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A Era do Empreendedorismo e 
o fenômeno Brasileiro
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
A Era do Empreendedorismo e o fenômeno Brasileiro
Para início de conversa… ................................................................... 04
1. Empreendedorismo na Era do Conhecimento. ........................... 05
2. Comportamento do Mercado na Sociedade Informatizada. ......... 05
3. Desenvolvimento e Financiamento Colaborativo ........................ 08
4. Oportunidades Empreendedoras na Era .................................... 09
 da Informação ...................................................................... 09
5. O cenário empreendedor brasileiro. ......................................... 11
6. Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor ................................ 12
7. Números do Empreendedorismo No Brasil ................................ 14
8. Expectativas para o Empreendedorismo no Brasil ...................... 19
Considerações Finais .......................................................................... 21
Referências ........................................................................................ 22
4 Empreendedorismo
Para início de conversa…
Nesta unidade você conhecerá de que maneira as novas tecnologias 
alteraram o cenário sob o ponto de vista do empreendedorismo. Você conhecerá 
as características da sociedade pós-industrial e entenderá porque os autores 
têm definido o atual momento da sociedade como a Era do Conhecimento e 
como isto afeta a visão empreendedora no século XXI.
E também vai conhecer o fenômeno do empreendedorismo no Brasil, 
as pequenas e médias empresas representam 20% do Produto Interno Bruto 
brasileiro e são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos no Brasil. 
O relatório publicado pela Global Entrepreneurship Monitor, um 
projeto de pesquisa sem fins lucrativos que reúne 125 países no mundo e 
que tem por objetivo a geração e divulgação de informações sobre a atividade 
empreendedora em âmbito mundial, sobre os dados de sua 12ª pesquisa 
realizada em 54 países do mundo, além de confirmar os dados sobre a força 
do empreendedorismo no Brasil, demonstram que os empreendedores no 
Brasil desenvolvem a atividade por opção de carreira pela atividade.
5Empreendedorismo
1. Empreendedorismo na Era do Conhecimento.
Para a maioria dos pesquisadores e autores, a humanidade está vivendo 
uma nova era a partir da difusão da utilização em escala mundial da rede de 
computadores (internet).
Daniel Bell¹, em seu livro “O Advento da Sociedade Pós-Industrial” 
(1974), define o atual momento da sociedade humana como Sociedade Pós-
industrial. Segundo Bell, esta nova sociedade está baseada no setor de serviços, 
uma mudança significativa em relação à Revolução Industrial que tinha como 
base a produção de produtos manufaturados.
A era do conhecimento, ou era da informação é uma época onde a 
informação troca de mãos com muita velocidade e, portanto, a agilidade na 
tomada de decisão é o grande diferencial competitivo. “Na era do conhecimento 
não é mais o franco que vence o mais forte e sim o mais rápido que derrota o 
mais lento” – autor desconhecido.
2. Comportamento do Mercado na Sociedade 
Informatizada.
Veja como mudou comportamento do consumidor após o advento da 
Internet com as compras online.
 
Clique e assista a reportagem sobre a mudança de comportamento do 
internauta a partir do surgimento do Google. 
Segundo dados do Ibope Media, em dezembro de 2012 existiam 
94,2 milhões de internautas brasileiro, colocando o Brasil na quinta posição 
entre os países mais conectado do mundo, atrás da China, Estados Unidos, 
Índia e Japão.
Saiba Mais
Assista agora
https://www.youtube.com/watch?v=Hw2wxRauK40
6 Empreendedorismo
Em 2011, a revista Veja divulgou estudos da Fecomercio-RJ/
Ipsos informando que o percentual de brasileiros conectados à internet 
aumentou mais de 77% (27% em 2007 e 48% em 2011). As compras pela 
Internet cresceram 128% no período de 2008 (R$ 8,2 bilhões) a 2011 (R$ 
18,7 bilhões).
