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Teorias e Práticas do Currículo

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CADERNO DE ESTUDOS – 3° SEMESTRE 
 
 
UNOPAR - PEDAGOGIA 
 
 
 
Professora Fernanda Mendes 
Assessoria Acadêmica 
WhatsApp: 62 99342 0331 
YouTube: Pedagogia Tira Dúvidas 
Instagram: @pedagogiatiraduvidas 
Blog: https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/ 
 
Este caderno é um resumo sobre as disciplinas do 3º semestre do curso de 
Pedagogia da Faculdade UNOPAR. 
https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Canal Pedagogia Tira Dúvidas – Vídeos Resumos com Faça Valer a Pena comentado: 
 
https://youtu.be/-qLxw2fnuyk 
 
https://youtu.be/-qLxw2fnuyk
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo 
Seção 1.1: A história do currículo 
 
 O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições 
escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser 
abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. 
 O currículo não é somente uma seleção de conhecimentos ou conteúdos que deverão ser ensinados. 
Enquanto dimensão da cultura, o currículo exige reflexão e planejamento sobre: 
 
✓ A quem ensinar; 
✓ O que ensinar; 
✓ Como ensinar; 
✓ Como avaliar. 
LINHA DO TEMPO 
 
◊ BRASIL COLÔNIA (1500 – 1759): Jesuítas catequizavam os indígenas e atendia a elite local 
(analfabeta). O currículo servia para promover a hegemonia europeia; 
 
◊ REFORMA POMBALINA (1759 – 1822): A chegada do iluminismo trouxe uma educação laica e 
científica. O currículo atendia os interesses da burguesia e do Estado. 
 
◊ BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889): Províncias responsáveis pela organização da educação pública. O 
currículo era baseado nos conhecimentos humanísticos a fim de qualificar a mão de obra menos 
abastada – ensino profissionalizante. 
 
◊ REPÚBLICA (1889 – 1930): Conteúdos mais científicos e menos humanistas. O currículo é vinculado 
à teoria não crítica. Surgimento da disciplina de Educação Moral e Cívica. 
 
◊ ERA VARGAS (1930 – 1945): A sociedade era envolta em um sentimento de nacionalismo. O ensino 
secundário se dividia em indústria e comércio. Aqui o currículo tinha a intenção de adequar o indivíduo 
às normas e regras sociais. 
 
◊ GOLPE DOS MILITARES (1964): A liberdade foi suprimida. A escola serviu para manutenção do status 
quo. O currículo assume uma dimensão tecnicista e burocrática. 
 
◊ DÉCADA DE 1990 – O NEOLIBERALISMO: O currículo é voltado para as demandas do mercado de 
trabalho. 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA: A história da Educação Moral e Cívica remete ao início da República no Brasil. O civismo buscaria 
formar cidadãos para o trabalho e para uma vida racional, opondo-se à moral religiosa do período monárquico. Na década de 1930, 
ela é substituída pela educação religiosa católica. A EMC era considerada prática educativa, que deveria permear todos os momentos 
e espaços da vida escolar. Os conteúdos cívicos estavam incorporados à Geografia, à História e ao Canto Orfeônico. A disciplina volta 
à cena anos depois, em 1969, e ganha força na década de 1970 com a Reforma do Ensino, a qual tornou a escola obrigatória entre 
os 7 e 14 anos. 
 
Faça valer a pena 
1. O discurso sobre o currículo reflete nossa prática pedagógica, uma vez que estes processos são reflexos, ou seja, uma 
proposta pedagógica autoritária vincula-se a determinada concepção de saber, aluno e professor, por conseguinte 
também implica em determinada práxis sobre a construção e assimilação destes conhecimentos. 
 
Assinale a alternativa que indica corretamente uma característica sobre o currículo: 
a) Ele é neutro. 
b) Ele é estático. 
c) É uma construção a-histórica. 
d) Deve ser determinado pela gestão escolar. 
e) É uma construção coletiva relacionada às expectativas de aprendizagem dos educandos. 
 
2. Quando nos remetemos à origem etimológica do termo currículo, encontramos a perspectiva de que ele é uma seleção 
de uma vertente da cultura, ou caminho pelo qual devemos seguir para que seja possível acessar e (re)construir o 
conhecimento. Isto ocorre, pois: 
I. O currículo determina uma cultura comum que compartilhamos. 
PORQUE 
II. Há um saber acumulado ao longo da história da humanidade e este é legado às futuras gerações pelo processo de 
socialização e educação. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
3. O currículo, como conhecemos, organizados por disciplinas, emerge da própria organização dos sistemas de ensino, 
o qual nos interessa, em maior parte, pela organização escolar como intervenção estatal. Evidentemente que já existia 
uma tentativa de sistematização e organização dos saberes e a forma como deveriam ser legados às novas gerações. 
As alternativas abaixo indicam que o postulado curricular da Idade Média estava dividido em dois grandes grupos. 
Assinale a alternativa que indica corretamente quais eram eles: 
 
a) Trivium e Quadrivium. 
b) Trivium e a Didática Magna. 
c) Quadrivium e a Didática Magna. 
d) A bula Divinis Redemptoris e o Trivium. 
e) A bula Divinis Redemptoris e o Quadrivium. 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo 
Seção 1.2: Teorias e concepções do currículo 
 
TEORIAS NÃO CRÍTICAS, ACRÍTICAS OU TRADICIONAIS DO CURRÍCULO 
 
 Compreende o currículo como neutro, científico e objetivo. A necessidade de especialização do 
currículo e da especificidade disciplinar justifica-se pelo fato de que os conteúdos deveriam ser prescritos para 
que pudessem ser eficientes, em alusão ao modelo industrial e fabril que estava sendo posto. 
 
JOHN FRANKLIN BOBBIT → Precursor da corrente tradicional do currículo. Buscou criar uma teoria que 
permitisse a criação científica da escola e do sistema educativo. 
 
 
 
 
 
 
RALPH TYLER → Foi fundamental para a consolidação da visão sobre o que deveria ser ensinado e como 
fazê-lo de forma eficiente. Sua teoria está assentada sobre o tripé: currículo, ensino e avaliação. 
 
 
 
 
 
 
JOHN DEWEY → Considerado progressista. Compreende a aprendizagem como um processo indutivo e que 
a ação sobre os fenômenos são se limitara a uma ação mimética, mas de experimentação e reorganização. É 
um dos precursores do movimento escolanovista e da escola não-diretiva. 
 
 
 
 
 
O CURRICULO É ESPECIFICAÇÃO 
PRECISA DE OBJETIVOS, 
PROCEDIMENTOS E MÉTODOS PARA 
OBTENÇÃO DE RESULTADOS QUE 
POSSAM SER MENSURADOS. 
A ESCOLA DEVE ESCOLHER OS 
OBJETIVOS, REALIZAR AÇÕES PARA 
ATINGÍ-LOS E AVALIAR OS ALUNOS 
PARA VER SE OS OBJETIVOS FORAM 
ATINGIDOS. 
A EDUCAÇÃO DEVE SERVIR PARA 
LEGITIMAR A DEMOCRACIA, 
RESPEITANDO SEMPRE OS INTERESSES 
E AS EXPERIÊNCIAS DO ALUNO. 
TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO 
 
 As teorias críticas tiveram como escopo subverter a ordem e a lógica da organização curricular proposta 
pela vertente tradicional. As teorias críticas questionavam o formalismo curricular e o aporte técnico, 
questionando que o saber estava legitimando as desigualdades sociais. 
 
LOUIS ALTHUSSER → Considerava que a ideologia é produzida e disseminada na sociedade pelos Aparelhos 
Ideológicos, sendo a escola uma instituição social que exerce este papel. A escola e o currículo seriam 
responsáveis por transmitir, através das disciplinas escolares e de seus conteúdos, os valores e as estruturas 
necessárias para que o sistema capitalista se perpetue. 
 
 
 
 
 
 
SAMUEL BOWLES e HEBERT GINTIS → Enfatizaram que a reprodução da ideologia dentro da escola não 
estárestrita aos conteúdos escolares, mas se concretiza nas relações sociais que engendra. Há uma 
correspondência direta entre as relações sociais da escola e as relações do ambiente de trabalho, ou seja, o 
aspecto econômico se sobrepõe ao ordenamento social. 
 
 
 
 
 
MICHAEL APPLE → Direcionou-se à epistemologia do currículo, buscando identificar por que alguns 
conhecimentos são considerados válidos enquanto outros são refutados. Seu enfoque era nas relações de 
poder engendradas pelo currículo, já que ele se apresenta ora como um campo de resistência contra a 
hegemonia, ora como um legitimador dos processos de dominação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ESCOLA É UM LUGAR USADO PARA 
FORMAR INDIVÍDUOS SUBJUGADOS À 
IDEOLOGIA DOMINANTE. 
 
AS RELAÇÕES ENTRE PROFESSOR E 
ALUNO NÃO DEVEM SE ASSEMELHAR 
COM AS RELAÇÕES ENTRE PATRÃO E 
EMPREGADO. 
 
