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UNIVERSIDADE LICUNGO FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CURSO DE BIOLOGIA LAURINDO AMÉRICO CHIVAL APROVEITAMENTO DA CASCA DA CASTANHA DE CAJU “ANACARDIUM OCCIDENTAL L'' COMO PESTICIDA APLICADO NO TRATAMENTO DA PRAGA DA COUVE E ADUBO ORGANICO NO MELHORAMENTO DA COUVE Beira 2021 LAURINDO AMÉRICO CHIVAL APROVEITAMENTO DA CASCA DA CASTANHA DE CAJU “ANACARDIUM OCCIDENTAL L'' COMO PESTICIDA APLICADO NO TRATAMENTO DA PRAGA DA COUVE E ADUBO ORGANICO NO MELHORAMENTO DA COUVE Monografia apresentada ao Curso de Ensino de Biologia da Faculdade de Ciências e Tecnologias, como requisito para obtenção do título de licenciado em Ensino de Biologia com habilitações em Ensino de Química Orientadora: Dra. Elsa Cossa Beira 2021 Declarações de honra Eu, Laurindo Américo Chival, declaro que esta Monografia cientifica, é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas, nas notas, e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. Beira, 10 de Setembro de 2021 ___________________________________________ (Laurindo Américo Chival) Agradecimento "Não se engane. Minha vida é cheia de aventura. Sou um garimpeiro que procura pedras preciosas no leito dos rios que irrigaram a minha existência. Cada pedra tem muitas faces, assim como cada momento da minha história tem muitas arestas. Por isto vou proceder com os meus agradecimentos" (Augusto Cury, 2014). Em primeiro lugar agradecer a Deus pelo dom da vida e pelo que tem feito em minha vida e na vida da minha família. De seguida agradecer aos meus pais que transformaram um menino em homem e agradeço a minha supervisora dra. Elsa Cossa, que tem sido uma amiga, mãe e conselheira e sabiamente conduziu-me para um bom sucesso deste trabalho científico. O meu especial agradecimento também vai para Fernado Chival, Tereza Chiumbane Oliveira e Samuel Zacarias Miquisseni que sem eles eu não estaria a desfrutar da vida académica, à eles meu muito obrigado. Agradeço profundamente ao meu Pastor Luis Campira e mãe Pastora Susana pelos aconselhamentos e incentivo. Endereçar também meu profundo agradecimento a Josúe Gomes, Etelvina Camera, Augusto Portugal, Gay, Paulino Chival, Alfredo Xafum, Hilario Rafael Stole, Eulides Passe, Irmão Caetano Antônio Vingança, Faz Bem Vingança, Antônio Vingança e a sua esposa e aos meus familiares por tudo, aos docentes, a comunidade académica e agradecer a Ordem Mateus pela revisão ortográfica. Deleita-te no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. ʻʻSalmos 37: 4ʼʼ Resumo Chival, Laurindo Américo. (2021). Aproveitamento dos resíduos resultantes da casca da castanha de caju “Anacardium occidental L'' na produção de pesticida e adubo orgânico. Universidade Licungo, Faculdade de Ciência e Tecnologia, Extensão da Beira. Abstract Chival, Laurindo Américo. (2021). Aproveitamento dos rezidos resultantes da casca da castanha de caju“Anacardium occidental l'' na produção de pesticida e adubo orgânico. Universidade Licungo, faculdade de Ciência e tecnologia, Beira, Moçambique. Figuras Figura 1: Principais sítios reacionais da molécula do cardanol................................................27 Figura 2: Estrutura molecular do ácido salicílico e ácido anacárdico com suas variações na cadeia carbónica.......................................................................................................................28 Imagem I: Caju, castanha do caju e LCC.................................................................................25 Imagem II: Adultos e ninfas de Brevicorynebrassicae............................................................32 Imagem III: Adultos e ninfas de Myzuspersicae......................................................................32 Imagem IV: Larva e adulto da Lagarta-rosca...........................................................................33 Imagem V: Curuquerê-da-couve: A) lagartas apoios a eclosão danificando e danos severos em couve-de-folha; B) lagartas vorazes atacando a planta jovem; C) Ataque severo a plantas em desenvolvimento; D) Resultado final do ataque, ficando somente as nervuras mais grossas......................................................................................................................................34 Imagem VI: Traça-de-crucíferas: A) Raspagem das folhas da epiderme superior com a posterior perfuração pela lagarta; B) mariposa; C) Pupas abrigando casulos de seda nas faces inferior e superior