Apesar do crescimento do número de brasileiros que fazem compras 
online também ter aumentado no período de 2007 (13%) a 2011 (20%), ele 
ainda é considerado baixo. Na entrevista, Christian Travassos, economista 
responsável pelo levantamento na FECOMERCIO, comenta: “Pelo histórico 
de acesso à internet houve um avanço significativo e a tendência é aumentar 
porque cada vez mais as pessoas precisam estar conectadas”.
A percepção de Travassos é confirmada na pesquisa Cisco2 Visual 
Networking Index de 2012, divulgada pelo Diretor de Operadoras da 
Cisco no Brasil, Rodrigo Dienstmann. Segundo a pesquisa, o Brasil terá 
um crescimento anual de 53% na internet. Para o executivo, os principais 
responsáveis pelo aumento do tráfego serão o número de dispositivos, a 
banda larga com velocidade mais rápida e o aumento do número de usuários 
e no conteúdo disponível, principalmente o consumo de vídeos, que exige 
mais banda.
O estudo também prevê um aumento no número de dispositivos e 
usuários conectados. No Brasil, serão 617 milhões de aparelhos conectados 
até 2016, contra os 332 milhões em 2011. Haverá 98 milhões de usuários de 
internet em 2016 no país, 60% de crescimento comparado com os 61 milhões 
em 2011.
O uso de dispositivos smartphones vem mudando o modo como os 
consumidores fazem compras. Entender estes números é fundamental para o 
empreendedor decidir sobre as estratégias de publicidade que incluam a rede 
móvel. Veja os dados levantados pelo Google em 2012.
 ▪ 23% dos usuários de smartphones utilizaram o dispositivo para 
comprar pela internet;
 ▪ 45% compraram pelo menos uma vez por mês;
 ▪ 46% estavam na faixa de 18 a 29 anos e 42% estavam na faixa de 
30 a 59 anos;
7Empreendedorismo
 ▪ 61% compraram de suas casas (41%) ou trabalho (20%);
 ▪ 31% levaram os smartphones para pesquisar produtos;
 ▪ 38 % pretendem comprar mais utilizando smartphones.
Os dados de atividade de usuários de smartphones levantados pelo 
Google mostram que os smartphones transformaram o comportamento 
do consumidor.
23%
72%
54%
12%
31%
2%
BrasilPa
ís
0 25 50 75 100
Atividades gerais em smartphones
Compraram um produto ou serviço
Acessaram uma rede social
Pesquisaram rotas ou usaram um mapa
Usaram cupons de compras on-line/para celular
Atividades financeiras
Outras atividades
Google base: proprietários de smarphones
8 Empreendedorismo
3. Desenvolvimento e Financiamento Colaborativo
As estratégias para financiamento de empreendimentos e de 
desenvolvimento colaborativo também estão mudando, veja o caso do 
crowdfunding e do crowdsourcing.
O crowdfunding é um conceito de financiamento cooperado que 
nasceu nos Estados Unidos em 2009. Comunidades são criadas na internet 
para arrecadar recursos financeiros destinados a financiar projetos de interesse 
daquela comunidade, uma verdadeira “vaquinha na internet”.
O crowdfunding foi trazido para o Brasil graças à visão empreendedora 
e o senso de oportunidade do grupo carioca do Queremos. A ideia era criou 
uma ação cooperada na internet para financiar a vinda de grupos musicais ao 
Rio de Janeiro.
Com o objetivo em vista, eles contatavam o grupo musical de interesse,verificavam qual o valor mínimo para trazê-los ao Rio de Janeiro, criavam 
uma espécie de “vaquinha na internet” entre aqueles internautas que também 
desejassem ver o grupo musical tocar ao vivo no Rio de Janeiro.
A inovação veio com o compromisso feito aos investidores em 
devolver o dinheiro investido mesmo se o objetivo fosse atingido, ou seja, 
todos veriam o show de graça. A ação foi um sucesso e pessoal do Queremos 
inovou mais uma vez, vendendo cotas de participação do empreendimento para 
empresas que quisessem apoiar o empreendimento, ação que eles chamam de 
crowdrefunding. Para entender melhor o conceito do crowdfunfing e de como 
ele vem se devolvendo no Brasil veja a reportagem da Globo News.
