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AULA 1 - FARMACOLOGIA - ASPECTOS GERAIS

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Luanna B - Med 104
FARMACOLOGIA
PRINCÍPIOS GERAIS - AULA 01
Farmacologia é o estudo dos fármacos sob o ponto de vista farmacocinético e
farmacodinâmico. Está ligada à fisiologia, estuda os fármacos para aplicação terapêutica,
sob o ponto de vista biológico (atuação deles no nosso organismo).
MECANISMO DE AÇÃO:
➔ É o que produz efeito (resposta).
➔ É como o fármaco atua, o que mexe na fisiologia.
➔ O fármaco pode:
❖ Inibir enzima
❖ Substituir hormônio
❖ Bloquear a liberação de um neurotransmissor.
IMPORTANTE:
➔ Os fármacos, infelizmente, NÃO atuam em um único ponto.
➔ Às vezes, para um dado ponto, o fármaco pode ter mais de um mecanismo de ação.
➔ O fármaco tem vários efeitos, NÃO só um!
➔ Tem efeitos terapêuticos, colaterais, tóxicos, letais, entre outros.
EFEITOS:
Há dois tipos de efeitos: desejados (aquele que você objetiva ter) e indesejados (não objetiva
ter). Os fármacos têm muitos mecanismos de ação, no mesmo sítio ou em outro. Pode ter mais
de um mecanismo.
➔ COLATERAL/PARA EFEITO:
❖ Pode produzir ef. colateral no sítio em que produziria ef. terapêutico.
❖ Pense: ao jogar um dardo, esse se multiplica, um atinge o alvo e os demais vão
para outros sítios (efeitos não desejáveis)
❖ Ex: se o efeito é no sistema excitomotor do coração, se ele atingir outra parte do
coração ou outros órgãos, vai produzir efeitos indesejáveis. Ele pode produzir
efeito colateral até no sítio em que ele está agindo.
❖ É um exemplo de ef. adverso quando dentro da dose terapêutica que a pessoa
tomou aparece um efeito indesejável.
➔ TERAPÊUTICO/DESEJÁVEL/CLÍNICO:
❖ É o efeito que se deseja. O objetivo. Atingir o alvo
➔ ADVERSO:
❖ É qualquer efeito que não se deseja ter. O ef. colateral é um tipo de ef. adverso.
❖ É qualquer efeito indesejável que vem junto com o desejável/terapêutico.
08/02/22
Luanna B - Med 104
❖ Ex: Rapaz comeu camarão, teve uma reação alérgica, deram Fenergan no
músculo dele. 30 minutos depois ele não estava mais se coçando, mas também
estava dormindo. Conclusão: o Fenergan bloqueia os receptores de histamina,
acaba o efeito da alergia. → Efeito terapêutico. Nessa mesma dose ele dormiu →
Efeito colateral.
❖ Ex.2: pessoa nervosa, quebra tudo, aplicaram Fenergan na mesma dose no
músculo. Ela dormiu. Conclusão: Efeito terapêutico (o objetivo era apagá-lo).
❖ Colateral, tóxico e teratogênico, letal são exemplos de ef. adverso.
➔ EFEITO TÓXICO:
❖ É todo efeito adverso que é produzido quando se usa uma dose superior à dose
que produz o efeito terapêutico.
❖ Também é um efeito adverso.
❖ Acontece quando a dose é superior à dose terapêutica.
❖ Ex: na pessoa alérgica a camarão, dormir foi efeito colateral (não era desejável,
mas apareceu junto com o ef. terapêutico com a mesma dose). Agora, se fosse
aplicada uma dose muito maior do que a terapêutica e a pessoa começasse a
ter uma convulsão, aí seria tóxico.
❖ Ex: quando o cara casa e vai morar com a sogra (kkkkk). O casamento é o ef.
terapêutico, a sogra é colateral. Se ele arruma outra duas esposas (três sogras) →
efeito tóxico!!
➔ EFEITO LETAL:
❖ Tomou-se uma dose elevadíssima de um dado medicamento e veio a falecer.
