Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CADERNO DE ESTUDOS – 3° SEMESTRE UNOPAR - PEDAGOGIA Professora Fernanda Mendes Assessoria Acadêmica WhatsApp: 62 99342 0331 YouTube: Pedagogia Tira Dúvidas Instagram: @pedagogiatiraduvidas Blog: https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/ Este caderno é um resumo sobre as disciplinas do 3º semestre do curso de Pedagogia da Faculdade UNOPAR. https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/ Canal Pedagogia Tira Dúvidas – Vídeos Resumos com Faça Valer a Pena comentado: https://youtu.be/-qLxw2fnuyk https://youtu.be/-qLxw2fnuyk TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo Seção 1.1: A história do currículo O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. O currículo não é somente uma seleção de conhecimentos ou conteúdos que deverão ser ensinados. Enquanto dimensão da cultura, o currículo exige reflexão e planejamento sobre: ✓ A quem ensinar; ✓ O que ensinar; ✓ Como ensinar; ✓ Como avaliar. LINHA DO TEMPO ◊ BRASIL COLÔNIA (1500 – 1759): Jesuítas catequizavam os indígenas e atendia a elite local (analfabeta). O currículo servia para promover a hegemonia europeia; ◊ REFORMA POMBALINA (1759 – 1822): A chegada do iluminismo trouxe uma educação laica e científica. O currículo atendia os interesses da burguesia e do Estado. ◊ BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889): Províncias responsáveis pela organização da educação pública. O currículo era baseado nos conhecimentos humanísticos a fim de qualificar a mão de obra menos abastada – ensino profissionalizante. ◊ REPÚBLICA (1889 – 1930): Conteúdos mais científicos e menos humanistas. O currículo é vinculado à teoria não crítica. Surgimento da disciplina de Educação Moral e Cívica. ◊ ERA VARGAS (1930 – 1945): A sociedade era envolta em um sentimento de nacionalismo. O ensino secundário se dividia em indústria e comércio. Aqui o currículo tinha a intenção de adequar o indivíduo às normas e regras sociais. ◊ GOLPE DOS MILITARES (1964): A liberdade foi suprimida. A escola serviu para manutenção do status quo. O currículo assume uma dimensão tecnicista e burocrática. ◊ DÉCADA DE 1990 – O NEOLIBERALISMO: O currículo é voltado para as demandas do mercado de trabalho. IMPORTANTE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA: A história da Educação Moral e Cívica remete ao início da República no Brasil. O civismo buscaria formar cidadãos para o trabalho e para uma vida racional, opondo-se à moral religiosa do período monárquico. Na década de 1930, ela é substituída pela educação religiosa católica. A EMC era considerada prática educativa, que deveria permear todos os momentos e espaços da vida escolar. Os conteúdos cívicos estavam incorporados à Geografia, à História e ao Canto Orfeônico. A disciplina volta à cena anos depois, em 1969, e ganha força na década de 1970 com a Reforma do Ensino, a qual tornou a escola obrigatória entre os 7 e 14 anos. Faça valer a pena 1. O discurso sobre o currículo reflete nossa prática pedagógica, uma vez que estes processos são reflexos, ou seja, uma proposta pedagógica autoritária vincula-se a determinada concepção de saber, aluno e professor, por conseguinte também implica em determinada práxis sobre a construção e assimilação destes conhecimentos. Assinale a alternativa que indica corretamente uma característica sobre o currículo: a) Ele é neutro. b) Ele é estático. c) É uma construção a-histórica. d) Deve ser determinado pela gestão escolar. e) É uma construção coletiva relacionada às expectativas de aprendizagem dos educandos. 2. Quando nos remetemos à origem etimológica do termo currículo, encontramos a perspectiva de que ele é uma seleção de uma vertente da cultura, ou caminho pelo qual devemos seguir para que seja possível acessar e (re)construir o conhecimento. Isto ocorre, pois: I. O currículo determina uma cultura comum que compartilhamos. PORQUE II. Há um saber acumulado ao longo da história da humanidade e este é legado às futuras gerações pelo processo de socialização e educação. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. 3. O currículo, como conhecemos, organizados por disciplinas, emerge da própria organização dos sistemas de ensino, o qual nos interessa, em maior parte, pela organização escolar como intervenção estatal. Evidentemente que já existia uma tentativa de sistematização e organização dos saberes e a forma como deveriam ser legados às novas gerações. As alternativas abaixo indicam que o postulado curricular da Idade Média estava dividido em dois grandes grupos. Assinale a alternativa que indica corretamente quais eram eles: a) Trivium e Quadrivium. b) Trivium e a Didática Magna. c) Quadrivium e a Didática Magna. d) A bula Divinis Redemptoris e o Trivium. e) A bula Divinis Redemptoris e o Quadrivium. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo Seção 1.2: Teorias e concepções do currículo TEORIAS NÃO CRÍTICAS, ACRÍTICAS OU TRADICIONAIS DO CURRÍCULO Compreende o currículo como neutro, científico e objetivo. A necessidade de especialização do currículo e da especificidade disciplinar justifica-se pelo fato de que os conteúdos deveriam ser prescritos para que pudessem ser eficientes, em alusão ao modelo industrial e fabril que estava sendo posto. JOHN FRANKLIN BOBBIT → Precursor da corrente tradicional do currículo. Buscou criar uma teoria que permitisse a criação científica da escola e do sistema educativo. RALPH TYLER → Foi fundamental para a consolidação da visão sobre o que deveria ser ensinado e como fazê-lo de forma eficiente. Sua teoria está assentada sobre o tripé: currículo, ensino e avaliação. JOHN DEWEY → Considerado progressista. Compreende a aprendizagem como um processo indutivo e que a ação sobre os fenômenos são se limitara a uma ação mimética, mas de experimentação e reorganização. É um dos precursores do movimento escolanovista e da escola não-diretiva. O CURRICULO É ESPECIFICAÇÃO PRECISA DE OBJETIVOS, PROCEDIMENTOS E MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DE RESULTADOS QUE POSSAM SER MENSURADOS. A ESCOLA DEVE ESCOLHER OS OBJETIVOS, REALIZAR AÇÕES PARA ATINGÍ-LOS E AVALIAR OS ALUNOS PARA VER SE OS OBJETIVOS FORAM ATINGIDOS. A EDUCAÇÃO DEVE SERVIR PARA LEGITIMAR A DEMOCRACIA, RESPEITANDO SEMPRE OS INTERESSES E AS EXPERIÊNCIAS DO ALUNO. TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO As teorias críticas tiveram como escopo subverter a ordem e a lógica da organização curricular proposta pela vertente tradicional. As teorias críticas questionavam o formalismo curricular e o aporte técnico, questionando que o saber estava legitimando as desigualdades sociais. LOUIS ALTHUSSER → Considerava que a ideologia é produzida e disseminada na sociedade pelos Aparelhos Ideológicos, sendo a escola uma instituição social que exerce este papel. A escola e o currículo seriam responsáveis por transmitir, através das disciplinas escolares e de seus conteúdos, os valores e as estruturas necessárias para que o sistema capitalista se perpetue. SAMUEL BOWLES e HEBERT GINTIS → Enfatizaram que a reprodução da ideologia dentro da escola não estárestrita aos conteúdos escolares, mas se concretiza nas relações sociais que engendra. Há uma correspondência direta entre as relações sociais da escola e as relações do ambiente de trabalho, ou seja, o aspecto econômico se sobrepõe ao ordenamento social. MICHAEL APPLE → Direcionou-se à epistemologia do currículo, buscando identificar por que alguns conhecimentos são considerados válidos enquanto outros são refutados. Seu enfoque era nas relações de poder engendradas pelo currículo, já que ele se apresenta ora como um campo de resistência contra a hegemonia, ora como um legitimador dos processos de dominação. A ESCOLA É UM LUGAR USADO PARA FORMAR INDIVÍDUOS SUBJUGADOS À IDEOLOGIA DOMINANTE. AS RELAÇÕES ENTRE PROFESSOR E ALUNO NÃO DEVEM SE ASSEMELHAR COM AS RELAÇÕES ENTRE PATRÃO E EMPREGADO. A EDUCAÇÃO DEVE MANTER AMPLOS IDEAIS E NUNCA SE ESQUECER DE QUE ESTÁ LIDANDO COM ALMAS E NÃO COM DINHEIRO. HENRY GIROUX → Enfatiza que o currículo é uma possibilidade de emancipação e libertação, de modo a permitir que as pessoas possam se tornar conscientes e efetivamente exerçam o controle social. O papel do docente é instigar seus educandos e permitir que eles tenham “voz”, ou seja, uma postura ativa na construção do conhecimento. TEORIAS PÓS-CRÍTICAS DO CURRÍCULO Os teóricos desta abordagem reconhecem e discutem temáticas como: Os principais pensadores são os pós estruturalistas representados por Foucault, Derrida e Guattarri. MICHEL FOUCAULT → Não existe saber que não seja a expressão de uma vontade de poder. Ao mesmo tempo, não existe poder que não se utilize do saber. IDENTIDADE DIFERENÇA ALTERIDADE SUBJETIVIDADE MULTICULTU RALISMO SUJEITO É ATRAVÉS DE UM PROCESSO PEDAGÓGICO QUE PERMITA ÀS PESSOAS SE TORNAREM CONSCIENTES DO PAPEL DE CONTROLE E PODER EXERCIDO PELAS INSTITUIÇÕES