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An o7o E nsi no Fu nd am en tal Em pre en de do ris mo | Bru no Pr ad o Ofic ina de Neg ócio s An o7o E nsi no Fu nd am en tal Em pre en de do ris mo | Bru no Pr ad o Ofic ina de Neg ócio s SSE_Oficina_Negocios_7A_001a002.indd 1 14/02/19 13:46 ISBN Aluno: 978-85-7236-036-4 ISBN Professor: 978-85-7236-037-1 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Impresso no Brasil O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro de 2017, do Ministério da Educação. P896s Prado, Bruno Sucesso sistema de ensino : ofi cina de negócios : empreen- dedorismo : 7º ano : ensino fundamental / Bruno Prado ; ilus- trações Rafael Silva, Lourdes Saraiva . – 2. ed. – Recife : Edições Pedagógicas, 2019. 64p. : il. 1. EMPREENDEDORISMO – ENSINO FUNDAMENTAL. 2. EMPREENDEDORISMO – ESTUDO E ENSINO. 3. CONSUMO – ASPECTOS EDUCACIONAIS. 4. ORÇAMENTO FAMILIAR – ASPECTOS FINANCEIROS. 5. SUCESSO NOS NEGÓCIOS. I. Silva, Rafael, 1989-. II. Saraiva, Lourdes,. III. Título. CDU 658 CDD 658.11 PeR – BPE 19-99 Ofi cina de Negócios (Empreendedorismo) 7o ano do Ensino Fundamental Bruno Prado Editor Lécio Cordeiro Revisão de texto Departamento Editorial Projeto gráfico, editoração eletrônica, iconografia e infografia Box Design Editorial Ilustrações Lourdes Saraiva Rafael Silva Capa Gabriella Correia/Nathália Sacchelli /Sophia Karla Foto: NATNN/shutterstock.com Assessoria pedagógica Suélen Franco Coordenação Editorial Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda. Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310 Fone: (81) 3205-3333 CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67 Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos dos textos contidos neste livro. A Editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes. Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam, sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original, uma nova pontuação. As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modifi cações com o Novo Acordo Ortográfi co. SSE_Oficina_Negocios_7A_001a002.indd 2 14/02/19 13:46 Apresentação Querido aluno, vivemos um tempo de mudanças ágeis e desafiadoras que exigem de nós disposição para aprender e nos reinventar constantemente. Esse cenário é um convite à busca de novas soluções, à geração de ideias, à procura de superação e à capacidade de transformar a reali- dade em que vivemos: ou seja, um convite ao empreendedorismo. A ação empreendedora tem sido cada vez mais valorizada, e não falamos apenas da criação de negócios: empreende aquele que busca soluções, que assume o protagonismo de seus projetos ou que busca exercer um impacto positivo em nossa sociedade. Para isso, precisamos nos conhecer, desenvolver nossas habilidades e competências, ter uma atitude positiva e buscar autonomia. Assim, esta obra é um convite para uma jornada empreendedora, que começa agora e pode trazer muitos frutos para a vida adulta. A cada volume, damos um passo novo, adqui- rindo mais maturidade e vivenciando novos desafios. Neste volume, vamos buscar o auto- conhecimento, o desenvolvimento dos nossos pontos fortes e a melhoria dos pontos fracos. Sejamos empreendedores de nós mesmos! Vamos embarcar nessa jornada, abraçar os desafios e construir o futuro que queremos. OdeN_2019_7A_01a64.indd 3 14/01/19 14:21 SumárioSumário Empreendedorismo e negócios ... 6 Para início de conversa.............................. 7 Discutindo o conteúdo .............................. 7 Estudo do texto .......................................... 11 Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Entendendo o sistema financeiro ................................. 29 Para início de conversa.............................. 30 Discutindo o conteúdo .............................. 31 Atividade .................................................... 35 Refletindo sobre o capítulo ....................... 35 Planejamento financeiro ............ 21 Para início de conversa.............................. 22 Discutindo o conteúdo .............................. 23 Atividade .................................................... 26 Refletindo sobre o capítulo ....................... 28 Educação, desde cedo, para o consumo ................................ 13 Para início de conversa.............................. 14 Discutindo o conteúdo .............................. 15 Estudo do texto .......................................... 19 Refletindo sobre o capítulo ....................... 20 OdeN_2019_7A_01a64.indd 4 08/02/19 14:15 Pequenas ideias, grandes soluções ......... 36 Para início de conversa............................................... 37 Discutindo o conteúdo ............................................... 38 Estudo do texto .......................................................... 43 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 44 Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 Definindo metas e traçando objetivos de vida ................................... 59 Para início de conversa............................................... 60 Discutindo o conteúdo ............................................... 61 Atividade ..................................................................... 62 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 63 Traçando metas ..................................... 51 Para início de conversa............................................... 52 Discutindo o conteúdo ............................................... 53 Atividade ..................................................................... 56 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 57 Planejando um futuro de sucesso............ 45 Para início de conversa............................................... 46 Discutindo o conteúdo ............................................... 47 Atividade ..................................................................... 49 Refletindo sobre o capítulo ........................................ 49 OdeN_2019_7A_01a64.indd 5 08/02/19 14:15 Capítulo 1 Para muitos, o termo empreendedorismo já não é tão desconhecido assim. Para outros, esse assunto é novo, e podem surgir, por isso, muitas dúvidas. No entanto, praticar o empreende- dorismo é, na verdade, algo natural e constante, podendo ser comum em diversas ações do dia a dia. Você, por exemplo, já se deparou com situações empreendedoras ao longo da vida, muitas delas de maneira consciente, outras de forma despercebida. Que tal começarmos relembrando ações empreendedoras dos nossos colegas Larissa, Luana, Paulo e Sérgio? Se você está chegando agora, não tem problema: é uma oportunidade de conhe- cê-los e descobrir o que eles empreenderam durante a jornada do 6º ano. Quem sabe você não se identifica com alguma dessas ações? Empreendedorismo e negócios Larissa era representante de turma e teve a iniciativa de organizar uma coleta seletiva de lixo. Paulo gosta muito de ajudar pessoas e convidou os colegas a participarem de uma campanha de agasalho. Luana é muito determinada e se empenhou bastante em seu projeto de participar de uma olimpíada de conhecimento. Sérgio é bastante engenhoso e deu nova vida a velhos discos de vinil que encontrou sem uso em sua casa. 6 OdeN_2019_7A_01a64.indd6 14/01/19 14:21 Para início de conversa Como vimos, ter um pensamento empreendedor pode despertar atitudes e comportamen- tos que visem ao crescimento pessoal e coletivo, tanto no meio social quanto no profissional. Não é obrigatório abrir uma empresa para ser empreendedor. É comum praticarmos ações empreendedoras em situações do cotidiano. Portanto, aprender mais sobre esse tema ajuda a refletir e despertar atitudes e comportamentos antes não observados no dia a dia. Acredita-se que o empreendedor seja, nos dias de hoje, um importante agente de cresci- mento da economia de uma região. Pensar de forma empreendedora é refletir sobre determi- nadas ações e características socioeconômicas para melhorar o cotidiano. Assim, quem em- preende é visto como um indivíduo criativo e decisivo se propondo a realizar suas ações. Ser empreendedor significa ter um perfil que abrange comportamentos, atitudes, habili- dades e competências específicas que vão con- tribuir para o sucesso pessoal e profissional. O mundo do trabalho e dos negócios, do qual faremos parte de forma mais ativa quan- do formos adultos, é um ambiente propício para a ação empreendedora porque está liga- do às transformações que operamos na natu- reza e na sociedade. O trabalho e os negócios exercem um grande impacto social no mundo em que vivemos, e esse impacto pode ser ou positivo ou negativo. Por isso, vamos conhecer como funciona esse mundo e como participa- mos dele — sim, mesmo sendo bem jovens, já fazemos parte desse universo — para que pos- samos receber e proporcionar resultados posi- tivos agora e no futuro. Discutindo o conteúdo Ro b M ar m io n/ Sh ut te rs to ck .c om 7 OdeN_2019_7A_01a64.indd 7 14/01/19 14:21 No futuro, é claro, você estará mais dire- cionado ao mercado profissional. Daí por dian- te, veremos que tais debates e discussões que ocorreram neste momento serão importantes para tomar decisões acertadas e reagir da me- lhor forma quando surgirem as mais variadas adversidades. Mas qual é o conceito de trabalho e o de negócio? Há diferenças entre esses termos? Se você respondeu “sim”, acertou! O conceito de trabalho, de uma maneira ampla, diz respeito a qualquer atividade de transformação, seja intelectual, criativa, ou produtiva. Do ponto de vista econômico, é a base de sustentação de uma sociedade, uma vez que esse trabalho é ofertado àqueles que dele precisam e, em contrapartida, o indivíduo recebe um valor em troca, que pode ser uma remuneração. Por meio dessa atividade, o cida- dão conquista