Buscar

LIVRO COM A CORREÇÃO OFICINA DE NEGOCIO 7 ANO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

An
o7o
 E
nsi
no
 Fu
nd
am
en
tal
Em
pre
en
de
do
ris
mo
 | 
Bru
no
 Pr
ad
o 
Ofic
ina
 de 
Neg
ócio
s
An
o7o
 E
nsi
no
 Fu
nd
am
en
tal
Em
pre
en
de
do
ris
mo
 | 
Bru
no
 Pr
ad
o 
Ofic
ina
 de 
Neg
ócio
s
SSE_Oficina_Negocios_7A_001a002.indd 1 14/02/19 13:46
ISBN Aluno: 978-85-7236-036-4
ISBN Professor: 978-85-7236-037-1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e 
Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função 
da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo 
básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro 
de 2017, do Ministério da Educação.
P896s Prado, Bruno
 Sucesso sistema de ensino : ofi cina de negócios : empreen-
 dedorismo : 7º ano : ensino fundamental / Bruno Prado ; ilus-
 trações Rafael Silva, Lourdes Saraiva . – 2. ed. – Recife : Edições
 Pedagógicas, 2019.
 64p. : il.
 1. EMPREENDEDORISMO – ENSINO FUNDAMENTAL.
 2. EMPREENDEDORISMO – ESTUDO E ENSINO. 3. CONSUMO
 – ASPECTOS EDUCACIONAIS. 4. ORÇAMENTO FAMILIAR – 
 ASPECTOS FINANCEIROS. 5. SUCESSO NOS NEGÓCIOS. I. 
 Silva, Rafael, 1989-. II. Saraiva, Lourdes,. III. Título.
 CDU 658
 CDD 658.11
PeR – BPE 19-99
Ofi cina de Negócios
(Empreendedorismo)
7o ano do Ensino Fundamental 
Bruno Prado
Editor
Lécio Cordeiro
Revisão de texto
Departamento Editorial
Projeto gráfico, editoração eletrônica, 
iconografia e infografia
Box Design Editorial
Ilustrações
Lourdes Saraiva
Rafael Silva
Capa
Gabriella Correia/Nathália Sacchelli
/Sophia Karla
Foto: NATNN/shutterstock.com
Assessoria pedagógica
Suélen Franco
Coordenação Editorial
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos 
direitos dos textos contidos neste livro. A Editora pede desculpas 
se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em 
incluir quaisquer créditos faltantes.
Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam, 
sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original, 
uma nova pontuação.
As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram 
modifi cações com o Novo Acordo Ortográfi co.
SSE_Oficina_Negocios_7A_001a002.indd 2 14/02/19 13:46
Apresentação
Querido aluno,
vivemos um tempo de mudanças ágeis e desafiadoras que exigem de nós disposição 
para aprender e nos reinventar constantemente. Esse cenário é um convite à busca de novas 
soluções, à geração de ideias, à procura de superação e à capacidade de transformar a reali-
dade em que vivemos: ou seja, um convite ao empreendedorismo.
A ação empreendedora tem sido cada vez mais valorizada, e não falamos apenas da 
criação de negócios: empreende aquele que busca soluções, que assume o protagonismo 
de seus projetos ou que busca exercer um impacto positivo em nossa sociedade. Para isso, 
precisamos nos conhecer, desenvolver nossas habilidades e competências, ter uma atitude 
positiva e buscar autonomia. 
Assim, esta obra é um convite para uma jornada empreendedora, que começa agora e 
pode trazer muitos frutos para a vida adulta. A cada volume, damos um passo novo, adqui-
rindo mais maturidade e vivenciando novos desafios. Neste volume, vamos buscar o auto-
conhecimento, o desenvolvimento dos nossos pontos fortes e a melhoria dos pontos fracos. 
Sejamos empreendedores de nós mesmos! Vamos embarcar nessa jornada, abraçar os 
desafios e construir o futuro que queremos.
OdeN_2019_7A_01a64.indd 3 14/01/19 14:21
SumárioSumário
Empreendedorismo e negócios ... 6
Para início de conversa.............................. 7
Discutindo o conteúdo .............................. 7
Estudo do texto .......................................... 11
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Entendendo o sistema 
financeiro ................................. 29
Para início de conversa.............................. 30
Discutindo o conteúdo .............................. 31
Atividade .................................................... 35
Refletindo sobre o capítulo ....................... 35
Planejamento financeiro ............ 21
Para início de conversa.............................. 22
Discutindo o conteúdo .............................. 23
Atividade .................................................... 26
Refletindo sobre o capítulo ....................... 28
Educação, desde cedo, para 
o consumo ................................ 13
Para início de conversa.............................. 14
Discutindo o conteúdo .............................. 15
Estudo do texto .......................................... 19
Refletindo sobre o capítulo ....................... 20
OdeN_2019_7A_01a64.indd 4 08/02/19 14:15
Pequenas ideias, grandes soluções ......... 36
Para início de conversa............................................... 37
Discutindo o conteúdo ............................................... 38
Estudo do texto .......................................................... 43
Refletindo sobre o capítulo ........................................ 44
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Definindo metas e traçando 
objetivos de vida ................................... 59
Para início de conversa............................................... 60
Discutindo o conteúdo ............................................... 61
Atividade ..................................................................... 62
Refletindo sobre o capítulo ........................................ 63
Traçando metas ..................................... 51
Para início de conversa............................................... 52
Discutindo o conteúdo ............................................... 53
Atividade ..................................................................... 56
Refletindo sobre o capítulo ........................................ 57
Planejando um futuro de sucesso............ 45
Para início de conversa............................................... 46
Discutindo o conteúdo ............................................... 47
Atividade ..................................................................... 49
Refletindo sobre o capítulo ........................................ 49
OdeN_2019_7A_01a64.indd 5 08/02/19 14:15
Capítulo 1
Para muitos, o termo empreendedorismo já não é tão desconhecido assim. Para outros, 
esse assunto é novo, e podem surgir, por isso, muitas dúvidas. No entanto, praticar o empreende-
dorismo é, na verdade, algo natural e constante, podendo ser comum em diversas ações do dia 
a dia. Você, por exemplo, já se deparou com situações empreendedoras ao longo da vida, muitas 
delas de maneira consciente, outras de forma despercebida. 
Que tal começarmos relembrando ações empreendedoras dos nossos colegas Larissa, Luana, 
Paulo e Sérgio? Se você está chegando agora, não tem problema: é uma oportunidade de conhe-
cê-los e descobrir o que eles empreenderam durante a jornada do 6º ano. Quem sabe você não se 
identifica com alguma dessas ações? 
Empreendedorismo e negócios
Larissa era representante de turma 
e teve a iniciativa de organizar uma 
coleta seletiva de lixo.
Paulo gosta muito de ajudar pessoas 
e convidou os colegas a participarem 
de uma campanha de agasalho.
Luana é muito determinada 
e se empenhou bastante 
em seu projeto de participar 
de uma olimpíada de 
conhecimento.
Sérgio é bastante 
engenhoso e deu 
nova vida a velhos 
discos de vinil que 
encontrou sem uso 
em sua casa. 
6
OdeN_2019_7A_01a64.indd6 14/01/19 14:21
Para início 
de conversa
Como vimos, ter um pensamento empreendedor pode despertar atitudes e comportamen-
tos que visem ao crescimento pessoal e coletivo, tanto no meio social quanto no profissional. 
Não é obrigatório abrir uma empresa para ser empreendedor. É comum praticarmos ações 
empreendedoras em situações do cotidiano. Portanto, aprender mais sobre esse tema ajuda a 
refletir e despertar atitudes e comportamentos antes não observados no dia a dia. 
Acredita-se que o empreendedor seja, nos 
dias de hoje, um importante agente de cresci-
mento da economia de uma região. Pensar de 
forma empreendedora é refletir sobre determi-
nadas ações e características socioeconômicas 
para melhorar o cotidiano. Assim, quem em-
preende é visto como um indivíduo criativo e 
decisivo se propondo a realizar suas ações. 
Ser empreendedor significa ter um perfil 
que abrange comportamentos, atitudes, habili-
dades e competências específicas que vão con-
tribuir para o sucesso pessoal e profissional.
O mundo do trabalho e dos negócios, do 
qual faremos parte de forma mais ativa quan-
do formos adultos, é um ambiente propício 
para a ação empreendedora porque está liga-
do às transformações que operamos na natu-
reza e na sociedade. O trabalho e os negócios 
exercem um grande impacto social no mundo 
em que vivemos, e esse impacto pode ser ou 
positivo ou negativo. Por isso, vamos conhecer 
como funciona esse mundo e como participa-
mos dele — sim, mesmo sendo bem jovens, já 
fazemos parte desse universo — para que pos-
samos receber e proporcionar resultados posi-
tivos agora e no futuro.
Discutindo
o conteúdo
Ro
b 
M
ar
m
io
n/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
7
OdeN_2019_7A_01a64.indd 7 14/01/19 14:21
No futuro, é claro, você estará mais dire-
cionado ao mercado profissional. Daí por dian-
te, veremos que tais debates e discussões que 
ocorreram neste momento serão importantes 
para tomar decisões acertadas e reagir da me-
lhor forma quando surgirem as mais variadas 
adversidades. 
Mas qual é o conceito de trabalho e o de 
negócio? Há diferenças entre esses termos? 
Se você respondeu “sim”, acertou!
O conceito de trabalho, de uma maneira 
ampla, diz respeito a qualquer atividade de 
transformação, seja intelectual, criativa, ou 
produtiva. Do ponto de vista econômico, é a 
base de sustentação de uma sociedade, uma 
vez que esse trabalho é ofertado àqueles que 
dele precisam e, em contrapartida, o indivíduo 
recebe um valor em troca, que pode ser uma 
remuneração. Por meio dessa atividade, o cida-
dão conquista seu salário e dinamiza toda uma 
economia no ciclo de compra e venda dentro 
de um determinado espaço. É esse aspecto que 
abordaremos agora.
Nesse sentido, podemos dizer que o tra-
balho é uma atividade desenvolvida por uma 
pessoa com o objetivo de obter sua subsis-
tência, fornecendo suas habilidades e com-
petências ao empregador, ou seja, àquele que 
necessita de seus serviços para o desenvol-
vimento de uma atividade mais complexa. O 
trabalho assalariado ganhou força com a Re-
volução Industrial, surgida na Inglaterra no 
século XVIII.
Tal revolução marcou a substituição do 
trabalho artesanal pelo uso de máquinas. Para 
você entender melhor, vejamos como merca-
dorias eram produzidas antes dessa mudança. 