A EDUCAÇÃO DEVE MANTER AMPLOS 
IDEAIS E NUNCA SE ESQUECER DE QUE 
ESTÁ LIDANDO COM ALMAS E NÃO 
COM DINHEIRO. 
HENRY GIROUX → Enfatiza que o currículo é uma possibilidade de emancipação e libertação, de modo a 
permitir que as pessoas possam se tornar conscientes e efetivamente exerçam o controle social. O papel do 
docente é instigar seus educandos e permitir que eles tenham “voz”, ou seja, uma postura ativa na construção 
do conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS DO CURRÍCULO 
 
 Os teóricos desta abordagem reconhecem e discutem temáticas como: 
 
 
 Os principais pensadores são os pós estruturalistas representados por Foucault, Derrida e Guattarri. 
 
MICHEL FOUCAULT → Não existe saber que não seja a expressão de uma vontade de poder. Ao mesmo 
tempo, não existe poder que não se utilize do saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIDADE DIFERENÇA ALTERIDADE SUBJETIVIDADE
MULTICULTU
RALISMO
SUJEITO
 
É ATRAVÉS DE UM PROCESSO PEDAGÓGICO QUE 
PERMITA ÀS PESSOAS SE TORNAREM CONSCIENTES 
DO PAPEL DE CONTROLE E PODER EXERCIDO PELAS 
INSTITUIÇÕES E PELAS ESTRUTURAS SOCIAIS QUE 
ELAS PODEM SE TORNAR EMANCIPADAS OU 
LIBERTADAS DE SEU PODER E CONTROLE. 
 
TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É UMA MANEIRA 
POLÍTICA DE MANTER OU DE MODIFICAR A 
APROPRIAÇÃO DOS DISCURSOS, COM OS SABERES E 
OS PODERES QUE ELES TRAZEM CONSIGO. 
JAQUES DERRIDA → A questão da hospitalidade, em seu sentido pleno, ao aceitar o Outro exatamente como 
Outro, ou pelo menos com este pressuposto, respeitando suas singularidades e diferenças é que devemos 
pensar nos sujeitos que são projetados em documentos curriculares. 
 
 
 
 
 
 
FÉLIX GUATTARI → Propõe que lancemos um novo olhar para as filosofias pragmatistas da educação, com 
o propósito de, ao invés de as entendermos como uma espécie de ideologia capitalista, a tomarmos como um 
antídoto a todo essencialismo em termos pedagógicos, a favor de uma pedagogia operária ou nômade. 
 
 
 
 
 
 
 
PERSPECTIVAS BINÁRIAS → Os teóricos aprofundaram alguns exemplos do estruturalismo em relação à construção 
do sentido e do significado. Para eles, as perspectivas binárias, como homem x mulher, ou científico x não científico, são 
construções que devem ser compreendidas em sua origem e em seu processo de significação/legitimação pelo corpo 
social. 
VISÃO SOBRE O CURRÍCULO → Refuta a construção do currículo como unívoco, centrado, unitário, neutro, objetivo e 
racional, porque o processo de subjetivação sempre está presente dentro da construção curricular. As terias pós-críticas 
vão além das desigualdades sociais, pois têm como foco também o sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A HOSPITALIDADE TRATA DAS 
QUESTÕES DE ACEITAÇÃO DO OUTRO 
COMO TAMBÉM DA SEGREGAÇÃO E 
EXCLUSÃO DO MESMO. 
 
DEVEMOS PENSAR EM UMA 
PEDAGOGIA CAPAZ DE INVENTAR SEUS 
MEDIADORES SOCIAIS. 
. 
IMPORTANTE 
 
 
CURRÍCULO OCULTO: é o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos alunos 
e o trabalho dos professores. O currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em 
meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar. 
Faça valer a pena 
1. O modelo institucional dessa concepção de currículo é a fábrica. Sua inspiração teórica é a da administração científica 
de Taylor. No modelo de currículo, os estudantes devem ser processados como um produto fabril (SILVA, 2010, p. 12). 
Assinale e alternativa que indica o autor da obra The Curriculum, que marca o início dos estudos do campo da Teoria do 
Currículo: 
 
a) Bobbitt. 
b) Tyler. 
c) Bruner. 
d) Hamilton. 
e) Herbart. 
 
2. A teoria tradicional do currículo prevê sua construção como algo neutro, científico, eficiente, produtivo e capaz de 
transformar a práxis pedagógica em objetiva e operacional. 
Assinale a alternativa que indica corretamente o autor que se opõe a definição acima apresentada: 
 
a) Bobbitt. 
b) Tyler. 
c) Rousseau. 
d) Althusser. 
e) Taylor. 
 
3. O denominado “currículo oculto” relaciona-se aos elementos implícitos e aos processos de socialização e 
aprendizagem expressos em atitudes, valores e comportamentos. Eles não fazem parte do currículo oficial, mas inferem 
sobre ele. Desta forma, o currículo oculto está presente nos diferentes âmbitos, seja nas relações, nas temáticas 
emergentes ou até mesmo na arquitetura escolar. Alguns autores atribuem a utilização do termo pela primeira vez a Phillip 
Jackson, em 1968, com sua obra Life in classroom, e aprofundado por Robert Dreeben, em On what is learned in school. 
Assinale a alternativa que indica corretamente qual teoria sobre o currículo se debruçou pela primeira vez sobre esta 
temática. 
a) Tradicional. 
b) Escola Nova. 
c) Reconceptualização. 
d) Crítica. 
e) Pós-crítica. 
 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo 
Seção 1.3: O currículo como construção sócio-histórica 
 
 
 As teorias críticas do currículo trouxeram um novo olhar para a questão curricular, especialmente 
porque se distanciaram de uma concepção que a escola e seus saberes são organizados por um viés tecnicista 
e burocrático. As teorias críticas procuraram compreender como o currículo estaria atrelado às questões sociais, 
econômicas e culturais. 
 Nas décadas de 1960 e 1970, o cenário mundial estava permeado por lutas em prol dos direitos humanos e civis. 
Assim, pelos direitos à igualdade e ao reconhecimento em diversos segmentos, eclodiram reivindicações como: 
 
 
 FEMINISMO; 
 IGUALDADE RACIAL; 
 MOVIMENTOS DE CONTRACULTURA; 
 MOVIMENTOS OPOSTOS ÀS GUERRAS E ÀS DITADURAS. 
 
 Neste cenário, Paulo Freire colocava em xeque tanto a prática como a organização curricular, com toda sua 
discussão teórica sobre a pedagogia do oprimido e sua proposta de alfabetização de adultos pelo método dos temas 
geradores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
MULTICULTURALISMO: O multiculturalismo é um movimento social surgido nos Estados Unidos e tem como objetivos 
principais a luta pelos direitos civis dos grupos dominados e excluídos por não pertencerem a uma cultura e classe social 
considerada superior: a euro americana, branca, letrada, masculina, heterossexual e cristã. Daí surge a necessidade da 
formação de um currículo escolar que aborde essa questão ensinando os alunos a não terem preconceitos e 
discriminações, já que a escolar e um espaço de socialização. 
CONCEITO DE IDEOLOGIA DE MARX 
 
 A Ideologia, de acordo com o materialismo histórico, refere-se a um conjunto de proposições 
elaboradas pela sociedade burguesa, que visa atender aos interesses da classe dominante como se 
fossem interesses coletivos. 
Faça valer a pena 
1. Por que a eficácia social da escola é um problema de justiça? A escola de massas visa oferecer diplomas a todos os 
alunos. Pode-se então considerar que esses diplomas tenham um valor utilitário, porque eles fixam o nível e as 
oportunidades de emprego a que os indivíduos podem pretender. (DUBET, 2004, p. 548) Para Bourdieu e Passeron, osdiplomas também são uma expressão da cultura dominante. Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao 
conceito relacionado à afirmação acima: 
 
a) Capital Cultural. 
b) Bioética. 
c) Microfísica do Poder. 
d) Aparelhos Ideológicos do Estado. 
e) Aparelhos Coercitivos do Estado. 
 
