação do grau de nocividade se faz mediante 
pericia a cargo de médico ou engenheiro do trabalho, 
devidamente registrados. Não basta, entretanto, que 
a pericia constate que há insalubridade devendo o 
agente nocivo estar previsto nas normas MTE, 
consoante a sumula 460 STF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMULA Nº 47 - INSALUBRIDADE 
O trabalho executado em condições insalubres, 
em caráter intermitente, não afasta, só por essa 
circunstância, o direito à percepção do 
respectivo adicional. 
 
SÚMULA Nº 248 - ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE. DIREITO 
ADQUIRIDO 
A reclassificação ou a descaracterização da 
insalubridade, por ato da autoridade 
competente, repercute na satisfação do 
respectivo adicional, sem ofensa a direito 
adquirido ou ao princípio da irredutibilidade 
salarial. 
 
OJ nº 278 da SDI – I: A realização de perícia é 
obrigatória para a verificação de insalubridade. 
Quando não for possível sua realização, como 
em caso de fechamento da empresa, poderá o 
julgador utilizar-se de outros meios de prova. 
SÚMULA Nº 293 - ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. 
AGENTE NOCIVO DIVERSO DO 
APONTADO NA INICIAL 
A verificação mediante perícia de prestação de 
serviços em condições nocivas, considerado 
agente insalubre diverso do apontado na inicial, 
não prejudica o pedido de adicional de 
insalubridade. 
 
Súmula 460 
Para efeito do adicional de insalubridade, a 
perícia judicial, em reclamação trabalhista, não 
dispensa o enquadramento da atividade entre as 
insalubres, que é ato da competência do 
ministro do trabalho e previdência social. 
Atenuação e diminuição da insalubridade 
 
 
 
 
 
Em atividades insalubres somente é permitida a 
prorrogação de jornada diária de trabalho através de 
acordo entre as partes (empregado e empregador), 
quando houver expressa autorização das autoridades, 
na forma do artigo 60 da CLT. Porem a reforma 
trabalhista trouxe o parágrafo único que diz que nas 
jornadas de 12/36 NÃO há necessidade da licença 
prévia. 
Atenção: Não se paga o adicional quando há 
EXCLUSÃO do risco, quando atenuar há apenas um 
pesar do enquadramento do pagamento (grau 
mínimo, médio ou máximo). 
Observa-se que NÃO é o simples fornecimento do 
EPI que promoverá a eliminação do direito à 
percepção ao adicional de insalubridade, sendo 
necessária a produção de laudo pericial que informe 
que o efetivo uso do EPI e a implantação de 
campanha educativa que vise ao seu uso efetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adicional e base de cálculo: 
Segundo o artigo 192 da CLT: 
 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições 
insalubres,acima dos limites de tolerância 
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a 
percepção de adicional respectivamente de 40% 
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% 
(dez por cento) do salário-mínimo da região, 
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e 
mínimo. 
 
Ou seja, o grau máximo tem adicional de 40%, o 
grau médio adicional de 20% e o grau mínimo 
adicional de 10%. 
 
Atenção: O ministro Ricardo Lewandowski, do 
Supremo Tribunal Federal, cassou parte da Súmula 
228 do TST que estipulava o salário básico como 
base de cálculo do adicional de insalubridade. 
 
Por meio da ADI nº 5938 DF475 o plenário do STF, 
por maioria de votos, julgou procedente para 
declarar os artigos da CLT inseridos pela Reforma 
Trabalhista que admitiam a possibilidade de 
trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem 
atividades insalubres, ou seja, todas as empregadas 
grávidas ou lactantes devem ser afastadas de toda e 
qualquer atividade insalubre. 
 
Art. 394-A. A empregada gestante ou lactante será 
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de 
quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, 
devendo exercer suas atividades em local salubre. 
 
Atenção: A empregada poderá continuar exercendo 
suas funções, desde que em local salubre, na 
empresa. Contudo, se não for possível, a gestante ou 
lactante deve ser afastada e perceberá o salário 
maternidade durante o período do afastamento. 
 