seu salário e dinamiza toda uma economia no ciclo de compra e venda dentro de um determinado espaço. É esse aspecto que abordaremos agora. Nesse sentido, podemos dizer que o tra- balho é uma atividade desenvolvida por uma pessoa com o objetivo de obter sua subsis- tência, fornecendo suas habilidades e com- petências ao empregador, ou seja, àquele que necessita de seus serviços para o desenvol- vimento de uma atividade mais complexa. O trabalho assalariado ganhou força com a Re- volução Industrial, surgida na Inglaterra no século XVIII. Tal revolução marcou a substituição do trabalho artesanal pelo uso de máquinas. Para você entender melhor, vejamos como merca- dorias eram produzidas antes dessa mudança. Na produção artesanal, um indivíduo — artesão — conhecia e tinha controle sobre todas as eta- pas da produção, escolhendo, até mesmo, a sua própria jornada de trabalho. Esse artesão tam- bém tinha suas próprias ferramentas de traba- lho e matérias-primas. Já na manufatura, ocor- ria a divisão do trabalho entre uma equipe de indivíduos. Cada um deles realizava uma etapa do trabalho, sob o controle do dono da oficina, e era remunerado pelo que produzia. Em ambos os casos, os cidadãos realizavam suas ativida- des de forma manual; no caso do artesanato, produziam e, em seguida, comercializavam os bens produzidos; na manufatura, recebiam pelo número de peças produzidas. Como esse pro- cesso levava muito tempo, o rendimento médio por família era relativamente pequeno. Com a Revolução Industrial, a força de tra- balho e a velocidade das máquinas modifica- ram toda uma estrutura social. Os burgueses, ou seja, os que detinham grande parte do di- nheiro e poder, implantaram, em sua grande parte, uma situação de trabalho exaustiva, cer- ca de quinze horas por dia para cada trabalha- dor, podendo ser criança, mulher ou homem. Ao longo dos séculos, essa estrutura foi sendo modificada por meio de diversos movi- mentos de trabalhadores que não aceitavam tal exploração da força de trabalho. Hoje em dia, podemos afirmar que muitas foram as con- quistas dos trabalhadores. Vi kt or ia K ur pa s/ Sh ut te rs to ck .c om 8 OdeN_2019_7A_01a64.indd 8 14/01/19 14:21 Criação da Carteira de Trabalho. O documento garante o acesso aos principais direitos trabalhistas. Salário mínimo. Entrou em vigor em 1º de maio de 1940, quando foi estabelecida a primeira tabela de remuneração. Promulgada a Constituição de 1946. Estabelece o direito de greve e o repouso remunerado em domingos e feriados. Também estende ao trabalhador rural o direito à indenização e à estabilidade. Criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Formado por depósitos mensais da empresa na conta do colaborador, o FGTS protege financeiramente o trabalhador demitido sem justa causa. Conquistas dos trabalhadores no Brasil 19 46 19 66 19 32 19 40 9 OdeN_2019_7A_01a64.indd 9 14/01/19 14:21 Disponível em: http://www.relacoesdotrabalho.com.br/profiles/blogs/linha-do-tempo-a-regulacao-do-trabalho-no-brasil. Adaptado. Inclusão. Direito à inclusão de pessoas com necessidades especiais ao mercado de trabalho. Criação da Lei do Dano Moral e do Assédio. Reforça a legitimidade de assegurar, por indenização, o trabalhador, caso ele sofra dano moral e assédio praticados pelo empregador contra seus colaboradores. Criação da Constituição Cidadã. Reforçou a legitimidade do poder normativo da Justiça do Trabalho, ampliando direitos como a licença-maternidade de 120 dias, a licença-paternidade de cinco dias e a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais. Início da lei dos empregados domésticos. Os empregados domésticos conquistaram direitos concedidos aos demais trabalhadores, como jornada de trabalho de 44 horas semanais, pagamento de hora extra e FGTS. 19 99 19 88 20 01 20 13 10 OdeN_2019_7A_01a64.indd 10 14/01/19 14:21 Quando falamos em negócio, referimo-nos ao ato de negociar, ou seja, firmar um acordo entre duas ou mais partes. É exatamente isso que ele proporciona: um negociante oferece um bem ou serviço para atender à necessida- de de um indivíduo que paga essa oferta com um valor em dinheiro. Isso acontece porque ambos estão de acordo com as condições e se dispõem a realizar essa troca. Normalmente, para que os negócios funcio- nem, é preciso que uma ou mais pessoas traba- lhem. Assim, o negociante pode aumentar a sua capacidade de atender aos seus clientes convi- dando mais pessoas para colaborar. É aqui que os conceitos de trabalho e negócio se encon- tram: para que um negócio cresça, é preciso au- mentar a força de trabalho, ou seja, o conjunto de profissionais que empregam sua capacidade produtiva e, em troca, recebem um salário. Por isso, é comum dizermos que negócios geram empregos e, em seguida, renda. Os impactos de um negócio não se resu- mem à geração de emprego e renda. Para fun- cionar, um negócio pode utilizar matérias-pri- mas e mão de obra, gerar resíduos e promover, muitas vezes, modificações no local onde se instala. Isso pode trazer benefícios, mas tam- bém malefícios, dependendo de como for ma- nejado. Por exemplo: se uma fábrica de sabo- netes se instala em sua cidade, ela pode trazer novas oportunidades de emprego para a co- munidade do entorno, mas também pode ge- rar resíduos tóxicos que reduzem a qualidade de vida dessa população. Por outro lado, seela se compromete a tratar seus resíduos de forma responsável, então seu impacto pode ser posi- tivo. Isso significa que, além de cumprir as nor- mas que regem seu negócio (pagar impostos, respeitar jornadas de trabalho, remunerar tra- balhadores, etc.), uma empresa também deve ter responsabilidade socioambiental, ou seja, buscar proporcionar impactos positivos em sua atuação na sociedade e no meio am- biente. Mais que cumprir as obrigações, requer que esses negócios firmem compromissos com a sociedade e o ambiente onde atuam, buscan- do trazer benefícios socioambientais. O termo negócio, por sua vez, refere-se a uma empresa que é administrada por um ou mais indivíduos. Os objetivos de seus donos são captar recursos e gerar bens e serviços. Tal implantação empresarial gera uma considerá- vel circulação de dinheiro, dependendo do ta- manho da empresa, proporcionando o lucro e a geração de empregos. Outro sentido que pode ser dado à pala- vra negócio é quando alguém tem uma grande ideia e a transforma em uma fonte de renda pessoal e familiar. Portanto, podemos considerar que um ne- gócio é qualquer ação desempenhada por um indivíduo que tem como finalidade prestar ser- viços ou oferecer produtos, visando à obtenção de lucro. Estudo do texto 1. Do ponto de vista econômico, como podemos definir trabalho? É toda atividade de transformação que exerce o papel de sustentação de uma sociedade, sendo ofertado a quem precisa em troca de uma remuneração, da qual os indivíduos retiram seu sustento. 11 OdeN_2019_7A_01a64.indd 11 14/01/19 14:21 Título: Tempos modernos Gênero: comédia Direção: Charles Chaplin O filme conta a história de um operário em uma linha de montagem, tentando se adaptar às jornadas de trabalho exaus- tivas de uma fábrica. Após ser submetido a uma linha acelerada, ele entra em colapso nervoso e deixa o trabalho. A partir disso, sua vida é uma sucessão de incidentes, enquanto luta desajeita- damente pela sobrevivência. Dica de filme 2. O que é um negócio? É um acordo formal firmado entre duas ou mais partes, no qual uma delas oferta bens ou serviços em troca de um valor em dinheiro, gerando lucro e, a depender do porte, postos de emprego. 3. Por que dizemos que um negócio pode gerar empregos? Porque, para desempenhar funções, muitas vezes, é necessário aumentar a força de trabalho, ou seja, o conjunto de profissionais que empregam sua capacidade produtiva e, em troca, recebem um salário. 4. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a. F Todo negócio gera apenas impactos positivos, uma vez que proporcionam emprego e renda. b. V Quando uma empresa proporciona impactos sociais e ambientais positivos, para além do cumprimento do seu dever, dizemos que ela exerce responsabilidade so- cioambiental. c. V O trabalho, do ponto de vista econômico, é uma atividade pela qual um indivíduo for- nece suas habilidades e competências e, em troca, recebe uma remuneração, da qual tira sua subsistência. d. V Um negócio que gera resíduos tóxicos e não os trata adequadamente proporciona um impacto negativo na sociedade. 12 OdeN_2019_7A_01a64.indd 12 14/01/19 14:21 Você já se perguntou como as coisas de que precisamos chegam até nós? Durante nos- so dia a dia, precisamos de roupas, alimentos, água, produtos de higiene, energia elétrica, etc. Também contamos com itens que tornam nossa rotina mais fácil e até agradável, como o transporte que nos leva ao nosso destino, a TV que nos proporciona entretenimento e in- formação, aquele videogame que permite mo- mentos de diversão com os amigos, os celula- res que nos conectam, etc. E este livro que está em suas mãos, você já se perguntou como ele chega até você? Para suprir nossas necessidades e desejos, precisamos adquirir bens ou serviços e, para adquiri-los, normalmente realizamos um pro- cesso de troca: no supermercado, entregamos dinheiro e, em troca, obtemos as mercadorias que escolhemos. Desde muito cedo, começamos a lidar dia- riamente com situações envolvendo dinheiro. Você já desejou ter algum brinquedo, e seus pais ou responsáveis disseram que não tinham dinheiro suficiente para comprá-lo? Muitas pessoas passam por condições semelhantes. No mundo em que vivemos, o dinheiro é fundamental para realizarmos as transações (trocas) necessárias para a obtenção de bens e serviços. Quando adquirimos e utilizamos es- ses bens e serviços, nós consumimos. Somos Capítulo 2 Educação, desde cedo, para o consumo consumidores desde muito cedo, mas será mesmo que já paramos para refletir o que é ser consumidor? Neste capítulo, vamos entender o consu- mo, seu papel na economia e na vida das pes- soas, bem como seu impacto no Planeta. Hoje, o consumo está ligado a quase tudo que faze- mos na nossa vida, mas, a partir de agora, va- mos percebê-lo de maneira diferente. 