2. Temos que admitir que o poder produz saber (e não simplesmente favorecendo-o porque o serve ou aplicando-o porque 
é útil); que poder e saber estão diretamente implicados; que não há relação de poder sem a constituição correlata de um 
campo de saber, nem saber que não suponha e não constitua ao mesmo tempo relações de poder. Essas relações de 
“poder-saber” não devem ser analisadas a partir de um sujeito de conhecimento que seria ou não livre em relação ao 
sistema de poder, mas é preciso considerar ao contrário que o sujeito que conhece, os objetos a conhecer e as 
modalidades de conhecimento são outros tantos efeitos dessas implicações fundamentais do poder-saber e de suas 
transformações históricas. Resumindo, não é a atividade do conhecimento que produziria um saber, útil ou arredio ao 
poder, mas o poder-saber, os processos e as lutas que o atravessam e o constituem, que determinam as formas e os 
campos possíveis do conhecimento. (FOUCAULT, 1975, p. 161) 
Assinale a alternativa que corresponde ao processo de subjetivação que o autor entende ocorrer pelo processo de 
escolarização: 
 
a) Inato. 
b) Social. 
c) Autônomo. 
d) Livre. 
e) Crítico. 
3. Segundo Althusser (1987, p. 82): 
“Toda a ideologia representa, na sua deformação necessariamente imaginária, não as relações de produção existentes 
(e as outras relações que delas derivam), mas antes de mais nada a relação (imaginária) dos indivíduos com as relações 
de produção e com as relações que delas derivam. Na ideologia, o que é representado não é o sistema das relações 
reais que governam a existência dos indivíduos, mas a relação imaginária destes indivíduos com as relações reais que 
vivem.” 
 Os escritos de Althusser sinalizam que a formação social é resultante do modo de produção dominante, ou seja, 
o capitalista. Mas, para que seja possível manter-se, deve produzir e reproduzir essas relações e isto só é possível quando 
há uma confluência entre as bases materiais necessárias aliadas à ideologia dominante. A escola é uma instituição 
responsável pela inculcação da ideologia dominante. 
 Althusser indica que, para que esse processo ideológico ocorra, é necessário a utilização de determinados 
aparelhos pelo Estado. Assinale a alternativa que corresponde ao aparelho que representa a escola: 
 
a) Ideológico. 
b) Coercitivo. 
c) Panóptico. 
d) Repressor. 
e) Cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil 
Seção 2.1: As políticas de currículo pós Constituição de 1988 
 
LDB 9.394/96 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 
9.394, aprovada em 1996, reafirma o direito à educação, 
garantidos pela Constituição Federal de 1988. Estabelece os 
princípios da educação e os deveres do Estado em relação à 
educação escolar pública, definindo as responsabilidades, 
em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios. 
 A LDB 5.692/71 organizava o currículo 
apenas em séries anuais. A nova LDB 9.394/96 trouxe as possibilidades de dividir o currículo em séries anuais, 
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na 
idade, entre outros critérios. 
 Entendendo que cada região tem uma educação diversificada por suas especificidades, a LDB vem 
para complementar através de uma base comum com saberes que deverão ser ministrados a todos. 
 Nessa direção foram criados dois documentos fundamentais: os Parâmetros Curriculares Nacionais e 
as Diretrizes Curriculares Nacionais. 
 
PARÂMETROS CURRÍCULARES NACIONAIS 
 
 Os PCN’s são diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que servem para orientar a 
educação no Brasil. São separados por disciplinas. Além da rede pública, a rede privada de 
ensino também pode adotar os parâmetros, que não são obrigatórios. 
 
 
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS 
 
 As DCN’s são normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o 
planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas 
e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). 
 
 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
 
 O primeiro Plano Nacional de Educação foi aprovado por meio da Lei 
nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001, com vigência até 2010. No início da década 
de 2010, um projeto de lei (PL) foi inicialmente articulado pela Lei nº 8.035, de 
20 de dezembro de 2010, com o planejamento educacional para o período de 
2011 – 2020. No entanto, somente algum tempo depois a sua versão final foi 
aprovada por meio da Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, cobrindo o decênio 
2014 – 2024. 
 
 
AS 20 METAS DO PNE 
 
1 - Educação Infantil: Até 2016, todas as crianças de 4 a 5 anos de idade devem estar matriculadas na pré-
escola. A meta estabelece, também, a oferta de Educação Infantil em creches deve ser ampliada de forma a 
atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE. 
 
2 - Ensino Fundamental: Até o último ano de vigência do PNE, t oda a população de 6 a 14 anos deve ser 
matriculada no Ensino Fundamental de 9 anos, e pelo menos 95% dos alunos devem concluir essa etapa na 
idade recomendada. 
 
3 - Ensino Médio: Até 2016, o atendimento escolar deve ser universalizado para toda a população de 15 a 17 
anos. A meta é também elevar, até o final da vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio 
para 85%. 
 
4 - Educação Especial/Inclusiva: Toda a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve ter acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado, de preferência na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional 
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou 
conveniados. 
 
5 – Alfabetização: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental. 
Atualmente, segundo dados de 2012, a porcentagem de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com 
aprendizagem adequada em leitura é de 44,5%. Em escrita, 30,1% delas estão aptas, e apenas 33,3% têm 
aprendizagem adequada em matemática. 
 
6 - Educação integral: Até o fim da vigência do PNE, oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 
50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da Educação Básica. 
 
 
 
 
 
7 - Aprendizado adequado na idade certa: Estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e 
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias 
nacionais para o Ideb: 
 
 
 
 
 
 
 
8 - Escolaridade média: Elevar, até 2013, a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a 
alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor 
escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros 
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
9 - Alfabetização e alfabetismo de jovens e adultos: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 
anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e 
reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. 
 
10 - EJA integrada à Educação Profissional: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das 
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação 
profissional. Os dados de 2012 apontam que apenas 0,7% dos alunos do EJA de Ensino Fundamental têm esta 
integração.No Ensino Médio, a porcentagem sobe para 2,7%. 
 
11 - Educação Profissional: Triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, 
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Em 2012, houve 
1.362.200 matrículas nesta modalidade de ensino. A meta é atingir o número de 4.086.600 de alunos 
matriculados. 
 
12 - Educação Superior: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida 
para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% 
das novas matrículas, no segmento público. 
 
13 - Titulação de professores da Educação Superior: Elevar a qualidade da Educação Superior pela 
ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema 
de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores. 
 
14 - Pós-graduação: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo 
a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 
 
15 - Formação de professores: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais 
da educação, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação 
específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 
 
16 - Formação continuada e pós-graduação de professores: Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos 
professores da Educação Básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos os(as) profissionais 
da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas 
e contextualizações dos sistemas de ensino. 
 
17 - Valorização do professor: Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação 
Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até 
o final do 6º ano da vigência do PNE. 
 
18 - Plano de carreira docente: Assegurar, no prazo dedois anos, a existência de planos de carreira para 
os(as) profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de 
Carreira dos(as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido na Constituição Federal. 
 
19 - Gestão democrática: Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão 
democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à 
comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. 
 
20 - Financiamento da Educação: Ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no 
mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência da lei do PNE e, 
no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
PNE DE 1962: O primeiro Plano Nacional de Educação foi elaborado em 1962 pelo Conselho Federal de 
Educação, atendendo às disposições da Constituição Federal de 1946 e da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional de 1961. É um documento raro elaborado por um grupo de educadores, tendo à frente 
Anísio Teixeira. No momento de sua entrega ao então Ministro da Educação, Darcy Ribeiro, discursaram o 
Professor Deolindo Couto, então Presidente do CFE e Dom Helder Câmara, então conselheiro. O PNE foi 
observado apenas nos anos de 1962 e 1963 tendo em vista a Revolução de 1964 que estabeleceu novas 
metas para a educação brasileira. Não obstante é um documento histórico eis que muitos dos seus ideais 
ficaram perpetuados na memória dos que lutam por um desenvolvimento da sociedade e do país. 
 
Faça valer a pena 
1. 
“Sendo instrumentos de planejamento da política educacional, os Planos de Educação devem estar de acordo com a 
legislação, os demais planos de médio e longo prazos e leis orçamentárias referentes ao nível governamental em que 
estão vinculados, para que suas metas sejam possíveis e viáveis de serem alcançadas no período previsto. (DE OLHO 
NOS PLANOS, [s.d.], [s.p.])” 
 
Assinale a alternativa que indica corretamente com qual/quais leis o Plano Nacional de Educação precisa estar alinhado. 
 
a) À Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases e Diretrizes Curriculares Nacionais. 
b) Apenas aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
c) Apenas às Diretrizes Curriculares Nacionais. 
d) Apenas ao Projeto Político Pedagógico 
e) Apenas à Lei de Diretrizes e Bases. 
 
2. 
“A Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada há mais de vinte anos, teve importância crucial 
nas transformações ocorridas desde então. Servindo à Educação como a Constituição serve para o conjunto da legislação 
brasileira, a LDB abriu espaço para consolidar medidas que ampliaram o acesso e melhoraram o financiamento do ensino 
no Brasil. (NOVA ESCOLA, [s.d], [s.p.])” 
 
Sabemos que a atual LDB foi importante porque foi indutora para que os alunos tivessem acesso e permanência na 
escola. Evidentemente que este ainda é um longo processo. Assinale a alternativa correta em relação à contribuição da 
LDB para a questão curricular. 
 
a) Ela determinou os conteúdos máximos que os currículos da educação básica deveriam ter. 
b) Ela acabou com a parte diversificada do currículo porque ela causa desigualdades no ensino. 
c) Ela determinou o final de uma base comum, pois o currículo deve ser amplo e diversificado para atender às 
necessidades de cada clientela. 
d) Ela indicou que o ensino religioso não deve ser contemplado no currículo porque o Brasil é um país com uma matriz 
religiosa complexa e o ensino deve ser laico. 
e) Ela tornou obrigatório incluir no currículo do ensino fundamental os direitos de aprendizagem das crianças e dos 
adolescentes. 
 
