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Professora: Ana Lucia Torres dos Santos 1 - DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho, 19ª ed., São Paulo, SP: LTR Editora, 2020. 2- DELGADO, Maurício Godinho. A reforma trabalhista no Brasil: com comentários à lei 13.467/2017. São Paulo, SP : LTR, 2017 3- LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 13. São Paulo Saraiva Jur 2021 O direito do trabalho, entre outros regramentos, contem normas relacionadas a duração da prestação do serviço. Isso significa que a duração da jornada tem proteções garantida, seja biológica, social ou econômica, que significam: Biológica - Recomposição física e mental do trabalhador. Social - Necessidade de convivência familiar, lazer e distração. Econômica- Justa divisão do trabalho. Pergunta: Duração do trabalho/Jornada de trabalho são sinônimos? Não, “duração” é gênero e “jornada” é espécie. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; - Pode ser maior que 50% mas NÃO menor. XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Pergunta: Qual a diferença entre acordo e convenção coletiva? A diferença está no fato de que a Convenção se aplica a toda uma categoria de trabalhadores (e, por isso, é negociado entre dois sindicatos, o patronal e o trabalhista) e o Acordo se volta para apenas um dos sindicatos (o dos trabalhadores) e uma empresa ou um grupo de empresas. A duração do trabalho compreende todo o período decorrente do contrato de trabalho inclusive repouso/descanso/hebdomadário semanal remunerado, feriados e férias. Jornada de trabalho é o tempo que o empregado permanece á disposição do empregador durante um dia, semana ou mês. Atenção: O intervalo NÂO esta incluso na jornada de trabalho – Art. 71 da CLT. Atenção: O intervalo com a reforma trabalhista deixou de ter caráter salarial e passou a ter salário indenizatório, deixando o inciso II da súmula 437 TST. Horário de trabalho é a duração do trabalho com seus limites fixados, inclusive intervalos. Compreende o espaço temporal e o termo final de uma jornada diária Atenção: A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em numero não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Direito do Trabalho II Aula 01 Bibliografia Duração do Trabalho Legislação Jornada de trabalho x horário de trabalho Juliana A São critérios o tempo efetivamente laborado e critério do tempo à disposição no centro de trabalho Atenção: Antes da reforma o tempo despendido até o local de trabalho era remunerado, a partir da reforma as horas itinerárias não são mais remuneradas, caindo a sumula 90 TST O tempo de prontidão é quando o trabalhador esta no trabalho aguardando ordens, pois já esta no local de trabalho. Se o empregado permanece fora do seu horário habitual de trabalho nas dependências do empregador ou em local por ele determinado aguardando ordens de serviço. O empregador remunera as horas de prontidão á razão de 2/3 do salário hora, independentemente de chamar o empregado para serviço efetivo (§3º, art. 244, CLT) Atenção: Tempo Maximo de 12h O tempo no sobreaviso o empregado fica em sua residência, aguardando a qualquer momento para ser chamado para o serviço. Neste ele precisa estar alcançável (por meio de telefone, email, whatsapp, etc.) Art. 244, §2º, CLT – Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre- aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. Atenção: Tempo Maximo de 24h Sobreaviso aplicação analógica Sumula 428 do TST: I que "o uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso". E o item II considera "em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso." São consideradas tempo de espera as horas que excedem a jornada normal de trabalho do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando carga ou descarga do veiculo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização das mercadorias transportadas. As horas do tempo de espera são indenizadas com base no salário hora normal acrescido de 30%, NÃO tendo natureza salarial Atenção: Caso o tempo de espera, § 8 do artigo 235- C da CLT, seja superior a 24h ininterruptas e for exigida a permanência do motorista empregado junto ao veiculo, se o local oferecer condições adequadas, tal tempo será considerado como de repouso para os fins do intervalo conforme os §§2º e 3º, sem prejuízo do disposto no §9º O serviço real é o período que o empregado se encontra a disposição do empregador, dentro do horário de trabalho, aguardando ou executando ordens, art 4 clt O serviço efetivo ficto é o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, fora do horário de trabalho, por conta do deslocamento residência/trabalho/residência para lugares de difícil acesso ou não servidos por transporte público. Essas horas de itinerário ou horas in itinere, que normalmente não seriam entendidas como integrantes da jornada, passam a excepcionalmente a ser. Critérios para a fixação da jornada na atual CLT Tempo de prontidão x Tempo sobreaviso Tempo de espera x Serviço real x Serviço efetivo ficto Pergunta: As horas de trabalho semanais podem ser distribuídas de forma aleatórias? Sim, desde que não exceda 8h diárias e 44h semanais. Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. § 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo. § 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Atenção: Anterior a reforma a legislação previa que só se registrasse a empresa que tem mais de 10 empregados, atualmente a legislação estabelece que os empregadores com mais de 20 empregados devem manter o registro. Atenção: Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados contara do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo da anotação do horário de trabalho em registro de empregados. Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção á jornada regularde trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. A jornada de trabalho pode ser divida quanto à duração, ao período, a profissão e a flexibilidade. Quanto à duração, a jornada de trabalho pode ser: 1- Normal, que é comum, a ordinária, de oito horas. Presume-se no contrato de trabalho que o trabalhador se obriga a prestar oito horas diárias de trabalho e 44 semanais – art 7, XIII, CF 2- Extraordinária ou suplementar, que são as horas que excedem os limites legais, como as que suplantarem as oito horas diárias e 44 semanais. 