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Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Currículo Unidade Nº 4 - Legislação Educacional e as perspectivas curriculares Franciane Heiden Rios Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Introdução Nesse último capítulo teremos como tema a legislação educacional brasileira e, como objetivo principal, relacionar a estrutura dessas orientações legais às concepções curriculares trabalhadas até aqui. Assim, enquanto objetivos específicos esperamos: ● Conhecer, compreender e refletir sobre o currículo previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - LDB 9394/96 e, ● Conhecer e Identificar os princípios da Base Nacional Comum Curricular e refletir sobre as implicações de sua criação nos currículos das escolas da educação básica brasileira. Conforme os objetivos apresentados, nossas reflexões serão ancoradas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - LDB 9394/96 e na Base Nacional Comum Curricular, dois dos mais importantes e significativos documentos que orientam de forma prescritiva os currículos nacionais. Algumas das questões pertinentes a esses documentos são: quais as concepções curriculares que seus textos e propostas privilegiam? Em suas organizações há espaço para a diversidade no campo curricular? Entre outras que se farão necessárias conforme avançamos nos textos constitutivos. Desejamos a todos um excelente processo formativo de reflexões pertinentes e aprendizagens significativas! Bons estudos! 1. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - LDB nº 9394/96 Para melhor compreensão da estruturação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/961, é necessário estabelecermos um panorama histórico das leis que a antecederam, para assim discutirmos os elementos comparativos e analíticos que nos permitam perceber a intenção curricular, seja em avanços ou em desafios que essa legislação em vigor estabelece. 1.1. Panorama histórico Leis de Diretrizes e Bases da Educação 1 A partir desse trecho, referenciaremos a lei no decorrer do texto como LDB 9394/96. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi promulgada em 1961, sendo debatida e construída no período de redemocratização logo após a queda do Estado Novo (1937-1945). Sob o nº 4.024, sua reformulação resultou na Lei nº 5.692/1971 e, posteriormente, na LDB nº 9.394/96 em vigor e objeto de discussão dessa unidade. Seu texto foi previsto em votação pela Assembleia Nacional Constituinte em 18 de setembro de 1946, quando da elaboração da Constituição democrática. Essa intenção de um estatuto legal e normativo para o ensino nacional representou possível avanço para a sistematização e expansão das escolas oficiais. O debate de seu texto sofreu diversos ajustes e recebeu numerosas emendas e substitutivos, havendo dois grupos antagônicos: aqueles que defendiam mecanismos de transferência de recursos públicos para as escolas particulares e aqueles que defendiam a prioridade da escola pública. Esse debate não ficou restrito ao setor político, envolveram-se associações profissionais, entidades culturais, sindicatos, entidades estudantis, organizações religiosas e a imprensa. Após a crise desencadeada com a renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961 e a assunção do vice-presidente João Goulart, o congresso propôs um texto conciliador das várias tendências e foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de nº 4.024, sancionada em 20 de dezembro do mesmo ano. Como característica, destaca-se a perspectiva tradicional de ensino, entretanto, não havia a prescrição de um currículo fixo e rígido enquanto base para o território nacional. A estrutura organizacional manteve-se a mesma e, efetivamente em termos de currículo, para o ensino médio caberia à esfera federal indicar cinco disciplinas e, a cada sistema, complementar a grade de acordo com suas propostas. Com essa lei também foi criado o Conselho Federal de Educação, órgão representativo que descentralizaria a administração do ensino, assumindo as funções normativas da educação. Saiba mais: O Conselho Federal de Educação posteriormente renomeado Conselho Nacional de Educação - CNE é um órgão normativo de grande responsabilidade no cenário educacional. Saiba mais sobre esse Conselho acessando Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares a página oficial do Ministério da Educação: http://portal.mec.gov.br/conselho- nacional-de-educacao/apresentacao Em 1971, durante o regime militar a lei nº 4.024/1961, após dez anos de efetivo exercício, foi reformulada resultado na Lei nº 5.692/1971. Enquanto principais mudanças, esse novo texto uniu primário e ginásio em um segmento nomeado