Assista a entrevista que o grupo Queremos deu a “Mundo SA”.
O crowdsourcing, criado nos Estados Unidos em 2006, é outro exemplo 
de ação colaborativa na internet. O que muda é o objetivo. A intenção é usar 
a capacidade e competência do coletivo para desenvolver tarefas e solucionar 
problema, criando novos produtos ou serviços, utilizando um grande número 
de colaboradores virtuais.
https://www.queremos.com.br/
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2012/03/crowdfunding-um-modelo-de-financiamento-promissor.html
https://www.youtube.com/watch?v=Eq-9e2wnMEQ
9Empreendedorismo
Entenda melhor o conceito do crowdsourcing assista ao vídeo da 
entrevista de Claudio Cosenza, diretor de inovação e sustentabilidade da Boa 
Vista Serviços SCPC, para a HSM - Inspiring Ideas e a palestra sobre o tema 
na Endeavor.
Empresas como a crowdtest e a onedaytesting utilizam o crowdsourcing 
para testar softwares utilizando uma rede de especialistas conectados na rede.
Na área de ciência e tecnologia a metodologia foi utilizada por Richard 
Stallman2 em 1983 para desenvolver o primeiro software livre.
O crowdsourcing também é usado como ferramenta de jornalismo 
colaborativo, também conhecido como jornalismo cidadão. A ideia é que os 
veículos de informação abram seus espaços (sites de jornais e revistas) para 
que os seus internautas possam enviar e publicar notícias.
Pessoas comuns, sem formação específica na área de jornalismo e que 
têm como principal motivação compartilhar as informações que possuem 
com o maior número de pessoas possível. Assista a reportagem sobre o tema 
na TV Brasil.
4. Oportunidades Empreendedoras na Era
 da Informação
Constata-se que o mundo vem passando por um significativo processo 
de transformação ocasionado pelos avanços tecnológicos fruto de grandes 
investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O diagnóstico do 
cenário nos leva a concluir que o empreendedor precisa levar em conta nas 
suas pesquisas de mercado o crescimento na utilização de ambientes virtuais 
por seu público alvo.
É importante que o empreendedor compreenda que as distâncias entre 
o mercado consumidor e seus fornecedores está sendo reduzidas na mesma 
proporção que aumentam as taxas de inclusão digital, aproximando mercados 
antes muito distantes. Hoje é possível um Cliente instalado na América do 
https://www.youtube.com/watch?v=pCQ58giIzZ0
https://www.youtube.com/watch?v=3lQoe9GlYWU
http://crowdtest.me/
https://www.onedaytesting.com.br/
https://www.youtube.com/watch?v=N2P45d81HOc
10 Empreendedorismo
Norte, contratar um produto de um fornecedor da Ásia, pagando através de 
um banco na Europa pedindo que o material seja entregue na América do 
Sul. Tudo isto em alguns poucos minutos e, dependendo do investimento em 
sistemas de informática, de forma automática.
Portanto os empreendedores precisam estar muito bem preparados 
para os novos desafios, investindo em capacitação continuada para sua equipe 
e ferramentas de gestão e controle para que possam acompanhar de perto as 
rápidas e constantes mudanças do mercado.
Ao entendermos que a internet criou um marco na história da 
humanidade, tão relevante como foi a descoberta do fogo e da roda, que a 
partir do uso de ferramentas baseadas na rede mundial a pesquisa passou a 
ser mundialmente colaborativa, reduzindo o tempo de surgimento de novas 
tecnologias, concluímos que a tese do processo criativo destrutivo defendido 
por Jean-Baptiste Say no século XVIII nunca foi tão atual.
Partindo destas percepções, intuímos que as mudanças criaram um 
ambiente propício ao surgimento de inúmeras e novas oportunidades para 
aqueles que estiverem atentos, preparados e rápidos. Pois a globalização dos 
11Empreendedorismo
mercados também trouxe para mais perto de você uma concorrência maior e 
mais predatória.
