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LIVRO DE ÉTICA 6 ANO

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SSE_ME_Etica_6A_001a002.indd 1 04/01/17 10:58
ISBN: 978-85-7797-736-9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e 
Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram 
modificações com o novo Acordo Ortográfico.
Cidadania moral e ética
6o ano do Ensino Fundamental 
Armando Moraes
Maria Soledade da Costa
Editor
Lécio Cordeiro
Revisão de texto
Consultexto
Projeto gráfico, editoração 
eletrônica e ilustrações
Box Design Editorial
Capa
Gabriella Correia/Nathália Sacchelli/
Sophia karla
Foto: siribao/shutterstock.com
Outras ilustrações
JrCasas/Shutterstock.com
Direção de Arte
Elto Koltz 
Direitos reservados à
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333 – Fax: (81) 3205-3306
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos 
direitos dos textos contidos neste livro. A Distribuidora de Edições 
Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em 
edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam, 
sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original, 
uma nova pontuação.
SSE_ME_Etica_6A_001a002.indd 2 04/01/17 10:58
Apesar de, por vezes, serem tratadas como sinônimos, 
as palavras moral e a ética têm sentidos diferentes, e 
é de extrema importância que a consciência de cada 
um desses conceitos faça parte da formação dos estu-
dantes, desde o Ensino Fundamental. É por meio dessa 
compreensão que os alunos terão, talvez, o primeiro 
contato com a noção de responsabilidade social que 
cada cidadão possui por direito e dever.
Essa introdução às problemáticas sociais tem a função 
de trazer à percepção do aluno o seu papel de agen-
te social. Por isso, é muito importante que, para que 
essa consciência social seja plenamente desenvolvida, 
a discussão sobre a moral e a ética seja alimentada em 
sala de aula, sempre incentivando o aluno a colocar o 
seu ponto de vista como elemento fundamental para a 
construção do conhecimento. É preciso, também, que 
os debates se apoiem em situações reais, onde o estu-
dante deverá refletir sobre a sua prática social cotidiana. 
Assim, buscamos desenvolver a sua autonomia ética, 
seu potencial para avaliar as suas atitudes sob uma vi-
são consciente da moral.
Para que esse primeiro passo em direção à formação 
de um cidadão ativo e consciente seja dado, é impor-
tante que apresentemos um panorama histórico sobre a 
concepção moral de cada época e cultura, como marca 
das várias sociedades existentes. A evolução social é um 
fator determinante para aguçar a percepção dos alunos 
sobre a inconstância do conceito, trazendo, dessa for-
ma, a ideia de que podemos e devemos questioná-lo, 
com o intuito de estabelecer uma sociedade harmonio-
sa para todos os cidadãos.
Explicar que, em certas épocas, a existência da escra-
vidão sequer era discutida sob o viés da ética; o feminis-
mo não era uma causa válida, já que era perfeitamente 
natural haver desigualdade de gênero; e práticas de 
tortura eram consideradas um procedimento de corre-
ção, por exemplo, nos dá a dimensão do desafio que é 
a prática educacional dos conceitos de moral e ética. 
Esses assuntos precisam ser revistos e reavaliados cons-
tantemente, de modo a abarcar, refletir e posicionar-se 
a respeito dos valores contemporâneos.
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IIIManual do Educador – 6o ano
Introdução
ME_CMeE_6A_2017.indb 3 05/01/17 17:45
Assim, em meio à fluidez de conceitos e visões, a obri-
gatoriedade da disciplina Cidadania Moral e Ética repre-
senta um grande salto pedagógico. Isso faz com que 
a escola e os professores deixem de trabalhar apenas 
indiretamente ou de maneira difusa as dimensões da 
moral e da ética e passem a articular o que tem sido 
chamado de valores universalmente desejáveis, ba-
seados na Declaração Universal dos Direitos Humanos 
e, mais especificamente, na Constituição da República 
Federativa do Brasil, promulgada em 1988.
A partir desses valores, você, professor, deve praticar 
suas ações pedagógicas no sentido de:
•	Compreender os fundamentos da ética e da mora-
lidade e como seus princípios e normas podem ser 
trabalhados no cotidiano das escolas e da comuni-
dade.
•	Compreender e introduzir no dia a dia das escolas o 
trabalho sistemático e intencional sobre valores de-
sejados por nossa sociedade.
Esses objetivos estão colocados no Programa Ética e 
Cidadania, módulo voltado para a formação dos pro-
fessores, planejado pelo Ministério da Educação. Para 
que essas ações sejam amplamente executadas, é ne-
cessário compreendermos melhor a expressão valores 
desejados.
Quando falamos dessas normas, estamos nos refe-
rindo ao núcleo moral de uma sociedade, isto é, aos 
valores escolhidos para mediar o convívio entre os in-
divíduos integrantes dessa sociedade. Assim, o ensino 
de Cidadania Moral e Ética não está inserido em uma 
perspectiva de relativismo moral ou liberdade absoluta 
para seguir valores individuais. Isso porque, para que a 
sociedade democrática possa funcionar, é fundamental 
que exista um consenso, um conjunto mínimo de valo-
res regentes. Alguns desses valores estão explicitados, 
como tópicos da Constituição, e devem ser tomados 
como referência em sala de aula.
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IV Cidadania Moral e Ética
ME_CMeE_6A_2017.indb 4 05/01/17 17:45
A República Federativa do Brasil tem como funda-
mentos:
Art. 1o
I - A soberania. 
II – A cidadania.
III – A dignidade da pessoa humana. 
IV – Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
V – O pluralismo político.
No que se refere aos seus objetivos enquanto Repú-
blica Federativa, a Constituição enumera os seguintes 
propósitos:
Art. 3o
I – Construir uma sociedade livre, justa e solidária.
II – Garantir o desenvolvimento nacional.
III – Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais.
IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Quanto a alguns dos direitos individuais listados na 
Constituição, destacamos que:
Art. 5o
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-
trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à pro-
priedade [...].
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obri-
gações, nos termos desta Constituição.
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa se não em virtude da lei.
III – Ninguém será submetido a tortura nem a trata-
mento desumano ou degradante.
IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo ve-
dado o anonimato. 
VI – É inviolável a liberdade de consciência e de cren-
ça, sendo as segurado o livre exercício dos cultos reli-
giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos lo-
cais de culto e a suas liturgias.
VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alterna-
tiva, fixada em lei.
IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artísti-
ca, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença.
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VManual do Educador – 6o ano
ME_CMeE_6A_2017.indb 5 05/01/17 17:45
Esses valores nos dão uma ideia do núcleo moral pre-
sente em nossa sociedade, o que nos impede de viver 
em estado de anomia — ausência de valores que re-
gem a sociedade, ficando a cargode cada indivíduo o 
estabelecimento de suas condutas morais e éticas. Com 
a anomia, a democracia torna-se impraticável, dado a 
falta de organização e entendimento mínimo entre os 
integrantes da coletividade.
Podemos pensar que, em um regime democrático, 
que valoriza e incentiva preceitos como liberdade e 
diversidade, é contraditório que haja um conjunto de 
valores a ser seguido por todos. Acontece, porém, que 
alguns entendem que a expressão de liberdade é, na 
verdade, a afirmação da inferioridade (étnica, social, ra-
cial ou de gênero) de outro indivíduo, que, por sua vez, 
tem a liberdade subjugada. É por isso — para que todos 
os integrantes sociais possam usufruir da mesma liber-
dade e dos mesmos direitos sem pôr em risco o direito 
alheio — que um conjunto de valores se faz necessário. 
E é neste sentido que a matéria de Cidadania Moral e 
Ética torna-se fundamental: para apresentar e estabele-
cer fronteiras morais e éticas que garantam a convivên-
cia harmoniosa e o fortalecimento do nosso país.
Os itens que vimos anteriormente acerca dos valores 
que regem o Brasil pretendem, por sua vez, alinhar-se 
à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essa de-
claração foi proclamada em 1948 pela Organização das 
Nações Unidas (ONU) — organização internacional for-
mada por vários países com o objetivo de trabalhar pela 
paz e pelo desenvolvimento mundial. Vejamos:
“A Assembleia Geral proclama a presente Declaração 
Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum 
a ser atingido por todos os povos e todas as nações, 
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da 
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se 
esforce, através do ensino e da educação, por promo-
ver o respeito a esses direitos e essas liberdades e, pela 
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e 
a sua observância universais e efetivos, tanto entre os 
povos dos próprios Estados-Membros quanto entre os 
povos dos territórios sob sua jurisdição.
Semmick Photo/Shutterstock.com
VI Cidadania Moral e Ética
ME_CMeE_6A_2017.indb 6 05/01/17 17:45
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem 
agir em relação umas às ou- tras com espírito de frater-
nidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos 
e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem 
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra nature-
za, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segu-
rança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão. A 
escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em 
todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, 
reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qual-
quer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito 
a igual proteção contra qualquer discriminação que vio-
le a presente Declaração e contra qualquer incitamento 
a tal discriminação.
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos na-
cionais competentes remédio efetivo para os atos que 
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhe-
cidos pela constituição ou pela lei.
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VIIManual do Educador – 6o ano
ME_CMeE_6A_2017.indb 7 05/01/17 17:45
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exi-
lado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma 
audiência justa e pública por parte de um tribunal in-
dependente e imparcial, para decidir de seus direitos e 
deveres ou do fundamento de qualquer acusação cri-
minal contra ela.
Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o di-
reito de ser presumida inocente até que a sua culpa-
bilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em 
julgamento público, no qual lhe tenham sido asse-
guradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou 
omissão que, no momento, não constituíam delito 
perante o direito nacional ou internacional. Tam-
pouco será imposta pena mais forte do que aquela 
que, no momento da prática, era aplicável ao ato 
delituoso.
Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida pri-
vada, na sua família, no seu lar ou na sua correspon-
dência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda 
pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interfe-
rências ou ataques.
Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção 
e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, 
inclusive o próprio, e a este regressar.