13 OdeN_2019_7A_01a64.indd 13 14/01/19 14:21 Como vimos, precisamos de diversos bens e serviços para que a nossa vida transcorra normalmente, a exemplo de produtos como alimento e roupa; e serviços como energia elé- trica e assistência médica. Para obter grande parte deles, precisamos comprá-los. Mas será mesmo que tudo aquilo que compramos é realmente indispensável e está ligado à nossa sobrevivência? Muitas vezes, também com- pramos para satisfazer nossos desejos ou nos recompensar por algo. Você já ganhou um pre- sente de aniversário ou mesmo como forma de ser recompensado por alguma realização? O consumo está no centro da satisfação de necessidades mais básicas, como comer e abri- gar-se, mas também envolve outras questões, como afeto, realização pessoal, vontade de se destacar, etc. Na nossa sociedade, o consu- Para início de conversa mo vai além da questão da sobrevivência. Por exemplo: é verdade que uma roupa protege nosso corpo, mas também desejamos que ela seja bonita, confortável e, preferencialmente, esteja alinhada às tendências da moda. Imagi- ne que seu colega chega à escola vestindo uma roupa antiga emprestada do avô, enquanto os demais estão usando jeans, camiseta de malha e tênis. No mínimo, ele vai se sentir estranho. Muitas vezes, como nesse exemplo, as pes- soas são julgadas pelo que possuem, ou seja, pelas mercadorias que adquirem e utilizam. Isso pode levar à crença, muito equivocada, de que quanto mais poder de compra temos, mais felizes somos. Assim, vincula-se a felicidade à capacida- de de acumular bens materiais e essa crença traz várias consequências negativas para nossa vida e para o Planeta, como estudaremos adiante. Mesmo que você possa comprar uma bicicleta, a saúde e a companhia dos amigos são fundamentais para uma vida feliz. 14 OdeN_2019_7A_01a64.indd 14 14/01/19 14:21 Falamos bastante sobre ser consumidor e consumir de forma responsável. Mas o que é consumir? Consumo é a forma de adquirir, utilizar e gastar bens ou serviços. É um processo vital, mas que na nossa sociedade assume uma peculiaridade: para adquirir esses bens e serviços, precisa- mos pagar, ou seja, trocá-los por dinheiro. Nem sempre, porém, foi assim. Muitos dos nossos an- tepassados trocavam bens diretamente, sem o uso de di- nheiro, em um processo cha- mado escambo ou permuta. Isso significa que, se eu tivesse arroz e meu vizinho possuísse feijão, eu poderia trocar meu excedente de arroz pelo seu excedente de feijão: no fim, todos teriam dois produtos diferentes. Essa prática não deixou de existir, mas passou a ser menos comum porque Discutindo o conteúdo É evidente que o dinheiro proporciona certo conforto em algumas situações, principalmente estabilidade social e econômica, entretanto este não pode ser o objetivo maior da vida. Há outras situações prazerosas que o dinheiro não compra, como a presença da família, a amizade, a saúde em abundância, a harmonia compartilhada. Se é verdade que, no mundo contemporâneo, precisamos comprar até mesmo itens mais bási- cos para nossa sobrevivência, será mesmo que o dinheiro éabsolutamente dispensável? O grande equívoco é tratar o dinheiro como um fim em si mesmo, e não o meio pelo qual satisfazemos nossas necessidades. Além disso, precisamos aprender a consumir de maneira ra- cional, evitando supérfluos e desperdícios, que tanto fazem mal à sociedade e ao Planeta. no presente utilizamos o dinheiro para adquirir a maioria dos nossos produtos. Ainda podemos ver, por exemplo, sites de “de- sapego” em que pessoas negociam mercadorias que não lhes servem mais e, muitas vezes, elas podem ser trocadas por ou- tras, sem que haja o uso de dinheiro. Você já parou para pensar exatamente o que é dinheiro e como ele funciona? Dinheiro é um instrumento de troca e uma medida de valor. Isso significa que, por meio dele, não precisa- mos trocar as mercadorias umas pelas outras, pois definimos quanto vale cada uma daquelas mercadorias usando o dinhei- ro: assim, se eu quero vender uma fatia de torta, eu avalio quan- w av eb re ak m ed ia /s hu tt er st oc k. co m 15 OdeN_2019_7A_01a64.indd 15 14/01/19 14:21 to ela vale, levando em consideração tudo que gastei para produzi-la, mas também os atri- butos dela (sabor, peso, qualidade dos ingre- dientes) e a importância que ela pode ter para alguém que procura um lanche. Essa avaliação de valor resulta na atribuição de um preço, que é a quantidade de dinheiro a ser paga por aquela mercadoria. Como vimos, somos todos consumidores. Isso significa que sejamos consumistas? Não necessariamente. O consumismo é o ato de se comprar itens em excesso, sem que haja uma necessidade. Essa tendência a comprar de forma ilimitada pode ocorrer para demonstrar status ou suprir questões afetivas, sendo decisiva a influência da mídia, e pode resultar em doença quando o indivíduo não consegue controlar seus impul- sos. Tal doença, um tipo de compulsão, pode provocar um endividamento da família, pre- judicando o relacionamento com os próprios familiares e amigos, e dificultar a aquisição de produtos essenciais à sobrevivência, como alimentos. Você tem algum sonho material? Sonha em adquirir um videogame de última geração Preço x valor Tanto preço quanto valor são usados para definir aquilo que pagamos para adquirir um bem ou serviço. Mas será que são a mesma coisa? Para o marketing, não. Quando falamos em preço, referimo-nos àquilo que pagamos. Já o valor diz respeito àquilo que levamos, que percebemos, que estimamos. Assim, uma peça de mesmo preço pode ter valor diferente para compradores diferentes. Como assim? É que o valor é atribuído por nós ao produto, enquanto o preço é o que ou mesmo comprar o modelo mais moderno de um smartphone? Pense: esse objeto é real- mente necessário para a sua vida atual? Caso compre novos equipamentos, o que fará com os antigos? Perguntas como essas resumem o pensamento que você deverá ter ao projetar novas compras. Já refletiu sobre o processo de produção e o destino desses aparelhos? Veja o esquema a seguir e discuta com o professor a relação entre consumo e meio ambiente. Hoje, podemos apresentar dificuldade de distinguir o que é necessário daquilo que é su- pérfluo. Isso porque vivemos constantemente sob estímulos para desejarmos mais e mais objetos, além de descartarmos os que já temos cada vez mais rápido. O sistema de produção de muitos apare- lhos com alta tecnologia no mundo moderno é bastante agressivo ao meio ambiente. Além dos possíveis desmatamentos e extrações mi- nerais em nações menos desenvolvidas, tam- bém há a exploração de mão de obra barata. O descarte desses objetos, se não realizado de maneira adequada, pode trazer contaminação aos rios, lagos, oceanos e lençóis subterrâneos, além de outros problemas ambientais. Contaminação e mudança climática CO2 Consumismo Gasto de energia Matérias primas 16 OdeN_2019_7A_01a64.indd 16 14/01/19 14:21 Você, muito provavelmente, deve ter ou conhecer algum amigo que tenha um videogame em casa. Mas quais equi- pamentos de jogos você conhece? Veja alguns dos mais famosos videogames de todos os tempos e pergunte a pessoas acima dos trinta anos de idade quais elas conhecem. Dá para imaginar nossa vida sem música? Difícil, não? Mas a maneira como a armazenamos mudou muito ao longo dos anos. Antigamente, podería- mos ter as obras dos nossos artistas fa- voritos gravadas em um enorme disco de vinil. As playlists enormes que arma- zenamos em nossos dispositivos móveis poderiam até existir, mas ocupando uma estante enorme, já que um único disco possuía pouco mais que 10 faixas em média. O aparelho que reproduzia essas músicas também era grande e pesado. pagamos, o que é estabelecido pelo vendedor. Por isso, pagar R$ 20,00 por um caderno que tem seu ídolo na capa pode ser considerado justo por você, mas injusto pelo seu colega que não tem tanto apreço assim por aquele produto. Isso porque o caderno, embora tenha preço fixo, tem va- lores diferentes, conforme o que ele representa para cada um de nós. Imaginemos uma família carinhosa, amigos próximos e fiéis. Tais condições já proporcionam uma sensação de felicidade na vida de uma pessoa. Agora, alie tudo isso a uma situação finan- ceira confortável. Não queremos dizer que para ser feliz se faz necessário muito dinheiro na conta bancária, mas, sim, uma organização mensal para que se possam realizar todos os pagamentos obrigatórios de uma família e que haja uma reserva para possíveis necessidades emergenciais. Isso é o que chamamos de situação financeira saudável. 