Na produção artesanal, um indivíduo — artesão 
— conhecia e tinha controle sobre todas as eta-
pas da produção, escolhendo, até mesmo, a sua 
própria jornada de trabalho. Esse artesão tam-
bém tinha suas próprias ferramentas de traba-
lho e matérias-primas. Já na manufatura, ocor-
ria a divisão do trabalho entre uma equipe de 
indivíduos. Cada um deles realizava uma etapa 
do trabalho, sob o controle do dono da oficina, 
e era remunerado pelo que produzia. Em ambos 
os casos, os cidadãos realizavam suas ativida-
des de forma manual; no caso do artesanato, 
produziam e, em seguida, comercializavam os 
bens produzidos; na manufatura, recebiam pelo 
número de peças produzidas. Como esse pro-
cesso levava muito tempo, o rendimento médio 
por família era relativamente pequeno.
Com a Revolução Industrial, a força de tra-
balho e a velocidade das máquinas modifica-
ram toda uma estrutura social. Os burgueses, 
ou seja, os que detinham grande parte do di-
nheiro e poder, implantaram, em sua grande 
parte, uma situação de trabalho exaustiva, cer-
ca de quinze horas por dia para cada trabalha-
dor, podendo ser criança, mulher ou homem.
Ao longo dos séculos, essa estrutura foi 
sendo modificada por meio de diversos movi-
mentos de trabalhadores que não aceitavam 
tal exploração da força de trabalho. Hoje em 
dia, podemos afirmar que muitas foram as con-
quistas dos trabalhadores.
Vi
kt
or
ia
 K
ur
pa
s/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
8
OdeN_2019_7A_01a64.indd 8 14/01/19 14:21
Criação da Carteira 
de Trabalho. O 
documento garante o 
acesso aos principais 
direitos trabalhistas.
Salário mínimo. 
Entrou em vigor 
em 1º de maio de 
1940, quando foi 
estabelecida a 
primeira tabela de 
remuneração.
Promulgada a Constituição de 
1946. Estabelece o direito de 
greve e o repouso remunerado em 
domingos e feriados. Também estende 
ao trabalhador rural o direito à 
indenização e à estabilidade.
Criação do Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço (FGTS). 
Formado por depósitos mensais 
da empresa na conta do 
colaborador, o FGTS protege 
financeiramente o trabalhador 
demitido sem justa causa.
Conquistas dos trabalhadores no Brasil
19
46
19
66
19
32
19
40
9
OdeN_2019_7A_01a64.indd 9 14/01/19 14:21
Disponível em: http://www.relacoesdotrabalho.com.br/profiles/blogs/linha-do-tempo-a-regulacao-do-trabalho-no-brasil. Adaptado.
Inclusão. Direito à 
inclusão de pessoas 
com necessidades 
especiais ao mercado 
de trabalho.
Criação da Lei do Dano 
Moral e do Assédio. Reforça a 
legitimidade de assegurar, por 
indenização, o trabalhador, caso 
ele sofra dano moral e assédio 
praticados pelo empregador 
contra seus colaboradores.
Criação da Constituição Cidadã. Reforçou 
a legitimidade do poder normativo da 
Justiça do Trabalho, ampliando direitos 
como a licença-maternidade de 120 dias, 
a licença-paternidade de cinco dias e a 
redução da jornada de trabalho para 44 
horas semanais.
Início da lei dos empregados 
domésticos. Os empregados domésticos 
conquistaram direitos concedidos aos 
demais trabalhadores, como jornada 
de trabalho de 44 horas semanais, 
pagamento de hora extra e FGTS.
19
99
19
88
20
01
20
13
10
OdeN_2019_7A_01a64.indd 10 14/01/19 14:21
Quando falamos em negócio, referimo-nos 
ao ato de negociar, ou seja, firmar um acordo 
entre duas ou mais partes. É exatamente isso 
que ele proporciona: um negociante oferece 
um bem ou serviço para atender à necessida-
de de um indivíduo que paga essa oferta com 
um valor em dinheiro. Isso acontece porque 
ambos estão de acordo com as condições e se 
dispõem a realizar essa troca. 
Normalmente, para que os negócios funcio-
nem, é preciso que uma ou mais pessoas traba-
lhem. Assim, o negociante pode aumentar a sua 
capacidade de atender aos seus clientes convi-
dando mais pessoas para colaborar. É aqui que 
os conceitos de trabalho e negócio se encon-
tram: para que um negócio cresça, é preciso au-
mentar a força de trabalho, ou seja, o conjunto 
de profissionais que empregam sua capacidade 
produtiva e, em troca, recebem um salário. Por 
isso, é comum dizermos que negócios geram 
empregos e, em seguida, renda. 
Os impactos de um negócio não se resu-
mem à geração de emprego e renda. Para fun-
cionar, um negócio pode utilizar matérias-pri-
mas e mão de obra, gerar resíduos e promover, 
muitas vezes, modificações no local onde se 
instala. Isso pode trazer benefícios, mas tam-
bém malefícios, dependendo de como for ma-
nejado. Por exemplo: se uma fábrica de sabo-
netes se instala em sua cidade, ela pode trazer 
novas oportunidades de emprego para a co-
munidade do entorno, mas também pode ge-
rar resíduos tóxicos que reduzem a qualidade 
de vida dessa população. Por outro lado, seela 
se compromete a tratar seus resíduos de forma 
responsável, então seu impacto pode ser posi-
tivo. Isso significa que, além de cumprir as nor-
mas que regem seu negócio (pagar impostos, 
respeitar jornadas de trabalho, remunerar tra-
balhadores, etc.), uma empresa também deve 
ter responsabilidade socioambiental, ou 
seja, buscar proporcionar impactos positivos 
em sua atuação na sociedade e no meio am-
biente. Mais que cumprir as obrigações, requer 
que esses negócios firmem compromissos com 
a sociedade e o ambiente onde atuam, buscan-
do trazer benefícios socioambientais. 
O termo negócio, por sua vez, refere-se a 
uma empresa que é administrada por um ou 
mais indivíduos. Os objetivos de seus donos 
são captar recursos e gerar bens e serviços. Tal 
implantação empresarial gera uma considerá-
vel circulação de dinheiro, dependendo do ta-
manho da empresa, proporcionando o lucro e 
a geração de empregos.
Outro sentido que pode ser dado à pala-
vra negócio é quando alguém tem uma grande 
ideia e a transforma em uma fonte de renda 
pessoal e familiar. 
Portanto, podemos considerar que um ne-
gócio é qualquer ação desempenhada por um 
indivíduo que tem como finalidade prestar ser-
viços ou oferecer produtos, visando à obtenção 
de lucro. 
Estudo
do texto
1. Do ponto de vista econômico, como podemos definir trabalho?
É toda atividade de transformação que exerce o papel de sustentação de uma sociedade, 
sendo ofertado a quem precisa em troca de uma remuneração, da qual os indivíduos retiram 
seu sustento. 
11
OdeN_2019_7A_01a64.indd 11 14/01/19 14:21
Título: Tempos modernos
Gênero: comédia
Direção: Charles Chaplin
O filme conta a história de um operário em uma linha de 
montagem, tentando se adaptar às jornadas de trabalho exaus-
tivas de uma fábrica. Após ser submetido a uma linha acelerada, 
ele entra em colapso nervoso e deixa o trabalho. A partir disso, 
sua vida é uma sucessão de incidentes, enquanto luta desajeita-
damente pela sobrevivência. 
Dica de
filme
2. O que é um negócio?
É um acordo formal firmado entre duas ou mais partes, no qual uma delas oferta bens ou 
serviços em troca de um valor em dinheiro, gerando lucro e, a depender do porte, postos de
emprego.
3. Por que dizemos que um negócio pode gerar empregos?
Porque, para desempenhar funções, muitas vezes, é necessário aumentar a força de trabalho, 
ou seja, o conjunto de profissionais que empregam sua capacidade produtiva e, em troca, 
recebem um salário.
4. Assinale V para verdadeiro e F para falso.
a. F Todo negócio gera apenas impactos positivos, uma vez que proporcionam emprego e 
renda.
b. V Quando uma empresa proporciona impactos sociais e ambientais positivos, para 
além do cumprimento do seu dever, dizemos que ela exerce responsabilidade so-
cioambiental. 
c. V O trabalho, do ponto de vista econômico, é uma atividade pela qual um indivíduo for-
nece suas habilidades e competências e, em troca, recebe uma remuneração, da qual 
tira sua subsistência.
d. V Um negócio que gera resíduos tóxicos e não os trata adequadamente proporciona um 
impacto negativo na sociedade.
12
OdeN_2019_7A_01a64.indd 12 14/01/19 14:21
Você já se perguntou como as coisas de 
que precisamos chegam até nós? Durante nos-
so dia a dia, precisamos de roupas, alimentos, 
água, produtos de higiene, energia elétrica, 
etc. Também contamos com itens que tornam 
nossa rotina mais fácil e até agradável, como 
o transporte que nos leva ao nosso destino, a 
TV que nos proporciona entretenimento e in-
formação, aquele videogame que permite mo-
mentos de diversão com os amigos, os celula-
res que nos conectam, etc. E este livro que está 
em suas mãos, você já se perguntou como ele 
chega até você? 
Para suprir nossas necessidades e desejos, 
precisamos adquirir bens ou serviços e, para 
adquiri-los, normalmente realizamos um pro-
cesso de troca: no supermercado, entregamos 
dinheiro e, em troca, obtemos as mercadorias 
que escolhemos.
Desde muito cedo, começamos a lidar dia-
riamente com situações envolvendo dinheiro. 
Você já desejou ter algum brinquedo, e seus 
pais ou responsáveis disseram que não tinham 
dinheiro suficiente para comprá-lo? Muitas 
pessoas passam por condições semelhantes. 
No mundo em que vivemos, o dinheiro é 
fundamental para realizarmos as transações 
(trocas) necessárias para a obtenção de bens e 
serviços. Quando adquirimos e utilizamos es-
ses bens e serviços, nós consumimos. Somos 
Capítulo 2
Educação, desde cedo, 
para o consumo
consumidores desde muito cedo, mas será 
mesmo que já paramos para refletir o que é ser 
consumidor?
Neste capítulo, vamos entender o consu-
mo, seu papel na economia e na vida das pes-
soas, bem como seu impacto no Planeta. Hoje, 
o consumo está ligado a quase tudo que faze-
mos na nossa vida, mas, a partir de agora, va-
mos percebê-lo de maneira diferente. 