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VIII Cidadania Moral e Ética
ME_CMeE_6A_2017.indb 8 05/01/17 17:45
Artigo XIV
1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito 
de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de per-
seguição legitimamente motivada por crimes de di-
reito comum ou por atos contrários aos propósitos 
e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacio-
nalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qual-
quer restrição de raça, nacionalidade ou religião, 
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao ca-
samento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e 
pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em 
sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua pro-
priedade.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, 
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de 
mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar 
essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo 
culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em 
público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e ex-
pressão; este direito inclui a liberdade de, sem interfe-
rência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e ideias por quaisquer meios e indepen-
dentemente de fronteiras.
Artigo XX
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e 
associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma 
associação.
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IX
ME_CMeE_6A_2017.indb 9 05/01/17 17:45
Artigo XXI
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no gover-
no de seu país, diretamente ou por intermédio de 
representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço 
público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do 
governo; esta vontade será expressa em eleições pe-
riódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto 
secreto ou processo equivalente que assegure a li-
berdade de voto.
Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito 
à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, 
pela cooperação internacional e de acordo com a orga-
nização e recursos de cada Estado, dos direitos econô-
micos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade 
e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII
1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha 
de emprego, a condições justas e favoráveis de tra-
balho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a 
igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remu-
neração justa esatisfatória, que lhe assegure, assim 
como à sua família, uma existência compatível com 
a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e ne-
les ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a 
limitação razoável das horas de trabalho e férias perió-
dicas remuneradas.
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X Cidadania Moral e Ética
ME_CMeE_6A_2017.indb 10 05/01/17 17:45
Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será 
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fun-
damentais. A instrução elementar será obrigatória. 
A instrução técnico-profissional será acessível a to-
dos, bem como a instrução superior, esta baseada 
no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno de-
senvolvimento da personalidade humana e do for-
talecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promo-
verá a compreensão, a tolerância e a amizade en-
tre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e 
coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol 
da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gê-
nero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXVII
Toda pessoa tem o direito de participar livremente da 
vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de par-
ticipar do processo científico e de seus benefícios.
Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses 
morais e materiais decorrentes de qualquer produção 
científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XXVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e inter-
nacional em que os direitos e as liberdades estabele-
cidos na presente Declaração possam ser plenamente 
realizados.
Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz 
de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, 
inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuida-
dos médicos e os serviços sociais indispensáveis, e 
direito à segurança em caso de desemprego, doen-
ça, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de per-
da dos meios de subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e 
assistência especiais. Todas as crianças nascidas den-
tro ou fora do matrimônio gozarão da mesma pro-
teção social.
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iraua/Shutterstock.com
XIManual do Educador – 6o ano
ME_CMeE_6A_2017.indb 11 05/01/17 17:45
Artigo XXIX
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, 
na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua per-
sonalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pes-
soa estará sujeita apenas às limitações determina-
das pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar 
o devido reconhecimento e respeito dos direitos e 
das liberdades de outrem e de satisfazer às justas 
exigências da moral, da ordem pública e do bem-
-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese 
alguma, ser exercidos contrariamente aos propósi-
tos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode 
ser interpretada como o reconhecimento a qualquer 
Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qual-
quer atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos.”
Recorremos, aqui, à Constituição e à Declaração de 
Direitos Humanos porque acreditamos que elas devem 
estar em nosso horizonte quando falamos da prática 
pedagógica. No entanto, reforçamos a ideia de que as 
considerações a respeito da ética e da moral não são 
modelos estanques a serem repassados para os estu-
dantes. Toda e qualquer norma ou regra representa uma 
resposta a um determinado tempo/período histórico. É 
por isso que nós, professores, devemos ter em mente 
que trabalhamos com princípios passíveis de mudança, 
e não com mandamentos. E, assim, devido ao caráter 
abstrato dos valores morais e éticos, nosso papel pe-
dagógico e formativo deve basear-se na intenção de 
colocar os alunos dentro desse processo de construção 
contínua de valores, de modo a torná-los seres eman-
cipados e autônomos para agirem criticamente perante 
os preceitos morais e éticos.
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XII Cidadania Moral e Ética
ME_CMeE_6A_2017.indb 12 05/01/17 17:46
Tendo em vista estabelecer padrões que ajudem a 
promover uma educação comprometida com a moral, 
a ética e a cidadania, os PCN propõem os seguintes tó-
picos a serem trabalhados no Ensino Fundamental:
Dignidade da pessoa humana: Implica respeito aos 
direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer 
tipo, acesso a condições de vida digna, respeito mútuo 
nas relações interpessoais, públicas e privadas.
Igualdade de direitos: Refere-se à necessidade de 
garantir a todos a mesma dignidade e possibilidade de 
exercício de cidadania. Para tanto, há que se considerar 
o princípio da equidade, isto é, que existem diferenças 
(étnicas, culturais, regionais, de gênero, etárias, religio-
sas, etc.) e desigualdades (socioeconômicas) que neces-
sitam ser levadas em conta para que a igualdade seja 
efetivamente alcançada.
Participação: Como princípio democrático, traz a no-
ção de cidadania ativa, isto é, da complementaridade 
entre a representação política tradicional e a participa-
ção popular no espaço público, compreendendo que 
não se trata de uma sociedade homogênea, e sim mar-
cada por diferenças.
Corresponsabilidade pela vida social: Implica par-
tilhar com os poderes públicos e diferentes grupos 
sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos 
destinos da vida coletiva. É, nesse sentido, responsabili-
dade de todos a construção e ampliação da democracia 
no Brasil.
Tyler Olson/Shutterstock.com
XIIIManual do Educador – 6o ano
O ensino baseado nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais
ME_CMeE_6A_2017.indb 13 05/01/17 17:46
O ambiente escolar, além dos outros papéis, repre-
senta um microcosmo da sociedade. O primeiro conta-
to com indivíduos que não fazem parte da nossa família 
e com os quais devemos estabelecer outro tipo de re-
lação se dá no colégio. Essa é a nossa primeira vivência 
social. Lá aprendemos que temos, invariavelmente, de-
veres e direitos que devem ser seguidos e respeitados 
por todos que compõem aquela realidade.
O papel da escola se estende para além da transmis-
são de conhecimento ou formação profissional.
Nesse local, a intenção primeira é a de ajudar a de-
senvolver as capacidades, a consciência, a compreen-
são de si mesmo, do outro e da sociedade. E é por 
meio dessa experiência cotidiana que nos adequamos 
às demandas sociais.
Essa consciência dos valores morais, no entanto, não 
deve ser imposta. É evidente que os estudantes devem 
saber diferenciar o certo e o errado, mas essa avaliação 
deve partir deles, de acordo com o conhecimento de 
suas responsabilidades, com a evolução do seu senso 
crítico e a sua capacidade de decisão. Os estudantes 
precisam assumir a sua prática, e não apenas seguir o 
estabelecido, sem nenhum exercício de reflexão.
A formação do ser humano precede a formação do tra-
balhador. A educação existe antes para que possamos 
discutir, estabelecer e ajustar as normas sociais. Dessa 
forma, o objetivo social da escola deve estar voltado para 
a formação de um cidadão consciente de suas ações e 
obrigações e ativo na construção permanente da socie-
dade. Por isso, a inclusão da matéria Cidadania Moral e 
Ética no currículo do Ensino Fundamental e Médio é es-
sencial para o desenvolvimento social dos estudantes.
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XIV Cidadania Moral e Ética
A importância do ensino de 
Cidadania Moral e Ética na escola
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Levando em consideração que o volume de conhe-
cimento produzido pela humanidade não pode ser 
completamente explorado em salade aula, mesmo que 
durante os doze anos previstos para a conclusão do En-
sino Fundamental e Médio, é fundamental que exista 
uma seleção de conteúdos que consideramos indispen-
sáveis para a formação de um indivíduo.
A inclusão do conteúdo de Cidadania Moral e Ética foi 
aprovada no Senado no ano de 2012. As considerações 
do MEC sobre os objetivos a serem atingidos, durante o 
Ensino Fundamental, são:
A compreensão do significado de justiça e a cons-
cientização da construção de uma sociedade igualitária, 
tendo em vista a necessidade de internalizar e assimilar 
esse conceito na prática, para que possamos formar su-
jeitos sociais ativos.
O respeito pelas diferenças — seja ela de credo, cor, 
gênero, etc.—, fundamental ao convívio em uma so-
ciedade democrática e pluralista; e a compreensão da 
diversidade como uma oportunidade de ampliação do 
conhecimento, promoção do desenvolvimento pessoal 
e social e enriquecimento dos processos de aprendi-
zagem.
A adoção de atitudes solidárias, de cooperação, e re-
púdio às injustiças e discriminações. A reflexão é apenas 
o primeiro passo para uma atitude ética. É preciso que, 
além dos debates e preocupações sociais, nós sejamos 
o reflexo do nosso discurso.
A compreensão da vida escolar como participação no 
espaço público, utilizando e aplicando os conhecimen-
tos adquiridos na construção de uma sociedade demo-
crática e solidária.
A valorização e o emprego do diálogo como forma de 
esclarecer os conflitos e tomar decisões coletivas. Por 
isso a importância da construção dos debates no de-
senvolvimento da capacidade argumentativa.
A construção de uma imagem positiva de si, o respei-
to próprio traduzido pela confiança em sua capacidade 
de escolher e realizar seu projeto de vida e pela legiti-
mação das normas morais que garantam, a todos, essa 
realização.
Para que possamos atingir as metas estabelecidas, é 
necessário que não só o professor de Cidadania Moral e 
Ética esteja comprometido, mas que todos os professo-
res tenham em mente a responsabilidade da educação e 
da conscientização social no processo de aprendizagem.
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XVManual do Educador – 6o ano
Objetivos fundamentais 
para o ensino de Ética
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Em seu sentido tradicional, a cidadania expressa um 
conjunto de direitos e de deveres que permite aos ci-
dadãos a participação na vida política e na vida pública, 
podendo votar e serem votados, fazendo parte ativa-
mente na elaboração das leis e do exercício de funções 
públicas, por exemplo. Hoje, no entanto, o significado 
da cidadania possui contornos mais amplos, que ex-
trapolam o sentido de apenas atender às necessidades 
políticas e sociais, e assume como objetivo a busca por 
condições que garantam uma vida digna às pessoas.