primeiro grau, com 8 (oito) anos de duração e matrícula obrigatória dos 07 aos 14 anos. O segundo grau passou a ser compulsoriamente profissional destinados ao preenchimento de postos de trabalho. Entretanto, essa mudança enfrentou muitas críticas e dificuldades de implantação, resultando no Parecer nº 76/75 do Conselho Federal de Educação que reestruturou o conteúdo formativo. Para pesquisar: O Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro - DHBB disponibiliza 7.553 verbetes, sendo 6.584 de natureza biográfica e 969 verbetes temáticos, relativos a instituições, eventos e conceitos de interesse para a história do Brasil pós-1930, assim, em termos de legislação, é um excelente recurso. Consulta integral dos documentos oficiais na íntegra, bem como, outras versões comentadas. Link: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo 1.2. Estrutura da LDB nº 9394/96 A lei que hoje está em vigor, LDB nº 9.394/96, teve início com as mudanças no cenário político no final da década de 70 e a forte oposição ao regime militar que culminou no movimento “Diretas Já” em 1984 e com a posse de José Sarney em 15 março de 1985, após a morte de Tancredo Neves, efetivando a retomada do direito à escolha aos civis. Entretanto, cabe lembrar que o grande marco desse período de redemocratização foi a promulgação da Constituição de 1988, essa que de fato registra e sela o retorno da Democracia. No campo educacional, em 5 de outubro de 1988 teve início o processo de tramitação, no Congresso ordinário, a proposta de texto do novo projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Processo que se estenderia até 1996 em http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares decorrência das divergências entre as mais diversas esferas que participavam das discussões e do processo de elaboração de seu texto. A LDB atual, de fato, teve seu avanço mais significativo a partir de 1994, retornando à Câmara em 1995 no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, com o texto do relator José Jorge que incorporou as diversas sugestões do MEC ao texto de Darcy Ribeiro, resultando no texto final. Com um total de 92 artigos sua aprovação aconteceu em 20 de dezembro de 1996, se efetivando a Lei de Diretrizes e Bases – Lei nº 9.394, conhecida como Lei Darcy Ribeiro, tendo como premissa uma lei do “possível e passível de cumprimento a partir dos recursos financeiros disponíveis nos esquemas orçamentários convencionais” (SOUZA, 1998, p. 45). Apesar de normativa, seu texto final demonstrou ampla flexibilização, garantindo certa autonomia para que houvesse adequação às diferentes situações da educação nacional. Figura 1. Principais indicações da LDB 9394/96. Fonte: a autora, 2019. Apartir dessa historicização podemos avançar para as perspectivas curriculares que a LDB nº 9.394/96 evidencia em seu texto e como essas se projetam nas práticas pedagógicas. 2. LDB nº 9394/96 e as discussões curriculares Como vimos, a LDB nº 9.394/96 é fruto do processo de redemocratização a partir da homologação da Constituição Federal de 1988 e, portanto, efetiva a transposição dos princípios democráticos também no campo educacional prevendo como fim da Educação: Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996, online) Assim, o compromisso com a formação cidadã, a qual considera os sujeitos em referência ao seu contexto social, cultural e econômico, prevê uma organização curricular com vistas à humanização e superação das desigualdades. Portanto, inerente em seu texto, está o conceito de currículo para além dos conteúdos programáticos, tendo como princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (BRASIL, 1996, online) Essas premissas curriculares são significativas em relação à mudança da intenção da educação escolar e seu currículo, evidenciando a influência das Teorias Críticas nas quais a aprendizagem, essa expressa em competências e habilidades, passa a ser o eixo das normativas. No texto essa transição fica evidente quando menciona: capacidade de aprender; compreensão do ambiente físico e social; autonomia intelectual; pensamento crítico; compreensão do significado; relacionamento entre teoria e prática. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Em seu texto não há a indicação de um currículo formal ou prescritivo. Prevê que o currículo deve abranger o estudo da Língua Portuguesa, Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do contexto nacional, avançando para as demais áreas que considera fundamentais à formação dos estudantes: arte, música, educação física, história entre outras. Entretanto, cabe ressaltar que não há a indicação de um plano curricular ou matriz de conteúdo, apenas são contempladas de maneira genérica as indicações de área com o intuito de “Art. 22 [...] desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. (BRASIL, 1996, online). Portanto, a primeira característica a ser destacada em relação à LDB é a escassez do seu texto em definir o que é obrigatório ou não em termos de área de estudo e disciplinas curriculares, flexibilizando as decisões no campo curricular, outorgando aos entes federados grande autonomia de decisão. Verifica-se assim a garantia da possibilidade de projetos políticos pedagógicos, esses também assegurados no texto, convergentes com a realidade e contexto de cada localidade. É fundamental evidenciarmos que isso implica, mesmo que implicitamente, na visão curricular que ultrapassa a mera “relação de conteúdos” a serem ministrados em um ano letivo, ou seja, a LDB não intenciona a definição de uma matriz curricular, porém, seu texto também é genérico e superficial na perspectiva em elucidar os conjuntos de aprendizagens que se espera, prevendo documentos complementares para esses fins, como em seu Artigo 9º, que prevê a elaboração Plano Nacional da Educação e, nesse mesmo artigo, indica como responsabilidade: “IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum” (BRASIL, 1996, online - grifos nossos). Destacamos as palavras “competências” e “diretrizes” para avançarmos no que tange ao que Mello (2014, p.10) se referiu como “núcleo duro do trabalho pedagógico de professores e alunos”. Como vimos, a LDB não define conteúdos e sim propõe diretrizes que orientam o processo de implementação curricular que inclui a escolha desses conteúdos. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Glossário técnico: Diretrizes: são orientações de valores e princípios que devem nortear todo o processo de definição e implementação curricular. Competência: é a capacidade do aluno de mobilizar conhecimentos para resolver demandas complexas. Por essa perspectiva, podemos compreender que ao propor apenas diretrizes, a LDB é convergente com a perspectiva dos princípios da recontextualização de Young (2013), que induzem à concepção do conhecimento curricular contextualizado na realidade local, social e pessoal da escola e seus estudantes. Na prática, isso significa que o perfil do currículo seja da seleção do conteúdo à avaliação, deverá ser encarado no perfil local de sua concepção, viabilizando a concretude das aprendizagens. Em relação às competências, o texto busca aproximar-se do conceito de "expectativas de aprendizagem" ou "direitos de aprendizagem", porém, não avançando em materialidade, dependendo da efetivação de outras legislações e documentos, tais como o Plano Nacional da Educação e a Base Nacional Comum Curricular, para efetivação. Com o texto da LDB sendo, como já vimos, amplo e genérico, garante-se vantagens e desvantagens em termos operacionais. A autonomia profissional, princípio fundamental para a formação cidadã é garantida, porém, a desregulação ou “afrouxamento” das políticas públicas de formação docente não garantem que esses professores tenham a oportunidade, por vezes, de uma formação pedagógica e didática que os instrumentalize para isso. Assim, a questão pertinente é: até que ponto é benéfica a generalização do texto? Quais dispositivos e instrumentos de regulação deveriam ser efetivos para a garantia da qualidade formativa? Afinal, por melhor que seja qualquer proposta, ela só será real e implantada com qualidade se quem estiver envolvido no processo estiver capacitado para esse exercício. Portanto, se retornarmos às discussões dos capítulos anteriores, veremos que o item “Formação/Profissionalização Docente” apresenta uma lacuna significativa em termos de qualidade. Avançando nas reflexões curriculares, o texto expresso na LDB pode gerar o equívoco de compreender o conhecimento como aquilo que tem única e exclusiva função prática. Ou seja, corre-se o risco de entender que o conhecimento necessário é apenas aquele que tem significado para o estudante, fato que nos leva a uma Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares segunda reflexão necessária: Quantoavançariamos invertendo essa lógica? A partir de novos conhecimentos, quais outros significados seriam possíveis para meus alunos? Mello afirma: Há um princípio científico das teorias de aprendizagem segundo o qual, para que ela ocorra, é preciso que o que está para ser aprendido seja significativo para o sujeito. Isso não significa que só o que é significativo tem valor educativo. A negação do valor do conhecimento faz com que bons professores fiquem presos à indagação ‘este currículo faz sentido para meus alunos?’, em vez de ‘quais novos sentidos se abrirão para meus alunos com este currículo?’ ou ‘será que este currículo leva meus alunos para além da experiência deles e permite que vislumbrem alternativas com alguma base no mundo real?’ (Michael Young, 2013). Limitar o valor educativo do conhecimento ao seu significado para quem aprende, é desconsiderar que em todas as áreas ou disciplinas sempre há um corpo de teorias, leis, conceitos, que até aquele momento é o que mais se aproxima da verdade sobre o mundo e sobre nós: um conhecimento mais confiável. Esse tipo de conhecimento não é estático e se apresenta de tal forma que sempre pode ser contestado. (2014, p. 15) Assim, na operacionalização da LDB as contradições passam a ser evidenciadas principalmente em termos da produção de conhecimento e seleção de conteúdo, outro exemplo diz respeito ao Programa Nacional do Livro Didático - PNLD: se os conteúdos devem ser pensados de acordo com a realidade e contexto, como é possível um programa nacional de livro didático que “compra” material com um “currículo estruturado”? Mello (2014) indica que essas questões são importantes para perceber que, apesar do texto da LBD ser pontual prevendo a autonomia do desenvolvimento curricular pelos municípios e ampliando para a legitimação no Projeto Político Pedagógico, essas distorções que podem ser evidenciadas como no exemplo do “sistema de seleção e aquisição do livro didático” (MELLO, 2014, p. 14) resultou em “[...] currículos estruturados" [...] conjuntos de materiais articulados com todos os conteúdos de cada ano escolar.” (op.cit). Outro elemento que cabe indicação é o tempo escolar. Como vimos anteriormente, ele influi diretamente nas escolhas e, nesse ponto, a LDB tem em seu texto grande interferência, pois, sua indicação é normativa, definindo o tempo curricular em dias e carga-horária prevendo “Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.” (BRASIL, 1996, online). Ou seja, nesse aspecto a lei opera como regra. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Essas são algumas reflexões importantes a serem feitas sobre a LDB e, efetivamente, não existem respostas prontas ou receitas para que os processos de implantação ou efetivação do seu texto sejam assertivas. Cabe o bom senso e, principalmente, a qualidade da formação dos profissionais da educação que estão na gestão e articulando os processos educacionais, na macro ou micro estruturas (secretarias de educação, diretorias, escolas, etc.), sendo portanto, imprescindível, a prioridade de discutirmos as políticas públicas de formação desses profissionais como prioridade. Adiante, veremos como a diversidade é contemplada no texto da LDB, avançando nos objetivos definidos para esse capítulo. 2.1. A diversidade e a LDB nº 9.394/96 Conceituamos anteriormente diversidade como as diferenças existenciais, resultados das construções histórica, social, cultural e política, originadas em meio às relações de poder e das desigualdades. Assim, a diversidade e inclusão, quando na área educação, não se limitam às questões de uma Educação Especial, mas abarca todas as relações culturais, sociais, étnicas e religiosas. Diante disso, a LDB assegura elementos substanciais para o respeito à diversidade, sendo eles: ● Educação escolar bilingue e intercultural aos povos indígenas (Art. 78). ● Inclusão escolar na rede regular de ensino de alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades ou superdotação (Parágrafo único - Capítulo V - Da Educação Especial). ● Adequação às necessidades e contextos dos estudantes das zonas rurais (Art. 28). ● Inserção no currículo escolar de conteúdos inerentes às diferentes culturas e etnias de formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígenas, africanas e européias. ● Ensino religioso, previsto como: Art. 33. [...] de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (BRASIL, 1996, online) Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Em relação às questões étnico-raciais, a LDB indica um conjunto substantivo de elementos para os currículos educacionais, com a obrigatoriedade da educação das relações étnico-raciais e do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, há o fortalecimento significativo da diversidade cultural, avançando para o reconhecimento da discriminação racial e do racismo, fundamental para o processo educacional e superação do preconceito e das desigualdades, fruto de um passado escravocrata e de injustiças sociais. Nesses apontamentos da lei, fica evidente que “[...] o benefício da inclusão não é apenas para crianças com deficiência, é efetivamente para toda a comunidade, porque o ambiente escolar sofre um impacto no sentido da cidadania, da diversidade e do aprendizado.” (HADDAD, 2018, p. 45), efetivando a premissa da Educação