13
OdeN_2019_7A_01a64.indd 13 14/01/19 14:21
Como vimos, precisamos de diversos bens 
e serviços para que a nossa vida transcorra 
normalmente, a exemplo de produtos como 
alimento e roupa; e serviços como energia elé-
trica e assistência médica. Para obter grande 
parte deles, precisamos comprá-los. Mas será 
mesmo que tudo aquilo que compramos é 
realmente indispensável e está ligado à nossa 
sobrevivência? Muitas vezes, também com-
pramos para satisfazer nossos desejos ou nos 
recompensar por algo. Você já ganhou um pre-
sente de aniversário ou mesmo como forma de 
ser recompensado por alguma realização? 
O consumo está no centro da satisfação de 
necessidades mais básicas, como comer e abri-
gar-se, mas também envolve outras questões, 
como afeto, realização pessoal, vontade de se 
destacar, etc. Na nossa sociedade, o consu-
Para início 
de conversa
mo vai além da questão da sobrevivência. Por 
exemplo: é verdade que uma roupa protege 
nosso corpo, mas também desejamos que ela 
seja bonita, confortável e, preferencialmente, 
esteja alinhada às tendências da moda. Imagi-
ne que seu colega chega à escola vestindo uma 
roupa antiga emprestada do avô, enquanto os 
demais estão usando jeans, camiseta de malha 
e tênis. No mínimo, ele vai se sentir estranho. 
Muitas vezes, como nesse exemplo, as pes-
soas são julgadas pelo que possuem, ou seja, 
pelas mercadorias que adquirem e utilizam. Isso 
pode levar à crença, muito equivocada, de que 
quanto mais poder de compra temos, mais felizes 
somos. Assim, vincula-se a felicidade à capacida-
de de acumular bens materiais e essa crença traz 
várias consequências negativas para nossa vida e 
para o Planeta, como estudaremos adiante. 
Mesmo que você possa comprar uma bicicleta, a saúde e a 
companhia dos amigos são fundamentais para uma vida feliz.
14
OdeN_2019_7A_01a64.indd 14 14/01/19 14:21
Falamos bastante sobre 
ser consumidor e consumir 
de forma responsável. Mas o 
que é consumir? Consumo é 
a forma de adquirir, utilizar e 
gastar bens ou serviços. É um 
processo vital, mas que na 
nossa sociedade assume uma 
peculiaridade: para adquirir 
esses bens e serviços, precisa-
mos pagar, ou seja, trocá-los 
por dinheiro. 
Nem sempre, porém, foi 
assim. Muitos dos nossos an-
tepassados trocavam bens 
diretamente, sem o uso de di-
nheiro, em um processo cha-
mado escambo ou permuta. 
Isso significa que, se eu tivesse 
arroz e meu vizinho possuísse 
feijão, eu poderia trocar meu 
excedente de arroz pelo seu 
excedente de feijão: no fim, 
todos teriam dois produtos 
diferentes. Essa prática não 
deixou de existir, mas passou 
a ser menos comum porque 
Discutindo
o conteúdo
É evidente que o dinheiro proporciona certo conforto em algumas situações, principalmente 
estabilidade social e econômica, entretanto este não pode ser o objetivo maior da vida. Há outras 
situações prazerosas que o dinheiro não compra, como a presença da família, a amizade, a saúde 
em abundância, a harmonia compartilhada.
Se é verdade que, no mundo contemporâneo, precisamos comprar até mesmo itens mais bási-
cos para nossa sobrevivência, será mesmo que o dinheiro éabsolutamente dispensável?
O grande equívoco é tratar o dinheiro como um fim em si mesmo, e não o meio pelo qual 
satisfazemos nossas necessidades. Além disso, precisamos aprender a consumir de maneira ra-
cional, evitando supérfluos e desperdícios, que tanto fazem mal à sociedade e ao Planeta. 
no presente utilizamos o dinheiro para adquirir a maioria dos 
nossos produtos. Ainda podemos ver, por exemplo, sites de “de-
sapego” em que pessoas negociam mercadorias que não lhes 
servem mais e, muitas vezes, elas podem ser trocadas por ou-
tras, sem que haja o uso de dinheiro.
Você já parou para pensar exatamente o que é dinheiro e 
como ele funciona? Dinheiro é um instrumento de troca e uma 
medida de valor. Isso significa que, por meio dele, não precisa-
mos trocar as mercadorias umas pelas outras, pois definimos 
quanto vale cada uma daquelas mercadorias usando o dinhei-
ro: assim, se eu quero vender uma fatia de torta, eu avalio quan-
w
av
eb
re
ak
m
ed
ia
/s
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
15
OdeN_2019_7A_01a64.indd 15 14/01/19 14:21
to ela vale, levando em consideração tudo que 
gastei para produzi-la, mas também os atri-
butos dela (sabor, peso, qualidade dos ingre-
dientes) e a importância que ela pode ter para 
alguém que procura um lanche. Essa avaliação 
de valor resulta na atribuição de um preço, 
que é a quantidade de dinheiro a ser paga por 
aquela mercadoria. 
Como vimos, somos todos consumidores. 
Isso significa que sejamos consumistas? Não 
necessariamente.
O consumismo é o ato de se comprar itens 
em excesso, sem que haja uma necessidade. 
Essa tendência a comprar de forma ilimitada 
pode ocorrer para demonstrar status ou suprir 
questões afetivas, sendo decisiva a influência 
da mídia, e pode resultar em doença quando o 
indivíduo não consegue controlar seus impul-
sos. Tal doença, um tipo de compulsão, pode 
provocar um endividamento da família, pre-
judicando o relacionamento com os próprios 
familiares e amigos, e dificultar a aquisição 
de produtos essenciais à sobrevivência, como 
alimentos. 
Você tem algum sonho material? Sonha 
em adquirir um videogame de última geração 
Preço x valor 
Tanto preço quanto valor são usados para definir aquilo que pagamos para adquirir um bem 
ou serviço. Mas será que são a mesma coisa? Para o marketing, não. Quando falamos em preço, 
referimo-nos àquilo que pagamos. Já o valor diz respeito àquilo que levamos, que percebemos, 
que estimamos. Assim, uma peça de mesmo preço pode ter valor diferente para compradores 
diferentes. Como assim? É que o valor é atribuído por nós ao produto, enquanto o preço é o que 
ou mesmo comprar o modelo mais moderno 
de um smartphone? Pense: esse objeto é real-
mente necessário para a sua vida atual? Caso 
compre novos equipamentos, o que fará com 
os antigos? Perguntas como essas resumem o 
pensamento que você deverá ter ao projetar 
novas compras. Já refletiu sobre o processo de 
produção e o destino desses aparelhos? Veja o 
esquema a seguir e discuta com o professor a 
relação entre consumo e meio ambiente. 
Hoje, podemos apresentar dificuldade de 
distinguir o que é necessário daquilo que é su-
pérfluo. Isso porque vivemos constantemente 
sob estímulos para desejarmos mais e mais 
objetos, além de descartarmos os que já temos 
cada vez mais rápido.
O sistema de produção de muitos apare-
lhos com alta tecnologia no mundo moderno 
é bastante agressivo ao meio ambiente. Além 
dos possíveis desmatamentos e extrações mi-
nerais em nações menos desenvolvidas, tam-
bém há a exploração de mão de obra barata. 
O descarte desses objetos, se não realizado de 
maneira adequada, pode trazer contaminação 
aos rios, lagos, oceanos e lençóis subterrâneos, 
além de outros problemas ambientais.
Contaminação e 
mudança climática
CO2
Consumismo Gasto de energia
Matérias primas
16
OdeN_2019_7A_01a64.indd 16 14/01/19 14:21
Você, muito provavelmente, deve 
ter ou conhecer algum amigo que tenha 
um videogame em casa. Mas quais equi-
pamentos de jogos você conhece? Veja 
alguns dos mais famosos videogames de 
todos os tempos e pergunte a pessoas 
acima dos trinta anos de idade quais 
elas conhecem.
Dá para imaginar nossa vida sem 
música? Difícil, não? Mas a maneira 
como a armazenamos mudou muito ao 
longo dos anos. Antigamente, podería-
mos ter as obras dos nossos artistas fa-
voritos gravadas em um enorme disco 
de vinil. As playlists enormes que arma-
zenamos em nossos dispositivos móveis 
poderiam até existir, mas ocupando uma 
estante enorme, já que um único disco 
possuía pouco mais que 10 faixas em 
média. O aparelho que reproduzia essas 
músicas também era grande e pesado. 
pagamos, o que é estabelecido pelo vendedor. Por isso, pagar R$ 20,00 por um caderno que tem 
seu ídolo na capa pode ser considerado justo por você, mas injusto pelo seu colega que não tem 
tanto apreço assim por aquele produto. Isso porque o caderno, embora tenha preço fixo, tem va-
lores diferentes, conforme o que ele representa para cada um de nós.
Imaginemos uma família carinhosa, amigos próximos e fiéis. Tais condições já proporcionam 
uma sensação de felicidade na vida de uma pessoa. Agora, alie tudo isso a uma situação finan-
ceira confortável. Não queremos dizer que para ser feliz se faz necessário muito dinheiro na conta 
bancária, mas, sim, uma organização mensal para que se possam realizar todos os pagamentos 
obrigatórios de uma família e que haja uma reserva para possíveis necessidades emergenciais. 
Isso é o que chamamos de situação financeira saudável.
17
OdeN_2019_7A_01a64.indd 17 14/01/19 14:21
Os smartphones proporcionaram mudanças significativas na vida das pessoas, 
mas poucos percebem o impacto de sua produção no meio ambiente. A extração de 
materiais da terra e o processo de fabricação de um smartphone resultam em uma 
significativa pegada ecológica, revelou uma pesquisa da Trucost, feita a pedido da 
Friends of the Earth, aliança internacional de organizações em prol do meio ambiente. 
Um único smartphone genérico consome em sua produção 12.760 litros de água 
e 18 metros quadrados de solo, segundo o relatório Mind your Step, que calcula a pe-
gada ecológica de produtos como botas de couro, café, camisetas e chocolate. O le-
vantamento da Trucost levou em conta os smartphones dos 10 maiores fabricantes 
mundiais. 
A fase final de fabricação e montagem do aparelho é responsável por 40% dos 
gastos de água do processo. A obtenção de materiais brutos consome outros 40% de 
água utilizada na produção, enquanto 14% são consumidos na fabricação de compo-
nentes eletrônicos que serão utilizados no smartphone. 
A demanda por terra na cadeia produtiva desse produto vem principalmente da 
produção de materiais para embalagem (55% do uso da terra), enquanto a extração 
de material bruto demanda 39% do uso de terra e a mineração consome 5% do uso da 
terra na fabricação de smartphones. 