Entender a cidadania a partir da redução do ser hu-
mano às suas relações sociais e políticas não é coeren-
te com a multidimensinalidade que nos caracteriza e 
com a complexidade das relações que cada um e to-
das as pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. 
Deve-se buscar compreender a cidadania também sob 
outras perspectivas, por exemplo, considerando a im-
portância que o desenvolvimento de condições físicas, 
psíquicas, cognitivas, ideológicas, científicas e culturais 
exerce na conquista de uma vida digna e saudável para 
todas as pessoas.
Tal tarefa, complexa por natureza, pressupõe a edu-
cação de todos (crianças, jovens e adultos), a partir de 
princípios coerentes com esses objetivos, e com a inten-
ção explícita de promover a cidadania pautada na de-
mocracia, na justiça, na igualdade, na equidade e na par-
ticipação ativa de todos os membros da sociedade nas 
decisões sobre seus rumos. Dessa maneira, pensar em 
uma educação para a cidadania torna-se um elemento 
essencial para a construção da democracia social.
Entendemos que tal forma de educação deve visar, 
também, ao desenvolvimento de competências para li-
dar com: a diversidade e o conflito de ideias, as influên-
cias da cultura e os sentimentos e emoções presentes 
nas relações do sujeito consigo mesmo e com o mundo 
à sua volta.
Uma questão a ser apontada é que, atualmente, as 
crianças e os adolescentes vão à escola para aprender 
as Ciências, a Língua, a Matemática, a História, a Física, a 
Geografia, as Artes, e apenas isso. Não existe o objetivo 
explícito de formação ética e moral das futuras gerações. 
Entendemos que a escola, enquanto instituição pública 
criada pela sociedade para educar as futuras gerações, 
deve-se preocupar também com a construção da cida-
dania, nos moldes que atualmente a entendemos. Se 
os pressupostos atuais da cidadania têm como base 
a garantia de uma vida digna e a participação na vida 
política e pública para todos os seres humanos, e não 
apenas para uma pequena parcela da população, essa 
escola deve ser democrática, inclusiva e de qualidade, 
para todas as crianças e adolescentes. Para isso, deve 
promover, na teoria e na prática, as condições mínimas 
para que tais objetivos sejam alcançados na sociedade.
Mas como os valores são apropriados pelos sujei-
tos? Adotamos a premissa de que os valores não são 
nem ensinados, nem nascem com as pessoas. Eles são 
construídos na experiência significativa que as pessoas 
estabelecem com o mundo. Essa construção depende 
diretamente da ação do sujeito, dos valores implícitos 
nos conteúdos com que interage no dia a dia e da qua-
lidade das relações interpessoais estabelecidas entre o 
sujeito e a fonte dos valores.
Ulisses F. Araújo
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XVI Cidadania Moral e Ética
A educação e a construção da cidadania
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Na Filosofia, o campo que se ocupa da reflexão sobre 
a moralidade humana recebe a denominação de Ética. 
Estes dois termos, ética e moral, têm significados pró-
ximos e, em geral, referem-se ao conjunto de princípios 
ou padrões de conduta que regulam as relações dos 
seres humanos com o mundo em que vivem.
Uma educação ancorada em tais princípios deve con-
verter-se em um âmbito de reflexão individual e coletiva 
que permita elaborar racionalmente e autonomamente 
princípios gerais de valor, que ajudem a defrontar-se 
criticamente com realidades como a violência, a tortura 
ou a guerra. De forma específica, educação ética e mo-
ral deve ajudar na análise crítica da realidade cotidiana 
e das normas sociais e morais vigentes, de modo que 
contribua para idealizar formas mais justas e adequa-
das de convivência. Ainda na linha de compreensão do 
papel da educação para a formação ética dos seres hu-
manos, alguns teóricos entendem que a educação dos 
cidadãos deve levar em conta a dimensão comunitária 
das pessoas, seu projeto pessoal e também sua capaci-
dade de universalização, que deve ser exercida dialogi-
camente, pois, dessa maneira, elas poderão ajudar na 
construção do melhor mundo possível, demonstrando 
saber que são responsáveis pela realidade social.
De forma específica, lidar com a dimensão comuni-
tária, dialogar com a realidade cotidiana e as normas 
vigentes nos remete ao trabalho com a diversidade hu-
mana, à abordagem e ao desenvolvimento de ações 
que enfrentem as exclusões, os preconceitos e as discri-
minações advindos das distintas formas de deficiência 
e das diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, 
culturais, religiosas, raciais, ideológicas e de gênero. 
Conceber esse trabalho na própria comunidade onde 
está localizada a escola, no ambiente natural, social e 
cultural de seu entorno, é essencial para a construção 
da cidadania efetiva.
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/
materiais/0000015509.pdf. Adaptado. Acessado em: 14/07/2014.
loreanto/Shutterstock.com
XVIIManual do Educador – 6o ano
Ética
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Com o intuito de promover uma educação plena, a 
coleção leva para a sala de aula os temas mais impor-
tantes e próximos aos alunos, para que, por meio de 
textos,imagens, exercícios e debates, eles possam de-
senvolver solidamente a sua consciência social.
Os capítulos que compõem os livros abrigam uma 
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Conhecimentos prévios
•	Você	pratica	esporte	com	
frequência?
•	Você	já	presenciou	
alguma	atitude	violenta	
no	esporte?
•	Na	sua	escola,	há	alguma	
falta	de	ética	no	esporte?
•	Quando	você	pratica	
atividade	esportiva,	
é	como	um	lazer	ou	
atividade	escolar?
Ética no esporte 
e no lazer
Analise as imagens e, a seguir, converse com seu 
professor e seus colegas sobre a relação entre as fotos 
e o tema do capítulo: Ética no esporte e no lazer.
Vamos dialogar!
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Vamos dialogar!: Esta é a única seção 
que se apresenta, exclusivamente, no 
princípio de cada capítulo. Aqui, intro-
duzimos a temática por intermédio de 
imagens. A intenção é que os alunos 
construam suas falas a partir da memó-
ria visual que as fotografias, somadas 
ao tema, despertam neles. O resultado 
dessa abordagem ampla é a probabili-
dade de surgirem inúmeras e valiosas 
reflexões que ajudarão na construção 
de sentido dos assuntos abordados.
unidade temática, norteadora das discussões, que é 
subdividida em três seções que se intercalam para um 
melhor aprofundamento do tema. Essas seções têm 
funções específicas e buscam estruturar da maneira 
mais didática e agradável o conteúdo estudado. Veja-
mos, a seguir, quais elas:
XVIII Cidadania Moral e Ética
Estrutura da coleção
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Para Refletir: Esta seção também se interpõe entre os 
textos responsáveis pelo desenvolvimento do conteú-
do e as questões, que auxiliam nesse progresso. Nesse 
espaço, selecionamos diversos escritos que abordam o 
assunto do capítulo sob um viés lúdico. São crônicas, 
reportagens, sinopses, indicações de filmes, etc. que 
aproximam, ainda mais, os jovens estudantes das re-
flexões propostas.
1. “Nem toda agressão é bullying, mas todo bullying é uma forma de agressão.” Pense nisso e 
desenvolva o que se pede abaixo:
Resposta pessoal
Como uma agressão pode se transformar em bullying?
2. Com base no que discutimos, responda.
a. O que significa bullying?
Essa palavra designa qualquer situação que se caracteriza por agressões intencionais, 
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por um ou mais alunos contra um ou mais
colegas.
b. O que envolvem as ações de bullying?
As ações de bullying envolvem ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maus-
-tratos.
3. Escreva, na cruzadinha, as palavras correspondentes às características das ações de bullying. 
Em seguida, escolha uma das palavras e elabore um comentário crítico sobre ela, apresentan-
do de modo organizado sua opinião em relação à temática estudada. Resposta pessoal
Questão de ética?
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Cidadania Moral e Ética I 6o ano8
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Questões para reflexão?
1. Os números apontados pelos bombeiros chegam a causar algum espanto? Por quê?
2. Você chega a brincar em alguma modalidade apontada nas informações do corpo 
de bombeiros? Se sim, como faz para prevenir acidentes?
3. Pense e escreva um comentário sobre a seguinte questão: prevenir ou reme-
diar? O que custa menos no bolso e na harmonia dos pais?
4. Qual é a sua opinião sobre o texto e sua relação com o tema Lazer e 
segurança?
Para refletir
Leia o texto a seguir. Depois, faça uma reflexão 
com seus colegas e responda às perguntas apre-
sentadas. 
Acidentes com crianças no verão
Anualmente, aproximadamente seis mil crianças 
morrem e 140 mil são hospitalizadas vítimas de 
acidentes que poderiam ser facilmente evitados 
com cuidados básicos por parte dos adultos. E, no 
verão, com as férias escolares, o índice de aciden-
tes é elevadíssimo.
Diversos são os fatores que influenciam o au-
mento do índice de acidentes com crianças nesse 
período, tais como: número elevado de viagens no 
trânsito; mais tempo ocioso em casa; mais tempo 
para brincar no quintal, no mar, em lagos e rios; 
atividades com bicicletas, patins, skate, patinetes, 
pipas e outros, vitimando crianças com queima-
duras por exposição ao sol ou por contato com 
materiais incandescentes, quedas, intoxicação, 
envenenamento, lesões por acidentes de trânsito, 
desidratação, insolação, afogamentos, asfixia, cho-
ques elétricos e outros.
Disponível em: http://www.cb.es.gov.br/conteudo/dicas/detalhe/default.
aspx?id=4f2fbe95-a851-4e07-87d4-29284d831692. Acesso em: 
23/10/2013. Adaptado.
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56 Cidadania Moral e Ética I 6o ano
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Questão de ética: Esta seção aparece depois de cada 
tópico proposto no capítulo. Dessa forma, podemos 
nos aprofundar no conteúdo de maneira gradual e 
agradável, sem diferenciar a apreensão teórica e prá-
tica. As questões têm o propósito de colocar o aluno 
como protagonista, demandando reflexão para a expo-
sição do seu ponto de vista. É interessante, também, 
pedir que os alunos compartilhem suas respostas a fim 
de que toda a turma possa ser responsável, conjunta-
mente, pela conclusão desses tópicos.
