Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Osteologia das aves Conhecimento anatômico para auxiliar no entendimento dos aspectos especiais da fisiologia e patologia aviárias e também nos exames pós-morte. Presença de penas, bico, ovíparas, animais homeotérmicos (40-42°C), não possuem dentes e glândulas mamárias, a grande maioria é capaz de voar. O voo exigiu modificações anatômicas e fisiológicas para promover o aumento da produção de energia, estabilidade, diminuição do peso corporal e resistência ao vento. • GALIFORMES: galinha, galinha-de-angola, peru, codorna, faisão, pavão (domésticos). • Silvestres: mutum, jacu, jacutinga, aracuã. • ANSERIFORMES (aves aquáticas): pato, ganso, cisne, marreco. Galinha doméstica: 25% da proteína animal mundial; fonte de carne e ovos, fornecimento de penas e investigação científica. • Taxonomia • Família: Phasianidae • Gênero: Gallus • Espécie: Gallus gallus ANSERIFORMES (aves aquáticas): pato,ganso, cisne, marreco. CARACTERÍSTICAS EXTERNAS E TEGUMENTO: Pele – fina, frouxa, pouco vascularizada e inervada. Protuberâncias (tecidos moles): cristas, barbelas, lobos auriculares e monco – processo frontal – em perus. Pintos e perus criados comercialmente: descristamento e desmoncamento; injeções intradérmicas: barbelas. Bico – equivalente aos lábios e dentes; ricamente inervado; Galinhas e perus de granjas comerciais: desbicamento do bico dorsal para evitar o canibalismo. Psitacídeos (periquitos, papagaios, araras, cacatuas, calopsitas), pombos e rapinantes (coruja, gavião, urubu, águia,falcão): a cera/ceroma na base do bico. Penas: estruturas epidérmicas que evoluíram a partir das escamas dos répteis. Cerca de seis tipos: os principais Contorno: modificam o contorno do corpo, asas e cauda; Penugem – preenchimento. Escamas nas pernas e nos pés; esporão; unhas; glândula uropígea; membrana interdigital nas aves aquáticas. Lobo auricular tampa a cavidade timpânica Monco – varia de tamanho com o período de reprodução e a idade Nos anseriformes na base do bico tem uma placa rígida com alta concentração de queratina não tem nome, e na margem do bico deles tem sulcos que são projeções da mucosa, onde fica acomodado a língua com suas papilas, o que lhes confere a habilidade de peneirar partículas de alimento vindas da água Variação de coloração das penas – Dimorfismo sexual • Glândulas cutâneas: glândula uropígea, na orelha externa e no ânus; • Glândula uropígea • Sebácea; única glândula cutânea além das glândulas na orelha externa e no ânus. Não existem glândulas sebáceas e sudoríparas difusas. Importância nas aves aquáticas; ausente em alguns papagaios e avestruz. ESQUELETO DAS AVES: Características • Esqueleto leve e forte; • Conteúdo de fosfato de cálcio maior do que no osso do mamífero; • Fusão das vértebras; esterno proeminente e uma pelve que se abre ventralmente; • Pneumatização de ossos pelos sacos aéreos. Ossos preenchidos por ar • Transformação dos membros torácicos em asas; • Membros pélvicos: locomoção e pouso. • Cíngulo escapular desenvolvido que mantém a asa contra o esqueleto axial; • Redução dos ossos distais dos membros torácico e pélvico. O esqueleto das aves e dividido em: Axial ⇨ Crânio, coluna vertebral, costelas e esterno a pelve pode ser incluída. Apendicular ⇨ ossos dos membros e os cíngulos peitoral e pélvico Esqueleto axial: Crânio: • Órbitas salientes; • Septo interorbitário; • Ossos espessos, porém, leves; • Apenas um côndilo occipital; • Parte facial – formado principalmente pelos ossos nasal e pré-maxilares; • Apresenta arco jugal, homólogo ao arco zigomático em mamíferos; • Mandíbula – dois ossos delgados fundidos rostralmente; • Osso quadrado. • Ossos: pré-maxila, mandíbula, vômer, palatino, pterigoide, esfenoide, occipital, arco jugal, forame magno