das folhas....................................................................................................35 Imagem VII: Lagarta falsa-mededeira em folhas de couve e repolhos: A) lagarta verde-clara, com parte posterior mais robusta; B) inceto em movimento semelhante ao medir palmos; C) folhas comidas entre as nervuras; D) Pupa em casulo.............................................................36 Gráfico 1: Número de folhas nos canteiros A, B, C, E e F......................................................45 Gráfico 2: Médias do crescimento de cada planta do canteiro G e H......................................49 Gráfico 3: Cumulativo do crescimento das folhas por cada canteiro entre canteiro G e H.....50 Gráfico 4: Cumulativo do tamanho das folhas do canteiro G e H...........................................52 Tabelas Tabela 1: O ensaio possuiu 8 canteiros, e cada canteiro possuiu dimensões de 1.5m por 1.5m..........................................................................................................................................18 Tabela 2: Composição química do LCC natural e LCC técnico..............................................26 Tabela 3: Composição dos componentes fenólicos do LCC natural, com relação ao número de instaurações, obtida por CG/EM............................................................................................. 27 Tabela 4: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro A.................................37 Tabela 5: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro B.................................39 Tabela 6: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro C.................................41 Tabela 7: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro D.................................42 Tabela 8: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro E.................................44 Tabela 9: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro F.................................47 Tabela 10: Médias do crescimento de cada planta nos canteiros G e H..................................48 Tabela 11: Avaliando o número de folhas daos canteiros G e H.............................................50 Lista de Abreviaturas e Siglas LCC – Líquido da Castanha da Casca S/T – Sem nenhum Tratamento; AECC – Adubo do Extrato da Casca da Castanha de Caju; H2O – Água; AEPL – Adubo e Pesticida Líquido; P.I – Pesticida Líquido Cant. – Canteiro Índice CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO 1.1. Introdução ................................................................................................................................. 14 1.2. Justificativa ............................................................................................................................... 15 1.3. Problematização ........................................................................................................................ 15 1.4. Hipóteses ................................................................................................................................... 16 1.5. Objetivos ................................................................................................................................... 16 1.5.1. Objetivo Geral ................................................................................................................... 16 1.5.2. Objetivos específicos: ....................................................................................................... 17 1.5. Metodologia .............................................................................................................................. 17 1.5.3. Método Experimental ........................................................................................................ 17 1.5.3.1. Procedimento da Experiência ........................................................................................ 18 1.5.3.1.1. Parte I: Produção do LCC ............................................................................................. 18 1.5.3.1.2. Parte II: A produção do Adubo ..................................................................................... 19 1.5.3.1.3. Parte III: O cultivo da couve. ........................................................................................ 20 1.6. Método de estudo comparativo ............................................................................................. 