XIXManual do Educador – 6o ano
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Sumário
Capítulo 1
•	Ética ..................................................................................... 6
•	Ética	e	bullying	............................................................................7
•	O	que	é	lazer?	.............................................................................14
•	Qual	é	o	meu	lazer?	...................................................................20
•	Lazer	com	a	família	.....................................................................23
•	Lazer	sem	a	família	.....................................................................27
•	Essas	mães	maravilhosas	e	suas	máquinas	infantis	..........32
Capítulo 2
•	Ética na comunidade ......................................... 36
•	Espaços	coletivos:	como	se	comportar	neles?	....37
•	Grupos	de	lazer............................................................41
•	Regras	para	conviver	em	grupos	.............................48
•	Lazer	e	segurança	.......................................................52
•	Seja	respeitado	por	ser	diferente	............................57
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Capítulo 3
•	Ética com meus amigos ......................................... 58
•	Ética	na	diversão	...............................................................59
•	Aceitação	pelos	amigos	..................................................63
•	O	que	alguém	faz,	eu	não	preciso	fazer	......................70
Capítulo 4
•	Ética no esporte e no lazer ................................... 78
•	Esporte	x	lazer	...................................................................79
•	Lazer	e	saúde	....................................................................83
•	Competir	ou	ganhar:	o	que	é	mais	importante?	........88
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lo1 Ética
•	Esclarecer	os	conceitos	de	ética,	
bullying	e	lazer.
•	Promover	a	reflexão	acerca	do	
vínculo	entre	a	ética	e	o	bullying.
•	Proporcionar	o	debate	sobre	as	
consequências	do	bullying	na	
vida	de	todos	os	envolvidos.	
•	Discutir	a	importância	do	lazer.
•	Analisar	quais	são	as	diferenças	
essenciais	no	lazer	com	e	sem	a	
família.
Objetivos 
Pedagógicos
Sugerimos	algumas	atividades	para	
trabalhar	o	tema	do	capítulo.
Sugestão de 
Abordagem
Fundamentação
Dramatização
Utilize	o	teatro	em	sala	de	aula.	Di-
vida	os	alunos	em	grupos	e	motive	os	
grupos	 a	 criarem	uma	dramatização	
sobre	bullying	e	violência	escolar.	Di-
recione	os	 trabalhos	para	que	a	 tur-
ma	crie	duas	versões,	uma	positiva	e	
outra	negativa.	Acada	apresentação,	
convide	 a	 turma	 a	 debater	 as	 ques-
tões	 que	 foram	 tratadas,	 analisando	
os	personagens	e	o	contexto	da	dra-
matização.	
Paródia	é	uma	imitação	cômica	de	
uma	obra.	Após	 falar	 sobre	bullying,	
discutir	as	causas,	quem	é	a	vítima,	o	
agressor	 e	 outras	 questões	 teóricas	
importantes,	divida	a	turma	em	gru-
pos	e	incentive	cada	grupo	a	escolher	
uma	música	e	criar	uma	paródia	dela	
sobre	o	tema.
Paródia Júri simulado >>> >>>
Explique	 à	 turma	 o	 que	 é	 um	
julgamento,	 como	 ocorre	 e	 quem	
compõe	uma	audiência	de	julgamento	
público.	 Depois,	 crie	 com	 os	 alunos	
uma	situação	que	será	posteriormente	
julgada	por	eles.	Esta	é	uma	excelente	
atividade	para	discutir	a	violência	no	
contexto	escolar	e	o	bullying.
Bullying vai muito além da 
brincadeira sem graça
Esse	 termo	 não	 tem	 um	 correspon-
dente	em	português.	Em	inglês,	refere-
-se	 à	 atitude	 de	 um	 bully	 (valentão).	
Objeto	de	estudo	pela	primeira	vez	na	
Noruega,	 o	 bullying	 é	 utilizado	 para	
descrever	 atos	 de	 violência	 física	 ou	
6 Cidadania Moral e Ética
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Conhecimentos prévios
•	Para	você,	o	que	é	ética?
•	O	que	quer	dizer	uma	
atitude	ética?
•	Qual	é	o	papel	da	ética	
na	comunidade	onde	
mora	e	na	escola?
•	Respeitar	os	professores,	
os	alunos,	as	pessoas	
com	deficiências	e	o	meio	
ambiente	são	atitudes	
éticas,	mas	por	quê?
Ética
Ética (do grego ethos, que significa modo de ser, 
caráter, comportamento) é o ramo da Filosofia que bus-
ca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidia-
no e na sociedade. Observe a imagem e converse com 
o seu professor sobre a relação entre a foto e o tema 
do capítulo: Ética.
Vamos dialogar!
Podemos perceber que discutir o sentido ético entre 
os seres humanos nas relações traz uma reflexão sobre 
a liberdade e as decisões que tomamos durante toda a 
vida. O que é certo e o que é errado nas dimensões da 
vida social. Porque questiona sobre a virtude de práti-
cas e valores culturais, abrangendo também as ações 
pessoais. Podemos também relacionar a ética com ati-
tudes negativas que são, muitas vezes, desenvolvidas 
entre alunos, como o bullying.
Vamos ler a seguir o texto sobre ética e bullying en-
tre crianças e adolescentes. 
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psicológica	contra	alguém	em	desvanta-
gem	de	poder,	sem	motivação	aparente	e	
que	causa	dor	e	humilhação	a	quem	so-
fre.	 “É	uma	das	 formas	de	violência	que	
mais	cresce	no	mundo”,	afirma	Cleo	Fan-
te,	pedagoga	pioneira	no	estudo	do	tema	
no	País	e	autora	do	livro	Bullying escolar.	
Segundo	 ela,	 o	bullying	 pode	 acontecer	
em	qualquer	contexto	social,	como	esco-
las,	universidades,	famílias,	entre	vizinhos	
e	 em	 locais	 de	 trabalho.	 “Identificamos	
casos	 de	 bullying	 em	 escolas	 das	 redes	
pública	e	privada,	 rurais	e	urbanas	e	até	
mesmo	 com	 crianças	 de	 três	 e	 quatro	
anos,	ainda	no	Ensino	Infantil”,	comenta.
Para	 o	 presidente	 do	 Centro	Multidis-
ciplinar	de	Estudos	e	Orientação	sobre	
o	Buylling	Escolar,	José	Augusto	Pedra,	
o	fenômeno	é	uma	epidemia	psicosso-
cial	e	pode	ter	consequências	graves.	O	
que,	à	primeira	vista,	pode	parecer	um	
simples	apelido	 inofensivo	pode	afetar	
emocional	e	fisicamente	o	alvo	da	ofen-
sa.	Crianças	e	adolescentes	que	sofrem	
humilhações	 racistas,	 difamatórias	 ou	
separatistas	podem	 ter	queda	do	 ren-
dimento	 escolar,	 desenvolver	 doenças	
psicossomáticas	e	sofrer	de	algum	tipo	
de	trauma	que	influencie	traços	da	per-
sonalidade.	 “Se	 observa	 também	 uma	
mudança	 de	 comportamento.	 As	 víti-
mas	 ficam	 isoladas,	 tornam-se	 agres-
sivas	e	 reclamam	de	alguma	dor	 física	
justamente	na	hora	de	 ir	para	escola”,	
detalha	José	Pedra.
Até	as	testemunhas	sofrem	ao	convi-
ver	diariamente	com	o	problema,	mas	
tendem	a	omitir	os	fatos	por	medo	ou	
insegurança.	Geralmente,	elas	não	de-
nunciam	e	se	acostumam	com	a	práti-
ca	—	acabam	encarando	como	natural	
dentro	do	ambiente	escolar.	“O	espec-
tador	 se	 fecha	 aos	 relacionamentos,	
exclui-se,	 porque	 ele	 acha	 que	 pode	
também	 sofrer	 no	 futuro.	 Se	 for	 pela	
Internet,	no	cyberbullying,	por	exemplo,	
as	testemunhas	apenas	repassam	a	in-
formação.	Mas	isso	as	torna	coautoras”,	
completa	Cleo	Fante.
O	 bullying,	 de	 fato,	 sempre	 existiu.	
O	que	ocorre	 é	 que,	 com	a	 influência	
da	 televisão	e	da	 Internet,	os	apelidos	
pejorativos	foram	tomando	outras	pro-
porções.	 “O	 fato	de	 ter	 consequências	
trágicas,	 como	 mortes	 e	 suicídios,	 e	
impunidade	proporcionou	a	necessida-
de	de	se	discutir	de	forma	mais	séria	o	
tema”,	 aponta	 Guilherme	 Schelb,	 pro-
curador	 da	 República	 e	 autor	 do	 livro	
Violência e criminalidade infantojuvenil.	
Disponível	em:	http://revistaescola.abril.com.br/
formacao/bullying-preciso-levar-serio-431385.
shtml?page=1.	Acessado	em:	23/05/2014.
7Manual do Educador – 6o ano
Bullying é uma palavra que ainda não tem tradução no português. Trata-
-se de uma palavra inglesa originada do termo bully, que significa brigão. 
 Essa palavra designa qualquer situação caracterizada por agressões in-
tencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por uma ou mais 
pessoas contra um ou mais colegas. Assim, é possível identificar como 
bullying as ações envolvendo ameaça, tirania, opressão, intimidação, humi-
lhação e maus-tratos. 
O bullying pode acontecer em qualquer contexto social, como escola, 
universidade, família, vizinhança e trabalho. Nem toda situação de desa-
vença, briga ou discussão pode ser caracterizada como bullying. Para ser 
bullying, é necessário que as situações apresentem as seguintes caracte-
rísticas: repetição, intenção, público e concordância. Repetição porque o 
agressor faz constantemente agressões à sua vítima. Intenção porque o 
agressor tem o nítido propósito de maltratar, agredir, humilhar, oprimir, inti-
midar ou ameaçar sua vítima. Público porque o agressor pratica o bullying 
diante de uma plateia, ou seja, alguém presencia a situação. Concordância 
porque a vítima apresenta ou acha que tem alguma característica que a 
impede, em certa medida, de revidar a agressão (como ser muito magro ou 
muito gordo, por exemplo). Assim, nem toda agressão é bullying, mas todo 
bullying é uma forma de agressão.