❖ É um efeito adverso, mas NÃO é tóxico e NEM colateral.
➔ EFEITO TERATOGÊNICO:
❖ Gestante tomou medicamento e isso causou deformidades no bebê.
❖ Também é adverso.
IMPORTANTE: O que determina se o efeito é terapêutico ou colateral é a indicação clínica/
terapêutica (objetivo).
CUIDADO: O Salbutamol atua ativando os receptores de noradrenalina, receptores
específicos do pulmão → produz broncodilatação.
➔ Indicação Clínica do salbutamol: asma brônquica
➔ Efeito terapêutico do salbutamol: broncodilatação
Todos os fármacos têm efeitos tóxicos e colaterais, porém, a margem de segurança é que
define se é fácil intoxicar ou se precisaria de uma dose muito grande para tal. No entanto,
pode haver intoxicação com uma dose que não seja considerada tóxica (terapêutica) em
alguns pacientes.
08/02/22
Luanna B - Med 104
FARMACODINÂMICA
É a parte da farmacologia que estuda os mecanismos de ação dos fármacos, efeitos e aquilo
que pode interferir no mecanismo de ação. É o que o fármaco faz no organismo.
FARMACOCINÉTICA
É o que o organismo faz no fármaco.
Parte da farmacologia que estuda:
➔ ABSORÇÃO:
❖ Passagem do fármaco do local da administração para a corrente sanguínea.
❖ A administração faz parte da absorção.
❖ Obs: adm por via intravenosa: indicado para emergências pq ja cai diretamente
na cor. sanguínea, NÃO HÁ ABSORÇÃO. É rápida justamente porque não há
gasto de tempo para realizar a absorção. Claro que tem medicamentos que
mesmo por via intravenosa levam um tempo para agir devido ao tempo que
levam para sua distribuição, mas, ainda assim, é mais rápido do que por uma via
em que haja absorção.
➔ DISTRIBUIÇÃO: passagem da circulação sanguínea para os órgãos.
➔ ELIMINAÇÃO: é como o fármaco sai do organismo, a maioria dos fármacos é eliminado
pelos rins através da urina. No entanto, os fármacos, em sua maioria, são lipossolúveis,
então para serem eliminados pela urina, precisam ser metabolizados (biotransformar). O
objetivo da biotransformação é transformar o fármaco de lipo para hidrossolúvel para
ser eliminado. A segunda forma de eliminação, só que em menor parte, é pelas fezes
através da bile ou de outras secreções digestivas (hidrossolúvel tb). Há eliminação pelo
suor, leite, lágrima só que bem menos frequente. A eliminação desses é em forma de
líquido. A única eliminação que não é feita através de líquidos é pelas unhas e cabelos.
Para que um fármaco seja eliminado pelo pulmão tem que ser volátil e a maioria não o
é.
ATENÇÃO: a biotransformação NÃO inativa o fármaco. Ela serve para eliminar o fármaco. Ex:
levodopa, medicamento para Parkinson. A levodopa passa pela barreira hematoencefálica e
vai para o cérebro, mas não tem ação direta, então ela é biotransformada para ser
eliminada. Ao ser biotransformada ela vira dopamina e outros metabólitos hidrossolúveis, a
dopamina resolve o tremor do Parkinson e depois ela é eliminada. Não é ministrado dopamina
direto pq ela é hidrossolúvel e não passaria pela barreira hematoencefálica. Ela sai pela
barreira hematoliquórica, que é ultra seletiva para colocar coisas no interior do sistema
nervoso, mas para tirar, ela não é seletiva. Outro detalhe: quando ministra dopamina na veia,
ela é distribuída para vários locais e gera muitos efeitos. Quando ministra a levodopa, ela é
biotransformada em dopamina em uma quantidade mínima que é o suficiente para resolver e
não irá gerar vários efeitos pq a dose é muito pequena. É por esse motivo também que uma
pessoa pode se intoxicar por um fármaco com uma dose não tóxica, porque vai acumulando
metabólitos. A biotransformação é um elemento da eliminação.
