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Calagem e Adubação de Abóboras e Morangas

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1 
Calagem e adubação da abobrinha italiana (de moita) (Cucurbita 
pepo), abóbora brasileira (Cucurbita moschata), moranga 
(Cucurbita maxima) e abóbora japonesa (híbrida)* 
 
 
Paulo Espíndola Trani (
1
) 
Francisco Antonio Passos (
1
) 
Humberto Sampaio de Araújo (
2
) 
 
 
 
(
1
) Instituto Agronômico, Centro de Horticultura, Campinas (SP). petrani@iac.sp.gov.br 
(
2
) APTA - Polo Regional do Extremo Oeste, Andradina (SP). 
 
* Campinas (SP), maio de 2014 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
As abóboras e morangas, originárias das Américas, pertencem à família das 
cucurbitáceas. A abóbora italiana (de moita), a abóbora brasileira (de hábito rasteiro), as 
morangas e a abóbora japonesa, ocupam uma área estimada de 7.000 ha por ano, 
representando aproximadamente 5% da área total com cultivo de hortaliças no Estado de 
São Paulo (Camargo & Camargo, 2013). Ressalta-se que a abobrinha italiana (de moita) 
também é produzida sob cultivo protegido, atualmente em franca expansão. 
Os cálculos de calagem e adubação destas cucurbitáceas devem levar em conta a 
fertilidade do solo, a extração, a marcha de absorção de nutrientes e também o 
adensamento populacional. As abóboras, conforme seu hábito de crescimento e sistema de 
manejo, são cultivadas sob os mais diversos espaçamentos, tanto entre linhas como entre 
plantas. Outras informações, como o sistema de irrigação adotado, o período de colheita e a 
produtividade esperada, também interferem na decisão sobre a utilização das menores ou 
maiores quantidades de nutrientes e o número de aplicações de fertilizantes em cobertura, 
para estas hortaliças. 
 
 
 
 
 2 
1. Espaçamentos: Abobrinha italiana (de moita) no campo: 1,0 a 1,5 m x 0,6 a 0,8 m (8.333 
a 16.666 plantas por ha); abobrinha italiana (de moita) sob cultivo protegido: 1,0 a 1,5 m x 
0,4 a 0,6 m (11.111 a 25.000 plantas por ha); abóbora brasileira (hábito rasteiro): 2,5 a 3,0m 
x 2,0 a 2,5 m (1.333 a 2.000 plantas por ha); morangas: 4,0 x 4,0 m a 3,0 x 3,0 m (625 a 
1.111 plantas por ha); abóbora japonesa (híbridos do grupo tetsukabuto): 3,0 x 2,0 m a 3,0 x 
3,0 m (1.111 a 1.666 plantas por ha). 
 
2. Calagem: Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 80% e o teor de magnésio 
a um mínimo de 9 mmolc dm
-³. As cucurbitáceas são exigentes em cálcio. Em cultivos com 
espaçamentos maiores que 2,0 metros entrelinhas e em solos com baixos níveis de cálcio, 
recomenda-se além da distribuição do corretivo de acidez em área total, acrescentar de 300 
a 400 kg ha-1 do calcário direcionado nos sulcos de plantio. 
 
3. Adubação orgânica: Aplicar aos 30 a 40 dias antes da semeadura ou transplante de 
mudas, misturando bem com a terra dos sulcos, 10 a 20 t ha-1 de esterco bovino bem curtido 
ou composto orgânico, ou 1/4 destas doses em esterco de galinha, suínos, caprinos, ovinos, 
equinos, ou 1/10 em torta de mamona pré-fermentada. Utilizar as maiores quantidades de 
fertilizante orgânico para os menores espaçamentos (cultivos mais adensados com maior 
número de plantas por área). 
 
4. Adubação mineral 
4 a) Adubação mineral de plantio para abobrinha italiana (de moita): Aos 10 a 15 dias 
antes da semeadura ou do transplante das mudas, aplicar os fertilizantes misturando-os com 
a terra dos sulcos, na faixa de 5 a 15 cm de profundidade, em quantidades conforme a 
análise de solo e a tabela seguinte. 
 3 
 
Adubação de plantio1 para abobrinha italiana (de moita) cultivada no campo e estufa. 
Nitrogênio P resina, mg dm
-3 
K
+
 trocável, mmolc dm 
-3 
0-25 26-60 61-120 >120 0-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0 
N, kg ha
-1
 ------------ P2O5, kg ha
-1
 ------------ ----------- K2O, kg ha
-1
 ------------ 
30 a 40 240 160 80 60 120 80 40 20 
B, mg dm
-3
 Cu, mg dm
-3
 Zn, mg dm 
-3
 