3. O projeto governamental foi orientado pelo centralismo de decisões, da formulação e da gestão da política educacional, 
principalmente na esfera federal. Pauta-se pelo progressivo abandono, por parte do Estado, das esferas de manutenção 
e desenvolvimento do ensino, por meio de mecanismos de envolvimento de pais, organizações não governamentais, 
empresas e de apelos à "solidariedade" das comunidades onde se situam as escolas e os problemas. O que resultou em 
parâmetros privatistas para o funcionamento dos sistemas de ensino. (FRIGOTTO, 2003. p. 112) 
 
Assinale a alternativa correta em relação a crítica apresentada na citação acima: 
 
a) A implementação das políticas neoliberais ocorridas no Brasil depois da década de 1990. 
b) A implementação de políticas de intervenção estatal ocorridas no Brasil depois da década de 1990. 
c) A implementação de políticas de assistência social ocorridas no Brasil depois da década de 1990. 
d) A implementação de políticas que reconheceram o Estado com central no processo de organização e gestão dos 
sistemas educativos. 
e) A implementação de política de ampliação dos investimentos em educação depois da década de 1990. 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil 
Seção 2.2: Prescrições Curriculares - Parâmetros 
 
PCN’s 
 
 Os PCN’s fornecem subsídios para que as Diretrizes Curriculares possam ser implementadas pelas 
escolas e/ou pelos sistemas de ensino. As PCN’s surgiram em 2017 e não foram atualizadas, portanto, 
atualmente estão em desuso. As PCN’s são facultativas, orientadoras, e servem para parametrizar, para inspirar 
os currículos. A sua organização é feita em ciclos de 2 anos, onde os conteúdos são divididos em blocos que 
visam objetivos. 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino estão organizados em 10 volumes, e são eles: 
 
➢ VOLUME 1 – Introdução; 
➢ VOLUME 2 – Língua Portuguesa; 
➢ VOLUME 3 – Matemática;➢ VOLUME 4 – Ciências Naturais; 
➢ VOLUME 5 – História e Geografia; 
➢ VOLUME 6 – Artes; 
➢ VOLUME 7 – Educação Física; 
➢ VOLUME 8 – Apresentação dos Temas Transversais e Ética; 
➢ VOLUME 9 – Meio Ambiente e Saúde; 
➢ VOLUME 10 – Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. 
 
 O objetivo do Ensino Fundamental é formar os alunos para a autonomia e para exercício da cidadania, a fim 
de que compreendam a formação brasileira a partir da constituição de nossa identidade multicultural, bem como torná-
los capazes de reconhecer as características naturais e físicas, percebendo-se como parte do meio, sabendo utilizar os 
recursos tecnológicos e desenvolvendo a criticidade e o conhecimento do seu corpo em termos biológicos e estéticos. 
 Por sua vez, nos PCN’s para o Ensino Médio o foco é um distanciamento da organização disciplinar, 
privilegiando a sua organização em três grandes áreas do conhecimento. 
 
1. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 
2. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; 
3. Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
RCNEI – REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: É o 
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, ou seja, um conjunto de 
reflexões de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas 
para os educadores que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando 
seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. Instituído a partir da Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, o Referencial Curricular foi 
desenvolvido para aproximar a prática escolar às orientações expressas nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o RCN, 
elaborado em 1999, deve ser compreendido como uma ferramenta de estímulo à 
reflexão, e não como um manual a ser seguido. 
 O RCN para a Educação Infantil é composto por três volumes que pretendem 
contribuir para o planejamento, desenvolvimento e avaliação de práticas educativas 
além da construção de propostas educativas que respondam às demandas das 
crianças e seus familiares nas diferentes regiões do país. O primeiro, intitulado 
Introdução, traz reflexões sobre creches e pré-escolas brasileiras, infância, educação 
e profissionalização, além do referencial teórico que sustenta a obra. O segundo 
volume intitula-se “Formação pessoal e social” e trata dos processos de construção 
da identidade e autonomia das crianças. O terceiro volume, com o título 
“Conhecimento de Mundo”, traz seis documentos, cada qual relacionado aos sub-
eixos de trabalho: Movimento, Música, Artes visuais, Linguagem oral e escrita, 
Natureza e sociedade e Matemática. 
 O RCN para a Educação Infantil também é chamado de RCNEI (Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil). Os RCNs diferem-se dos PCNs 
(Parâmetros Curriculares Nacionais) e das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) – 
os documentos normativos – por ser um documento de subsídios adicionais, que 
oferece informações e indicações além daqueles para a elaboração de propostas 
curriculares. Dessa forma, os RCNs geralmente são elaborados para áreas que 
necessitem de informações adicionais, como a Educação Infantil e as Escolas 
Indígenas. 
 
Faça valer a pena 
1. 
“Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são referências para os ensinos fundamental e médio de todo o país. O 
objetivo do PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas 
desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da 
cidadania. (EDUCACIONAL, [s.d.],[s.p.])” 
 
Assinale a alternativa correta sobre o PCN: 
 
a) Ele é obrigatório porque é prescritivo. 
b) Ele é um referencial e, portanto, não é obrigatório. 
c) Seu objetivo é estabelecer os conteúdos que todos devem obrigatoriamente aprender. 
d) Ele não é flexível porque se trata de uma prescrição. 
e) Ele é fechado, uma vez que determina conteúdos obrigatórios. 
 
2. 
“A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCNs não são uma coleção de regras que 
pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação de 
objetivos, conteúdos e didática do ensino. (EDUCACIONAL, [s.d.],[s.p.])” 
 
Assinale a alternativa que indica corretamente características do PCN: 
 
a) Exercício da cidadania. 
b) Obrigatoriedade de conteúdos. 
c) Estabelecimento de padronização cultural. 
d) Padronização de práticas pedagógicas. 
e) Avaliações somativas exclusivamente. 
 
3. Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil constituem em um importante documento sobre o 
currículo e as práticas pedagógicas que deveriam ser desenvolvidas na educação infantil. 
Assinale a alternativa correta sobre o RCNEI: 
a) Ele não reconhece a educação infantil como parte da educação básica, pois está voltado as crianças em idade pré-
escolar. 
b) Ele reconhece a educação infantil como um direito das mães a creche. 
c) Ele apresenta as disciplinas que deverão compor o currículo da educação infantil. 
d) Ele se distancia a educação infantil do assistencialismo porque sinaliza que a única dimensão a ser trabalhada com as 
crianças é o educar, excluindo o cuidar. 
e) Apresenta o lúdico e o brincar como centro dos processos de aprendizagem e de desenvolvimento biopsicossocial das 
crianças. 
 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil 
Seção 2.3: Prescrições Curriculares - Diretrizes 
 
DCN’s 
 
 As DCN’s são atos administrativos normativos, portanto, 
obrigatórios, capazes de realizar uma determinada ordenação sobre o 
currículo. Isso implica dizer que é documento prescritivo, e suas normas e 
orientações dever ser observadas na elaboração e no planejamento dos 
currículos escolares. 
 Uma vez que são leis, as DCN’s fornecem metas e objetivos a 
serem buscados em cada curso/segmento e se diferem dos PCN’, os quais, 
por sua vez, são apenas referências curriculares que podem orientar o 
planejamento curricular escolar (não são leis, portanto). Assim, as DCN’s 
permitem orientar e sistematizar os preceitos presentes na Constituição 
Federal e na LDB. 
 
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 ACESSO À EDUCAÇÃO →O acesso, a inclusão e a permanência dos alunos nas escolas de Educação 
Básica são condições essenciais para a garantia da qualidade social da educação, o que implica destacar ainda 
a exigência de um compromisso com aprendizagem dos alunos de maneira efetiva, conforme destacado nos 
artigos 8º e 9º da Resolução CNE/CEB nº 4/2010. 
 PRINCÍPIOS → O artigo 3º da Resolução CNB/CEB nº 4/2010 infere que as DCN’s devem evidenciar 
seu papel de indicador de opções políticas, sociais e culturais, o qual se articula com o projeto de Nação, 
fundamentando-se nos princípios de cidadania, dignidade da pessoa, igualdade, liberdade, pluralidade, 
diversidade, respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade. 
 ESTÍMULO → Deve-se assegurar o estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos com a 
utilização de recursos tecnológicos de informação e comunicação a serem inseridos no cotidiano escolar. Uma 
vez que há necessidade de redes de aprendizagem, o desenvolvimento dos eixos temáticos deve permitir uma 
abordagem interdisciplinar sobre as áreas do conhecimento. 
 INDICAÇÃO → Há indicação dos integrantes da base comum: Língua Portuguesa; Matemática; 
Conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o 
estudo de História e das culturas afro-brasileiras e indígenas; Arte, em diferentes formas de expressão, 
incluindo a música; Educação Física e Ensino Religioso. Esta base comum está articulada com a parte 
diversificada, ou seja, atende às especificidadese demandas de cada localidade e sistemas de ensino. 
 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO → A educação básica organiza-se em: Educação Infantil: 
compreende a Creche, em que se englobam as crianças de 0 a 3 anos e onze meses; e a Pré-escola: com 
duração de 2 anos; Ensino Fundamental: obrigatório e gratuito, com duração de nove anos, organizado e 
As DCN definem as 
competências e diretrizes 
para a Educação Básica. 
Por isso, embasa a 
elaboração dos currículos 
e dos conteúdos mínimos 
para garantir uma 
formação comum. 
tratado em duas fases: a dos cinco anos iniciais e a dos quatro anos finais. Ensino Médio – com duração 
mínima de 3 anos. 
 