21 1.7. Método estatístico ................................................................................................................. 21 1.8. Recolha de dados .................................................................................................................. 21 1.9. Técnica de observação directa .............................................................................................. 21 1.10. Delimitação do tema ............................................................................................................. 22 1.11. Enquadramento do tema........................................................................................................ 22 1.12. Relevância do trabalho de monografia .................................................................................. 23 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. Fundamentação Teórica ................................................................................................................ 24 2.1. Breve Discrição do Cajueiro .......................................................................................................... 24 2.1.1. Definição de líquido da castanha do caju (LCC). ....................................................................... 25 2.1.1. Tipos de líquido da casca da castanha de caju (LCC). ...................................................... 26 2.1.2. Composição química do LCC ........................................................................................... 26 2.1.2.1. Cardonol .................................................................................................................... 27 2.1.2.2. Ácidos Anacárdicos .................................................................................................. 28 2.2. Atividade do líquido da Castanha de Caju ................................................................................ 29 2.2.1. Atividade Antimicrobiana e Antiparasitária Ácidos Anacárdicos .................................... 29 2.2.2. Inibição Enzimática........................................................................................................... 29 2.3. Método de extração e obtenção do líquido da casca da castanha de caju. ................................ 30 2.3.1. Extração do LCC por Aquecimento térmico ..................................................................... 30 2.4. Potencialidade do uso da casca da castanha de caju como biofertilizante ................................ 30 2.5. Descrição da Couve .................................................................................................................. 31 2.5.1. As principais pragas danificadoras da couve .................................................................... 31 2.5.2. Os inimogos naturais das pragas da couve .................................................................... 36 2.6. Autores que abordam acerca do uso do LCC. ........................................................................... 36 CAPITULO III – ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3. Actuação do Pesticida LCC nos Canteiros da Couve ................................................................... 37 3.1. Canteiros de amostragem .......................................................................................................... 37 3.1.1. Canteiro A ............................................................................................................................. 37 3.1.2. Canteiro B ............................................................................................................................. 40 3.2. Uso de LCC como pesticidas em diferentes concentrações nos canteiros C, D e E ................. 42 3.2.1. Teste de concentração para a concentração ideal .................................................................. 42 3.2.1.1. Canteiro C ......................................................................................................................... 42 3.2.1.2. Canteiro D ......................................................................................................................... 44 3.2.1.3. Canteiro E ......................................................................................................................... 46 3.3. Uso de adubos orgânicos provenientes dos resíduos da casca da castanha de caju .................. 