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Direito
Administrativo
PC - PB
Livro Eletrônico
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Direito Administrativo
AULA ESSENCIAL 80/20
Diogo Surdi
Sumário
Direito Administrativo .................................................................................................................... 3
1. Introdução ..................................................................................................................................... 3
2. Análise da Banca CESPE (CEBRASPE) ..................................................................................... 4
3. Atos Administrativos ................................................................................................................. 5
4. Princípios da Administração Pública ...................................................................................... 8
5. Organização Administrativa .................................................................................................... 11
6. Poderes Administrativos ......................................................................................................... 14
7. Agentes Públicos ........................................................................................................................16
Questões de Concurso .................................................................................................................20
Gabarito ........................................................................................................................................... 26
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 27
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Direito Administrativo
AULA ESSENCIAL 80/20
Diogo Surdi
DIREITO ADMINISTRATIVO
Aula Essencial 80/20 – Direito Administrativo – PC-PB – Carreiras de Polícia Investigativa
1. Introdução
De acordo com o “Princípio de Pareto”, também conhecido como “Técnica do 80/20”, 80% 
das situações podem ser resolvidas com a utilização de 20% do conhecimento.
O Princípio de Pareto é amplamente utilizado em várias áreas do conhecimento huma-
no, uma vez que apresenta uma tendência para a resolução dos problemas e otimiza os 
resultados.
Você já pensou em como isso pode ser importante caso a aplicação seja possível, tam-
bém, no universo dos concursos públicos?
E justamente pensando nisso é que esta aula foi desenvolvida. Aqui, o nosso claro objeti-
vo é o de apresentar, com base em dados e estudos anteriores, os pontos que, historicamen-
te, são mais exigidos pelas bancas organizadoras em relação a determinados conteúdos 
do edital.
Isso não quer dizer que você não precise estudar todos os pontos do edital. Nos dias atu-
ais, em que a concorrência está cada vez mais acirrada, um estudo completo é mais do que 
essencial para garantir uma boa preparação.
No entanto, é inegável que as bancas, ao longo dos anos, tendem a se repetir. E isso ocor-
re por um motivo bastante simples: no processo de elaboração das questões, a instituição 
responsável pela organização do concurso contrata professores ou autores qualificados na 
respectiva área ou matéria envolvida. E como cada pessoa tende a seguir, ainda que incons-
cientemente, autores ou pontos específicos da matéria, o que acaba ocorrendo, como iremos 
retratar, é uma quantidade desproporcional de questões em relação aos pontos exigidos em 
determinada disciplina.
Dito de outra forma, raramente vemos uma prova onde as questões foram elaboradas 
seguindo todos os pontos do edital de forma simétrica. O que é constantemente visto, em 
sentido contrário, é alguns assuntos sendo exigidos de maneira bem mais constante do que 
os demais.
Sendo assim, ao identificarmos quais são estes assuntos, iremos dar um “salto de qua-
lidade e eficiência” na preparação. Para isso, faremos uso do “Princípio de Pareto”, veri-
ficando quais são os assuntos mais exigidos e otimizando em diversos aspectos a sua 
preparação.
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Direito Administrativo
AULA ESSENCIAL 80/20
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2. AnálIse dA BAncA cesPe (ceBrAsPe)
Com base no último edital do concurso da Polícia Civil da Paraíba – PC-PB, o seguinte 
conteúdo programático foi exigido para os cargos da Carreira de Polícia Investigativa:
1 Administração Pública e atividade administrativa: administração direta e indireta; autar-
quias; fundações; empresas públicas; sociedades de economia mista; órgãos e agentes pú-
blicos; conceito de administração; natureza e fins da administração; princípios básicos da ad-
ministração.
2 Atos e Poderes administrativos. Poderes: poder vinculado; poder discricionário; poder 
hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso de poder. Atos 
Administrativos: conceito; elementos; atributos; classificação; espécies; extinção do ato, con-
trole do ato administrativo: invalidação; anulação e revogação.
3 Servidores públicos: organização do serviço público; normas constitucionais pertinentes; 
deveres e direitos dos servidores; responsabilidade dos servidores;
Realizando uma análise nas provas realizadas pelo CESPE nos últimos anos (2021, 2020 e 
2019) chegamos, em relação aos itens exigidos no edital, na seguinte porcentagem para cada 
um dos assuntos correlatos:
Assunto Quantidade de Questões
Percentual 
Aproximado
Atos Administrativos 44 28%
Organização Administrativa 34 22%
Poderes Administrativo 31 21%
Agentes Públicos 28 19%
Princípios Administrativos 15 10%
Total 152 100%
Sendo assim, iremos inicialmente ter contato com um resumo contendo os principais pon-
tos abordados. Após, resolveremos questões do CESPE, sedimentando o aprendizado e dei-
xando você em plenas condições de realizar uma excelente prova.
Obs.: � Todos os pontos do edital estão minuciosamente estudados no curso de Direito Admi-
nistrativo destinado ao concurso da PC-PB. Aqui, conforme mencionado no início da 
aula, a ideia é verificar e memorizar, por meio da aplicação do “Princípio de Pareto”, os 
assuntos historicamente mais exigidos pela banca organizadora, algo que otimizará 
em diversos aspectos a sua preparação.
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3. Atos AdmInIstrAtIvos
• Diversos são os conceitos de atos administrativos, sendo que as bancas costumam uti-
lizar o utilizado por Hely Lopes Meirelles, através do qual os atos são entendidos como 
“toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa 
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”;
• Ainda que a administração pública seja quem mais pratique atos administrativos, deve-
mos ter em mente que todos os demais poderes também o fazem, ainda que de maneira 
atípica. Assim, os atos administrativos não são uma exclusividade do Poder Executivo;
• Cinco são os requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade,forma, moti-
vo e objeto;
• Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma sempre estão 
presentes em todo e qualquer ato administrativo;
• O motivo e o objeto, dessa forma, caracterizam o chamado mérito administrativo, que 
é a valoração da conveniência e da oportunidade que a lei deixa a cargo dos agentes 
competentes;
• O mérito administrativo também é responsável pela diferenciação entre atos vincula-
dos e atos discricionários;
• São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a autoexecutorie-
dade, a imperatividade e a tipicidade;
• A presunção de legitimidade é uma característica através do qual os atos administrati-
vos são considerados legais até a prova em contrário. Costuma-se dizer, por isso mes-
mo, que a presunção é juris tantum, ou seja, presunção relativa, que pode ser contestada 
pelo particular;
• A presunção de legitimidade é o único atributo presente em todos os atos administrativos;
• Parte da doutrina divide os o atributo em questão em presunção de veracidade e pre-
sunção de legitimidade. De acordo com a veracidade, o ato deve obediência aos fatos 
alegados pelo Poder Público. De acordo com a legitimidade, os atos devem obediência 
ao ordenamento jurídico como um todo.
