Resumo Teoria da Aprendizagem segundo Albert Bandura -Psicologia

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Unidade curricular Ano 
 
Psicologia da Educação 
 2021 
 2022 
 
1 
 
 Licenciatura em Ciências da Educação e da Formação 
Primeiro Semestre 
Ano Letivo: 2021/2022 
Resumo do trabalho sobre a teoria da aprendizagem social, segundo Albert Bandura 
 
Discentes: 
Beatriz Alexandra Pimenta Gamito 
Jéssica Beatriz Montes Cruz 
Lara Sofia Messias Fernandes 
Margarida Tomé 
Número de processo 
a76890 
a75264 
a72799 
a75158 
 
 Docente: 
 
Cátia Martins 
 
O que é a aprendizagem social? 
-A aprendizagem social, nasceu através do psicólogo social Albert Bandura, e esta representa 
a capacidade de apresentar um comportamento observado. Esta teoria ainda nos diz que nós 
não aprendemos apenas pelos nossos mecanismos reflexos, nem pelas consequências que 
esperamos do comportamento, aprendemos especialmente, pelo meio da imitação, observação 
e reprodução do comportamento dos outros, isto é, as nossas aprendizagens são transmitidas 
através dos modelos sociais existentes e com os quais contactamos. 
Podendo assim chegar à conclusão de que, segundo Bandura, a aprendizagem social segue-se 
a partir da interação entre a mente do aprendiz e o ambiente ao seu redor. 
 
Razões da aprendizagem, segundo a teoria de Bandura: 
1.º- Recompensa ou punição passadas: efetua-se quando realizamos um determinado 
comportamento e ganhamos algo bom em troca, assim sendo voltaremos a reproduzi-lo se 
existir a mesma recompensa; 
2.º- Reforço ou punição prometidos: (incentivos), expectativas do que se quer alcançar, melhor 
dizendo, são todos aqueles possíveis benefícios futuros que nos motivam a querer aprender; 
3.º- Reforço ou punição vicariantes: a recompensação ou punição do modelo observado irá 
fazer com que o aprendiz, ou seja, o que observa reproduza determinado comportamento ou 
não. 
 
 
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Fatores que determinam a aprendizagem modelada de Bandura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprendizagem por Observação: 
A aprendizagem por observação, é uma maneira de aprendizagem no qual os indivíduos 
conquistam um novo comportamento observando um outro indivíduo a efetuar esse, 
determinado, comportamento. 
O indivíduo que realiza o comportamento é eleito como modelo e o aprendiz é eleito como 
observador, tendo como exemplo as crianças, isto é, elas podem aprender comportamentos 
violentos ao visualizar uma exibição de uma brincadeira agressiva. 
Na aprendizagem observacional, há uma mudança de comportamento quando o observador 
assume uma nova conduta ou interrompe a anterior, de acordo com o comportamento 
observado e como o mesmo é assimilado, ou seja, de como a mudança é retida. 
 
Efeitos possíveis da Observação: 
1- Efeito instrutor: 
Há um efeito instrutor à medida que novas capacidades cognitivas são aprendidas, 
nomeadamente, no caso do quebra-cabeça. Aprendemos a resolver problemas observando 
o contexto. 
2- Efeitos de inibição ou desinibição de condutas previamente aprendidas: 
• Efeito de inibição: 
Punição observada, exemplo: Eu e um amigo estamos a mandar pedras a uma árvore, 
entretanto a mãe (ou outro adulto) desse amigo chega e repreende-o, por estar a executar 
tal ação. Eu automaticamente também paro, pois não quero ser repreendido. Na próxima 
Modelo Observador 
Normalmente é um individuo com poder 
social, ou seja, um líder natural. 
Individuo mais vulnerável, com menos 
capacidades monetárias, deixando-se 
assim influenciar pelos líderes natos. 
 
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vez já sei que não posso fazer, perante um adulto (isto é apenas um exemplo, não significa 
que todos poderão reagir da mesma forma). 
 
