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2019 
LITERATURA 
PRÉ ENEM 
 
 
 
 
1 
Literatura 
 
Arte e literatura 
 
Resumo 
 
Durante toda a história do mundo, a arte sempre esteve presente para ser uma resposta do indivíduo sobre as 
questões sociais. Inciando na pintura rupestre e chegando à atualidade, é possível perceber a necessidade 
dessa expressão para os seres humanos. 
 
Assim, sendo a literatura a arte expressa por meio de palavras, também há sua relação de desenvolver no autor 
aquilo que ele enxerga sobre questões cotidianas, assim como também outras visões que questionam a 
existência humana. Como já vimos ao longo do curso, é presente a relação entre ambas as formas artísticas 
ao longo das escolas literárias, iniciando no quinhentismo, com a chegada dos portugueses no cenário brasileiro, 
até a atualidade com as tendências contemporâneas. 
 
Desse modo, faz-se importante entrelaçar ambas as formas de expressão para a prova do ENEM, isso porque 
algumas questões contém a interdisciplinariedade, necessitando da atenção do candidato em conseguir 
relacionar ambas as informações. Vamos às questões? 
 
 
PORTINARI, Cândido. O Mestiço, 1934. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Literatura 
 
Exercícios 
 
1. O poema abaixo é de autoria do poeta Augusto de Campos, integrante do movimento concretista. 
 
(Augusto de Campos, Viva Vaia. Poesia: 1949-1979. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000, p. 116-117.) 
 
Nesse poema, nota-se uma técnica de composição moderna, vista no cenário pós-moderno Brasileiro, 
que consiste 
a) na disposição arbitrária de anagramas, de modo a não produzir nenhuma relação de sentido com o 
título do poema. 
b) na despreocupação com a repetição exaustiva dos anagramas, não tendo relação com o sentido do 
título. 
c) na falta de criatividade do poema, caracterizado pelo processo pós-moderno brasileiro. 
d) na disposição exaustiva de anagramas, produzindo uma relação direta com o cotidiano e os acasos, 
disponibilizado no título do poema. 
e) na concepção de arte concreta, promovida, inicialmente, para a visualização, em detrimento da 
reflexão expressiva nos poemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Literatura 
 
2. Leia o treco de Bem está o que Bem termina, de William Shakespeare: 
Cena 1 (No Palácio dos Roussilon, Lafeu e Bertran) 
Lafeu – Meu caro Bertran, agora conde de Roussilon, parabéns! 
Bertran – Obrigado pelos parabéns, mas ainda sinto a morte de meu pai, o Conde. 
Lafeu – Nem me fale, sua mãe anda triste pela casa desde a morte do marido. 
Bertran – E onde está Helena que não a conforta? 
Lafeu – Não sejas mau! Helena está sempre perto de sua mãe. Mas Helena sente a falta de seu pai, o 
curandeiro Gerar, e também anda triste. Este castelo está que é uma choradeira só. 
Bertran – Pois é! Mas o que trazes em sua mão? É uma carta? 
Lafeu – Ah, estava me esquecendo! É para o Condessa de Roussilon. 
Bertran – E o que está esperando que não a chamas? Deixe a carta comigo. 
Lafeu – Já voltarei, senhor. 
(Sai e volta com a Condessa chorando e Helena que olha apaixonadamente para Bertran). 
 
No trecho da obra de William Shakespeare, quais marcas podem ser apresentadas como, definitivamente, 
uma peça teatral? 
a) O tom formal do diálogo entre os personagens. 
b) As falas retóricas de Lafeu, uma vez que implica a presença de uma interação com o público. 
c) O uso de rubricas para construir a ação da dramaturgia, como os termos em parênteses, 
d) A grande quantidade de interações no texto, parte de uma narrativa dedicada ao teatro. 
e) A falta de presença do narrador dentro do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Literatura 
 
3. Analise a imagem abaixo: 
 
 
 
A fotografia faz referência a uma arte de rua do artista Banksy. Conhecido por seu alto nivelamento crítico 
em suas pinturas, relacione a arte com a sociedade contemporânea, assinalando a alternativa correta: 
a) A pintura demonstra a necessidade de se prestar atenção nas crianças, uma vez que estando no 
ambiente externo, podem se perder, facilmente. 
b) muito embora a arte de rua tenha seu cunho crítico, a obra serve para colorir e modificar as grandes 
metrópoles. 
c) A obra apresenta a contextualização da contemporaneidade, uma vez que o menino segura o celular 
e chora, apresentando a insubordinação perante às ordens e ensinamentos familiares. 
d) A barra acima da criança demonstra a desaprovação social perante às artes de rua, uma vez que 
muitos a interpretam como vandalismo. 
e) A obra é uma representação do século XXI, evidenciando a necessidade de estar atrelado a um 
celular e às redes sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Literatura 
 
4. Nos anos de 1920, a necessidade de modernizar o Brasil refletiu-se na proposta de renovação estética 
defendida por artistas modernistas como Raul Bopp. No poema, o posicionamento favorável às 
transformações da sociedade brasileira aparece diretamente relacionado à experimentação na poesia. 
Para exemplificar esta relação, leia o poema do autor abaixo: 
Coco de Pagu 
Pagu tem os olhos moles 
uns olhos de fazer doer. 
Bate-côco quando passa. 
Coração pega a bater. 
 
Eh Pagu eh! 
Dói porque é bom de fazer doer. 
 
Passa e me puxa com os olhos 
provocantissimamente. 
Mexe-mexe bamboleia 
pra mexer com toda a gente. 
 
Eli Pagu eh! 
Dói porque é bom de fazer doer. 
 
Toda a gente fica olhando 
o seu corpinho de vai-e-vem 
umbilical e molengo 
de não-sei-o-que-é-que-tem. 
 
Eh Pagu eh! 
Dói porque é bom de fazer doer. 
 
Quero porque te quero 
Nas formas do bem-querer. 
Querzinho de ficar junto 
que é bom de fazer doer. 
 
Eh Pagu eh! 
Dói porque é bom de fazer doer. 
 
A relação direta entre modernização e procedimento estético no poema deve-se à correspondência entre 
a) A fragmentação da linguagem, entendida pela falta de versificação e estética do poema. 
b) A fala informal e a valorização da variação linguística. 
c) a oposição à realidade rural do pais e a simplificação da sintaxe. 
d) a adesão à urbanização e a subjetividade da linguagem, retomada pelo cenário efêmero. 
e) O enaltecimento da difusão das estradas e a liberdade dos versos, presente no Modernismo 
brasileiro. 
 
 
 
 
6 
Literatura 
 
5. Como pode ser visto, as obras literárias sofrem modificações ao longo dos anos, por conta de seu 
contexto histórico e social. Não obstante dessa relação, a arte também é um mecanismo de expressão, 
uma vez que ela representa parte da realidade. Analise a obra modificada abaixo, intitulada Descanso - 
Ernest Ange Duez, e assinale a alternativa correta: 
 
 
 
a) A escrita desvaloriza a obra de arte, de modo a representar a despreocupação cotidiana com as 
intervenções passadas. 
b) A intertextualidade promove uma releitura da obra, pautada por uma visão humorística, 
característica dos “memes”, gênero literário atual. 
c) A obra de arte é apenas uma imagem de fundo para a efetivação do texto, uma vez que só ele tem 
a capacidade de gerar humor. 
d) Não somente a imagem, como também o texto, fazem parte de uma mesma interpretação. Assim, 
a parte escrita é, somente, uma forma de ler a obra. 
e) A obra, por ser atual, não dissocia-se do entendimento do texto, apesar dele ter sido apresentado 
posteriormente, ambos possuem a mesma intenção, uma vez que foram criados na mesma época. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Literatura 
 
6. Analise a obra Súplica Cearense, de O Rappa: 
(O meu Ceará gozará nova sorte) 
Oh! Deus 
Perdoe esse pobre coitado 
Que de joelhos rezou um bocado 
Pedindo pra chuva cair 
Cair sem parar 
Oh! Deus 
Será que o senhor se zangou 
E é só por isso que o sol se arretirou 
Fazendo cair toda chuva que há 
Oh! Senhor 
Pedi pro sol se esconder um pouquinho 
Pedi pra chover 
Mas chover de mansinho 
Pra ver se nascia uma planta 
Uma planta no chão 
Oh! Meu Deus 
Se eu não rezei direitoA culpa é do sujeito 
Desse pobre que nem sabe fazer a oração 
Meu Deus 
Perdoe encher meus olhos d'água 
E ter-lhe pedido cheio de mágoa 
Pro sol inclemente 
Se arretirar, retirar 
Desculpe, pedir a toda hora 
Pra chegar o inverno e agora 
O inferno queima o meu humilde Ceará 
Oh! Senhor 
Pedi pro sol se esconder um pouquinho 
Pedi pra chover 
Mas chover de mansinho 
Pra ver se nascia uma planta no chão 
Planta no chão 
Ganância demais 
Chuva não tem mais 
Roubo demais 
Política demais 
Tristeza demais 
O interesse tem demais
! 
 