49 3.3.1. Canteiro G e H ...................................................................................................................... 49 3.3.1.1. Avaliação do crescimento das folhas ................................................................................ 49 Tabela 11: Dados tabelas do cumulativo do crescimento das folhas nos canteiros G e H. ................... 51 CAPITULO IV- CONCLUSÃO, SUGESTÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conclusão .............................................................................................................................................. 55 Sugestão ................................................................................................................................................ 55 Referência bibliográfica ........................................................................................................................ 56 14 CAPITULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO 1.1. Introdução O presente trabalho de monografia tem como o tema aproveitamento dos rezidos resultantes da casca da castanha de caju “Anacardium occidental L'' na produção de pesticida e adubo orgânico que tem como objectivo aproveitar os resíduos resultantes da casca da castanha de caju, produzindo pesticida de fácil acesso para o combate a pragas das couve tsunga e usar a casca da castanha de caju como adubo orgânico para incrementar o desenvolvimento das couves variedade Tsunga bassica. Desde os tempos remotos o caju e a sua castanha fazem parte da alimentação dos seres humanos. Em Moçambique, o caju é usado para a produção de bebidas, a partir do suco da polpa e a castanha de caju é aproveitada ao nível familiar e ao nível de pequenas, médias e grandes industriais ou fábricas para a venda e revenda ao nível interno como no estrangeiro, fazendo parte da renda de uma vasta rede de pessoas ou famílias, trazendo não só o desenvolvimento das famílias mais também de Moçambique a quando do pagamento de taxas fiscais para a sua exportação (FJC&GAPI-SI., 2008). A produção de caju a nível nacional está experimentando crescimento irregular (devido ao risco meteorológico e fitosanitario) e que, na opinião de muitos actores privados, é inferior aos números oficiais, mas é inegável desde 2004. Uma forte dinâmica de plantio de novos cajueiros é observada em todas as principais áreas de produção e o tratamento antifúngico dos cajueiros tem sido amplamente divulgado (ACAMOZ., 2020). Quanto maior for a inteção de crescimento do plantio e do processamento da castanha de caju, maior é o lixo que se produzirá e menos é aproveitada a casca. A casca da castanha de caju que tem sido descartada ao nível familiar e também ao nível das grandes indústrias ou fábricas de processamento da castanha de caju não se leva em conta que a casca da castanha de caju possui um líquido, o “LCC- líquido da castanha de caju”, que constituí cerca de 25% do peso da casca da castanha de caju que é rica em compostos fonolíticos, constituído pelos ácidos anacárdicos, derivados dos ácidos salicílico, seguido de seus cardois, derivados de resorcinol e menos teores de cardanois, derrivados dos ácidos anacárdicos. Todos estes compostos fonolíticos apresentam um interesse potencial na área de produção de matérias biologicamente ativo, surfactantes, polímeros e aditivos (CAVALCANTE et al.,2018). 15 O LCC tem sido utilizado na fabricação de importantes produtos industriais como cimento, pintura, vernizes, com aplicações principais na indústria de polímeros. Resinas derivadas da casca da castanha de caju apresentam excelente resistência para alcalis e ácidos. O cardonal pode ser aplicado na forma de estabilizantes, plasticizantes e resina de trica iónica. Produtos clorados de cardonal apresentam ação pesticida e derivados de sulfatados são potenciais substitutos dos derivados do petróleo (FAÚLA, 2016). Sendo que o LCC tem a propriedade que possibilita combater as pragas, o autor usou o mesmo para o combate das pragas que tem afectado a couve tsunga. 