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Trabalho Comportamento operante - 3E(1)Versao final4

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
NÍVEL OPERANTE
PRÁTICAS LABORATORIAIS
SÃO PAULO, 2021
1
JULIA CAVALCANTE MORAES RGM:25052250
MARIANA BATISTA SANTOS RGM:25819771
SIDARTHO CHAVES RGM:22005242
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
NÍVEL OPERANTE
PRÁTICAS LABORATORIAIS
Material elaborado para orientação das práticas
laboratoriais da disciplina Análise Experimental do
Comportamento do curso de Psicologia da
Universidade Cidade de São Paulo.
Professoras responsáveis: Profa. Dra. Gisele de Lima
Fernandes Ribeiro e Profa. Ma. Mara Poltroniere
SÃO PAULO, 2021
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................3
1.0MÉTODO.................................................................................................04 a 06
1.1. Sujeito....................................................................................................04
1.2.Materiais..................................................................................................04
1.3.Procedimento..........................................................................................05 a 06
2.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................06
3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................11
4.0 ANEXO ....................................................................................................12 a 14
3
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo a observação constante de um rato
virtual ao longo de 15 minutos, através do simulador operacional Sniffy Pro 2.0.
Trata-se de uma simulação com um rato semelhante ao Wistar, albino, ingênuo e
privado de alimento, denominado aqui como sujeito experimental.
Durante a observação anotamos, minuto a minuto, as seguintes respostas
do sujeito experimental: farejar, andar, coçar, levantar, virar e pressionar a barra. As
respostas apresentadas pelo sujeito experimental quando colocado pela primeira vez
na caixa experimental são denominadas Nível Operante, que vem a ser a Linha de
Base das respostas do sujeito, ou seja, a maneira habitual como ele age antes de
qualquer intervenção experimental. Esse registro forneceu as informações acerca de
como o sujeito experimental age instintivamente, antes de condicionamentos.
Nesse sentido, por meio do registro do nível operante foi possível analisar a
taxa de resposta do comportamento operante (VI – variável independente) antes de
o sujeito ser submetido aos procedimentos experimentais (VD – variável
dependente), os quais serão programados pelo experimentador para estudo em
experimento futuro. Conforme Moreira, 2019, “o comportamento operante, termo
cunhado por B. F. Skinner. [É] o comportamento que produz consequências que se
constituem em alterações no ambiente e cuja probabilidade de ocorrência futura é
afetada por tais consequências.”
Em sumo, a linha de base forneceu a oportunidade de observar e,
posteriormente, comparar níveis prévios de emissão de respostas do animal sem
treino experimental prévio.
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1.0 MÉTODO
1.1 Sujeito
Serviu como sujeito experimental o rato virtual do simulador operacional
Sniffy Pro 2.0. Um rato albino, semelhante ao rato Wistar - comumente utilizado em
experimentos com ratos reais-, que estivesse privado de alimento e ingênuo.
1.2 Materiais
O experimento foi realizado remotamente por meio do Collaborate. Foram
utilizados os seguintes materiais: computador, Programa Sniffy Pro 2.0, lápis, folha
de registro, pendrive, orientações de procedimento e cronômetro.
1.3 Procedimento
Para a realização da atividade Nível Operante foram anotadas todas as
respostas do animal, tais como, farejar, andar, coçar, levantar, virar e pressionar a
barra, durante 15 minutos de observação constante.
Para iniciar a sessão experimental Nível Operante, abriu-se o registro do
programa Sniffy Pro 2.0 disponível na disciplina AEC.
As tarefas foram organizadas e divididas conforme seguem: assistir a
gravação, observar o sujeito experimental, registrar as respostas e cronometrar o
tempo. As respostas foram registradas minuto a minuto, considerando, cada linha
da folha de registro, um minuto. Tal registro permitiu obter a taxa de respostas1 por
minuto.