 
Como pôde ser apresentado, ao longo dos anos a arte acompanhou as diversas realidades presentes 
dentro de seu contexto, corroborando para atrelar, ou não, a fidelidade sobre os fatos. Analisando a 
música acima, com base nos seus conhecimentos artísticos, assinale a alternativa correta: 
a) A música representa uma interpretação da seca do ambiente, em relação às securas e amarguras 
do íntimo eu-lírico. 
b) A presença de rimas faz uma referência, não somente à musicalidade, mas também retoma o 
estruturalismo literário. 
c) A música é uma apresentação fiel da realidade vista no sertão nordestino, com enfoque no Ceará, 
uma vez que o autor apenas utilizou desabafos da população para criar a música. 
d) O texto musicalizado representa a secura da realidade nordestina, com o enfoque poético, de modo 
a interagir com o interlocutor através de rimas, não somente promovendo a canção, mas também 
certa reflexão social. 
e) A música é uma obra ficcional, representada por O Rappa, e através de seu poder poético, constrói-
se uma narrativa sobre a seca e suas dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Literatura 
 
7. 
 
 PORTINATI, Candido. Os Retirantes, 1944. 
Com base em seus conhecimentos sobre o Modernismo, relacione a obra de Cândido Portinari com as 
características principais da época: 
a) A obra demonstra a preocupação do artista em relatar a miséria vista no cenário de seca brasileiro. 
b) Os Retirantes possui retomadas de traços da pintura clássica, em que não há profundidade, as 
pessoas estão em primeiro plano, relacionado ao sistema de clareza e escuridão da obra. 
c) As preocupações sociais, muito embora tenham ganhado espaço na primeira geração moderna, são 
deixadas à margem do sentimentalismo artístico, de modo que Portinari focou utilizar uma 
interpretação ficcional de seu intimismo. 
d) A obra privilegia o abstracionismo, de modo a afirmar a preocupação da figura, em detrimento ao 
contexto inserido. 
e) Com o enfoque de rejeitar toda e qualquer influência estrangeira da época, é valorizada a arte pela 
arte, sem apreciar quaisquer traços realistas presentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Literatura 
 
8. TEXTO I 
Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, numa definição 
genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou 
material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto 
com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi 
profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. 
Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a 
incorporação definitiva da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da representação figurativa. 
COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000. 
 
TEXTO II 
 
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 18 abr. 2018 (adaptado) 
 
No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I 
manifesta-se na 
a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas. 
b) imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista. 
c) composição experimental, fragmentada e de contornos difusos. 
d) abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica. 
e) imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Literatura 
 
9. 
 
ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografia p/b. 132 cm x 88 cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. 
 
TEXTO II 
A body art põe o corpo tão em evidência e o submete a experimentações tão variadas, que sua influência 
estende-se aos dias de hoje. Se na arte atual as possibilidades de investigação do corpo parecem 
ilimitadas – pode-se escolher entre representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o corpo – isso ocorre 
graças ao legado dos artistas pioneiros. 
SILVA, P R. Corpo na arte, body art, body modification: fronteiras. II Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp, 2006 
(adaptado). 
 
textos, a concepção de body art está relacionada à intenção de 
a) estabelecer limites entre o corpo e a composição. 
b) fazer do corpo um suporte privilegiado de expressão. 
c) discutir políticas e ideologias sobre o corpo como arte. 
d) compreender a autonomia do corpo no contexto da obra. 
e) destacar o corpo do artista em contato com o expectador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Literatura 
 
10. O grupo O Teatro Mágico apresenta composições autorais que têm referências estéticas do rock, do pop 
e da música folclórica brasileira. A originalidade dos seus shows tem relação com a ópera europeia do 
século XIX a partir da 
 
Fotografia: LUCAS HALLEL. Disponível em: www.fiickr.com. Acesso em: 16 abr. 2018 (adaptado) 
a) disposição cênica dos artistas no espaço teatral. 
b) integração de diversas linguagens artísticas. 
c) sobreposição entre música e texto literário. 
d) manutenção de um diálogo com o público. 
e) adoção de um enredo como fio condutor. 
 
 
 
 
12 
Literatura 
 
Gabarito 
 
1. D 
O conceito pós-moderno promoveu o concretismo, técnica artística que promovia a análise visual das 
relações do cotidiano, como apresenta o título e as adversidades dos anagramas. 
 
2. C 
As rubricas apresentadas no excerto, como “(Sai e volta com a Condessa chorando e Helena que olha 
apaixonadamente para Bertran)” , demonstram as ações esperadas dos atores para conclusão da cena, 
esperados pelo autor da peça. 
 
3. E 
A pintura de Bansky reflete a necessidade da sociedade estar sempre “conectada” no ambiente virtual e nas 
redes sociais, necessitando de curtidas e comentários em cada postagem e interação on-line. Assim, a 
crítica é feita para as pessoas refletirem sobre sua conduta na web. 
 
4. B 
O modernismo se caracterizou, dentre outras coisas, pela defesa de uma literatura baseada no português 
brasileiro e coloquial, visível no texto por exemplo na palavra "querzinho” 
 
5. B 
Os “memes” são gêneros textuais criados para o efeito de humor. Ao trazer a intertextualidade da obra, 
atrelada a uma escrita, há a intenção de recriar o sentido da imagem, vinculando ao cenário atual. 
 
6. D 
A música representa a secura e as dificuldades enfrentadas pelo povo nordestino, cantada pela banda O 
Rappa, de modo a interagir com o interlocutor para uma análise social do país. 
 
7. A 
Inserido no contexto modernista, Cândido Portinari não desvinculou os acontecimentos externos à sua 
realidade e propôs uma obra que denunciasse as desigualdades e dificuldades oriundas da seca pelos 
retirantes. 
 
8. C 
O distanciamento da representação figurativa, devido à influência vanguardista, manifesta-se na elaboração 
de uma obra experimental, na qual se percebe a perda de nitidez da imagem. 
 
9. B 
A partir da análise dos dois textos, é possível identificar que a concepção de body art diz respeito à utilização 
do corpo como suporte para a expressão do sujeito. 
 
10. B 
A partir da análise da imagem e do texto, é possível perceber que a originalidade do grupo O Teatro Mágico 
é devido à integração das diferentes linguagens artísticas: música, letra, som e corpo.1 
Literatura 
 
Escolas literárias do Brasil 
 
Resumo 
 
Estudar as escolas literárias do Brasil é muito importante para compreender melhor o panorama histórico no 
cenário nacional. Sendo a arte reflexo das ações humanas da realidade, o início documentado do contexto 
brasileiro ocorre com a chegada dos portugueses, assim como também seus primeiros contatos com os 
indígenas nativos. Desse modo, vejamos abaixo como todo o processo histórico refletiu na produção artística, 
tornando o nosso país rico em expressão e singularidade na escrita. 
 