• Efeito de desinibição: ocorre o surgimento de comportamentos que estão 
“escondidos”, tal como o comportamento agressivo, quando se apercebe que haverá 
recompensas pelo seu ato. Por exemplo, nos jogos de futebol, se um individuo começar 
com confrontos físicos, todos começam, e, deste modo, demonstra se a coesão grupal e 
obtém-se o respeito dos membros. 
 
3- Efeitos de facilitação: 
 Nós passamos a realizar um comportamento que não estava inibido a partir do momento que 
vê uma outra pessoa fazer. Em grupos de amigos os indivíduos começam a desenvolver 
características, comportamentos e ações semelhantes. Isto não acontece somente em grupos. 
Um bom exemplo é quando nós olhamos para cima ao ver alguém fazer isto. 
4-Efeitos de ativação de emoções: 
Emocionamo-nos ao observar as emoções dos outros, ou seja, ao vermos alguém próximo 
chorar, podemo-nos surpreender ao ver que os nossos olhos ficam húmidos, ou ainda, ficar sem 
reação. Somos contagiados pelas emoções do próximo. 
5- Efeitos de incremento do estímulo ambiental: 
Nós agimos conforme os comportamentos que observamos, transportando-os assim para 
diversas situações do nosso quotidiano. Por exemplo, no experimento de Albert Bandura, as 
crianças que batiam no palhaço Bobo, não só imitavam o comportamento agressivo do adulto, 
como também utilizavam instrumentos (pistola, boneca, bola…etc) contra o boneco. 
 
Quatro elementos da Aprendizagem por Observação: 
1. Atenção- Prestamos atenção àquilo que selecionamos, sendo essa seleção feita de 
acordo com as características do modelo (sexo, idade, estatuto social…); 
2. Retenção- A informação observada é codificada, traduzida e armazenada (assimilada) 
no nosso cérebro, organizada em padrões, em imagens e construções verbais; 
3. Reprodução- baseia-se em interpretar os comportamentos armazenados na memória 
em relação às ações correspondentes; 
4. Motivação- para que um estipulado comportamento seja concretizado, devemos estar 
motivados a fazê-lo, no que podemos alcançar através de incentivos. 
• Reforço direto: o observador é induzido a reproduzir o que observou; 
• Reforço vicariante ou indireto: quando vemos um indivíduo a ser 
recompensado por realizar determinada ação; 
• Autorreforço: o indivíduo avalia os seus próprios atos. 
 
 
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A autoavaliação feita pelos alunos (auto-geradas), implicaram na realização, ou não de 
comportamentos assimilados pela observação. 
A visão que o aluno possui sobre as suas capacidades e a sua autoeficácia pode afetar o grau 
de atenção e o esforço de transformação e armazenamento da informação (codificação) na 
aprendizagem observacional. Por exemplo, quando nós acreditamos nas nossas capacidades é 
mais fácil de realizar determinado desafio/tarefa. 
 
Fontes de informação e motivação 
Albert Bandura, nas suas últimas explicações insistiu nos processos subentendidos à 
aprendizagem por observação: 
 
 
 
 
 
 
Modelagem 
• O conceito de modelagem genérico/global do que o de imitação; 
• Não contém somente a observação e réplica de comportamentos de outros; 
• Contém a “modelagem verbal” que vai adquirindo papel mais decisivo à medida que se 
expressam novas capacidades linguísticas; 
• Em crianças a modelagem comportamental é mais eficaz, mas é mais eficaz quando 
também é seguida de indicações verbais; 
• A modelagem pode ser superior à experiência direta, ou seja, quando estamos perante 
alguma situação já ter um modelo de como agir diante dela. 
 