1.2. Justificativa O presente trabalho buscou produzir pesticida a partir da castanha de caju pois ela tem sido descartada de forma indiscriminada pelas famílias e industrias ou fabrica que trabalham no processamento deste recurso da natureza. Com este trabalho ira traser-se um grande contributo para a comunidade científica ou académica ao obter conhecimento do aproveitamento do casca da castanha de caju para a produção de pesticida a partir do LCC para o combate a pragas da couve tsunga de forma sustentável pois o pesticida será de origem orgânica que não terá o impacto destrutivo a natureza como acontece com os pesticidas inorgânicos, que para além de afectar a cultura a ser pulverizada também afectará o solo, rios e lençóis freáticos, que ofuscará a saúde humana. A sociedade como tal ganhará primeiro na forma sustentável de como combater as pragas, com os produtos orgânicos e também poderá ganhar ao aplicar o pesticida de origem orgânica sem custos avultado, não afectando a renda das associações e famílias em particular que tem como prática o cultivo da couve tsunga. As fábricas de processamento de caju, sairão com grande vantagem pois aproveitaram a casca para produzir o líquido da casca da castanha de caju e usa-lo de diferentes forma, assim como pesticida e usarem a casca que já foi extraído o óleo para produzir adubo orgânico, pois possuem o principal material para tal. 1.3. Problematização Actualmente, na maioria das fábricas de caju, as cascas são queimadas como se fossem um combustível grosseiro, sujo e ineficiente. Em certos casos, são simplesmente descartadas, desperdiçando dois subprodutos potencialmente úteis: o líquido da casca e a própria casca da castanha de caju (MOZACAJU., 2017.pag. 20). Enquanto na Ásia, as cascas de caju podem ser valorizadas como um subproduto que fornece renda adicional, na maioria 16 das fábricas moçambicanas, as cascas de caju são um resíduo que gera custo a ser evacuado, e queimado próximo à fábrica ou em uma área próxima (ACAMOZ., 2020. Pag 50). Sabendo que os pesticidas e inseticida sintetizado no laboratório têm tido grande impacto na destruição do meio ambiente, afectando a qualidade dos produtos agrícolas, o solo, o ar e a água quando os campos agrícolas estão perto dos rios, trazendo grandes problemas a saúde dos seres humanos, afectando a sua qualidade de vida a todos os níveis, o autor pretende propor o uso do LCC no combate a pragas da couve tsunga de forma orgânica sem grandes impactos destrutivos ao meio ambiente. A saúde humana é muito importante, pois se estiver afectada, todas as actividades do ser humano estarão, do mesmo modo afectadas, por consequência retardará o desenvolvimento do país a todos os níveis. O trabalho de monografia buscou aproveitar a casca da castanha de caju para usar o LCC para o combate de pragas da couve tsunga, como um pesticida orgânico e de baixo custo que não debilitará a saúde humana e a utilização dos resíduos resultantes da casca da castanha como adubo. Contudo surge a seguinte questão. Será que o pesticida produzido pelo líquido da casca da castanha de caju é eficaz no combate as pragas que afectam a couve tsunga e as cascas melhorem a qualidade da couve como adubo orgânico. 1.4. Hipóteses a) Talvez o pesticida produzido pelo LCC seja capaz de combater as pragas que afetam a couve tsunga; b) Talvez o pesticida produzido pelo LCC seja mais eficiente no combte as pragas da couve tsunga em concentrações altas ou baixas concentrações; c) Possivelmente usando os subprodutos da casca da castanha de caju para produzir o adubo e pesticida líquido e aplicar na couve tsunga os dois subprodutos melhorarem a qualidade da couve colhida. 1.5. Objetivos 1.5.1. Objetivo Geral Aproveitar as cascas da castanha de caju “Anacardium occidental L'' como pesticida no tratamento das pragas da couve e adubo orgânico no melhoramento da qualidade da couve. 17 1.5.2. Objetivos específicos: a) Extrair o LCC (líquido da castanha de caju) através dos processos térmicos; b) Produzir adubo e pesticida liquida a partir da composta (minhocário) usando o extrato das cascas de caju que foram extraídas o LCC; c) Aplicar o líquido da casca da castanha de caju ''Anacardium occidental L'' como pesticida para o combate das pragas da couve; d) Determinar a concentração ideal atravês de testes de concetracao; e) Comparar o crescimento das couves nos canteiros com adubo originária da casca da castanha de caju com a ureia; 1.5. Metodologia 1.5.1. Tipo de pesquisa A pesquisa foi experimental, consistiu na produção de um pesticida orgânico a partir do método de aquecimento térmico, aquecendo a castanha de caju para a obtenção do líquido que se usou como pesticida produzida a base da mistura com àgua e deixada para descansar por 10 horas, também se produziu o adubo orgânico através da composta (Minhocário). Contudo, provou-se a eficiência deste líquido como pesticida usando para tal a couve através das variáveis como a concentração e também usou-se um canteiro para testar o adubo orgânico. 