08/02/22
Luanna B - Med 104
FÁRMACO:
“O que pode matar e o que pode curar”. Todos os fármacos podem ter efeitos letais.
Antigamente "fármaco" era uma certa dose de um dado veneno que podia curar.
Fármacos são elementos com ação biológica não alimentar com finalidades terapêuticas (p/
tratar) e/ou diagnósticas. FÁRMACO = PRINCÍPIO ATIVO
Finalidades: terapêutica e diagnóstica.
Ex: corantes radiológicos para diagnóstico.
MEDICAMENTO:
Um ou mais princípios ativos condicionados em um veículo (conservantes, incipientes).
Veículo + princípio ativo.
POMADA, CREME OU GEL?
O princípio ativo é o mesmo, depende da indicação.
A pomada penetra na pele, atinge músculos.
O gel não é absorvido pela pele porque é um veículo que tem mais água do que gordura.
Pomada tem mais gordura do que água. O creme tem partes iguais de água e gordura, ideal
para doenças e feridas exsudativas, pois é possível penetrar o suficiente debaixo da ferida,
mas nem tanto, e não empelota mesmo tendo secreção. A pomada é indicada quando se
deseja uma absorção sistêmica ou para ferida seca não exsudativa porque penetra bem na
ferida, mas tem risco de cair na cor. sanguínea. O gel não serve para nenhum dos dois.
DROGA
Drogas são elementos com ação biológica não alimentar com finalidades terapêuticas,
apenas. Sinônimode fármaco, no entanto apenas com finalidade terapêutica. Não utilizada
para diagnóstico.
Deve-se evitar esse termo aqui no Brasil por ser pejorativo, sendo referenciado como
narcótico.
REMÉDIO
Pode ser usado ao falar com o paciente. Mas é um termo vulgar, deve-se evitá-lo em eventos
ou trabalhos científicos.
FISIOLOGIA
É a ciência que estuda os mecanismos que mantêm o equilíbrio do meio interno (líq.
extracelular + intersticial + vascular). O desequilíbrio da célula ocorre quando acontece o
desequilíbrio do meio interno e isso não foi compensado.
Os sistemas interagem visando a homeostase. A todo momento somos agredidos, entramos
em desequilíbrio e então os sistemas se associam para trazer o equilíbrio de volta. Quando não
volta, se estabelece a doença. O fármaco ajuda a fisiologia a manter o equilíbrio. O fármaco
pode atuar na promoção de saúde, prevenção ou recuperação de doenças. O fármaco
pode evitar a morte, sequelas, reduzir o tempo de doença.
08/02/22
Luanna B - Med 104
Tratamento Paliativo: quando não se consegue trazer de volta o equilíbrio para o paciente
porque não há tempo ou o que ser feito, mas damos conforto para que ele não sofra tanto,
uma morte “tranquila”. Outro ex. de tratamento paliativo é o DM tipo I com insulina, que não
cura a doença, mas mantém o equilíbrio. Antirretrovirais acabam com a AIDS, mas não com o
HIV. Nesses casos, mantém uma qualidade de vida, impedindo que a pessoa morra. Não é
somente a ideia de morte “confortável”. Em uma amigdalite, trata com antibiótico para
acabar com a infecção bacteriana, mas o paliativo é antipirético, analgésico para que o
paciente não fique com tanta dor ao engolir por ex.
Do ponto de vista clínico, considera-se que houve cura quando os sinais e sintomas acabam.
Quando uma pessoa recebe alta por cura da doença ela volta ao equilíbrio, mas não volta a
ser o que era nunca mais. Ex.: uma pessoa teve rubéola, foi curada, voltou ao equilíbrio, mas
não é o que era antes da doença, agora essa pessoa tem anticorpos contra a rubéola. Curar
é voltar ao equilíbrio. Nunca volta a ser o que era antes da doença!
TERAPÊUTICA
É tratamento farmacológico ou não. Pode-se tomar medidas terapêuticas medicamentosas
ou não. A alopatia é uma Terapia Medicamentosa Tradicional.
➔ Terapia Farmacológica Tradicional: Alopatia.