• Pela autoexecutoriedade, a administração pode exigir o cumprimento de determinados 
atos administrativos por parte de seus administrados, sem a necessidade de precisar 
recorrer ao Poder Judiciário. Através deste atributo, em alguns casos, pode ela inclusive 
utilizar-se da força;
• A imperatividade é o atributo onde a administração impõe a sua vontade a terceiros, 
que não possuem outra opção que não seja cumprir o ato.
• A imperatividade decorre do poder de império da administração, também conhecido 
como poder extroverso, decorrência do princípio da supremacia do interesse público;
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• Os requisitos são elementos para que os atos administrativos possam existir, ao passo 
que os atributos são prerrogativas que os atos dispõem para atingir seus objetivos;
• Sobre as formas de desfazimento do ato administrativo, temos três clássicas maneiras: 
anulação, revogação e convalidação;
• A anulação pode ser feita pela própria administração, baseada no seu poder de autotu-
tela, ou pelo judiciário, desde que provocado;
• A Anulação sempre é um controle de Legalidade, jamais entrando no Mérito Administrativo;
• A anulação possui efeitos retrospectivos, sendo que seus efeitos retroagem até a data 
da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer que seus efeitos são ex-tunc;
• No entanto, mesmo em caso de anulação, os efeitos produzidos pelos atos, para tercei-
ros de boa fé, devem prevalecer;
• A revogação, por sua vez, é a possibilidade da administração que produziu o ato (e ape-
nas ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade;
• A revogação adentra no mérito administrativo, possuindo efeitos prospectivos, também 
chamados pela doutrina de ex-nunc;
• A revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo um controle de méri-
to. Já a anulação pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, desde, claro, que 
seja para analisar a ilegalidade dos mesmos;
• A convalidação decorre da teoria dualista, através da qual os atos poderiam ser sana-
dos quando o vício decorresse dos requisitos competência (em razão da pessoa) e da 
forma (quando esta não for indispensável).
• A anulação, a revogação e a convalidação podem ser mais bem visualizadas por meio 
da tabela a seguir:
Anulação Revogação Convalidação
Trata-se de controle de 
legalidade sobre atos 
que apresentam vícios 
insanáveis ou sanáveis
Trata-se de controle do 
mérito administrativos, 
a juízo da administração
Trata-se de controle de 
legalidade sobre atos 
que apresentam vícios 
sanáveis
Opera retroativamente 
(eficácia ex-tunc)
Opera 
prospectivamente 
(eficácia ex-nunc)
Opera retroativamente 
(eficácia ex-tunc)
Pode ser efetuada 
tanto pela própria 
administração quanto 
pelo Poder Judiciário, 
quando provocado
Apenas pode ser 
efetuada pela própria 
administração
Apenas pode ser efetuada 
pela própria administração
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Anulação Revogação Convalidação
Incide sobre atos 
vinculados e 
discricionários, desde que 
se esteja analisando a 
legalidade
Incide apenas sobre 
atos discricionários
Incide sobre atos 
vinculados e 
discricionários, desde que 
se esteja analisando a 
legalidade
A anulação pode ser um 
ato vinculado (quando 
o vício é insanável) ou 
discricionário (quando o 
vício é sanável, pois nesse 
caso pode ela optar entre 
anular ou convalidar o 
ato em questão)
A revogação sempre é 
um ato discricionário, 
pois a administração 
escolhe se deve ou não 
retirá-lo do universo 
jurídico
A convalidação é um 
ato discricionário, pois 
a administração pode 
escolher entre anular 
ou convalidar o ato. 
No entanto, a doutrina 
majoritária entende 
que a convalidação, 
quando possível, deve ser 
executada.
• Cinco são as espécies de atos administrativos: punitivos, enunciativos, ordinatórios, 
normativos e negociais;
• Os atos punitivos são aqueles que implicam sanções, que podem ser de caráter interno 
ou externo. São exemplos destes atos a advertência, suspensão e demissão (interna-
mente) e a multa e a interdição de estabelecimentos (externamente);
• Atos Enunciativos são aqueles que declaram uma situação já existente, sendo que mui-
tos autores consideram os mesmos como atos administrativos impróprios, uma vez 
que neles não ocorre uma manifestação de vontade da administração;
• Os atos ordinatórios decorrem do poder hierárquico da administração e conferem as 
prerrogativas de determinar como as diversas atividades devem ser praticadas, tendo 
como exemplos as circulares, portarias e as ordens de serviço.
• Os atos normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo 
para regulamentar e detalhar os comandos da lei. Possuem como principais exemplos 
os decretos regulamentares (editados pelos Chefes do Executivo), os regimentos (como 
o dos Tribunais) e as resoluções;
• Nos atos negociais, o particular possui uma vontade, que depende do interesse da 
administração. Assim, são exemplos destes atos a licença (quando a administra-
ção não tem outra escolha que não seja conceder a mesma, desde que o particular 
cumpra todos os requisitos) e a autorização (quando a administração, mesmo tendo 
o particular cumprido todos os requisitos, pode escolher entre conceder ou não a 
mesma);
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4. PrIncíPIos dA AdmInIstrAção PúBlIcA
Derivam das normas tanto os princípios quanto as regras, de forma que conseguimos di-
ferenciar as duas espécies por meio das seguintes características:
Princípios Regras
São uma espécie de norma São uma espécie de norma
Poderser explícitos ou implícitos Obrigatoriamente devem ser expressas
Em caso de conflito, deve-se fazer uso 
da ponderação no caso concreto
Em caso de conflito, deve-se utilizar 
apenas uma das regras, aniquilando 
inteiramente as demais
Solução de conflitos leva em conta o 
interesse da coletividade
Solução de conflitos deve observar os 
critérios hierárquico, cronológico e da 
especialidade
• Os princípios administrativos podem ser divididos em supraprincípios, princípios ex-
pressos na constituição e demais princípios adotados pela doutrina;
• Os supraprincípios são aqueles que originam todo o ordenamento jurídico pátrio, sendo 
que todos os demais decorrem destes;
• São supraprincípios, em nosso ordenamento, a supremacia do interesse público sobre 
o privado e a indisponibilidade do interesse público;
• Segundo a supremacia do interesse público, a administração possui certas prerrogativas 
para poder fazer valer a sua vontade. Um bom exemplo são os poderes administrativos;
• Segundo a indisponibilidade do interesse público, a administração Pública atua como 
gestora do patrimônio público. Decorre deste princípio todas as obrigações da adminis-
tração, como, por exemplo, o dever de prestar contas;
Supremacia do Interesse 
Público Indisponibilidade do Interesse Público
É princípio implícito É princípio implícito
Não está presente em toda a 
atividade administrativa
Está presente em toda a atividade 
administrativa
Dele decorrem as prerrogativas 
(poderes) da Administração
Dele decorrem as sujeições (obrigações) da 
Administração
É a base do regime jurídico É a base do regime jurídico
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Supremacia do Interesse 
Público Indisponibilidade do Interesse Público
Tem como exemplos a aplicação das 
cláusulas exorbitantes, os poderes 
administrativos e a imperatividade 
dos atos administrativos
Tem como exemplos a realização de 
concurso público, a realização de licitações 
e a obrigação de prestação de contas por 
parte dos administradores públicos
• São princípios expressos no texto constitucional e aplicáveis à administração pública a 
legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. (LIMPE);
• A legalidade obriga a administração a só fazer aquilo que a lei determinar ou autorizar;
• Podemos diferenciar a legalidade (lei em sentido amplo) da reserva legal (lei formal em 
sentido estrito) por meio das seguintes características:
Legalidade Reserva Legal
Abrange não só as leis, como também 
as medidas provisórias e os decretos 
autônomos
Abrange apenas as leis que forem 
editadas de acordo com o processo 
legislativo
Possuem maior abrangência, uma vez que 
regulam um leque maior de matérias
Possuem menor abrangência, de 
forma que regulam um menor 
número de matérias
Menor densidade, uma vez que a edição 
de um decreto autônomo, por exemplo, é 
menos complexa que uma lei
Maior densidade, pois devem 
observar todos os trâmites 
estabelecidos no processo legislativo 
(quórum, maioria de votação)
É a lei em sentido lato, amplo É a lei em sentido estrito, formal
• A deslegalização ocorre quando uma lei, sem entrar na regulamentação da matéria, re-
baixa formalmente o seu grau normativo, permitindo que essa matéria possa vir a ser 
modificada por regulamento;
• A impessoalidade pode ser vista sob três aspectos: como a finalidade de toda e qual-
quer atividade administrativa, como a obrigatoriedade de tratamento isonômico para 
os administrados e como a vedação à promoção pessoal do Agente Público com base 
nas atividades da Administração Pública;
• A moralidade liga-se diretamente aos conceitos de probidade, decoro e boa-fé.