A aprendizagem por Modelagem pode ser sintetizada em dois princípios básicos: 
1. Princípio da Interação Recíproca 
Existe uma interação recíproca entre fatores internos, fatores externos e o 
comportamento do sujeito, através da qual se influenciam reciprocamente. Bandura 
agrupa estes três fatores para que nenhum seja considerado um fator independente 
pois, para ele, não há uma necessidade do ambiente influenciar o sujeito, mas antes 
uma possibilidade. O organismo responde a estímulos do meio, mas também reflete 
 
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sobre eles, devido à sua capacidade de autorreflexão, de aprender pela experiência dos 
outros e da sua capacidade de prever determinada situação. 
 
2. Aprendizagem versus Comportamento 
A aprendizagem distingue-se do comportamento porque, enquanto a primeira diz 
respeito ao alcance de conhecimento, o segundo refere-se à evidência ou à 
demonstração observável desse conhecimento. Podem existir fatores (internos ou 
externos) que nos levam a não agir da forma que sabemos. 
O professor como modelo e os fatores da sua eficácia 
• O professor apresenta frequentemente padrões comportamentais (verbais e 
simbólicos) com o intuito de induzi-lo nos alunos. 
A sua eficácia dependerá da: 
• Consistência dos padrões comportamentais; 
• Adaptação desses comportamentos às competências dos alunos; 
• Comunicação e relação afetiva entre o professor e aluno; 
• Permanência dos procedimentos que o professor coloca na apresentação dos seus 
comportamentos. 
 
Aprendizagem e predição 
• “Os humanos não se limitam a responder aos estímulos do meio, interpretam-nos” 
(Bandura, 1982, p. 20); 
• Nas condutas operantes (é uma forma de aprendizagem por associação de estímulos), 
os sinais do meio (estímulos) adquirem valor de prognóstico ao serem associados a 
diversas consequências de respostas; 
• O Professor estabelece um meio de estimulação previsível sobre o qual se trabalha 
ativamente os mecanismos preditivos dos alunos; 
• Os alunos são capazes de extrair informação preditiva de regras sociais subtis. 
 
Motivação e aprendizagem 
• As consequências do comportamento influenciam o próprio comportamento, capta 
informação que é o que acontece com a modelagem e também centrifuga, que acontece 
com o reforço; 
• Não são automáticas, é tudo estratégico, ou seja, instrumental; 
 
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• Não é necessário que ocorra o reforço, isto é, a experimentação do comportamento para 
que eu saiba a consequência, portanto o comportamento é antecipado; 
• As consequências antecipadas, mais do que as reais, controlam o comportamento (reais- 
comportamentalista, a pessoa tem que passar pela situação para saber que não a deve 
fazer); 
• O observador é considerado um preditor dos estímulos do meio e, não apenas um 
indivíduo que reage automaticamente ao fazer associações; 
• O preditor aprende o que são expectativas, por ter a capacidade de transferir um valor 
preditivo aos sinais do meio; 
• Os sinais não são apenas situações do meio, são também sinais produzidos por outros 
ou autoproduzidos e comportamentos de outros indivíduos que iram desenvolver um 
valor preditivo em função das suas consequências; 
Bandura insiste na importância dos reforçadores vicários e intrínsecos, e não apenas os 
de carácter externo: 
Reforço vicários- Não preciso experimentar fazer para aprender. 
Reforços intrínsecos – pessoa sentir se autorrealizada, é auto gerida de forma a 
recompensarmo-nos de alguma forma (Exemplo: vou chegar a casa estudar e quando 
acabar vou ver uma serie). Estes vão adquirindo um papel cada vez mais decisivo – o seu 
desenvolvimento é um dos objetivos principais da atividade educativa. 
• Os professores têm o dever de fortalecer as capacidades de autoavaliação e auto 
recompensa dos seus alunos e, não podem promover a dependência (capacidade de 
regular o seu próprio comportamento), ajudando assim a desbloquear os processos. 
• Um objetivo pedagógico significativo é o de desenvolver e instruir as habilidades 
necessárias para alcançar essas capacidades. 
 FIM