1.5.2. Método Bibliográfico Com este método o autor buscou informações acerca da produção do pesticida e produção de adubo através da composta usando-se a casca da castanha de caju nos livros, PDF‵s e sites, de ressaltar que também o autor buscou conhecer o processo de produção da couve para a aquisição de bons resultados. 1.5.3. Método Experimental O presente experimento foi dividida em três partes, onde a primeira consistiu na produção de o LCC, ou seja, o líquido da casca da castanha de caju e o pesticida com as suas variáveis de concentração, também produziu-se a composta utilizando-se os resíduos das cascas da castanha de caju e a seguida da preparação dos canteiros da couve. 18 Com este método o autor produziu o LCC, usando o aquecimento térmico que é um método que valoriza as propriedades da castanha de caju. Este método consistiu em aquecer a castanha de caju no forno a uma temperatura de 180º até que libere o LCC. A produção de adubo orgânico consistiu na trituração da casca que já foi extraído o LCC, foi colocado em um reservatório fechado (5 litro), com uma abertura na parte superior e alguns furos na parte inferior na posição horizontal, colocou-se no interior do recipiente minhocas e a lama que elas viviam e deixou-se por 30 dias. De seguida o autor fez um ensaio no campo de produção com 8 canteiros que possuia todas as condições orgânicas para a testagem das diferentes concentrações do pesticida e o uso do adubo e só depois de se observar qual das concentrações é a mais eficiente, findou-se com a testagem da determinação das concentrações ideal, cortou-se as folhas que possuíam sinais de ataques e queimadas e as já prontas para colher para permitir novos brotos que venham a permitir o controlo da capacidade combativa do pesticida. Tabela 1: O ensaio possuiu 8 canteiros, e cada canteiro possuiu diâmetro de 1.5m por 1.5m. Cant. A Cant. B Cant. C Cant. D Cant. E Cant. F Can t. G Cant. H Condiçõ es de tratame nto: S/T S/T LCC/H2O - 8,2ml/2l LCC/ H2O – 15ml/2l AEPL/H2 O – 30ml/2l Conce ntraçã o ideal Urei a AEC C Condiçõ es de tratame nto: S/T S/T LCC/H2O – 3,5 ml/2l LCC/H2O – 5ml/2l AEPL/H2 O – 20ml/2l Conce ntraçã o ideal Urei a AEC C 1.5.3.1. Procedimento da Experiência 1.5.3.1.1. Parte I: Produção do LCC Matérias Necessários 4kg da casca de castanha de caju resultante de 2 galones deste produto, 3 bacia, forno (fogão), uma colher, duas bacias de forno e luvas. 1ª Preparação dos materiais 19 O autor limpou os materias de forma que eles não estejam infetados ou tenha alguma substância que poderia afetar a qualidade do LCC. Após a lavagem da castanha de caju, levou-se as castanhas sem a sua decorticação ao forno, para primeiro não afetar a qualidade da castanha que será obtida no processo e para a facilidade de separação da casca e da castanha como também da obtenção do LCC. 2ª Tratamento térmico da casca da castanha de caju Com as cascas da castanha de caju no forno, aqueceu-se tanto em baixo como em cima, a uma temperatura de 180º C por um período de 60 minutos. Após este processo colheu-se o óleo produzido. 3ª Produção do pesticida Com o líquido da casca da castanha de caju já pronto, produzir-se-á o pesticida com variações da sua concentração, sendo: LCC/H2O - 8,2ml/2l e 3,5ml/2l; e LCC/H2O – 15ml/2l e 5ml/2l; subproduto do extrato da casaca da castanha de caju, AEPL/H2O – 30ml/2l e 20ml/2l, as primeiras consentrações foram obtidas de forma aleatoria e as segundas por divisão 2,3 para canteiro C, 3 para o canteiro D e por subtração de 10 para o canteiro E. De referir que o pesticida foi deixado para descansar por 10 horas. 1.5.3.1.2. Parte II: A produção do Adubo Matérias necessários 4 Recipiente (5 litro de bidon), minhoca, casca de castanha de caju e pilão. Trituração da casca de caju Com o pilão e almofariz triturou-se as cascas da castanha de caju Constituição da composta No recipiente (Budon) abriu-se a parte superior e na parte inferior fez-se buracos com pregos, no interior se colocou as minhocas e as cascas da castanha, e na parte inferior do recipiente colocou-se um outro recipiente para receber o líquido que saia do recipiente com composta. De afirmar que se deixou o recipiente a descansar por 30 dias. 20 Incorporação do material orgânico de forma localizada Em cada covasco adicionou-se o adubo orgânico proveniente do bagaço da casca da castanha de caju já extraído o LCC, de forma a economizar o pouco adubo. 