No ritmo em que consumimos, a gera-
ção de resíduos torna-se algo cada vez mais 
preocupante. Você já deve ter ouvido falar na 
quantidade de plásticos que não são biode-
gradáveis e, ao pararem em oceanos, com-
prometem a sobrevivência de várias espécies. 
Nossos aparelhos eletrônicos, quando não nos 
servem mais, também se convertem em um 
tipo de resíduo tóxico que, se não descartado 
de forma correta, pode trazer muitos perigos. 
O problema é que decidimos que algo “não nos 
serve mais” cada vez mais cedo, às vezes sem 
que o produto esteja deteriorado, apenas por-
que não o queremos mais ou desejamos algo 
mais moderno ou “na moda”. Com isso, pode-
mos deixar um rastro de poluição que ameaça 
nossa qualidade de vida e as gerações futuras, 
como se fossem pegadas.
Você já ouviu alguem de seu convívio re-
clamar que os aparelhos eletrônicos não duram 
mais como antigamente? Ou que as geladeiras 
mais antigas se conservavam por mais tempo? 
Essa pessoa tem razão. Esses comentários se 
relacionam com a obsolescência planejada. 
Obsolescência é o ato de tornar algo obsoleto, 
ultrapassado. E planejada é issomesmo: plane-
ja-se um produto para ter sua vida útil cada vez 
mais curta, o que faz os indivíduos consumirem 
mais e mais. Essa questão, aliada aos ciclos dos 
modismos, faz com que o consumo seja intensi-
ficado e, consequentemente, o lucro dos fabri-
cantes, o descarte e a geração de resíduos. 
Pegada ecológica é uma maneira de cal-
cular o impacto ambiental que o consumo 
exerce. Esse cálculo leva em consideração indi-
cadores como área utilizada em pastagens ou 
urbanização, área de florestas, área arável para 
produção de alimento, entre outros critérios. 
Quando andamos, deixamos rastros, pegadas. 
Assim, quanto maior for a pegada ecológica de 
determinada atividade, maior é o rastro nega-
tivo que deixamos no Planeta.
Litros de água por um smartphone
18
OdeN_2019_7A_01a64.indd 18 14/01/19 14:21
1. É correto dizer que consumo e consumismo significam a mesma coisa? Justifique sua res-
posta.
Não, pois consumo é o ato de obter, utilizar e gastar bens e serviços, necessário para suprir-
mos nossas necessidades. Já o consumismo é quando consumimos de forma desregulada, 
obtendo muito mais do que precisamos, e pode resultar em endividamento, poluição am-
biental e mesmo em adoecimento. 
2. De forma simplificada, o que é pegada ecológica?
É o rastro que deixamos no meio ambiente quando consumimos.
3. Qual é a diferença entre preço e valor? 
Preço é uma quantia predefinida que pagamos para obter algum bem ou serviço. Valor é 
como avaliamos aquele bem ou serviço. Normalmente, o preço de um produto reflete o valor 
que a sociedade atribui a ele. 
Além de água e terra, a fabricação de um smartphone exige a extração dos chama-
dos elementos de terras raras, usados para produzir baterias, lâmpadas LED, placas 
de circuito eletrônico e telas de vidro. A China domina o mercado desses elementos, 
cujo processo de extração tem um forte impacto no meio ambiente. A mineração dos 
elementos de terras raras gera resíduos como arsênio, bário, cádmio, chumbo, fluore-
tos e sulfatos, o que resulta em 75 mil litros de água ácida e gases tóxicos. 
A produção de smartphones também tem impacto na vida dos trabalhadores. 
Uma investigação do Friends of the Earth revelou que muitos morrem ou são feri-
dos nas minas da Ilha de Bangka, na Indonésia, de onde vem um terço do estanho 
no mundo. O estanho é um componente essencial na fabricação desses aparelhos. 
 A mineração de estanho está devastando as florestas locais, contaminando a água e 
o solo, além de danificar os recifes de corais. 
Disponível em: http://www.akatu.org.br/noticia/quanta-agua-e-gasta-na-producao-do-seu-smartphone/. Acesso em: 10/10/2018. Adaptado.
Estudo
do texto
19
OdeN_2019_7A_01a64.indd 19 14/01/19 14:21
Neste capítulo, pudemos entender um pouco mais sobre como e por que consumimos. Além 
disso, aprendemos que nosso modo de consumir pode ser disfuncional e, com isso, prejudicar 
nossa saúde, o meio ambiente e a sociedade em que vivemos. Mas será que consumimos de for-
ma excessiva por acaso? A verdade é que nossa sociedade é alvo de muitos estímulos que nos 
levam a desejar mais e mais. Que tal assistir a um documentário que ilustra um pouco do que não 
sabemos sobre o consumo?
Pesquisa: Consumismo infantil
• A maioria dos produtos consumidos por uma família é 
escolhida pelas crianças.
• 83% são influenciados pela publicidade
• 72% por produtos associados a personagens famosos
• 42% por influência dos amigos
• 38% por produtos que oferecem brindes e jogos
• 35% por embalagens coloridas e atrativas
a. V É cada vez mais difícil distinguir o essencial do supérfluo, pois somos muito estimula-
dos a descartar e substituir, rapidamente, o que temos.
b. V Muitos produtos são programados para ficar ultrapassados rapidamente. 
c. F O lixo que produzimos não causa impacto no meio ambiente.
d. F O consumismo traz consequências negativas ao indivíduo, que fica endividado, mas 
não traz impactos socioambientais. 
Refletindo sobre 
o capítulo
Título: A história das coisas
Gênero: Documentário
Direção: Louis Fox
Os bastidores do universo do consumo, com ex-
plicações claras e ilustrações divertidas. A história das 
coisas nos mostra aquilo que está fora do alcance dos 
nossos olhos quando compramos uma mercadoria e 
nos alerta para a necessidade de repensarmos o modo 
como consumimos. 
Dica de
filme
4. Analise as informações a seguir e, em seguida, marque V nas proposições verdadeiras e F, 
nas falsas. 
20
OdeN_2019_7A_01a64.indd 20 14/01/19 14:21
No capítulo anterior, aprendemos que muitos dos bens e serviços que consumimos chegam 
até nós por meio de uma troca, quase sempre mediada por dinheiro. E, como nossa capacidade 
de consumir está ligada à quantidade de dinheiro que temos à nossa disposição, a educação para 
o consumo também está ligada à educação financeira. 
Imagine que você viu uma roupa muito legal na vitrine e desejou comprá-la. Você pediu a 
seus pais, mas eles explicaram que você tinha muitas roupas bonitas e bem conservadas e que 
não era uma prioridade, naquele momento, comprar uma roupa nova. Eles também explicaram 
que naquele ano conseguiriam tirar férias do trabalho no mesmo período das suas férias escola-
res e que pretendiam reunir toda a família em uma bela viagem. Para que realizassem esse pro-
pósito, precisariam economizar e eleger prioridades, ou seja, escolher quais bens e serviços eram 
realmente importantes e precisariam ser comprados, em detrimento de outros. 
Capítulo 3
Planejamento financeiro
21
OdeN_2019_7A_01a64.indd 21 14/01/19 14:21
Você já ouviu falar em orçamento pessoal 
ou familiar? Orçamento é uma previsão de ga-
nhos (receitas) e gastos (despesas) em deter-
minado intervalo de tempo ou para a execução 
de determinado projeto. Quando seus pais co-
locam num papel os rendimentos e os compro-
missos financeiros de um mês, organizam um 
orçamento mensal. Já quando eles colocam no 
papel todos os gastos previstos para realizar 
uma reforma na sua casa, trata-se de um orça-
mento para a realização de um projeto — no 
caso, a reforma. 
No exemplo da viagem, os pais avaliaram 
quanto dinheiro precisariam desembolsar 
para realiza-la, assim como previram a ne-
cessidade de economizar para tornar possível 
esse projeto.
O orçamento pode ser considerado uma 
ferramenta de planejamento pessoal que auxi-
lia o indivíduo a realizar seus sonhos materiais 
e projetar outros. Mas aonde você quer chegar? 
Essa pergunta, que parece simples a princípio, 
desperta muita discussão quando se pensa 
com seriedade.
Para alcançar os objetivos, é necessário, 
inicialmente, saber quais são eles. Imaginar 
uma situação futura com suas metas pode ser 
um bom começo. Então, vamos fechar os olhos 
e imaginar nosso futuro daqui a 20 anos. Esta-
belecer metas e lutar por elas com um plane-
jamento adequado deixará seus objetivos cada 
vez mais perto de você.
Para início 
de conversa
A realização dos sonhos é sempre associada à realização de objetivos e metas. 
Objetivo é a descrição do seu propósito, do lugar aonde você quer chegar. E, para 
chegar a esse lugar, é preciso dar passos, que são as metas. Metas são tarefas que de-
vemos cumprir para concretizar nossos objetivos. Elas geralmente são quantificáveis 
e têm prazo estabelecido para seu cumprimento. Por exemplo: se seu objetivo é ser 
aprovado por média em todas as disciplinas, você deve traçar metas diárias, semanais 
e mensais de estudo.
Objetivos e metas: você sabe a diferença?
22
OdeN_2019_7A_01a64.indd 22 14/01/19 14:21
Como anda a sua saúde financeira? Talvez 
a pergunta pareça estranha e talvez você seja 
bastante jovem para responder, mas, quanto 
mais cedo aprendermos sobre ela, mais aptos 
estaremos a iniciar nossa vida financeira de 
forma consciente. 
Saúde financeira é a capacidade de orga-
nizar o fluxo de dinheiro, possibilitando cum-
prir os compromissos do presente e poupar 
para realizar objetivos do futuro, assim como 
se precaver para acontecimentos imprevistos. 
Ter saúde financeiranão significa ser rico, mas 
ser financeiramente organizado e viver de acor-
do com seu poder de compra. Existem pessoas 
ricas e endividadas, assim como pessoas me-
nos abastadas com as finanças em dia. A saú-
de financeira está muito ligada à nossa saúde 
emocional. Isso porque muitas vezes a forma 
como gastamos nosso dinheiro é reflexo das 
nossas emoções: depois de um dia de trabalho 
difícil, alguém pode querer “descontar” o mal-
-estar se presenteando com um objeto novo — 
e não planejado. 
Por isso, é tão importante entender as fi-
nanças pessoais. Quando falamos em finanças, 
tratamos da gestão do dinheiro, ou seja, plane-
jamento, organização e destinação do fluxo de 
recursos. Quando esse cuidado é praticado por 
um indivíduo, de forma a planejar o uso do seu 
dinheiro, falamos em finanças pessoais. 