Em Portugal: 
Trovadorismo (1189) 
Submissão à Igreja e ao senhor feudal; sua principal expressão se deu por meio de cantigas (Amor, Amigo, 
Escárnio e Maldizer). 
 
Humanismo (1418) 
Questionamento dos dogmas religiosos; A poesia palaciana era a principal expressão da época, ministradas 
pelo autor Gil Vicente. 
 
Classicismo (1527) 
Antropocentrismo em primeiro plano; Instauradas em um cenário de Renascimento, em Portugal foram 
desenvolvidas por meio de Luís Vaz de Camões, e sua principal obra “Os Lusíadas”. 
 
No Brasil: 
Quinhentismo (1500) 
Ainda que muitos não o reconheçam como escola literária, foi o primeiro contato dos portugueses com nativos 
em terras nacionais, fato que culminou para a criação de textos descritivos, informativos sobre a terra (Como a 
Carta de Pero Vaz de Caminha), assim como a literatura jesuítica, com o intuito de catequizar os indígenas. 
 
Barroco (1601) 
Antropocentrismo x Teocentrismo; conflito existencial; uso excessivo de antíteses. Dentre os principais autores 
estão Padre Antônio Vieira (Sermões) e Gregório de Matos (“Boca do Inferno”). 
 
Arcadismo (1768) 
Bucolismo; valorização da vida campestre; simplicidade. Com lemas que transpassam a ideia de uma vida fora 
da urbanização, tiveram seus principais autores no Brasil, como Cláudio Manoel da Costa e Basílio da Gama. 
 
Romantismo (1836) 
Subjetividade; individualidade; idealização da mulher e das relações humanas; descrições minuciosas, com 
excesso de comparações e metáforas. Dividido em prosa (quatro separações: regionalista, urbana, histórica e 
indianista) e poesia (três separações: indianista, ultrarromântica e condoreira), teve como principais autores 
José de Alencar (Prosa), Álvares de Azevedo (Poesia) e Castro Alves (Poesia). 
 
 
 
 
 
 
2 
Literatura 
 
 
Realismo (1881) 
Mulher não idealizada, com defeitos e qualidades; expoente. Seu foco principal era analisar a burguesia, assim 
como suas relações hipócritas perante preceitos conservadores; o principal representante da escola literária no 
Brasil foi Machado de Assis. 
 
Naturalismo (1881) 
Despreocupação com a moral; caráter investigativo e cuidadosa análise de comportamentos sociais de 
camadas mais populares do cenário nacional, de modo a focar em conteúdos deterministas. O principal autor 
da época naturalista foi Aluísio de Azevedo. 
 
Parnasianismo (1882) 
Vocabulário rebuscado; rigor formal; uma busca fiel aos preceitos clássicos de Portugal, que tentavam se 
estabelecer por meio de poesia valorizada na estética. Sendo a arte o objeto de escrita, Olavo Bilac e Raimundo 
Correa, assim como diversos outros autores contemplaram a escola literária. 
 
Simbolismo (1893) 
Também buscando o intuito formal, visto em comum com a escola parnasiana, o principal teor da escola era o 
subjetivismo; estética baseada na musicalidade, assim como em questões oníricas e ligadas ao mundo 
espiritual. Representam a escola literária Alphonsus Guimaraens e Cruz e Sousa. 
 
Pré-Modernismo (1910) 
Momento de transição entre escolas do século XIX e o início de modernidade, o pré-modernismo uniu autores 
de diversas caracterizações para fazer parte de um período diverso e singular. Faz parte dessa relação Monteiro 
Lobato, Euclides da Cunha e Graça Aranha. 
 
 
Modernismo (1ª, 2ª e 2ª gerações e pós-modernismo) 
Buscando criar uma identidade, de fato, brasileira, o nacionalismo foi a principal característica da escola literária; 
liberdade de criação poética, abordagem de temas do cotidiano. Contendo três fases, a primeira representada 
por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; a geração de 30 composta por Vinícius de Moraes (poesia), Carlos 
Drummond de Andrade (poesia), Graciliano Ramos (prosa) e Jorge Amado (prosa); enquanto a terceira fase 
composta por Clarice Lispector (prosa), João Cabral de Melo Neto (poesia) e João Guimarães Rosa (prosa). 
 
 
 
 
 
 
3 
Literatura 
 
Exercícios 
 
1. Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: 
Dos vícios já desligados 
nos pajés não crendo mais, 
nem suas danças rituais, 
nem seus mágicos cuidados. 
(ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110) 
 
José de Anchieta, um dos principais autores da literatura quinhentista do Brasil, colaborou para a 
construção inicial Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos 
meninos índios em procissão: 
a) O texto representa meninos índios e o processo de aculturação dos portugueses sobre os 
nativos, empenhado pela Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus. 
b) A presença dos meninos índios representa uma demonstração fiel à realidade daquilo que se 
convencionou chamar de literatura de informação. 
c) Os índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as 
magias praticadas pelos pajés, cabendo aos jesuítas apenas a introdução de uma língua comum. 
d) Os meninos índios são figuras alegóricas, cuja construção como personagens atende a todos os 
requintes da dramaturgia renascentista. 
e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de 
modo a pedirem libertação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Literatura 
 
2. Nasce o sol e não dura mais que um dia. 
Depois da luz, se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas a alegria. 
 
Porém, se acaba o sol, porque nascia? 
Se é tão formosa a luz, porque não dura? 
Como a beleza assim se trasfigura? 
Como o gosto da pena assim se fia? 
Mas no sol e na luz falta a firmeza; 
Na formosura, não se dê constância 
E, na alegria, sinta-se tristeza. 
 
Começa o mundo, enfim pela ignorância, 
E tem qualquer dos bens por natureza: 
A firmeza somente na inconstância. 
 
Na poesia citada acima, Gregório de Matos empregou uma interação muito propícia do período barroco, 
contexto de muita dualidade entre a religião e a racionalidade. Dentre essas caracterizações, há a 
presença de uma figura de linguagem que representa, tanto a escola literária, quanto à forma poética do 
autor, esta é: 
a) metáfora 
b) aliteração 
c) eufemismo 
d) antítese 
e) sinédoque 
 
 
3. TEXTO I 
Eu quero uma casa no campo 
do tamanho ideal 
pau-a-pique e sapê 
Onde eu possa plantar meus amigos 
meus discos 
meus livros 
e nada mais 
Zé Rodrix e Tavito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Literatura 
 
TEXTO II 
Se o bem desta choupana pode tanto, 
Que chega a ter mais preço, e mais valia, 
Que da cidade o lisonjeiro encanto; 
Aqui descanse a louca fantasia; 
E o que té agora se tornava em pranto, 
Se converta em afetos de alegria. 
Cláudio Manuel da Costa 
 
Sendo o Texto I escrito no Século XX e o Texto II, no século XVIII, ambos se aproximam, pois o ideal que 
defendem é 
a) o uso da emoção em detrimento da razão, visando um pensamento mais desenvolvido sobre as 
questões sociais. 
b) o desejo de garantir riquezas no ambiente campestre, visando o sistema capitalista promovido no 
final do Século XVIII. 
c) a dedicação à produção poética junto à natureza, fonte de inspiração dos poetas. 
d) o aproveitamento do dia presente, pois o tempo passa rapidamente e o que realmente importa é a 
simplicidade das situações. 
e) o sonho deuma vida mais simples e natural, distante dos centros urbanos, mas não uma realidade 
vista no eu-lírico. 
 
 
4. Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado 
o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela 
floresta implacável que lhe crescia junto da casa (...). À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o 
seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa, 
junto à mesa da sala de jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa 
exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente 
e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito. 
(Aluísio de Azevedo, O cortiço. 14. ed. São Paulo: Ática, 1983, p. 22.) 
 