Concluindo, ao perceber que os produtos industrializados são hoje 
commodities3, o diferencial ficou no setor de serviços, onde os diferenciais 
competitivos são a qualidade na oferta e a velocidade no atendimento às 
demandas do mercado.
“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o 
século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.” Jeffry 
Timmons, 1990.
5. O cenário empreendedor brasileiro.
“No Brasil, são criados anualmente mais de 1,2 milhão de novos 
empreendimentos formais”, a frase abre o documento “Taxa de Sobrevivência 
das Empresas no Brasil” da “Coleção de Estudos e Pesquisa” de outubro de 
2011 publicado pelo Sebrae1, o texto conclui com a informação de que mais 
de 99% são micro e pequenas empresas e Empreendedores Individuais. 
O Brasil segue no mesmo caminho que os países do mundo, fortalecendo 
o empreendedorismo e incentivando o aumentado de sua participação na 
economia brasileira. Entre 2005 e 2008 foi registrado um crescimento de 
29% na criação de novos negócios no Brasil, índice considerando expressivo, 
principalmente quando comparado com a média mundial ocorrida entre os 
países que compõem o G202 que foi de 11,8% no mesmo período.
Segundo dados do “Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa 
2010/2011” realizado pelo Sebrae o número de médias e pequenas empresas 
(MPE) no Brasil atingiu a marca de 6,1 milhões, um crescimento de 45,24% 
comparado com os dados de 2000. 
Entre 2001 e 2009, o número de empreendedores no Brasil passou 
de 20,2 milhões para 22,9 milhões, representando 22,7% da população 
economicamente ativa (PEA), com destaque para os estados da região norte 
(26,5%) e nordeste (25,5%) em comparação com os estados das regiões 
sudeste (20,2%), sul (23,4%) e centro-oeste (22,4%). 
Segundo dados do Sebrae, o número de microempreendedores 
individuais (MEI) atingiu 2,1 milhões em março de 2012, somados aos 
12 Empreendedorismo
22,9 milhões de MPEs, o país atinge a marca de mais de 25 milhões de 
empreendedores de micro a médio porte, representando algo me torno de 
26% da PEA.
O portal do empreendedor no site do governo federal (http://www.
brasil.gov.br) da conta de que nos últimos cinco anos foram registrados mais 
de 600 mil novos negócios por ano no Brasil. 
Segundo dados mais recentes do IBGE, as MPEs representam 
20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, são responsáveis por 60% 
dos 94 milhões de empregos no país e constituem 99% dos 6 milhões de 
estabelecimentos formais existentes no país. A maior parte dos negócios estão 
localizados na região Sudeste (com quase 3 milhões de empresas) e o setor 
preferencial é o comércio, seguido de serviços, indústria e construção civil.
6. Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor
Em 2000 o Brasil ingressou na Global Entrepreneurship Monitor4 
(GEM), um projeto de pesquisa sem fins lucrativos que reúne 125 países no 
mundo e que tem por objetivo a geração e divulgação de informações sobre a 
atividade empreendedora em âmbito mundial. 
O principal objetivo do GEM é medir o envolvimento das pessoas 
na faixa de 18 a 64 anos na criação negócios com menos de 42 meses de 
existência, definido pelo GEM como “Empreendedor em Estágio Inicial”. 
Para medir o percentual de empreendedores neste estágio o GEM criou um 
índice chamado Total Early-Stage Entrepreneurial Activity (TEA). 
Apesar do foco principal do trabalho realizado pelo GEM ser o grupo 
Empreendedores em Estágio Inicial, os empreendedores com negóciosestabelecidos há mais de 42 meses também foram pesquisados e tiveram seus 
resultados tabulados como veremos a seguir.
Para equalizar os resultados, o GEM agrupa as economias dos 
países participantes em três níveis adotando o critério do Relatório de 
Competitividade Global (Global Competitiveness Report.), publicação do 
Fórum Econômico Mundial, que identifica três fases do desenvolvimento 
econômico, considerando o PIB per capita e a parcela das exportações relativa 
aos bens primários como critério.