Como vimos, uma importante ferramen-
ta para a nossa vida financeira é o orçamento, 
pois, para que se tenha uma organização finan-
ceira na vida adulta, precisamos compreender, 
desde cedo, aplicações práticas do uso ade-
quado do dinheiro no cotidiano. 
A educação financeira pode contribuir 
para a obtenção de uma vida futura mais equili-
Discutindo
o conteúdo
• Endividamento familiar. 
• Consumo desnecessário. 
• Produção de lixo em excesso. 
• Problemas de saúde.
brada e tranquila. Isso é ainda mais importante 
nos dias atuais, visto que a dinâmica financeira 
mundial é complexa, quando a comparamos 
com décadas passadas. Entretanto, o equilíbrio 
econômico da população mundial não acom-
panhou tal evolução. O comprometimento das 
finanças de famílias brasileiras é cada vez mais 
comum, sobretudo quando há oferta de produ-
tos e serviços que estimulam o consumo. Essa 
situação traz diversos problemas, como: 
st
oc
ks
ho
pp
e/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
23
OdeN_2019_7A_01a64.indd 23 24/01/19 13:41
Passos para a realização de um projeto de vida
1o passo 
Saber aonde você quer chegar. 
O sonho é abstrato. Então, para 
transformá-lo em projeto, você 
deve definir qual é o objeto do 
seu sonho.
2o passo 
Estabelecer metas claras e objetivas 
para seu projeto. 
Este é o passo em que você irá detalhar 
como realizará o seu sonho. Procure 
planejar e descrever, de modo específico, 
as metas que você deverá alcançar para 
que seu sonho seja realizado.
3o passo 
Ter sempre em mente a visão que você tem quando 
se imagina com esse projeto realizado no futuro. 
Para incorporar ao pensamento a visão de futuro 
trazida pela perspectiva de realização do projeto, 
você deverá pensar em tudo aquilo que a realização 
do sonho lhe trará de bom. Sinta-se com o sonho 
realizado.
24
OdeN_2019_7A_01a64.indd 24 14/01/19 14:21
4o passo 
Estabelecer etapas intermediárias. 
Cabe a cada um manter o controle 
da possibilidade de seus projetos. As 
etapas são momentos intermediários 
da caminhada e servem para reavaliar 
e redirecionar melhor o seu projeto em 
busca da realização do seu sonho.
5o passo 
Comemorar as etapas intermediárias 
da caminhada. 
Na vida real, um projeto pode levar 
um período de tempo longo para 
ser finalizado. Por isso, é necessário 
estabelecer etapas intermediárias de 
comemoração.
Di
sp
on
ív
el
 e
m
: h
tt
ps
://
w
w
w
.b
cb
.g
ov
.b
r/
pr
e/
pe
f/p
or
t/
ca
de
rn
o_
ci
da
da
ni
a_
fin
an
ce
ira
.p
df
Muitos pais realizam o orçamento de sua 
residência. Saber planejar as finanças de uma 
família pode ser quase tão complexo quanto 
gerir uma empresa. Pesquisas apontam que 
três em cada quatro famílias sentem alguma 
dificuldade em organizar seus rendimentos 
mensalmente. Esses problemas podem estar 
relacionados a um mau planejamento entre 
os rendimentos (dinheiro que é conquistado) 
e o pagamento das dívidas, ou seja: receita e 
despesa. Para uma melhor estruturação desse 
dinheiro, faz-se necessário certo conhecimen-
to sobre educação financeira. Receita é aquilo 
que recebemos, como o salário dos nossos pais 
ou nossa mesada. Despesa são os gastos que 
realizamos, como as compras domésticas ou 
os ingressos do cinema. Para manter as finan-
ças organizadas, é necessário que a receita seja 
maior que a despesa, ou seja, não podemos 
gastar além do que ganhamos mensalmente, o 
que, infelizmente, é muito comum, sobretudo 
quando se usa o cartão de crédito sem cautela 
e, no mês seguinte, cria-se uma dívida maior 
do que a receita mensal. 
Que tal você auxiliar seus pais na elabora-
ção de uma planilha com a receita e as despe-
sas da sua família? Como sugestão, você pode-
rá utilizar a planilha a seguir, lembrando que 
pode fazer as alterações necessárias, conforme 
sua rotina e a de seus pais.
25
OdeN_2019_7A_01a64.indd 25 14/01/19 14:21
RECEITA VALOR (R$)
Salário
Aluguel
Outros
Total das Receitas
DESPESAS
Gastos Fixos Valor (R$) 
Aluguel
Condomínio
Prestação da casa
Diarista
Mensalista
Prestação do carro
Seguro do carro
IPTU
IPVA
Seguro saúde
Colégio/Faculdade
Cursos
Plano de aposentadoria
Clube/Academia
Outros
Subtotal A
Gastos Variáveis Valor (R$)
Alimentação
Luz
Telefone fixo
Telefone celular
Cartão de crédito
Gás
Água
Transporte
Outros
Subtotal B
Gastos Arbitrários Valor (R$) 
Viagens
Cinema/Teatro
Restaurante
Roupas
Presentes
Outros
Subtotal C
Total de Receitas 
Total de Despesas (A + B + C) 
Saldo Total (R – D) 
Planilha para controle de gastos
Atividade
1. Agora é sua vez de realizar um planejamento financeiro. Produziremos uma planilha de custo 
diário de uma semana com todos os seus gastos. Você deve realizar as adaptações necessárias 
conforme sua realidade.
• Adicione os gastos em cada um dos itens das despesas diárias. O total de gastos será soma-
do na semana. 
• Preencha essa planilha ao longo da semana com todos os seus gastos, incluindo qualquer 
despesa que venha a ter. 
• Em uma data marcada pelo professor, apresente sua planilha na sala de aula.
26
OdeN_2019_7A_01a64.indd 26 14/01/19 14:21
2. O que é saúde financeira?
É a capacidade de organizar o fluxo de dinheiro, possibilitando cumprir os compromissos do 
presente e poupar para realizar objetivos do futuro, assim como se precaver para imprevistos. 
3. O que é orçamento? Como ele pode ser aplicado pelas famílias?
É uma previsão de ganhos (receitas) e gastos (despesas) em determinado intervalo de tempo
ou para a execução de determinado projeto. Pode ser utilizado tanto para a consecução des-
se projeto quanto para se precaver para situações imprevistas. 
4. Por que dizemos que nossa saúde financeira está ligada à nossa saúde emocional?
Porque, muitas vezes, a forma como gastamos nosso dinheiro é reflexo das nossas emoções, e
tanto as emoções positivas quanto as negativas podem nos estimular a gastar além do pla-
nejado com itens dos quais nem sempre necessitamos. 
5. Assinale V para verdadeiro e F para falso. 
a. F A gestão das finanças pessoais é um processo puramente racional.
b. V O orçamento é uma importante ferramenta para o planejamento financeiro.
c. F Apenas pessoas ricas possuem boa saúde financeira.
d. V A educação financeira possibilita uma vida financeira mais equilibrada e pode come-
çar antes mesmo da vida adulta. 
PLANILHA DE DESPESAS DIÁRIAS
Item Total Diário (R$)
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
Total (R$)
27
OdeN_2019_7A_01a64.indd 27 14/01/19 14:21
A dúvida sobre se o dinheiro proporciona felicidade é cada vez mais discutida 
na psicologia social, ramo da psicologia que investiga temas como a relação entre 
riqueza e bem-estar, consumo e satisfação, os impactos da abundância e da privação 
na nossa vida e a forma como gastamos dinheiro. Geralmente, a resposta da psicolo-
gia social à pergunta original é de que as pessoas mais ricas realmente tendem a ser 
mais felizes, mas também há revelações surpreendentes, como a de que as pessoas 
com renda mais baixa podem estar tão ou mais satisfeitas com a vida quanto as ricas; 
que sacrifícios moderados, na verdade, podem elevar o grau de apreciação de uma ex-
periência e que existem limites para quanto de felicidadeo dinheiro pode “comprar”.
Responder a essa questão, porém, é complicado. Primeiro, porque a felicidade é 
um conceito muito abstrato, portanto difícil de mensurar. Além disso, ancorar a felici-
dade em aspectos materiais pode apresentar contradições: é fato que o dinheiro pode 
comprar uma assistência à saúde de qualidade, bons alimentos, lazer e atividades 
culturais, e que isso está ligado à sensação de bem-estar; por outro lado, em busca de 
acumular mais e mais para adquirir bens materiais, muitas pessoas gastam todo o seu 
tempo e sacrificam sua qualidade de vida, não restando tempo para se divertir com 
a família e os amigos ou, em casos extremos, nem mesmo para aproveitar suas aqui-
sições. Isso nos leva a pensar que a felicidade tem mais relação com a forma como 
lidamos com o dinheiro e os bens materiais do que propriamente com a quantidade 
que acumulamos. 
Refletindo sobre 
o capítulo
Dinheiro traz felicidade?
28
OdeN_2019_7A_01a64.indd 28 14/01/19 14:21
Imagine que sua irmã mais velha está se preparando para estudar durante um período em 
outro país. Para realizar essa viagem, ela tem estudado bastante o idioma estrangeiro, procurado 
os programas de ensino mais adequados aos seus interesses, pesquisado sobre acomodações 
no país de destino e sobre os documentos necessários para realizar esse projeto. Já seu pai está 
atento aos investimentos financeiros: tarifas dos cursos, passagens, custo de vida no local, etc.
Quando viajamos para um país cuja moeda é diferente da nossa, precisamos converter o 
nosso dinheiro em um válido no país de destino. Mas não se trata apenas de uma diferença no 
desenho ou no padrão das cédulas e moedas: também há uma diferença de valor. Por exemplo, 
se sua irmã deseja viajar para um país onde circula o euro, a cada 1 euro que ela deseja obter, ela 
terá de juntar mais de 4 reais. Mas essa diferença não é constante, ela pode mudar a cada dia. A 
essa operação de troca entre moedas correntes em locais distintos, dá-se o nome de câmbio. Isso 
acontece porque cada país possui um sistema financeiro diferente. 
Sabemos que no nosso país circula uma moeda chamada real. Mas o que significa dizer que 
temos uma moeda corrente? Para entender isso, vamos entender como funciona nosso sistema 
financeiro. 
Capítulo 4
Entendendo o sistema financeiro
29
OdeN_2019_7A_01a64.indd 29 14/01/19 14:21
Quantos anos você tem? Aposto que sua pouca idade não lhe permitiu conhecer outras moe-
das brasileiras além do Real. Acertei?