0-0,30 0,31-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1,0 >1,0 0-0,5 0,6-1,2 >1,2 
------ B, kg ha
-1 
------ ------ Cu, kg ha
-1
------ ------ Zn, kg ha
-1
 ------ 
1,0 0,5 0 3 1 0 3 1 0 
1Aplicar com o NPK de plantio, 10 a 20 kg ha-1de S, e em solos deficientes,1 a 2 kg ha-1 de Mn. 
 
Recomenda-se a utilização de 1/4 a 1/5 do fósforo em pré-plantio na forma de termofosfato, 
que contém cálcio, magnésio, micronutrientes e silício, além do fósforo. 
 
4 b) Adubação mineral de cobertura para abobrinha italiana (de moita): Aplicar 60 a 80 
kg ha-1 de N; 15 a 20 kg ha-1 de P2O5 e 60 a 80 kg ha
-1 de K2O, parcelando em duas 
aplicações, a primeira aos 10 a 15 dias após o transplante das mudas e a segunda aos 10 a 
15 dias após a primeira, no início do florescimento. As quantidades maiores ou menores de 
nutrientes dependerão dos resultados da análise de solo, da análise foliar, das cultivares 
utilizadas, do ciclo da cultura, da produtividade esperada, do adensamento populacional e do 
sistema de irrigação adotado. As quantidades de nutrientes para adubação de cobertura 
para abobrinha italiana sob cultivo protegido devem ser de 20% a 30% mais elevadas em 
relação à abobrinha cultivada no campo. O maior controle das condições climáticas e o 
manejo fitossanitário diferenciado, proporcionados pelo cultivo protegido possibilitam o 
aumento no período de colheita resultando em maiores produtividades e, 
consequentemente, maior extração de nutrientes. No sistema de cultivo protegido devem ser 
aplicados fertilizantes altamente solúveis, na forma de fertirrigação por gotejamento, 
parcelando três vezes por semana, de acordo com a marcha de absorção de nutrientes da 
 4 
cultura. 
 As figuras 1 e 2 a seguir, mostram o cultivo de abobrinha italiana (de moita) no campo 
e sob cultivo protegido (estufa agrícola). 
 
 
 
 
Figura 1. Abobrinha italiana (de moita) e aspecto geral da cultura no campo que recebeu 
adubação adequada, conforme a análise de solo. Foto: Edson Akira Kariya, Itapetininga (SP). 2014. 
 
 
 
 
Figura 2. Aspecto de plantas de abobrinha italiana (de moita) sob cultivo protegido com 
fertirrigação por gotejamento. Foto: Humberto Sampaio de Araújo. Bragança Paulista (SP). 2011. 
 
 5 
4 c) Adubação mineral de plantio para abóbora brasileira, morangas e abóbora 
japonesa: Aos 10 a 15 dias antes da semeadura ou do transplante das mudas, aplicar os 
fertilizantes misturando-os com a terra dos sulcos, na faixa de 5 a 15 cm de profundidade em 
quantidades conforme a análise de solo e a tabela seguinte. 
 
Adubação de plantio1 para abóbora brasileira, morangas2 e abóbora japonesa3 
Nitrogênio P resina, mg dm
-3 
K
+
 trocável, mmolc dm 
-3 
0-25 26-60 61-120 >120 0-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0 
N, kg ha
-1
 ------------P2O5, kg ha
-1
 ---------- -----------K2O, kg ha
-1
 ------------ 
20 a 30 120 80 40 30 60 40 20 10 
B, mg dm
-3
 Cu, mg dm
-3
 Zn, mg dm 
-3
 
0-0,30 0,31-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1,0 >1,0 0-0,5 0,6-1,2 >1,2 
-------- B, kg ha
-1 
-------- -------- Cu, kg ha
-1 
-------- -------- Zn, kg ha
-1
 -------- 
1,0 0,5 0 3 1 0 3 1 0 
1Aplicar com o NPK de plantio, 10 a 20 kg ha-1 de S, e em solos deficientes, 1 a 2 kg ha-1 de Mn. 
2Para morangas utilizar 50% a menos de nutrientes em relação às quantidades acima 
recomendadas. 
3Para a abóbora híbrida japonesa (grupo tetsukabuto) utilizar 50% a mais de nutrientes em relação 
às quantidades acima recomendadas. 
 