Sendo o excerto parte da obra “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, pode-se dizer que, inserido no contexto 
naturalista, o romance se tornou uma das maiores representações da escolas literárias pelo fato de: 
a) o grosseiro rumor, a sexualidade desregrada e a exalação forte que constituem a característica de 
uma literatura determinista, focada nas classes sociais mais baixas. 
b) Os termos “animais” e “bestas no coito”, que fazem referência aos moradores do cortiço, funcionam 
como metáforas, figura de linguagem presente na escola literária. 
c) A sinestesia, presente no trecho “bafo, quente e sensual”, se torna uma das maiores representações 
da escola literária, uma vez em que a descrição é características de prosas. 
d) a presença portuguesa, exemplificada nas personagens João Romão e Miranda, que retoma a busca 
pela identidade cultural do país, focada na população colonizadora. 
e) A visualização de uma prosa poética, que, mesmo narrando uma história, apresenta figuras de 
linguagem, relacionando ao subjetivismo da poesia. 
 
 
 
 
6 
Literatura 
 
5. Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco, 
Já solta o bogari mais doce aroma! 
Como prece de amor, como estas preces, 
No silêncio da noite o bosque exala. 
Obs.: tamarindo = árvore frutífera; o fruto dessa mesma planta bogari = arbusto de flores brancas 
Gonçalves Dias 
 
A obra lírica de Gonçalves dias reflete um cenário descritivo e belo, extremamente característico do 
período romântico. Uma outra construção vista no poema é: 
a) A concepção erótica do texto, em relação ao ambiente natural, sendo Gonçalves Dias reconhecido 
pelo seu caráter sensual em poemas. 
b) A descrição feita pela natureza, uma vez que a forma de representar a perfeição, para os autores do 
Romantismo, é vista no ambiente natural. 
c) A retomada de características da antiguidade clássica na construção poética, como a referência a 
um ser divino, presente nas preces. 
d) O quadro cenográfico criado, apenas, para o idílio amoroso. 
e) recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais. 
 
 
6. Leia o trecho Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. 
"A costa brasileira depois de um pulo de farol sumiu como um peixe. O mar era um oleado azul. O sol 
afogado queimava arranha-céus de nuvens. Dois pontos sujaram o horizonte faiscando longinquos bons 
dias sem tio. Os olhos hipócritas dos viajantes andavam longe dos livros - agora polichinelos sentados 
nas cadeiras vazias." 
A aproximação do texto literário à prosa cinematográfica, permite afirmar que o fragmento acima, de 
autoria de Oswald de Andrade, é demonstrado através de 
a) Uma visão modernista, que produz a simultaneidade de imagens do cotidiano. 
b) Retomada romântica, uma vez que a demonstração de acontecimentos é apresentada por uma alta 
descrição. 
c) Presença realista, pelo fato de haver ironia na descrição das situações cotidianas. 
d) Uma influência pós-moderna, atrelada à idealização de paisagens, vista por metáforas. 
e) Apresentação simbolista, por demonstrar uma proximidade com um horizonte metafórico, 
descrevendo uma paisagem divina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Literatura 
 
7. No conto “Amor”, de Clarice Lispector, após ver um cego mascando chicletes, a personagem passa por 
uma situação que, segundo o narrador, ela própria chama de “crise”, releia o trecho abaixo: 
A rede de tricô era áspera entre os dedos, não íntima como quando a tricotara. A rede perdera o sentido 
e estar num bonde era um fio partido; não sabia o que fazer com as compras no colo. E como uma 
estranha música, o mundo recomeçava ao redor. O mal estava feito. Por quê? Teria esquecido de que 
havia cegos? A piedade a sufocava, Ana respirava pesadamente. Mesmo as coisas que existiam antes 
do acontecimento estavam agora de sobreaviso, tinham um ar mais hostil, perecível… O mundo se 
tornara de novo um mal-estar. Vários anos ruíam, as gemas amarelas escorriam. Expulsa de seus 
próprios dias, parecia-lhe que as pessoas da rua eram periclitantes, que se mantinham por um mínimo 
equilíbrio à tona da escuridão — e por um momento a falta de sentido deixava-as tão livres que elas não 
sabiam para onde ir. Perceber uma ausência de lei foi tão súbito que Ana se agarrou ao banco da frente, 
como se pudesse cair do bonde, como se as coisas pudessem ser revertidas com a mesma calma com 
que não o eram. 
(Clarice Lispector, Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 2009, p.23.) 
 
Essa crise, que transforma a relação da personagem com o mundo e com a família, é interpretada, não 
só através do texto, mas também pela sua escola literária, como: 
a) o nascimento do colapso da vontade de viver da personagem, em razão do doloroso prazer com que 
passou a ver as coisas, característica da conturbação vista pelo Modernismo. 
b) revela o conflito vivido pela personagem entre o tipo de vida que havia escolhido e as coisas que 
passou a desejar, também idealizada na prosa intimista da autora pós-moderna. 
c) constitui, para a personagem, uma alteração no modo de vida que antes a fazia sofrer e do qual agora 
havia se libertado, de modo a representar a terceira fase romântica, popularmente chamada de 
“condoreira”. 
d) remete à excitação da personagem por ter conseguido harmonizar sua antiga vida com os novos 
desejos e sensações. 
e) reflete uma irônica visão do mundo, assim como dos preceitos românticos pautados pela escola 
literária do Romantismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Literatura 
 
8. 
 
ROSA, R. Grande sertão: veredas: adaptação da obra de João Guimarães Rosa. São Paulo: Globo, 2014 (adaptado). 
 
A imagem integra uma adaptação em quadrinhos da obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. 
Na representação gráfica, a inter-relação de diferentes linguagens caracteriza-se por 
a) romper com a linearidade das ações da narrativa literária. 
b) ilustrar de modo fidedigno passagens representativas da história. 
c) articular a tensão do romance à desproporcionalidade das formas. 
d) potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais. 
e) desconstruir a diagramação do texto literário pelo desequilíbrio da composição. 
 
 
 
 
 
 
9 
Literatura 
 
9. Vó Clarissa deixou cair os talheres no prato, fazendo a porcelana estalar. Joaquim, meu primo, continuava 
com o queixo suspenso, batendo com o garfo nos lábios, esperando a resposta. Beatriz ecoou a palavra 
como pergunta, “o que é lésbica?”. Eu fiquei muda. Joaquim sabia sobre mim e me entregaria para a vó 
e, mais tarde, para toda a família. Senti um calor letal subir pelo meu pescoço e me doer atrás das orelhas. 
Previ a cena: vó, a senhora é lésbica? Porque a Joana é. A vergonha estava na minha cara e me 
denunciava antes mesmo da delação. Apertei os olhos e contraí o peito, esperando o tiro. […] 
[…] Pensei na naturalidade com que Taís e eu levávamos a nossa história. Pensei na minha insegurança 
de contar isso à minha família, pensei em todos os colegas e professores que já sabiam, fecheios olhos 
e vi a boca da minha vó e a boca da tia Carolina se tocando, apesar de todos os impedimentos. Eu quis 
saber mais, eu quis saber tudo, mas não consegui perguntar. 
POLESSO, N. B. Vó, a senhora é lésbica? Amora. Porto Alegre: Não Editora, 2015 (fragmento) 
 
A situação narrada revela uma tensão fundamentada na perspectiva do 
a) conflito com os interesses de poder. 
b) silêncio em nome do equilíbrio familiar. 
c) medo instaurado pelas ameaças de punição. 
d) choque imposto pela distância entre as gerações. 
e) apego aos protocolos de conduta segundo os gêneros. 
 