• Ao elencar a moralidade como princípio, o legislador constitucional pretendeu que o 
administrador público não obedecesse apenas aos comandos expressos em lei, origi-
nando o termo não juridicização.
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• A publicidade pode ser vista sob dois aspectos: como a necessidade de que todos os atos 
administrativos sejam publicados para que possam produzir seus efeitos e como a neces-
sidade de transparência, por parte da Administração Pública, no exercício de suas funções;
• A eficiência está ligada à ideia de administração gerencial, objetivando a redução de 
desperdícios e um melhor resultado na relação custo x benefício;
• Pela autotutela, a administração pode anular ou revogar os seus próprios atos, sem ne-
cessidade de recorrer ao Poder Judiciário;
• Tal princípio está presente na Súmula n. 473 do STF: “A administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se origi-
nam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
• Através da segurança jurídica, são protegidos o direito adquirido, ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada;
• A razoabilidade e a proporcionalidade obriga que exista uma relação entre os meios e 
fins empregados;
• Ainda por meio da segurança jurídica, é vedada a nova interpretação retroativa da mes-
ma norma administrativa;
• Merece destaque a Súmula n. 654 do STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal 
que a tenha editado.
• Pelo princípio da especialização, ocorre a criação das entidades da Administração Indi-
reta, que se tornam especialistas em suas áreas de atuação;
• Pela continuidade dos serviços públicos, estes, em regra, não podem ser paralisados, 
uma vez que tal situação poderia prejudicar toda a coletividade;
• A motivação exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de 
direito de suas decisões. Como regra, todos os atos administrativos devem ser motiva-
dos, sendo exceção a demissão de agentes públicos ad nutum.
• A sindicabilidade configura a possibilidade de qualquer lesão ou ameaça de lesão ser 
levada ao controle do Poder Público, tanto pela administração que editou o ato quanto 
pelo Poder Judiciário.
• De acordo com a responsividade, cumpre aos gestores públicos a prestação de contas 
da sua gestão para com o povo, verdadeiro titular do múnus público.
• A sancionabilidade, no Direito Administrativo, pode estar presente em todas as suas 
atuações, de forma a incentivar determinadas condutas por meio de sanções premiais 
(benefícios) e desencorajar outras condutas por meio das sanções aflitivas (Punições).
• De acordo com a subsidiariedade, as atividades essenciais à coletividade ficariam sob 
a responsabilidade do Estado, uma vez que sua delegação poderia pôr em risco o bem 
estar social e a segurança jurídica da coletividade.
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5. orgAnIzAção AdmInIstrAtIvA
• A organização administrativa é a parte do direito administrativo que estuda a estruturada administração pública.
• As entidades políticas são os entes federativos previstos no texto constitucional, sendo 
eles a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
• Tais entidades detém uma parcela do poder político, são dotadas de autonomia e prio-
ritariamente regidas pelo direito constitucional.
• As entidades administrativas são as pessoas jurídicas que compõem a administração 
indireta, sendo elas: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e 
fundações.
• A administração pública pode ser analisada em sentido amplo ou restrito.
• Em sentido amplo, ela compreende as atividades de planejamento das políticas públi-
cas (legislar) e execução destas políticas (executar).
• Em sentido restrito, ela compreende apenas as atividades de execução, sendo este o 
conceito adotado em nosso ordenamento.
• A administração pública também pode ser vista sob os critérios material e formal.
• Pelo critério formal, devemos nos perguntar “quem é administração pública?”. Tal crité-
rio também é conhecido como orgânico ou subjetivo.
• Pelo critério material, devemos nos perguntar “o que é administração pública?”, sendo 
que este critério também é chamado de objetivo ou funcional.
• Pelo critério material, não existe uma lista taxativa de atividades que são consideradas 
administração pública, dependendo muito da visão de cada autor.
• Mesmo assim, as atividades que os autores apontam como administração pública em sen-
tido material são o fomento, os serviços públicos, a polícia administrativa e a intervenção.
• Ocorre centralização quando as atividades são desempenhadas pelos órgãos e agentes 
de um único ente federativo.
• Já a descentralização pode ocorrer de duas formas: por serviço, outorga e legal ou por 
delegação, negocial e colaboração.
• No primeiro caso, ocorre a criação da administração indireta, sendo que a titularidade e 
o exercício da função pública são transferidos às entidades que a compõem. No segun-
do caso, ocorre apenas a transferência do exercício da função pública, permanecendo a 
titularidade com a administração direta.
• Com a descentralização por delegação, negocial e por colaboração, o exercício é trans-
ferido a uma delegatária de serviço público, que pode ser uma concessionária, uma per-
missionária ou uma autorizatária.
• Ocorre concentração quando as atividades da administração direta ou indireta são de-
sempenhadas sem uma repartição de competências internas.
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• Ocorre a desconcentração quando a administração direta ou indireta divide suas ativida-
des internamente, criando os órgãos públicos.
• A descentralização, por depender de lei, não pressupõe hierarquia entre a administração 
direta e a indireta.
• Já a desconcentração, por se tratar de técnica administrativa e ser operada no âmbito 
de uma mesma pessoa jurídica, pressupõe a existência de hierarquia e subordinação.
• Órgãos públicos são centros de competência, sem personalidade jurídica e resultantes 
da técnica da desconcentração.