17 OdeN_2019_7A_01a64.indd 17 14/01/19 14:21 Os smartphones proporcionaram mudanças significativas na vida das pessoas, mas poucos percebem o impacto de sua produção no meio ambiente. A extração de materiais da terra e o processo de fabricação de um smartphone resultam em uma significativa pegada ecológica, revelou uma pesquisa da Trucost, feita a pedido da Friends of the Earth, aliança internacional de organizações em prol do meio ambiente. Um único smartphone genérico consome em sua produção 12.760 litros de água e 18 metros quadrados de solo, segundo o relatório Mind your Step, que calcula a pe- gada ecológica de produtos como botas de couro, café, camisetas e chocolate. O le- vantamento da Trucost levou em conta os smartphones dos 10 maiores fabricantes mundiais. A fase final de fabricação e montagem do aparelho é responsável por 40% dos gastos de água do processo. A obtenção de materiais brutos consome outros 40% de água utilizada na produção, enquanto 14% são consumidos na fabricação de compo- nentes eletrônicos que serão utilizados no smartphone. A demanda por terra na cadeia produtiva desse produto vem principalmente da produção de materiais para embalagem (55% do uso da terra), enquanto a extração de material bruto demanda 39% do uso de terra e a mineração consome 5% do uso da terra na fabricação de smartphones. No ritmo em que consumimos, a gera- ção de resíduos torna-se algo cada vez mais preocupante. Você já deve ter ouvido falar na quantidade de plásticos que não são biode- gradáveis e, ao pararem em oceanos, com- prometem a sobrevivência de várias espécies. Nossos aparelhos eletrônicos, quando não nos servem mais, também se convertem em um tipo de resíduo tóxico que, se não descartado de forma correta, pode trazer muitos perigos. O problema é que decidimos que algo “não nos serve mais” cada vez mais cedo, às vezes sem que o produto esteja deteriorado, apenas por- que não o queremos mais ou desejamos algo mais moderno ou “na moda”. Com isso, pode- mos deixar um rastro de poluição que ameaça nossa qualidade de vida e as gerações futuras, como se fossem pegadas. Você já ouviu alguem de seu convívio re- clamar que os aparelhos eletrônicos não duram mais como antigamente? Ou que as geladeiras mais antigas se conservavam por mais tempo? Essa pessoa tem razão. Esses comentários se relacionam com a obsolescência planejada. Obsolescência é o ato de tornar algo obsoleto, ultrapassado. E planejada é issomesmo: plane- ja-se um produto para ter sua vida útil cada vez mais curta, o que faz os indivíduos consumirem mais e mais. Essa questão, aliada aos ciclos dos modismos, faz com que o consumo seja intensi- ficado e, consequentemente, o lucro dos fabri- cantes, o descarte e a geração de resíduos. Pegada ecológica é uma maneira de cal- cular o impacto ambiental que o consumo exerce. Esse cálculo leva em consideração indi- cadores como área utilizada em pastagens ou urbanização, área de florestas, área arável para produção de alimento, entre outros critérios. Quando andamos, deixamos rastros, pegadas. Assim, quanto maior for a pegada ecológica de determinada atividade, maior é o rastro nega- tivo que deixamos no Planeta. Litros de água por um smartphone 18 OdeN_2019_7A_01a64.indd 18 14/01/19 14:21 1. É correto dizer que consumo e consumismo significam a mesma coisa? Justifique sua res- posta. Não, pois consumo é o ato de obter, utilizar e gastar bens e serviços, necessário para suprir- mos nossas necessidades. Já o consumismo é quando consumimos de forma desregulada, obtendo muito mais do que precisamos, e pode resultar em endividamento, poluição am- biental e mesmo em adoecimento. 2. De forma simplificada, o que é pegada ecológica? É o rastro que deixamos no meio ambiente quando consumimos. 3. Qual é a diferença entre preço e valor? Preço é uma quantia predefinida que pagamos para obter algum bem ou serviço. Valor é como avaliamos aquele bem ou serviço. Normalmente, o preço de um produto reflete o valor que a sociedade atribui a ele. Além de água e terra, a fabricação de um smartphone exige a extração dos chama- dos elementos de terras raras, usados para produzir baterias, lâmpadas LED, placas de circuito eletrônico e telas de vidro. A China domina o mercado desses elementos, cujo processo de extração tem um forte impacto no meio ambiente. A mineração dos elementos de terras raras gera resíduos como arsênio, bário, cádmio, chumbo, fluore- tos e sulfatos, o que resulta em 75 mil litros de água ácida e gases tóxicos. A produção de smartphones também tem impacto na vida dos trabalhadores. Uma investigação do Friends of the Earth revelou que muitos morrem ou são feri- dos nas minas da Ilha de Bangka, na Indonésia, de onde vem um terço do estanho no mundo. O estanho é um componente essencial na fabricação desses aparelhos. A mineração de estanho está devastando as florestas locais, contaminando a água e o solo, além de danificar os recifes de corais. Disponível em: http://www.akatu.org.br/noticia/quanta-agua-e-gasta-na-producao-do-seu-smartphone/. Acesso em: 10/10/2018. Adaptado. Estudo do texto 19 OdeN_2019_7A_01a64.indd 19 14/01/19 14:21 Neste capítulo, pudemos entender um pouco mais sobre como e por que consumimos. Além disso, aprendemos que nosso modo de consumir pode ser disfuncional e, com isso, prejudicar nossa saúde, o meio ambiente e a sociedade em que vivemos. Mas será que consumimos de for- ma excessiva por acaso? A verdade é que nossa sociedade é alvo de muitos estímulos que nos levam a desejar mais e mais. Que tal assistir a um documentário que ilustra um pouco do que não sabemos sobre o consumo? Pesquisa: Consumismo infantil • A maioria dos produtos consumidos por uma família é escolhida pelas crianças. • 83% são influenciados pela publicidade • 72% por produtos associados a personagens famosos • 42% por influência dos amigos • 38% por produtos que oferecem brindes e jogos • 35% por embalagens coloridas e atrativas a. V É cada vez mais difícil distinguir o essencial do supérfluo, pois somos muito estimula- dos a descartar e substituir, rapidamente, o que temos. b. V Muitos produtos são programados para ficar ultrapassados rapidamente. c. F O lixo que produzimos não causa impacto no meio ambiente. d. F O consumismo traz consequências negativas ao indivíduo, que fica endividado, mas não traz impactos socioambientais. Refletindo sobre o capítulo Título: A história das coisas Gênero: Documentário Direção: Louis Fox Os bastidores do universo do consumo, com ex- plicações claras e ilustrações divertidas. A história das coisas nos mostra aquilo que está fora do alcance dos nossos olhos quando compramos uma mercadoria e nos alerta para a necessidade de repensarmos o modo como consumimos. Dica de filme 4. Analise as informações a seguir e, em seguida, marque V nas proposições verdadeiras e F, nas falsas. 20 OdeN_2019_7A_01a64.indd 20 14/01/19 14:21 No capítulo anterior, aprendemos que muitos dos bens e serviços que consumimos chegam até nós por meio de uma troca, quase sempre mediada por dinheiro. E, como nossa capacidade de consumir está ligada à quantidade de dinheiro que temos à nossa disposição, a educação para o consumo também está ligada à educação financeira. Imagine que você viu uma roupa muito legal na vitrine e desejou comprá-la. Você pediu a seus pais, mas eles explicaram que você tinha muitas roupas bonitas e bem conservadas e que não era uma prioridade, naquele momento, comprar uma roupa nova. Eles também explicaram que naquele ano conseguiriam tirar férias do trabalho no mesmo período das suas férias escola- res e que pretendiam reunir toda a família em uma bela viagem. Para que realizassem esse pro- pósito, precisariam economizar e eleger prioridades, ou seja, escolher quais bens e serviços eram realmente importantes e precisariam ser comprados, em detrimento de outros. Capítulo 3 Planejamento financeiro 21 OdeN_2019_7A_01a64.indd 21 14/01/19 14:21 Você já ouviu falar em orçamento pessoal ou familiar? Orçamento é uma previsão de ga- nhos (receitas) e gastos (despesas) em deter- minado intervalo de tempo ou para a execução de determinado projeto. Quando seus pais co- locam num papel os rendimentos e os compro- missos financeiros de um mês, organizam um orçamento mensal. Já quando eles colocam no papel todos os gastos previstos para realizar uma reforma na sua casa, trata-se de um orça- mento para a realização de um projeto — no caso, a reforma. No exemplo da viagem, os pais avaliaram quanto dinheiro precisariam desembolsar para realiza-la, assim como previram a ne- cessidade de economizar para tornar possível esse projeto. O orçamento pode ser considerado uma ferramenta de planejamento pessoal que auxi- lia o indivíduo a realizar seus sonhos materiais e projetar outros. Mas aonde você quer chegar? Essa pergunta, que parece simples a princípio, desperta muita discussão quando se pensa com seriedade. Para alcançar os objetivos, é necessário, inicialmente, saber quais são eles. Imaginar uma situação futura com suas metas pode ser um bom começo. Então, vamos fechar os olhos e imaginar nosso futuro daqui a 20 anos. Esta- belecer metas e lutar por elas com um plane- jamento adequado deixará seus objetivos cada vez mais perto de você. Para início de conversa A realização dos sonhos é sempre associada à realização de objetivos e metas. Objetivo é a descrição do seu propósito, do lugar aonde você quer chegar. E, para chegar a esse lugar, é preciso dar passos, que são as metas. Metas são tarefas que de- vemos cumprir para concretizar nossos objetivos. Elas geralmente são quantificáveis e têm prazo estabelecido para seu cumprimento. Por exemplo: se seu objetivo é ser aprovado por média em todas as disciplinas, você deve traçar metas diárias, semanais e mensais de estudo. Objetivos e metas: você sabe a diferença? 