 As prescrições curriculares das DCN’s ainda incluem: 
 
 Educação étnico-racial; 
 Educação especial; 
 Educação de jovens e adultos; 
 Educação indígena; 
 Entre outros pontos. 
 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC 
 
 A BNCC pode ser definida como um conjunto de aprendizagens 
essenciais que todos os alunos da educação básica devem ter acesso durante 
seus processos de aprendizagem. 
 Durante os últimos anos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
foi pauta dos mais importantes debates sobre educação no país. O documento 
da Base foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC), em sua terceira 
versão, no dia 20 de dezembro de 2017 para as etapas da Educação Infantil e 
Ensino Fundamental. Em 14 de dezembro de 2018, o documento foi 
homologado para a etapa do Ensino Médio. Juntas, a Base da Educação 
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio integram um único documento: a 
BNCC da Educação Básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRÍTICAS → Alguns profissionais da educação afirmam que não houve uma consulta mais 
ampla, promotora de debates públicos sobre o tema. Criticam também um certo abandono ou 
minimização das DCN’s existentes que trazem o princípio da articulação curricular por áreas 
do conhecimento. Alguns afirmam que a BNCC configura uma presença tecnicista, com fortes 
tendências meritocráticas. 
IMPORTANTE 
 
 
CURRÍCULO PRESCRITIVO: É aquele expresso por um conjunto de normas, leis e 
determinações, estabelecido por entidades oficiais, como o Conselho Nacional da 
Educação – CNE. Neste currículo é definido e fixado o rol de conteúdos essenciais que 
deverão ser desenvolvidos nos diferentes segmentos da educação básica e/ou no 
ensino superior, como a Lei de Diretrizes e Bases e as Diretrizes Curriculares. 
 
Faça valer a pena 
1. A Base é uma referência nacional obrigatória, mas não é o currículo. Seu papel será justamente o de orientar a revisão e a 
elaboração dos currículos nos estados e nos municípios. Se a Base estabelecer que um dos conteúdos for o conceito de cadeia 
alimentar, cada rede e cada escola terá liberdade para escolher, entre outros aspectos, os ecossistemas que utilizará como referência 
ao tratar do tema. Assim, uma rede de ensino da região Norte poderá abordar as cadeias alimentares em ecossistemas da Amazônia; 
do Nordeste, na caatinga; do Centro-Oeste, no cerrado; do Sudeste, na mata 
atlântica; do Sul, no pampa. E assim por diante. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre a BCCN e o currículo: 
 
a) A Base estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto o currículo define como alcançar 
esses objetivos. 
b) O currículo estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto a Base define como alcançar 
esses objetivos. 
c) A Base e o currículo estabelecem os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir e definem como alcançar esses 
objetivos. 
d) A Base estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, mas não é um documento obrigatório, enquanto 
o currículo define como alcançar esses objetivos e isto o transforma em uma imposição para as 
escolas. 
e) O currículo estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto a Base define como os alunos 
serão avaliados, exclusivamente. 
 
2. As redes de ensino têm autonomia para elaborar ou adequar os seus currículos, de acordo com o estabelecido na Base – assim 
como as escolas têm a prerrogativa de contextualizá-los e adaptá-los a seus projetos pedagógicos. 
Com base na asserção acima, é correto afirmar que: 
 
a) A BCCN e as DCNs são obrigatórias. 
b) A BCCN constitui-se em um referencial como os PCNs, já as DCNs são obrigatórias. 
c) São documentos obrigatórios: DCN, BCCN e PCN. 
d) A BCCN, DCN e o PCN não são obrigatórios. 
e) A BCCN e o Referencial Curricular Nacional são obrigatórios enquanto que PCN e DCN são opcionais, já que representam apenas 
orientações. 
 
3. É um conjunto de orientações que deverá nortear os currículos das escolas, redes públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. 
Trará os conhecimentos essenciais, as competências e as aprendizagens pretendidas para as crianças e jovens em cada etapa da 
educação básica em todo país. O documento conterá: 
 
• Competências gerais que os alunos devem desenvolver em todas as áreas. 
• Competências específicas de cada área e respectivos componentes curriculares. 
• Conteúdos que os alunos devem aprender e habilidades a desenvolver a cada etapa da educação básica da educação infantil ao 
ensino médio. 
• A progressão e o sequenciamento dos conteúdos e das habilidades de cada componente curricular para todos os anos da educação 
básica. 
Assinale a alternativa que indica de qual documento trata-se a afirmação acima: 
 
a) BCCN. 
b) PCN. 
c) DCN. 
d) Referencial Curricular Nacional. 
e) ECA. 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE III – O currículo escolar 
Seção 3.1: O currículo no contexto escolar 
 
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA A PARTIR DA DÉCADA DE 90 
 
 As reformas educacionais das décadas de 1980 e 1990 promoveram a construção de muitos 
documentos oficiais e políticas curriculares para as escolas, pautados na concepção da construção de um 
currículo nacional de base comum e mínima, mas com uma parte diversificada. As reformas ocorridas a partir 
da década de 90 buscaram: 
 
➢ Estabelecer mecanismos de controle e avaliação da qualidade dos serviços educacionais (avaliações 
externas – ANA, ENADE, ENEM, PROVA BRASIL, entre outros); 
➢ Promover e garantir a materialização dos princípios meritocráticos e competitivos (cada um deve 
aproveitar as oportunidades iguais, sem considerar as especificidades); 
➢ Articular a produção educacional às necessidades estabelecidas pelo mercado de trabalho (preparar 
para mão-de-obra); 
➢ Garantia de empregos, a chamada empregabilidade, vinculada a uma concepção de educação 
estreitamente relacionada aos interesses do mercado econômico. 
➢ A escola deve formar para o pensamento crítico e para o mercado de trabalho. Portanto, não deve 
servir para alienar a pessoa, e sim para formar o sujeito integral. 
 
 
DOCUMENTOS CURRICULARES A PARTIR DE 1990 
 
➔ PÓS LDB 9.394/96: Surgimento das prescrições curriculares para a Educação Básica – Documentos 
Prescritores; 
➔ Conteúdos a serem ensinados são estabelecidos pelos órgãos governamentais: BNCC – 
Competências e habilidades somadas à parte diversificada; 
➔ Gestão democrática: Pensar e implementar o projeto educativo da escola a partir da legislação e 
política educacional, considerando a participação de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TICS 
 
 As tecnologias de informação e comunicação se fazem cada vez mais presentes no cotidiano da 
sociedade, reconfigurando hábitos e maneiras de aprender e obter informações. Sendo assim, novos métodos 
de ensino e aprendizado são abordados neste contexto social, apresentando novos modelos de espaço do 
conhecimento. 
 Integrar as TICs ao contexto educacional não se reduz apenas a uma formação instrumental para o 
seu uso. É necessário repensar as concepções sobre a educação, formação, práticas educativas e posturas. 
 Esta integração não pressupõe apenas agregarum instrumento para o processo de ensino-
aprendizagem, mas sim implementar “linguagens que estruturam os modos de pensar, fazer, comunicar, 
estabelecer relações com o mundo e representar o conhecimento” (ALMEIDA; VALENTE, 2013, p.61) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Um bom exemplo é o programa Porvir, 
que leva estudantes a aprenderem sobre 
animais em extinção, com colegas de outros 
estados, via internet. 
 Por meio deste exemplo, é possível 
perceber como as TICs estão de fato integradas 
ao currículo, com formas diferentes de pensar, 
aprender e se comunicar. 
 
IMPORTANTE 
 
 
MERITOCRACIA, EQUIDADE E IGUALDADE: Meritocracia é um sistema de recompensa por mérito individual. Isto é, 
quando o critério para conceder determinada premiação ou vantagem é o esforço e a dedicação da pessoa 
exclusivamente. Esse sistema é amplamente difundido hoje em dia e é utilizado por diversas instituições e organizações. 
Por exemplo, pelo governo, quando ele contrata pessoas por meio de concursos públicos, e por empresas, para 
reconhecer funcionários. Em termos gerais, a meritocracia é um tema polêmico, haja vista as críticas que recebe. Isso 
acontece porque, apesar desse princípio ser uma representação reconhecida de justiça nas sociedades ocidentais 
modernas, alguns estudiosos defendem que, para alcançar determinadas coisas, as pessoas não dependem apenas de 
esforço individual. 
 Os críticos argumentam que existem questões subjetivas e complexas que podem influenciar no resultado. 
Basicamente o que depende da sorte, ou seja, questões que estão fora de nosso controle. 
Um exemplo é quando 2 pessoas de base familiar e socioeconômica diferentes tentam ingressar em uma universidade. 
E o único critério do processo seletivo é a meritocracia. Imagine que uma teve acesso a educação de qualidade e apoio 
familiar, enquanto a outra não teve e nem pôde frequentar a escola todos os dias. Esta última precisou ajudar a família 
financeiramente com um emprego em paralelo aos estudos. 
Para os críticos, o processo não será tão justo nessa ocasião. 
 Casos específicos como esse sustentam o questionamento da efetividade do modelo meritocrático. No 
entanto, não há como generalizar as críticas para todos os casos. O sistema de meritocracia pode ser bem aproveitado, 
principalmente quando as condições e bases de quem participa do processo são praticamente as mesmas. 
 