• Diversas foram as teorias que surgiram para tentar explicar, sem sucesso, a relação en-
tre a administração pública e seus servidores, sendo elas: teoria da identidade, teoria do 
mandato e teoria da representação;
• Com a teoria do órgão, também conhecida como teoria da imputação, ficou estabelecido 
que a atuação do agente é a própria atuação do órgão no qual ele exerce suas atividades.
• Quanto à posição hierárquica que ocupam, os órgãos podem ser classificados como 
independentes, autônomos, superiores e subalternos.
• Quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples (apenas um centro de competências) 
ou compostos (diversos órgãos menores que fazem parte de uma estrutura maior).
• No tocante à atuação funcional, os órgãos podem se classificar em singulares (com-
postos de um único agente) ou compostos (mais de um agente com poder de decisão).
• A administração pública direta é composta pelos entes federativos e pelos órgãos no 
qual estes estão divididos.
• A administração pública indireta é composta pelas autarquias, empresas públicas, so-
ciedades de economia mista e fundações.
• As autarquias são criadas diretamente por lei. As demais entidades são autorizadas por 
meio de lei, devendo ainda ter seus atos constitutivos inscritos no registro competente.
• Para a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, ainda que o 
texto da Constituição estabeleça ser necessário autorização legislativa, o STF já se ma-
nifestou que basta a menção, na lei que cria ou autoriza a entidade, da possibilidade da 
instituição de subsidiárias.
• Tal situação não ocorre com a participação das entidades da administração indireta no ca-
pital das empresas privadas, devendo, neste caso, ser precedida de autorização legislativa.
• Ainda que o dispositivo constitucional expresse que as fundações devem ser autoriza-
das por lei, o STF entende ser perfeitamente cabível que as fundações sejam criadas 
diretamente por lei, como ocorre com as autarquias.
• Neste caso, seriam elas uma espécie do gênero autarquia, chamadas de autarquias fun-
dacionais ou fundações autárquicas.
• As autarquias são serviços públicos descentralizados.
• As fundações são um patrimônio público descentralizado.
• As autarquias podem ser classificadas em ordinárias ou comuns, em regime especial, 
fundacionais, corporativas e territoriais.
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• As fundações podem ser públicas ou privadas. As fundações públicas, por sua vez, po-
dem ser de direito público ou de direito privado.
• Os consórcios públicos não são uma nova entidade da administração pública, mas inte-
gram a administração indireta de todos os entes consorciados.
• A principal vantagem do consórcio é o aumento de valores, para contratação, nas mo-
dalidades de licitação convite e tomada de preços (aumentado em 2 vezes se formado 
por até 3 entes e aumentado em 3 vezes se formado por mais de 3 entes), bem como o 
aumento do valor de dispensa para contratação sem licitação.
• José dos Santos Carvalho Filho afirma que os consórcios públicos, quando regidos pelo 
direito público, assumem a forma de autarquia.
• As agências reguladoras e as agências executivas não são uma nova forma de admi-
nistração indireta.
• Enquanto as agências reguladoras são autarquias em regime especial, as agências 
executivas são uma qualificação que as autarquias ou fundações podem assumir.
• O objetivo de se instituir uma agência reguladora é que ela atue em determinados seto-
res de regulação, aumento sua autonomia e poder.
• Por sua vez, o objetivo de se instituir uma agência executiva é aumentar sua eficiência e 
produtividade; para qualificarem-se como tal, as autarquias ou fundações devem firmar 
contrato de gestão com o respectivo ministério superior e ter um plano estratégico de 
reestruturação e desenvolvimento.
• As empresa públicas e as sociedades de economia mista são as entidades da adminis-
tração indireta que mais estão ligadas ao direito privado.
• Tais entidades podem ser prestadoras de serviço público (atividade regida pelo direito 
público) ou exploradoras de atividade econômica (atividade regida pelo direito privado).
• Não podemos confundir a regência da atividade com apersonalidade jurídica. Assim, 
todas as empresas públicas e sociedades de economia mista possuem personalidade 
jurídica de direito privado.
• As diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista são:
− a) composição do capital (totalmente público na empresa pública e público e privado 
na sociedade de economia mista);
− b) forma jurídica (todas as possíveis para as empresas públicas e apenas sociedade 
anônima para as sociedades de economia mista) e
− c) foro processual para o julgamento das ações envolvendo entidades federais (Jus-
tiça Federal para as empresas públicas e Justiça Estadual para as sociedades de 
economia mista).
• Dentre as principais características comuns às empresa estatais está a impossibilidade 
de falência e a obrigatoriedade de realizarem concurso público.
• Em regra, as empresa estatais devem realizar licitação para todas as suas atividades. 
Para as exploradoras de atividade econômica, porém, a licitação não é exigida para as 
atividades fins, sendo obrigatória apenas para as atividades meio.
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• As empresa públicas e sociedades de economia mista, ao contrário das demais entida-
des da administração indireta, não estão sujeitas ao teto remuneratório constitucional, 
exceto se a entidade receber recursos públicos para pagamento de suas despesas.
• As empresas estatais exploradoras de atividade econômica não podem gozar de privi-
légios fiscais não extensíveis às empresas privadas. As prestadoras de serviço público, 
por sua vez, podem gozar de tais privilégios.
6. Poderes AdmInIstrAtIvos
• O poder hierárquico está presente na estrutura interna de cada órgão ou entidade. Hie-
rarquia pressupõe subordinação e o poder de dar ordens, de fiscalizar e de delegar e 
avocar competências;
• A regra é a possibilidade de delegação, sendo a exceção as matérias onde tal técnica 
não pode ser feita. São elas: a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recur-
sos administrativos e a competência para o exercício de competência exclusiva;
• Já a avocação é exceção, só sendo permitida nos casos previstos em lei;
• O poder disciplinar confere a prerrogativa das autoridades punirem seus agentes e ter-
ceiros que com elas possuam algum vínculo específico;
• Quando a sanção é interna (servidores), o poder disciplinar decorre do hierárquico. 
Quando é externa, não ocorre tal decorrência;
• Pelo poder regulamentar, é conferido aos Chefes do Executivo a possibilidade de regu-
lamentar, por meio da edição de decretos, as leis.
• A competência para editar decretos regulamentares é exclusiva dos chefes do executi-
vo, não podendo ser delegada;
• Os decretos autônomos foram introduzidos em nosso ordenamento jurídico por meio de 
emenda constitucional, o que possibilitou aos chefes do executivo, nas restritas hipóte-
ses previstas no texto constitucional, inovar no ordenamento jurídico;
• Os decretos autônomos, no entanto, podem ser delegados ao Procurador Geral da Re-
pública, ao Advogado Geral da União e aos Ministros de Estado;
• As diferenças entre os decretos regulamentares e os decretos autônomos são visualiza-
das na tabela abaixo:
Decretos regulamentares Decretos autônomos
Não inovam no ordenamento jurídico Inovam no ordenamento jurídico
Estão sujeitos a controle de legalidade Estão sujeitos a controle de constitucionalidade
Trata-se de uma norma geral e abstrata Trata-se de uma norma geral e abstrata
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Decretos regulamentares Decretos autônomos
Competência dos Chefes do Poder 
Executivo
Competência dos Chefes do 
Poder Executivo
Não pode ser objeto de delegação Pode ser objeto de delegação
Pode ser utilizado em todas as hipóteses 
em que a lei necessitar de regulamentação
Apenas pode ser utilizado em 
matérias específicas
• Parte da doutrina afirma que o poder normativo é um gênero do qual fazem parte, dentre 
outros, o poder regulamentar;
• O STF possui entendimento de que é vedado ao chefe do poder executivo expedir de-
creto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior.