22 OdeN_2019_7A_01a64.indd 22 14/01/19 14:21 Como anda a sua saúde financeira? Talvez a pergunta pareça estranha e talvez você seja bastante jovem para responder, mas, quanto mais cedo aprendermos sobre ela, mais aptos estaremos a iniciar nossa vida financeira de forma consciente. Saúde financeira é a capacidade de orga- nizar o fluxo de dinheiro, possibilitando cum- prir os compromissos do presente e poupar para realizar objetivos do futuro, assim como se precaver para acontecimentos imprevistos. Ter saúde financeiranão significa ser rico, mas ser financeiramente organizado e viver de acor- do com seu poder de compra. Existem pessoas ricas e endividadas, assim como pessoas me- nos abastadas com as finanças em dia. A saú- de financeira está muito ligada à nossa saúde emocional. Isso porque muitas vezes a forma como gastamos nosso dinheiro é reflexo das nossas emoções: depois de um dia de trabalho difícil, alguém pode querer “descontar” o mal- -estar se presenteando com um objeto novo — e não planejado. Por isso, é tão importante entender as fi- nanças pessoais. Quando falamos em finanças, tratamos da gestão do dinheiro, ou seja, plane- jamento, organização e destinação do fluxo de recursos. Quando esse cuidado é praticado por um indivíduo, de forma a planejar o uso do seu dinheiro, falamos em finanças pessoais. Como vimos, uma importante ferramen- ta para a nossa vida financeira é o orçamento, pois, para que se tenha uma organização finan- ceira na vida adulta, precisamos compreender, desde cedo, aplicações práticas do uso ade- quado do dinheiro no cotidiano. A educação financeira pode contribuir para a obtenção de uma vida futura mais equili- Discutindo o conteúdo • Endividamento familiar. • Consumo desnecessário. • Produção de lixo em excesso. • Problemas de saúde. brada e tranquila. Isso é ainda mais importante nos dias atuais, visto que a dinâmica financeira mundial é complexa, quando a comparamos com décadas passadas. Entretanto, o equilíbrio econômico da população mundial não acom- panhou tal evolução. O comprometimento das finanças de famílias brasileiras é cada vez mais comum, sobretudo quando há oferta de produ- tos e serviços que estimulam o consumo. Essa situação traz diversos problemas, como: st oc ks ho pp e/ Sh ut te rs to ck .c om 23 OdeN_2019_7A_01a64.indd 23 24/01/19 13:41 Passos para a realização de um projeto de vida 1o passo Saber aonde você quer chegar. O sonho é abstrato. Então, para transformá-lo em projeto, você deve definir qual é o objeto do seu sonho. 2o passo Estabelecer metas claras e objetivas para seu projeto. Este é o passo em que você irá detalhar como realizará o seu sonho. Procure planejar e descrever, de modo específico, as metas que você deverá alcançar para que seu sonho seja realizado. 3o passo Ter sempre em mente a visão que você tem quando se imagina com esse projeto realizado no futuro. Para incorporar ao pensamento a visão de futuro trazida pela perspectiva de realização do projeto, você deverá pensar em tudo aquilo que a realização do sonho lhe trará de bom. Sinta-se com o sonho realizado. 24 OdeN_2019_7A_01a64.indd 24 14/01/19 14:21 4o passo Estabelecer etapas intermediárias. Cabe a cada um manter o controle da possibilidade de seus projetos. As etapas são momentos intermediários da caminhada e servem para reavaliar e redirecionar melhor o seu projeto em busca da realização do seu sonho. 5o passo Comemorar as etapas intermediárias da caminhada. Na vida real, um projeto pode levar um período de tempo longo para ser finalizado. Por isso, é necessário estabelecer etapas intermediárias de comemoração. Di sp on ív el e m : h tt ps :// w w w .b cb .g ov .b r/ pr e/ pe f/p or t/ ca de rn o_ ci da da ni a_ fin an ce ira .p df Muitos pais realizam o orçamento de sua residência. Saber planejar as finanças de uma família pode ser quase tão complexo quanto gerir uma empresa. Pesquisas apontam que três em cada quatro famílias sentem alguma dificuldade em organizar seus rendimentos mensalmente. Esses problemas podem estar relacionados a um mau planejamento entre os rendimentos (dinheiro que é conquistado) e o pagamento das dívidas, ou seja: receita e despesa. Para uma melhor estruturação desse dinheiro, faz-se necessário certo conhecimen- to sobre educação financeira. Receita é aquilo que recebemos, como o salário dos nossos pais ou nossa mesada. Despesa são os gastos que realizamos, como as compras domésticas ou os ingressos do cinema. Para manter as finan- ças organizadas, é necessário que a receita seja maior que a despesa, ou seja, não podemos gastar além do que ganhamos mensalmente, o que, infelizmente, é muito comum, sobretudo quando se usa o cartão de crédito sem cautela e, no mês seguinte, cria-se uma dívida maior do que a receita mensal. Que tal você auxiliar seus pais na elabora- ção de uma planilha com a receita e as despe- sas da sua família? Como sugestão, você pode- rá utilizar a planilha a seguir, lembrando que pode fazer as alterações necessárias, conforme sua rotina e a de seus pais. 25 OdeN_2019_7A_01a64.indd 25 14/01/19 14:21 RECEITA VALOR (R$) Salário Aluguel Outros Total das Receitas DESPESAS Gastos Fixos Valor (R$) Aluguel Condomínio Prestação da casa Diarista Mensalista Prestação do carro Seguro do carro IPTU IPVA Seguro saúde Colégio/Faculdade Cursos Plano de aposentadoria Clube/Academia Outros Subtotal A Gastos Variáveis Valor (R$) Alimentação Luz Telefone fixo Telefone celular Cartão de crédito Gás Água Transporte Outros Subtotal B Gastos Arbitrários Valor (R$) Viagens Cinema/Teatro Restaurante Roupas Presentes Outros Subtotal C Total de Receitas Total de Despesas (A + B + C) Saldo Total (R – D) Planilha para controle de gastos Atividade 1. Agora é sua vez de realizar um planejamento financeiro. Produziremos uma planilha de custo diário de uma semana com todos os seus gastos. Você deve realizar as adaptações necessárias conforme sua realidade. • Adicione os gastos em cada um dos itens das despesas diárias. O total de gastos será soma- do na semana. • Preencha essa planilha ao longo da semana com todos os seus gastos, incluindo qualquer despesa que venha a ter. • Em uma data marcada pelo professor, apresente sua planilha na sala de aula. 26 OdeN_2019_7A_01a64.indd 26 14/01/19 14:21 2. O que é saúde financeira? É a capacidade de organizar o fluxo de dinheiro, possibilitando cumprir os compromissos do presente e poupar para realizar objetivos do futuro, assim como se precaver para imprevistos. 3. O que é orçamento? Como ele pode ser aplicado pelas famílias? É uma previsão de ganhos (receitas) e gastos (despesas) em determinado intervalo de tempo ou para a execução de determinado projeto. Pode ser utilizado tanto para a consecução des- se projeto quanto para se precaver para situações imprevistas. 4. Por que dizemos que nossa saúde financeira está ligada à nossa saúde emocional? Porque, muitas vezes, a forma como gastamos nosso dinheiro é reflexo das nossas emoções, e tanto as emoções positivas quanto as negativas podem nos estimular a gastar além do pla- nejado com itens dos quais nem sempre necessitamos. 5. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a. F A gestão das finanças pessoais é um processo puramente racional. b. V O orçamento é uma importante ferramenta para o planejamento financeiro. c. F Apenas pessoas ricas possuem boa saúde financeira. d. V A educação financeira possibilita uma vida financeira mais equilibrada e pode come- çar antes mesmo da vida adulta. PLANILHA DE DESPESAS DIÁRIAS Item Total Diário (R$) Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Total (R$) 27 OdeN_2019_7A_01a64.indd 27 14/01/19 14:21 A dúvida sobre se o dinheiro proporciona felicidade é cada vez mais discutida na psicologia social, ramo da psicologia que investiga temas como a relação entre riqueza e bem-estar, consumo e satisfação, os impactos da abundância e da privação na nossa vida e a forma como gastamos dinheiro. Geralmente, a resposta da psicolo- gia social à pergunta original é de que as pessoas mais ricas realmente tendem a ser mais felizes, mas também há revelações surpreendentes, como a de que as pessoas com renda mais baixa podem estar tão ou mais satisfeitas com a vida quanto as ricas; que sacrifícios moderados, na verdade, podem elevar o grau de apreciação de uma ex- periência e que existem limites para quanto de felicidadeo dinheiro pode “comprar”. Responder a essa questão, porém, é complicado. Primeiro, porque a felicidade é um conceito muito abstrato, portanto difícil de mensurar. Além disso, ancorar a felici- dade em aspectos materiais pode apresentar contradições: é fato que o dinheiro pode comprar uma assistência à saúde de qualidade, bons alimentos, lazer e atividades culturais, e que isso está ligado à sensação de bem-estar; por outro lado, em busca de acumular mais e mais para adquirir bens materiais, muitas pessoas gastam todo o seu tempo e sacrificam sua qualidade de vida, não restando tempo para se divertir com a família e os amigos ou, em casos extremos, nem mesmo para aproveitar suas aqui- sições. Isso nos leva a pensar que a felicidade tem mais relação com a forma como lidamos com o dinheiro e os bens materiais do que propriamente com a quantidade que acumulamos. Refletindo sobre o capítulo Dinheiro traz felicidade? 28 OdeN_2019_7A_01a64.indd 28 14/01/19 14:21 Imagine que sua irmã mais velha está se preparando para estudar durante um período em outro país. Para realizar essa viagem, ela tem estudado bastante o idioma estrangeiro, procurado os programas de ensino mais adequados aos seus interesses, pesquisado sobre acomodações no país de destino e sobre os documentos necessários para realizar esse projeto. Já seu pai está atento aos investimentos financeiros: tarifas dos cursos, passagens, custo de vida no local, etc. Quando viajamos para um país cuja moeda é diferente da nossa, precisamos converter o nosso dinheiro em um válido no país de destino. Mas não se trata apenas de uma diferença no desenho ou no padrão das cédulas e moedas: também há uma diferença de valor. Por exemplo, se sua irmã deseja viajar para um país onde circula o euro, a cada 1 euro que ela deseja obter, ela terá de juntar mais de 4 reais. Mas essa diferença não é constante, ela pode mudar a cada dia. A essa operação de troca entre moedas correntes em locais distintos, dá-se o nome de câmbio. Isso acontece porque cada país possui um sistema financeiro diferente. Sabemos que no nosso país circula uma moeda chamada real. Mas o que significa dizer que temos uma moeda corrente? Para entender isso, vamos entender como funciona nosso sistema financeiro. Capítulo 4 Entendendo o sistema financeiro 29 OdeN_2019_7A_01a64.indd 29 14/01/19 14:21 Quantos anos você tem? Aposto que sua pouca idade não lhe permitiu conhecer outras moe- das brasileiras além do Real. Acertei? A atual moeda brasileira, o Real, foi instituída no dia 1o de julho de 1994. Mas, antes, muitas ou- tras moedas de troca circularam em nosso país. Veja todas as que o Banco Central do Brasil já emitiu: Moedas emitidas pelo Banco Central desde a sua criação, em 1964 1. O Banco Central (BC) pode emitir quanto dinheiro quiser? 