13Empreendedorismo
Agrupamentos
 ▪ Países impulsionados por Fatores – Economias dominadas pela 
agricultura de subsistência e negócios extrativistas, com uma forte 
dependência do trabalho e dos recursos naturais.
 ▪ Países Impulsionados pela Eficiência – Economias caracterizadas 
pela industrialização e pelos ganhos em economias de escala, com 
predominância de grandes organizações intensivas em capital.
 ▪ Países Impulsionados pela Inovação - Economias onde os 
negócios são mais intensivos em conhecimento destacando o setor 
de serviços.
Fatores Eficiência Inovação
Argélia África do Sul Alemanha
Bangladesh Argentina Autrália
Guatemala Barbados Bélgica
Irã Bósnia e Herzegovina Cingapura
Jamaica Brasil Coréia do Sul
Paquistão Chile Dinamarca
Venezuela China Emirados Árabes Unidos
Colômbia Eslovênia
Croácia Espanha
Eslováquia Estados Unidos
Fatores Eficiência Inovação
Hungria Finândia
Letônia França
Lituânia Grécia
Malásia Holanda
México Irlanda
Panamá Japão
Peru Noruega
Polônia Portugal
Romênia Reino Unido
Rússia República Tcheca
Fatores Eficiência Inovação
Tailândia
Trinidade e Tobago
Turquia
Uruguai
07 24 23
Quadro 1: Agrupamento dos países Pesquisados em 2011. Fonte: GEM 2011
14 Empreendedorismo
7. Números do Empreendedorismo No Brasil
Empreender por Opção
Em 2011 a GEM realizou sua 12ª pesquisa mundial em 54 países 
no mundo (quadro 1). No Brasil os dados foram levantados pela Instituto 
Brasileiro da Qualidade e Produtividade, uma entidade privada, sem fins 
lucrativos com foco no desenvolvimento da qualidade, da produtividade 
e da inovação no Brasil. Os do quadro 2 mostram que o brasileiro vem 
empreendendo por opção, classificando o país no grupo eficiência.
http://www.ibqp.org.br/
http://www.ibqp.org.br/
15Empreendedorismo
O Brasil possui a 3ª maior população de empreendedores (cerca de 27 
milhões), o maior TEA da pesquisa (17,5%), com uma expressiva participação 
de jovens empreendedores (25 a 34 anos). Segundo dados da pesquisa GEM a 
taxa de otimismo para empreender no Brasil é maior do que a média mundial. 
A atração que o empreendedorismo tem exercido aos brasileiros, 
principalmente nos mais jovens, nos leva a intuir que isto pode ser explicado 
em parte pela maior visibilidade dos casos de empreendedores de sucesso 
(81,98%) e a percepção de status social que a atividade empreendedora 
passa (86,33%), maior índice entre os integrantes de seu grupo e o segundo 
maior da pesquisa, superando inclusive a China. Além disto, a estabilidade 
econômica e o maior peso que o país representa no mundo têm sido fatores 
determinantes para que o empreendedorismo passe a figurar como opção no 
Brasil (86,33%).
Apesar de a pesquisa GEM classificar o Brasil no grupo daqueles países 
cuja motivação por empreender esteja sendo impulsionada pela eficiência, é 
importante considerar que grupos demograficamente diferenciados podem 
ter diferentes percepções sobre oportunidades e capacidades. Portanto, 
considerando a extensão territorial do Brasil, a diversidade cultural e os 
diferentes estágios de desenvolvimento econômicos em que as regiões 
brasileiras se encontram, podemos conceber que esta classificação deve variar 
de região para região no Brasil. 
Assim, a motivação dos empreendedores localizados nas regiões 
economicamente menos desenvolvidas pode ser explicada pela necessidade 
de complementar suas rendas, diferente daqueles que estão localizados em 
regiões economicamente mais desenvolvidas que são motivados a empreender 
pela oportunidade, por opção de carreira ou por ascensão econômica e social.