E PELAS ESTRUTURAS SOCIAIS QUE ELAS PODEM SE TORNAR EMANCIPADAS OU LIBERTADAS DE SEU PODER E CONTROLE. TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É UMA MANEIRA POLÍTICA DE MANTER OU DE MODIFICAR A APROPRIAÇÃO DOS DISCURSOS, COM OS SABERES E OS PODERES QUE ELES TRAZEM CONSIGO. JAQUES DERRIDA → A questão da hospitalidade, em seu sentido pleno, ao aceitar o Outro exatamente como Outro, ou pelo menos com este pressuposto, respeitando suas singularidades e diferenças é que devemos pensar nos sujeitos que são projetados em documentos curriculares. FÉLIX GUATTARI → Propõe que lancemos um novo olhar para as filosofias pragmatistas da educação, com o propósito de, ao invés de as entendermos como uma espécie de ideologia capitalista, a tomarmos como um antídoto a todo essencialismo em termos pedagógicos, a favor de uma pedagogia operária ou nômade. PERSPECTIVAS BINÁRIAS → Os teóricos aprofundaram alguns exemplos do estruturalismo em relação à construção do sentido e do significado. Para eles, as perspectivas binárias, como homem x mulher, ou científico x não científico, são construções que devem ser compreendidas em sua origem e em seu processo de significação/legitimação pelo corpo social. VISÃO SOBRE O CURRÍCULO → Refuta a construção do currículo como unívoco, centrado, unitário, neutro, objetivo e racional, porque o processo de subjetivação sempre está presente dentro da construção curricular. As terias pós-críticas vão além das desigualdades sociais, pois têm como foco também o sujeito. A HOSPITALIDADE TRATA DAS QUESTÕES DE ACEITAÇÃO DO OUTRO COMO TAMBÉM DA SEGREGAÇÃO E EXCLUSÃO DO MESMO. DEVEMOS PENSAR EM UMA PEDAGOGIA CAPAZ DE INVENTAR SEUS MEDIADORES SOCIAIS. . IMPORTANTE CURRÍCULO OCULTO: é o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar. Faça valer a pena 1. O modelo institucional dessa concepção de currículo é a fábrica. Sua inspiração teórica é a da administração científica de Taylor. No modelo de currículo, os estudantes devem ser processados como um produto fabril (SILVA, 2010, p. 12). Assinale e alternativa que indica o autor da obra The Curriculum, que marca o início dos estudos do campo da Teoria do Currículo: a) Bobbitt. b) Tyler. c) Bruner. d) Hamilton. e) Herbart. 2. A teoria tradicional do currículo prevê sua construção como algo neutro, científico, eficiente, produtivo e capaz de transformar a práxis pedagógica em objetiva e operacional. Assinale a alternativa que indica corretamente o autor que se opõe a definição acima apresentada: a) Bobbitt. b) Tyler. c) Rousseau. d) Althusser. e) Taylor. 3. O denominado “currículo oculto” relaciona-se aos elementos implícitos e aos processos de socialização e aprendizagem expressos em atitudes, valores e comportamentos. Eles não fazem parte do currículo oficial, mas inferem sobre ele. Desta forma, o currículo oculto está presente nos diferentes âmbitos, seja nas relações, nas temáticas emergentes ou até mesmo na arquitetura escolar. Alguns autores atribuem a utilização do termo pela primeira vez a Phillip Jackson, em 1968, com sua obra Life in classroom, e aprofundado por Robert Dreeben, em On what is learned in school. Assinale a alternativa que indica corretamente qual teoria sobre o currículo se debruçou pela primeira vez sobre esta temática. a) Tradicional. b) Escola Nova. c) Reconceptualização. d) Crítica. e) Pós-crítica. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE I – Conceitualização e historicidade do currículo Seção 1.3: O currículo como construção sócio-histórica As teorias críticas do currículo trouxeram um novo olhar para a questão curricular, especialmente porque se distanciaram de uma concepção que a escola e seus saberes são organizados por um viés tecnicista e burocrático. As teorias críticas procuraram compreender como o currículo estaria atrelado às questões sociais, econômicas e culturais. Nas décadas de 1960 e 1970, o cenário mundial estava permeado por lutas em prol dos direitos humanos e civis. Assim, pelos direitos à igualdade e ao reconhecimento em diversos segmentos, eclodiram reivindicações como: FEMINISMO; IGUALDADE RACIAL; MOVIMENTOS DE CONTRACULTURA; MOVIMENTOS OPOSTOS ÀS GUERRAS E ÀS DITADURAS. Neste cenário, Paulo Freire colocava em xeque tanto a prática como a organização curricular, com toda sua discussão teórica sobre a pedagogia do oprimido e sua proposta de alfabetização de adultos pelo método dos temas geradores. IMPORTANTE MULTICULTURALISMO: O multiculturalismo é um movimento social surgido nos Estados Unidos e tem como objetivos principais a luta pelos direitos civis dos grupos dominados e excluídos por não pertencerem a uma cultura e classe social considerada superior: a euro americana, branca, letrada, masculina, heterossexual e cristã. Daí surge a necessidade da formação de um currículo escolar que aborde essa questão ensinando os alunos a não terem preconceitos e discriminações, já que a escolar e um espaço de socialização. CONCEITO DE IDEOLOGIA DE MARX A Ideologia, de acordo com o materialismo histórico, refere-se a um conjunto de proposições elaboradas pela sociedade burguesa, que visa atender aos interesses da classe dominante como se fossem interesses coletivos. Faça valer a pena 1. Por que a eficácia social da escola é um problema de justiça? A escola de massas visa oferecer diplomas a todos os alunos. Pode-se então considerar que esses diplomas tenham um valor utilitário, porque eles fixam o nível e as oportunidades de emprego a que os indivíduos podem pretender. (DUBET, 2004, p. 548) Para Bourdieu e Passeron, osdiplomas também são uma expressão da cultura dominante. Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao conceito relacionado à afirmação acima: a) Capital Cultural. b) Bioética. c) Microfísica do Poder. d) Aparelhos Ideológicos do Estado. e) Aparelhos Coercitivos do Estado. 2. Temos que admitir que o poder produz saber (e não simplesmente favorecendo-o porque o serve ou aplicando-o porque é útil); que poder e saber estão diretamente implicados; que não há relação de poder sem a constituição correlata de um campo de saber, nem saber que não suponha e não constitua ao mesmo tempo relações de poder. Essas relações de “poder-saber” não devem ser analisadas a partir de um sujeito de conhecimento que seria ou não livre em relação ao sistema de poder, mas é preciso considerar ao contrário que o sujeito que conhece, os objetos a conhecer e as modalidades de conhecimento são outros tantos efeitos dessas implicações fundamentais do poder-saber e de suas transformações históricas. Resumindo, não é a atividade do conhecimento que produziria um saber, útil ou arredio ao poder, mas o poder-saber, os processos e as lutas que o atravessam e o constituem, que determinam as formas e os campos possíveis do conhecimento. (FOUCAULT, 1975, p. 161) Assinale a alternativa que corresponde ao processo de subjetivação que o autor entende ocorrer pelo processo de escolarização: a) Inato. b) Social. c) Autônomo. d) Livre. e) Crítico. 3. Segundo Althusser (1987, p. 82): “Toda a ideologia representa, na sua deformação necessariamente imaginária, não as relações de produção existentes (e as outras relações que delas derivam), mas antes de mais nada a relação (imaginária) dos indivíduos com as relações de produção e com as relações que delas derivam. Na ideologia, o que é representado não é o sistema das relações reais que governam a existência dos indivíduos, mas a relação imaginária destes indivíduos com as relações reais que vivem.” Os escritos de Althusser sinalizam que a formação social é resultante do modo de produção dominante, ou seja, o capitalista. Mas, para que seja possível manter-se, deve produzir e reproduzir essas relações e isto só é possível quando há uma confluência entre as bases materiais necessárias aliadas à ideologia dominante. A escola é uma instituição responsável pela inculcação da ideologia dominante. Althusser indica que, para que esse processo ideológico ocorra, é necessário a utilização de determinados aparelhos pelo Estado. Assinale a alternativa que corresponde ao aparelho que representa a escola: a) Ideológico. b) Coercitivo. c) Panóptico. d) Repressor. e) Cultural. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil Seção 2.1: As políticas de currículo pós Constituição de 1988 LDB 9.394/96 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394, aprovada em 1996, reafirma o direito à educação, garantidos pela Constituição Federal de 1988. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A LDB 5.692/71 organizava o currículo apenas em séries anuais. A nova LDB 9.394/96 trouxe as possibilidades de dividir o currículo em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, entre outros critérios. Entendendo que cada região tem uma educação diversificada por suas especificidades, a LDB vem para complementar através de uma base comum com saberes que deverão ser ministrados a todos. Nessa direção foram criados dois documentos fundamentais: os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais. PARÂMETROS CURRÍCULARES NACIONAIS Os PCN’s são diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que servem para orientar a educação no Brasil. São separados por disciplinas. Além da rede pública, a rede privada de ensino também pode adotar os parâmetros, que não são obrigatórios. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS As DCN’s são normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO O primeiro Plano Nacional de Educação foi aprovado por meio da Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001, com vigência até 2010. No início da década de 2010, um projeto de lei (PL) foi inicialmente articulado pela Lei nº 8.035, de 20 de dezembro de 2010, com o planejamento educacional para o período de 2011 – 2020. No entanto, somente algum tempo depois a sua versão final foi aprovada por meio da Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, cobrindo o decênio 2014 – 2024. AS 20 METAS DO PNE 1 - Educação Infantil: Até 2016, todas as crianças de 4 a 5 anos de idade devem estar matriculadas na pré- escola. A meta estabelece, também, a oferta de Educação Infantil em creches deve ser ampliada de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE. 2 - Ensino Fundamental: Até o último ano de vigência do PNE, t oda a população de 6 a 14 anos deve ser matriculada no Ensino Fundamental de 9 anos, e pelo menos 95% dos alunos devem concluir essa etapa na idade recomendada. 3 - Ensino Médio: Até 2016, o atendimento escolar deve ser universalizado para toda a população de 15 a 17 anos. A meta é também elevar, até o final da vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%. 4 - Educação Especial/Inclusiva: Toda a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve ter acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, de preferência na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. 5 – Alfabetização: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental. Atualmente, segundo dados de 2012, a porcentagem de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em leitura é de 44,5%. Em escrita, 30,1% delas estão aptas, e apenas 33,3% têm aprendizagem adequada em matemática. 6 - Educação integral: Até o fim da vigência do PNE, oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da Educação Básica. 7 - Aprendizado adequado na idade certa: Estimular a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 8 - Escolaridade média: Elevar, até 2013, a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 9 - Alfabetização e alfabetismo de jovens e adultos: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. 10 - EJA integrada à Educação Profissional: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Os dados de 2012 apontam que apenas 0,7% dos alunos do EJA de Ensino Fundamental têm esta integração.No Ensino Médio, a porcentagem sobe para 2,7%. 11 - Educação Profissional: Triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Em 2012, houve 1.362.200 matrículas nesta modalidade de ensino. A meta é atingir o número de 4.086.600 de alunos matriculados. 12 - Educação Superior: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. 13 - Titulação de professores da Educação Superior: Elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores. 14 - Pós-graduação: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 15 - Formação de professores: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 16 - Formação continuada e pós-graduação de professores: Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos os(as) profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. 17 - Valorização do professor: Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência do PNE. 18 - Plano de carreira docente: Assegurar, no prazo dedois anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da Educação Básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido na Constituição Federal. 19 - Gestão democrática: Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. 20 - Financiamento da Educação: Ampliar o investimento público em Educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência da lei do PNE e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. IMPORTANTE PNE DE 1962: O primeiro Plano Nacional de Educação foi elaborado em 1962 pelo Conselho Federal de Educação, atendendo às disposições da Constituição Federal de 1946 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961. É um documento raro elaborado por um grupo de educadores, tendo à frente Anísio Teixeira. No momento de sua entrega ao então Ministro da Educação, Darcy Ribeiro, discursaram o Professor Deolindo Couto, então Presidente do CFE e Dom Helder Câmara, então conselheiro. O PNE foi observado apenas nos anos de 1962 e 1963 tendo em vista a Revolução de 1964 que estabeleceu novas metas para a educação brasileira. Não obstante é um documento histórico eis que muitos dos seus ideais ficaram perpetuados na memória dos que lutam por um desenvolvimento da sociedade e do país. Faça valer a pena 1. “Sendo instrumentos de planejamento da política educacional, os Planos de Educação devem estar de acordo com a legislação, os demais planos de médio e longo prazos e leis orçamentárias referentes ao nível governamental em que estão vinculados, para que suas metas sejam possíveis e viáveis de serem alcançadas no período previsto. (DE OLHO NOS PLANOS, [s.d.], [s.p.])” Assinale a alternativa que indica corretamente com qual/quais leis o Plano Nacional de Educação precisa estar alinhado. a) À Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases e Diretrizes Curriculares Nacionais. b) Apenas aos Parâmetros Curriculares Nacionais. c) Apenas às Diretrizes Curriculares Nacionais. d) Apenas ao Projeto Político Pedagógico e) Apenas à Lei de Diretrizes e Bases. 2. “A Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada há mais de vinte anos, teve importância crucial nas transformações ocorridas desde então. Servindo à Educação como a Constituição serve para o conjunto da legislação brasileira, a LDB abriu espaço para consolidar medidas que ampliaram o acesso e melhoraram o financiamento do ensino no Brasil. (NOVA ESCOLA, [s.d], [s.p.])” Sabemos que a atual LDB foi importante porque foi indutora para que os alunos tivessem acesso e permanência na escola. Evidentemente que este ainda é um longo processo. Assinale a alternativa correta em relação à contribuição da LDB para a questão curricular. a) Ela determinou os conteúdos máximos que os currículos da educação básica deveriam ter. b) Ela acabou com a parte diversificada do currículo porque ela causa desigualdades no ensino. c) Ela determinou o final de uma base comum, pois o currículo deve ser amplo e diversificado para atender às necessidades de cada clientela. d) Ela indicou que o ensino religioso não deve ser contemplado no currículo porque o Brasil é um país com uma matriz religiosa complexa e o ensino deve ser laico. e) Ela tornou obrigatório incluir no currículo do ensino fundamental os direitos de aprendizagem das crianças e dos adolescentes. 3. O projeto governamental foi orientado pelo centralismo de decisões, da formulação e da gestão da política educacional, principalmente na esfera federal. Pauta-se pelo progressivo abandono, por parte do Estado, das esferas de manutenção e desenvolvimento do ensino, por meio de mecanismos de envolvimento de pais, organizações não governamentais, empresas e de apelos à "solidariedade" das comunidades onde se situam as escolas e os problemas. O que resultou em parâmetros privatistas para o funcionamento dos sistemas de ensino. (FRIGOTTO, 2003. p. 112) Assinale a alternativa correta em relação a crítica apresentada na citação acima: a) A implementação das políticas neoliberais ocorridas no Brasil depois da década de 1990. b) A implementação de políticas de intervenção estatal ocorridas no Brasil depois da década de 1990. c) A implementação de políticas de assistência social ocorridas no Brasil depois da década de 1990. d) A implementação de políticas que reconheceram o Estado com central no processo de organização e gestão dos sistemas educativos. e) A implementação de política de ampliação dos investimentos em educação depois da década de 1990. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil Seção 2.2: Prescrições Curriculares - Parâmetros PCN’s Os PCN’s fornecem subsídios para que as Diretrizes Curriculares possam ser implementadas pelas escolas e/ou pelos sistemas de ensino. As PCN’s surgiram em 2017 e não foram atualizadas, portanto, atualmente estão em desuso. As PCN’s são facultativas, orientadoras, e servem para parametrizar, para inspirar os currículos. A sua organização é feita em ciclos de 2 anos, onde os conteúdos são divididos em blocos que visam objetivos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino estão organizados em 10 volumes, e são eles: ➢ VOLUME 1 – Introdução; ➢ VOLUME 2 – Língua Portuguesa; ➢ VOLUME 3 – Matemática;➢ VOLUME 4 – Ciências Naturais; ➢ VOLUME 5 – História e Geografia; ➢ VOLUME 6 – Artes; ➢ VOLUME 7 – Educação Física; ➢ VOLUME 8 – Apresentação dos Temas Transversais e Ética; ➢ VOLUME 9 – Meio Ambiente e Saúde; ➢ VOLUME 10 – Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. O objetivo do Ensino Fundamental é formar os alunos para a autonomia e para exercício da cidadania, a fim de que compreendam a formação brasileira a partir da constituição de nossa identidade multicultural, bem como torná- los capazes de reconhecer as características naturais e físicas, percebendo-se como parte do meio, sabendo utilizar os recursos tecnológicos e desenvolvendo a criticidade e o conhecimento do seu corpo em termos biológicos e estéticos. Por sua vez, nos PCN’s para o Ensino Médio o foco é um distanciamento da organização disciplinar, privilegiando a sua organização em três grandes áreas do conhecimento. 1. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 2. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; 3. Ciências Humanas e suas Tecnologias. IMPORTANTE RCNEI – REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: É o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, ou seja, um conjunto de reflexões de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os educadores que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. Instituído a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, o Referencial Curricular foi desenvolvido para aproximar a prática escolar às orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o RCN, elaborado em 1999, deve ser compreendido como uma ferramenta de estímulo à reflexão, e não como um manual a ser seguido. O RCN para a Educação Infantil é composto por três volumes que pretendem contribuir para o planejamento, desenvolvimento e avaliação de práticas educativas além da construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e seus familiares nas diferentes regiões do país. O primeiro, intitulado Introdução, traz reflexões sobre creches e pré-escolas brasileiras, infância, educação e profissionalização, além do referencial teórico que sustenta a obra. O segundo volume intitula-se “Formação pessoal e social” e trata dos processos de construção da identidade e autonomia das crianças. O terceiro volume, com o título “Conhecimento de Mundo”, traz seis documentos, cada qual relacionado aos sub- eixos de trabalho: Movimento, Música, Artes visuais, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade e Matemática. O RCN para a Educação Infantil também é chamado de RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil). Os RCNs diferem-se dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) – os documentos normativos – por ser um documento de subsídios adicionais, que oferece informações e indicações além daqueles para a elaboração de propostas curriculares. Dessa forma, os RCNs geralmente são elaborados para áreas que necessitem de informações adicionais, como a Educação Infantil e as Escolas Indígenas. Faça valer a pena 1. “Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são referências para os ensinos fundamental e médio de todo o país. O objetivo do PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. (EDUCACIONAL, [s.d.],[s.p.])” Assinale a alternativa correta sobre o PCN: a) Ele é obrigatório porque é prescritivo. b) Ele é um referencial e, portanto, não é obrigatório. c) Seu objetivo é estabelecer os conteúdos que todos devem obrigatoriamente aprender. d) Ele não é flexível porque se trata de uma prescrição. e) Ele é fechado, uma vez que determina conteúdos obrigatórios. 2. “A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCNs não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino. (EDUCACIONAL, [s.d.],[s.p.])” Assinale a alternativa que indica corretamente características do PCN: a) Exercício da cidadania. b) Obrigatoriedade de conteúdos. c) Estabelecimento de padronização cultural. d) Padronização de práticas pedagógicas. e) Avaliações somativas exclusivamente. 3. Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil constituem em um importante documento sobre o currículo e as práticas pedagógicas que deveriam ser desenvolvidas na educação infantil. Assinale a alternativa correta sobre o RCNEI: a) Ele não reconhece a educação infantil como parte da educação básica, pois está voltado as crianças em idade pré- escolar. b) Ele reconhece a educação infantil como um direito das mães a creche. c) Ele apresenta as disciplinas que deverão compor o currículo da educação infantil. d) Ele se distancia a educação infantil do assistencialismo porque sinaliza que a única dimensão a ser trabalhada com as crianças é o educar, excluindo o cuidar. e) Apresenta o lúdico e o brincar como centro dos processos de aprendizagem e de desenvolvimento biopsicossocial das crianças. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE II – A legislação e as políticas do currículo no Brasil Seção 2.3: Prescrições Curriculares - Diretrizes DCN’s As DCN’s são atos administrativos normativos, portanto, obrigatórios, capazes de realizar uma determinada ordenação sobre o currículo. Isso implica dizer que é documento prescritivo, e suas normas e orientações dever ser observadas na elaboração e no planejamento dos currículos escolares. Uma vez que são leis, as DCN’s fornecem metas e objetivos a serem buscados em cada curso/segmento e se diferem dos PCN’, os quais, por sua vez, são apenas referências curriculares que podem orientar o planejamento curricular escolar (não são leis, portanto). Assim, as DCN’s permitem orientar e sistematizar os preceitos presentes na Constituição Federal e na LDB. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ACESSO À EDUCAÇÃO →O acesso, a inclusão e a permanência dos alunos nas escolas de Educação Básica são condições essenciais para a garantia da qualidade social da educação, o que implica destacar ainda a exigência de um compromisso com aprendizagem dos alunos de maneira efetiva, conforme destacado nos artigos 8º e 9º da Resolução CNE/CEB nº 4/2010. PRINCÍPIOS → O artigo 3º da Resolução CNB/CEB nº 4/2010 infere que as DCN’s devem evidenciar seu papel de indicador de opções políticas, sociais e culturais, o qual se articula com o projeto de Nação, fundamentando-se nos princípios de cidadania, dignidade da pessoa, igualdade, liberdade, pluralidade, diversidade, respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade. ESTÍMULO → Deve-se assegurar o estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos com a utilização de recursos tecnológicos de informação e comunicação a serem inseridos no cotidiano escolar. Uma vez que há necessidade de redes de aprendizagem, o desenvolvimento dos eixos temáticos deve permitir uma abordagem interdisciplinar sobre as áreas do conhecimento. INDICAÇÃO → Há indicação dos integrantes da base comum: Língua Portuguesa; Matemática; Conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo de História e das culturas afro-brasileiras e indígenas; Arte, em diferentes formas de expressão, incluindo a música; Educação Física e Ensino Religioso. Esta base comum está articulada com a parte diversificada, ou seja, atende às especificidadese demandas de cada localidade e sistemas de ensino. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO → A educação básica organiza-se em: Educação Infantil: compreende a Creche, em que se englobam as crianças de 0 a 3 anos e onze meses; e a Pré-escola: com duração de 2 anos; Ensino Fundamental: obrigatório e gratuito, com duração de nove anos, organizado e As DCN definem as competências e diretrizes para a Educação Básica. Por isso, embasa a elaboração dos currículos e dos conteúdos mínimos para garantir uma formação comum. tratado em duas fases: a dos cinco anos iniciais e a dos quatro anos finais. Ensino Médio – com duração mínima de 3 anos. As prescrições curriculares das DCN’s ainda incluem: Educação étnico-racial; Educação especial; Educação de jovens e adultos; Educação indígena; Entre outros pontos. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC A BNCC pode ser definida como um conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos da educação básica devem ter acesso durante seus processos de aprendizagem. Durante os últimos anos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi pauta dos mais importantes debates sobre educação no país. O documento da Base foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC), em sua terceira versão, no dia 20 de dezembro de 2017 para as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 14 de dezembro de 2018, o documento foi homologado para a etapa do Ensino Médio. Juntas, a Base da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio integram um único documento: a BNCC da Educação Básica. CRÍTICAS → Alguns profissionais da educação afirmam que não houve uma consulta mais ampla, promotora de debates públicos sobre o tema. Criticam também um certo abandono ou minimização das DCN’s existentes que trazem o princípio da articulação curricular por áreas do conhecimento. Alguns afirmam que a BNCC configura uma presença tecnicista, com fortes tendências meritocráticas. IMPORTANTE CURRÍCULO PRESCRITIVO: É aquele expresso por um conjunto de normas, leis e determinações, estabelecido por entidades oficiais, como o Conselho Nacional da Educação – CNE. Neste currículo é definido e fixado o rol de conteúdos essenciais que deverão ser desenvolvidos nos diferentes segmentos da educação básica e/ou no ensino superior, como a Lei de Diretrizes e Bases e as Diretrizes Curriculares. Faça valer a pena 1. A Base é uma referência nacional obrigatória, mas não é o currículo. Seu papel será justamente o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e nos municípios. Se a Base estabelecer que um dos conteúdos for o conceito de cadeia alimentar, cada rede e cada escola terá liberdade para escolher, entre outros aspectos, os ecossistemas que utilizará como referência ao tratar do tema. Assim, uma rede de ensino da região Norte poderá abordar as cadeias alimentares em ecossistemas da Amazônia; do Nordeste, na caatinga; do Centro-Oeste, no cerrado; do Sudeste, na mata atlântica; do Sul, no pampa. E assim por diante. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre a BCCN e o currículo: a) A Base estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto o currículo define como alcançar esses objetivos. b) O currículo estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto a Base define como alcançar esses objetivos. c) A Base e o currículo estabelecem os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir e definem como alcançar esses objetivos. d) A Base estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, mas não é um documento obrigatório, enquanto o currículo define como alcançar esses objetivos e isto o transforma em uma imposição para as escolas. e) O currículo estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir, enquanto a Base define como os alunos serão avaliados, exclusivamente. 2. As redes de ensino têm autonomia para elaborar ou adequar os seus currículos, de acordo com o estabelecido na Base – assim como as escolas têm a prerrogativa de contextualizá-los e adaptá-los a seus projetos pedagógicos. Com base na asserção acima, é correto afirmar que: a) A BCCN e as DCNs são obrigatórias. b) A BCCN constitui-se em um referencial como os PCNs, já as DCNs são obrigatórias. c) São documentos obrigatórios: DCN, BCCN e PCN. d) A BCCN, DCN e o PCN não são obrigatórios. e) A BCCN e o Referencial Curricular Nacional são obrigatórios enquanto que PCN e DCN são opcionais, já que representam apenas orientações. 3. É um conjunto de orientações que deverá nortear os currículos das escolas, redes públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. Trará os conhecimentos essenciais, as competências e as aprendizagens pretendidas para as crianças e jovens em cada etapa da educação básica em todo país. O documento conterá: • Competências gerais que os alunos devem desenvolver em todas as áreas. • Competências específicas de cada área e respectivos componentes curriculares. • Conteúdos que os alunos devem aprender e habilidades a desenvolver a cada etapa da educação básica da educação infantil ao ensino médio. • A progressão e o sequenciamento dos conteúdos e das habilidades de cada componente curricular para todos os anos da educação básica. Assinale a alternativa que indica de qual documento trata-se a afirmação acima: a) BCCN. b) PCN. c) DCN. d) Referencial Curricular Nacional. e) ECA. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE III – O currículo escolar Seção 3.1: O currículo no contexto escolar FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA A PARTIR DA DÉCADA DE 90 As reformas educacionais das décadas de 1980 e 1990 promoveram a construção de muitos documentos oficiais e políticas curriculares para as escolas, pautados na concepção da construção de um currículo nacional de base comum e mínima, mas com uma parte diversificada. As reformas ocorridas a partir da década de 90 buscaram: ➢ Estabelecer mecanismos de controle e avaliação da qualidade dos serviços educacionais (avaliações externas – ANA, ENADE, ENEM, PROVA BRASIL, entre outros); ➢ Promover e garantir a materialização dos princípios meritocráticos e competitivos (cada um deve aproveitar as oportunidades iguais, sem considerar as especificidades); ➢ Articular a produção educacional às necessidades estabelecidas pelo mercado de trabalho (preparar para mão-de-obra); ➢ Garantia de empregos, a chamada empregabilidade, vinculada a uma concepção de educação estreitamente relacionada aos interesses do mercado econômico. ➢ A escola deve formar para o pensamento crítico e para o mercado de trabalho. Portanto, não deve servir para alienar a pessoa, e sim para formar o sujeito integral. DOCUMENTOS CURRICULARES A PARTIR DE 1990 ➔ PÓS LDB 9.394/96: Surgimento das prescrições curriculares para a Educação Básica – Documentos Prescritores; ➔ Conteúdos a serem ensinados são estabelecidos pelos órgãos governamentais: BNCC – Competências e habilidades somadas à parte diversificada; ➔ Gestão democrática: Pensar e implementar o projeto educativo da escola a partir da legislação e política educacional, considerando a participação de todos. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TICS As tecnologias de informação e comunicação se fazem cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade, reconfigurando hábitos e maneiras de aprender e obter informações. Sendo assim, novos métodos de ensino e aprendizado são abordados neste contexto social, apresentando novos modelos de espaço do conhecimento. Integrar as TICs ao contexto educacional não se reduz apenas a uma formação instrumental para o seu uso. É necessário repensar as concepções sobre a educação, formação, práticas educativas e posturas. Esta integração não pressupõe apenas agregarum instrumento para o processo de ensino- aprendizagem, mas sim implementar “linguagens que estruturam os modos de pensar, fazer, comunicar, estabelecer relações com o mundo e representar o conhecimento” (ALMEIDA; VALENTE, 2013, p.61) Um bom exemplo é o programa Porvir, que leva estudantes a aprenderem sobre animais em extinção, com colegas de outros estados, via internet. Por meio deste exemplo, é possível perceber como as TICs estão de fato integradas ao currículo, com formas diferentes de pensar, aprender e se comunicar. IMPORTANTE MERITOCRACIA, EQUIDADE E IGUALDADE: Meritocracia é um sistema de recompensa por mérito individual. Isto é, quando o critério para conceder determinada premiação ou vantagem é o esforço e a dedicação da pessoa exclusivamente. Esse sistema é amplamente difundido hoje em dia e é utilizado por diversas instituições e organizações. Por exemplo, pelo governo, quando ele contrata pessoas por meio de concursos públicos, e por empresas, para reconhecer funcionários. Em termos gerais, a meritocracia é um tema polêmico, haja vista as críticas que recebe. Isso acontece porque, apesar desse princípio ser uma representação reconhecida de justiça nas sociedades ocidentais modernas, alguns estudiosos defendem que, para alcançar determinadas coisas, as pessoas não dependem apenas de esforço individual. Os críticos argumentam que existem questões subjetivas e complexas que podem influenciar no resultado. Basicamente o que depende da sorte, ou seja, questões que estão fora de nosso controle. Um exemplo é quando 2 pessoas de base familiar e socioeconômica diferentes tentam ingressar em uma universidade. E o único critério do processo seletivo é a meritocracia. Imagine que uma teve acesso a educação de qualidade e apoio familiar, enquanto a outra não teve e nem pôde frequentar a escola todos os dias. Esta última precisou ajudar a família financeiramente com um emprego em paralelo aos estudos. Para os críticos, o processo não será tão justo nessa ocasião. Casos específicos como esse sustentam o questionamento da efetividade do modelo meritocrático. No entanto, não há como generalizar as críticas para todos os casos. O sistema de meritocracia pode ser bem aproveitado, principalmente quando as condições e bases de quem participa do processo são praticamente as mesmas. Faça valer a pena 1. As reformas educacionais que aconteceram nas décadas de 1980 e 1990, apontam transformações na maneira de abordar os conteúdos a serem ensinados. Qual é a principal concepção de currículo adotada a partir destas reformas? a) Currículo individualizado a cada instituição educacional, sem orientações nacionais. b) Currículo com base nacional, conteúdos mínimos definidos, tanto para os conhecimentos científicos, como para a parte diversificada. c) Currículo mínimo a nível nacional sem possibilidade de complementação com a parte diversificada e peculiaridades de cada região. d) Currículo com base nacional, conteúdos mínimos e parte diversificada. e) Currículo que deve ser assumido pela avaliação externa de maneira formal e oficial. 