CRANIOCINESE: Aves com articulação craniofacial: periquito australiano, papagaio: abaixamento da mandíbula gira o osso quadrado, empurra o arco jugal, osso palatino e osso pterigoide rostralmente eleva a maxila. O osso quadrado: à é móvel em sua articulação com a caixa craniana e está ligado à mandíbula superior por ossos do palato, o pterigóide e o palatino, que deslizam ao longo do rostro parasfenóide Os ossos palatinos: à são hastes dirigidas caudalmente, conectando os pré-maxilares aos ossos pterigoides, ventralmente às órbitas. A mandíbula: à são achatadas e adiciona pouca contribuição à altura da cabeça. Ela consiste em dois ossos delgados e fusionados rostralmente, onde são cobertos pelo bico inferior. Caudalmente, a mandíbula está conectada ao crânio, entre a órbita e o meato acústico externo, pelos ossos articular e quadrado, que são elementos correspondentes aos ossículos da orelha média dos mamíferos, o martelo e a bigorna, respectivamente O osso occipital: à envolve o forame magno. Um único côndilo occipital se articula com o atlas formando uma articulação que permite que as aves girem a cabeça sobre a coluna vertebral em uma extensão maior do que a permitida aos mamíferos O osso nasal: à é dorsal e estabelece uma conexão cartilaginosa flexível com o osso frontal, o que permite que a maxila seja levantada quando a mandíbula é abaixada “Holorrinais” à são as narinas externas da anseriformes e galiformes A mandíbula inferior à é composta por 5 ossos – o dentário, esplenial, um angular, um surangular, um pré-articular e o articular A maxila: à está abaixo da abertura nasal. É pequena e conectada à articulação mandibular pelo longo e fino arco jugal, o homólogo do arco zigomático dos mamíferos Coluna vertebral: característica • 14 a 17 vértebras cervicais na galinha, 11 nos periquitos, até 25 no cisne e cerca de 8 em aves menores. • 5 a 7 vértebras torácicas – fusão de 4 forma o osso notário; uma única vértebra torácica livre (ligação frágil da coluna vertebral). • A última ou duas últimas vértebras torácicas se fundem com as vértebras lombares, sacrais e primeira caudal formando o sinsacro. • Pigóstilo – vários segmentos de vértebras caudais fundidos: sustentação às penas de contorno da cauda. Vertebras cervicais: - O atlas → é um pequeno anel que se articula por uma depressão em seu arco ventral com o único côndilo do occipital. O áxis → envia seu processo odontóide cranialmente para entrar em contato com o côndilo occipital e o atlas O restante da coluna vertebral consiste de vértebras heterocelosas, com superfícies articulares designadas como de formato de sela. Em geral as vértebras cervicais podem ser contadas como aquelas que começam com o atlas e prosseguindo caudalmente até a 1ª vértebra torácica com uma costela esternal. Vertebra torácica: 1. São aquelas vértebras que possuem costelas consistindo tanto de membros vertebrais como esternais. 2. 2 ou mais vértebras podem se fundir formando um único osso notário ou osso dorsal. Onde vai ter Costela: Partes vertebral corresponde a parte óssea e a esternal cartilaginosa; processo uncinado, últimas vértebras cervicais apresentam costelas flutuantes (ausência da parte esternal). 3. A última ou as duas últimas vértebras torácicas se fundem com as vértebras lombares, sacrais e a primeira vértebra caudal para formar o sinsacro. 4. O sinsacro e o notário tornam a parte dorsal do tronco bem rígida; essa rigidez é estendida lateral e caudalmente pela fusão do sinsacro com os ossos longos do quadril. 5. O sinsacro é seguido por cinco ou seis vértebras caudais livres que permitem o movimento da cauda. 