16 Empreendedorismo
O quadro 3 demonstra que no Brasil a opção de empreender é grande 
na população de menor renda, o que reforça o papel do empreendedorismo 
no processo de inclusão social. Os números são confirmados pelos dados 
do Sebrae, que registram crescimento no número de microempreendedores 
individuais (2,1 milhões de microempreendedores em 2012).
Empreendedorismo Feminino
Os números do empreendedorismo feminino demostram que o Brasil 
tem a 10ª mais alta taxa entre todos os países que participaram da pesquisa 
(14,49%). No Brasil, entre os Empreendedores Iniciais, a taxa é praticamente 
igual a dos homens (49%), entre os Empreendedores Estabelecidos a taxa cai 
para (40%), com tendência ao crescimento, o que demonstra coerência com 
dados de outras pesquisas que apontam aumento geral na participação da 
mulher no mercado de trabalho.
Os pesquisadores apontam que uma das razões para este alto 
envolvimento de mulheres brasileiras no empreendedorismo seria a 
flexibilidade que um negócio próprio acaba acarretando, permitindo a 
conciliação dos horários do trabalho com o acompanhamento da educação 
dos filhos e o gerenciamento do lar, tarefas que ainda são, na maior parte dos 
casos, delegadas às mulheres.
Com relação à atividade do empreendimento, a pesquisa demonstra 
que as mulheres têm focado em áreas típicas do universo feminino: estética, 
moda, alimentação e serviços domésticos.
17Empreendedorismo
Faixa Etária do Empreendedor
O quadro 4 mostra que no Brasil os empreendedores iniciam suas 
atividades na faixa de 18 a 34 anos, bem mais cedo do que nos demais países 
do mundo, o que confirma a percepção de que o empreendedorismo vem 
sendo considerado pelos mais jovens como uma opção de carreira.
Observa-se ainda que a TEA no Brasil, para na faixa de 25 anos a 
64 no grupo empreendedores estabelecidos, é bem maior no Brasil quando 
comparada aos demais países pesquisados, o que demonstra que atividade 
empreendedora nos pais ainda é muito recente.
No Brasil, os empreendedores estabelecidos estão concentrados nas 
faixas etárias de maior idade (45 a 64 anos), seguidos pelos de 35 a 44 anos. 
O dado é positivo já que demonstra estar havendo uma maior dedicação dos 
empreendedores aos seus negócios no Brasil, acumulando experiência para 
vencer as dificuldades e profissionalizando o seu negócio, reduzindo assim a 
taxa de mortalidade das empresas nos primeiros anos.
A conclusão que é apoiada pelos dados divulgados na pesquisa de 
2011 do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Sebrae. Nela verifica-se que a taxa 
18 Empreendedorismo
de sobrevivência de empresas brasileiras constituídas em 2005 após dois anos 
de sua abertura é de 71,9%. Índice superior às taxas de países como Holanda 
(50%), Itália (68%) e Espanha (69%), segundo dados da Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento Económico - OCDE.
Escolaridade do Empreendedor
O Relatório Global GEM 2011 mostra nos países do grupo eficiência 
(grupo do Brasil) quanto maior o nível de educação do empreendedor maior 
o prevalecimento de empreendimentos em estágio inicial.
Entretanto é possível notar que enquanto nos países do grupo inovação 
a taxa de empreendedores aumenta à medida que os indivíduos aumentam seu 
19Empreendedorismo
nível de escolaridade, no Brasil tal relação se mostrou inversa, ou seja, as taxas 
são menores à medida que o nível de escolaridade aumenta. 
Tal fato pode explicado pela alta taxa de empreendedores por 
necessidade ainda existente no Brasil, apesar desse indicador ter melhorado 
substancialmente nos últimos anos, somada a alta demanda por mão de obra 
qualificada pelas empresas brasileiras, que se encontra em um momento de 
expansão econômica forte e com altos níveis de recrutamento e seleção de 
empregados e pelo baixo nível de escolaridade da população. A Pesquisa 
Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística(IBGE) de 2009 indica que a taxa da população 
brasileira com mais de 15 anos de escolaridade é de 6,3%. Assim, é possível 
que aqueles com escolaridade superior encontrem melhores oportunidades de 
renda em ofertas de empregos estáveis.