2. E quem fabrica o dinheiro? Curiosidades Não é bem assim. O BC, todos os anos, faz contas para saber quan- to dinheiro deve ser emitido no ano seguinte. Os valores correspondem às riquezas do País e o seu cresci- mento econômico. É ele quem via- biliza a circulação monetária e faz o levantamento para substituir as moedas velhas. O dinheiro usado no País é fa- bricado pela Casa da Moeda do Brasil (CMB) que funciona como uma gráfica. A CMB também pro- duz selos, diplomas, passaportes, tudo de forma segura e moderna. Por isso, ela é considerada uma das melhores do mundo. Para início de conversa A primeira vez que a moeda Cruzeiro surgiu, em 1942, era fabricada pela Casa da Moeda do Brasil, a partir de 1964, o primeiro Cruzeiro e as demais moedas brasileiras passaram a ser produzidas pelo Banco Central do Brasil. 1989–1990 Cruzado novo 1990–1993 Cruzeiro 1990–1994 Cruzeiro real Desde 1994 Real Período Moeda 1942–1967 Cruzeiro 1967–1970 Cruzeiro novo 1970–1986 Cruzeiro 1986–1989 Cruzado 30 OdeN_2019_7A_01a64.indd 30 30/01/19 13:04 Trajetória da CMB: 1694 – A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, Bahia. 1698 – Foi transferida de Salvador para a Junta do Comércio do Rio de Janeiro. 1700 – Foi extinta no Rio de Janeiro, passando a ocupar o prédio da Antiga Oficina Monetária de Recunhagem do Recife, Pernambuco. 1702 – Foi extinta no Recife. 1706 – Instalou-se a nova sede no Rio de Janeiro. 1714 – Retornou para o antigo prédio em Salvador, Bahia. 1724 – Foi construída a Casa da Moeda de Minas Gerais, em Vila Rica (atual Ouro Preto). 1735 – Foi extinta em Vila Rica. 1743 – Foi construído o Palácio dos Vice-reis, na Casa dos Governadores, no Rio de Janeiro, onde a Casa da Moeda ocupava o pavimento térreo. 1814 – A nova sede passou a ser na Casa do Pássaros, no Rio de Janeiro. 1830 – Foi extinta a Casa da Moeda em Salvador. 1868 – A CMB foi transferida para a Praça da Aclamação (atual Praça da República), no Rio de Janeiro. 1984 – Foi transferida para o novo Parque Industrial, no Distrito de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde permanece até hoje. https://www.casadamoeda.gov.br/portal/socioambiental/cultural/historia-da-cmb.html. Estudamos anteriormente que o dinheiro é um importante meio pelo qual realizamos trocas e adquirimos nossos bens e serviços. Isso porque esse dinheiro é materializado na forma uma moeda oficial, que expressa uma medida de valor. No Brasil, essa medida é o Real. Por isso, não contamos “cinco dinheiros”, mas, sim, “cinco reais”. O real circula no território nacional sob a for- ma de cédulas (de dois, cinco, dez, vinte, cinquenta e cem reais). As frações de reais são medidas em centavo, que equivale a um centésimo (1/100) do real, ou seja, um real dividido em cem uni- dades iguais. A partir dessas unidades, calculamos o preço de tudo que obtemos. Se é verdade que nosso dinheiro circula na forma de cédulas e moedas, então bastaria im- primir uma maior quantidade delas quando as pessoas estivessem com pouco dinheiro? Infeliz- mente, não. Isso porque a moeda é uma representação, ela reflete o volume de riquezas de um território e, portanto, seu valor é baseado nessa riqueza. Se eu multiplico a quantidade de cédu- las sem multiplicar a riqueza, então essas cédulas valerão menos, pois elas equivalem a frações menores das riquezas do território. Discutindo o conteúdo 31 OdeN_2019_7A_01a64.indd 31 14/01/19 14:21 O volume de bens e serviços que se podem comprar com determinada quantia é chamado poder de compra. Por isso, você já deve ter ou- vido falar que uma quantia equivalente a um salário mínimo já teve um maior poder de com- pra no passado que hoje. Isso porque o referen- cial de valor de uma moeda corrente num país não é fixo, ele pode se alterar em virtude de vários fatores. Quando esse poder de compra cai, ou seja, a mesma quantia não consegue mais obter os mesmos itens que antigamente comprava, geralmente temos uma situação de inflação. Inflação é o aumento generalizado e cons- tante dos preços de bens e serviços em deter- minado período, e uma das consequências é a redução do poder de compra das pessoas. A inflação pode ocorrer por vários motivos. Por exemplo, quando temos muitas pessoas dis- postas a gastar dinheiro, os preços dos pro- dutos tendem a se elevar. Outro motivo é a escassez de algum produto ou matéria-prima: quando algo se torna raro, os preços tendem a subir. Imagine a seguinte situação: você quer comprar um par de tênis de corrida e, para acu- mular a quantia necessária, vai juntar metade da sua mesada durante quatro meses. Ao final desses quatro meses, a quantia desejada foi atingida, contudo não há mais tênis de corrida por esse preço, estão bem mais caros. Isso sig- nifica que o poder de compra foi reduzido. Muitas vezes, para adquirir bens ou servi- ços, as pessoas recorrem a crédito. Essa pala- vra, tão comum em nosso dia a dia, expressa uma transação financeira não tão simples e que, se utilizada de forma indevida, pode acar- retar muitos problemas financeiros. Imagine que, para comprar o seu par de tênis de corrida, você não esteja disposto a esperar o tempo ne-cessário para acumular a quantia. Em vez dis- so, você recorre a uma espécie de empréstimo, ou seja, alguém fornece a quantia necessária, firmando com você o compromisso de que será restituída em um prazo predefinido. Essa ope- ração, em que utilizamos uma quantia que não nos pertence, mas foi emprestada, chama-se crédito. A pessoa ou instituição que forneceu essa quantia chama-se credor. Muitas vezes, pagamos ao nosso credor uma remuneração pelo uso do seu dinheiro, sob a forma de um percentual sobre o valor cedido: essa remune- ração chama-se juros. Um dispositivo muito utilizado para “adiar” o pagamento por um bem ou serviço é o cartão de crédito. Quando o utilizamos, esta- mos assumindo perante a instituição financei- ra que nos concede o crédito o compromisso de pagar por aquele bem em uma data poste- rior à compra, integralmente ou sob a forma de parcelas. Se, na data definida, não efetuamos esse pagamento, podem incorrer juros sobre o valor devido, os juros de mora. Além disso, quando pagamos apenas uma parte do valor devido, também podem incorrer juros sobre o valor restante (saldo devedor). Por isso, antes de realizarmos qualquer operação de crédito, precisamos entender como funciona esse sis- tema. O uso descuidado dessas ferramentas pode nos prejudicar financeiramente. 32 OdeN_2019_7A_01a64.indd 32 14/01/19 14:21 Como vimos, a quantidade de cédulas que circula no País não é arbitrária, ela depende do volume de riquezas do território. Por isso, precisamos compreender também algumas questões econômicas. A diversidade de climas e paisagens também favorece o turismo, uma atividade que gera emprego e renda ao País. O Brasil é um país de grande potencial econômico. Seu território é o quinto maior em extensão do Planeta, por isso é possível gerar negócios usando nossas terras de forma consciente. • O nosso país é o maior produtor de grãos do mundo, com projeções de se tornar o maior exportador mundial de alimentos do Planeta já no ano de 2020. • Com a quinta maior população do Planeta, com mais de 200 milhões de habitantes, o Bra- sil também possui um enorme mercado consumidor de produtos nacionais e importados. • O Brasil também se posiciona como o maior exportador de carne bovina e frango do mundo. O extenso território brasileiro possibilita variações climáticas, colaborando para o plantio de diferentes culturas. O que contribui para isso é o fato de que o País é cortado por dois paralelos, a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio, projetando distintos cenários climáticos e, conse- quentemente, botânicos. As condições climáticas, a inexistência de vulcões ativos, a ausência de atividades tectônicas significativas e o reduzido número de catástrofes naturais posicionam o Brasil como um dos mais promissores espaços de investimento do mundo. O desempenho econômico, todavia, depende da maneira como seus recursos são organiza- dos e cuidados, de modo a extrair seu potencial. Por isso, esse desempenho está sempre ligado à realidade política. Isso porque há diversos conflitos de interesses entre as pessoas responsáveis por cuidar desses recursos. Quando os conflitos de interesses não são negociados e não se chega a acordos, a administração desses recursos pode ser prejudicada. Isso caracteriza uma crise polí- tica e pode agravar uma crise econômica. Você costuma acompanhar notícias diariamente? Saiba que é um importante hábito para compreender melhor a economia do País e do mundo. ro ch ar ib ei ro /s hu tt er st oc k. co m 33 OdeN_2019_7A_01a64.indd 33 14/01/19 14:21 País PIB (em tilhões de dólares) Estados Unidos 18,379 China 11,253 Japão 4,212 Alemanha 3,290 Reino Unido 2,721 País PIB (em tilhões de dólares) França 2,473 Índia 2,336 Brasil 1,883 Canadá 1,637 Itália 1,637 PIB: maiores do mundo (2015) Fonte: FMI-WEO (2015). Em Geografia, estudamos o Produto Interno Bruto, mais conhecido como PIB. Esse indicador econômico nos auxilia na identificação de alguns aspectos da economia de uma nação. O PIB é a soma de tudo que se produz na localidade em