Atividades perigosas 
 
O artigo 193 da CLT dispõe: 
 
SÚMULA Nº 80 - INSALUBRIDADE 
A eliminação da insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores 
aprovados pelo órgão competente do Poder 
Executivo exclui a percepção do respectivo 
adicional. 
SÚMULA Nº 289 - INSALUBRIDADE. 
ADICIONAL. FORNECIMENTO DO 
APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO 
O simples fornecimento do aparelho de 
proteção pelo empregador não o exime do 
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-
lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, entre 
as quais as relativas ao uso efetivo do 
equipamento pelo empregado. 
 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, 
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem 
risco acentuado em virtude de exposição permanente 
do trabalhador a: 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial. 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade 
assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta 
por cento) sobre o salário sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participações 
nos lucros da empresa. 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de 
insalubridade que porventura lhe seja devido. 
§ 3º Serão descontados ou compensados do 
adicional outros da mesma natureza eventualmente já 
concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. 
§ 4o São também consideradas perigosas as 
atividades de trabalhador em motocicleta. 
 
Ou seja, são consideradas atividades perigosas: 
 As atividades que lidam com inflamáveis, 
explosivos ou energia elétrica; 
 
Atenção: O adicional só é devido em virtude do 
contato com a energia elétrica de potencia, porem 
toda energia elétrica é de potência. 
 
Os inflamáveis são líquidos combustíveis e gasosos 
liquefeitos e para receber o adicional o trabalhador 
deve estar sujeito a quantidade significativa do 
material combustível ou se realizar a atividade dentro 
da área de risco. 
 
Os explosivos podem ser de caráter: A) 
indiciadores: sob efeito do calor explodem sem 
incendiar; B)Reforçadores: servem de intermediário 
entre o iniciador e a carga explosiva propriamente 
dita; C) Ruptura: altos explosivos, geralmente 
tóxicos; D) Pólvoras: utilizado para a propulsão ou 
projeção. 
 
O trabalho em contato com energia elétrica 
oferecida mediante um sistema elétrico de potencia 
(NR-10), compreendendo geração (usina), 
transmissão (linhas de alta tensão) e a distribuição 
(redes distributivas), ou seja, NÃO tem direito ao 
adicional de periculosidade o trabalhador que realiza 
suas atividades em mera rede de consumo. 
 
Atenção: A jurisprudência tem entendido ser devido 
o adicional ao trabalhador que realiza suas atividades 
com equipamentos e instalações elétricas que 
ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade 
consumidora de energia elétrica (ex. instaladores de 
linhas telefônicas – OJ 324 SDI-ITST) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: Os trabalhadores de construção vertical, 
por força da OJ 385 SDI TST também tem direito ao 
recebimento do adicional tendo em vista o 
armazenamento de liquido inflamável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientação Jurisprudencial 385/TST-SDI-I 
- 11/06/2010 - Periculosidade. Adicional 
devido. Armazenamento de líquido inflamável 
no prédio. Construção vertical. CLT, art. 189. 
É devido o pagamento do adicional de 
periculosidade ao empregado que desenvolve 
suas atividades em edifício (construção 
vertical), seja em pavimento igual ou distinto 
daquele onde estão instalados tanques para 
armazenamento de líquido inflamável, em 
quantidade acima do limite legal, considerando-
se como área de risco toda a área interna da 
construção vertical. 
 
SÚMULA Nº 361 - ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE. 
ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO 
INTERMITENTE 
O trabalho exercido em condições perigosas, 
embora de forma intermitente, dá direito ao 
empregado a receber o adicional de 
periculosidade de forma integral, porque a Lei 
nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu 
nenhuma proporcionalidade em relação ao seu 
pagamento. 
 
https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-189
Atenção: Segundo a súmula 212 do STF empregado 
de posto de revenda de combustível liquido tem 
direito ao adicional de serviço perigoso e segundo a 
sumula 39 do TST empregados que operam bomba 
de gasolina tem direito ao adicional de 
periculosidade. 
 
 As atividades de segurança pessoal ou 
patrimonial que sujeita o empregado a roubos ou 
outra espécie de violência física; 
 Atividades em motocicleta; 
 As atividades que submetem o trabalhador a 
radiação ionizante/ radioatividade; 
 
A radioatividade/ radiação ionizante é aquela 
considerada no quadro de atividades e operações 
perigosas aprovadas pela comissão nacional de 
energia nuclear (OJ 345 SDI- I TST) 
 
 Bombeiro Civil; 
 
O bombeiro civil é aquele que, nos termos da Lei nº 
11.901/2009 exerce, em caráter habitual, função 
remunerada exclusiva de prevenção e combate a 
incêndio, como empregado contratado diretamente 
por empresas privadas ou publicas, sociedades de 
economia mista, ou empresas especializada em 
prestação de serviços de prevenção e combate a 
incêndio. 
 