As vítimas do bullying devem procurar, de imediato, seus responsáveis 
e, se forem estudantes, o gestor da instituição de ensino, para tomarem as 
devidas providências. Se o caso não for resolvido, é possível procurar o 
Conselho Tutelar e as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente. 
Isso deve ser feito rapidamente, porque as pessoas que sofrem bullying 
apresentam consequências desse mal em sua vida.
 Normalmente, observamos diminuição do rendimento escolar, enfraque-
cimento do convívio familiar, problemas de saúde, agressividade e até timi-
dez em excesso.
Ética e bullying
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Com	objetivo	 de	 fomentar	 as	 dis-
cussões	 a	 respeito	 do	 assunto,	 pro-
ponha	 questionamentos	 sobre	 tema	
estudado	no	capítulo.	A	seguir,	suge-
rimos	algumas	perguntas	que	podem	
iniciar	o	debate:
•	O	que	é	bullying?	
•	O	bullying	é	um	fenômeno	que	
ocorre	de	forma	mais	recorrente	em	
que	faixa	etária?	
•	Como	se	sente	ao	ler	o	texto	Ética e 
bullying	(página	7)?
•	Como	são	realizadas	as	agressões?	
•	Quais	atitudes	as	vítimas	de	
bullying	devem	ter	em	relação	ao	
constrangimento?	
•	Você	já	foi	ou	conhece	alguém	que	
foi	vítima	de	bullying?	
•	Em	que	outro	meio,	o	bullying	tem	
se	manifestado?	Como	isso	se	dá?	
Diálogo com o 
professor 
Anotações
Como prevenir o problema na escola
Para	evitar	o	bullying,	as	escolas	de-
vem	investir	em	prevenção	e	estimular	
a	discussão	aberta	com	todos	os	atores	
da	cena	escolar,	incluindopais	e	alunos.	
Para	os	professores,	que	têm	um	papel	
importante	 na	 prevenção,	 propomos	
alguns	conselhos	dos	especialistas	Cléo	
Fante	e	José	Augusto	Pedra,	autores	do	
livro	Bullying Escolar.
•	Observe	 com	 atenção	 o	 comporta-
mento	 dos	 alunos,	 dentro	 e	 fora	 de	
sala	de	aula,	 e	perceba	 se	há	quedas	
bruscas	individuais	no	rendimento	es-
colar.
•	Incentive	 a	 solidariedade,	 a	 genero-
sidade	 e	 o	 respeito	 às	 diferenças	 por	
meio	de	conversas,	trabalhos	didáticos	
e	até	de	campanhas	de	incentivo	à	paz	
e	à	tolerância.
•	Desenvolva,	 desde	 já,	 dentro	 de	 sala	
de	aula,	um	ambiente	 favorável	à	co-
municação	entre	alunos.
•	Quando	 um	 estudante	 reclamar	 ou	
denunciar	 o	bullying,	 procure	 imedia-
tamente	a	direção	da	escola.
•	Muitas	vezes,	a	instituição	trata	de	for-
ma	 inadequada	 os	 casos	 relatados.	 A	
responsabilidade	é,	sim,	da	escola,	mas	
a	solução	deve	ser	em	conjunto	com	os	
pais	dos	alunos	envolvidos.
Disponível	em:	http://revistaescola.abril.com.br/
formacao/bullying-preciso-levar-serio-431385.
shtml?page=3.	Acessado	em:	23/04/2014.
Fundamentação
8 Cidadania Moral e Ética
1. “Nem toda agressão é bullying, mas todo bullying é uma forma de agressão.” Pense nisso e 
desenvolva o que se pede abaixo:
Resposta pessoal
Como uma agressão pode se transformar em bullying?
2. Com base no que discutimos, responda.
a. O que significa bullying?
Essa palavra designa qualquer situação que se caracteriza por agressões intencionais, 
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por um ou mais alunos contra um ou mais
colegas.
b. O que envolvem as ações de bullying?
As ações de bullying envolvem ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maus-
-tratos.
3. Escreva, na cruzadinha, as palavras correspondentes às características das ações de bullying. 
Em seguida, escolha uma das palavras e elabore um comentário crítico sobre ela, apresentan-
do de modo organizado sua opinião em relação à temática estudada. Resposta pessoal
Questão de ética?
I P
N Ú
T B
E L
C O N C O R D Â N C I A
Ç C
à O
R E P E T I Ç Ã O
Cidadania Moral e Ética I 6o ano8
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9Manual do Educador – 6o ano
4. Explique, com suas palavras, a seguinte afirmação:
Resposta pessoal
5. Explique cada uma das características das ações de bullying abaixo. 
a. Repetição: O agressor faz constantes agressões à sua vítima. 
b. Intenção: O agressor tem a nítida intenção de maltratar, agredir, humilhar, oprimir, intimi-
dar ou ameaçar sua vítima. 
c. Público: O agressor pratica o bullying diante de uma plateia, ou seja, alguém presencia a 
situação. 
d. Concordância: A vítima, por alguma característica que apresente, em certa medida, não 
revida a agressão por achar que essa característica a impede de revidar. 
6. Como a vítima de bullying deve reagir em situação de perigo? A quem deve pedir ajuda? 
Ela deve procurar, de imediato, seus responsáveis e, se for estudante, o gestor da instituição 
de ensino.
7. Escreva, no espaço abaixo, algumas das características que as vítimas de bullying podem 
apresentar. 
a. Redução do rendimento escolar. 
b. Diminuição do convívio familiar. 
c. Timidez em excesso. 
d. Problemas de saúde. 
e. Agressividade. 
Um dos princípios éticos é a valorização do ser humano diante da sociedade. Sendo 
assim, o bullying é uma ação antiética.
Cidadania Moral e Ética I 6o ano 9
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10 Cidadania Moral e Ética
8. As palavras a seguir correspondem aos tipos de bullying. Pesquise em dicionários e na Inter-
net suas definições e, em seguida, com as palavras-chaves e seus respectivos significados, 
elabore comentários críticos sobre elas. Apresente de modo organizado seus argumentos 
em relação ao tema. Se necessário, solicite a ajuda do seu professor. 
Alguns tipos de bullying
Físico (bater, chutar, beliscar, ferir, empurrar)
Material (roubar, destruir pertences)
Psicológico (ameaçar, ignorar, excluir, humilhar)
Verbal (apelidar, insultar, ter preconceito)
Resposta pessoal
9. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. 
Você sabe o que é cyberbullying?
As tecnologias digitais e a profusão das redes interativas têm causado impactos nas práti-
cas, nas atitudes, nos modos de pensamento e nos valores dos indivíduos na sociedade con-
temporânea. Essas tecnologias trouxeram mudanças na vida e na rotina das pessoas e geraram 
a cibercultura: interações entre a sociedade e a Internet.
Características do cyberbullying
O cyberbullying tem algumas características bastante peculiares que são diferentes das do 
bullying tradicional:
Anonimato: O agressor é muitas vezes anônimo. A vítima fica se perguntando quem é o 
cyberbully, o que pode causar um grande estresse.
Acessibilidade: Há geralmente um período padrão de tempo durante o qual os agressores 
têm acesso a suas vítimas. Os cyberbullies podem causar sofrimento a qualquer hora do dia ou 
da noite.
Medos de punição: Muitas vezes as vítimas do cyberbullying não denunciam por medo 
de represálias de seus agressores e medo de que seus privilégios relativos ao computador ou 
telefone lhes sejam tirados. 
Espectadores: O fenômeno de ser um espectador no mundo cibernético é diferente na 
medida em que se pode receber e transmitir e-mails, páginas da web, imagens, etc. 
Desinibição: O anonimato proporcionado pela Internet pode levar os jovens a terem com-
portamentos que não podem realizar face a face. Ironicamente, é o seu próprio anonimato que 
permite a alguns indivíduos intimidar outros.
Cidadania Moral e Ética I 6o ano10
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Sugestão de Abordagem
Dinâmica de grupo
•	Objetivo:	levar	o	grupo	a	perceber	a	
importância	do	respeito	às	diferenças	
individuais.
•	Participantes:	até	15	pessoas.
•	Material:	papel,	canetas	coloridas,	
vendas,	mesas,	cadeiras,	tiras	de	
pano,	tapa-ouvidos.
ridas	para	cada	um	deles.	Explique	que	
cada	componente	só	poderá	 fazer	um	
traço	 de	 cada	 vez	 e	 que,	 quando	 ter-
minar,	deve	passar	a	 folha	para	que	o	
próximo	colega	possa	fazer	o	mesmo.
Peça	que	iniciem	a	atividade	e	informe	
que	terão	dois	minutos	para	finalizá-la.	
Após	 a	 conclusão,	 verifique	 se	 todos	
completaram	 o	 desenho.	 Em	 seguida,	
esclareça	que	essa	etapa	foi	apenas	um	
ensaio	e	que	eles	terão	de	realizá-la	no-
vamente,	mas,	desta	segunda	vez,	com	
as	condições	descritas	a	seguir:
•	Participante 1
Só	poderá	usar	o	braço	direito.
•	Participante 2
Só	poderá	usar	o	braço	esquerdo.
•	Participante 3
Terá	os	olhos	vendados.
•	Participante 4
Não	poderá	falar.
•	Participante 5
Não	poderá	usar	os	braços.
Em	seguida,	peça	para	que	decidam	
quem	 irá	 assumir	 qual	 característica,	
entregando	as	vendas	para	os	que	se-
rão	 cegos,	 tiras	de	pano	para	 amarrar	
os	 braços	 dos	 participantes	 que	 não	
poderão	utilizá-los,	etc.	Determine	um	
tempo	para	que	finalizem	o	exercício.
Discussão
Terminada	a	atividade,	pergunte	aos	
alunos	 como	eles	 se	 sentiram	durante	
ela:	se	conseguiram	desenhar	o	barco,	
quais	foram	as	dificuldades,	etc.
Construa,	 com	 os	 alunos,	 um	 deba-
te	sobre	as	 limitações	que	dificultaram	
a	 realização	 do	 exercício;	 a	 partir	 daí,	
peça	que	reflitam	sobre	as	diferenças	e	
a	importância	do	respeito	mútuo.