 
10. Aconteceu mais de uma vez: ele me abandonou. Como todos os outros. O quinto. A gente já estava junto 
há mais de um ano. Parecia que dessa vez seria para sempre. Mas não: ele desapareceu de repente, sem 
deixar rastro. Quando me dei conta, fiquei horas ligando sem parar – mas só chamava, chamava, e 
ninguém atendia. E então fiz o que precisava ser feito: bloqueei a linha. 
A verdade é que nenhum telefone celular me suporta. Já tentei de todas as marcas e operadoras, apenas 
para descobrir que eles são todos iguais: na primeira oportunidade, dão no pé. Esse último aproveitou 
que eu estava distraído e não desceu do táxi junto comigo. Ou será que ele já tinha pulado do meu bolso 
no momento em que eu embarcava no táxi? Tomara que sim. Depois 
de fazer o que me fez, quero mais é que ele tenha ido parar na sarjeta. […] Se ainda fossem embora do 
jeito que chegaram, tudo bem. […] Mas já sei o que vou fazer. No caminho da loja de celulares, vou passar 
numa papelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas agendinhas de papel jamais me abandonou. 
FREIRE, R. Começar de novo. O Estado de S. Paulo, 24 nov. 2006 
 
Nesse fragmento, a fim de atrair a atenção do leitor e de estabelecer um fio condutor de sentido, o autor 
utiliza-se de 
a) primeira pessoa do singular para imprimir subjetividade ao relato de mais uma desilusão amorosa. 
b) ironia para tratar da relação com os celulares na era de produtos altamente descartáveis. 
c) frases feitas na apresentação de situações amorosas estereotipadas para construir a ambientação 
do texto. 
d) quebra de expectativa como estratégia argumentativa para ocultar informações. 
e) verbos no tempo pretérito para enfatizar uma aproximação com os fatos abordados ao longo do 
texto. 
 
 
 
 
 
 
10 
Literatura 
 
Gabarito 
 
1. A 
O Quinhentismo, primeira escola literária do Brasil, tinha como característica a literatura para catequizar, 
ou seja, para apresentar e aculturar os costumes e preceitos eurocêntricos nos nativos brasileiros. 
 
2. D 
A literatura barroca, fortemente representada por Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira, construiu a 
oposição de ideias entre a religião e a razão. Assim, a antítese torna-se a mais importante figura de 
linguagem da época. 
 
3. E 
O arcadismo, assim como a música do século XXI, descrita na questão por Cláudio Manoel da Costa, tinha 
como principal característica o ambiente bucólico e a simplicidade das situações, focalizando em uma 
relação campestre e tranquila, assim como a vida. 
 
4. A 
O romance naturalista, de modo geral, configura-se no entendimento das relações da narrativa de modo 
determinista, visando certa simbologia nos prazeres, questionamentos e desenvolvimentos sociais 
pautados no instinto, de modo zoomorfizado. 
 
5. B 
A descrição atravessada pelo texto de Gonçalves Dias é refletida por ambientes da flora, uma vez que a 
natureza é entendida, ainda, como o símbolo da maior perfeição. 
 
6. A 
Oswald de Andrade, juntamente com Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, fizeram parte 
da primeira geração Moderna, cuja característica principal se dá pela ruptura dos preceitos artísticos vistos 
anteriormente. 
 
7. B 
Não somente o conto “Amor”, como também a maior parte de sua vida artística, Clarice buscou revelar o 
conflito intimista presente no cenário pós-moderno. 
 
8. D 
A imagem ilustra de maneira expressiva a fala, potencializando o caráter dramático do episódio. Isso fica 
claro pelos tamanhos diferentes das figuras em função da narrativa. 
 
9. B 
A tensão da narrativa é fundamentada devido ao receio da personagem na descoberta de sua orientação 
sexual. Assim, em prol da estabilidade no ambiente familiar, ela opta por permanecer em silêncio. 
 
10. B 
O texto parece dizer de desilusões amorosas, mas ao final percebe-se que está falando sobre a relação do 
narrador com os celulares que teve. 
Literatura 
 
Vanguardas Europeias – Feijão com Arroz 
 
Resumo 
 
As vanguardas europeias 
 O continente europeu sempre foi visto, nos séculos XVII, XVIII e XIX, como o “berço” das maiores criações 
artísticas. No entanto, muitos artistas sentiam-se presos a moldes tradicionais e há, então, a necessidade de 
criar uma arte que contemplasse a liberdade de expressão e a criatividade dos artistas, numa tentativa de 
combater a arte mimética. Surgem, assim, as vanguardas europeias. 
 
O termo vanguarda vem de uma expressão militar, que indica “quem vem à frente”, quem toma a posição inicial. 
Tal noção faz com que compreendamos melhor o intuito dessas inovações artísticas e a sua vontade de romper 
com tudo aquilo que era considerado arcaico. 
 
É importante dizer que essas correntes não aconteceram no Brasil, mas impulsionaram os autores, músicos e 
artistas da terra tupiniquim a reformularem a visão que esses tinham sobre a arte e, ainda, divulgarem suas 
novas ideias e percepções a partir da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, em 1922. 
 
Veja, a seguir, as vanguardas mais marcantes daquele período e que, ainda hoje, inspiram inúmeros artistas: 
 
Cubismo: corrente voltada à valorização de imagens simbolizadas a partir de formas geométricas, imagens 
fragmentadas, de modo a fomentar uma visão multiperspectivada. O maior representante do Cubismo, sem 
dúvidas, é Pablo Picasso. 
 
 
(Guernica, de Pablo Picasso) 
 
 
 
 
 
 
 
http://lounge.obviousmag.org/uma_proposta_irrecusavel/2015/03/a-triste-historia-de-guernica-a-obra-prima-de-pablo-picasso.html.jpg?v=20151117202932
Literatura 
 
Dadaísmo: corrente mais radical, mostra-se totalmente contrária a todas as influências artísticas da tradição. 
Utiliza imagens de forma que incitem ao deboche, ao humor, a instabilidade do interlocutor. O dadaísmo surgiu 
a partir do medo e insegurança provocados pela Primeira Guerra Mundial. Os nomes mais marcantes são 
Marcel Duchamp, Tristan Tzara e Hugo Ball. 
 
 
(Roda de Bicicleta, Marcel Duchamp) 
 
Cabe destacar também que embora o movimento tenha acontecido há algumas décadas, suas inspirações 
permanecem até hoje por meio dos memes, por exemplo. O meme é um gênero novo que circula nas redes 
sociais e faz referência a um fenômeno “viral” na rede, seja um vídeo, uma frase, uma música, entre outros. 
 
Assim, o dadaísmo propõe uma sátira à arte clássica como pode ser visto, hoje em dia, no exemplo abaixo: 
 
 
(meme da internet com influência dadá) Disponível em: http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-
content/uploads/2014/10/mona-1.jpg 
 
 
Literatura 
 
Expressionismo: corrente voltada à expressão do mundo interior do artista. Presença de imagens que 
deformam a realidade e valorização do caráter subjetivo. Destaque para Paul Klee e Edvard Munch. 
 
(O Grito, de Edvard Munch) 
 
Futurismo: corrente influenciada pelas ações progressivas e futuristas da época, valorização da cor cinza e dos 
automóveis e aviões. Os principais artistas são Fillippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni e Giacomo Balla. 
 
 
(Velocidade do automóvel, de Giacomo Balla) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
Surrealismo: corrente com influência onírica, arte que mistura a realidade com o irreal, o fictício. O principal 
artista é Salvador Dalí. 
 
 
(A tentação de Santo Antonio, de Salvador Dalí) 
 
Perceba que todas essas correntes se diferem entresi, o que mostra a importância da consolidação de 
liberdade de expressão de cada artista. As vanguardas terão grande influência no movimento Modernista do 
século XX, pois irá engajar os autores literários a romperem com a arte conservadora e implantarem diferentes 
perspectivas e temáticas, adaptando à realidade nacional. 
 
Impressionismo: Embora o movimento tenha surgido ainda no século XIX é importante destacar a sua 
importância artística. O impressionismo revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte do 
século XX, pois os artistas rejeitavam as convenções da arte acadêmica vigente na época e as pinturas 
captavam as impressões perceptivas de luminosidade, cor e sombra das paisagens. 
 
 
(A mulher com sombrinha, Claude Monet) 
Literatura 
 
 
 
 
Literatura 
 
Exercícios 
 
1. 
 