enquanto direito de todos, sendo um dos seus objetivos fundamentais: “Art. 3º [...] promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.” (BRASIL, 1988, online). Um ponto controverso na LDB é o Ensino Religioso, pois, a questão primordial é: O estado e a educação são laicos? Na Constituição Federal de 1988, em seu Art. nº 5, inciso VI, seu texto prevê como: “[...] inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (BRASIL, 1988, online). Na LDB está previsto o Ensino Religioso como vimos, cabe a evidência que a matrícula nessa “disciplina” é facultativa às famílias, respeitando, portanto, o direito de escolha. Leitura complementar: As leis brasileiras e o ensino religioso na escola pública - Por: Gestão Escolar. Link: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/728/as-leis-brasileiras-e-o-ensino- religioso-na-escola-publica Dickie e Lui (2007) indicam que “Em todas as interpretações da lei [...] há um componente comum: definem “religião” como o que remete ao transcendente, ainda que definam sua função de forma diferente.” (p. 12), e por mais que durante toda a implementação e propostas se busque a condição de “não-confessionalidade”, ainda, é visível que “o ensino religioso é uma plataforma onde se dá o embate entre religião https://gestaoescolar.org.br/conteudo/728/as-leis-brasileiras-e-o-ensino-religioso-na-escola-publica https://gestaoescolar.org.br/conteudo/728/as-leis-brasileiras-e-o-ensino-religioso-na-escola-publica Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares e Estado em que, ao que parece, a religião recusa assumir-se como parte derrotada.” (p. 18). Você quer ver? Quando nos propomos a refletir, temos o objetivo de “sair do lugar comum”, da “zona de conforto”, portanto, alguns temas polêmicos são necessários, mesmo que possam causar algum desconforto. Porém, não podemosnos esquecer que somos aqui estudantes em formação para atuarmos na formação de pessoas. Mais que isso: na formação de cidadão críticos. Dito isso, e diante das questões emergentes sobre o Ensino Religioso, podemos parar para refletir: a escola pode tornar facultativa aos alunos a presença em aulas de Ensino Religioso? Quais conteúdos devem ser abordados? A escola pode (ou deve) comemorar datas como Páscoa, Natal e outras datas do calendário católico? Pode propor a liturgia bíblica? Essas questões são fundamentais e precisam ser pensadas. Para ampliar um pouco mais o repertório para essas reflexões, vocês podem assistir o filme “A mulher mais odiada dos Estados Unidos”, o trailer está disponível nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=lXAtX6RwhF4 https://www.youtube.com/watch?v=lXAtX6RwhF4 Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Figura 2 - Capa filme: A mulher mais odiada dos Estados Unidos. Fonte: Netflix - divulgação. Essas são algumas das principais reflexões e apontamentos acerca da LDB nº 9.394/96. Sabemos que são vastos os caminhos e que ainda são necessárias muitas outras aproximações, porém, o primeiro passo foi dado nessa direção. Como vimos, da LDB outras legislações e complementos são necessários para organização do sistema educacional, principalmente em termos curriculares e um dos que se destacam é a Base Nacional Comum Curricular, objeto que discutiremos na sequência. 3. Base Nacional Comum Curricular - BNCC A Base Nacional Comum Curricular - BNCC2 é o documento que regulamenta, para as redes e sistemas de ensino público e particular, as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio). Tem como objetivo garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes de acordo com o que vimos nas indicações da LDB nº 9.394/96. Ainda, seu texto indica orientações para a construção de currículos próprios pelos estados e municípios, garantindo o regime de colaboração previsto na LDB em seu Art. 9, inciso IV3. Indicação de vídeo: O que é a Base Nacional Comum Curricular? - BNCC Vídeo produzido pelo Ministério da Educação - MEC com uma breve apresentação da proposta da base. Link: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=ELQ2azcQC9Q 2 A partir desse momento, utilizaremos no texto sempre a sigla BNCC quando nos referirmos à Base Nacional Comum Curricular. 3 “[...] estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum [...]” https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=ELQ2azcQC9Q Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Mas, finalmente, seria a BNCC o produto final do currículo, aquele que destacaria os conteúdos a serem ensinados e aprendidos? 