Pergunte	se	essa	experiência	pode	ser	
transportada	para	o	nosso	dia	a	dia.	Fre-
quentemente,	encontramos	pessoas	com	
dificuldades;	como,	geralmente,	 lidamos	
com	 elas?	 Reflita	 com	 o	 grupo	 sobre	
como	tentamos	rotular	e	afastar	as	pes-
soas	que	 são	diferentes,	 além	de	dese-
jarmos	enquadrá-las	aos	nossos	padrões.	
Disponível	em:	http://www.dinamicaspassoapasso.com.
br/2012/11/dinamica-para-trabalhar-buillying.html.
Adaptado.	Acessado	em:	23/05/2014.
•	Descrição:	O	facilitador	explica	ao	
grupo	que	a	tarefa	será	a	de	desenhar	
um	barco	e	que	cada	participante	será	
responsável	pelaexecução	de	uma	
parte	desse	barco.
Desenvolvimento
Divida	os	participantes	em	grupos	e	en-
tregue	uma	folha	de	papel	e	canetas	colo-
11Manual do Educador – 6o ano
Numa sala de aula onde ocorre o bullying, geralmente um é o valentão, com mais dois ou três 
colegas, e os outros são testemunhas.
No caso do cyberbullying, quando um ou alguns postam a mensagem ou as imagens, rapi-
damente os que estão na rede vão transmitindo aos outros, e as testemunhas também se trans-
formam em agressores. Nas condenações por bullying, geralmente há um ou dois alunos, mas 
nos processos de cyberbullying há vários alunos envolvidos.
Disponível em: http://bullyingcyberbullying.com.br/bullying/o-que-e-cyberbullying/ Adaptado. Acesso em 18/07/2016.
a. Quais são as características mais comuns dos cyberbullies?
Os cyberbullies geralmente são anônimos, têm fácil acesso à Internet, não têm medo de
serem punidos, adoram espectadores e são desinibidos. 
b. Qual é a diferença entre o bullying e o cyberbullying?
No bullying, geralmente um é o valentão, com mais dois ou três colegas, e os outros são 
testemunhas; no cyberbullying, as ofensas são transmitidas pela Internet.
c. Forme um grupo de três ou quatro colegas e monte estratégias de como é possível moni-
torar o cyberbullying. Se necessário, peça ajuda ao seu professor. 
Resposta pessoal
d. Você já foi ou conhece alguém que foi vítima de cyberbullying? Faça um breve relato 
dessa situação. 
Resposta pessoal 
10. Pensando em tudo o que discutimos até agora e considerando a sua experiência de vida, 
discuta com seus colegas e seu professor sobre as questões a seguir.
a. Como podemos criar um ambiente escolar estável?
Resposta pessoal
b. Como o sarcasmo é uma forma de defesa dos adolescentes?
Resposta pessoal
Cidadania Moral e Ética I 6o ano 11
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A	Internet	é	um	instrumento	muito	
importante	 para	 o	 desenvolvimento	
da	 humanidade,	 e	 tal	 qual	 o	 avião,	
pode	ser	utilizada	 tanto	para	o	bem	
como	para	 o	mal.	 As	 agressões	 por	
meio	 eletrônico	 são	 uma	 evolução	
das	 antigas	pichações	 em	muros	de	
colégios,	casas	ou	até	nos	banheiros	
das	escolas.	Eram	feitas	na	calada	da	
noite	e	causavam	grande	dor	nas	ví-
timas,	 além	 da	 impunidade	 para	 os	
seus	 praticantes.	 Sugira	 essas	 refle-
xões	 do	 dia	 a	 dia	 para	 auxiliar	 nas	
suas	aulas.
Se	estiver	 tempo	hábil,	 sugira	esta	
frase	 para	 fomentar	 reflexões	 so-
bre	cyberbullying:	“No	mundo	real,	a	
agressão	tem	começo,	meio	e	fim.	Na	
Internet,	 ela	 não	 acaba,	 fica	 aquele	
fantasma”.
Diálogo com o 
professor 
Sugestão de leitura ////
Cyberbullying e outros riscos 
da Internet — despertando a 
atenção
Autora:	Ana	Maria	de	
Albuquerque	Lima
Esta	obra	procura	mostrar	os	con-
siderados	 principais	 riscos	 que	 os	
jovens	enfrentam	no	uso	das	 tecno-
logias	digitais,	dando	pistas	de	como	
enfrentar	esses	problemas	na	 família	
e	 na	 escola.	 Aborda	 também	 as	 ca-
racterísticas	 que	 identificam	 as	 prá-
ticas	 de	 cyberbullying	 e	 sua	 relação	
com	o	bullying	tradicional,	bem	como	
o	 uso	 patológico	 de	 jogos	 e	 outros	
aplicativos	 da	 rede,	 identificando	 os	
conteúdos	 mais	 problemáticos	 e	 a	
questão	do	 estresse	provocado	pela	
sobrecarga	de	informações	que	circu-
lam	na	rede.
Anotações
12 Cidadania Moral e Ética
c. Quais são as outras formas de defesa?
Resposta pessoal
d. Quais são as formas de violência entre estudantes?
Resposta pessoal
11. Leia o depoimento abaixo e, depois, responda a cada uma das perguntas apresentadas.
Luciano estudava em uma escola pública no município do Rio de Janeiro. Presenciava cons-
tantemente as brigas na escola, que, geralmente, eram provocadas por um grupinho de alunos 
grandalhões, cheios de “marra” e que se achavam os donos da área. Um de seus melhores 
amigos, Gustavo, era humilhado praticamente todos os dias na frente de outros colegas só 
porque usava óculos e era meio tímido. Chamavam-no de quatro-olhos, caladão, esquisitão. 
Cada vez que Gustavo abria a boca, lá vinham as zombarias: “Aí, galera, o caladão resolveu fa-
lar, será que ele também enxerga?”. Nas vezes em que Gustavo tentava escapar, era agarrado 
pelas roupas, e seu material escolar, atirado ao chão. Luciano presenciava tudo e era amea-
çado com gestos e olhares intimidadores caso contasse alguma coisa. Sentia-se péssimo 
por não ter condições de defender seu melhor amigo e tampouco contar para os professores 
ou mesmo para os pais. Depois de quase um ano nessa agonia, Gustavo e Luciano saíram 
do colégio. O primeiro ainda tem esperanças de encontrar outra escola onde possa ser mais 
respeitado. Já Luciano, sentindo-se responsável pelos constrangimentos sofridos pelo amigo, 
adoeceu e hoje sofre de fobia escolar. Só de pensar em voltar a estudar começa a passar mal, 
apresentando sintomas semelhantes aos de um ataque de pânico. 
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 
a. Apenas as vítimas diretas das ofensas sofrem com o bullying?
Sugestão de resposta: Não. Conforme o texto, quem presencia a agressão também é 
afetado negativamente, por constrangimento ou incapacidade de reação. 
b. Pelo depoimento, quais as consequências sofridas pelo espectador?
No caso de Luciano, do texto, presenciar o bullying de forma inerte fez com que essa 
situação frequente desencadeasse remorso e, tempos depois, fobia escolar.
Cidadania Moral e Ética I 6o ano12
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Dinâmica:	
Discriminação,	não!
Objetivo:	
•	Exemplificar	que	atos	de	discrimina-
ção	devem	ser	combatidos	e	denun-
ciados.
Material:
•	¼	da	folha	de	papel	ofício	e	caneta	
para	cada	aluno.
Sugestão de atividade
Procedimento:
•	Organize	os	alunos	em	círculo.
•	Distribua	¼	da	folha	de	papel	ofício.
•	Solicite	que	 cada	aluno	escreva	o	que	
deseja	que	seu	colega	do	lado	esquer-
do	 realize	 naquele	 momento	 da	 aula.	
Normalmente,	as	ações	são	engraçadas	
e	até	“micos”.
•	Oriente	que	o	 colega	 não	pode	 ver	 o	
que	o	aluno	está	escrevendo.
•	Recolha	todos	os	papéis.
•	Agora,	 fale:	 A	 regra	 da	 brincadeira	
está	mudada,	o	“feitiço	virou	contra	o	
feiticeiro”.	Quem	vai	realizar	a	tarefa	é	
a	pessoa	que	escreveu	e	não	o	colega	
para	quem	você	desejou.
•	Então,	 os	 alunos	 deverão	 realizar	 as	
tarefas.
•	Certamente,	haverá	um	pouco	de	re-
jeição	 ou	 vergonha,	 mas	 encorajem	
os	alunos.
•	Depois,	 fale:	 Esta	 é	 a	 finalidade	 da	
brincadeira:	 não	 desejar	 aos	 outros	
ou	fazer	algo	com	os	outros	que	você	
não	gostaria	para	você.
•	Então,	 comece	 a	 trabalhar	 os	 te-
mas	 da	 indiferença,	 discriminação,	
bullying,	falta	de	respeito.
•	Fale:	Comece	por	você,	não	discrimi-
nando	ninguém.	Faça	a	diferença!
Disponível	em:	http://euvoupraebd.blogspot.
com/2015/06/dinamica-da-licao-12-bullying-juvenis.
html#ixzz45vWphCmM.	Acesso	em	28/07/2016.	
Adaptado.	
Fundamentação
O	bullying	se	caracteriza	por	ações	
repetitivas	 de	 agressão	 física	 e/ou	
verbal	com	a	clara	intenção	de	preju-
dicar	a	vítima.	O	cyberbullying	é	ainda	
mais	terrível,	porque	a	perseguição	é	
implacável,	podendo	chegar	a	24	ho-
ras	por	dia	nos	sete	dias	da	semana:	
a	vítima	é	atacada	por	mensagens	de	
celular,	filmada	ou	fotografada	secre-
tamente	em	situações	constrangedo-
ras	que	podem	ser	colocadas	na	rede;	
o	agressor	pode	criar	um	perfil	 falso	
da	vítima	em	sites	de	relacionamento	
para	difamá-la	ou	adulterar	fotos	em	
que,	por	exemplo,	ela	aparece	como	
garota	de	programa,	com	seu	celular	
divulgado	 nas	 listas	 de	 contato	 do	
agressor	e	de	seus	amigos.
SILVA,	Ana	Beatriz	B.	Bullying: Mentes Perigosas nas 
Escolas.	Rio	de	Janeiro,	Objetiva,	2010.