2. Leia e analise a citação a seguir: “A política curricular é uma produção de múltiplos contextos sempre produzindo novos sentidos e significados para as decisões curriculares nas instituições escolares” (LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elisabeth. Contribuições de Stephen Ball para o estudo de políticas de currículo. In: BALL, Stephen.; MAINARDES, Jefferson. (Org.). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011, p. 273) A partir da citação acima, quais as afirmações traduzem e estão relacionadas ao texto? I. O conhecimento vivenciado nas escolas é aquele pensado e elaborado por diferentes grupos, entre disputas e articulações políticas, econômicas e sociais, para determinar o que pode ser considerado conhecimento válido e necessário ou não, estabelecendo uma dada hegemonia. II. Os conhecimentos vivenciados nas instituições de ensino, legitimados no currículo, visam formar sujeitos e identidades para uma determinada sociedade. III. Os conhecimentos vivenciados nas escolas são construções dos sujeitos que ali se encontram, em uma lógica de respeito a heterogeneidade e nunca de homogeneidade. Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas: a) As alternativas I, II e III. b) Apenas as alternativas I e II. c) Apenas as alternativas II e III. d) Apenas as alternativas I e III. e) Apenas a alternativa III. 3. Leia as asserções abaixo com atenção: Integrar as TICs ao contexto educacional requer repensar as concepções sobre educação, formação, práticas educativas, posturas. PORQUE Atualmente ainda se identifica um descompasso entre o currículo e as tecnologias de informação e comunicação. Após analisar as asserções, assinale a alternativa correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE III – O currículo escolar Seção 3.2: O currículo e a prática educativa O currículo escolar não pode ser compreendido apenas por um único olhar e perspectiva, mas a forma pela qual ele se desdobra até chegar ao aluno também deve ser considerada. Por esse motivo, é importante conhecer as diferentes categorias de currículo: experienciado, formal, operacional e percebido. ◊ CURRÍCULO FORMAL (PRESCRITO) – Reúne a proposta elaborada pelo Estado com pouca ou nenhuma participação dos educadores e profissionais da educação. ◊ CURRÍCULO PERCEBIDO – Forma como o currículo é desenvolvido pelo Estado e percebido pelos educadores a partir de suas concepções sobre a educação e formação dos indivíduos. ◊ CURRÍCULO OPERACIONAL (REAL) – O currículo que de fato será aplicado em sala. Leva em consideração, além da compreensão dos educadores, todas as demais variáveis que influenciam o processo de ensino-aprendizagem, como o contexto escolar, político, econômico e social. ◊ CURRÍCULO EXPERIENCIADO (OCULTO) – Este currículo abrange a experiência do aluno e como ele sente e vivencia o processo de ensino-aprendizagem. No viés de um cidadão além de um profissional, crítico, consciente e capaz de promover mudanças na sociedade, alguns princípios pedagógicos que estruturam as áreas de conhecimento são necessários como eixos articulares, entre eles a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. O processo de ensino- aprendizagem nessa perspectiva quebra com a tendência histórica da disciplinaridade que o currículo formal impõe sobre o conhecimento. DISCIPLINARIDADE – Com o desenvolvimento da ciência, houve uma proliferação de disciplinas, cada uma voltada para um segmento cada vez menor da realidade. Estas disciplinas eram desconexas entre si. INTERDISCIPLINARIDADE – Não significa uma mera compreensão de que o conhecimento não é fragmentado/compartimentado e que as disciplinas possuem interação, mas sim de compreender que um currículo que considera a interdisciplinaridade tem como centro o redimensionamento dos saberes e conhecimentos, que presa pela unificação do conhecimento, que compreende o processo de construção do conhecimento de forma interativa, implicando unidade, continuidade e interdependência, que reconhece as diferentes lógicas e caminhos para se chegar a um mesmo lugar. TRASNDISCIPLINARIDADE – Esta perspectiva abandona totalmente a disciplinaridade, pois parte do conhecimento, da temática, do objetivo de pesquisa que irá perpassar várias disciplinas,da interdependência dos fenômenos da realidade. A transdisciplinaridade envolve questões que vão além dos conhecimentos científicos e tecnológicos, abrange as questões culturais, históricas, sociais e políticas que permeiam e atravessam esses conhecimentos, envolve valores, os olhares para a realidade, o pluralismo de ideias. A essência da transdisciplinaridade é a ampliação da consciência e postura dos indivíduos em relação ao ser, à vida, à cultura e às suas relações e inter-relações. INTERDISCIPLINARIDADE • Abrir-se ao outro; • Interação entre as disciplinas; • Situações problemas; • Atenção para a realidade; • Diferentes lógicas e caminhos para se chegar a um mesmo lugar. TRANSDISCIPLINARIDADE • Ampliação da consciência e postura dos indivíduos em relação aos ser, à vida, à cultura e às suas relações e inter-relações. IMPORTANTE PRÁTICA EDUCATIVA: Não existe prática educativa neutra, sempre haverá uma intencionalidade. Através das práticas pedagógicas formaremos um perfil de sujeito que será PASSIVO ou CRÍTICO. Toda prática pedagógica requer: AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO. Faça valer a pena 1. Ao elaborar um currículo, a participação do professorado contribui para a discussão de projetos pedagógicos que possam ser desenvolvidos durante a vida acadêmica dos educandos. Esta comunicação propicia a prescrição de um documento que valorize a interação. Assinale a alternativa que melhor define essa organização curricular: a) Currículo formal. b) Currículo experienciado. c) Racionalidade curricular. d) Controle social. e) Interdisciplinaridade. 2. Leia com atenção as afirmativas abaixo e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): I) (.....) Currículo formal: ou oficial: é um documento prescrito com base nas leis e diretrizes educacionais. II) (.....) Currículo operacional: currículo percebido pelos docentes a partir das prescrições nacionais e o contexto escolar. III) (.....) Currículo percebido: currículo que, de fato, acontece na escola a partir das prescrições curriculares. IV) (.....) Currículo experienciado: parte das observações e percepções dos alunos, como algo realmente compreendido pelos educandos. Assinale a alternativa que contém a sequência correta: a) F, V, F, V. b) V, V, F, F. c) F, F, V, V. d) F, V, V, F. e) V, F, F, V. 3. Os ____________________________ não se constituem em novas disciplinas e sim em temáticas a serem exploradas, tendo como eixo vertebrador a Cidadania, Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo são alguns dos temas que devem ser incorporados ao currículo, recebendo tratamento didático em todas as disciplinas. Assinale qual alternativa preenche, de forma adequada, a lacuna acima: a) Conteúdos. b) Temas transversais. c) Temas interdisciplinares. d) Temas específicos. e) Temas gerais. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE III – O currículo escolar Seção 3.3: Currículo e avaliação Durante o período letivo, os professores avaliam os alunos de diversas maneiras, para isso devem observar uma série de fatores: ◊ Faixa etária; ◊ Turma; ◊ Individualidade; ◊ Coletividade; Na avaliação do currículo e sua prática, podemos afirmar que existem alguns níveis de avaliação, que são escolhidos de acordo com os objetivos e finalidades do que se pretende avaliar. AVALIAÇÃO EXTERNA → Realizada pelos órgãos governamentais; AVALIAÇÃO INTERNA OU INSTITUCIONAL → Realizadas por algumas escolas com estratégias, conteúdos, datas, prazos e pontuações definidos; AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM → Realizado durante o processo de esino- aprendizagem pelo professor. AVALIAÇÃO EXTERNA Atualmente, as avaliações externas às instituições da Educação Básica são a PROVINHA BRASIL, o SAEB e o ENEM. É importante destacar que, após estas avaliações, o correto seria tomar atitudes para melhoria do ensino, e não que estas sirvam apenas para verificar e mensurar resultados. AVALIAÇÃO INTERNA OU INSTITUCIONAL A avaliação institucional constitui-se como um processo sistemático de discussão permanente sobre as práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para melhoria e aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a avaliação institucional articula as avaliações, possibilitando uma leitura da totalidade das instituições e do sistema. AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM Diagnóstica → Realizada no início do processo de aprendizagem