3.1. BNCC é currículo? A resposta à pergunta que intitula esse subtítulo é respondida de maneira objetiva no texto da BNCC: “de maneira simples, é possível afirmar que a base indica o ponto aonde se quer chegar. O currículo traça o caminho até lá.” (BNCC, 2017, online). Ou seja, a BNCC e os currículos são compreendidos como documentos diferentes em concepções e finalidades. Os fundamentos pedagógicos da BNCC focam no desenvolvimento de competências, no compromisso com a educação integral; nos princípios da diversidade, igualdade e equidade; reafirmando a condição imprescindível do regime colaborativo para a construção dos currículos a partir de um pacto interfederativo. Glossário: Equidade: sentimento de justiça, de apreciação, do julgamento justo. Consiste no respeito à igualdade de direito de cada um, que independe da lei positiva, mas de um sentimento do que se considera justo, tendo em vista as causas e as intenções. Assim, a BNCC seria parte do currículo, orientando os referenciais e os PPP4 das escolas à medida que estabelece as competências e habilidades a serem alcançadas pelos alunos, ano a ano. Para melhor compreendermos como se estrutura a BNCC, optamos por um recorte do seu texto: trabalharemos com a etapa do Ensino Fundamental, 4.3 - A área de Ciências da Natureza, 4.1.1 - Ciências, 4.3.1.1 - Ciências no Ensino Fundamental - Anos Iniciais: Práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades. A primeira indicação é com a prioridade não de apresentar conhecimentos científicos aos estudantes, mas sim promover: [...] oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigação que lhes 4 Projeto Político Pedagógico Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua capacidade de observação, de raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo como referência os conhecimentos, as linguagens e os procedimentos próprios das Ciências da Natureza. (BNCC, 2017, online) Saiba mais: o site Movimento pela Base apresenta um pouco do processo de construção da BNCC e traz orientações para sua implementação nas escolas. http://movimentopelabase.org.br/ Para esse objetivo, a estrutura da BNCC por área pode ser representada da seguinte forma: Figura 3. Estrutura BNCC por área. Fonte: Elaborado pela autora. http://movimentopelabase.org.br/ Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Dentro da especificidade da área, essa estrutura é refinada e apresentada em quadros: Quadro 1. Habilidades Ciências da Natureza - 1º ano. Fonte: BNCC Portanto, podemos visualizar que na BNCC há a indicação da unidade temática, dos objetos de conhecimento e o que se espera que os estudantes aprendam em relação a eles, nesse exemplo, a passagem do tempo em dias, porém, mesmo que no texto completo se discuta a pertinência da prática pedagógica, essas tangem o campo teórico, intencionam fomentar a discussão e ampliar possibilidades e não definir ou normatizar o trabalho docente em sala. Mas, diante da concepção de currículo trabalhada durante a disciplina e que também é prevista na LDB nº 9.394/96, a qual prevê a BNCC, por quê a base não é currículo? O que a diferencia? Ou ela é currículo? Para essas questões Macedo (2018) traz necessárias reflexões. A autora evidencia que, desde o início do processo de elaboração do documento até a implantação do documento final, inúmeras foram as críticas sobre o fato de, tentando diferenciar currículo e base, a proposta reduz currículo a uma listagem de competências. O texto oficial da BNCC busca esclarecer essa questão, indicando que: “BNCC e currículos têm papéis complementares para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação” (BNCC, 2017, online). Se retornarmos ao que vimos sobre currículo formal, real e oculto, a BNCC, no sentido da explicação fornecida em seu texto oficial e como apontado por Macedo (2018) apesar da tentativa de diferenciação entre base e currículo, a BNCC opera como um currículo formal e prescritivo. É fato que não esgota ou restringe o currículo em ação que ocorre nas escolas e, tampouco, o currículo oculto: A BNCC seria, assim, currículo, mas não esgotaria as possibilidades de ser do currículo. O conceito de currículo em ação ou vivido aparece em diferentesautores no campo do currículo, no geral, se referindo, ao que ocorre nas Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares escolas. A ideia de complementaridade em relação ao currículo prescrito também perpassa a maioria dos sentidos que ele vai assumindo na literatura, dando conta da impossibilidade do currículo formal fazer jus às experiências imprevisíveis que ocorrem no dia a dia da sala de aula. (MACEDO, 2018, p. 29) Indicação de vídeo: Base Nacional Comum Curricular - Célia Carolino, professora do programa de estudos pós-graduados em Educação Matemática da PUC-SP, fala sobre a base nacional comum curricular e os níveis de concretização do