um determinado período. Assim, quanto maior a produção de um país, maior será o valor de seu PIB. Quando não há crescimento do PIB, pode haver o chamado efeito cascata: há uma redução do volume de produtos e serviços comercializados, o que provoca uma redução dos lucros das empresas, que, por sua vez, são forçadas a reduzir seu quadro de colaboradores. Como visto na tabela, o Brasil ocupa a oitava posição entre as maiores economias do Planeta, mas sabemos que a realidade diária da popula- ção é bem diferente desses números. A maior parte dos brasileiros não usufrui direta- mente de tais riquezas. Isso acontece pelo fato de a renda total brasileira ser mal distri- buída para seus habitantes. Ou seja, grande parte do di- nheiro que circula no País está sob a posse de uma minoria, enquanto a maioria dos habi- tantes dispõe de uma peque- na fatia dessa riqueza. Países com maior desigualdade do mundo País PIB detido pelos 10% mais ricos (em %) PIB detido pelos 10% mais pobres (em %) No de vezes que os mais ricos são mais ricos que os mais pobres África do Sul 54 1,1 49 Namíbia 52 1,5 35 Zâmbia 47 1,5 32 Honduras 46 0,8 57 Chile 42 1,7 25 Colômbia 42 1,1 38 Brasil 42 1,0 42 Guatemala 42 1,3 32 Lesoto 41 1,0 42 Panamá 40 1,0 40 Suazilândia 40 1,7 24 Paraguai 37 1,4 27 Fonte: Banco Mundial 34 OdeN_2019_7A_01a64.indd 34 14/01/19 14:21 1. O que caracteriza uma situação de inflação? O aumento generalizado e constante de preços de bens e serviços em determinado período. 2. O que é crédito? É uma operação em que utilizamos uma quantia que não nos pertence, tomada de empréstimo, firmando com o credor (aquele que nos fornece a quantia) o compromisso de restituí-lo em determinado prazo. 3. Assinale V para as proposições verdadeiras e F para as falsas. a. V O volume de bens e serviços que se pode comprar com determinada quantia é chama- do poder de compra. b. F Quando está faltando dinheiro entre a população, a solução é emitir mais cédulas. c. F Em períodos de inflação, o poder de compra aumenta. d. V A inflação pode decorrer da escassez de algum produto ou de alguma matéria-prima. 4. Quando o Brasil passa por um baixo crescimento no PIB, quais são as consequências para a população? Pode haver o efeito cascata, ou seja, uma redução do volume de produtos e serviços comercializados, o que provoca uma redução dos lucros das empresas, que, por sua vez, são forçadas a reduzirem seu quadro de colaboradores. Atividade Por qual motivo falamos da economia bra- sileira e mundial com tanta ênfase? É simples: compreender o funcionamento da economia de nosso país é fundamental para um perfeito planejamento familiar de médio e longo prazo. Quando há crescimento econômico, au- mentam as oportunidades de emprego. Há um maior volume de pedidos às empresas, que, por sua vez, lucram mais e ofertam mais postos de trabalho a seus colaboradores. Esse cenário eco- nômico, quando favorável, atrai novas empre- sas, e estas necessitam de mais contratações, o que acarreta uma redução no desemprego. Já em uma recessão, ou seja, quando uma nação passa pelo processo oposto ao cresci- mento econômico, a renda familiar fica compro- metida pelo baixo consumo, que, por sua vez, provoca demissões no comércio e menor solici- tação de produtos aos fabricantes, obrigando- -os a demitirem parte dos seus colaboradores para manter os custos. Essa situação prejudica a credibilidade nacional, reduzindo o volume de investimentos de empresas estrangeiras. Você percebe agora o quanto é necessário entender e estar atualizado sobre a economia brasileira e mundial? Refletindo sobre o capítulo 35 OdeN_2019_7A_01a64.indd 35 14/01/19 14:21 Você já teve uma grande ideia? Faça uma re- trospectiva de sua vida e pense em qual momen- to você teve uma, aquela que você considera a maior ou a mais importante de todas.Ideias surgem de forma espontânea ou de experiências que não deram certo, mas que deram origem a resultados inesperados — e úteis. Acompanhe alguns exemplos. Picolé: Um garoto de 11 anos chamado Frank Epperson, de São Francisco, Estados Uni- dos, inventou o picolé quando esqueceu uma colher dentro de um copo de suco no quintal de sua casa, no ano de 1905. Após uma noite fria, com temperaturas abaixo de 0 °C, ele en- controu seu suco congelado. Cama elástica: Criada em 1936 por George Nissen, de apenas 16 anos, a cama elástica se popularizou no mundo rapidamente, sendo, inclusive, introduzida como modalidade es- portiva e praticada em algumas escolas e uni- versidades no mundo. Forno de micro-ondas: Enquanto o en- genheiro Percy Spencer realizava seu trabalho com radares, percebeu que uma barra de cho- colate que estava em seu bolso derretera por efeito da radiação emitida pelo equipamento. Com isso, descobriu-se o uso culinário dessas radiações, e o aparelho para esse fim foi paten- teado. Capítulo 5 Pequenas ideias, grandes soluções st oc kf ot o/ sh ut te rs to ck .c om 36 OdeN_2019_7A_01a64.indd 36 14/01/19 14:21 Muitas pessoas imaginam que criativida- de é uma característica de poucos, quem não a possui está fora do mercado promissor e sem chances de ter atitudes empreendedoras. Sabemos, porém, que não é bem assim: a criatividade, essa capacidade de recombinar ideias e conhecimentos gerando uma solução nova, pode ser estimulada e desenvolvida. Além disso, quanto mais a exercitamos, melhor, por- que ampliamos o nosso repertório e temos mais “cartas na manga” quando a vida nos coloca diante de situações a serem resolvidas. Como transformar a criatividade em negó- cio? Quando convertemos nossa criatividade em soluções que podem facilitar o dia a dia de alguém, estamos gerando valor. Como sabe- mos, um negócio é quando duas partes, de co- mum acordo, decidem realizar uma troca que vai lhes satisfazer mutuamente, ou seja, entre- gar valor. Assim, a nossa criatividade pode ser uma importante matéria-prima para a geração de valor quando ela nos permite criar objetos de troca: bens ou serviços. É neste ponto que precisamos revisar as noções de inovação e tecnologia, que estudaremos adiante. O estudo do empreendedorismo e do de- senvolvimento da criatividade no País está ga- nhando força e tentando acompanhar outras nações, como os Estados Unidos e o Japão, no desenvolvimento de práticas empreendedoras em que os países ricos estimulam os jovens para serem criativos há muitas décadas, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio, fazendo com que as crianças sejam autônomas, dedica- das e consigam ser empreendedoras. Os resultados de tal dedicação ao ensino da prática empreendedora em escolas e em universidades colaboram para uma população mais criativa e mais inovadora, principalmente em tempos de crise. Para início de conversa Jovens designers de moda criativa em um estúdio colaborativo. Esse tipo de trabalho em equipe propicia o empreendedorismo e a criatividade. fiz ke s/ sh ut te rs to ck .c om 37 OdeN_2019_7A_01a64.indd 37 14/01/19 14:21 A ação criativa pode gerar valor, como po- demos ver nos campos artístico e tecnológico. Um espetáculo circense, uma música, um conto ou uma bela pintura são expressões artísticas que evidenciam a criatividade dos seus criado- res. No momento em que um desses bens ou serviços é ofertado para que um público possa utilizá-lo, estamos gerando valor. O mesmo acontece com a tecnologia. Quando estudamos, adquirimos conhecimen- tos diversos, geralmente apoiados em pessoas mais experientes, que já pesquisaram, investi- garam, realizaram experimentos e produziram o conhecimento científico. Esse conhecimento, quando aplicado em soluções, bens ou servi- ços, chama-se tecnologia. Engana-se, porém, quem pensa que, quando falamos em tecnologia, apenas nos re- ferimos a máquinas de última geração. Você já deve ter ouvido falar em o quanto o descarte de canudinhos plásticos tem causado danos ambientais, certo? Pois bem, em muitos locais, esse tipo de utensílio é proibido; em outros, o público simplesmente rejeita por saber que é nocivo; e as empresas fabricantes já têm bus- cado tecnologias substitutas à base de mate- riais biodegradáveis, como bambu e papel. Além disso, o conhecimento aliado à criativida- de permitiu que fosse desenvolvido um tipo de plástico menos agressivo ao meio ambiente, a partir de matérias-primas de fontes renováveis: o plástico biodegradável, que também tem sido utilizado na fabricação de canudinhos. A esse processo, damos o nome de inovação, ou seja, quando aplicamos nossos conhecimen- tos no desenvolvimento de novas maneiras de fazer algo. A inovação só é possível graças aos conhecimentos acumulados e à criatividade na Discutindo o conteúdo A lâmpada incandescente revolucionou o mundo, mas atualmente dispomos das lâmpadas de LED, que reduzem o consumo e possuem maior vida útil, reduzindo também o descarte. busca de combinar esses conhecimentos: por isso, estudar e vivenciar situações desafiado- ras ajudam a exercitar a criatividade. Como forma de registrar oficialmente o número de novas tecnologias, podendo ser in- venções inéditas ou aprimoramentos de outras já existentes, criou-se um registro de catálogo para criações. A patente é o registro de inova- ções garantido pelo Estado, o que proporciona ao criador o direito de explorar, com exclusivi- dade, sua invenção. As patentes podem ser classificadas em patente de invenção e patente de modelo de utilidade. A patente de invenção diz respeito a produtos ou processos que ofereçam solução inédita, considerados inventivos e de aplica- ção industrial, a exemplo da lâmpada incan- descente. A patente de modelo de utilidade diz respeito a uma melhoria funcional em um produto ou processo já existente. Por exemplo, a lâmpada foi beneficiada com diversas outras tecnologias, a exemplo do uso de LEDs, que substituiu a tecnologia incandescente em mui- tos locais. 