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MARC 4 - Doenças Exantematicas - RAQUEL

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MARC 1 - Raquel Fontenele – 6º período 
 
Doenças Exantemáticas 
São aquelas doenças que evoluem com rash cutâneo. Podem ser virais, bacterianas, alérgicas, enfim, por várias causas. A 
primeira coisa a saber nas doenças exantemáticas é diferencias os tipos de lesão de pele. 
Classificação dos exantemas: 
Exantema maculopapular morbiliforme: pequenas maculos-pápulas eritematosas, avermelhadas, permeadas por pele sã, podendo 
confluir (os pontinhos se juntam, gerando lesões maiores). As máculas são manchas planas na pele e as pápulas são um pouco mais 
elevadas. As manchas somem à digito pressão. 
Exantema maculopapular urticariforme: erupção papulo-eritematosa de contornos irregulares, mais frequentes em reações 
medicamentosas, alergias alimentares (urticária). São placas mais elevadas, grandes, ficam quentes. 
Exantema papulovesicular: presença de pápulas e lesões elementares de conteúdo líquido (vesícula). A pápula é uma bolinha 
elevada. 
Exantema petequial ou purpúrico: alterações vasculares com ou sem distúrbios de coagulação. São caracterizados por petéquias, 
caracterizadas por pontinhos vermelhinhos (ex: prova do laço). Petéquias não somem a digitopressão. 
Sarampo 
Agente Etiológico: Paramixovírus – Morbilivirus 
Transmissão: aerossóis 
Tempo de incubação: 8 a 12 dias; Tempo de contágio: 2 dias antes do início do pródromo até 4 dias após o 
aparecimento do exantema. 
Quadro Clínico: febre elevada, tosse seca e intensa, cefaleia, mal-estar, prostração intensa, olhos hiperemiados, com 
lacrimejamento e fotofobia e, nos casos mais graves, ocorre edema bipalpebral. 
 Exantema é maculopapular eritematoso, morbiliforme como regra. Na fase do exantema, a doença atinge o auge, 
ficando o paciente toxêmico, febril, com os olhos hiperemiados, queixando-se da claridade, com intensa rinorreia e 
tosse implacável. O exantema começa a esmaecer em torno do terceiro ou quarto dia, na mesma sequência 
que apareceu, deixando manchas acastanhadas. 
Diagnóstico: teste sorológico positivos para anticorpos IgM do sarampo; aumento significativo de anticorpos IgG do 
sarampo; isolamento do vírus do sarampo em cultura ou detecção de sarampo RNA viral por reação em cadeia – RT- PCR. 
Tratamento: terapia de suporte: antipiréticos, fluidos e tratamento de superinfecções bacterianos, como pneumonia 
bacteriana e otite 
 Vitamina A: a deficiência de vitamina A contribui para o retardo 
da recuperação e para o alto índice de complicações pós-sarampo. 
É administrado por via oral uma vez ao dia durante dois dias. Bebês 
<6 meses de idade: 50.000 UI. Bebês de 6 a 11 meses: 100.000 
UI. 
Crianças >12 meses 200.000 UI. 
 Ribavirina: é feito em pacientes <12 meses, pacientes 
>12 meses com pneumonia que requerem suporte ventilatório e 
pacientes com imunossupressão severa. A dosagem é de 15 a 
20mg/kg por dia via oral em duas doses divididas de 5 a 7 dias. 
MARC 1 - Raquel Fontenele – 6º período 
 
Rubéola 
Agente Etiológico: Rubivírus da família Togaviridae 
Transmissão: por gotículas respiratórias no ar (tosse ou espirro); por saliva 
Período de incubação: de 14 a 21 dias. 
Quadro Clínico: exantema maculopapular e puntiforme difuso; início em face, couro cabeludo e 
pescoço; espalha-se posteriormente para tronco e membros; linfadenopatia retroauricular 
occipital e cervical (antecedem o exantema); febre baixa; cefaleia, artralgia, conjuntivite, coriza e 
tosse. 
 Precauções respiratórias por 7 dias do início do exantema; crianças com rubéola 
congênita devem ser consideradas potencialmente infectantes desde o nascimento 
até 1 ano. 
Diagnóstico: detecção de IgM ou IgG; isolamento do vírus (sangue, urina, LCR e orofaringe) 
particularmente em lactentes infectados por via congênita. 
Tratamento: quando o paciente está sintomático. Trata-se de acordo com a sintomatologia e 
terapêutica a adequada. 
 
Escarlatina 
Agente Etiológico: Streptococcus beta-hemolítico do grupo A de 
Lancefield. 
Epidemiologia: frequentemente associada à faringite estreptocócica. A 
transmissão se dá desde o período prodrômico até 24 a 48 horas do 
início da terapêutica. 
Período de incubação: de 2 a 5 dias na faringite; de 7 a 10 dias nas 
infecções de pele. 
Quadro Clínico: febre alta; dor de garganta; adenomegalia cervical e 
submandibular; posteriormente, observa-se exantema difuso 
micropapular (lixa); Sinal de Filatov: palidez perioral; Língua de 
framboesa; sinal de Pastia: petéquias em dobras, formando linhas 
transversais; descamação após 5 a 7 dias do princípio do quadro. 
Diagnóstico: cultura (swab nasofaringe); teste rápido 
Tratamento: penicilina benzatina em dose única ou penicilina oral por 10 
dias. 
 