1 Para o cálculo da Taxa de Respostas por minutos foi considerada a quantidade total de resposta apresentada dividida pelo
tempo total do experimento. Por exemplo, a Taxa da Resposta Farejar (TxF) é a soma de todas as respostas de farejar
apresentadas pelo Sujeito experimental, dividida pelo tempo total do experimento (TTE), no caso 15 minutos. TxF = ΣF/TTE.
5
O Quadro 1 apresenta as respostas registradas na fase Nível Operante.
Quadro 1 – Respostas e respectivas descrições e legendas
Resposta Descrição Legenda
Farejar Cheirar o ambiente. F
Andar Mover-se apoiado nas quatro patas em qualquer direção. A
Coçar Coçar qualquer parte do corpo com a língua, dentes ou
patas.
C
Levantar Permanecer sobre as duas patas traseiras. L
Virar Dar um giro de 180 graus sobre o próprio corpo. V
Pressionar a barra Erguer-se nas patas traseiras e pressionar a barra. PB
Para que as respostas pudessem ser registradas foi necessário identificá-las
com precisão. Por esse motivo, o Quadro 1 apresenta também a descrição das
respostas registradas no experimento. As respostas consideradas nos registros
foram baseadas exclusivamente nas seis respostas apresentadas no Quadro 1.
O Quadro 2 apresenta o modelo de folha de registro utilizado no experimento
com suas respectivas anotações das respostas dadas pelo sujeito experimental, bem
como a frequência e a taxa de resposta por minuto. A folha de registro distribui cada
uma das seis respostas consideradas no experimento ao longo dos 15 minutos.
Transcorridos os 15 minutos, a sessão e o registro foram finalizados.
Quadro 2 - Modelo de folha de registro
Tempo em
minutos
Farejar Andar Coçar Levantar Virar
Pressionar a
barra
1 6 7 6 2 5
2 7 6 6 5 7
3 5 7 7 2 4
4 6 4 5 5 7
5 8 6 6 3 5
6 6 6 7 3 5
7 7 6 3 4 6
6
8 5 6 6 5 8
9 7 6 4 4 5 1
10 5 6 1 5 6 1
11 5 6 4 4 4
12 7 8 3 6 6
13 8 6 7 4 4
14 6 8 7 2 6
15 8 7 9 5 9
Frequência 96 95 81 59 87 2
TxR/min 6,40 6,33 5,40 3,93 5,80 0,13
2.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O objetivo do experimento foi observar os comportamentos que o sujeito
experimental expressa para o registro no nível operante e assim poder comparar
níveis prévios de emissão de respostas do animal sem treino experimental prévio.
Ou seja, fornecer as informações acerca de como o sujeito experimental age
instintivamente, antes de condicionamentos.
Para a apresentação dos resultados utilizou-se a taxa de resposta de cada
um dos comportamentos observados durante a sessão experimental. A figura abaixo
(Gráfico 1), apresenta os resultados através de um gráfico em coluna com a taxa de
resposta.
7
Gráfico 1:
 A partir dos dados apresentados no Gráfico 1, observa-se que as respostas
dadas pelo sujeito experimental tais como “farejar” e “andar” apresentam maiores
taxas de respostas, em torno de 6 respostas por minuto. Da mesma forma, as
respostas ‘coçar” e “virar’ manifestam taxas ligeiramente semelhantes às citadas
anteriormente, variando entre 5,40 e 5,80, respectivamente. Apresentando ligeira
queda na taxa, mas ainda próxima às anteriores, temos a resposta “levantar”, de
3,93 por minuto. E, por fim, diferenciando significativamente das demais
apresentações, temos a ação de “pressionar a barra” com taxa de resposta de
apenas 0,13 por minuto.
8
A figura abaixo (Gráfico 2) apresenta o resultado da distribuição das
respostas por unidade de tempo.