Atenção: O parágrafo segundo assegura o 
trabalhador o direito de optar pelo adicional de 
insalubridade que pode ser mais vantajoso. 
 
NÃO são atividades perigosas para fins de 
pagamento do adicional de periculosidade: 
 Utilização de motocicleta ou motoneta 
exclusivamente no percurso da residência para o 
local de trabalho ou deste para aquela; 
 As atividades em veículos que não 
necessitem de emplacamento ou que não exija CNH 
para conduzi-los; 
 As atividades em motocicleta ou motoneta 
em locais privados; 
 As atividades com uso de motocicleta ou 
motoneta de forma eventual, assim considerado o 
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo 
extremamente reduzido. 
 
Atenção: Segundo a Súmula 364, II do TST não é 
valida a clausula de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho fixando o adicional de periculosidade ao 
tempo de exposição ao risco, pois tal parcela 
constitui medida de higiene, saúde e segurança do 
trabalho, garantida por norma de ordem pública. 
 
Se aexposição é eventual/fortuita não enseja 
pagamento do adicional. 
 
Características da exposição 
 
A exposição pode ser: 
 De contato permanente: não ocasional, 
nem intermitente, no qual a exposição do 
trabalhador ao agente nocivo seja indissociável da 
produção do bem ou da prestação do serviço. 
 De condição de risco acentuado: as que se 
submetem o empregado por estarem atuando dentro 
de uma área física considerada extremamente 
suscetível a acidentes, por isso possivelmente 
produtora de incapacitação, invalidez permanente ou 
morte. 
 
Adicional e base de calculo 
 
Corresponde, em regra, a um acréscimo de 30% 
sobre o salário básico. 
 
Atenção: Por força da lei nº 7.369/85 para os 
eletricitários incide sobre as parcelas de natureza 
salarial. 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMULA Nº 132 - ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO 
I - O adicional de periculosidade, pago em 
caráter permanente, integra o cálculo de 
indenização e de horas extras 
II - Durante as horas de sobreaviso, o 
empregado não se encontra em condições de 
risco, razão pela qual é incabível a integração 
do adicional de periculosidade sobre as 
mencionadas horas. 
 
 
 
A CRFB/88 previu no art. 7º, XXIII, em favor dos 
trabalhadores urbanos e rurais, o direito à percepção 
do adicional de remuneração para as atividades 
penosas na forma da lei. Apenas a doutrina emite o 
que seja um conceito de atividade penosa, sendo a 
legislação infraconstitucional ainda silente a respeito. 
 
Para o doutrinador Jorge Luiz Souto Maior define 
que penoso é o trabalho que não apresenta riscos à 
saúde física, mas que, pelas condições adversas ao 
psíquico acaba minando as forças e a autoestima do 
trabalhador. 
 
Nos tribunais tem sido usado para justificar o 
desgaste e o adoecimento, sendo exemplos dados 
pela doutrina, esforço repetitivo, contato com 
substancias e objetos repugnantes, excesso de 
atenção, concentração, alternância de sono e vigília. 
 
Ex. Estresse dos motoristas de ônibus e taxi, 
trabalhadores em turnos de revezamento, operador 
de bolsa de valores. 
 
Atenção: NÃO há fixação do conceito legal do 
trabalho penoso, percentual e base de calculo para o 
pagamento do adicional de penosidade. 
 
Pergunta-se: Como se faz para indenizar o 
trabalho penoso? A jurisprudência fixa uma 
indenização. 
 
O doutrinador José Cretella Jr acrescenta que podem 
ser consideradas penosas as atividades: 
 Ajuste e reajuste em aparelhos de alta 
precisão; 
 Pinturas artesanais de tecidos e vasos; 
 Bordados microscópicos; 
 Restauração de quadros, esculturas, 
lapidação; 
 Tipografia fina, gravação, revisão de jornais, 
revistas, tecidos, impressos; 
 
Considera, portanto, que a atenção constante e 
vigilância incomum nessas atividades são um fator 
penoso. 
 
 
 
O acidente de trabalho ocorre no exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional, podendo causar 
morte, perda ou redução (permanente ou temporária) 
da capacidade para o trabalho (art. 19 da Lei 
8213/91). 
 