A atual moeda brasileira, o Real, foi instituída no dia 1o de julho de 1994. Mas, antes, muitas ou-
tras moedas de troca circularam em nosso país. Veja todas as que o Banco Central do Brasil já emitiu:
Moedas emitidas pelo Banco Central desde a sua criação, em 1964
1. O Banco Central (BC) pode 
emitir quanto dinheiro quiser? 
2. E quem fabrica o dinheiro?
Curiosidades
Não é bem assim. O BC, todos 
os anos, faz contas para saber quan-
to dinheiro deve ser emitido no ano 
seguinte. Os valores correspondem 
às riquezas do País e o seu cresci-
mento econômico. É ele quem via-
biliza a circulação monetária e faz 
o levantamento para substituir as 
moedas velhas.
O dinheiro usado no País é fa-
bricado pela Casa da Moeda do 
Brasil (CMB) que funciona como 
uma gráfica. A CMB também pro-
duz selos, diplomas, passaportes, 
tudo de forma segura e moderna. 
Por isso, ela é considerada uma das 
melhores do mundo.
Para início 
de conversa
A primeira vez que a moeda Cruzeiro surgiu, em 1942, era fabricada pela Casa da Moeda do Brasil, a partir de 
1964, o primeiro Cruzeiro e as demais moedas brasileiras passaram a ser produzidas pelo Banco Central do Brasil.
1989–1990
Cruzado novo
1990–1993
Cruzeiro
1990–1994
Cruzeiro real
Desde 1994
Real
Período Moeda 
1942–1967
Cruzeiro
1967–1970
Cruzeiro novo
1970–1986
Cruzeiro
1986–1989
Cruzado
30
OdeN_2019_7A_01a64.indd 30 30/01/19 13:04
Trajetória da CMB: 
1694 – A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, Bahia. 
1698 – Foi transferida de Salvador para a Junta do Comércio do Rio de Janeiro. 
1700 – Foi extinta no Rio de Janeiro, passando a ocupar o prédio da Antiga Oficina 
Monetária de Recunhagem do Recife, Pernambuco. 
1702 – Foi extinta no Recife. 
1706 – Instalou-se a nova sede no Rio de Janeiro. 
1714 – Retornou para o antigo prédio em Salvador, Bahia. 
1724 – Foi construída a Casa da Moeda de Minas Gerais, em Vila Rica (atual Ouro Preto). 
1735 – Foi extinta em Vila Rica. 
1743 – Foi construído o Palácio dos Vice-reis, na Casa dos Governadores, no Rio de 
Janeiro, onde a Casa da Moeda ocupava o pavimento térreo. 
1814 – A nova sede passou a ser na Casa do Pássaros, no Rio de Janeiro. 
1830 – Foi extinta a Casa da Moeda em Salvador. 
1868 – A CMB foi transferida para a Praça da Aclamação (atual Praça da República), no 
Rio de Janeiro. 
1984 – Foi transferida para o novo Parque Industrial, no Distrito de Santa Cruz, no Rio 
de Janeiro, onde permanece até hoje.
https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/historia-da-cmb.html. 
Estudamos anteriormente que o dinheiro é um importante meio pelo qual realizamos trocas 
e adquirimos nossos bens e serviços. Isso porque esse dinheiro é materializado na forma uma 
moeda oficial, que expressa uma medida de valor. No Brasil, essa medida é o Real. Por isso, não 
contamos “cinco dinheiros”, mas, sim, “cinco reais”. O real circula no território nacional sob a for-
ma de cédulas (de dois, cinco, dez, vinte, cinquenta e cem reais). As frações de reais são medidas 
em centavo, que equivale a um centésimo (1/100) do real, ou seja, um real dividido em cem uni-
dades iguais. A partir dessas unidades, calculamos o preço de tudo que obtemos. 
Se é verdade que nosso dinheiro circula na forma de cédulas e moedas, então bastaria im-
primir uma maior quantidade delas quando as pessoas estivessem com pouco dinheiro? Infeliz-
mente, não. Isso porque a moeda é uma representação, ela reflete o volume de riquezas de um 
território e, portanto, seu valor é baseado nessa riqueza. Se eu multiplico a quantidade de cédu-
las sem multiplicar a riqueza, então essas cédulas valerão menos, pois elas equivalem a frações 
menores das riquezas do território. 
Discutindo
o conteúdo
31
OdeN_2019_7A_01a64.indd 31 14/01/19 14:21
O volume de bens e serviços que se podem 
comprar com determinada quantia é chamado 
poder de compra. Por isso, você já deve ter ou-
vido falar que uma quantia equivalente a um 
salário mínimo já teve um maior poder de com-
pra no passado que hoje. Isso porque o referen-
cial de valor de uma moeda corrente num país 
não é fixo, ele pode se alterar em virtude de 
vários fatores. Quando esse poder de compra 
cai, ou seja, a mesma quantia não consegue 
mais obter os mesmos itens que antigamente 
comprava, geralmente temos uma situação de 
inflação. 
Inflação é o aumento generalizado e cons-
tante dos preços de bens e serviços em deter-
minado período, e uma das consequências é 
a redução do poder de compra das pessoas. A 
inflação pode ocorrer por vários motivos. Por 
exemplo, quando temos muitas pessoas dis-
postas a gastar dinheiro, os preços dos pro-
dutos tendem a se elevar. Outro motivo é a 
escassez de algum produto ou matéria-prima: 
quando algo se torna raro, os preços tendem a 
subir. 
Imagine a seguinte situação: você quer 
comprar um par de tênis de corrida e, para acu-
mular a quantia necessária, vai juntar metade 
da sua mesada durante quatro meses. Ao final 
desses quatro meses, a quantia desejada foi 
atingida, contudo não há mais tênis de corrida 
por esse preço, estão bem mais caros. Isso sig-
nifica que o poder de compra foi reduzido. 
Muitas vezes, para adquirir bens ou servi-
ços, as pessoas recorrem a crédito. Essa pala-
vra, tão comum em nosso dia a dia, expressa 
uma transação financeira não tão simples e 
que, se utilizada de forma indevida, pode acar-
retar muitos problemas financeiros. Imagine 
que, para comprar o seu par de tênis de corrida, 
você não esteja disposto a esperar o tempo ne-cessário para acumular a quantia. Em vez dis-
so, você recorre a uma espécie de empréstimo, 
ou seja, alguém fornece a quantia necessária, 
firmando com você o compromisso de que será 
restituída em um prazo predefinido. Essa ope-
ração, em que utilizamos uma quantia que não 
nos pertence, mas foi emprestada, chama-se 
crédito. A pessoa ou instituição que forneceu 
essa quantia chama-se credor. Muitas vezes, 
pagamos ao nosso credor uma remuneração 
pelo uso do seu dinheiro, sob a forma de um 
percentual sobre o valor cedido: essa remune-
ração chama-se juros.
Um dispositivo muito utilizado para 
“adiar” o pagamento por um bem ou serviço é 
o cartão de crédito. Quando o utilizamos, esta-
mos assumindo perante a instituição financei-
ra que nos concede o crédito o compromisso 
de pagar por aquele bem em uma data poste-
rior à compra, integralmente ou sob a forma de 
parcelas. Se, na data definida, não efetuamos 
esse pagamento, podem incorrer juros sobre 
o valor devido, os juros de mora. Além disso, 
quando pagamos apenas uma parte do valor 
devido, também podem incorrer juros sobre o 
valor restante (saldo devedor). Por isso, antes 
de realizarmos qualquer operação de crédito, 
precisamos entender como funciona esse sis-
tema. O uso descuidado dessas ferramentas 
pode nos prejudicar financeiramente.
32
OdeN_2019_7A_01a64.indd 32 14/01/19 14:21
Como vimos, a quantidade de cédulas que circula no País não é arbitrária, ela depende do 
volume de riquezas do território. Por isso, precisamos compreender também algumas questões 
econômicas. 
A diversidade de climas e paisagens também favorece o turismo, uma atividade que gera emprego e renda ao País.
O Brasil é um país de grande potencial econômico. Seu território é o quinto maior em extensão 
do Planeta, por isso é possível gerar negócios usando nossas terras de forma consciente. 
• O nosso país é o maior produtor de grãos do mundo, com projeções de se tornar o maior 
exportador mundial de alimentos do Planeta já no ano de 2020.
• Com a quinta maior população do Planeta, com mais de 200 milhões de habitantes, o Bra-
sil também possui um enorme mercado consumidor de produtos nacionais e importados. 
• O Brasil também se posiciona como o maior exportador de carne bovina e frango do mundo.
O extenso território brasileiro possibilita variações climáticas, colaborando para o plantio de 
diferentes culturas. O que contribui para isso é o fato de que o País é cortado por dois paralelos, 
a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio, projetando distintos cenários climáticos e, conse-
quentemente, botânicos. 
As condições climáticas, a inexistência de vulcões ativos, a ausência de atividades tectônicas 
significativas e o reduzido número de catástrofes naturais posicionam o Brasil como um dos mais 
promissores espaços de investimento do mundo.
O desempenho econômico, todavia, depende da maneira como seus recursos são organiza-
dos e cuidados, de modo a extrair seu potencial. Por isso, esse desempenho está sempre ligado à 
realidade política. Isso porque há diversos conflitos de interesses entre as pessoas responsáveis 
por cuidar desses recursos. Quando os conflitos de interesses não são negociados e não se chega 
a acordos, a administração desses recursos pode ser prejudicada. Isso caracteriza uma crise polí-
tica e pode agravar uma crise econômica. 
Você costuma acompanhar notícias diariamente? Saiba que é um importante hábito para 
compreender melhor a economia do País e do mundo. 
ro
ch
ar
ib
ei
ro
/s
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
33
OdeN_2019_7A_01a64.indd 33 14/01/19 14:21
País
PIB (em tilhões 
de dólares)
Estados Unidos 18,379 
China 11,253 
Japão 4,212 
Alemanha 3,290 
Reino Unido 2,721 
País
PIB (em tilhões 
de dólares)
França 2,473
Índia 2,336
Brasil 1,883
Canadá 1,637
Itália 1,637
PIB: maiores do mundo (2015)
Fonte: FMI-WEO (2015).
Em Geografia, estudamos o Produto Interno Bruto, mais conhecido como PIB. Esse indicador 
econômico nos auxilia na identificação de alguns aspectos da economia de uma nação. O PIB é a 
soma de tudo que se produz na localidade em um determinado período. Assim, quanto maior a 
produção de um país, maior será o valor de seu PIB. 