3- Limitada, quando há um balizamento na lei, como a dos médicos em que há um limite máximo de quatro horas diárias (art. 89, a, da Lei nº3.999/61) 4 - Ilimitada, quando a lei não determina um limite para sua prestação. Quanto ao período a jornada pode ser: 1- diurna, no interregno compreendido entre as 5 e às 22h 2- noturna, no lapso de tempo entre as 22 e às 5h. 3- mista, como por exemplo das 16 às 24h, que compreende parte do período considerado pela lei como diurno e parte no período noturno – art. 73§4º da CLT. Atenção: O trabalhador rural tem critério diferente quanto ao período da jornada: considera-se trabalho noturno o executado entre as 21h de um dia e às 5h do outro, na lavoura, e entre às 20h de um dia e as 4h do dia seguinte, na pecuária – Art. 72 da Lei nº5.889/73. Atenção: A lei pode REDUZIR a jornada de trabalho do empregado, pois o máximo é previsto na Constituição como oito horas, mas NÃO o mínimo. Normalmente o trabalho se dá de 8:00 às 12:00 e de 14:00 às 18:00 e aos sábados de 8:00 às 12:00h Mensalista: Salário/220 horas – artigo 64 da CLT – ou seja: Registro do horário Classificação Definição de salário por hora trabalhada 44h de trabalho/6 dias na semana = 7,33 (média de horas nos dias trabalhados) 7,33 x 30 (média de dias do mês) = 220h (média de horas no mês) Os bancários tem uma jornada considerada especial, eis que é de sés horas (art. 224 e226 da CLT), no Maximo de 30 horas semanais. Outras pessoas que também tem jornadas especiais são empregados em serviço de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial, de radiotelegrafia e radiotelenefonia (art 227 a 231 CLT), os operadores cinematográficos (art. 234, CLT) e os empregados de minas de subsolo (art. 293, CLT) que também são de 6 horas diárias. Ademais, os jornalistas profissionais tem uma jornada de cinco horas diárias (art. 303, CLT), os professores com quatro aulas consecutivas, nem mais de seis intercaladas (art. 318, CLT) e os médicos que tem a jornada de duas horas no mínimo e quatro horas no máximo (art. 293 CLT). Atenção: A redução de turmas no caso dos professores não é considerada a redução de salário. Atenção: O professor que trabalha a partir das 22h tem direito adicional noturno. A sumula 370 TST diz respeito as jornadas de trabalho dos médicos e engenheiros, perceba: SÚMULA Nº 370 - MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA DE TRABALHO. LEIS NºS 3.999/1961 E 4.950-A/1966 Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950- A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. O cabineiro de elevador, segundo o art. 19 da lei nº 3.270/57 tem jornada de trabalho de seis horas diárias. Súmula nº 124 do TST BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (alteração em razão do julgamento do processo TST-IRR 849-83.2013.5.03.0138) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será: a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do art. 224 da CLT; b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º do art. 224 da CLT. II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as decisões de mérito sobre o tema, qualquer que seja o seu teor, emanadas de Turma do TST ou da SBDI-I, no período de 27/09/2012 até 21/11/2016, conforme a modulação aprovada no precedente obrigatório firmado no Incidente de Recursos de Revista Repetitivos nº TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, DEJT 19.12.2016. SÚMULA N.º 431 - SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora. Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25-9-2012 Aula 02 Jornadas especiais O advogado tem jornada de trabalho de quatro horas continuas e de 20 horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. Atenção: O adicional de horas extras para o advogado é de 100%. O trabalhador externo pode ser dividido em: A) Aquele que executa tarefas fora do estabelecimento do empregador. Atenção: O controle de tarefas e de horários é impossível ou difícil – art. 62, I, CLT Ex. vendedores pracistas sem controles de vendas, trabalhadores em domicilio, teletrabalhadores. B) Aqueles que são obrigados a comparecer à empresa durante a jornada, com ou sem fiscalização. C) Aqueles com trabalho compatível com a fixação do horário. Ex. Motoboy, contínuo, boy, motorista de ônibus Atenção: É necessária a anotação da condição de externo na CTPS – art. 62, I, CLT – mas segundo a sumula 12 do TST “as anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção ‘juris et de jure’, mas apenas ‘juris tantum’.”. O teletrabalho não é incluído no trabalho externo e não tem direito a horas extras, intervalos e adicional noturno. Neste caso o trabalhador inicia e termina suas tarefas no horário por ele mesmo estabelecido, devendo entretanto alcançar metas e resultados. Caso haja algum tipo de controle como login e logout, localização, ligações telefônicas durante a realização do trabalho, o trabalhador estará protegido pelo artigo 7º da CRFB/88. A) Exercício de atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho (art. 62, I) e cargos de gestão (art. 62,II) B) Lei nº 13.467/17 – art. 62,II – que são os empregados em regime de teletrabalho. C) Prestação de serviço de natureza intermitente, ou seja, múltiplas interrupções ou intervalou ou de pouca intensidade. Ex. Ferroviários de estações do interior (art.243, CLT) e mãe social (Lei nº 7.644/87). Atenção: Mãe social/ mãe crecheira é uma pessoa que toma conta da “casa lar”, ou seja, que toma conta das casas de menores em situações irregulares. Atenção: A súmula 61 do TST diz que “aos ferroviários que trabalham em estação do interior, assim classificada por autoridade competente, não são derivadas horas extras (art. 243, CLT)”. D) Pessoas que trabalham no regime de tempo parcial também estão fora do regime de percepção de horas extraordinárias. Este regime admite duas formas, sendo estas: 1. Duração que não exceda a 30 horas semanais, SEM a possibilidade de horas extras semanais. Atenção: Isso é uma inovação da lei nº 13.467/17, pois o “part time” antes era 25 horas semanais. Em nossa legislação o empregado pode iniciar neste tipo de sistema, ou ele pode em acordo com o empregador, migrar para esse sistema. Trabalhoexterno Teletrabalho Exclusão do regime de percepção de horas extraordinárias e recepção constitucional 2. Duração que não exceda a 26 horas semanais, COM a possibilidade de acréscimo até 6 horas extras semanais, que podem ser compensadas na semana seguinte. Caso não haja compensação deverão ser quitadas na folha de pagamento. Atenção: O acréscimo para a compensação na folha de pagamento é de 50% Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. E) Domésticos tiveram uma modificação legislativa com a lei complementar 150/2015, adquirindo todos os direitos de empregado. A duração semanal de um doméstico é de no Maximo 25 horas, sendo possível a prestação de até 06 horas extras, desde que não excedente a uma hora diária, mediante acordo escrito entre empregado e empregador, e desde que não ultrapasse 06 horas diárias. Atenção: Sendo possível a realização de horas extras pode-se adotar o sistema de compensação de jornada. E) Os Turnos ininterruptos de revezamento segundo o inciso XIV do art.7º da CRFB são de seis horas diárias, salvo negociações coletivas. Atenção: A jornada ocorre desta forma, pois esse tipo de trabalho, em turnos de revezamento, é extremamente prejudicial a saúde do trabalhadores. Ex. Petroleiros, pessoas que trabalham em siderúrgica, usinas hidrelétricas e etc. O turno vem a ser a divisão dos horários de trabalho, como se observa do artigo 245, que se refere ao ferroviário, e do art. 412, que trata do trabalho do menor. Atenção: O turno NÃO se confunde, porém, com a jornada, porque esta corresponde à duração normal do trabalho diário, e turno se refere à divisão da jornada. A jornada diária é de 8 horas, os turnos se dividem em módulos de 6 horas, tendo possibilidade de prorrogação apenas por negociação coletiva. Atenção: A alteração de horário do período noturno para o diurno é considerada uma alteração licita do contrato de trabalho. O revezamento trata dos trabalhadores escalados para prestar serviços em diferentes períodos de trabalho em forma de rodízio. É a troca de posição dos trabalhadores, a substituição de um empregado por