A existência dos homens criadores modernos é muito mais condensada e mais complicada do que a das 
pessoas dos séculos precedentes. A coisa representada, por imagem, fica menos fixa, o objeto em si 
mesmo se expõe menos do que antes. Uma paisagem rasgada por um automóvel, ou por um trem, perde 
em valor descritivo, mas ganha em valor sintético. O homem moderno registra cem vezes mais 
impressões do que o artista do século XVIII. 
LEGÉR, F. Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989. 
 
A vanguarda europeia, evidenciada pela obra e pelo texto, expressa os ideais e a estética do 
a) Cubismo, que questionava o uso da perspectiva por meio da fragmentação geométrica. 
b) Expressionismo alemão, que criticava a arte acadêmica, usando a deformação das figuras. 
c) Dadaísmo, que rejeitava a instituição artística, propondo a antiarte. 
d) Futurismo, que propunha uma nova estética, baseada nos valores da vida moderna. 
e) Neoplasticismo, que buscava o equilíbrio plástico, com utilização da direção horizontal e vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
2. 
 
Fernand Léger, artista francês envolvido com o movimento cubista, tinha como princípio transformar 
imagens em figuras geométricas, especialmente cones, esferas e cilindros. A obra apresentada mostra 
o homem em uma alusão à Revolução Industrial e ao pós 1ª Guerra Mundial e explora: 
a) as formas retilíneas e mecanizadas, sem valorização da questão espacial. 
b) as formas delicadas e sutis, para humanizar o operário da indústria têxtil. 
c) a força da máquina na vida do trabalhador pelo jogo de formas, luz/sombra. 
d) os recursos oriundos de um mesmo plano visual para dar sentido a sua proposta. 
e) a forma robótica dada aos operários, privilegiando os aspectos triangulares. 
 
 
3. Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional 
do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar 
seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma 
arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas: 
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadĉmicas europeias, valorizando as cores, a 
originalidade e os temas nacionais. 
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a 
criaa̧ão artística nacional. 
c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a 
prática educativa. 
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística 
ligada a tradição acadêmica. 
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados. 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
4. 
 
O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René 
Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do 
Surrealismo presente nessa pintura é o(a): 
a) justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho. 
b) crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente. 
c) construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais. 
d) processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem. 
e) procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
5. 
 
 
Os quadros tratam do mesmo tema, embora pertençam a dois momentos distintos da história da arte. O 
confronto entre as imagens revela um traço fundamental da pintura moderna, que se caracteriza pela: 
a) tentativa de compor o espaço pictórico com base nas figuras naturais. 
b) ruptura com o princípio de imitação característico das artes visuais no Ocidente. 
c) continuidade da preocupação com a nitidez das figuras representadas 
d) secularização dos temas e dos objetos figurados com base na assimilação de técnicas do Oriente. 
e) busca em fundar a representação na evidência dos objetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
6. A peça “Fonte” foi criada pelo francês Marcel Duchamp e apresentada em Nova Iorque em 1917. 
 
A transformação de um urinol em obra de arte representou, entre outras coisas, 
a) a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e uma crítica às convenções artísticas então 
vigentes. 
b) a crítica à vulgarização da arte e a ironia diante das vanguardas artísticas do final do século XIX. 
c) o esforço de tirar a arte dos espaços públicos e a insistência de que ela só podia existir na intimidade. 
d) a vontade de expulsar os visitantes dos museus, associando a arte a situações constrangedoras. 
e) o fim da verdadeira arte, do conceito de beleza e importância social da produção artística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
7. 
 
Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006. 
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena 
de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio 
a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a 
figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. 
Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a 
charge, ao explorar 
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti 
quanto da obra de Picasso. 
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade 
do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro. 
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto 
em Guernica quanto na charge. 
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em 
Guernica quanto na charge. 
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao 
contexto do trânsito brasileiro. 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
8. As Vanguardas europeias são movimentos artísticos e culturais, com repercussão em muitas escolas 
literárias brasileiras. Pode-se, inclusive, afirmar que elementos constitutivos das Vanguardas estão 
presentes em autores e obras da estética literária modernista. Sendo assim, diante dessa afirmativa, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) As chamadas Vanguardas europeias foram importantes para os movimentos culturais do início do 
século XX. No entanto, no Brasil, há um consenso entre os estudiosos da literatura que essas 
vanguardas em nada nos influenciaram. 
b) O Dadaísmo, uma das chamadas Vanguardas europeias, defendia que somente a associação entre 
todas as tendências vanguardistas poderia resultar em avanços importantes para as artes e para a 
cultura de um modo geral. 
c) Temáticas oriundas dos estudos freudianos comofantasia, sonho, ilusão, loucura estão presentes 
em obras surrealistas. Nas artes plásticas, Salvador Dalí (1904-1989) é um dos principais 
representantes dessa Vanguarda. 
d) Mário de Andrade e Oswald de Andrade, participantes da Semana de Arte Moderna, em muitas 
ocasiões, negaram a relação existente entre as vanguardas europeias e os valores e as motivações 
das obras modernistas brasileiras. 
e) Há uma relação intensa entre Futurismo e Cubismo. Tanto uma quanto a outra têm os mesmos 
interesses e objetivos e em nada se diferenciam, exceto quando se relacionam com a arte literária. 
 
 
9. 
 
TEXTO II 
Ao ser questionado sobre seu processo de criação de ready-mades, Marcei Duchamp afirmou: — Isto 
dependia do objeto; em geral, era preciso tomar cuidado com o seu look. É muito difícil escolher um objeto 
porque depois de quinze dias você começa a gostar dele ou a detestá-lo. É preciso chegar a qualquer coisa 
com uma indiferença tal que você não tenha nenhuma emoção estética. A escolha do ready-made é sempre 
baseada na indiferença visual e, ao mesmo tempo, numa ausência total de bom ou mau gosto. 
CABANNE, P. Marcel Duchamp: engenheiro do tempo perdido. 
São Paulo: Perspectiva, 1987 (adaptado). 
Relacionando o texto e a imagem da obra, entende-se que o artista Marcel Duchamp, ao criar os ready-mades, 
inaugurou um modo de fazer arte que consiste em 
a) designar ao artista de vanguarda a tarefa de ser o artífice da arte do século XX. 
b) considerar a forma dos objetos como elemento essencial da obra de arte. 
c) revitalizar de maneira radical o conceito clássico do belo na arte. 
d) criticar os princípios que determinam o que é uma obra de arte. 
e) atribuir aos objetos industriais o status de obra de arte. 
Literatura 
 
10. 
 
 
A gravura acima, de Carlos Scliar, que se refere à experiência da guerra na Itália em 1944, relaciona-se 
com 
a) a experiência impressionista chamada de pontilhismo. 
b) a técnica da pintura que desenvolveu um gênero original denominado cubismo sintético. 
c) a realidade do contexto de vida pop, conforme se percebe no tema e nos personagens que compõem 
a cena. 
d) a forma de representação chamada de abstração, antinaturalista, geométrica e distante do mundo 
material. 
e) O movimento expressionista, como se percebe na mensagem emocionalmente carregada de 
solidão e medo que ela transmite. 
 
Literatura 
 
Gabarito 
 
1. D 
No texto I, o título “A hieroglífica dinâmica do Bal Tabarim”, da obra de Severini, está vinculada à ideia de 
movimento, se pensarmos na noção que o termo “dinâmica” apresenta. Já no texto II, o trecho “uma 
paisagem rasgada por um automóvel” reforça o sentido de modernidade. Neste sentido, os textos I e II 
dialogam com as características da vanguarda Futurista. 
 
2. C 
Ao analisarmos a obra, podemos ver que os operários retratados estão mecanizados, logo há uma 
preocupação em mostrar a máquina na vida do trabalhador. 
 
3. A 
Ainda que tenha buscado inspiração nas Vanguardas Europeias, e que seu trabalho tenha sido reconhecido 
na Europa, os artistas modernistas buscavam valorizar a identidade e a cultura nacional, se libertando do 
que vinha de fora. 
 