Gráfico 2:
Podemos observar pelo gráfico acima que as respostas dadas pelo sujeito
experimental podem variar de 1 resposta em determinado minuto, no caso a de
“pressionar a barra” (minutos 8 e 9) e “coçar” (minuto 10), para até 9respostas
(minuto 15), a exemplo da ação de “virar”. Apesar dessa disparidade, no geral,
podemos afirmar que as respostas dadas pelo sujeito experimental se concentram
entre 4 e 7 respostas distribuídas ao longo de 15 minutos.
9
Gráfico 3:
A figura abaixo (gráfico 3) mostra o resultado da distribuição acumulada de
respostas por minuto
No gráfico 3 é possível observar que as respostas “andar” e “farejar” são as
que obtém maior número de respostas, permanecendo com uma característica
crescente na quantidade de respostas ao longo dos 15 minutos. Ambas acumulam
no período de observação uma quantidade de respostas perto de 100 e são
seguidas pelas respostas “virar”, “coçar” e “levantar” que igualmente apresentam
característica crescente na quantidade de respostas, ainda que numa frequência
menor. Para a resposta de “pressionar a barra”, notamos que o sujeito experimental
não mantém essa característica crescente de respostas, mantendo-se num patamar
bem próximo a zero. Não há oscilações significativas na quantidade de respostas
(frequência) dadas pelo sujeito experimental para os comportamentos anteriores.
A partir dos dados acima expostos podemos atribuir o comportamento do
sujeito experimental como sendo de caráter exploratório, em que as respostas
predominantes durante o experimento tais como “farejar”, “andar”, “coçar”, “levantar”
e “virar” são aquelas relacionadas ao comportamento inato do animal, utilizadas
10
sobretudo para exploração do ambiente novo a que foi submetido. Para Moreira e
Carvalho (2017) “explorar novos ambientes é uma característica dos seres vivos
animais.” Ao passo que a ação de “pressionar a barra” por não fazer parte desse
repertório de comportamentos instintivos apresenta baixíssima frequência
Considerando que não registramos nenhuma mudança significativa na
frequência com que as respostas foram dadas pelo sujeito experimental ao longo do
experimento, adicionalmente podemos afirmar que nenhuma ação de reforçamento
ocorreu, já que a diminuição da frequência de outros comportamentos diferentes do
comportamento reforçado seria um dos efeitos desse reforçamento.
11
3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLOWAY, T. et. Al. Sniffy, o rato virtual: versão pro 2.0. São Paulo: Cengage
Learning, 2015.
CATANIA, A. C. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. 4º ed.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
Moreira, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento. 2º.
ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.
MOREIRA, M. B. CARVALHO, L. C. Uma história de aprendizagem operante.
1ªed. Brasília: Instituto Walde4, 2017.
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4.0 ANEXO
FOLHA DE REGISTRO DA PRÁTICA I- NÍVEL OPERANTE
Nome: Mariana Batista Santos RGM:25819771
Nome: Sidartho Chaves RGM:22005242
Nome: Julia Cavalcante Moraes RGM:25052250
Tempo em
minutos
Farejar Andar Coçar Levantar Virar Pressionar
a barra
1 6 7 6 2 5
2 7 6 6 5 7
3 5 7 7 2 4
4 6 4 5 5 7
5 8 6 6 3 5
6 6 6 7 3 5
7 7 6 3 4 6
8 5 6 6 5 8
9 7 6 4 4 5 1
10 5 6 1 5 6 1
11 5 6 4 4 4
12 7 8 3 6 6
13 8 6 7 4 4
14 6 8 7 2 6
15 8 7 9 5 9
Frequên-
cia Total
96 95 81 59 87 2
TxR/min
6,40 6,33 5,40 3,93 5,80 0,13
13
Gráfíco 1
Gráfico 2
14
Gráfico 3
	INTRODUÇÃO
	1.0 MÉTODO
	1.1 Sujeito
	1.2 Materiais
	1.3 Procedimento
	2.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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