• O poder de polícia é a possibilidade de restringir um interesse particular em prol de toda 
a coletividade, sendo que tal poder pode ser preventivo ou repressivo;
• São atributos do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a co-
ercibilidade.
• O ciclo de polícia compreende as etapas de ordem, consentimento, fiscalização e san-
ção. As etapas de ordem e fiscalização sempre estão presentes em qualquer atividade do 
poder de polícia. Já as etapas de consentimento e sanção nem sempre estão presentes;
• O prazo prescricional para a ação do estado decorrente do poder de polícia é de 5 anos, 
a contar da prática do ato ou, em caso de infrações permanentes ou continuadas, da 
data da cessação.
• Os poderes/deveres do administrador público caracterizam as obrigações destes com 
os administrados;
• São deveres do administrador público: agir, prestar contas, probidade e eficiência;
• O dever de agir implica na atuação do agente sempre que este tiver que exercer suas 
funções, não podendo, por vontade sua, renunciar à sua competência;
• O dever de prestar contas é decorrência da forma republicana de governo, na qual o ad-
ministrador público, por gerir interesse alheio, deve prestar contas de sua gestão;
• O dever de probidade implica em uma conduta ética e leal por parte do agente. Em caso 
de descumprimento desse dever, ocorre a improbidade administrativa;
• O dever de eficiência está relacionado com o aumento da relação custo x benefício, de 
forma que o agente público deve pautar suas atividades de forma a otimizar os resultados;
• Quando o poder não foi exercido de forma legal, dissemos que houve abuso de poder. 
Este, por sua vez, pode ocorrer de duas formas: excesso de poder e desvio de poder;
• Ocorre excesso de poder quando o agente excede as suas competências ou pratica ato 
por meio de instrumento legislativo inadequado para alcançar o efeito desejado;
• Ocorre desvio de poder quando o agente pratica ato com finalidade diversa daquela que 
deveria ter sido praticada;
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7. Agentes PúBlIcos
• Os agentes públicos podem ser conceituados como todas as pessoas que possuem 
uma vinculação profissional com o Estado, mesmo que em caráter temporário e ainda 
que sem o recebimento de remuneração.
• É por meio dos agentes que o Estado exerce suas funções e pratica os atos adminis-
trativos que lhe são competentes. Assim, em caso de dano causado ao particular em 
decorrência da atuação estatal, será o Estado quem será responsabilizado, e não o res-
pectivo agente.
• Duas são as principais classificações acerca dos agentes públicos, conforme pode ser 
verificado na tabela abaixo:
Classificação de Hely Lopes 
Meirelles
Classificação de Maria Sylvia 
Zanella Di PietroAgentes políticos Agentes políticos
Agentes administrativos Servidores públicos
Agentes honoríficos Militares
Agentes credenciados Particulares em colaboração
Agentes delegados
• Os agentes políticos são aqueles que ocupam os mais altos postos no âmbito dos Po-
deres da República, estando ligados às decisões fundamentais do Estado e possuindo 
grande parte de suas competências estabelecidas diretamente pela Constituição. Outra 
peculiaridade desta classe é o alto nível de autonomia que possuem para tomar as suas 
decisões.
• Os agentes administrativos são todas as pessoas investidas no âmbito de um órgão ou 
entidade da administração pública, com competências executórias e tendo seus direitos 
e deveres sendo regulados por meio de uma lei, e não diretamente da Constituição.
• Os agentes administrativos podem vir a ocupar cargos, empregos ou funções públicas 
no âmbito da estrutura da administração pública.
• Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribuições, respon-
sabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos para o de-
sempenho das suas atividades funcionais.
• Os empregos públicos são exercidos por pessoas que se sujeitam às regras da CLT, tal 
como ocorre com os funcionários da iniciativa privada, mas com a peculiaridade de es-
tarem exercendo suas atribuições no âmbito da administração Pública.
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• Por fim, temos a função pública, que é encontrada pelo critério residual em nosso or-
denamento. Assim, os agentes que não ocuparem um cargo ou um emprego público, 
mas que desempenharem atividades em regime de vínculo com o Poder Público, serão 
classificados como ocupantes de uma função pública.
• Os agentes honoríficos podem ser compreendidos como pessoas que são designadas 
ou requisitadas para a prestação de um determinado serviço público em razão de carac-
terísticas que lhes são próprias, tal como a honra e a capacidade profissional.
• Agentes credenciados são os que recebem a incumbência da Administração para re-
presentá-la em determinado ato ou para praticar certa atividade específica mediante 
remuneração do Poder Público credenciante.
• A principal característica dos agentes delegados é o fato de assumirem o risco da ativi-
dade em que atuam. Assim, nestas áreas, o Estado opta por não realizar diretamente o 
serviço, ficando apenas com a fiscalização.
• Os particulares em colaboração são pessoas que prestam serviços ao Poder Público 
sem vínculo com o Estado.
• O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os 
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos.
• Ainda que a imensa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário 
como forma de regular a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há 
a obrigação, por parte de um determinado ente, da utilização de um regime jurídico 
específico.
• O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei 
de cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios 
publicam uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí 
os direitos e as obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
• Já o regime celetista é o utilizado pela iniciativa privada e, no âmbito da administração 
pública, pelas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mis-
ta). Tal regime possui como base normativa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
e assegura aos seus funcionários uma relação de emprego, que pode ser na iniciativa 
privada ou, como mencionado, em uma empresa estatal.
Regime Jurídico Estatutário Regime Jurídico Celetista
Regidos por um estatuto Regidos pela CLT
Normas de Direito Público Normas de Direito Privado
Servidores públicos Empregados públicos
Garantias da estabilidade Direitos como o FGTS
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• Em sentido restrito, a expressão “servidores públicos” compreende os agentes públi-
cos que estão sendo regidos por um estatuto funcional.
• Servidores públicos em sentido amplo são as pessoas físicas que prestam serviços ao 
Estado e às entidades da administração indireta, com vínculo empregatício e mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos.
• Temos, dessa forma, que o conceito de servidor público em sentido amplo abrange três 
categorias distintas: a) estatutários ou servidor público em sentido estrito; b) empre-
gados públicos; c) temporários.
• Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
• O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição para a 
participação em concurso público apenas é válido quando decorrer das necessidades 
das atribuições do cargo que será exercido.
• O exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, 
tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, 
inclusive, a possibilidade de reexame.
• Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero 
exercício de função pública.
• Com a aprovação dos candidatos e a homologação do respectivo concurso, os aprova-
dos dentro do número inicial de vagas previstas no edital possuem, segundo entendi-
mento do STF, direito subjetivo à nomeação.