13Manual do Educador – 6o ano
c. Como você agiria se estivesse no lugar de Luciano?
Resposta pessoal
d. Você acha que essas consequências influenciarão toda a vida de Gustavo e Luciano? 
Por quê?
Resposta pessoal
e. Mesmoque você não fosse amigo de uma vítima de bullying, mas presenciasse uma si-
tuação dessa, o que deveria fazer?
Resposta pessoal
12. Que ações do cotidiano podem ser identificadas como bullying?
Sugestão de resposta: Criação de apelidos pejorativos para humilhar os colegas; 
intimidação; ridicularização do modo de vestir, falar ou se comportar; entre outras atitudes.
13. Conforme o texto, Luciano estudava em uma escola pública no subúrbio do Rio de Janeiro. 
Além da escola pública, há outros lugares onde é possível se praticar o bullying?
Resposta pessoal
Cidadania Moral e Ética I 6o ano 13
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Dinâmica dos rótulos
Objetivos 
•	Favorecer	 reflexão	 sobre	a	 influência	
dos	 preconceitos	 e	 dos	 sentimentos	
nas	relações	interpessoais.
Recursos necessários
•	Rótulos	em	papel	ofício.
•	Fita	adesiva.
Procedimentos
•	Em	 folhas	 de	 ofício,	 escrever	 os	 se-
guintes	rótulos:
Sugestão de 
Abordagem
•	As	palavras	acima	devem	ser	de	um	
tamanho	 visível	 para	 todos	 na	 sala.	
Além	destes	 rótulos,	 podem	 ser	 uti-
lizados	 outros	 de	 acordo	 com	 a	 in-
tenção	do	facilitador	e	a	realidade	do	
grupo.
•	Escolher	uma	pessoa	por	rótulo,	colo-
cando-a	de	frente	para	o	grupo.
•	Mostrar	 para	 o	 grupo	o	 rótulo,	 sem	
que	o	escolhido	 veja.	Quando	o	es-
colhido	 for	 responder	 a	 alguma	
pergunta	 (Por	 exemplo:	O	 que	 você	
pensa	sobre	o	preconceito?),	o	grupo	
deverá	reagir	de	acordo	com	o	rótulo	
e	com	a	atitude	sugerida	no	papel.
•	O	grupo	não	poderá	ler	em	voz	alta	
o	que	está	no	papel,	mas	representar	
o	 que	 ele	 pede	 com	 expressão	 cor-
poral.	O	escolhido	não	poderá	ver	o	
papel,	mas	identificar	o	rótulo	que	lhe	
coube	observando	a	atitude	do	gru-
po,	enquanto	tenta	responder	a	uma	
indagação.
Disponível	em:	http://atelierdeducadores.blogspot.com.
br/p/dinamicas-de-grupo-e-jogos.html.	acesso	em	
28/07/2016.
Anotações
14 Cidadania Moral e Ética
O que é lazer? 
Lazer é o conjunto de ocupações às quais o indivíduo 
pode se entregar de livre vontade, seja para repousar, 
seja para se divertir, recrear e se entreter ou ainda para 
desenvolver sua formação desinteressadamente, sua 
participação social voluntária ou sua livre capacidade 
criadora. 
O lazer pode ser realizado individual ou coletivamen-
te. Certamente, os momentos vividos devem ser apro-
veitados ao máximo com responsabilidade e respeito ao 
próximo. 
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, as crianças têm o direito de brincar e se de-
dicar às atividades recreativas. No entanto, apesar de 
terem esse direito assegurado pelo documento citado, 
são poucas as crianças que conseguem usufruir de mo-
mentos de lazer e diversão. 
Devido aos altos índices de violência registrados no 
País, as brincadeiras de rua estão se tornando cada vez 
mais escassas. Para proteger os filhos, os pais optam 
É de conhecimento notório que o bullying é a falta de tolerância e respeito pelo próxi-
mo. Esse tolhimento das escolhas e opções realizadas pelos sujeitos ocorre numa socie-
dade que deve ser plural, com opções que devem ser respeitadas. O filme Billy Elliot pode 
contribuir para aprofundar questionamentos que possam desvendar certos preconceitos. 
O filme narra a história de um garoto de 11 anos, Billy Elliot, de família humilde, obrigado 
pelo pai a treinar boxe. No entanto, Billy fica fascinado com a magia do balé, com o qual 
tem contato por meio das aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia 
onde pratica boxe. O grande dilema de Billy, então, será enfrentar o preconceito da sua 
família e da sociedade para realizar o seu sonho: ser bailarino.
Após assistir ao filme, reflita sobre as questões abaixo:
•	Por que, na nossa sociedade, os meninos têm que gostar de boxe, e não de balé?
•	Por que, na educação dos meninos, é comum muitos adultos incentivarem a agres-
sividade em vez da sensibilidade, como se faz com as meninas?
Depois de tudo o que você estudou sobre o bullying, anote a seguir alguns tó-
picos e discuta com seus colegas e seu professor para criar uma campanha 
com o tema: Respeito às diferenças, bullying não!
Para refletir
Yongkiet Jitwattanatam/Shutterstock.com
Cidadania Moral e Ética I 6o ano14
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ME_CMeE_6A_2017.indb 14 05/01/17 17:46
Happy Feet
Diretor:	George	Miller
O	 dom	 de	 cantar	 é	 o	 que	 se	 es-
pera	de	todo	pinguim	que	acaba	de	
chegar	 ao	mundo.	Mano,	 no	 entan-
to,	 é	 diferente.	 Nascido	 com	 os	 pés	
agitados,	 seu	 talento	é	dançar	e	sair	
sapateando	por	todo	lugar.	A	excen-
tricidade	do	filhote	não	abala	a	mãe,	
mas	 o	 pai	 do	 pequeno	 animal	 está	
definitivamente	decepcionado	com	o	
filho.	O	tempo	passa	e	ele	cresce	sem	
se	 encaixar	 em	 nenhum	 grupo	 de	
amigos	 e	 nem	 conquistar	 sua	 ama-
da,	 Gloria,	 afinal	 não	 tem	 uma	 voz	
afinada.	 Isolado	 dos	 outros	 animais	
da	 sua	 idade,	Mano	encontra	alento	
quando	conhece	um	grupo	de	quatro	
pinguins	latinos	que	têm	outro	estilo	
de	vida.	Amoroso	e	sua	animadíssima	
turma	propõem	ao	novo	amigo	uma	
incrível	 aventura:	 capturar	 os	 aliens	
que	estão	roubando	os	peixes	do	lo-
cal	em	que	vivem.	A	partir	daí,	muitas	
situações	emocionantes	desafiam	es-
tes	audaciosos	jovens.
Sugestão de Filme 
Anotações
15Manual do Educador – 6o ano
2. Após encontrar as palavras do quadro, discuta com seus colegas:
a. Qual é a importância do lazer na vida da criança e quais são as implicações dele para uma 
vida saudável? 
b. A ausência do lazer pode ser utilizada para justificar o trabalho infantil? Explique. 
Questão de ética?
pela segurança das brincadeiras que podem ser reali-
zadas dentro de suas residências. E, dentro de casa, as 
opções de divertimento são praticamente restritas à TV, 
à Internet e aos jogos eletrônicos. 
É importante lembrar que, para ter um bom desen-
volvimento, as crianças precisam compartilhar vivências 
com outras crianças e com os próprios pais. É neces-
sário reservar um espaço de lazer para que elas extra-
vasem suas emoções e relaxem. A falta desse momento 
pode gerar consequências indesejadas, como proble-
mas comportamentais e dificuldade de expressão. As-
sim, concluímos que o lazer é fundamental para um cres-
cimento saudável.
1. Encontre, no quadro abaixo, as palavras lazer, repouso, diversão, recreio e entretenimento.
L N H G B T S V D B F G J K
A V B G S H D U J R E V J N
Z K F L O S B D G F V K B Y
E R A J K N H D B F G E B R
R E P O U S O B C N H D C E
L C B G J C N V H D T Y Ç C
O D P A N S H D B F J U C R
P E C D I V E R S Ã O H W E
P W A N C H D B C J K R X I
L O N H C B X V F D T W P O
E N T R E T E N I M E N T O
Dreams Come True/Shutterstock.com
Cidadania Moral e Ética I 6o ano 15
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Ca
pí
tu
lo1 Ética
Lazer
Nas	 reivindicações	 das	 associações	
de	moradores,	 nos	 luminosos	 das	 lo-
jas,	 nos	 anúncios	 de	 imobiliárias,	 nas	
propostas	 dos	 candidatos	 a	 cargos	
públicos,	 nos	 títulos	 de	 revistas,	 nas	
seções	dos	jornais	e	em	muitas	outras	
situações	da	 vida	 cotidiana,	 a	 palavra	
lazer	 vem	 aparecendo	 com	 uma	 fre-
quência	 cada	 vez	 maior,	 que	 não	 se	
verificava	até	bem	pouco	tempo	atrás,	
pelo	menos	não	com	tanto	destaque.	
Isso	faz	com	que	seja	quase	inevitável,	
quando	se	aborda	de	maneira	especí-
fica	a	temática	do	lazer,	começar	des-
tacando	os	vários	entendimentos	que	
a	palavra	comporta	na	nossa	socieda-
de.	Além	disso,	não	se	pode	deixar	de	
considerar	 que	 se	 trata	 de	 um	 termo	
carregado	de	preconceitos	motivados	
por	 um	 pretenso	 caráter	 supérfluo	
dessas	 atividades,	 contrapondo-se	 à	
nossa	situação	socioeconômica,	e	pela	
sua	utilização	como	instrumento	ideo-
lógico,	 contribuindo	 para	 o	 mascara-
mento	 das	 condições	 de	 dominação	
nas	relações	de	classes.
Com	 relação	 à	 utilização	 da	 palavra	
lazer,	o	que	se	verifica,	 com	maior	 fre-
quência,	é	a	simplesassociação	com	ex-
periências	individuais	vivenciadas	dentro	
de	 um	 contexto	 mais	 abrangente	 que	
caracteriza	a	 sociedade	de	consumo,	o	
que,	muitas	vezes,	implica	a	redução	do	
conceito	 a	 visões	 parciais,	 restritas	 aos	
conteúdos	 de	 determinadas	 atividades.	