A questão da escolaridade talvez também explique a causa do baixo 
índice de inovação tecnológica utilizado nos seus empreendimentos, colocando 
o Brasil na 46ª posição entre os 54 países pesquisados e na 21ª posição entre 
os 24 países do seu grupo.
8. Expectativas para o Empreendedorismo no Brasil
Empreender no Brasil não é uma tarefa fácil. O processo de abertura 
de empresas é lento e burocrático e caro. Faltam políticas públicas de longo 
prazo e de fomento às atividades destinadas ao pequeno empreendedor que 
possibilitem a consolidação do empreendedorismo no Brasil e que nos leve ao 
cenário vivido pelos países de primeiro mundo. A legislação fiscal é complexa, 
a carga fiscal é uma das maiores de mundo e faltam condições de infraestrutura 
para escoamento de produção.
Faltam escolas especializadas destinadas a capacitação de 
empreendedores, o que é confirmado pela declaração daqueles 
empreendedores que responderam a questão levantada pela pesquisa GEM 
sobre conhecimento, habilidade e experiência necessários para se começar 
um novo negócio (52,78%).
A Pesquisa GEM utiliza um segundo instrumento que é aplicado a 
um grupo de especialistas em cada país participante, que tem por objetivo 
20 Empreendedorismo
avaliar questões relacionadas às condições de empreender (Entrepreneurial 
Framework Conditions - EFC´s). O questionário é finalizado por uma questão 
aberta que solicita ao entrevistado indicar os três aspectos que considera mais 
limitantes ao empreendedorismo, os três mais favoráveis e três recomendações 
para melhorar o cenário.
Em relação aos fatores favoráveis foram apontados Normas Culturais e 
Sociais, Acesso ao Mercado/Abertura e Barreiras à Entrada, Clima Econômico, 
Oportunidade e Capacidade Empreendedora. Dentre os fatores passíveis 
de melhoria, destacam-se Políticas Governamentais, Apoio Financeiro, 
novamente Normas Culturais e Sociais e Educação e Capacitação.
Em relação às expectativas para o futuro do empreendedorismo no 
Brasil, os números sobre o movimento empreendedor levam os especialistas a 
acreditar na tese de que o país tem potencial para desenvolver um dos maiores 
programas de empreendedorismo do mundo, seguindo o modelo de países do 
primeiro mundo que já há algum tempo têm utilizado o empreendedorismo 
como recurso para promover crescimento econômico como os Estados Unidos.
“o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, 
criando empregos e prosperidade” Dornelas (2012, p.13).
O crescimento do empreendedorismo no Brasil não acontece por acaso, 
uma das razões para o fato está na mudança de entendimento do brasileiro, 
principalmente o jovem, que passou a perceber o empreendedorismo como 
uma alternativa de carreira, levando o país a figurar entre aqueles que 
empreender por necessidade para empreender por oportunidade.
Apesar das críticas sobre a velocidade de implantação de condições 
que facilitem o melhor desenvolvimento da atividade empreendedora no 
Brasil, algumas iniciativas do governo merecem destaque.
Na área Regulatória
 ▪ Lei nº 10.973 (2004) que dispõe sobre incentivos à inovação e à 
pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo;
 ▪ Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (2007) que instituiu o 
estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte;
 ▪ A Lei Complementar 128 (2008) que criou a figura 
Microempreendedor Individual.
21Empreendedorismo
Considerações Finais 
Vimos nesta unidade que o mundo está passando por um novo processo 
de transformações tendo como fator motivador os novos e rápidos avanços 
tecnológicos. Entendemos as características que definem a denominada Era do 
Conhecimento e entendemos como os novos valores da sociedade globalizada 
afetam as oportunidades de empreendimento.
Percebemos o valor estratégico no investimento de pesquisa e 
desenvolvimento e verificamos como o processo foi acelerado a partir 
da utilização dos recursos alocados na rede mundial de computadores. 
Confirmamos o fato que as Nações têm desenvolvido consórcios mundiais 
para investir no desenvolvimento tecnológico de forma cooperada.