38 OdeN_2019_7A_01a64.indd 38 14/01/19 14:21 Uma pesquisa realizada pela companhia Bloomberg buscou mapear os 50 países mais inova- dores. Abaixo, estão os dez primeiros da lista e suas respectivas pontuações, em uma escala que vai até 100. Posição em 2017 Pais Pontuação 1o Coreia do sul 89,00 2o Suécia 83,98 3o Alemanha 83,92 4o Suíça 83,64 5o Finlândia 83,26 6o Cingapura 83,22 7o Japão 82,64 8o Dinamarca 81,93 9o Estados Unidos 81,44 10o Israel 81,23 Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2017/01/os-10-paises-mais-inovadores-do-mundo.html Entre os indicadores utilizados para medir as economias mais inovadoras, estão a pesquisa científica e o número de patentes registradas. O Brasil aparece em 46a posição nesse ranking, contabilizando menos de 50 pontos. Por outro lado, em 2017, o País atingiu o maior número de patentes registradas nos últimos 17 anos e apresentou um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 2,2 milhões 1,6 milhões 875 mil 738 mil 549 mil 490 mil 459 mil (19o) 41.453 mil (1o) Estados Unidos (2o) Japão (6o) França (3o) China (4o) Coreia do Sul (5o) Alemanha (7o) Reino Unido Ranking de patentes válidas Fonte: http://www.portaldaindustria.com.br/cni/ imprensa/2014/04/1,35905/brasil-ocupa-penultima- posicao-em-ranking-de-patentes-validas.html 39 OdeN_2019_7A_01a64.indd 39 14/01/19 14:21 Apesar de o Brasil ter um grande número de empreendedores, as atividades desenvolvidas no País são, em grande parte, pouco inovadoras. O pequeno volume de itens brasileiros patentea- dos indica que temos mais propensão a reproduzir do que criar tecnologias inovadoras. Os países mais inovadores do mundo Uma pesquisa realizada por uma escola de pós-graduação francesa analisou 141 países e chegou a um Índice Global de Inovação: por meio de 79 indicadores relacionados a inovação,aspectos políticos e econômicos, o estudo identificou países considerados mais inovadores. Ob- serve o ranking: 70o 1o Suíça 68,30* 2o Reino Unido 62,42 3o Suécia 62,40 4o Holanda 61,58 6º Finlândia 59,97 7o Cingapura 59,36 8o Irlanda 59,13 9o Luxemburgo 59,02 10o Dinamarca 57,70 Brasil 57,70 5o Estados Unidos 60,10 Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/os-10-paises-mais-inovadores-do-mundo-e-o-brasil-em-70o#3 Assim como as grandes invenções, os empreendimentos começam com ideias, por isso é importante aproveitar as oportunidades que surgem em nossas vidas. Saber identificar futuras situações favoráveis é uma importante vocação do empreendedor de sucesso. Alguns negócios podem ser vantajosos financeiramente, outros nem tanto. Vários fatores são determinantes para o sucesso ou não de um negócio. Dentre eles, podemos citar: Mercado consumidor De que adianta ter um excelente produto quando não se tem um mercado para ele? Por exemplo, se abríssemos uma sorveteria em uma região polar, onde as temperaturas são muito baixas, o mercado consumidor seria promissor? Já em uma região tropical, principalmente numa faixa litorânea, o negócio aparentaria ser mais vantajoso, visto que o calor ampliaria a quantida- de de consumidores para esse tipo de produto. 40 OdeN_2019_7A_01a64.indd 40 14/01/19 14:21 Disponibilidade de mão de obra qualificada Ter um empreendimento, uma linha de produção ou uma atividade de prestação de serviços requer, na maioria das vezes, profissionais qualificados para o exercício de determinadas funções. Como atender bem os clientes em uma loja de celulares quando não se entendem as funcio- nalidades dos aparelhos? Para isso, precisa-se de treinamentos sobre as tecnologias implantadas nos produtos, assim como a busca por novos conhecimentos por parte do colaborador. Logística e transporte Estrutura é um termo chave para desen- volver qualquer atividade empreendedora. Não podemos imaginar uma empresa de locação de iluminação para eventos sem que se tenha um espaço adequado para se depositar toda a apare- lhagem. A estrutura de transportes é um exemplo bem interessante. O deslocamento de produtos e de serviços deve acontecer de forma rápida e segu- ra. Como instalar, por exemplo, uma montadora de automóveis em uma região distante de portos e rodovias e desprovida de ferrovias? Assim, o es- coamento de mercadorias de maneira eficaz é um dos itens mais importantes na escolha de um em- preendimento. Até um determinado produto chegar ao su- permercado e estar disponível para nosso con- sumo, o caminho percorrido é longo. Para isso, contamos com a logística, que é a área da ad- ministração que se ocupa da armazenagem, do transporte e da entrega de produtos, desdobran- do-se em quatro abordagens, referentes às etapas de produção e transporte deles: logística de supri- mentos, de produção, de armazenamento e de transporte. Esse sistema é denominado de cadeia de abastecimento. É necessário organizar e coor- denar bem essas etapas, de modo que o processo produtivo seja ágil e eficiente, e que os bens che- guem em tempo hábil e em condições adequadas ao seu local de destino. Acompanhe, a seguir, toda a cadeia de abas- tecimento de um determinado produto. 41 OdeN_2019_7A_01a64.indd 41 14/01/19 14:21 Cadeia de abastecimento Logística de suprimentos Administração de materiais: Logística de produção Movimentação de materiais: Suprimentos Planejamento, programação e controle da produção Planejamento dos recursos da distribuição Transportes Armazenagem de produto acabado Armazenamento de matéria- -prima Estocagem em processo Transportes Planejamento e controle de estoques Embalagem Processamento de pedido Logística de distribuição Distribuição física: 42 OdeN_2019_7A_01a64.indd 42 14/01/19 14:21 1. O que é tecnologia? É a aplicação do conhecimento científico na criação de soluções, bens ou serviços. 2. O que é uma patente? É o registro de inovações garantido pelo Estado, que dá ao criador o direito de explorar co- mercialmente e de forma exclusiva sua criação. 3. Qual é a diferença entre patente de invenção e patente de modelo de utilidade? A patente de invenção é utilizada para registrar produtos ou processos que tenham caráter inventivo e inédito. Já a patente de modelo de utilidade é empregada para registrar um pro- duto ou processo que apresente nova forma de algo já produzido ou disposição que resulte em aprimoramento na forma de usar ou no modo de fabricar. 4. O que é logística? É a área da administração que se ocupa da armazenagem, do transporte e da entrega de produtos. 5. Assinale V para as proposições verdadeiras e F para as falsas. a. F A inovação depende unicamente da nossa criatividade, não requer estudo. b. V O conhecimento científico é importante para a inovação tecnológica. c. V A inovação tecnológica consiste no desenvolvimento de uma nova forma de fazer algo. d. V Quando a criatividade propicia soluções viáveis para nosso dia a dia, ela está criando valor. 6. Pesquise alguma solução patenteada no Brasil, indique em que ano ela foi patenteada e que benefício trouxe. Resposta pessoal. Estudo do texto 43 OdeN_2019_7A_01a64.indd 43 14/01/19 14:21 Neste capítulo, tivemos a oportunidade de entender como criatividade e conhecimento se misturam no processo de inovação e desenvolvimento tecnológico. Ainda somos muito jovens para termos conhecimento científico em profundidade, mas já acumulamos certos saberes ao longo da nossa vida escolar. Que tal exercitarmos um pouco do que aprendemos? Em equipe, você deverá criar algo inovador, cuidando para que as tarefas sejam devidamente distribuídas entre os membros da equipe. Seu professor irá orientá-los na formação das equipes. Registre sua ideia no espaço abaixo. Resposta pessoal. Refletindo sobre o capítulo 44 OdeN_2019_7A_01a64.indd 44 14/01/19 14:21 Há momentos em que nos deparamos com questionamentos sobre a vida futura, especialmente profissional. Quem nunca se perguntou sobre a profissão que vai exercer no futuro? Você certamente deve estar achando muito cedo para pensar no futuro, mas já parou para pensar que o futuro pode ser daqui a pouco? Isso mesmo, planejá-lo pode ser, por exemplo, esco- lher a roupa que vai usar na festa do próximo sábado ou elaborar uma rotina de estudos para as próximas avaliações. Capítulo 6 Planejando um futuro de sucesso O primeiro passo que você pode dar nesse momento é refletir sobre algumas decisões que provavelmente terá de tomar. Você se lembra de alguma ação que gostaria de fazer diferente? Reconhecer erros é um grande passo para quem deseja crescer na vida, seja como cidadão, seja como profissional. Pensar no futuro, seja ele próximo ou distante, requer de nós um olhar cuidadoso para o presente, pois é nele que cultivamos nossos próximos passos. Por exemplo: se você pretende ser aprovado por média em todas as disciplinas e começar a aproveitar bem as férias, o mais cedo possível, é a determinação do presente que vai trazer esse resultado no futuro. Mas será mesmo que temos controle sobre o nosso futuro? — Qual vai ser minha escolha profissional? Quanto quero ganhar daqui a dez anos ou quinze anos? Onde vou morar depois de trabalhar? Como as pessoas vão me ver no futuro? 45 OdeN_2019_7A_01a64.indd 45 14/01/19 14:21 Para início de conversa Começamos este capítulo falando sobre a importância de pensar no futuro e, mais ainda, de se preparar para ele. Também lembramos que, não importa se falamos de um futuro pró- ximo ou distante, planejá-lo será sempre pro- veitoso para aprendermos a lidar com o ines- perado. Imagine que o período de avaliações esco- lares tenha início em um mês. Empolgado em fazer coisas mais imediatas, como passear com os amigos ou assistir a uma série, um estudan- te termina adiando os estudos para mais próxi- mo dessa data e opta por estudar apenas uma semana
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