 
 
Recomenda-se a utilização de 1/4 a 1/5 do fósforo em pré-plantio na forma de 
termofosfato, que contém cálcio, magnésio, micronutrientes e silício, além do fósforo. 
 As figuras 3 e 4 a seguir, mostram a moranga e a cultivar de abóbora brasileira 
Caravela. Ambas são produzidas somente no campo, a céu aberto. 
 6 
 
 
Figuras 3 e 4. Morangas e abóbora brasileira cv Caravela, com diferentes exigências 
nutricionais. Fotos: Arlete M. T. Melo e Paulo E. Trani, respectivamente. Campinas, 1990. 
 
 
4 d) Adubação mineral de cobertura para abóborabrasileira, morangas e abóbora 
japonesa: Aplicar 40 a 60 kg ha-1 de N; 10 a 20 kg ha-1 de P2O5 e 40 a 60 kg ha
-1 de K2O, 
parcelando em três aplicações no caso da abóbora brasileira e duas aplicações no caso das 
morangas e da abóbora japonesa, de ciclo mais precoce. As coberturas devem ser iniciadas 
aos 15 a 20 dias após a germinação ou transplante das mudas, sendo a segunda, realizada 
aos 20 a 30 dias após a primeira cobertura e a terceira, por ocasião da florada e início da 
frutificação. As quantidades maiores ou menores de nutrientes dependerão dos resultados 
da análise de solo, da análise foliar, da espécie de abóbora e da cultivar utilizada, da 
produtividade esperada, do adensamento populacional e do sistema de irrigação adotado. 
No caso do uso da fertirrigação, parcelar três vezes por semana, com fertilizantes de alta 
solubilidade. 
 7 
5. Adubação foliar para abobrinha italiana (de moita), abóbora brasileira, morangas e 
abóbora japonesa: Duas semanas após a germinação ou o transplante das mudas, 
pulverizar com solução de cloreto de cálcio a 0,2% visando prevenir o aparecimento de 
podridão estilar (fundo preto). Repetir esta pulverização após 15 a 20 dias. 
 
6. Monitoramento nutricional - diagnose foliar: A amostragem de folhas deve ser 
realizada no início da frutificação das abóboras, coletando-se a 9.ª folha a partir do ponteiro, 
de 30 plantas representativas da lavoura. 
 
 
Teores adequados de macronutrientes e micronutrientes em folhas de abóboras em 
geral 
N P K Ca Mg S 
--------------------------------------------------g kg
-1
---------------------------------------------- 
30– 40 4 – 6 25 – 45 30 – 50 6 – 12 2 – 4 
B Cu Fe Mn Mo Zn 
-------------------------------------------------mg kg
-1
--------------------------------------------- 
25 – 60 8 – 15 80 – 200 80 – 250 0,5 – 0,8 20 – 100 
 
 
 Os teores de nutrientes nas folhas, adequados para as abóboras, devem ser 
interpretados com cautela devido à existência de inúmeras espécies e cultivares produzidas 
sob diferentes condições de solo e clima. 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
7. Referências Bibliográficas 
ARAÚJO, H.S. Doses de potássio em cobertura na produção e qualidade de abobrinha-de-
moita. 2011. 92 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia / Horticultura) – Faculdade de 
Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, 2011. 
CAMARGO FILHO, W.P.; CAMARGO, F.P. Acomodação da produção olerícola no Brasil e no 
Estado de São Paulo, 1990-2010 – análise prospectiva e tendências para 2015. Instituto de 
Economia Agrícola, 2013 (não publicado) 
RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; FURLANI, A.M.C. Recomendações de 
Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo, 2.ed. rev. ampl. Campinas: Instituto 
Agronômico e Fundação IAC, 1997. 285p. (Boletim Técnico, 100) 
SILVA N.F.; FONTES P.C.R.; FERREIRA F.A.; CARDOSO A.A. Produção da abóbora híbrida 
em função de doses de fertilizante fórmula 4-14-8. Ciência e Agrotecnologia, v.23, 
p.454-461, 1999. 
VlDIGAL, S.M.; PACHECO, D.D.; FACION, C.E. Crescimento e acúmulo de nutrientes pela 
abóbora hibrída tipo tetsukabuto. Horticultura Brasileira, v.25, p.375-380. 2007.

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