1.5.3.1.3. Parte III: O cultivo da couve. Materiais necessários 1 Enxada, semente da couve, régua, fita métrica e botas. 1ª Preparo do solo Limpeza da área – retirou-se todos os materiais capazes de causar empecilho ou que não facilitaria o desenvolvimento do plantio, das actividades que foram executadas constaram as seguintes: retirada de resíduos inorgânicos (pedras, plásticos, panos etc.) Aração – realizou-se reviramento da camada superficial do solo com ajuda da enxada de modo a tornar o solo mais afofado e com boa capacidade de filtração da água e o ar. Formação dos Canteiros – formou-se 8 canteiros onde cada possuia 1.5m de largura e 1.5m de comprimento, sendo dado a todos os canteiros as mesmas condições de preparo do solo, de referir que deixou-se um espaço de 1.5m entre os canteiros para facilitar a passagem do autor. Os canteiros estavam dispostos em forma de esteira para facilitar o desenvolvimento da couve, pois as raízes são diretamente proporcionais as folhas, folhas estas que são o campo de pragas. A Embrapa, 2011, p17 afirma que: “O espaçamento entre canteiros irá depender do tipo de máquinas e implementos a serem utilizados, caso o cultivo seja feito com a utilização apenas de utensílios manuais, a distância de 1,00 a 1,50 m é suficiente.” Abertura de covasco – em cada canteiro abriu-se covasco, que possuia 7cm de profundidade e entre os covascos houve um afastamento de 1 m, para facilitar o desenvolvimento das plantas que ali estevam plantadas. 2ª Produção de Mudas. 1ª Semeadura em alfobre O autor fez um alfobre para lançar as sementes, que consiste em elevar um lugar pequeno do campo (terra), lançar as sementes, e depois tapar com capim seco por 15 dias, ou seja, a sementeira aconteceu no dia 23 de Maio de 2021. 2ª Transplante As mudas foram transferidas para o local definitivo no dia 06 de Junho de 2021. Executou-se esse trabalho nas horas mais frescas do dia e com o solo húmido. Após o 21 transplante fez-se uma ligeira compressão da terra em torno da muda para permitir melhor contacto do solo com as raízes. 3ª Irrigação Em relação à irrigação da cultura, fez-se no período da manhã e ao pôr-do-sol. 4ª Controle de pragas O controlo de pragas usando o pesticida do LCC fez-se da seguinte forma: Nos canteiros A e B foram canteiros de amostragem, ou seja, foram os canteiros que não foram colocados pesticidas, ao canteiros C e D foram canteiros que foram submetidos ao pesticida do LCC, sendo que teve primeiro o teste de concentração e posteriormente foram submetido a mesma concentração após se encontrar a concentração ideal, o canteiro E foi submetido ao pesticida e adubo líquido também teve primeiro o teste de concentração e posteriormente a concentração ideal, o canteiro F não foi submetido ao tratamento pós, aguardava-se a profunda danificação e destruição e por último os canteiros G e H foram os canteiros submetidos a adubos, ou seja, o G foi aplicado adubo inorgânico (ureia) e H foi submetido o adubo orgânico da casaca da castanha de caju. 1.6. Método de estudo comparativo Usou-se este método para comparar o grau de eficiência do pesticida em cada couve e também em cada canteiro. 1.7. Método estatístico Usou-se o Excel para analisar os dados que foram recolhidos de forma percentual e construção de gráficos que ajudou na compreensão dos dados que foram recolhidos no campo. 1.8. Recolha de dados Os dados foram obtidos a partir de um caderno de campo, onde registou-se cada passo e cada detalhe do experimento. 1.9. Técnica de observação directa Esta técnica foi utilizada para observar a capacidade combativa do pesticida ao longo da sua aplicação na cultura da couve e posteriormente no trabalho de campo, manutenção dos canteiros, rega e a incidência das pragas da couve. 22 1.10. Delimitação do tema O presente trabalho de monografia abordou sobre o aproveitamento dos residuos resultantes da casca da castanha de caju“Anacardium occidental L'' na produção de pesticida e adubo orgânico, o trabalho realizou-se no Bairro de Inhamizua, na zona de Nazare. 