currículo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=paqvIE5w6gA A crítica principal de Macedo (2018) sobre a proposta da BNCC recai no fato de que seu texto explicita a compreensão do currículo em ação como uma releitura do currículo formal, bastando a implementação da base para que se efetive. Para a autora, um grande equívoco, inclusive já demonstrado em outros países como a Finlândia. Para ela, o processo de construção curricular deveria seguir o caminho inverso: da escola (do currículo em ação) para a regulamentação (currículo formal). Para acessar: Acesse os documentos e materiais completos relacionados à BNCC no site oficial do Ministério da Educação para melhor compreender e conhecer todos os elementos e suas configurações. Site: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Entretanto, cabe refletirmos que sim, várias são as críticas a serem feitas à BNCC, porém, é preciso destaque para o fato de seu texto indicar o que é mínimo, o que habilita e possibilita grande autonomia e possibilidade de trabalho docente. Nessa perspectiva, reflexões, análises e principalmente uma postura propositiva: o que faremos enquanto professores? Torna-se muito mais significativa pensando na aprendizagem dos estudantes e na efetivação curriculares como um todo. https://www.youtube.com/watch?v=paqvIE5w6gA http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares A partir dessas primeiras reflexões sobre a BNCC, avançaremos na sequência sobre como se estabelecem a perspectiva do prescrito e da ação em suas propostas. 4. BNCC: do prescrito ao real Como vimos, a BNCC inicialmente define aprendizagens essenciais, essas que devem assegurar aos estudantes dez competências gerais, entendidas como direitos de aprendizagem e desenvolvimento, ao final do processo escolar. São elas: Figura 4 - As 10 competências gerais da BNCC. Fonte: Tuneduc. Competências, em seu texto, são definidas como: “[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (BNCC, 2017, online). Essa perspectiva indica que as escolhas pedagógicas devem ser, obrigatoriamente, no sentido do desenvolvimento de competências, ou seja, a Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares perspectiva tradicional de transmissão de conteúdos descontextualizados não é possível. Privilegia-se o saber no sentido da construção do conhecimento, de habilidades, atitudes e valores e o saber-fazer, que consiste na mobilização do saber em prol das demandas da vida cotidiana. Sua estrutura geral segue a seguinte organização: Figura 5 - Competências gerais da Educação Básica. Fonte: BNCC. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares São elas, portanto, definidas por etapa de escolarização, as quais veremos a seguir. 4.1. Educação Infantil O texto da BNCC para a primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil, a partir do eixo estruturante Interações e Brincadeiras, prevê seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, sendo eles: 1. Conviver 2. Brincar 3. Participar 4. Explorar 5. Expressar 6. Conhecer-se Esses direitos são estabelecidos em cinco campos de experiências que, como vimos, definem os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, aqui em três faixas etárias: bebês (0 a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). Figura 6 - Campos de Experiência - BNCC Educação Infantil. Fonte: Elaborado pela autora. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares A perspectiva pedagógica aqui evidencia um currículo prescrito de ações experimentais que, na prática, vai de acordo com a concepção da criança enquanto: [...] sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009, online). Possibilitando, assim, um currículo real que, diante da indissociabilidade do cuidar e educar inerente dessa etapa da educação, as crianças desempenhem papel ativo em sua aprendizagem e desenvolvimento, construindo significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. Ancorado em práticas e vivências relacionadas ao cotidiano da infância, a partir de brincadeiras, desafios e ambientes estimulantes. 