6. O segmento mais caudal (pigóstilo) → é composto por vários rudimentos fusionados e confere sustentação às penas de voo da cauda. Além de servir para inervação da pena da cauda, o pigóstilo também divide 1 par de glândulas de óleo (glândula uropigiana). Pelve óssea: ossos coxais direito e esquerdo e o sinsacro; côncava na parte ventral e longa: passagem do ovo;Esterno: • Em aves ratitas (ema, avestruz) a quilha é achatada; não voam. • Provê fixação aos grandes músculos do voo • Acidentes anatômicos: quilha, manúbrio, processos craniolateral, caudolateral e torácico. • O esterno é desenvolvido, não segmentado e ocupa grande parte da parede ventral da cavidade corpórea. É cartilagíneo em aves jovens e ossifica-se em animais adultos • Cinco ou seis costelas unem o esterno às vértebras torácicas. • A posição subcutânea da quilha é ideal para coletar amostras de medula óssea em frangos e aves grandes de cativeiro, mas é exposta a lesões no empoeiramento (quilhas torcidas ou feridas são um fator importante na criação de aves). • Forames pneumáticos à na superfície côncava dorsal do esterno conectam-se com o saco aéreo clavicular. • A extremidade caudal (metasterno) do esterno à é cartilaginosa em espécimes jovens, mas se ossifica posteriormente; a sua flexibilidade, portanto, é um indicador da idade. Membro torácico: cíngulo peitoral, úmero, radio e ulna, carpometacarpo e dígitos Cíngulo peitoral: • ⇨ 3 pares de ossos que sustentam as asas • ⇨ CLAVÍCULA: osso delgado, semelhante a haste ⇨ as 2 clavículas fusionadas • ⇨ FÚRCULA • ⇨ CORACÓIDE: é o osso mais forte do cíngulo peitoral • ⇨ ESCÁPULA: longa, plana, paralela à coluna vertebral • ⇨ ESCÁPULA: articula-se cranialmente com o coracóide e a fúrcula • ⇨ ESCÁPULA + CORACÓIDE: Fossa Glenóide ⇨ para articulação com a cabeça do úmero • ⇨ ESCÁPULA, CORACÓIDE e CLAVÍCULA ⇨ canal triósseo : tendão do músculo supracoracoide. Úmero: • ⇨ É o maior dos ossos da asa • ⇨ Articula-se proximamente com o cíngulo peitoral • ⇨ Distalmente articula-se com o rádio e a ulna • ⇨ Forame pneumático: saco aéreo clavicular Rádio e ulna: • ⇨ A ULNA é mais espessa e mais longa do que o rádio • ⇨ Proximamente a ulna e o rádio articulam-se o úmero • ⇨ Distalmente articulam-se com os ossos cárpicos: radial e ulnar Carpometarpo e dígitos: • ⇨ A fileira distal dos ossos cárpicos está fusionada com o metacarpo • ⇨ Fusão dos metacárpicos II, III e IV • ⇨ Segundo dígito: 1 falange • ⇨ Terceiro dígito: 2 falanges (maior) • ⇨ Quarto dígito: 1 falange Membro pélvico: cíngulo pélvico, fêmur, tibiotarso e fíbula, tarsometatarso e dígitos Cíngulo pélvico: • Fusão de três ossos ⇨ ÍLIO, ÍSQUIO e PÚBIS • Os ÍLIOS também fundem-se com o SINSACRO • ⇨ Forame Ílioisquiático • ⇨ Forame Obturatório • ⇨ Acetábulo: acomoda a cabeça do fêmur Fêmur e patela: Tibiotarso e fibula: • ⇨ É o maior dos ossos do membro pélvico • * Lateralmente: ⇨ Crista para inserção da Fíbula • * Extremidade proximal: ⇨ Côndilos para articulação com o fêmur • * Extremidade distal: ⇨ Côndilos para articulação com o tarsometatarso • ⇨ Fusão com alguns ossos társicos proximais Tarsometatarso: • ⇨ Fusão dos metatársicos II, III e IV com os ossos társicos distais: extremidade proximal. • * Extremidade distal: ⇨ 3 grandes trócleas para articulação com os dígitos II, III e IV • ⇨ Plantarmente: está localizado o I metatársico • Esporão ⇨ Presente somente no macho. Progressão óssea e cortam para evitar crescimento do osso • Articulação do jarrete: tibiotarso com tarsometatarso. Dígitos: • ⇨ Dígito I: 2 falanges. Conhecido como HÁLUX • ⇨ Dígito II: 3 falanges • ⇨ Dígito III: 4 falanges • ⇨ Dígito IV: 5 falanges • A falange distal de cada dedo é uma garra recoberta com queratina. CARACTERÍSTICAS EXTERNAS E TEGUMENTO: Esqueleto axial: Membro torácico: cíngulo peitoral, úmero, radio e ulna, carpometacarpo e dígitos Membro pélvico: cíngulo pélvico, fêmur, tibiotarso e fíbula, tarsometatarso e dígitos
Compartilhar