Quando não há crescimento do PIB, pode haver o chamado efeito cascata: há uma redução 
do volume de produtos e serviços comercializados, o que provoca uma redução dos lucros das 
empresas, que, por sua vez, são forçadas a reduzir seu quadro de colaboradores.
Como visto na tabela, o 
Brasil ocupa a oitava posição 
entre as maiores economias 
do Planeta, mas sabemos que 
a realidade diária da popula-
ção é bem diferente desses 
números. A maior parte dos 
brasileiros não usufrui direta-
mente de tais riquezas. Isso 
acontece pelo fato de a renda 
total brasileira ser mal distri-
buída para seus habitantes. 
Ou seja, grande parte do di-
nheiro que circula no País está 
sob a posse de uma minoria, 
enquanto a maioria dos habi-
tantes dispõe de uma peque-
na fatia dessa riqueza.
Países com maior desigualdade do mundo
País
PIB detido 
pelos 10% 
mais ricos 
(em %)
PIB detido 
pelos 10% 
mais pobres 
(em %)
No de vezes 
que os mais 
ricos são mais 
ricos que os 
mais pobres
África do Sul 54 1,1 49
Namíbia 52 1,5 35
Zâmbia 47 1,5 32
Honduras 46 0,8 57
Chile 42 1,7 25
Colômbia 42 1,1 38
Brasil 42 1,0 42
Guatemala 42 1,3 32
Lesoto 41 1,0 42
Panamá 40 1,0 40
Suazilândia 40 1,7 24
Paraguai 37 1,4 27
Fonte: Banco Mundial
34
OdeN_2019_7A_01a64.indd 34 14/01/19 14:21
1. O que caracteriza uma situação de inflação?
O aumento generalizado e constante de preços de bens e serviços em determinado período.
2. O que é crédito? 
É uma operação em que utilizamos uma quantia que não nos pertence, tomada de empréstimo, firmando
com o credor (aquele que nos fornece a quantia) o compromisso de restituí-lo em determinado prazo. 
3. Assinale V para as proposições verdadeiras e F para as falsas.
a. V O volume de bens e serviços que se pode comprar com determinada quantia é chama-
do poder de compra.
b. F Quando está faltando dinheiro entre a população, a solução é emitir mais cédulas.
c. F Em períodos de inflação, o poder de compra aumenta.
d. V A inflação pode decorrer da escassez de algum produto ou de alguma matéria-prima.
4. Quando o Brasil passa por um baixo crescimento no PIB, quais são as consequências para a 
população? 
Pode haver o efeito cascata, ou seja, uma redução do volume de produtos e serviços comercializados, o que provoca uma
redução dos lucros das empresas, que, por sua vez, são forçadas a reduzirem seu quadro de colaboradores. 
Atividade
Por qual motivo falamos da economia bra-
sileira e mundial com tanta ênfase? É simples: 
compreender o funcionamento da economia 
de nosso país é fundamental para um perfeito 
planejamento familiar de médio e longo prazo. 
Quando há crescimento econômico, au-
mentam as oportunidades de emprego. Há um 
maior volume de pedidos às empresas, que, por 
sua vez, lucram mais e ofertam mais postos de 
trabalho a seus colaboradores. Esse cenário eco-
nômico, quando favorável, atrai novas empre-
sas, e estas necessitam de mais contratações, o 
que acarreta uma redução no desemprego. 
Já em uma recessão, ou seja, quando uma 
nação passa pelo processo oposto ao cresci-
mento econômico, a renda familiar fica compro-
metida pelo baixo consumo, que, por sua vez, 
provoca demissões no comércio e menor solici-
tação de produtos aos fabricantes, obrigando-
-os a demitirem parte dos seus colaboradores 
para manter os custos. Essa situação prejudica 
a credibilidade nacional, reduzindo o volume de 
investimentos de empresas estrangeiras. 
Você percebe agora o quanto é necessário 
entender e estar atualizado sobre a economia 
brasileira e mundial?
Refletindo sobre 
o capítulo
35
OdeN_2019_7A_01a64.indd 35 14/01/19 14:21
Você já teve uma grande ideia? Faça uma re-
trospectiva de sua vida e pense em qual momen-
to você teve uma, aquela que você considera a 
maior ou a mais importante de todas.Ideias surgem de forma espontânea ou de 
experiências que não deram certo, mas que 
deram origem a resultados inesperados — e 
úteis. Acompanhe alguns exemplos. 
Picolé: Um garoto de 11 anos chamado 
Frank Epperson, de São Francisco, Estados Uni-
dos, inventou o picolé quando esqueceu uma 
colher dentro de um copo de suco no quintal 
de sua casa, no ano de 1905. Após uma noite 
fria, com temperaturas abaixo de 0 °C, ele en-
controu seu suco congelado. 
Cama elástica: Criada em 1936 por George 
Nissen, de apenas 16 anos, a cama elástica se 
popularizou no mundo rapidamente, sendo, 
inclusive, introduzida como modalidade es-
portiva e praticada em algumas escolas e uni-
versidades no mundo. 
Forno de micro-ondas: Enquanto o en-
genheiro Percy Spencer realizava seu trabalho 
com radares, percebeu que uma barra de cho-
colate que estava em seu bolso derretera por 
efeito da radiação emitida pelo equipamento. 
Com isso, descobriu-se o uso culinário dessas 
radiações, e o aparelho para esse fim foi paten-
teado.
Capítulo 5
Pequenas ideias, grandes soluções
st
oc
kf
ot
o/
sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
36
OdeN_2019_7A_01a64.indd 36 14/01/19 14:21
Muitas pessoas imaginam que criativida-
de é uma característica de poucos, quem não 
a possui está fora do mercado promissor e sem 
chances de ter atitudes empreendedoras. 
Sabemos, porém, que não é bem assim: a 
criatividade, essa capacidade de recombinar 
ideias e conhecimentos gerando uma solução 
nova, pode ser estimulada e desenvolvida. Além 
disso, quanto mais a exercitamos, melhor, por-
que ampliamos o nosso repertório e temos mais 
“cartas na manga” quando a vida nos coloca 
diante de situações a serem resolvidas.
Como transformar a criatividade em negó-
cio? Quando convertemos nossa criatividade 
em soluções que podem facilitar o dia a dia de 
alguém, estamos gerando valor. Como sabe-
mos, um negócio é quando duas partes, de co-
mum acordo, decidem realizar uma troca que 
vai lhes satisfazer mutuamente, ou seja, entre-
gar valor. Assim, a nossa criatividade pode ser 
uma importante matéria-prima para a geração 
de valor quando ela nos permite criar objetos 
de troca: bens ou serviços. É neste ponto que 
precisamos revisar as noções de inovação e 
tecnologia, que estudaremos adiante.
O estudo do empreendedorismo e do de-
senvolvimento da criatividade no País está ga-
nhando força e tentando acompanhar outras 
nações, como os Estados Unidos e o Japão, no 
desenvolvimento de práticas empreendedoras 
em que os países ricos estimulam os jovens 
para serem criativos há muitas décadas, desde 
a Educação Infantil ao Ensino Médio, fazendo 
com que as crianças sejam autônomas, dedica-
das e consigam ser empreendedoras. 
Os resultados de tal dedicação ao ensino 
da prática empreendedora em escolas e em 
universidades colaboram para uma população 
mais criativa e mais inovadora, principalmente 
em tempos de crise.
Para início 
de conversa
Jovens designers de moda 
criativa em um estúdio 
colaborativo. Esse tipo de 
trabalho em equipe propicia 
o empreendedorismo e a 
criatividade.
fiz
ke
s/
sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
37
OdeN_2019_7A_01a64.indd 37 14/01/19 14:21
A ação criativa pode gerar valor, como po-
demos ver nos campos artístico e tecnológico. 
Um espetáculo circense, uma música, um conto 
ou uma bela pintura são expressões artísticas 
que evidenciam a criatividade dos seus criado-
res. No momento em que um desses bens ou 
serviços é ofertado para que um público possa 
utilizá-lo, estamos gerando valor.
O mesmo acontece com a tecnologia. 
Quando estudamos, adquirimos conhecimen-
tos diversos, geralmente apoiados em pessoas 
mais experientes, que já pesquisaram, investi-
garam, realizaram experimentos e produziram 
o conhecimento científico. Esse conhecimento, 
quando aplicado em soluções, bens ou servi-
ços, chama-se tecnologia. 
Engana-se, porém, quem pensa que, 
quando falamos em tecnologia, apenas nos re-
ferimos a máquinas de última geração. Você já 
deve ter ouvido falar em o quanto o descarte 
de canudinhos plásticos tem causado danos 
ambientais, certo? Pois bem, em muitos locais, 
esse tipo de utensílio é proibido; em outros, o 
público simplesmente rejeita por saber que é 
nocivo; e as empresas fabricantes já têm bus-
cado tecnologias substitutas à base de mate-
riais biodegradáveis, como bambu e papel. 
Além disso, o conhecimento aliado à criativida-
de permitiu que fosse desenvolvido um tipo de 
plástico menos agressivo ao meio ambiente, a 
partir de matérias-primas de fontes renováveis: 
o plástico biodegradável, que também tem 
sido utilizado na fabricação de canudinhos. A 
esse processo, damos o nome de inovação, ou 
seja, quando aplicamos nossos conhecimen-
tos no desenvolvimento de novas maneiras de 
fazer algo. A inovação só é possível graças aos 
conhecimentos acumulados e à criatividade na 
Discutindo
o conteúdo
A lâmpada incandescente revolucionou o mundo, 
mas atualmente dispomos das lâmpadas de LED, 
que reduzem o consumo e possuem maior vida 
útil, reduzindo também o descarte. 
busca de combinar esses conhecimentos: por 
isso, estudar e vivenciar situações desafiado-
ras ajudam a exercitar a criatividade. 
Como forma de registrar oficialmente o 
número de novas tecnologias, podendo ser in-
venções inéditas ou aprimoramentos de outras 
já existentes, criou-se um registro de catálogo 
para criações. A patente é o registro de inova-
ções garantido pelo Estado, o que proporciona 
ao criador o direito de explorar, com exclusivi-
dade, sua invenção.
As patentes podem ser classificadas em 
patente de invenção e patente de modelo de 
utilidade. A patente de invenção diz respeito 
a produtos ou processos que ofereçam solução 
inédita, considerados inventivos e de aplica-
ção industrial, a exemplo da lâmpada incan-
descente. A patente de modelo de utilidade 
diz respeito a uma melhoria funcional em um 
produto ou processo já existente. Por exemplo, 
a lâmpada foi beneficiada com diversas outras 
tecnologias, a exemplo do uso de LEDs, que 
substituiu a tecnologia incandescente em mui-
tos locais.