Faça valer a pena 
1. As reformas educacionais que aconteceram nas décadas de 1980 e 1990, apontam transformações na maneira de 
abordar os conteúdos a serem ensinados. Qual é a principal concepção de currículo adotada a partir destas reformas? 
 
a) Currículo individualizado a cada instituição educacional, sem orientações nacionais. 
b) Currículo com base nacional, conteúdos mínimos definidos, tanto para os conhecimentos científicos, como para a parte 
diversificada. 
c) Currículo mínimo a nível nacional sem possibilidade de complementação com a parte diversificada e peculiaridades de 
cada região. 
d) Currículo com base nacional, conteúdos mínimos e parte diversificada. 
e) Currículo que deve ser assumido pela avaliação externa de maneira formal e oficial. 
 
 
 
2. Leia e analise a citação a seguir: 
“A política curricular é uma produção de múltiplos contextos sempre produzindo novos sentidos e significados para as 
decisões curriculares nas instituições escolares” (LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elisabeth. Contribuições de Stephen 
Ball para o estudo de políticas de currículo. In: BALL, Stephen.; MAINARDES, Jefferson. (Org.). Políticas educacionais: 
questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011, p. 273) 
 
A partir da citação acima, quais as afirmações traduzem e estão relacionadas ao texto? 
 
I. O conhecimento vivenciado nas escolas é aquele pensado e elaborado por diferentes grupos, entre disputas e 
articulações políticas, econômicas e sociais, para determinar o que pode ser considerado conhecimento válido e 
necessário ou não, estabelecendo uma dada hegemonia. 
II. Os conhecimentos vivenciados nas instituições de ensino, legitimados no currículo, visam formar sujeitos e identidades 
para uma determinada sociedade. 
III. Os conhecimentos vivenciados nas escolas são construções dos sujeitos que ali se encontram, em uma lógica de 
respeito a heterogeneidade e nunca de homogeneidade. 
 
Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas: 
 
a) As alternativas I, II e III. 
b) Apenas as alternativas I e II. 
c) Apenas as alternativas II e III. 
d) Apenas as alternativas I e III. 
e) Apenas a alternativa III. 
 
 
 
3. Leia as asserções abaixo com atenção: 
 
Integrar as TICs ao contexto educacional requer repensar as concepções sobre educação, formação, práticas educativas, 
posturas. 
PORQUE 
 
Atualmente ainda se identifica um descompasso entre o currículo e as tecnologias de informação e comunicação. 
 
Após analisar as asserções, assinale a alternativa correta: 
 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE III – O currículo escolar 
Seção 3.2: O currículo e a prática educativa 
 
 O currículo escolar não pode ser compreendido apenas por um único olhar e perspectiva, mas a forma 
pela qual ele se desdobra até chegar ao aluno também deve ser considerada. Por esse motivo, é importante 
conhecer as diferentes categorias de currículo: experienciado, formal, operacional e percebido. 
 
 
◊ CURRÍCULO FORMAL (PRESCRITO) – Reúne a proposta elaborada pelo Estado com pouca ou 
nenhuma participação dos educadores e profissionais da educação. 
◊ CURRÍCULO PERCEBIDO – Forma como o currículo é desenvolvido pelo Estado e percebido pelos 
educadores a partir de suas concepções sobre a educação e formação dos indivíduos. 
◊ CURRÍCULO OPERACIONAL (REAL) – O currículo que de fato será aplicado em sala. Leva em 
consideração, além da compreensão dos educadores, todas as demais variáveis que influenciam o 
processo de ensino-aprendizagem, como o contexto escolar, político, econômico e social. 
◊ CURRÍCULO EXPERIENCIADO (OCULTO) – Este currículo abrange a experiência do aluno e como 
ele sente e vivencia o processo de ensino-aprendizagem. 
 
 No viés de um cidadão além de um profissional, crítico, consciente e capaz de promover mudanças na 
sociedade, alguns princípios pedagógicos que estruturam as áreas de conhecimento são necessários como 
eixos articulares, entre eles a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. O processo de ensino-
aprendizagem nessa perspectiva quebra com a tendência histórica da disciplinaridade que o currículo formal 
impõe sobre o conhecimento. 
 
DISCIPLINARIDADE – Com o desenvolvimento da ciência, houve uma proliferação de disciplinas, cada uma 
voltada para um segmento cada vez menor da realidade. Estas disciplinas eram desconexas entre si. 
 
INTERDISCIPLINARIDADE – Não significa uma mera compreensão de que o conhecimento não é 
fragmentado/compartimentado e que as disciplinas possuem interação, mas sim de compreender que um 
currículo que considera a interdisciplinaridade tem como centro o redimensionamento dos saberes e 
conhecimentos, que presa pela unificação do conhecimento, que compreende o processo de construção do 
conhecimento de forma interativa, implicando unidade, continuidade e interdependência, que reconhece as 
diferentes lógicas e caminhos para se chegar a um mesmo lugar. 
 
TRASNDISCIPLINARIDADE – Esta perspectiva abandona totalmente a disciplinaridade, pois parte do 
conhecimento, da temática, do objetivo de pesquisa que irá perpassar várias disciplinas,da interdependência 
dos fenômenos da realidade. A transdisciplinaridade envolve questões que vão além dos conhecimentos 
científicos e tecnológicos, abrange as questões culturais, históricas, sociais e políticas que permeiam e 
atravessam esses conhecimentos, envolve valores, os olhares para a realidade, o pluralismo de ideias. A 
essência da transdisciplinaridade é a ampliação da consciência e postura dos indivíduos em relação ao ser, à 
vida, à cultura e às suas relações e inter-relações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERDISCIPLINARIDADE
• Abrir-se ao outro;
• Interação entre as disciplinas;
• Situações problemas;
• Atenção para a realidade;
• Diferentes lógicas e caminhos para se chegar a um mesmo lugar.
TRANSDISCIPLINARIDADE
• Ampliação da consciência e postura dos indivíduos em relação aos ser, à 
vida, à cultura e às suas relações e inter-relações.
IMPORTANTE 
 
 
PRÁTICA EDUCATIVA: Não existe prática educativa neutra, sempre haverá uma intencionalidade. 
Através das práticas pedagógicas formaremos um perfil de sujeito que será PASSIVO ou CRÍTICO. 
Toda prática pedagógica requer: AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO. 
 
Faça valer a pena 
1. Ao elaborar um currículo, a participação do professorado contribui para a discussão de projetos pedagógicos que 
possam ser desenvolvidos durante a vida acadêmica dos educandos. Esta comunicação propicia a prescrição de um 
documento que valorize a interação. 
 
Assinale a alternativa que melhor define essa organização curricular: 
 
a) Currículo formal. 
b) Currículo experienciado. 
c) Racionalidade curricular. 
d) Controle social. 
e) Interdisciplinaridade. 
 
2. Leia com atenção as afirmativas abaixo e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): 
 
I) (.....) Currículo formal: ou oficial: é um documento prescrito com base nas leis e diretrizes educacionais. 
II) (.....) Currículo operacional: currículo percebido pelos docentes a partir das prescrições nacionais e o contexto escolar. 
III) (.....) Currículo percebido: currículo que, de fato, acontece na escola a partir das prescrições curriculares. 
IV) (.....) Currículo experienciado: parte das observações e percepções dos alunos, como algo realmente compreendido 
pelos educandos. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta: 
 
a) F, V, F, V. 
b) V, V, F, F. 
c) F, F, V, V. 
d) F, V, V, F. 
e) V, F, F, V. 
 
3. Os ____________________________ não se constituem em novas disciplinas e sim em temáticas a serem 
exploradas, tendo como eixo vertebrador a Cidadania, Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, 
Orientação Sexual, Trabalho e Consumo são alguns dos temas que devem ser incorporados ao currículo, 
recebendo tratamento didático em todas as disciplinas. 
 
Assinale qual alternativa preenche, de forma adequada, a lacuna acima: 
 
a) Conteúdos. 
b) Temas transversais. 
c) Temas interdisciplinares. 
d) Temas específicos. 
e) Temas gerais. 
 
 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE III – O currículo escolar 
Seção 3.3: Currículo e avaliação 
 
 Durante o período letivo, os professores avaliam os alunos de diversas maneiras, para isso devem 
observar uma série de fatores: 
 
◊ Faixa etária; 
◊ Turma; 
◊ Individualidade; 
◊ Coletividade; 
 
 Na avaliação do currículo e sua prática, podemos afirmar que existem alguns níveis de avaliação, que 
são escolhidos de acordo com os objetivos e finalidades do que se pretende avaliar. 
 
AVALIAÇÃO EXTERNA → Realizada pelos órgãos governamentais; 
AVALIAÇÃO INTERNA OU INSTITUCIONAL → Realizadas por algumas escolas com estratégias, conteúdos, 
datas, prazos e pontuações definidos; 
AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM → Realizado durante o processo de esino-
aprendizagem pelo professor. 
 
 
AVALIAÇÃO EXTERNA 
 
 Atualmente, as avaliações externas às instituições da Educação Básica são a PROVINHA BRASIL, o 
SAEB e o ENEM. É importante destacar que, após estas avaliações, o correto seria tomar atitudes para melhoria 
do ensino, e não que estas sirvam apenas para verificar e mensurar resultados. 
 