Equiparam-se aos acidentes de trabalho: 
 Acidente que acontece quando o empregado 
esta prestando serviço por ordem da empresa fora do 
local de trabalho; 
 Acidente que acontece quando o trabalhador 
estiver em viagem a serviço da empresa; 
 Acidente que ocorre no trajeto entre a casa e 
o trabalho ou do trabalho para a casa; 
 Doença profissional: Provocada pelo tipo de 
trabalho; 
 Doença do trabalho: causada pelas 
condições de trabalho; 
 
O acidente de trabalho pode ocorrer por: 
 Ato inseguro: é ato praticado pelo home, 
em geral consciente do que esta fazendo, que esta 
contra as normas de segurança. 
 
Ex. Subir em telhado sem cinto de segurança contra 
quedas; Ligar tomadas de aparelhos elétricos com as 
mãos molhadas; Dirigir em alta velocidade. 
 
 Condição insegura: É a condição do 
ambiente de trabalho que oferece perigo ou risco ao 
trabalhador. 
 
Ex. Instalação elétrica com fios desencapados; 
Andaime de obras de construção civil feitos com 
materiais inadequados. 
 
Atividades penosas 
 
 
Acidente de trabalho 
 
 
Eliminando-se as condições inseguras e os atos 
inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças 
ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do 
Trabalho. 
 
Consequências do Acidente de Trabalho: 
 
Existem acidentes sem afastamento, ou com 
afastamento do trabalhador por algumas horas 
apenas. 
 
Ex. Pequeno corte no dedo m que o trabalhador 
retorna ao trabalho em seguida. 
 
Os acidentes com afastamento são divididos em: 
 Incapacidade temporária: perda da 
capacidade para o trabalho por um período limitado 
de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas 
atividades normais. 
 Incapacidade parcial e permanente: é a 
diminuição, por toda vida, da capacidade física total 
para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, 
quando ocorre a perda de um dedo ou perda parcial 
da visão. 
 Incapacidade total e permanente: é a 
invalidez incurável para o trabalho. O trabalhador 
não tem mais condições para trabalhar. 
 
Em casos extremos o acidente pode resultar na 
morte do trabalhador. 
 
Estabilidade: 
 
O segurado que sofreu acidente de trabalho tem 
garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, a 
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, 
após cessação do auxilio doença acidentário, 
independentemente de ter recebido o auxilio 
acidente, de acordo com o art. 118 da lei nº 8213/91. 
 
Atenção: Importante ressaltar que a estabilidade se 
da APÓS cessação do auxilio doença acidentário 
INDEPENDENTE de ter recebido o auxilio 
acidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsabilidades: 
 
Teorias sobre as responsabilidades do acidente de 
trabalho: 
 
 Responsabilidade subjetiva: garantida na 
CRFB/88 e ela inclui: 
o Atenuantes: 1) culpa concorrente; 2) 
Boa-fé (ex. intenção de prevenir o risco) 
o Excludentes: 1) legitima defesa; 2) 
Exercício regular do direito; 3) culpa exclusiva da 
vitima. 
 Responsabilidade objetiva: prevista no 
artigo 927, § único do CC que garante atividade 
causadora de risco e presunção de nexo. 
 
Atenção: Normalmente é enquadrada nos riscos 3 e 
4, ou seja com risco em potencial. 
 
Súmula 378/TST - 20/04/2005 - Seguridade 
social. Acidente de trabalho. Garantia de 
emprego. Estabilidade provisória. 
Pressupostos. Auxílio-acidente. Lei 
8.213/1991, art. 118 (constitucionalidade). Lei 
8.213/1991, art. 86. 
I - É constitucional o art. 118 da Lei 
8.213/1991 que assegura o direito à 
estabilidade provisória por período de 12 meses 
após a cessação do auxílio-doença ao 
empregado acidentado. (ex-OJ 105/TST-SDI-I 
- Inserida em 01/10/97). 
II - São pressupostos para a concessão da 
estabilidade o afastamento superior a 15 dias e 
a conseqüente percepção do auxílio doença 
acidentário, salvo se constatada, após a 
despedida, doença profissional que guarde 
relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego. (Primeira parte - ex-OJ 
230/TST-SDI-I - Inserida em 20/06/2001). 
III - O empregado submetido a contrato de 
trabalho por tempo determinado goza da 
garantia provisória de emprego, decorrente de 
acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei 
8.213/1991. 
 
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-86
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https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991
 
 
A reforma trabalhista trouxe para a CLT a 
responsabilização de dano extrapatrimonial, 
determinando a tarifação do dano

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