Você também conheceu os números do empreendedorismo no 
Brasil e os dados sobre o Brasil publicados no relatório da pesquisa 
Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2011.O atual estágio do 
empreendedorismo no Brasil e fatores como políticas públicas delimitam um 
melhor desenvolvimento da atividade empreendedora. Ao final você teve a 
visão sobre as oportunidades que estão reservadas para o país.
22 Empreendedorismo
Referências
DEGEN, Roanald Jean. O empreendedor. 2. ed. São Paulo. Prentice-Hall 
Brasil, 2011. 440p. ISBN 9788576052050
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo: Uma Visão do 
Processo. 1. ed. São Paulo: Cengage, 2007. 443 p. ISBN 8522105332
DORNELAS, José C. Plano de Negócios: O Seu Guia Definitivo. 1. ed. 
São Paulo: Campus, 2011. 130 p. ISBN 9788535239300
COZZI, Afonso; DOLABELA, Fernando; FILION, Louis J.; JUDICE, 
Valéria. Empreendedorismo de Base Tecnológica. 1. ed. São Paulo: Campus, 
2008. 138 p. ISBN 9788535226683
BERNARDI, Luiz A. Manual de Plano de Negócios: Fundamentos, 
Processos e Estruturação. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 195 p. ISBN 
852244286X
FERRARI, Roberto. Empreendedorismo para computação: criando 
negócios de tecnologia. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, Campus, 2010. 164 p. 
ISBN 9788535234176
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias 
em negócios. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 232 p. ISBN 
9788535232707
MAXIMIANO, Antonio C. A. Administração para Empreendedores. 2. ed. 
São Paulo: Pearson, 2011. 240 p. ISBN 9788576058762
23Empreendedorismo
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Brasil, 2011. 440p. ISBN 9788576052050
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo: Uma Visão do 
Processo. 1. ed. São Paulo: Cengage, 2007. 443 p. ISBN 8522105332
DORNELAS, José C. Plano de Negócios: O Seu Guia Definitivo. 1. ed. 
São Paulo: Campus, 2011. 130 p. ISBN 9788535239300
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Valéria. Empreendedorismo de Base Tecnológica. 1. ed. São Paulo: Campus, 
2008. 138 p. ISBN 9788535226683
BERNARDI, Luiz A. Manual de Plano de Negócios: Fundamentos, 
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852244286X
FERRARI, Roberto. Empreendedorismo para computação: criando 
negócios de tecnologia. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, Campus, 2010. 164 p. 
ISBN 9788535234176
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias 
em negócios. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 232 p. ISBN 
9788535232707
MAXIMIANO, Antonio C. A. Administração para Empreendedores. 2. ed. 
São Paulo: Pearson, 2011. 240 p. ISBN 9788576058762
	Título da Unidade
	Objetivos
	Introdução
	Do Mercantilismo à Revolução Industrial e Perfil do Empreendedor
	Para início de conversa…
	Objetivos
	1.	A Era do Mercantilismo 
	1.1	A Revolução Industrial 
	1.2	A Revolução Industrial no Brasil 
	1.3	A Terceira Fase da Revolução Industrial 
	1.4	A Era Pós-industrial 
	1.5	Definindo o Empreendedorismo 
	1.6	Característica do Empreendedor 
	Síntese 
	Referência
	_fyjfntpojgho
	_mnyx1ccapcfb
	_nmdzp8j6rrxs
	A Era do Empreendedorismo e o fenômeno Brasileiro
	Para início de conversa…
	1.	Empreendedorismo na Era do Conhecimento.
	2	Comportamento do Mercado na Sociedade Informatizada.
	3.	Desenvolvimento e Financiamento Colaborativo
	4.	Oportunidades Empreendedoras na Era
		da Informação
	5.	O cenário empreendedor brasileiro.
	6.	Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor
	7.	Números do Empreendedorismo No Brasil
	8.	Expectativas para o Empreendedorismo no Brasil
	Considerações Finais 
	Referências

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