AVALIAÇÃO INTERNA OU INSTITUCIONAL 
 
 A avaliação institucional constitui-se como um processo sistemático de discussão permanente sobre 
as práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para 
melhoria e aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais 
instâncias do sistema, uma vez que a avaliação institucional articula as avaliações, possibilitando uma leitura 
da totalidade das instituições e do sistema. 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
Diagnóstica → Realizada no início do processo de aprendizagem para identificar o perfil dos estudantes. Suas 
principais características são o aspecto preventivo, de identificação, intervenção e correção. 
 
Formativa → Busca melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Suas principais características são: o 
feedback contínuo, proximidade, conhecimento mútuo e diálogo entre professore e aluno. 
 
Somativa → Ocorre ao fim de um processo educacional (ano, semestre, bimestre, ciclo, curso, etc.) Suas 
principais características são verificar, classificar, situar, informar e certificar. 
 
Formação emancipatória → Avaliação se insere no processo de ensino-aprendizagem como ferramenta para 
a reflexão continua sobre o progresso dos estudantes. 
 
Verificação → Avaliação que acontece apenas ao final dos conteúdos estudados, para saber se o aluno tem 
a nota a ser aprovado ou reprovado (mensuração de resultados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes: Exame que faz parte do Sinaes (Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Superior) e cujo objetivo é avaliar a qualidade dos cursos de 
formação superior. É feito através de uma amostra selecionada de estudantes do primeiro e do 
último ano dos cursos. Para os alunos selecionados que estão terminando a faculdade a participação 
no Enade é obrigatória e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. Estudantes 
não selecionados também podem fazer a prova, como voluntários. Esta avaliação não avalia o 
desempenho do aluno, mas confere a qualidade dos cursos e o rendimento de seus alunos em 
relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. 
http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/
http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/
Faça valer a pena 
1. Segundo o dicionário Houaiss (2008) o termo “avaliar” significa estabelecer o valor. Desta maneira, a concepção de 
avaliar caracteriza as medidas de valores atribuídos aos resultados de um trabalho educativo. Atualmente, sabe-se que 
existem diversas estratégias para a aferição dos resultados finais, mas apenas um item compreende a medida 
classificatória dos conteúdos estudados. 
Assinale a alternativa que retrata esse elemento: 
a) Avaliação somativa. 
b) Avalição diminutiva. 
c) Avaliação diagnóstica. 
d) Avaliação formativa. 
e) Avaliação em grupo. 
 
2. Existem vários tipos de avaliação essenciais ao aperfeiçoamento dos alunos, mas cada uma delas representam 
objetivos distintos no processo de ensino-aprendizagem e englobam aspectos importantes na educação. 
I. Na avaliação da aprendizagem, os conteúdos são assimilados pelos educandos e quem faz a mediação é o educador. 
II. Na avaliação do sistema educativo, os professores são guiados pelos coordenadores pedagógicos a fazerem a 
autoavaliação, a fim de analisarem as estratégias pedagógicas utilizadas durante o ano letivo. 
III. Na avaliação da instituição, o que prevalece no processo de ensino-aprendizagem é a organização dos conteúdos que 
retratam o poder público como responsável da educação. 
Analise as informações abaixo e assinale a alternativa correta: 
a) Apenasa alternativa I está correta. 
b) Apenas as alternativas I e II estão corretas. 
c) Apenas as alternativas II e III estão corretas. 
d) Apenas as alternativas I e III estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
3. A avaliação quando é assimilada como um processo ao longo do ano letivo, que visa ao replanejamento das atividades 
dos docentes na escola, para melhorar o aprofundamento e o conhecimento dos educandos após a análise dos resultados 
apresentados em cada disciplina, é conhecida como um dos aspectos a seguir. Assinale a alternativa correta: 
a) Avaliação somativa. 
b) Autoavaliação. 
c) Prova Brasil. 
d) Saeb. 
e) Avaliação formativa. 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade 
Seção 4.1: Currículo e desafios contemporâneos 
 
 As propostas curriculares pós reformas educacionais das décadas de 1980 e 1990 seguem uma 
concepção de base comum curricular a nível nacional, com parte diversificada e com organização por 
competências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As políticas educacionais elaboradas nas décadas de 1980 e 1990 pelos governantes sob a luz das 
recomendações de organismos multilaterais, com o discurso de melhoria da qualidade da educação e questões 
sociais, estabelece uma relação estreita entre educação e trabalho, principalmente em uma sociedade com 
novas demandas geradas pela globalização. 
 
 Neste contexto desponta nas reformas educacionais o “modelo de competências”. Os indivíduos 
passavam a necessitar do desenvolvimento de competências para lidar com todas as transformações sociais e 
profissionais em uma sociedade globalizada e tecnológica. 
 
 Na BNCC o desenvolvimento das competências faz parte dos fundamentos pedagógicos da proposta 
curricular. Este documento utiliza como base a LDB 9.394/96, que em seus artigos 32 e 35 afirma que: 
 
 “Na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como 
sendo a possibilidade de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplica-lo para tomar decisões 
pertinentes A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em situação se dá o nome de competência.” 
 
 A BNCC define um conjunto de 10 competências gerais que devem ser desenvolvidos de forma 
integrada aos componentes curriculares, ao longo de toda a Educação Básica. São elas: 
 
1. Conhecimento; 
2. Pensamento científico, crítico e criativo; 
3. Repertório cultural; 
4. Comunicação; 
MODELOS DE COMPETÊNCIA 
 
 A organização curricular por competências pressupõe o equilíbrio entre a 
aquisição de conhecimentos cognitivos e teóricos com o desenvolvimento de 
habilidades e atitudes para a prática profissional. 
 
5. Argumentação; 
6. Cultura digital; 
7. Autogestão; 
8. Autoconhecimento e autocuidado; 
9. Empatia e cooperação; 
10. Autonomia e responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
BNCC – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: A Base Nacional Comum Curricular é um documento 
normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao 
longo das etapas e modalidades da Educação Básica. 
 Seu principal objetivo é ser a balizadora da qualidade da educação no País por meio do 
estabelecimento de um patamar de aprendizagem e desenvolvimento a que todos os alunos têm 
direito. 
 A Base deverá nortear a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares de 
todo o Brasil, indicando as competências e habilidades que se espera que todos os estudantes 
desenvolvam ao longo da escolaridade. 
 O Conselho Nacional de Educação (CNE) realizou audiências públicas, em 2017, para a 
discussão sobre o documento para as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e, em 
2018, para a discussão sobre o documento para a etapa do Ensino Médio. Além disso, o CNE coletou 
contribuições públicas enviadas por pessoas e instituições de todo o País, contendo sugestões de 
aprimoramento do texto da Base. Todas as contribuições recebidas foram analisadas e geraram 
alterações no documento. 
 Em 20 de dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada pelo 
ministro da Educação, Mendonça Filho. Em 14 de dezembro de 2018, o ministro da Educação, 
Rossieli Soares, homologou o documento da Base Nacional Comum Curricular para a etapa do 
Ensino Médio. Agora o Brasil tem uma Base com as aprendizagens previstas para toda a Educação 
Básica. 
 
Faça valer a pena 
1. A mais recente iniciativa com relação às políticas curriculares no Brasil refere-se à criação de uma Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC). Porém, esse documento deve ser analisado e questionado de forma muito cuidadosa. Por quê? Assinale a alternativa correta: 
 
a) Por ser um documento que promoverá melhoria de qualidade na construção dos currículos escolares. 
b) Por ser uma proposta de distribuição de conhecimentos padronizados, para atender prioritariamente a uma formação de indivíduos 
para competir por postos de trabalho no atual mercado capitalista. 
c) Por ser uma proposta que considera a parte diversificada a ser definida pelas localidades e escola. 
d) Por ser uma proposta que organiza o currículo para o desenvolvimento de competências. 
e) Por ser uma proposta que privilegia a formação de indivíduos que possam ser profissionais e cidadãos críticos, que conheçam e 
atuem nas questões sociais, ambientais, coletivas e éticas. 
 
 
2. A versão final da BNCC define um conjunto de dez competências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada aos 
componentes curriculares, ao longo de toda a educação básica. Faça a correspondência entre algumas dessas competências com 
os seus objetivos. 
 
(1) Pensamento científico, crítico e criativo 
(2) Argumentação 
(3) Empatia e cooperação 
(4) Autogestão 
(5) Autonomia e responsabilidade 
 
(.....) Entender o mundo do trabalho e planejar seu projeto de vida pessoal, profissional e social. 
(.....) Exercitar a curiosidade intelectual, o pensamento científico, a criticidade e a criatividade. 
(.....) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. 
(.....) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis. 
(.....) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. 
 
Enunciado: Assinale a sequência correta: 
 
a) 1, 3, 5, 2, 4. 
b) 2, 4, 1, 3, 5. 
c) 4, 1, 3, 2, 5. 
d) 3, 1, 2, 5, 4. 
e) 4, 2, 1, 3, 5. 
 
