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Medicina Veterinária – Jeysa Reis Doença Aviaria o Doença de Marek Definição Hungria em 1907 pelo médico veterinário Jozsef Marek PARALISIA PARCIAL EM FRANGOS (lesões microscópicas no encéfalo, coluna vertebral e nervos periféricos) No ano de 1949, a FORMA NEUROLÓGICA desta enfermidade foi associada a tumores malignos linfoides de órgãos viscerais e músculos, na época, recebendo o nome de neurolinfomatose, hoje conhecida como Doença de Marek. A doença de Marek adquiriu grande importância durante o século XX com o crescimento da avicultura - Grandes impactos econômicos – comprometimento da resposta imune das aves (Linf. B e T) - Vacinas – pintinhos primeiros dia\ embriões 18 dias Doença linfoproliferativa, causada por um Herpesvirus e caracterizada pela infiltração de células em um ou mais dos nervos periféricos, íris, vísceras, musculo e pele. Virus da doença de Marek (VDM) ou Herpesvirus gallid 2 (GaHV-2) Atualmente são raros os episódios da DM - Relacionados a falhas vacinais, por falta de título vacinal ou doença imunodepressora. Codornas japonesas e em perus Etiologia Família: Herpesviridae Gênero: Mardivirus (GaHV-2), agrupadas em 3 sorotipos Sorotipo: 1 RIPENS (único oncogênico\ patogênico): VACINA ATENUADO Sorotipo 2 SB-1 (isolado de galinhas) – estirpes não patogênicas Sorotipo 3 FC126 (isolado de perus) DNA vírus envelopado: Promove infecção persistente e vitalícia (latência), com ciclos de reativação modulados pela resposta imune. Sensível à maioria dos desinfetantes e detergentes VDM não é uma ameaça a saúde humana, pois não cresce em células de mamíferos Fora de células, este vírus é facilmente destruído por desinfetantes comuns. Dura mais tempo em AMBIENTES FRIOS, por isso causa mais problemas no inverno Apresenta alta resistência na cama do galpão (16 semanas), penas ressecadas (8 meses) e à poeira dos galpões (4 a 6 meses) Transmissão Transmissão horizontal Contato direto e indireto Via aerógena (descamação da pele\ folículos pena) Casca dos ovos (pintos de 1 dia) x Incubação NÃO Á COMPROVAÇÕES DA TRANSMISSÃO VERTICAL Folículo da pena Sitio primário de replicação Contaminação ambiental Mistura a poeira As células epiteliais na cama de queratina dos folículos da pena são permissivas à replicação e produção de partículas infecciosas Penas e fezes são as principais fontes de infecção Aves sem sintomatologia podem ser portadoras e transmitir o vírus continuamente, Alguns insetos, como o cascudinho (Alphitobius diaperinus) – TRANSPORTADORES Patogenia O pintinho inala poeira do ambiente de criação, que contem pele descamada contendo o vírus infectante Nos capilares aéreos pulmonares, a poeira é fagocitada pelos macrófagos e ocorre a infecção destes O vírus livre e\ou os macrófagos infectados entram em circulação e transferem infecção para os linfócitos B no baço e na bolsa cloacal (Bursa de Fabricius) – GRAVE DESTRUIÇÃO DE LINFÓCITOS B E IMUNODEPRESSÃO Na fase inicial, a replicação e a lise de linfócitos se estendem para os linfócitos T do timo Nessa fase da infecção, a atrofia do timo, do baço e da Bursa pode ser identificada pela microscopia e histologia desses órgãos A viremia persiste e permite que, nos linfócitos T (do timo), se transformem em linfócitos T neoplásicos. Resumo: Fase 1 – replicação nos pulmões Fase 2 – fase citolítica, culmina com a atrofia da bolsa cloacal, promove latência no folículo da pena Fase 3 – infecção citolitica secundaria, onde há o envolvimento do sistema nervoso Fase 4 – Caracterizada pelo desenvolvimento de linfomas malignos de linfócitos T Síndromes DM Doença de marek clássica ou neurolinfomatose: causa paralisia assimétrica de um ou mais membros. Quando acomete o nervo vago, podem ocorrer dificuldade respiratória e disfunção do papo. Frequentemente, há também lesões dos nervos periféricos, infiltração linfomatosa, tumores (pele, músculo esquelético e órgãos viscerais) Quando os nervos das asas estão comprometidos elas ficam caídas Quando os nervos do pescoço estão comprometidos a ave pode ficar com a cabeça baixa e com torcicolo Paresia assimétrica progressiva evoluindo para paralisia completa de uma ou mais extremidades. A incoordenação e posturas incomuns ocorrem geralmente devido aos distúrbios locomotores serem mais facilmente reconhecidos Doença de marek aguda: é uma epidemia que acomete animais previamente vacinados ou infectados, levando à depressão, paralisia e morte de grande parte dos animais. Afeta animais muito jovens numa faixa etária de quatro a oito semanas de vida. Linfomatose Ocular: leva à infiltração linfocitária da íris, anisocoria e cegueira. Doença de marek cutânea: gera lesões arredondadas, firmes, junto aos folículos de penas. Imunossupressão: há um impedimento da resposta imunológica por parte do linfócito T, tornando as aves mais susceptíveis a outras doenças. Sinais clínicos Os sinais nervosos variam de ave para ave Paresia assimétrica progressiva: paralisia completa de uma ou mais extremidades: Os sinais relacionados com lesões dos nervos -> Paralisia, incoordenação e uma apresentação clínica particular caracterizada por uma perna esticada para a frente e a outra para trás como resultado de paralisia unilateral do nervo isquiático Forma aguda Formação de tumores múltiplos e difusos nos órgãos viscerais Alta mortalidade, palidez da crista e patas, letargia, perda de peso e queda de postura Cegueira por lesões envolvendo a íris. Forma clássica Mortalidade 3% e 10% Incoordenação ou dificuldade locomotora Paresia assimétrica progressiva Patas ou asas Paralisia completa Asas caídas Paralisia temporária - 3 dias -> recuperação -> morte Sinais clínicos As lesões da pele podem ser inflamatórias, mas também podem ser linfomatosa Ao redor dos folículos das penas As lesões proliferativas, quando intensas, causam a ruptura da epiderme – formação de úlceras. Diagnóstico Sinais clínicos Forma clássica Paralisia (pernas, asas, pescoço) unilateral Aves não vacinadas Histopatologia Infiltrados de células linfoblasticas pleomorficas Isolamento viral (não cresce em ovos embrionados) aves PCR O diagnóstico é feito através da análise criteriosa da necropsia associada ao diagnostico histopatológico porem como as lesões não são patognomônicas deve-se fazer a confirmação através de PCR e\ou imunohistoquimica Diagnóstico diferencial Vacinação Dose única no 1° dia de vida Aa aves devem entrar em contato com o vírus vacinal antes de encontrarem o vírus de campo, o que significa que a vacinação deve ser feita no incubatório A vacinação contra a DM é obrigatória para todas as galinhas e frangos industriais no Brasil !! Terapêutica e profilaxia Medidas de biosseguridade Não existe tratamento!!! Eliminação de matéria orgânica Vassoura de fogo Vacinação das aves no incubatório Introdução de aves vacinadas
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