4. A 
A imagem sugerida pelo espelho parece desafiar a lógica, o que vem a ser uma marca característica dessa 
vanguarda. 
 
5. B 
As Vanguardas tinham como objetivo o rompimento de padrões e da noção de representatividade fiel das 
figuras. 
 
6. A 
O Dadaísmo tinha como objetivo a ressignificação de objetos/palavras; retiradas de seu lugar comum, eram 
críticas às convenções vigentes. 
 
7. E 
“Quadro dramático” se refere metaforicamente à dificuldade do trânsito e remete à característica dramática 
da obra de Picasso, por retratar os horrores da guerra. 
 
8. C 
As outras opções são incorretas, pois: as Vanguardas europeias, movimentos artísticos ocorridos durante 
o século XX, influenciaram fortemente os autores brasileiros do Primeiro Tempo modernista, provocando 
uma ruptura com a estética até então dominante no Brasil; o Dadaísmo foi o mais radical e destruidor 
movimento da vanguarda europeia, negava o presente, o passado, o futuro e defendia a tese de que 
qualquer combinação inusitada e anárquica produzia efeito estético; Mário de Andrade e Oswald de 
Andrade foram fiéis representantes dos conceitos das vanguardas europeias, adaptando-os ao contexto 
brasileiro; o Futurismo exaltava a industrialização, celebrando a velocidade, a máquina e a eletricidade, o 
Cubismo negava a estrofe, a rima ou o verso tradicional, valorizando o espaço da folha e a camada 
significante das palavras. 
 
9. D 
Marcel Duchamp, uma das maiores figuras vanguardistas da arte, trouxe esta nova interpretação da obra 
artística por criticar seus processos e suas determinações, característica que contrapõe o molde de arte 
formal e erudito. 
 
 
Literatura 
 
10. E 
“Valorização do universo psicológico, sobretudo de sentimentos densos, como a angústia e solidão” são 
características do movimento expressionista e podem ser identificadas na obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
Vanguardas Europeias - Gourmet 
 
Resumo 
 
As vanguardas europeias 
 O continente europeu sempre foi visto, nos séculos XVII, XVIII e XIX, como o “berço” das maiores criações 
artísticas. No entanto, muitos artistas sentiam-se presos a moldes tradicionais e há, então, a necessidade de 
criar uma arte que contemplasse a liberdade de expressão e a criatividade dos artistas, numa tentativa de 
combater a arte mimética. Surgem, assim, as vanguardas europeias. 
 
O termo vanguarda vem de uma expressão militar, que indica “quem vem à frente”, quem toma a posição inicial. 
Tal noção faz com que compreendamos melhor o intuito dessas inovações artísticas e a sua vontade de romper 
com tudo aquilo que era considerado arcaico. 
 
É importante dizer que essas correntes não aconteceram no Brasil, mas impulsionaram os autores, músicos e 
artistas da terra tupiniquim a reformularem a visão que esses tinham sobre a arte e, ainda, divulgarem suas 
novas ideias e percepções a partir da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, em 1922. 
 
Veja, a seguir, as vanguardas mais marcantes daquele período e que, ainda hoje, inspiram inúmeros artistas: 
 
Cubismo: corrente voltada à valorização de imagens simbolizadas a partir de formas geométricas, imagens 
fragmentadas, de modo a fomentar uma visão multiperspectivada. O maior representante do Cubismo, sem 
dúvidas, é Pablo Picasso. 
 
 
(Guernica, de Pablo Picasso) 
 
 
 
 
 
 
 
http://lounge.obviousmag.org/uma_proposta_irrecusavel/2015/03/a-triste-historia-de-guernica-a-obra-prima-de-pablo-picasso.html.jpg?v=20151117202932
Literatura 
 
Dadaísmo: corrente mais radical, mostra-se totalmente contrária a todas as influências artísticas da tradição. 
Utiliza imagens de forma que incitem ao deboche, ao humor, a instabilidade do interlocutor. O dadaísmo surgiu 
a partir do medo e insegurança provocados pela Primeira Guerra Mundial. Os nomes mais marcantes são 
Marcel Duchamp, Tristan Tzara e Hugo Ball. 
 
 
(Roda de Bicicleta, Marcel Duchamp) 
 
Cabe destacar também que embora o movimento tenha acontecido há algumas décadas, suas inspirações 
permanecem até hoje por meio dos memes, por exemplo. O meme é um gênero novo que circula nas redes 
sociais e faz referência a um fenômeno “viral” na rede, seja um vídeo, uma frase, uma música, entre outros. 
 
Assim, o dadaísmo propõe uma sátira à arte clássica como pode ser visto, hoje em dia, no exemplo abaixo: 
 
 
(meme da internet com influência dadá) Disponível em: http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-
content/uploads/2014/10/mona-1.jpg 
 
 
Literatura 
 
Expressionismo: corrente voltada à expressão do mundo interior do artista. Presença de imagens que 
deformam a realidade e valorização do caráter subjetivo.Destaque para Paul Klee e Edvard Munch. 
 
(O Grito, de Edvard Munch) 
 
Futurismo: corrente influenciada pelas ações progressivas e futuristas da época, valorização da cor cinza e dos 
automóveis e aviões. Os principais artistas são Fillippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni e Giacomo Balla. 
 
 
(Velocidade do automóvel, de Giacomo Balla) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
Surrealismo: corrente com influência onírica, arte que mistura a realidade com o irreal, o fictício. O principal 
artista é Salvador Dalí. 
 
 
(A tentação de Santo Antonio, de Salvador Dalí) 
 
Perceba que todas essas correntes se diferem entre si, o que mostra a importância da consolidação de 
liberdade de expressão de cada artista. As vanguardas terão grande influência no movimento Modernista do 
século XX, pois irá engajar os autores literários a romperem com a arte conservadora e implantarem diferentes 
perspectivas e temáticas, adaptando à realidade nacional. 
 
Impressionismo: Embora o movimento tenha surgido ainda no século XIX é importante destacar a sua 
importância artística. O impressionismo revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte do 
século XX, pois os artistas rejeitavam as convenções da arte acadêmica vigente na época e as pinturas 
captavam as impressões perceptivas de luminosidade, cor e sombra das paisagens. 
 
 
(A mulher com sombrinha, Claude Monet) 
Literatura 
 
 
 
 
Literatura 
 
 
Exercícios 
 
1. TEXTO I 
 
 
BACON, F. Três estudos para um autorretrato. Óleo sobre tela, 37,5 x 31,8 cm (cada), 1974. 
Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 30 maio 2016. 
 
TEXTO II 
Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como 
acontece com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mas a matéria foi destruída. Tenho 
um rosto destruído. 
DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. 
 
Na imagem e no texto do romance de Marguerite Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de 
representação da subjetividade moderna. Na pintura e na literatura modernas, o rosto humano deforma-
se, destrói-se ou fragmenta-se em razão 
a) da adesão à estética do grotesco, herdada do romantismo europeu, que trouxe novas possibilidades 
de representação. 
b) das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela 
psicanálise. 
c) da opção em demonstrarem oposição aos limites estéticos da revolução permanente trazida pela 
arte moderna. 
d) do posicionamento do artista do século XX contra a negação do passado, que se torna prática 
dominante na sociedade burguesa. 
e) da intenção de garantir uma forma de criar obras de arte independentes da matéria presente em sua 
história pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
2. TEXTO I 
 
 
TEXTO II 
No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg (n.1925) criou o termo combine para se referir a suas 
novas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como da escultura. 
 
Em 1958, Cama foi selecionada para ser incluída em uma exposição de jovens artistas americanos e 
italianos no Festival dos dois Mundos em Spoleto, na Itália. Os responsáveis pelo festival, entretanto, se 
recusaram a expor a obra e a removeram para um depósito. 
 
Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg 
considerava sua obra “um dos quadros mais acolhedores que já pintei, mas sempre tive medo de que 
alguém quisesse se enfiar nela”. 
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna. 
São Paulo: Cosac e Naify, 2003. 
 