 
3. Com o desenvolvimento da concepção de uma base comum curricular a nível nacional, veio o da parte diversificada dos currículos 
da educação básica. 
 
O que é correto afirmar sobre essa parte diversificada do currículo? 
 
I. A parte diversificada é pensada pelos órgãos governamentais a nível nacional. 
II. A parte diversificada do currículo deve ser pensada por secretarias estaduais e municipais de educação, escolas e professores. 
III. A parte diversificada do currículo é o espaço para se pensar as diferenças culturais, regionais e locais. 
IV. A parte diversificada do currículo compõe a base nacional comum curricular. 
 
Estão corretas: 
 
a) Apenas as afirmações I, II e IV. 
b) Apenas as afirmações I, III e IV. 
c) As afirmações I, II, III, IV. 
d) Apenas as afirmações II, III e IV. 
e) Apenas as afirmações II e IV. 
 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade 
Seção 4.2: Diversidade e currículo 
 
 Abordagem da interculturalidade → Esta abordagem promove o desenvolvimento de sociedades 
inclusivas e democráticas, capazes de articular políticas de igualdade com políticas de identidade. 
 
 BNCC → A obrigatoriedade de conteúdos mínimos e necessários em nível nacional garante o direito 
à educação e ao mesmo conhecimento histórico e científico para todos, em qualquer lugar do país. Os críticos 
veem esta diretriz de formapreocupante, já que a possibilidade de apenas os conteúdos obrigatórios serem 
ministrados é grande, diante do controle das políticas de avaliação externa. 
 
MULTICULTURALISMO ASSIMILACIONISTA 
 
◊ Desigualdades: reconhece que as pessoas não dispõem das mesmas oportunidades; 
◊ Política assimilacionista: favorece a integração de todos na sociedade, incorporados à cultura 
hegemônica, não se alterando, porém, a matriz da sociedade. Pensamento liberal, crença na 
meritocracia, voltado às teorias tradicionais do currículo; 
◊ Educação: todos são convidados a participar do sistema escolar na concepção dos dominantes. 
 
 MULTICULTURALISMO DIFERENCIALISTA ou PLURAL 
 
◊ Desigualdades: ênfase sobre a diferença. Busca-se garantir espaços para que as identidades culturais 
possam expressar, de modo a preservar suas matrizes; 
◊ Homogenia: Privilegia-se a formação de comunidades culturais homogêneas com suas próprias 
organizações (cada grupo vivendo com seus iguais). 
 
MULTICULTURALISMO DIFERENCIALISTA ou PLURAL 
 
◊ Interculturalidade: desenvolvimento de sociedades inclusivas e democráticas capazes de promover 
uma articulação entre políticas de igualdade com políticas de identidade (dar voz aos excluídos); 
◊ Diversidade cultural: raças, gêneros e classes; 
◊ Educação: reconhecimento do outro. 
 
Como pensar o currículo a partir da interculturalidade? 
 
1. Nos percebermos como integrantes dessa interculturalidade; 
2. Aceitação do outro; 
3. Diálogo e argumentação sem hierarquias e diferenciação entre gênero, raça, cultura, classe, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA – Espaço social multicultural que reflete todos os conflitos 
existentes; 
PROFESSORES – Estudar sobre as questões da multiculturalidade, 
pensando no currículo e nas práticas educativas. 
 Neste sentido, as teorias pós-críticas dizem que devemos 
considerar outras vozes, outros saberes e as inter-relações entre os 
diferentes grupos sociais. 
IMPORTANTE 
 
 
NEOLIBERALISMO: Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é aplicação dos princípios liberais 
numa realidade econômica pautada pela globalização por novos paradigmas do capitalismo. O primeiro 
governo democrático a se inspirar em tais princípios neoliberais foi o de Margaret Thatcher na Inglaterra, 
e nos EUA com o governo republicano Ronald Reagan. No Brasil fez parte da política econômica em 1989 
nos governos de Collor e FHC, que venderam estatais como a Vale, Embratel, Furnas. 
 
 Como pretendem a diminuição do gasto público no setor social, o neoliberalismo evidencia, 
ideologicamente, um discurso de crise e de fracasso do sistema educacional público, como decorrência 
da incapacidade administrativa e financeira de o Estado gerir o bem comum, propondo, 
consequentemente, sua transferência para a iniciativa privada, que, naturalmente, busca a eficiência e a 
qualidade. 
 
Faça valer a pena 
1. Candau (2008) define multiculturalismo a partir de três perspectivas: o multiculturalismo assimilacionista, o multiculturalismo 
diferencialista ou plural e o multiculturalismo interativo, denominado interculturalidade. Faça a associação correta dessas 
perspectivas com relação ao seu significado: 
 
1. Multiculturalismo assimilacionista 
2. Multiculturalismo diferencialista ou plural 
3. Multiculturalismo interativo denominado interculturalidade 
 
(.....) Privilegia-se a formação de comunidades culturais homogêneas com suas próprias organizações. 
(.....) No que tange à educação, propõe-se uma política de universalização da escolarização, na qual todos são convidados a 
participar do sistema escolar, porém não há um questionamento em relação ao caráter de monoculturalidade presente, por 
exemplo, nos currículos, nos conteúdos, na dinâmica escolar e nas relações estabelecidas entre os diferentes sujeitos. 
(.....) As representações de raça, gênero e classe são entendidas, sob esta perspectiva, como sendo produtos de lutas sociais 
sobre os signos e as significações, privilegiando-se as transformações das relações sociais, culturais e institucionais nas quais 
estes significados são gerados. Defende a promoção de uma educação que esteja voltada para o reconhecimento do “outro”. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) 1, 2, 3. 
b) 3, 2, 1. 
c) 1, 3, 2. 
d) 3, 1, 2. 
e) 2, 1, 3. 
 
2. Na interculturalidade, as representações de raça, gênero e classe são entendidas como sendo produtos de lutas sociais 
sobre os signos e as significações, privilegiando-se as transformações das relações sociais, culturais e institucionais nas quais 
esses significados são gerados. Defende-se a promoção de uma educação voltada para o reconhecimento do “outro”. 
A partir da afirmação acima, o que é correto afirmar sobre um currículo escolar que reconhece a interculturalidade? 
 
I. Um currículo que prevê a aceitação e o respeito pelo outro e promove o diálogo. 
II. Um currículo que procura eliminar as hierarquias e diferenciação entre gênero, raça, cultura, classes sociais. 
III. Um currículo com conhecimento crítico das realidades culturais dos outros e das nossas próprias. 
IV. Um currículo que procura manter a disciplinarização e diferenciação entre gênero e raça. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Apenas as afirmativas I, II e III. 
b) Apenas as afirmativas I, III e IV. 
c) Apenas as afirmativas II, III e IV. 
d) As afirmativas I, II, III e IV. 
e) Apenas as afirmativas II e IV. 
 
3. De acordo com Copette, a interculturalidade é um “um processo dinâmico marcado pela intercessão de perspectivas que 
podem ser entendidas como representações sociais produzidas em interação” (COPETTE, 2012, p. 341 apud VALENÇA; 
SIMIANO; MENGER, 2015, p. 502). De acordo com a afirmação acima, assinale a alternativa que apresenta um projeto 
educacional que contempla a interculturalidade: 
 
a) Um projeto educativo para a educação infantil que proporcione o contato com o meio ambiente. 
b) Um projeto educativo para a educação infantil que reconhece e inclui as diferenças como algo positivo. 
c) Um projeto que apresente conhecimento homogêneo e padronizado. 
d) Um projeto que proporcione igualdade entre todos. 
e) Um projeto que considere os conhecimentos necessários para o mercado de trabalho. 
TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO 
 
UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade 
Seção 4.3: Currículo e outras perspectivas 
 
➔ CURRÍCULO BILÍNGUE: Um currículo bilíngue deve prever o ensino de conteúdos e saberes por meio 
de uma segunda língua, diferenciando-se das escolas de língua e das disciplinas que são ofertadas de 
uma segunda língua no currículo oficial; 
 
O currículo bilíngue deve obedecer às determinações curriculares que consta nas leis e diretrizes 
oficiais com relação à língua oficial, que é o português. Para dar conta de acrescentar os conteúdos 
em uma segunda língua, deve-se ampliar a carga horária do currículo. 
 
➔ ESCOLAS CONFESSIONAIS: As escolas confessionais são aquelas que pertencem a igrejas ou 
confissões religiosas, que adotam um credo e/ou uma religião e expressam esta opção em seu currículo 
escolar. 
Essas escolas adotam em suas propostas curriculares e praticas pedagógicas um embasamento 
filosófico-teológico. Esse embasamento está ligado à concepção de mundo, de vida, do ser humano. 
 
➔ EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: Não existe no Brasil um currículo estabelecido para a educação não 
formal. Como o próprio nome sugere, é a educação que ocorre fora dos muros escolares, sem a 
formalidade de uma educação sistematizada e controlada pelo Estado. 
 
A união de ações educativas não formais e o currículo tradicional trabalharia com mais efetividade os 
aspectos: 
 
✓ Físicos; 
✓ Sociais; 
✓ Cognitivos; 
✓ Culturais. 
 
 Seria assim uma educação mais completa e libertadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO FORMAL: Você conhece as

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