➔ Terapias Farmacológicas Não Tradicionais (ideia próxima de um fármaco): Homeopatia,
Fitoterapia, Florais, Aromaterapia, Ortomolecular.
ALOPATIA X HOMEOPATIA
Alopatia: o princípio ativo tem pequeno peso molecular. O princípio ativo produz o
mecanismo de ação e trata pela dessemelhança (hipertenso deve tomar medicamentos da
classe de anti-hipertensivos. Paciente com dor deve tomar analgésicos. Paciente com
hiperglicemia deve tomar hipoglicemiantes). O alopático é uma molécula pequena
obrigatoriamente, com baixo peso molecular
→ O alopático é a molécula + camada eletrônica do fármaco. O homeopático é só a órbita.
Homeopatia: não tem peso molecular (por isso que no livro é considerado que não tem
mecanismo de ação). Ele é dinamizado, não tem molécula, então só fica com a órbita
eletrônica do fármaco. Tem princípio ativo. Não tem o mecanismo de ação alopático, pois
não precisa se ligar a um receptor para ser ativado, bloqueado, inibido, mas tem um
mecanismo de ação. No livro, uma das características é não ter mecanismo de ação
(considera-se que não tem o mecanismo de ação dos fármacos tradicionais/alopáticos).
Tratam pela semelhança (Hipertenso toma hipertensor. Paciente com dor toma substância
08/02/22
Luanna B - Med 104
álgica. Paciente Hiperglicêmico toma medicamento que produz hiperglicemia → não vai
produzir a hipertensão, dor ou hiperglicemia, ele só produziria se ele tivesse a mesma estrutura
do alopático. Já que o homeopático é dinamizado e usa-se apenas a órbita eletrônica do
medicamento, ele tem que ser tomado várias vezes no dia. Faz com que o organismo
reconheça que tem um agente hipertensor e se organize para combater a hipertensão. Ao se
organizar, ele ajusta mecanismos que resolvem a hipertensão). É tipo vacina, não causa a
doença, mas se organiza para combatê-la. O medicamento hipertensor não vai causar
hipertensão porque de tanto que o paciente vai tomar, o sistema regulador da PA vai ser
ativado e vai regular. Espontaneamente a causa da hipertensão NÃO faz isso, o indivíduo não
se cura de uma hipertensão sozinho. Esse é o detalhe da visão integrativa: as doenças são
produzidas pelo próprio indivíduo, por ex.: na homeopatia não há como tratar a gastrite,
então o homeopata ministra medicamentos que produzam a doença (mas sem agravar) que
vão fazer o organismo se organizar para combater a própria gastrite.
Importante: na medicina tradicional, indivíduo com gastrite nervosa, “engole sapos” no
emprego estressante. Os sapos são imaginários, mas há a sensação de que os está engolindo,
com isso, o inconsciente pode gerar o aumento da secreção gástrica e produzir uma gastrite.
Essa pode evoluir para uma úlcera que é uma hemorragia digestiva de origem emocional.
Trata-se com medicamento para úlcera ou gastrite, mas não melhora, em uma anamnese
mais profunda, o paciente relata que tem estresse no emprego… aí a visão ampliada.
Obs: paciente que faz tratamento com alopatia pode fazer homeopatia e vice-versa.
Terapia Complementar/Integrativa/Holística: procedimentos não farmacológicos, tipo hipnose,
acupuntura. São terapias não tradicionais que não tem nada a ver com fármacos. É um
equívoco chamá-la de alternativa porque não substitui a medicamentosa/farmacológica. Em
uma faringite, pode-se usar própolis como complemento além dos medicamentos que devem
ser usados mesmo. É chamada de integrativa porque enxerga o indivíduo como um todo. A
doença é um desequilíbrio criado pelo indivíduo e sua relação com o contexto em que vive.
Então entende-se esse contexto, o indivíduo para adequar um tratamento. Parte do contexto
para a doença.
Medicina Alternativa: O paciente teria que tomar amoxicilina só que ela não pode tomar pq é
alérgica. Então terá que ver outro medicamento.
08/02/22

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