38
OdeN_2019_7A_01a64.indd 38 14/01/19 14:21
Uma pesquisa realizada pela companhia Bloomberg buscou mapear os 50 países mais inova-
dores. Abaixo, estão os dez primeiros da lista e suas respectivas pontuações, em uma escala que 
vai até 100. 
Posição em 2017 Pais Pontuação
1o Coreia do sul 89,00
2o Suécia 83,98
3o Alemanha 83,92
4o Suíça 83,64
5o Finlândia 83,26
6o Cingapura 83,22
7o Japão 82,64
8o Dinamarca 81,93
9o Estados Unidos 81,44
10o Israel 81,23
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2017/01/os-10-paises-mais-inovadores-do-mundo.html
Entre os indicadores utilizados para medir as economias mais inovadoras, estão a pesquisa 
científica e o número de patentes registradas. O Brasil aparece em 46a posição nesse ranking, 
contabilizando menos de 50 pontos. Por outro lado, em 2017, o País atingiu o maior número de 
patentes registradas nos últimos 17 anos e apresentou um crescimento de 30% em relação ao 
ano anterior, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
2,2 milhões 
1,6 milhões 
875 mil
738 mil
549 mil
490 mil
459 mil
(19o) 41.453 mil
(1o) Estados Unidos
(2o) Japão
(6o) França
(3o) China
(4o) Coreia do Sul
(5o) Alemanha
(7o) Reino Unido
Ranking de patentes válidas
Fonte: http://www.portaldaindustria.com.br/cni/
imprensa/2014/04/1,35905/brasil-ocupa-penultima-
posicao-em-ranking-de-patentes-validas.html
39
OdeN_2019_7A_01a64.indd 39 14/01/19 14:21
Apesar de o Brasil ter um grande número de empreendedores, as atividades desenvolvidas 
no País são, em grande parte, pouco inovadoras. O pequeno volume de itens brasileiros patentea-
dos indica que temos mais propensão a reproduzir do que criar tecnologias inovadoras.
Os países mais inovadores do mundo
Uma pesquisa realizada por uma escola de pós-graduação francesa analisou 141 países e 
chegou a um Índice Global de Inovação: por meio de 79 indicadores relacionados a inovação,aspectos políticos e econômicos, o estudo identificou países considerados mais inovadores. Ob-
serve o ranking:
70o
1o Suíça
68,30*
2o Reino Unido
62,42
3o Suécia
62,40
4o Holanda
61,58
6º Finlândia
59,97
7o Cingapura
59,36
8o Irlanda
59,13
9o Luxemburgo
59,02
10o Dinamarca
57,70
Brasil
57,70
5o Estados Unidos
60,10
Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/os-10-paises-mais-inovadores-do-mundo-e-o-brasil-em-70o#3
Assim como as grandes invenções, os empreendimentos começam com ideias, por isso é 
importante aproveitar as oportunidades que surgem em nossas vidas. Saber identificar futuras 
situações favoráveis é uma importante vocação do empreendedor de sucesso. Alguns negócios 
podem ser vantajosos financeiramente, outros nem tanto. Vários fatores são determinantes para 
o sucesso ou não de um negócio. Dentre eles, podemos citar:
Mercado consumidor 
De que adianta ter um excelente produto quando não se tem um mercado para ele? Por 
exemplo, se abríssemos uma sorveteria em uma região polar, onde as temperaturas são muito 
baixas, o mercado consumidor seria promissor? Já em uma região tropical, principalmente numa 
faixa litorânea, o negócio aparentaria ser mais vantajoso, visto que o calor ampliaria a quantida-
de de consumidores para esse tipo de produto.
40
OdeN_2019_7A_01a64.indd 40 14/01/19 14:21
Disponibilidade de mão de obra qualificada 
Ter um empreendimento, uma linha de produção ou uma atividade de prestação de serviços 
requer, na maioria das vezes, profissionais qualificados para o exercício de determinadas funções. 
Como atender bem os clientes em uma loja de celulares quando não se entendem as funcio-
nalidades dos aparelhos? Para isso, precisa-se de treinamentos sobre as tecnologias implantadas 
nos produtos, assim como a busca por novos conhecimentos por parte do colaborador.
Logística e transporte
Estrutura é um termo chave para desen-
volver qualquer atividade empreendedora. Não 
podemos imaginar uma empresa de locação de 
iluminação para eventos sem que se tenha um 
espaço adequado para se depositar toda a apare-
lhagem. 
A estrutura de transportes é um exemplo bem 
interessante. O deslocamento de produtos e de 
serviços deve acontecer de forma rápida e segu-
ra. Como instalar, por exemplo, uma montadora 
de automóveis em uma região distante de portos 
e rodovias e desprovida de ferrovias? Assim, o es-
coamento de mercadorias de maneira eficaz é um 
dos itens mais importantes na escolha de um em-
preendimento. 
Até um determinado produto chegar ao su-
permercado e estar disponível para nosso con-
sumo, o caminho percorrido é longo. Para isso, 
contamos com a logística, que é a área da ad-
ministração que se ocupa da armazenagem, do 
transporte e da entrega de produtos, desdobran-
do-se em quatro abordagens, referentes às etapas 
de produção e transporte deles: logística de supri-
mentos, de produção, de armazenamento e de 
transporte. Esse sistema é denominado de cadeia 
de abastecimento. É necessário organizar e coor-
denar bem essas etapas, de modo que o processo 
produtivo seja ágil e eficiente, e que os bens che-
guem em tempo hábil e em condições adequadas 
ao seu local de destino.
Acompanhe, a seguir, toda a cadeia de abas-
tecimento de um determinado produto.
41
OdeN_2019_7A_01a64.indd 41 14/01/19 14:21
Cadeia de abastecimento
Logística de 
suprimentos
Administração 
de materiais:
Logística de 
produção
Movimentação 
de materiais: 
Suprimentos
Planejamento, 
programação 
e controle da 
produção
Planejamento 
dos recursos da 
distribuição
Transportes
Armazenagem 
de produto 
acabado
Armazenamento 
de matéria- 
-prima
Estocagem 
em processo
Transportes
Planejamento 
e controle de 
estoques
Embalagem
Processamento 
de pedido
Logística de 
distribuição
Distribuição física:
42
OdeN_2019_7A_01a64.indd 42 14/01/19 14:21
1. O que é tecnologia?
É a aplicação do conhecimento científico na criação de soluções, bens ou serviços.
2. O que é uma patente?
É o registro de inovações garantido pelo Estado, que dá ao criador o direito de explorar co-
mercialmente e de forma exclusiva sua criação.
3. Qual é a diferença entre patente de invenção e patente de modelo de utilidade?
A patente de invenção é utilizada para registrar produtos ou processos que tenham caráter
inventivo e inédito. Já a patente de modelo de utilidade é empregada para registrar um pro-
duto ou processo que apresente nova forma de algo já produzido ou disposição que resulte
em aprimoramento na forma de usar ou no modo de fabricar. 
4. O que é logística?
É a área da administração que se ocupa da armazenagem, do transporte e da entrega de 
produtos. 
5. Assinale V para as proposições verdadeiras e F para as falsas.
a. F A inovação depende unicamente da nossa criatividade, não requer estudo.
b. V O conhecimento científico é importante para a inovação tecnológica. 
c. V A inovação tecnológica consiste no desenvolvimento de uma nova forma de fazer algo.
d. V Quando a criatividade propicia soluções viáveis para nosso dia a dia, ela está criando 
valor. 
6. Pesquise alguma solução patenteada no Brasil, indique em que ano ela foi patenteada e que 
benefício trouxe.
Resposta pessoal. 
Estudo
do texto
43
OdeN_2019_7A_01a64.indd 43 14/01/19 14:21
Neste capítulo, tivemos a oportunidade de entender como criatividade e conhecimento se 
misturam no processo de inovação e desenvolvimento tecnológico. Ainda somos muito jovens 
para termos conhecimento científico em profundidade, mas já acumulamos certos saberes ao 
longo da nossa vida escolar. Que tal exercitarmos um pouco do que aprendemos? Em equipe, 
você deverá criar algo inovador, cuidando para que as tarefas sejam devidamente distribuídas 
entre os membros da equipe. Seu professor irá orientá-los na formação das equipes. Registre sua 
ideia no espaço abaixo.
Resposta pessoal.
Refletindo sobre 
o capítulo
44
OdeN_2019_7A_01a64.indd 44 14/01/19 14:21
Há momentos em que nos deparamos com questionamentos sobre a 
vida futura, especialmente profissional. Quem nunca se perguntou sobre a 
profissão que vai exercer no futuro? Você certamente deve estar achando 
muito cedo para pensar no futuro, mas já parou para pensar que o futuro 
pode ser daqui a pouco? Isso mesmo, planejá-lo pode ser, por exemplo, esco-
lher a roupa que vai usar na festa do próximo sábado ou elaborar uma rotina 
de estudos para as próximas avaliações.
Capítulo 6
Planejando um futuro de sucesso
O primeiro passo que você pode dar nesse momento é refletir sobre algumas decisões que 
provavelmente terá de tomar. Você se lembra de alguma ação que gostaria de fazer diferente? 
Reconhecer erros é um grande passo para quem deseja crescer na vida, seja como cidadão, seja 
como profissional. 
Pensar no futuro, seja ele próximo ou distante, requer de nós um olhar cuidadoso para o 
presente, pois é nele que cultivamos nossos próximos passos. Por exemplo: se você pretende ser 
aprovado por média em todas as disciplinas e começar a aproveitar bem as férias, o mais cedo 
possível, é a determinação do presente que vai trazer esse resultado no futuro. Mas será mesmo 
que temos controle sobre o nosso futuro?
— Qual vai ser minha escolha 
profissional? Quanto quero 
ganhar daqui a dez anos ou quinze 
anos? Onde vou morar depois de 
trabalhar? Como as pessoas vão 
me ver no futuro?
45
OdeN_2019_7A_01a64.indd 45 14/01/19 14:21
Para início 
de conversa
Começamos este capítulo falando sobre a 
importância de pensar no futuro e, mais ainda, 
de se preparar para ele. Também lembramos 
que, não importa se falamos de um futuro pró-
ximo ou distante, planejá-lo será sempre pro-
veitoso para aprendermos a lidar com o ines-
perado. 
Imagine que o período de avaliações esco-
lares tenha início em um mês. Empolgado em 
fazer coisas mais imediatas, como passear com 
os amigos ou assistir a uma série, um estudan-
te termina adiando os estudos para mais próxi-
mo dessa data e opta por estudar apenas uma 
semana

Outros materiais