• A comprovação do atendimento dos requisitos exigidos no edital deve ser feita no mo-
mento da posse, e não na inscrição ou na data de realização das provas.
• Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.19, ocorrida em 1998, o sistema 
remuneratório da administração pública passou a contar com três formas distintas de 
categorias jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
• O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, 
sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de re-
presentação.
• O vencimento, também chamado de remuneração em sentido estrito, é a parcela re-
cebida pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que 
corresponde ao padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens 
pecuniárias previstas em lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as 
ajudas de custo.
• Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez 
que estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-
-se submetidos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fa-
zendo jus a todas as regras e direitos a eles garantidos.
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• A remuneração em sentido amplo compreende todas as espécies remuneratórias que 
sejam passíveis de pagamento aos agentespúblicos, dela fazendo parte, por exemplo, 
os vencimentos, os salários e os subsídios.
• Em sentido estrito, a remuneração compreende os vencimentos e as gratificações, adi-
cionais e demais verbas passíveis de pagamento aos servidores.
• Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções pú-
blicas, vedação esta que se estende, de acordo com a previsão constitucional, às subsi-
diárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público.
• Em caráter de exceção, a Constituição Federal apresenta as situações em que a acumu-
lação será lícita. Para tal, deverá ser observada, em todos os casos, a compatibilidade 
de horários. São hipóteses de acumulação previstas na Constituição Federal: a) a de 
dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; d) Cargo de juiz com outro de magistério; e) Cargo de membro do Mi-
nistério Público com outro de magistério; f) Cargo eletivo de vereador com o cargo ocu-
pante pelo servidor eleito;
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE-CESPE/SOLD/PM-TO/QPPM/2021) A característica do ato administrativo 
em que o ato tão logo praticado possa ser imediatamente executado e seu objeto imediata-
mente alcançado é a
a) presunção de legitimidade.
b) imperatividade.
c) autoexecutoriedade.
d) discricionariedade.
e) coercibilidade.
002. (CEBRASPE-CESPE/TSB (ANM)/ANM/2021) No que diz respeito aos princípios fun-
damentais, concessão, autorização, permissão e atos da administração pública, julgue o 
item a seguir.
A administração pública pode revogar seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda pelo judi-
ciário, mediante provocação.
003. (CEBRASPE-CESPE/AFRDF/SEFAZ-DF/2020) O item apresenta uma situação hipotética 
seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca de atos administrativos.
Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da 
Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se ou-
tro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido 
constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato 
administrativo, por meio de reforma.
004. (CEBRASPE-CESPE/AUXJ/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2020) O atributo ou característica do ato 
administrativo que assegura que o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, 
até que se prove o contrário, denomina-se
a) finalidade.
b) exequibilidade.
c) autoexecutoriedade.
d) coercibilidade.
e) presunção de legitimidade.
005. (CEBRASPE-CESPE/AUXJ/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2020) A propriedade da administração 
de, por meios próprios, pôr em execução suas decisões decorre do atributo denominado
a) exigibilidade.
b) autoexecutoriedade.
c) vinculação.
d) discricionariedade.
e) medidas preventivas.
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006. (CEBRASPE-CESPE/PJ/MPE-CE/2020) Com o fim de assegurar a adequação na pres-
tação do serviço e o fiel cumprimento das normas previstas em contrato de concessão de 
serviço público, o poder público concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na con-
cessão por meio de resolução que previu a designação de interventor, o prazo da intervenção 
e os objetivos e limites da medida interventiva. Nessa situação hipotética, o ato administrativo 
de intervenção encontra-se eivado de vício quanto
a) à forma.
b) ao objeto.
c) ao motivo.
d) à finalidade.
e) à competência.
007. (CEBRASPE-CESPE/AFRDF/SEFAZ-DF/2020) Em relação à organização do Estado e da 
administração pública, julgue o seguinte item.
O princípio da legalidade se aplica apenas ao Poder Executivo federal.
008. (CEBRASPE-CESPE/ASSJ (TJ-AM)/”SEM ÁREA”/2019) A respeito da organização admi-
nistrativa da administração pública, julgue o item que se segue.
A relação entre a administração pública e seus administrados é caracterizada pela verticalidade.
009. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) No que diz respeito à administração pú-
blica direta, à administração pública indireta e aos agentes públicos, julgue o item que se segue.
A administração pública indireta é composta por órgãos e agentes públicos que, no âmbito fe-
deral, constituem serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da República 
e dos ministérios.
010. (CEBRASPE-CESPE/AJ/TJ-PA/DIREITO/2020) A administração indireta inclui as socie-
dades de economia mista, cujos agentes são
a) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a con-
curso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
b) empregados públicos regidos pela CLT que não se submetem às normas constitucionais 
relativas a concurso público nem à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
c) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a con-
curso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
d) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso 
público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
e) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso 
público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
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011. (CEBRASPE-CESPE/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Acerca 
das reformas administrativas e da redefinição do papel do Estado brasileiro, julgue o item 
subsequente.
A Constituição Federal de 1988 conferiu flexibilidade operacional às fundações e autarquias pú-
blicas ao atribuir-lhes normas de funcionamento distintas das que regem a administração direta.
012. (CEBRASPE-CESPE/DP-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de pode-
res e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este encaminhe 
o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse estritamente sobre 
a criação da entidade.
013. (CEBRASPE-CESPE/ASS MIN (MPC TCE-PA)/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) 
Determinado governador pretende que sejam criadas uma nova autarquia e uma nova empre-
sa pública em seu estado.
Nessa situação, serão necessárias
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empre-
sa pública.
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da 
empresa pública.
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da institui-
ção da autarquia.
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública 
estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feitapor lei.
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para a 
autorização da criação da autarquia.
014. (CEBRASPE-CESPE/JE TJPR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que com-
põem a administração pública são
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse públi-
co, a partir da descentralização de poderes.
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa.
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas.
015. (CEBRASPE-CESPE/NER (TJDFT)/TJDFT/REMOÇÃO/2019) Na hipótese de um ente fe-
derado pretender instituir uma fundação pública de direito público, a criação dessa entidade 
deverá ser formalizada por meio de
a) lei ordinária, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de sua atuação.
b) lei complementar, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua atuação.
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c) autorização em lei ordinária específica, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de 
sua atuação.
d) autorização em lei ordinária específica, cabendo a lei complementar definir as áreas de 
sua atuação.
e) autorização em lei complementar específica, cabendo a lei ordinária definir as áreas de 
sua atuação.
016. (CEBRASPE-CESPE/ASSP/PGE-PE/2019) A respeito da organização administrativa da 
administração pública, julgue o item a seguir.
Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções administra-
tivas entre pessoas jurídicas autônomas.
017. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) O item a seguir apresenta uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes administrativo.
Um tenente da Marinha do Brasil determinou que um grupo de soldados realizasse a limpeza 
de um navio, sob pena de sanção se descumprida a ordem. Nesse caso, o poder a ser exer-
cido pelo tenente, em caso de descumprimento de sua ordem, é disciplinar e deriva do poder 
hierárquico.
018. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) O item a seguir apresenta uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes administrativo.
O corpo de bombeiros de determinada cidade, em busca da garantia de máximo benefício da 
coletividade, interditou uma escola privada, por falta de condições adequadas para a evacua-
ção em caso de incêndio. Nesse caso, a atuação do corpo de bombeiros decorre imediatamen-
te do poder disciplinar, ainda que o proprietário da escola tenha direito ao prédio e a exercer o 
seu trabalho.
019. (CEBRASPE-CESPE/ASS MIN (MPC TCE-PA)/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) A 
permissão para que o poder público interfira na órbita do interesse privado para salvaguardar 
o interesse público, restringindo-se direitos individuais, fundamenta-se no
a) poder hierárquico.
b) poder regulamentar.
c) poder de polícia.
d) poder disciplinar.
e) abuso de poder.
020. (CEBRASPE-CESPE/AFRE/SEFAZ-RS/2019) Assunto: Poder de Polícia
O alvará de licença e o alvará de autorização concedidos pela administração pública consti-
tuem meio de atuação do poder
a) disciplinar.
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b) regulamentar.
c) hierárquico.
d) de polícia.
e) hierárquico e do disciplinar.
021. (CEBRASPE-CESPE/PRF/2019) No tocante aos poderes administrativos e à responsabi-
lidade civil do Estado, julgue o item.
Constitui poder de polícia a atividade da administração pública ou de empresa privada ou con-
cessionária com delegação para disciplinar ou limitar direito, interesse ou liberdade, de modo 
a regular a prática de ato em razão do interesse público relativo à segurança.
022. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) No que diz respeito à administração pú-
blica direta, à administração pública indireta e aos agentes públicos, julgue o item que se segue.
Ministros e secretários estaduais e municipais são agentes políticos cujos vínculos funcionais 
não têm natureza permanente, mas que, com base no seu poder político, traçam e implemen-
tam políticas públicas constitucionais e políticas públicas de governo.
023. (CEBRASPE-CESPE/ASSJ (TJ-AM)/”SEM ÁREA”/2019) No que se refere aos agentes 
públicos, julgue o item subsecutivo.
Emprego público é aquele exercido por vínculo estatutário na administração pública por em-
pregados temporários ou interinos.
024. (CEBRASPE-CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Acerca de provimento e vacân-
cia de cargo, emprego ou função pública, julgue o item seguinte.
A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o provimento de função pública 
ocorre somente mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.
025. (CEBRASPE-CESPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) Ainda à luz da Constituição Fe-
deral de 1988, julgue o item subsecutivo.
Governador de estado será remunerado por subsídio fixado em parcela única, com o devido 
acréscimo do respectivo adicional de gratificação de função.
026. (CEBRASPE-CESPE/ASS ADM (EBSERH)/EBSERH/2018) Em relação ao direito admi-
nistrativo, julgue o item seguinte.
A proibição estabelecida na Constituição Federal de 1988, acerca de acumulação remunerada 
de cargos públicos, não abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo 
poder público.
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Direito Administrativo
AULA ESSENCIAL 80/20
Diogo Surdi
027. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) No que diz respeito à administração pú-
blica direta, à administração pública indireta e aos agentes públicos, julgue o item que se segue.
Cargos, empregos e funções públicas devem ser exercidos por brasileiros que preencham as 
condições estabelecidas em lei, contudo, na forma da lei, há possibilidade de acesso para os 
estrangeiros.
028. (CEBRASPE-CESPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) Com base nas disposições 
constitucionais relativas a cargos, empregos e funções públicas e nas disposições do Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, julgue o item seguinte.
Os cargos em comissão cujas atribuições sejam de direção, chefia e assessoramento são ocu-
pados exclusivamente por servidores efetivos.
029. (CEBRASPE-CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Acerca de provimento e vacân-
cia de cargo, emprego ou função pública, julgue o item seguinte.
A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o provimento de função pública 
ocorre somente mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.
030. (CEBRASPE-CESPE/DP-DF/2019) Considerando as disposições da Constituição Federal 
de 1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito de agentes públicos, 
julgue o item a seguir.
Segundo o STF, o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo 
cargo de certame anterior cujo prazo de validade ainda nãotenha terminado, em regra, não 
gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados no certame anterior 
fora das vagas previstas no edital.
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GABARITO
1. c
2. E
3. C
4. e
5. b
6. a
7. E
8. C
9. E
10. a
11. E
12. E
13. b
14. c
15. d
16. E
17. C
18. E
19. c
20. d
21. E
22. C
23. E
24. E
25. E
26. E
27. C
28. E
29. E
30. C
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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE-CESPE/SOLD/PM-TO/QPPM/2021) A característica do ato administrativo 
em que o ato tão logo praticado possa ser imediatamente executado e seu objeto imediata-
mente alcançado é a
a) presunção de legitimidade.
b) imperatividade.
c) autoexecutoriedade.
d) discricionariedade.
e) coercibilidade.
Por meio do atributo da autoexecutoriedade, os atos administrativos podem ser colocados em 
prática imediatamente após a edição, sem a necessidade de prévia autorização ou manifesta-
ção do Poder Judiciário.
Letra c.
002. (CEBRASPE-CESPE/TSB (ANM)/ANM/2021) No que diz respeito aos princípios fundamen-
tais, concessão, autorização, permissão e atos da administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública pode revogar seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda pelo judi-
ciário, mediante provocação.
O Poder Judiciário não pode revogar os atos editados pela Administração Pública, uma vez que 
a revogação, por implicar em um juízo de conveniência e oportunidade, trata-se de medida que 
apenas pode ser realizada pelo próprio órgão responsável pela edição.
Errado.
003. (CEBRASPE-CESPE/AFRDF/SEFAZ-DF/2020) O item apresenta uma situação hipotética 
seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca de atos administrativos.
Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da 
Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se ou-
tro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido 
constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato 
administrativo, por meio de reforma.
No caso, a banca seguiu os entendimento de José dos Santos Carvalho Filho. De acordo com o 
autor, a convalidação se divide em três diferentes hipóteses, sendo elas a ratificação, a reforma 
e a conversão.
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Na reforma, em linhas gerais, um novo ato suprime a parte inválida de um ato anterior, manten-
do, contudo, a parte válida deste ato.
Assim, na situação narrada pela questão, estamos diante do processo de convalidação, mais 
precisamente por meio de reforma.
Certo.
004. (CEBRASPE-CESPE/AUXJ/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2020) O atributo ou característica do ato 
administrativo que assegura que o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, 
até que se prove o contrário, denomina-se
a) finalidade.
b) exequibilidade.
c) autoexecutoriedade.
d) coercibilidade.
e) presunção de legitimidade.
É por meio do atributo da presunção de legitimidade que os atos administrativos são con-
siderados válidos e em sintonia com o ordenamento jurídico até que se prove o contrário. E 
justamente pela possibilidade dos eventuais vícios serem demonstrados pelos particulares 
afetados é que a presunção em questão não é absoluta, mas sim relativa.