outro no posto de trabalho. Nesse caso os trabalhadores têm diferentes horários de trabalho e trabalham em diferentes dias da semana, quinzena ou no mês. Características: Funcionamento da empresa continuadamente, de forma ininterrupta por 24 horas. Existência de regime de trabalho com horários em turnos ininterruptos de trabalho alternado. Trabalho efetivo dos empregados em horários de revezamento, alternados em turnos ininterruptos. A CLT, em alguns artigos, trata de revezamento como: Art. 67 - Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. Atenção: O artigo 386 versa sobre o trabalho da mulher aos domingos. Geralmente, o revezamento é feito por turmas ou por equipes, mas nada impede que seja feito por um ou alguns trabalhadores, como ocorre com os vigias. Por turno ininterrupto de revezamento deve-se entender o trabalho realizado pelos empregados que se sucedem no posto de serviço, na utilização dos equipamentos, de maneira escalonada, para períodos distintos de trabalho. Aplicação Os turnos ininterruptos de revezamento aplicam-se a qualquer tipo de atividade ou profissão, como nas siderúrgicas, empresas que exploram atividades petrolíferas, vigias, vigilantes, porteiros e hospitais. O direito à jornada de seis horas pertence ao trabalhador urbano e rural, além do avulso, que tem igualdade de direitos com os demais trabalhadores (art. 7º, XXXIV, CRFB/88) Atenção: Não se pode dizer que, havendo intervalo para refeição, não se aplica o turno de seis horas. O intervalo para a refeição não vai descaracterizar o turno, assim como o repouso semanal também não o desqualifica (art. 7º, XV CRFB/88) Caso o empregador entenda de manter o turno ininterrupto de revezamento, terá que conceder jornadas de seis horas, sendo devidas como extras as horas trabalhadas além do referido horário. Existe uma exceção desta jornada que é feita mediante negociação coletiva, permitindo-se, nesta, que seja estabelecida jornada superior a seis horas, porém haverá necessária participação do sindicato dos empregados nas negociações (art. 8, VI, CRFB/88) SÚMULA 675- STF Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, xiv, da constituição. SÚMULA Nº 360 - TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. SÚMULA Nº 423 - TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. Em circunstâncias excepcionais pode haver prorrogação mediante contrato individual escrito ou contrato coletivo de trabalho (acordo ou convenção coletiva) NÃO podendo ultrapassar duas horas diárias (art.59, caput, CLT) Atenção: A hora normal é acrescida do adicional de 50% Circunstancia excepcional: Motivo de força maior e para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto (art.61,caput, §2º, CLT) Tratando-se de trabalho interno em estabelecimento com mais de 20 empregados, estabelece a CLT o controle de jornada, com o objetivo de facilitar a evidência de respeito à jornada legal padrão ou a evidencia do trabalho extraordinário efetivamente realizado. Dispõe o artigo 74,§2º da CLT que é “obrigatória a notação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico. Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1o não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Proibição de prorrogação de jornada de trabalho Aprendizes – art. 432, CLT Atividades insalubres somente podem se prorrogar mediante acordo com a autoridade em matéria de medicinae segurança do trabalho (art.60 CLT) A lei 13.467/17 alterada passou a dispor que “excetuam-se de licença prévias as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso”. Atenção: Essa alteração amplia os riscos de doenças ocupacionais e colide com o disposto no artigo 7º, XXII da CRFB/88 que versa sobre a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, uma vez que nesse tipo de jornada nas 36 horas de descanso a pessoa, muitas vezes esta trabalhando em outro local. As horas extras quando prestadas de forma não habitual, são tidas como parcela salarial e integram a remuneração do empregado para qualquer fim, sendo base de incidência de FGTS, contribuições previdenciárias e IR. Caso as horas extras sejam habituais integram a base de calculo do 13º salário, férias, gratificações periódicas ajustada, aviso prévio indenizado, verbas resilitórias, depósito do FGTS, multa de 40% e no RSR. Supressão de horas extras A súmula 291 do TST versa sobre a supressão do Serviço Suplementar com indenização e diz: “A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a 6 (seis) meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O calculo observará a media das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da suspensão. A Constituição no artigo 7º, XIII faculta a compensação de horários de trabalho, bem como o §2º do artigo 59 da CLT. Em principio essa compensação pode ser firmada mediante negociação coletiva (acordo ou convenção Prorrogação de horas de trabalho Controle da jornada Integração e reflexos das horas extras Compensação de horas de trabalho coletiva de trabalho) ou acordo bilateral (direto entre o empregado e o empregador). Antes da Lei nº 13.467/17 a compensação de jornada se dividia em duas espécies: 1) Compensação tradicional: Basta acordo individual. Respeita o modulo semanal ou mensal disposto no artigo 59,§6º da CLT e tem fixação prévia de horário. Ex. Empregados na construção civil trabalham de segunda a quinta de 8h às 18h com 1h de intervalo e sexta feira de 8h às 17h, com intervalo de uma hora, totalizando 44h semanais, não havendo trabalho aos sábados. – Este modulo de horário chama-se semana inglesa. Nesta espécie admite-se também a semana espanhola que significa trabalhar 48h em uma semana e 40h em outra (OJ 323 SDI-I TST) SÚMULA N.º 444 - JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. Atualmente é regulamentada É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. Atenção: Aprendizes não podem compensar horas extras. 2)Bancos de horas: Permite a exigibilidade de horas complementares sem prévio aviso e sem qualquer pagamente e a imprevisibilidade da concessão de folgas compensatória (disposto no artigo 59, §2º e 3º da CLT). A lei nº13.467/17 inseriu o parágrafo 5º no artigo 59 o qual dispõe que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito desde que compensado em seis meses. Permite também no art. 59-A o ajuste de “quaisquer formas de compensação” por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, desde que respeitado o limite diário de dez horas e compensado no mesmo mês. Atenção: O novo artigo. 59-C, dispõe que “ a prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada, nem o banco de horas”, o que contraria a súmula 85 do TST (a súmula esta incompatível com o novo regime de banco de horas). Após a reforma nos temos as seguintes formas de compensação: 1) Compensar em no Maximo um ano, conforme o artigo 59,§2º CLT (por acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho) ; 2) Compensar em no máximo seis meses, conforme o artigo 59,§5º da CLT (por acordo individual escrito); 3) Compensar em no máximo um mês, conforme o artigo 59,§6º da CLT (por acordo individual tácito ou escrito); O labor diário com horas extras é de 10h, sendo exceções: 1) Bombeiro Civil (lei 11.901/2009); 2) Motorista Profissional (lei 13.103/2015) e; 3) Domésticos (LC150/2015). Atenção: Nessas hipóteses a lei autoriza turnos de 12 x 36, com limite máximo semanal de 36 horas, respeitando o limite de 220h mensais. O artigo 59-B da CLT prevê a possibilidade de realização de jornada de 12x36 com o intervalo de intrajornada, gozado ou indenizado. O parágrafo único do mesmo artigo prevê que a remineração do trabalhador já inclui o Descanso semanal Remunerado (DSR), inclusive em feriado, e as prorrogações do período noturno. Atenção: Tal previsão fere o disposto no artigo 7º, caput e inciso IX da CRFB/88, já que retira o trabalhador que cumpre jornada 12x36, no período noturno, o direito de remuneração superior a do período diurno. Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. Este artigo se aplica para trabalhadores noturnos e diurnos. Períodos de descanso – Intervalo Intrajornada Trabalhador Urbano: Segue os moldes do artigo 71. Excedendo de 4 até 6 horas tem intervalo de 15 min. Excedendo 6 horas tem intervalo de no mínimo 1h. Trabalhadores rurais: Até seis horas não há previsão legal. A partir de 6h a dimensão de intervalos acompanha os usos e costumes da região. Redução de intervalo intrajornada O artigo 71,§3º dispõe o seguinte: “§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.” E o §4º dispõe: “§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.” A flexibilidade do tempo mínimo de intervalo intrajornada é disposto pelo inciso III do artigo 611- A que diz que o intervalo mínimo para a jornada acima de 6h pode ser reduzido por meio de acordo ou convenção, desde que respeitado o limite mínimo de 30 minutos. Intervalos para proteção contra doenças ocupacionais – Art. 72, CLT O artigo 229 diz respeito a mecanográfica (digitar) e diz que a cada 90 minutos trabalhados deve-se ter um intervalo de 10 min. SÚMULA Nº 346 - DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direitoa intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O artigo 253 diz respeito aos trabalhadores que entram e saem de câmaras frigoríficas e prevê 20 min de intervalo a cada 1h40m de trabalho. O artigo 298 diz respeito aos trabalhadores das minas de subsolo e prevê 15min de intervalo a cada 3h de trabalho consecutivo. O operador de telemarketing segundo o NR 17 MTE deve ter 10 min de intervalo a cada 50 min trabalhado. Atenção: Doenças ocupacionais são aquelas que são desenvolvidas devido ao trabalho prestado. Atenção: Atenção a sumula 118 do TST que diz que “Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.” Intervalo de trabalho Intervalo para amamentação Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. § 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. § 2o Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador. Apesar de previsto em lei, isso muitas vezes não acontece, pela dificuldade de organização da empresa. Intervalo interjornadas Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas, conforme dispõe o artigo 66 da CLT. Os intervalos intersemanais ou hebdomadários (DSR ou RSR) são previstos pela lei 605/49 e conforme o artigo 7º, XV § único e art. 67 da CLT são preferencialmente aos domingos, pelo menos uma vez por mês (lei nº 10.101/2001). Deve ser concedido a cada seis dias de trabalho na base de 24h consecutivas, mas, pelo menos a cada sete semanas o RSR deve recair obrigatoriamente no domingo (portaria 417/66 MTE) São feriados civis os declarados em lei federal, data magna do Estado da Federação, dias de inicio e término do ano, e de centenário do município fixados em lei municipal. Os feriados religiosos não são superiores a quatro, sendo incluída a sexta-feira da paixão. A remuneração para o trabalhador que trabalha em feriados é de 100%, ou seja, o dobro (lei 605/49) Atenção: O empregado e o empregador podem estabelecer acordo individual de compensação de horas prevendo que o trabalho executado em feriado seja compensado em uma folga em outro dia. Além disso, convenção ou acordo coletivo de trabalho podem estabelecer a troca do dia de feriado por outro. As férias têm como característica a remuneração, o adicional de 1/3 e a média de 30 dias, mas podem ser reduzidas por conta das faltas injustificadas. A legislação, atualmente, permite o fracionamento das férias em 3 períodos, sendo que um desses períodos não pode ser inferior a 14 dias. Estão previstas na CRFB/88 no artigo 7º,XVII e na CLT nos artigos 129 a 153. Atenção: Para os ocupantes de cargos públicos o regramento esta no artigo 39,§3º da CRFB/88 e na lei nº8.112/90. Princípios das férias A) Anualidade: Todo empregado terá direito a férias após doze meses, com prazo subsequente para gozo das férias. (art. 130 CLT) B) Remunerabilidade: É assegurado o direito à remuneração integral, como se o mês fosse de serviço, acrescido de 1/3. C) Continuidade: O fracionamento das férias sofre limitações. D)Irrenunciabilidade: O empregado não pode “vender” as férias, tendo o direito de gozá-las, prevendo a lei apenas a conversão de parte em dinheiro. E)Proporcionalidade: As férias podem ser reduzidas em face de ausências injustificadas ou Feriados Aula 03 Férias licenças por motivo pessoal do empregado. É previsto o pagamento de férias indenizadas na extinção do contrato de trabalho, proporcional aos meses nos quais trabalhou no período aquisitivo. Pergunta: Se o empregado tiver que trabalhar durante as férias o empregador pode ser penalizado? Se isso acontece descaracteriza as férias, eis que o empregado não pode trabalhar neste período, a menos que o empregado tenha um trabalho concomitante. Perda do direito das férias O empregado afastado no período aquisitivo pode perder o direito as férias conforme o artigo 133 da CLT, isso ocorre nos casos de: 1) Concessão de auxilio doença previdenciário ou acidentário, quando ultrapassado seis meses contínuos ou descontínuos; 2) Licença por mais de trinta dias; 3) Paralisação da empresa por mais de trinta dias; 4) Mais de 32 faltas injustificadas no período aquisitivo; Atenção: Quando o empregador perde o direito as férias inicia-se um novo período aquisitivo (art. 133,§2º da CLT) Atenção: Se o empregador ficar afastado por alistamento militar obrigatório NÃO reinicia o período aquisitivo. Duração 1) A duração será de 30 dias se não tiver mais de 5 faltas 2) Será de 24 dias para o empregado que tiver de 6 à 14 faltas 3) de 18 dias para quem tiver de 15 à 23 faltas 4) de 12 dias para quem tiver de 24 à 32 faltas injustificadas 5) se o empregado tiver mais de 32 faltas injustificadas não terá direito a férias. Atenção: Falta injustificada prevista no artigo 473 da CLT Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge , ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; (licença nojo) II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (licença gala) III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997) VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. Não terá direito as férias Não terá direito as férias o: 1) trabalhador que deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 dias subsequentes à sua saída; 2) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias; 3) O trabalhador que deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; 4) tiver percebido da Previdência social prestação de acidente de trabalho ou do auxilio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos. O período concessivo é o prazo que a lei concede o empregadorpara o empregado sair de férias. O empregador deverá conceder as férias nos 12 meses subsequentes. Uma vez adquirido o direito as férias o emprefador deve seguir as seguintes obrigações: 1. Obrigação d conceder férias (obrigação de fazer); 2) Obrigação de não exigir trabalho (obrigação de não fazer); 3) Obrigação de pagar; E os empregado deve seguir as seguintes obrigação: 1) Obrigação de desfrutar as férias; 2) obrigação de não trabalhar, salvo no disposto do artigo 138 da CL. Súmula nº 81 do TST FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. Fracionamento das férias: Atualmente era vedado o fracionamento aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos. Entretanto, a lei nº 13.467/2017 modificou o artigo 134 da CLT, e revoga este direito. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. As férias pela lei 13.467/2017 não podem ter inicio no período de dois dias que antecedem feriado oum dia de repouso semanal remunerado. Direito do coincidência: É concedido para os: A) Para os estudante s menores de 18 anos as férias devem coincidir com as férias escolares; B) Membros da mesma família no mesmo emprego poderão gozar as férias na mesma época, se não houver prejuízo para o empregador ( art. 136 CLT). Designação de férias: A concessão deve ser feita na época que melhor se adeque o interesse do empregador, conforme o artigo 136 da CLT. Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Comunicação de férias: A concessão deve ser comunicada ao empregado com o mínimo de 30 dias, conforme o artigo 135 da CLT. Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. Durante as férias a remuneração será a mesma, como se estivesse em serviço, coincidindo com o dia da concessão, acrescida de um terço, conforme o artigo 7º, XVII da CRFB/88. Período concessivo Remuneração nas férias Exemplo: Salário: 1.200,00 - Férias integrais (12/12): 1.200,00 + 399,96 = 1.599,96 O terço constitucional está previsto na súmula 328 do TST. “O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/88, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. Atenção: As férias devem ser pagas até 02 dias antes do inicio do período, sob as penas do art. 137 da CLT. Segundo o artigo 142 da CLT, nós temos os seguintes tipos de salários: Salário por hora: Com jornadas variáveis, a remuneração será calculada pela média das horas trabalhadas no período aquisitivo e sobre esse número aplicado o valor da remuneração horária do dia da concessão. Salário pago por produção: média mensal de produção do período aquisitivo e sobre este número aplicado o valor unitário da peça ou produto da data da concessão. Salário por comissão ou percentagem: Apura-se a média dos pagamentos dos 12 meses anteriores à concessão. Salário pago parcialmente em utilidades: O valor destas será computado na remuneração, salvo se durante as férias o empregado desfrutar das utilidades. Atenção: Os adicionais salariais, como horas extras, noturno, etc. integram a remuneração das férias. Atenção: Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134 o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. O abono das férias é um pagamento em dinheiro em troca do gozo de férias (art. 143, CLT). A lei não permite a conversão total das férias em pagamento em dinheiro, sendo a natureza jurídica das férias a de obrigação de fazer. O abono é a transformação de 1/3 das férias em dinheiro. Aumenta o ganho do empregado e provoca a redução do número de dias de férias. O empregado em regime de tempo parcial pode requerer o abono de férias, tendo em vista o numero reduzido de dias de férias previstos na lei nº 13.467/2017. Férias vencidas: Serão pagas em dobro (quando já decorrido o período concessivo) ou de forma simples (quando não decorrido o período concessivo). Atenção: independentemente da causa de desfazimento do contrato as férias são sempre devidas. Tipos de salário de férias Abono das férias Efeitos da extinção do contrato Súmula nº 14 do TST CULPA RECÍPROCA Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Súmula nº 171 do TST FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51). Súmula nº 261 do TST FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. Férias proporcionais: refere-se ao pagamento em dinheiro na cessação do contrato de trabalho, pelo período aquisitivo não completado, em decorrência da rescisão do contrato. O empregado receberá o pagamento proporcional aos meses do período aquisitivo incompleto. A LC 150/2015 dispõe que o empregado doméstico sob regime de tempo integral terá direito a férias e a décimo terceiro. Em regime de tempo parcial aplica- se o artigo 3º da referida lei complementar. Art. 3o Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. § 3o Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22 (vinte e duas) horas, até 25 (vinte e cinco) horas; II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 20 (vinte) horas, até 22 (vinte e duas) horas; III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15 (quinze) horas, até 20 (vinte) horas; IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10 (dez) horas, até 15 (quinze) horas; V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 (cinco) horas, até 10 (dez) horas; VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5 (cinco) horas. O Brasil ratificou a Convenção 132 da OIT que dispõe que todo empregado, independentemente da causa de extinção do contrato terá direito às férias proporcionais apesar da sumula 171 do TST. Como calcular: A fração de tempo de um mês deverá ser igual ou superior a 15 dias para contar o mês inteiro, ou seja, por exemplo: 3 meses e 9 dias equivalem a 3 meses 7 meses e 20 dias equivalem a 8 meses. Cada fração de mês equivale à divisão do salário mensal por 12. Exemplo: Salário R$2.400,00 divididos por 12 = R$200,00 acrescido de 1/3 que equivale a R$66,66. Extinto o contrato de trabalho é de dois anos o prazopara ingressar com processo judicial pleiteando o pagamento das férias vencidas e proporcionais, sob pena de prescrição. Durante o curso do contrato o prazo para pleitear férias vencidas é de cinco anos, conforme o art. 7º, XXIX da CRFB88. Requisitos: Prévia comunicação à DRT e ao Sindicato dos Trabalhadores com antecedência mínima de 15 dias (art. 139, §2º da CLT). As férias coletivas podem comportar dimensões iguais à integralidade das férias individuais e é permitido o fracionamento em até dois períodos anuais, desde que nenhum seja inferior a 10 dias (art. 139,§1º da CLT) Atenção: Os empregados com menos de 12 meses de contrato gozarão de férias proporcionais, iniciando-se novo período aquisitivo (art. 140 da CLT). A lei nº 13.467/2017 no seu art. 134, § 1º permite o fracionamento em três períodos, o que se aplica às férias coletivas: Súmula nº 7 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. Férias do doméstico Convenção 132 OIT Prescrição Férias coletivas Férias não inferiores a 14 dias corridos e outros não inferiores a 05 dias, desde que o empregado concorde, sendo o inicio das férias dois dias antes de feriados ou dia de repouso semanal remunerado, conforme o art. 134, §3º da CLT. Atenção: A microempresa e a empresa de pequeno porte são dispensadas de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas (art. 52, V da LC 123/06). Entre os valores assegurados no preâmbulo da CRFB/88 