para identificar o perfil dos estudantes. Suas principais características são o aspecto preventivo, de identificação, intervenção e correção. Formativa → Busca melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Suas principais características são: o feedback contínuo, proximidade, conhecimento mútuo e diálogo entre professore e aluno. Somativa → Ocorre ao fim de um processo educacional (ano, semestre, bimestre, ciclo, curso, etc.) Suas principais características são verificar, classificar, situar, informar e certificar. Formação emancipatória → Avaliação se insere no processo de ensino-aprendizagem como ferramenta para a reflexão continua sobre o progresso dos estudantes. Verificação → Avaliação que acontece apenas ao final dos conteúdos estudados, para saber se o aluno tem a nota a ser aprovado ou reprovado (mensuração de resultados). IMPORTANTE ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes: Exame que faz parte do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) e cujo objetivo é avaliar a qualidade dos cursos de formação superior. É feito através de uma amostra selecionada de estudantes do primeiro e do último ano dos cursos. Para os alunos selecionados que estão terminando a faculdade a participação no Enade é obrigatória e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. Estudantes não selecionados também podem fazer a prova, como voluntários. Esta avaliação não avalia o desempenho do aluno, mas confere a qualidade dos cursos e o rendimento de seus alunos em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/ http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/ Faça valer a pena 1. Segundo o dicionário Houaiss (2008) o termo “avaliar” significa estabelecer o valor. Desta maneira, a concepção de avaliar caracteriza as medidas de valores atribuídos aos resultados de um trabalho educativo. Atualmente, sabe-se que existem diversas estratégias para a aferição dos resultados finais, mas apenas um item compreende a medida classificatória dos conteúdos estudados. Assinale a alternativa que retrata esse elemento: a) Avaliação somativa. b) Avalição diminutiva. c) Avaliação diagnóstica. d) Avaliação formativa. e) Avaliação em grupo. 2. Existem vários tipos de avaliação essenciais ao aperfeiçoamento dos alunos, mas cada uma delas representam objetivos distintos no processo de ensino-aprendizagem e englobam aspectos importantes na educação. I. Na avaliação da aprendizagem, os conteúdos são assimilados pelos educandos e quem faz a mediação é o educador. II. Na avaliação do sistema educativo, os professores são guiados pelos coordenadores pedagógicos a fazerem a autoavaliação, a fim de analisarem as estratégias pedagógicas utilizadas durante o ano letivo. III. Na avaliação da instituição, o que prevalece no processo de ensino-aprendizagem é a organização dos conteúdos que retratam o poder público como responsável da educação. Analise as informações abaixo e assinale a alternativa correta: a) Apenasa alternativa I está correta. b) Apenas as alternativas I e II estão corretas. c) Apenas as alternativas II e III estão corretas. d) Apenas as alternativas I e III estão corretas. e) Todas as alternativas estão corretas. 3. A avaliação quando é assimilada como um processo ao longo do ano letivo, que visa ao replanejamento das atividades dos docentes na escola, para melhorar o aprofundamento e o conhecimento dos educandos após a análise dos resultados apresentados em cada disciplina, é conhecida como um dos aspectos a seguir. Assinale a alternativa correta: a) Avaliação somativa. b) Autoavaliação. c) Prova Brasil. d) Saeb. e) Avaliação formativa. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade Seção 4.1: Currículo e desafios contemporâneos As propostas curriculares pós reformas educacionais das décadas de 1980 e 1990 seguem uma concepção de base comum curricular a nível nacional, com parte diversificada e com organização por competências. As políticas educacionais elaboradas nas décadas de 1980 e 1990 pelos governantes sob a luz das recomendações de organismos multilaterais, com o discurso de melhoria da qualidade da educação e questões sociais, estabelece uma relação estreita entre educação e trabalho, principalmente em uma sociedade com novas demandas geradas pela globalização. Neste contexto desponta nas reformas educacionais o “modelo de competências”. Os indivíduos passavam a necessitar do desenvolvimento de competências para lidar com todas as transformações sociais e profissionais em uma sociedade globalizada e tecnológica. Na BNCC o desenvolvimento das competências faz parte dos fundamentos pedagógicos da proposta curricular. Este documento utiliza como base a LDB 9.394/96, que em seus artigos 32 e 35 afirma que: “Na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilidade de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplica-lo para tomar decisões pertinentes A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em situação se dá o nome de competência.” A BNCC define um conjunto de 10 competências gerais que devem ser desenvolvidos de forma integrada aos componentes curriculares, ao longo de toda a Educação Básica. São elas: 1. Conhecimento; 2. Pensamento científico, crítico e criativo; 3. Repertório cultural; 4. Comunicação; MODELOS DE COMPETÊNCIA A organização curricular por competências pressupõe o equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos cognitivos e teóricos com o desenvolvimento de habilidades e atitudes para a prática profissional. 5. Argumentação; 6. Cultura digital; 7. Autogestão; 8. Autoconhecimento e autocuidado; 9. Empatia e cooperação; 10. Autonomia e responsabilidade. IMPORTANTE BNCC – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: A Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Seu principal objetivo é ser a balizadora da qualidade da educação no País por meio do estabelecimento de um patamar de aprendizagem e desenvolvimento a que todos os alunos têm direito. A Base deverá nortear a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares de todo o Brasil, indicando as competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade. O Conselho Nacional de Educação (CNE) realizou audiências públicas, em 2017, para a discussão sobre o documento para as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e, em 2018, para a discussão sobre o documento para a etapa do Ensino Médio. Além disso, o CNE coletou contribuições públicas enviadas por pessoas e instituições de todo o País, contendo sugestões de aprimoramento do texto da Base. Todas as contribuições recebidas foram analisadas e geraram alterações no documento. Em 20 de dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Em 14 de dezembro de 2018, o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologou o documento da Base Nacional Comum Curricular para a etapa do Ensino Médio. Agora o Brasil tem uma Base com as aprendizagens previstas para toda a Educação Básica. Faça valer a pena 1. A mais recente iniciativa com relação às políticas curriculares no Brasil refere-se à criação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Porém, esse documento deve ser analisado e questionado de forma muito cuidadosa. Por quê? Assinale a alternativa correta: a) Por ser um documento que promoverá melhoria de qualidade na construção dos currículos escolares. b) Por ser uma proposta de distribuição de conhecimentos padronizados, para atender prioritariamente a uma formação de indivíduos para competir por postos de trabalho no atual mercado capitalista. c) Por ser uma proposta que considera a parte diversificada a ser definida pelas localidades e escola. d) Por ser uma proposta que organiza o currículo para o desenvolvimento de competências. e) Por ser uma proposta que privilegia a formação de indivíduos que possam ser profissionais e cidadãos críticos, que conheçam e atuem nas questões sociais, ambientais, coletivas e éticas. 2. A versão final da BNCC define um conjunto de dez competências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada aos componentes curriculares, ao longo de toda a educação básica. Faça a correspondência entre algumas dessas competências com os seus objetivos. (1) Pensamento científico, crítico e criativo (2) Argumentação (3) Empatia e cooperação (4) Autogestão (5) Autonomia e responsabilidade (.....) Entender o mundo do trabalho e planejar seu projeto de vida pessoal, profissional e social. (.....) Exercitar a curiosidade intelectual, o pensamento científico, a criticidade e a criatividade. (.....) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. (.....) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis. (.....) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. Enunciado: Assinale a sequência correta: a) 1, 3, 5, 2, 4. b) 2, 4, 1, 3, 5. c) 4, 1, 3, 2, 5. d) 3, 1, 2, 5, 4. e) 4, 2, 1, 3, 5. 