4.2. Ensino Fundamental O Ensino Fundamental está organizado em cinco áreas do conhecimento que intencionam o favorecimento da: “[...] comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes componentes curriculares” (BRASIL, 2010, online), prevendo assim, a interdisciplinaridade embora se mantenha a sistematização dos elementos. A divisão dos objetivos de aprendizagem são feitos em duas etapas e devem ser consolidados nos nove anos de escolarização: Anos Iniciais e Anos Finais, seguindo a seguinte organização: Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Figura 7. Componentes curriculares - BNCC Ensino Fundamental. Fonte: BNCC. Como vimos, dos componentes, se organizam as unidades temáticas e os arranjos dos objetos de conhecimento, esses que deverão ser adequados às especificidades dos diferentes componentes curriculares. Como objetivo final, espera- se que os estudantes efetivem as aprendizagens essenciais, essas descritas como habilidades. A diferenciação entre o currículo formal e real é evidenciado no texto da BNCC em relação a essa etapa quando na indicação que as habilidades não são “[...] ações ou condutas esperadas do professor, nem induzem à opção por abordagens ou metodologias” (BNCC, 2017, online). Reforçando que as práticas e, portanto, o currículo em ação se efetivam mediante as: “[...] escolhas no âmbito dos currículos e dos projetos pedagógicos, que, como já mencionado, devem ser adequados à realidade de cada sistema ou rede de ensino e a cada instituição escolar, considerando o contexto e as características dos seus alunos.” (op. cit.) Indicação de vídeo: Audiência Pública 20/09/2017 Debate sobre o tema "Base Nacional Comum Curricular: desafios para implementação e o combate às desigualdades educacionais", com a fala do Prof José Pacheco. TV Senado. Link: https://www.youtube.com/watch?v=ms2LOkkoLn4 Síntese Nesse último capítulo tivemos como tema Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 e a Base Nacional Comum Curricular, sobre elas, relacionamos seus textos e estruturas às concepções curriculares trabalhadas durante as demais unidades, identificando: ● Os currículos prescritos; ● As possibilidades de avanços em relação aos currículos reais; ● As aberturas possíveis para temas relacionados à diversidade e, por fim, https://www.youtube.com/watch?v=ms2LOkkoLn4 Currículo- Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares ● Os desafios no campo da efetivação das propostas que se estabelecem nesses textos diante das realidades educacionais. Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Bibliografia BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana. Brasília: MEC/CNE, 2004. ______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 10 jul. 2019 ______. (1961) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional., n. 4024. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: Acesso em: 08 jul. 2019. ______.(1971). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 5.692. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 08 jul. 2019. ______. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9394. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Senado Federal, 1996. Disponível em: Acesso em: 08 jul. 2019. ______. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. DICKIE, M.A.S. Unspoken ethics: a multi-religion group and the building of a public identity. Trabalho apresentado na Annual Conference of the British Association for the Study of Religion, Bath Spa University, Inglaterra, 2006. MELLO, Guiomar Namo. Currículo da Educação Básica no Brasil: Concepções e políticas. Movimento pela Base. Setembro/2014. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp- content/uploads/2015/09/guiomar_pesquisa.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019. SANTOS, B.S. A construção intercultural da igualdade e da diferença. In: SANTOS, B.S. A gramática do tempo. São Paulo: Cortez, 2006. p. 279-316. Referências imagéticas: Quadro 1 - Habilidades Ciências da Natureza - 1º ano. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/ciencias-no-ensino- fundamental-anos-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e- habilidades>. Acesso em: 15 jul. 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2015/09/guiomar_pesquisa.pdf http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2015/09/guiomar_pesquisa.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/ciencias-no-ensino-fundamental-anos-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/ciencias-no-ensino-fundamental-anos-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/ciencias-no-ensino-fundamental-anos-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades Currículo - Unidade Nº 4 - Legislação educacional e as perspectivas curriculares Figura 4 - As 10 competências gerais da BNCC. Fonte: Tuneduc. Disponível em: <https://www.tuneduc.com.br/competencias-gerais-da-bncc/>. Acesso em: 15 jul. 2019. Figura 5 - BNCC. Competências. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura>. Acesso em: 15 jul. 2019. Figura 7 - BNCC. Componentes curriculares. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura>. Acesso em: 15 jul. 2019. https://www.tuneduc.com.br/competencias-gerais-da-bncc/ http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura
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