Letra e.
005. (CEBRASPE-CESPE/AUXJ/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2020) A propriedade da administração 
de, por meios próprios, pôr em execução suas decisões decorre do atributo denominado
a) exigibilidade.
b) autoexecutoriedade.
c) vinculação.
d) discricionariedade.
e) medidas preventivas.
A autoexecutoriedade trata-se de atributo por meio do qual a Administração Pública pode co-
locar os seus atos administrativos (dentre os quais as decisões) em execução de forma direta, 
ou seja, sem a necessidade de autorização do Poder Judiciário.
Letra b.
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006. (CEBRASPE-CESPE/PJ/MPE-CE/2020) Com o fim de assegurar a adequação na pres-
tação do serviço e o fiel cumprimento das normas previstas em contrato de concessão de 
serviço público, o poder público concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na con-
cessão por meio de resolução que previu a designação de interventor, o prazo da intervenção 
e os objetivos e limites da medida interventiva. Nessa situação hipotética, o ato administrativo 
de intervenção encontra-se eivado de vício quanto
a) à forma.
b) ao objeto.
c) ao motivo.
d) à finalidade.
e) à competência.
Inicialmente, precisamos saber que a intervenção, no âmbito dos serviços públicos, ocorre por 
meio da edição de um decreto, e não de uma resolução. Consequentemente, o ato em questão 
(edição da resolução pelo Poder Público) apresenta vício de forma.
Letra a.
007. (CEBRASPE-CESPE/AFRDF/SEFAZ-DF/2020) Em relação à organização do Estado e da 
administração pública, julgue o seguinte item.
O princípio da legalidade se aplica apenas ao Poder Executivo federal.
O princípio da legalidade é aplicado para todos os Poderes da República de todos os entes 
federativos, conforme previsão do texto da Constituição Federal.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (…)
Errado.
008. (CEBRASPE-CESPE/ASSJ (TJ-AM)/”SEM ÁREA”/2019) A respeito da organização admi-
nistrativa da administração pública, julgue o item que se segue.
A relação entre a administração pública e seus administrados é caracterizada pela verticalidade.
Como decorrência do princípio da supremacia do interesse público, a Administração Pública 
ocupa uma posição de superioridade em relação aos administrados. E o fundamento para isso 
é que é dever da administração garantir o bem estar da coletividade. Consequentemente, as 
relações mantidas entre a administração e os administrados não é pautada na horizontalidade, 
mas sim na verticalidade.
Certo.
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009. (CEBRASPE-CESPE/TEC. MIN./MPE-CE/2020) No que diz respeito à administração pú-
blica direta,à administração pública indireta e aos agentes públicos, julgue o item que se segue.
A administração pública indireta é composta por órgãos e agentes públicos que, no âmbito fe-
deral, constituem serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da República 
e dos ministérios.
A definição apresentada pela questão refere-se à Administração Direta, e não à Administração 
Indireta. É possível chegar a esta conclusão na medida em que os serviços integrados na estru-
tura administrativa da presidência da República e dos ministérios, na esfera federal, são órgãos 
públicos da Administração Direta.
Errado.
010. (CEBRASPE-CESPE/AJ/TJ-PA/DIREITO/2020) A administração indireta inclui as socie-
dades de economia mista, cujos agentes são
a) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a con-
curso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
b) empregados públicos regidos pela CLT que não se submetem às normas constitucionais 
relativas a concurso público nem à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
c) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a con-
curso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
d) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso 
público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
e) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso 
público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
Nas sociedades de economia mista, assim como ocorre com as empresas públicas, estamos 
diante de pessoas jurídicas de direito privado, sendo que seus agentes são regidos pelas dis-
posições da CLT.
Contudo, como tais entidades devem observar a regra constitucional da realização de con-
curso público como forma de admissão de pessoal, os agentes são denominados emprega-
dos públicos.
Além disso, deve ser destacado que todas as entidades da Administração Indireta devem ob-
servar a regra constitucional da vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e 
funções públicas.
Letra a.
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011. (CEBRASPE-CESPE/ANA GRS (SLU DF)/SLU DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Acerca 
das reformas administrativas e da redefinição do papel do Estado brasileiro, julgue o item 
subsequente.
A Constituição Federal de 1988 conferiu flexibilidade operacional às fundações e autarquias 
públicas ao atribuir-lhes normas de funcionamento distintas das que regem a administra-
ção direta.
As fundações públicas nada mais são do que uma espécie do gênero autarquia. Ambas as 
entidades (autarquias e fundações) possuem normas de funcionamento semelhantes à Admi-
nistração Direta. E prova disso é justamente o fato que de a Administração Direta, juntamente 
com as autarquias e fundações púbicas, formam o conceito de “Fazenda Pública”.
Errado.
012. (CEBRASPE-CESPE/DP-DF/2019) A respeito da organização administrativa e de pode-
res e deveres da administração pública, julgue o item seguinte.
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este encaminhe 
o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse estritamente sobre 
a criação da entidade.
Importante questão para sedimentarmos o entendimento de que a lei específica que institui 
as autarquias deve ser de iniciativa do Chefe do Poder Executivo do respectivo ente federativo. 
No âmbito federal, por exemplo, caberá ao Presidente da República dar início ao respectivo 
projeto de lei.
Errado.
013. (CEBRASPE-CESPE/ASS MIN (MPC TCE-PA)/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) 
Determinado governador pretende que sejam criadas uma nova autarquia e uma nova empre-
sa pública em seu estado.
Nessa situação, serão necessárias
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empre-
sa pública.
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da 
empresa pública.
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da institui-
ção da autarquia.
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública 
estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feita por lei.
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para a 
autorização da criação da autarquia.
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A questão deve ser respondida com base no art. 37, XIX, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Na situação apresentada, como estamos diante da criação de duas entidades, duas são as 
normas que devem ser editadas: uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a 
autorização da instituição da empresa pública.
Letra b.
014. (CEBRASPE-CESPE/JE TJPR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que com-
põem a administração pública são
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse públi-
co, a partir da descentralização de poderes.
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa.
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas.
a) Errada. As pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista) não estão, necessariamente, investidas de poderes de autoridade destinados à 
satisfação do interesse público. E isso ocorre na medida em que, quando exploradoras de ati-
vidade econômica, devem elas disputar o mercado em regime de concorrência com as demais 
empresas privadas.
b) Errada. As empresas estatais integram apenas a Administração Indireta, e não a Adminis-
tração Direta.
c) Certa. As pessoas jurídicas de direito público são criadas, por meio de atos de direito priva-
do. No entanto, de acordo com as disposições da Constituição Federal, a criação depende de 
lei específica autorizativa.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
d) Errada. As entidades da Administração Indireta não são resultantes do processo de descon-
centração, mas sim de descentralização.
Letra c.
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015. (CEBRASPE-CESPE/NER (TJDFT)/TJDFT/REMOÇÃO/2019) Na hipótese de um ente fe-
derado pretender instituir uma fundação pública

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