3. Com o desenvolvimento da concepção de uma base comum curricular a nível nacional, veio o da parte diversificada dos currículos da educação básica. O que é correto afirmar sobre essa parte diversificada do currículo? I. A parte diversificada é pensada pelos órgãos governamentais a nível nacional. II. A parte diversificada do currículo deve ser pensada por secretarias estaduais e municipais de educação, escolas e professores. III. A parte diversificada do currículo é o espaço para se pensar as diferenças culturais, regionais e locais. IV. A parte diversificada do currículo compõe a base nacional comum curricular. Estão corretas: a) Apenas as afirmações I, II e IV. b) Apenas as afirmações I, III e IV. c) As afirmações I, II, III, IV. d) Apenas as afirmações II, III e IV. e) Apenas as afirmações II e IV. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade Seção 4.2: Diversidade e currículo Abordagem da interculturalidade → Esta abordagem promove o desenvolvimento de sociedades inclusivas e democráticas, capazes de articular políticas de igualdade com políticas de identidade. BNCC → A obrigatoriedade de conteúdos mínimos e necessários em nível nacional garante o direito à educação e ao mesmo conhecimento histórico e científico para todos, em qualquer lugar do país. Os críticos veem esta diretriz de formapreocupante, já que a possibilidade de apenas os conteúdos obrigatórios serem ministrados é grande, diante do controle das políticas de avaliação externa. MULTICULTURALISMO ASSIMILACIONISTA ◊ Desigualdades: reconhece que as pessoas não dispõem das mesmas oportunidades; ◊ Política assimilacionista: favorece a integração de todos na sociedade, incorporados à cultura hegemônica, não se alterando, porém, a matriz da sociedade. Pensamento liberal, crença na meritocracia, voltado às teorias tradicionais do currículo; ◊ Educação: todos são convidados a participar do sistema escolar na concepção dos dominantes. MULTICULTURALISMO DIFERENCIALISTA ou PLURAL ◊ Desigualdades: ênfase sobre a diferença. Busca-se garantir espaços para que as identidades culturais possam expressar, de modo a preservar suas matrizes; ◊ Homogenia: Privilegia-se a formação de comunidades culturais homogêneas com suas próprias organizações (cada grupo vivendo com seus iguais). MULTICULTURALISMO DIFERENCIALISTA ou PLURAL ◊ Interculturalidade: desenvolvimento de sociedades inclusivas e democráticas capazes de promover uma articulação entre políticas de igualdade com políticas de identidade (dar voz aos excluídos); ◊ Diversidade cultural: raças, gêneros e classes; ◊ Educação: reconhecimento do outro. Como pensar o currículo a partir da interculturalidade? 1. Nos percebermos como integrantes dessa interculturalidade; 2. Aceitação do outro; 3. Diálogo e argumentação sem hierarquias e diferenciação entre gênero, raça, cultura, classe, etc. ESCOLA – Espaço social multicultural que reflete todos os conflitos existentes; PROFESSORES – Estudar sobre as questões da multiculturalidade, pensando no currículo e nas práticas educativas. Neste sentido, as teorias pós-críticas dizem que devemos considerar outras vozes, outros saberes e as inter-relações entre os diferentes grupos sociais. IMPORTANTE NEOLIBERALISMO: Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é aplicação dos princípios liberais numa realidade econômica pautada pela globalização por novos paradigmas do capitalismo. O primeiro governo democrático a se inspirar em tais princípios neoliberais foi o de Margaret Thatcher na Inglaterra, e nos EUA com o governo republicano Ronald Reagan. No Brasil fez parte da política econômica em 1989 nos governos de Collor e FHC, que venderam estatais como a Vale, Embratel, Furnas. Como pretendem a diminuição do gasto público no setor social, o neoliberalismo evidencia, ideologicamente, um discurso de crise e de fracasso do sistema educacional público, como decorrência da incapacidade administrativa e financeira de o Estado gerir o bem comum, propondo, consequentemente, sua transferência para a iniciativa privada, que, naturalmente, busca a eficiência e a qualidade. Faça valer a pena 1. Candau (2008) define multiculturalismo a partir de três perspectivas: o multiculturalismo assimilacionista, o multiculturalismo diferencialista ou plural e o multiculturalismo interativo, denominado interculturalidade. Faça a associação correta dessas perspectivas com relação ao seu significado: 1. Multiculturalismo assimilacionista 2. Multiculturalismo diferencialista ou plural 3. Multiculturalismo interativo denominado interculturalidade (.....) Privilegia-se a formação de comunidades culturais homogêneas com suas próprias organizações. (.....) No que tange à educação, propõe-se uma política de universalização da escolarização, na qual todos são convidados a participar do sistema escolar, porém não há um questionamento em relação ao caráter de monoculturalidade presente, por exemplo, nos currículos, nos conteúdos, na dinâmica escolar e nas relações estabelecidas entre os diferentes sujeitos. (.....) As representações de raça, gênero e classe são entendidas, sob esta perspectiva, como sendo produtos de lutas sociais sobre os signos e as significações, privilegiando-se as transformações das relações sociais, culturais e institucionais nas quais estes significados são gerados. Defende a promoção de uma educação que esteja voltada para o reconhecimento do “outro”. Assinale a alternativa correta: a) 1, 2, 3. b) 3, 2, 1. c) 1, 3, 2. d) 3, 1, 2. e) 2, 1, 3. 2. Na interculturalidade, as representações de raça, gênero e classe são entendidas como sendo produtos de lutas sociais sobre os signos e as significações, privilegiando-se as transformações das relações sociais, culturais e institucionais nas quais esses significados são gerados. Defende-se a promoção de uma educação voltada para o reconhecimento do “outro”. A partir da afirmação acima, o que é correto afirmar sobre um currículo escolar que reconhece a interculturalidade? I. Um currículo que prevê a aceitação e o respeito pelo outro e promove o diálogo. II. Um currículo que procura eliminar as hierarquias e diferenciação entre gênero, raça, cultura, classes sociais. III. Um currículo com conhecimento crítico das realidades culturais dos outros e das nossas próprias. IV. Um currículo que procura manter a disciplinarização e diferenciação entre gênero e raça. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I, II e III. b) Apenas as afirmativas I, III e IV. c) Apenas as afirmativas II, III e IV. d) As afirmativas I, II, III e IV. e) Apenas as afirmativas II e IV. 3. De acordo com Copette, a interculturalidade é um “um processo dinâmico marcado pela intercessão de perspectivas que podem ser entendidas como representações sociais produzidas em interação” (COPETTE, 2012, p. 341 apud VALENÇA; SIMIANO; MENGER, 2015, p. 502). De acordo com a afirmação acima, assinale a alternativa que apresenta um projeto educacional que contempla a interculturalidade: a) Um projeto educativo para a educação infantil que proporcione o contato com o meio ambiente. b) Um projeto educativo para a educação infantil que reconhece e inclui as diferenças como algo positivo. c) Um projeto que apresente conhecimento homogêneo e padronizado. d) Um projeto que proporcione igualdade entre todos. e) Um projeto que considere os conhecimentos necessários para o mercado de trabalho. TEORIAS E PRÁTICAS DO CURRÍCULO UNIDADE IV – O currículo escolar na contemporaneidade Seção 4.3: Currículo e outras perspectivas ➔ CURRÍCULO BILÍNGUE: Um currículo bilíngue deve prever o ensino de conteúdos e saberes por meio de uma segunda língua, diferenciando-se das escolas de língua e das disciplinas que são ofertadas de uma segunda língua no currículo oficial; O currículo bilíngue deve obedecer às determinações curriculares que consta nas leis e diretrizes oficiais com relação à língua oficial, que é o português. Para dar conta de acrescentar os conteúdos em uma segunda língua, deve-se ampliar a carga horária do currículo. ➔ ESCOLAS CONFESSIONAIS: As escolas confessionais são aquelas que pertencem a igrejas ou confissões religiosas, que adotam um credo e/ou uma religião e expressam esta opção em seu currículo escolar. Essas escolas adotam em suas propostas curriculares e praticas pedagógicas um embasamento filosófico-teológico. Esse embasamento está ligado à concepção de mundo, de vida, do ser humano. ➔ EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: Não existe no Brasil um currículo estabelecido para a educação não formal. Como o próprio nome sugere, é a educação que ocorre fora dos muros escolares, sem a formalidade de uma educação sistematizada e controlada pelo Estado. A união de ações educativas não formais e o currículo tradicional trabalharia com mais efetividade os aspectos: ✓ Físicos; ✓ Sociais; ✓ Cognitivos; ✓ Culturais. Seria assim uma educação mais completa e libertadora. IMPORTANTE EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO FORMAL: Você conhece as
Compartilhar