Exantema súbito ou roséola 
Agente etiológico: HHV-6-gama-herpes-virus 
Transmissão: Saliva 
Epidemiologia: viral da infância e a maioria 
das crianças acima de 2 a 3 anos tem 
sorologia positiva para HHV-6. 
Quadro clínico: febre elevada; exantema 
similar ao da rubéola 
*No adolescente e adulto é similar à 
mononucleose 
Diagnóstico: sorologia para anticorpos IgG e 
IgM e detecção viral por PCR. 
Tratamento: em geral é desnecessário porque é 
benigna; em quadros graves usa-se 
Ganciclovir e o Foscarnet. 
MARC 1 - Raquel Fontenele – 6º período 
 
Eritema infecioso 
Agente etiológico: Parvovírus B19 (principalmente na Amazônia) 
Transmissão: via aérea com viremia na 2ª semana e exantema na 3ª ou 4ª semanas 
Informações Importantes: demonima-se quinta doença porque foi a última 
de 5 que exibem exantemas parecidos. As outras são rubéola, sarampo, 
escarlatina e doença de Filatov-Dukes 
Quadro Clínico: febre baixa, mal-estar, dores musculoesqueléticas e náuseas. 
 Fase virêmica: surge exantema na face; fáceis esbofeteada; tronco e 
membros com edema maculopapular, reticulado. 
 Adultos: pode ocorrer poliartropatia de intensidade e 
durações variáveis. 
 Imunocomprometidos: anemias hemolíticas e outras afecções 
hematológicas; a deficiência na produção de IgG pode 
prolongar a replicação do vírus. 
 Gestantes: pode ocorrer transmissão para o feto, acarretando 
anemia grave fetal. 
Diagnóstico: pode haver eosinofilia discreta; infecção aguda – IgM ou 
elevação significativo de IgG em amostras sucessivas; PCR. 
Tratamento: sintomático: quando aplasia medular = reposição globular / imunodeficiente: 
em fase de crise aplástica – isolamento de contato e respiratório. 
 
Varicela 
Agente etiológico: vírus varicela-zoster, membro da família Herpesvírus 
Transmissão: contato direto com 
pacientes infectados ou disseminação 
aérea do vírus. 
Período de incubação: de 14 a 21 dias. 
Quadro Clínico: exantema vesicular 
generalizado e pruriginoso, acompanhada 
de febre e sintomas sistêmicos. 
Diagnóstico: isolamento do vírus da base 
das lesões vesiculares ou pesquisa de IgG 
no soro na fase aguda ou convalescença. 
Tratamento: uso de antiviral (Aciclovir) 
deve ser considerado nas primeiras 24 
horas do aparecimento das lesões nas 
situações de: pacientes maiores de 12 anos, imunodeprimidos, portadores de distúrbios crônicos cutâneos ou pulmonares. 
 
Outras doenças Exantemáticas 
Dengue: febre alta, cefaleia, mialgia, artralgia, 
exantema e prurido cutâneo 
Doença de Lyme 
Doença de Kawasaki (reumatológica) – exantema 
eritematoso polimorfo generalizado 
Enterovisoses: coxsackie a e b, enchovirus e 
enterovírus 
Ricketisioses 
MARC 1 - Raquel Fontenele – 6º período 
 
Calendário Vacinal 
 
Sobre Antibióticos 
- Amoxicilina é um medicamento antibiótico usado no tratamento de diversas infecções bacterianas, como pneumonia, 
amigdalite e problemas no trato geniturinário. 
- Antibióticos não são indicados para o tratamento do sarampo, porque não são capazes de melhorar os sintomas 
causados pelos vírus, mas podem ser indicados se o médico observar que existe alguma infecção bacteriana associada ao quadro 
clínico viral. 
- As reações dermatológicas reativas são tratadas geralmente por alguns antibióticos quando há comprovação bacteriana 
(amoxicilina, sulfametoxazol-trimetropim, ampicilina, anti-inflamatórionão esteroidal e anticonvulsivo) nos quais o exantema 
geralmente é morbiliforme e de aspecto maculopapular sem quadros graves como a síndrome de Stevens-Johnson e 
necrólise epidérmica tóxica. 
 
Referências 
- Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. Porto Alegre: Artes Médicas, 2014. WILLIAMS, B.A. et al. Current 
Geriatria: Diagnóstico e Tratamento. 2. ed . 
- SILVA, Josenilson Antônio da et al. Abordagem diagnóstica das doenças exantemáticas na infância. Revista de Medicina e 
Saúde de Brasília, Brasília, v. 1, n. 1, p. 10-19, 2012.

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