estão a segurança e o bem-estar social. No art. 6 da CRFB/88, entre os direitos sociais, se encontram o trabalho, a segurança e a saúde. No mesmo sentido dispõem os arts. 7º, XXII, 200, VIII e 225, caput. O art. 611-ALC dispõe que a convenção tem prevalência sobre a lei quando o assunto dispuser sobre grau de insalubridade, ou seja, permite-se que norma coletiva fixe clausula sobre enquadramento de proteção à dignidade da pessoa humana. A legislação de segurança do trabalho compõe-se de normas regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também, as convenções internacionais da organização internacional do trabalho ratificadas pelo Brasil. Para verificar as normas de segurança do trabalho nas empresas, ou seja, para prevenir acidentes existem as comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA). As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT devem manter a CIPA com a finalidade de promover o entendimento dos empregados acerca da necessidade da utilização de equipamentos de segurança. Objetivo Segundo a norma regulamentadora 5 visa à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho (doenças profissionais e doenças de trabalho). As empresas privadas, publicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados, devem possuir a CIPA, por estabelecimento. Representantes Os representantes dos empregadores são designados e não possuem garantia de emprego. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, independente de filiação sindical, são eleitos para um mandato de um ano, permitida uma reeleição, possuem garantia provisória de emprego. O presidente da CIPA é designado entre os representantes do empregador e o vice-presidente é escolhido entre os empregados titulares. Atenção: A estabilidade no emprego é prevista no art. 10, II, a, do ADCT para os representantes dos empregados. Atenção: A súmula 339 do TST diz que: A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de Aula 04 Medicina e segurança do trabalho CIPA Súmula 676/STF - 09/10/2003 - Estabilidade provisória. CIPA. Aplicabilidade ao suplente. ADCT da CF/88, art. 10, II, A garantia da estabilidade provisória prevista no art. 10, II, «a», do ADCT - também se aplica ao suplente do cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA). https://www.legjur.com/legislacao/art/cf8800000001988-10 ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. Atenção: A sucessão empresarial NÃO afasta a estabilidade do cipeiro, mantendo o empregado todos os seus direitos, conforme arts. 10 e 448 da CLT. APENAS a extinção do estabelecimento acarreta a perda da garantia de emprego. Constituição, processo eleitoral e organização É composta por representantes de empregados e empregador, de acordo com o tamanho da empresa e do setor econômico em que de acordo com o tamanho da empresa e do setor econômico em que a empresa atua. De modo geral a partir de vinte empregados, mas pode depender do setor econômico em que a empresa atua. Compete ao empregador convocar eleições para a escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 dias que anteccedem o término do mandato em curso. Atribuições e funcionamento Tem como atribuições: 1) identificar riscos; 2) elaborar plano para possibilitar a ação preventiva; 3) participar da implementação e controle de medidas de prevenção e avaliação das prioridades de ação; 4) identificar, por meio de verificações periódicas, situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 5)divulgar as informações relativas à segurança e saúde no trabalho; 6) requisitar ao empregador cópias das CAT emitidas; 7) promover junto com o SESMT a semana interna de prevenção de acidente do trabalho; De acordo com a norma regulamentadora nº6 EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE (art. 166, CLT), o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra riscos de acidentes do trabalho ou doenças profissionais do trabalho, ou enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a situações de emergência. O empregador deve oferecer gratuitamente os equipamentos e os funcionários tem o dever de conservação e de utilizar o EPI em seu dia a dia de trabalho sob pena de ser demitido (art. 158, CLT). Atenção: Os EPIs são utilizados para o grau de risco do PPP (perfil profissiográfico profissional) e também para a questão da responsabilização nos casos de acidentes de trabalho. A legislação protege o empregador quando diz que não basta o fornecimento do equipamento, há a necessidade de fiscalização do uso do mesmo, sob pena do empregador assumir o risco em relação a questão do infortúnio que vier a ocorrer. Pergunta: Se o funcionário não usar o EPI o empregador precisa demitir ele como primeira medida? Não necessariamente, pois apesar da lei prever a justa causa o empregador pode aplicar uma advertência, suspensão e caso não resolva demissão por justa causa. Equipamentos de proteção individual – EPI – NR6 SÚMULA Nº 289 - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO O simples fornecimento do aparelhode proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe- lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Pergunta: O adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais? O adicional de insalubridade integra a remuneração do empregado enquanto ele estiver nessa condição, então o adicional de insalubridade, assim como o de periculosidade, são do tipo salário condição, ou seja, cessado o trabalho finda o adicional. Exames médicos Abrangem exames obrigatórios com avaliação clinica, anamnese ocupacional e exame físico mental. Porém isso é apenas na teoria, pois na realidade o médico apenas pergunta se a pessoa esta bem e passa exame de sangue. Os exames admissionais devem ser realizados antes que o trabalhador assuma suas atividades. Já os exames periódicos são feitos com um intervalo mínimo de tempo. Atenção: Para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que implique o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional ou que sejam portadores de doenças crônicas, os exames devem ser repetidos a cada ano ou intervalos menores a critério médico, ou com periodicidade especificada no anexo da NR -15 para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas (sob ar comprimido ou submersos). Exames para os demais trabalhadores: a) anuais quando menores que 18 ou maiores de 45; b)a cada dois anos para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade. O exame de retorno ao trabalho deverá ser realizado no primeiro dia útil de volta ao trabalho do trabalhador ausente pelo período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não (ou parto). O exame de mudança de função deve ser realizado antes da data da mudança, entendida como toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. Os exames demissionais serão realizados obrigatoriamente até a data de homologação da dispensa, desde que o ultimo exame medico ocupacional tenha sido realizado há mais de: a) 135 dias para empresas de grau de risco 1-2 (NR-4); b) 90 dias para empresas de grau de risco 3 e 4 (NR-4). Atestados médicos De acordo com o §2º do artigo 6º da lei 605/49, a doença será comprovada por meio de atestado médico emitido pela previdência social e, na falta deste pelo médico do Serviço Social do Comercio ou Industria, médico da empresa ou por ela designado, médico