Dessa	forma,	para	algumas	pessoas,	la-
zer	é	futebol,	para	outras	é	pescaria	ou	
jardinagem,	etc.	O	uso	indiscriminado	e	
impreciso	da	palavra,	englobando	con-
ceitos	diferentes	e	até	mesmo	conflitan-
tes,	fundamenta	a	necessidade	de	tentar	
precisá-lo	 com	a	 finalidade	de	orientar	
discussões	 que	 contribuam	 para	 o	 seu	
entendimento	e	significado	na	vida	co-
tidiana	de	todos	nós.
Apenas	 pelo	 exemplo	 citado,	 perce-
be-se	que	o	entendimento	do	lazer	não	
pode	ser	estabelecido	somente	a	partir	
do	 conteúdo	da	ação,	ou	pelo	menos	
Fundamentação
que	 ele	 não	 constitui	 condição	 suficien-
te	para	a	conceituação.	Se	para	algumas	
pessoas	 o	 futebol,	 a	 pescaria,	 a	 jardina-
gem	constituem	atividades	de	 lazer,	cer-
tamente	isso	não	se	verifica,	em	todas	as	
oportunidades,	para	o	jogador	profissio-
nal,	o	pescador	que	depende	da	sua	pro-
dução	 ou	 para	 o	 jardineiro.	 Além	 disso,	
aquilo	 que	 pode	 ser	 altamente	 atraente	
e	 prazeroso	 para	 determinada	 pessoa	
não	raro	significa	tédio	ou	desconforto	
para	outro	indivíduo.	Assim,	as	circuns-
tâncias	que	cercam	o	desenvolvimento	
dos	vários	conteúdos	são	básicas	para	a	
concretização	das	atividades.
Disponível	em:	http://www.cedes.ufsc.br:8080/xmlui/
bitstream/handle/123456789/370/CADERNO%20
INTERATIVO%204.pdf?sequence=1.	Adaptado.	
Disponível	em:	27/05/2014.
16 Cidadania Moral e Ética
3. Baseado no que você leu e no seu conhecimento de mundo, o que você entende por lazer?
Resposta pessoal
4. Forme grupos em sala de aula para discutirem o que cada membro do grupo gosta de fazer:
a. Sozinho: 
Resposta pessoal
b. Acompanhado dos seus amigos: 
Resposta pessoal
5. Ainda em grupo, faça uma pesquisa em jornais, revistas e na Internet, apresentando, a partir 
de imagens e manchetes, a relação entre lazer e status (condição social). Peça ajuda ao 
professor para montar um mural para todos da escola apreciarem a construção estética de 
cada grupo. 
Resposta pessoal
6. Pense nos seus brinquedos e responda: por que você os considera ideais ou bons para o 
seu lazer?
Resposta pessoal
7. Reflita e responda: 
a. Quais os possíveis benefícios da atividade de lazer para o bem-estar? 
Sugestão de resposta: O lazer proporciona descanso e descontração, tornando a vida mais
saudável e prazerosa. 
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Fundamentação
Significados de lazer
Grande	parte	da	população	ainda	as-
socia	 o	 lazer	 às	 atividades	 recreativas	
ou	 aos	 eventos	 de	massa,	 talvez	 pelo	
fato	de	que	a	palavra	tenha	sido	larga-
mente	utilizada	nas	promoções	de	insti-
tuições	com	atuação	dirigida	ao	grande	
público.	Essa	tendência	é	reforçada	pe-
los	meios	de	comunicação	que	divulgam	
as	atividades	de	lazer	sob	verbetes	consa-
grados,	como	teatro,	cinema,	exposições,	
esportes,	turismo,	etc.	Tudo	isso	contribui	
para	que	se	acabe	tendo	uma	visão	par-
cial	e	limitada	das	atividades	de	lazer,	res-
tringindo	 o	 seu	 âmbito	 e	 dificultando	 o	
seu	entendimento.
Os	 conteúdos	 do	 lazer	 podem	 ser	 os	
mais	variados,	e,	para	que	uma	ativida-
de	 possa	 ser	 entendida	 como	 lazer,	 é	
necessário	se	atender	a	alguns	valores	
ligados	 aos	 aspectos	 tempo/espaço	 e	
atividade.
Não	há	dúvidas	de	que	o	descanso	e	
o	divertimento	são	possibilidades	aber-
tas	nas	atividades	de	lazer.	No	entanto,	
além	 do	 descanso	 e	 do	 divertimento,	
outra	 possibilidade	 ocorre	 no	 lazer	 e,	
normalmente,	 não	 é	 tão	 perceptível.	
Trata-se	do	desenvolvimento	pessoal	e	
social	que	o	lazer	enseja.	Deve-se	levar	
em	 conta,	 ainda,	 que	 o	 conteúdo	 das	
atividades	de	lazer	pode	ser	altamente	
educativo	e,	dessa	forma,	pode	propor-
cionar	possibilidades	pedagógicas	mui-
to	grandes,	uma	vez	que	o	componente	
lúdico	do	jogo,	do	brinquedo,	do	faz	de	
conta,	que	pode	permear	o	lazer,	é	uma	
espécie	de	denúncia	da	realidade,	dei-
xando	clara	a	contradição	entre	obriga-
ção	e	prazer.
A	 possibilidade	 de	 escolha	 das	 ati-
vidades	 e	 o	 caráter	 desinteressado	 de	
sua	 prática	 são	 características	 básicas	
do	lazer.	No	entanto,	o	que	se	observa,	
muitas	vezes,	são	práticas	compulsivas,	
ditadas	por	modismos	ou	denotadoras	
de	produtividade.
Não	 é	 possível	 se	 entender	 o	 lazer	
isoladamente,	sem	relação	com	as	ou-
tras	esferas	da	vida	social.	Não	enten-
der	esse	processo	pode	levar	a	equívo-
cos	 que	 são	muito	 comuns.	 Um	deles	
manifesta-se	 na	 valorização	 unilateral	
das	atividades	de	lazer,	que	não	leva	em	
conta	uma	série	de	riscos,	como	as	pos-
sibilidades	de	sua	utilização	como	fuga,	
fonte	de	alienação	e	simples	consumo.	
Creio	 que	 considerar	 apenas	 uma	 es-
fera	 da	 atividade	 humana	 é	 entender	
o	homem	de	maneira	parcial.	E	muitos	
autores,	fascinados	pelas	possibilidades	
abertas	 pelo	 progresso	 tecnológico,	
liberando	 tempo	 das	 obrigações	 pro-
fissionais,	 passaram,	 em	 uma	 atitude	
radicalmente	 oposta	 à	 mitificação	 do	
trabalho,	 a	 propor	 o	 elogio	 do	 lazer,	
ou	do	ócio	criativo,	como	finalidade	de	
existência	 e	 ideal	 de	 felicidade.	 Dessa	
forma,	 todos	 os	 problemas	 pessoais	 e	
sociais	estariam	resolvidos,	em	um	pas-
17Manual do Educador – 6o ano
b. O que ocorre se o lazer se torna sempre a finalidade de nossas ações?
Sugestão de resposta: Outros aspectos importantes da vida, como os estudos e o trabalho, 
serão comprometidos.
8. Faça uma pesquisa com seus familiares e descubra as atividades que eles mais gostam de 
realizar nos momentos de lazer e com que frequência as realizam. Em seguida, preencha o 
quadro abaixo:
9. Quando você está entediado das mesmas brincadeiras, quando elas não têm mais graça, o 
que você faz? Vamos inventar um pouco?! Forme grupos na sala de aula, sob orientação do 
seu professor, e elabore brincadeiras preenchendo a tabela abaixo. Depois, socialize com os 
demais alunos suas brincadeiras novas e brinque.
Nome Atividade Frequência
Resposta pessoal
Tabela de brincadeiras
Nome
Objetivo
Participantes
Tempo
Material
Regras
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Ca
pí
tu
lo1 Ética
se	de	mágica,	ou,	pelo	menos,	com-
pensados	pelas	possibilidades	ofere-
cidas	pelo	lazer.
O	 sentido	 da	 vida	 não	 pode	 ser	
buscado,	 como	muitas	 vezes	 somos	
forçados	a	crer,	apenas	em	um	fim	de	
semana	ou	em	uma	viagem,	embora	
essas	 ocasiões	 possam	 ser	 conside-
radas	 como	 possibilidades	 de	 felici-
dade	e	 formas	de	 resistência	para	o	
dia	a	dia.	A	admissão	da	importância	
do	 lazer	 na	 vida	 moderna	 significa	
considerá-lo	um	tempo/espaço	privi-
legiado	para	a	vivência	de	valores	que	
contribuam	para	mudanças	de	ordem	
moral	e	cultural.	Mudanças	necessá-
rias	para	a	implantação	de	uma	nova	
ordem	 social.	 Os	 movimentos	 eco-
lógicos,	 de	 jovens,	 de	mulheres,	 etc.	
têm	alicerçado	muitos	dos	seus	valo-
res	na	vivência	e	na	reivindicação	pela	
vivência	do	tempo/espaço	de	lazer.
O	 lazer	não	pode	 ser	 considerado	
como	 simples	 assimilador	 de	 ten-
sões	ou	alguma	coisa	boa	que	ajude	
a	 conviver	 com	 as	 injustiças	 sociais.	
Por	isso,	é	importante	registrar	a	opi-
nião	de	alguns	autores,	entre	os	que	
se	dedicam	aos	estudos	do	lazer,	que	
observam	a	ocorrência,	na	nossa	so-
ciedade,	não	do	lazer,	mas	do	antila-
zer,	 ou	 o	 lazer-mercadoria,	 sua	 pró-
pria	negação.
Disponível	em:	http://www.cedes.ufsc.br:8080/xmlui/
bitstream/handle/123456789/370/CADERNO%20
INTERATIVO%204.pdf?sequence=1.	Adaptado.	
Disponível	em:	27/05/2014.
Sempre	 que	 puder	 ressalte	 que	 é	
da	 natureza	 das	 palavras	 ter	 diversos	
sentidos	conforme	o	uso	—	o	chama-
do	 caráter polissêmico das palavras.	 É	
importante	que	os	alunos	não

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