A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita, e recebeu forte influência de um 
movimento artístico que se caracterizava pela 
a) dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida. 
b) exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades. 
c) repetição exaustiva de elementos visuais, levando à simplificação máxima da composição. 
d) incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna. 
e) geometrização das formas, diluindo os detalhes sem se preocupar com a fidelidade ao real. 
 
 
Literatura 
 
3. O pintor espanhol Pablo Picasso (1881–1973), um dos mais valorizados no mundo artístico, tanto em 
termos financeiros quanto históricos, criou a obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à pequena 
cidade basca de mesmo nome. A obra, feita para integrar o Salão Internacional de Artes Plásticas de 
Paris, percorreu toda a Europa, chegando aos EUA e instalando-se no MoMA, de onde sairia apenas em 
1981. 
 
PICASSO, P. Guernica. Óleo sobre tela. 349 × 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937. Disponível em: 
http://www.infoescola.com/pintura/guernica/. Acesso em: 05 ago. 2013. 
 
Essa obra cubista apresenta elementos plásticos identificados pelo: 
a) painel ideográfico, monocromático, que enfoca várias dimensões de um evento, renunciando à 
realidade, colocando-se em plano frontal ao espectador. 
b) horror da guerra de forma fotográfica, com o uso da perspectiva clássica, envolvendo o espectador 
nesse exemplo brutal de crueldade do ser humano. 
c) uso das formas geométricas no mesmo plano, sem emoção e expressão, despreocupado com o 
volume, a perspectiva e a sensação escultórica. 
d) esfacelamento dos objetos abordados na mesma narrativa, minimizando a dor humana a serviço da 
objetividade, observada pelo uso do claro-escuro. 
e) uso de vários ícones que representam personagens fragmentados bidimensionalmente, de forma 
fotográfica livre de sentimentalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
4. 
 
 
A obra de Rubem Valentim apresenta emblemas que, baseando-se em signos de religiões afro-brasileiras, 
se transformam em produção artística. A obra Emblema 78 relaciona-se com o Modernismo em virtude 
da 
a) simplificação de formas da paisagem brasileira. 
b) valorização de símbolos do processo de urbanização. 
c) fusão de elementos da cultura brasileira com a arte europeia. 
d) alusão aos símbolos cívicos presentes na bandeira nacional 
e) composição simétrica de elementos relativos à miscigenação racial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
5. 
 
O quadro Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, representa o rompimento com a estética 
clássica e a revolução da arte no início do século XX. Essa nova tendência se caracteriza pela: 
a) pintura de modelos em planos irregulares. 
b) mulher como temática central da obra. 
c) cena representada por vários modelos 
d) oposição entre tons claros e escuros. 
e) nudez explorada como objeto de arte. 
 
 
6. TEXTO I 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
TEXTO II 
Na sua produção, Goeldi buscou refletir seu caminho pessoal e político, sua melancolia e paixão sobre 
os intensos aspectos mais latentes em sua obra, como: cidades, peixes, urubus, caveiras, abandono, 
solidão, drama e medo. 
 
ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao inevitável. Revista de Arte, Mídia e Política. Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado). 
 
O gravador Oswaldo Goeldi recebeu influências de um movimento artístico europeu do início do século 
XX, que apresenta as características reveladas nos traços da obra de 
a) 
c) 
e) 
b) 
d) 
 
 
 
7. 
 
Máscara senufo, Mati. Madeira e fibra vegetal. Acervo do MAE/USP. 
As formas plásticas nas produções africanas conduziram artistas modernos do início do século XX, 
como Pablo Picasso, a algumas proposições artísticas denominadas vanguardas. 
A máscara remete à 
a) preservação da proporção. 
b) idealização do movimento. 
c) estruturação assimétrica. 
d) sintetização das formas. 
e) valorização estética. 
Literatura 
 
8. 
 
 
Esta imagem é a reprodução de: 
a) uma pintura impressionista, marcada por pinceladas soltas e pela temática da emigração americana 
para o continente europeu. 
b)um mosaico cubista, caracterizado pelas formas geométricas que procuram salientar a esperança 
daqueles que se dirigem para terras estrangeiras. 
c) uma pintura expressionista, que reforça o sofrimento dos que se deslocavam em um contexto de 
perseguições e intolerâncias. 
d) um painel surrealista, que procurava destacar o subconsciente atormentado daqueles que deixavam 
seus locais de origem. 
e) uma pintura futurista, influenciada pelas referências de modernização tecnológica características da 
primeira metade do século XX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
 
9. TEXTO I 
Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, numa definição 
genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou 
material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto 
com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi 
profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. 
Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a 
incorporação definitiva da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da representação figurativa. 
COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000. 
 
TEXTO II 
 
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 18 abr. 2018 (adaptado) 
 
No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I 
manifesta-se na 
a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas. 
b) imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista. 
c) composição experimental, fragmentada e de contornos difusos. 
d) abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica. 
e) imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos. 
 
 
10. Em 1924, os surrealistas lançaram um manifesto no qual anunciaram a força do inconsciente na criação 
de novas percepções. Valorizavam a ausência de lógica das experiências psíquicas e oníricas, propondo 
novas experiências estéticas. Sobre o Surrealismo, é correto afirmar: 
a) Acredita que a liberação do psiquismo humano se dá por meio da sacralização da natureza. 
b) Baseia-se na razão, negando as oscilações do temperamento humano. 
c) Destaca que o fundamental, na arte, é o objeto visível em detrimento do emocionalismo subjetivo 
do artista. 
d) Concede mais valor ao livre jogo da imaginação individual do que à codificação dos ideais da 
sociedade ou da história. 
e) Busca limitar o psiquismo humano e suas manifestações, transfigurando-os em geometria a favor 
de uma nova ordem 
Literatura 
 
Gabarito 
 
1. B 
A imagem já revela traços de transformação adquirida em função do contexto das catástrofes do século 
XX. Isso se confirma ainda mais pelo texto II quando aparece a expressão “rosto lacerado” e “rosto desfeito”. 
 
2. B 
O elemento “cama” é trabalhado de uma forma insólita, visto que sofre um deslocamento de seu espaço 
habitual para um espaço inusitado, fazendo-o perder sua funcionalidade. 
 
3. A 
A obra cubista “Guernica”, de Pablo Picasso, tem como características a valorização de formas geométricas 
e uma visão de arte perspectivada visto que a pintura apresenta uma realidade fragmentada. Além disso, 
não há perspectiva clássica. 
 
4. C 
A exploração das formas geométricas provém da vanguarda europeia, como se nota em Emblema 78, em 
que são representados esteticamente signos de religiões afrobrasileiras (como os machadinhos) . Esse 
sincretismo ocorre também na produção literária Modernista brasileira, como Macunaíma, de Mário de 
Andrade, e Poesia Pau Brasil, de Oswald de Andrade, dentre outras. 
 
5. A 
A pintura de mulheres em posições geometricamente irregulares e a presença de máscaras africanas 
representam o rompimento com a estética clássica e realista. 
 
6. A 
A alternativa “A” revela exatamente as características trazidas pelo enunciado da questão, principalmente a 
melancolia. 
 
7. D 
A máscara remete a uma manifestação artística mais simples, sintética, sem tantas preocupações com 
trações, contornos, como pregava a arte mimética, praticada na Europa até então. 
 
8. C 
Não há pinceladas soltar, nem geometrização das formas. Ainda que o Futurismo se baseie na 
modernização tecnológica, não há evidências dessa característica na obra. Portanto, o gabarito é letra C, 
pois retrata o sofrimento das pessoas ao se deslocarem. 
 
9. C 
O distanciamento da representação figurativa, devido à influência vanguardista, manifesta-se na 
elaboração de uma obra experimental, na qual se percebe a perda de nitidez da imagem. 
 
10. D 
Aqui, o trabalho com o sonho, o fluxo livre de consciência, abre caminhos para a exploração do imaginário, 
desprendendo-se da necessidade de codificar mensagens. 
 
 
 
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