a serviço da repartição federal, estadual ou municipal e na falta destes médico da escolha do empregado. Atenção: O empregador não é obrigado a receber qualquer atestado particular. As condições para o recebimento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade e os seus limites, intensidade e tempo de exposição mencionados pela CLT, são aqueles que se encontram estabelecidos pelas normas regulamentadoras (NR) nº 15 e 16, expedidas pelo Ministério do Trabalho. Atividades insalubres Exames e atestados médicos SÚMULA Nº 15 - ATESTADO MÉDICO A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos atestados médicos estabelecida em lei. Atividades insalubres e perigosas As atividades insalubres são as que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados. Os critérios são fixados pelo MTE, de acordo com os arts. 155, I e 190 da CLT e súmula 194 e 460 do STF. Os agentes físicos são: Ruído, calor, pressões hiperbáricas, vibrações, frio e umidade. Os agentes químicos são: substancias químicas e poeiras minerais devidamente identificadas no anexo da NR- 15; Os agentes biológicos são todos os identificados no anexo da NR-15. Atenção: diferente do que ocorre com o adicional de periculosidade (inflamáveis e explosivos), o caráter intermitente do trabalho realizado em ambiente insalubre, não afasta o direito à percepção do adicional de insalubridade. Por se tratar de salário-condição não se pode falar em direito adquirido ao recebimento do adicional de insalubridade. Se o agente for descaracterizado ou se houver reclassificação de sua nocividade, o adicional será suprimido ou redimensionado o percentual. A prova da insalubridade se fará necessariamente por meio de perícia, de acordo com a redação do §2º do art. 195 da CLT e OJ 278 SDI-I do TST. Pergunta: Tripulante e empregado de serviço de transporte aéreo que permanecem na aeronave no momento do abastecimento têm direito a algum adicional? Segundo a sumula 447 do TST tripulantes e empregados do serviço aéreo não têm direito a adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c” da NR 16 do MTE. A classificação do grau de nocividade se faz mediante pericia a cargo de médico ou engenheiro do trabalho, devidamente registrados. Não basta, entretanto, que a pericia constate que há insalubridade devendo o agente nocivo estar previsto nas normas MTE, consoante a sumula 460 STF SÚMULA Nº 47 - INSALUBRIDADE O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. SÚMULA Nº 248 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. OJ nº 278 da SDI – I: A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. SÚMULA Nº 293 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula 460 Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do ministro do trabalho e previdência social. Atenuação e diminuição da insalubridade Em atividades insalubres somente é permitida a prorrogação de jornada diária de trabalho através de acordo entre as partes (empregado e empregador), quando houver expressa autorização das autoridades, na forma do artigo 60 da CLT. Porem a reforma trabalhista trouxe o parágrafo único que diz que nas jornadas de 12/36 NÃO há necessidade da licença prévia. Atenção: Não se paga o adicional quando há EXCLUSÃO do risco, quando atenuar há apenas um pesar do enquadramento do pagamento (grau mínimo, médio ou máximo). Observa-se que NÃO é o simples fornecimento do EPI que promoverá a eliminação do direito à percepção ao adicional de insalubridade, sendo necessária a produção de laudo pericial que informe que o efetivo uso do EPI e a implantação de campanha educativa que vise ao seu uso efetivo. Adicional e base de cálculo: Segundo o artigo 192 da CLT: Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres,acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Ou seja, o grau máximo tem adicional de 40%, o grau médio adicional de 20% e o grau mínimo adicional de 10%. Atenção: O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, cassou parte da Súmula 228 do TST que estipulava o salário básico como base de cálculo do adicional de insalubridade. Por meio da ADI nº 5938 DF475 o plenário do STF, por maioria de votos, julgou procedente para declarar os artigos da CLT inseridos pela Reforma Trabalhista que admitiam a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem atividades insalubres, ou seja, todas as empregadas grávidas ou lactantes devem ser afastadas de toda e qualquer atividade insalubre. Art. 394-A. A empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em local salubre. Atenção: A empregada poderá continuar exercendo suas funções, desde que em local salubre, na empresa. Contudo, se não for possível, a gestante ou lactante deve ser afastada e perceberá o salário maternidade durante o período do afastamento. Atividades perigosas O artigo 193 da CLT dispõe: SÚMULA Nº 80 - INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SÚMULA Nº 289 - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe- lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Ou seja, são consideradas atividades perigosas: As atividades que lidam com inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Atenção: O adicional só é devido em virtude do contato com a energia elétrica de potencia, porem toda energia elétrica é de potência. Os inflamáveis são líquidos combustíveis e gasosos liquefeitos e para receber o adicional o trabalhador deve estar sujeito a quantidade significativa do material combustível ou se realizar a atividade dentro da área de risco. Os explosivos podem ser de caráter: A) indiciadores: sob efeito do calor explodem sem incendiar; B)Reforçadores: servem de intermediário entre o iniciador e a carga explosiva propriamente dita; C) Ruptura: altos explosivos, geralmente tóxicos; D) Pólvoras: utilizado para a propulsão ou projeção. O trabalho em contato com energia elétrica oferecida mediante um sistema elétrico de potencia (NR-10), compreendendo geração (usina), transmissão (linhas de alta tensão) e a distribuição (redes distributivas), ou seja, NÃO tem direito ao adicional de periculosidade o trabalhador que realiza suas atividades em mera rede de consumo. Atenção: A jurisprudência tem entendido ser devido o adicional ao trabalhador que realiza suas atividades com equipamentos e instalações elétricas que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica (ex. instaladores de linhas telefônicas – OJ 324 SDI-ITST) Atenção: Os trabalhadores de construção vertical, por força da OJ 385 SDI TST também tem direito ao recebimento do adicional tendo em vista o armazenamento de liquido inflamável. Orientação Jurisprudencial 385/TST-SDI-I - 11/06/2010 - Periculosidade. Adicional devido. Armazenamento de líquido inflamável no prédio. Construção vertical. CLT, art. 189. É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando- se como área de risco toda a área interna da construção vertical. SÚMULA Nº 361 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-189 Atenção: Segundo a súmula 212 do STF empregado de posto de revenda de combustível liquido tem direito ao adicional de serviço perigoso e segundo a sumula 39 do TST empregados que operam bomba de gasolina tem direito ao adicional de periculosidade. As atividades de segurança pessoal ou patrimonial que sujeita o empregado a roubos ou outra espécie de violência física; Atividades em motocicleta; As atividades que submetem o trabalhador a radiação ionizante/ radioatividade; A radioatividade/ radiação ionizante é aquela considerada no quadro de atividades e operações perigosas aprovadas pela comissão nacional de energia nuclear (OJ 345 SDI- I TST) Bombeiro Civil; O bombeiro civil é aquele que, nos termos da Lei nº 11.901/2009 exerce, em caráter habitual, função remunerada exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou publicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializada em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio. Atenção: O parágrafo segundo assegura o trabalhador o direito de optar pelo adicional de insalubridade que pode ser mais vantajoso. NÃO são atividades perigosas para fins de pagamento do adicional de periculosidade: Utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela; As atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exija CNH para conduzi-los; As atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados; As atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Atenção: Segundo a Súmula 364, II do TST não é valida a clausula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública. Se aexposição é eventual/fortuita não enseja pagamento do adicional. Características da exposição A exposição pode ser: De contato permanente: não ocasional, nem intermitente, no qual a exposição do trabalhador ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. De condição de risco acentuado: as que se submetem o empregado por estarem atuando dentro de uma área física considerada extremamente suscetível a acidentes, por isso possivelmente produtora de incapacitação, invalidez permanente ou morte. Adicional e base de calculo Corresponde, em regra, a um acréscimo de 30% sobre o salário básico. Atenção: Por força da lei nº 7.369/85 para os eletricitários incide sobre as parcelas de natureza salarial. SÚMULA Nº 132 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. A CRFB/88 previu no art. 7º, XXIII, em favor dos trabalhadores urbanos e rurais, o direito à percepção do adicional de remuneração para as atividades penosas na forma da lei. Apenas a doutrina emite o que seja um conceito de atividade penosa, sendo a legislação infraconstitucional ainda silente a respeito. Para o doutrinador Jorge Luiz Souto Maior define que penoso é o trabalho que não apresenta riscos à saúde física, mas que, pelas condições adversas ao psíquico acaba minando as forças e a autoestima do trabalhador. Nos tribunais tem sido usado para justificar o desgaste e o adoecimento, sendo exemplos dados pela doutrina, esforço repetitivo, contato com substancias e objetos repugnantes, excesso de atenção, concentração, alternância de sono e vigília. Ex. Estresse dos motoristas de ônibus e taxi, trabalhadores em turnos de revezamento, operador de bolsa de valores. Atenção: NÃO há fixação do conceito legal do trabalho penoso, percentual e base de calculo para o pagamento do adicional de penosidade. Pergunta-se: Como se faz para indenizar o trabalho penoso? A jurisprudência fixa uma indenização. O doutrinador José Cretella Jr acrescenta que podem ser consideradas penosas as atividades: Ajuste e reajuste em aparelhos de alta precisão; Pinturas artesanais de tecidos e vasos; Bordados microscópicos; Restauração de quadros, esculturas, lapidação; Tipografia fina, gravação, revisão de jornais, revistas, tecidos, impressos; Considera, portanto, que a atenção constante e vigilância incomum nessas atividades são um fator penoso. O acidente de trabalho ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, podendo causar morte, perda ou redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho (art. 19 da Lei 8213/91). Equiparam-se aos acidentes de trabalho: Acidente que acontece quando o empregado esta prestando serviço por ordem da empresa fora do local de trabalho; Acidente que acontece quando o trabalhador estiver em viagem a serviço da empresa; Acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para a casa; Doença profissional: Provocada pelo tipo de trabalho; Doença do trabalho: causada pelas condições de trabalho; O acidente de trabalho pode ocorrer por: Ato inseguro: é ato praticado pelo home, em geral consciente do que esta fazendo, que esta contra as normas de segurança. Ex. Subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas; Ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas; Dirigir em alta velocidade. Condição insegura: É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo ou risco ao trabalhador. Ex. Instalação elétrica com fios desencapados; Andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados. Atividades penosas Acidente de trabalho Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do Trabalho. Consequências do Acidente de Trabalho: Existem acidentes sem afastamento, ou com afastamento do trabalhador por algumas horas apenas. Ex. Pequeno corte no dedo m que o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. Os acidentes com afastamento são divididos em: Incapacidade temporária: perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais. Incapacidade parcial e permanente: é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou perda parcial da visão. Incapacidade total e permanente: é a invalidez incurável para o trabalho. O trabalhador não tem mais condições para trabalhar. Em casos extremos o acidente pode resultar na morte do trabalhador. Estabilidade: O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após cessação do auxilio doença acidentário, independentemente de ter recebido o auxilio acidente, de acordo com o art. 118 da lei nº 8213/91. Atenção: Importante ressaltar que a estabilidade se da APÓS cessação do auxilio doença acidentário INDEPENDENTE de ter recebido o auxilio acidente. Responsabilidades: Teorias sobre as responsabilidades do acidente de trabalho: Responsabilidade subjetiva: garantida na CRFB/88 e ela inclui: o Atenuantes: 1) culpa concorrente; 2) Boa-fé (ex. intenção de prevenir o risco) o Excludentes: 1) legitima defesa; 2) Exercício regular do direito; 3) culpa exclusiva da vitima. Responsabilidade objetiva: prevista no artigo 927, § único do CC que garante atividade causadora de risco e presunção de nexo. Atenção: Normalmente é enquadrada nos riscos 3 e 4, ou seja com risco em potencial. Súmula 378/TST - 20/04/2005 - Seguridade social. Acidente de trabalho. Garantia de emprego. Estabilidade provisória. Pressupostos. Auxílio-acidente. Lei 8.213/1991, art. 118 (constitucionalidade). Lei 8.213/1991, art. 86. I - É constitucional o art. 118 da Lei 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ 105/TST-SDI-I - Inserida em 01/10/97). II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (Primeira parte - ex-OJ 230/TST-SDI-I - Inserida em 20/06/2001). III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei 8.213/1991. https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-118 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-86 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00082131991-86 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00082131991 A reforma trabalhista trouxe para a CLT a responsabilização de dano extrapatrimonial, determinando a tarifação do dano
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