1.11. Enquadramento do tema O presente tema estudado, enquadra-se nas seguintes cadeiras: a) Âmbito da Bioquímica Neste âmbito, leva-se em conta a reação metabólica que o LCC causa e o consenquente desaparecimento das pragas, deste modo protegendo a cultura da couve. b) Âmbito da Fisiologia Vegetal Neste âmbito, a casca da castanha de caju possui um princípio activo para o combate à pragas comportando-se como pesticida. c) Âmbito da Botânica Geral e Sistemática O tema enquadra-se na descrição fisiológica e morfológica do Anacardium occidental L para o seu posterior uso no combate a pragas que tem destruído a morfológia da Brassica oleracea “couve”. d) Âmbito Ecológico O tema integra-se no processo de desenvolvimento sustentável, que produz pesticida orgânico que não degrada o meio ambiente e evitando a contaminação dos solos, rios. e) Âmbito da Educação ambiental e Saúde pública No âmbito da educação e saúde pública, o tema integra-se na elucidação da população de que a casca da castanha de caju, que é um produto considerado de lixo, é valioso para a produção de pesticida orgânico e também um mecanismo eficiente para manter o meio ambiente sadio, pois a casca da castanha de caju é um produto que polui o meio ambiente através do metano e dióxido de carbono. f) Âmbito da Zoologia sistemática Neste âmbito, o tema integra-se na classificação das pragas de forma taxonómica e morfológica, para melhor identificar a praga durante a execução do trabalho de campo para o bom sucesso do Trabalho de monografia. g) Âmbito da Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 23 A DW, 2011 afirma que em Moçambique tem a agricultura como base de desenvolvimento, sendo que cerca de 80% da população rural pratica a agricultura de subsistência para a sua alimentação e na algumas vezes para a posterior venda. h) Âmbito económico Neste âmbito, descobre-se que com a produção do pesticida a partir da casca do LCC, poder-se-á comercializar as cascas para as indústrias que, por conseguinte, as usará para a produção da pesticida orgânica. Deste modo, a casca impulsionará na renda dos que o vende e consequentemente, impulsionará a economia de Moçambique. i) Âmbito Fito-patogênica e Parasitologia O tema enquadra-se neste âmbito, no uso do pesticida do LCC e no tratamento de doenças causadas pelas pragas que incidem na cultura da couve. 1.12. Relevância do trabalho de monografia O presente trabalho de monografia possui á relevância social, no que concerne ao aproveitamento da casca da castanha de caju para a produção do pesticida e do adubo orgânico de fácil acesso nas comunidades que a processam e a tem como lixo e sua aplicabilidade na cultura da couve Tsunga bassica. A relevância economia esta acentada no uso da casca da castanha de caju para a produção do seu principal composto o LCC, que pode ser usado na industria química para o fabrico de cimento, vernizes, substituto de petróleo, pesticida e adubo com a casca. A relevância científica fixa-se no conhecimento do aproveitamento da casca da castanha de caju como pesticida e adubo e posterior pesquisa em várias aplicabilidades do LCC. 24 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. Fundamentação Teórica 2.1. Breve Discrição do Cajueiro Faúla (2016) e Gazeto (2009) afirmam que o Cajueiro, Anacardium occidentale L é o seu nome científico. Pertencente a família Anacardiaceae, o cajueiro é uma árvore de aparência exótica, troncos tortuosos, folhas glabras, flores masculinas e hermafroditas e fruto reniforme. Seu pedúnculo superdesenvolvido e muito apreciado pela suculência é frequentemente confundido com o fruto, quando na verdade se trata do pseudofruto, cientificamente denominado de pedúnculo floral, com coloração variante entre o amarelo e o vermelho. O fruto do cajueiro, popularmente conhecido como castanha de caju, é um aquênio de comprimento e largura variável, casca coriácea lisa, mesocarpo alveolado, repleto de um líquido escuro quase preto, cáustico e inflamável, chamado de líquido da casca da castanha do caju (LCC) ou cashew nuts hell liquid (CNSL) como é conhecido internacionalmente. Na parte mais interna da castanha está localizada a amêndoa, constituída de dois cotilédones carnosos e oleosos, que compõem a parte comestível do fruto, revestida por uma película em tons avermelhados (PAIVA et al., 2000 e MAZZETTO 2009). Gazeto (2009) em concordância com Filho (2017) afirmam que o cajueiro tem sido descrito, há séculos, como uma ótima fonte medicinal. No Brasil, há relatos de aplicações como analgésico, diurético, líquido para higiene bucal, tratamento de astenia, problemas respiratórios, gripe, bronquite, tosse, escorbuto infantil, eczema, infeções genitais, sarna, doenças de pele, verrugas e feridas. Do cajueiro, praticamente tudo se aproveita: seu teor de vitamina C é maior que o da laranja, contém niacina, uma das vitaminas do complexo B, e ferro sendo seu pedúnculo utilizado na fabricação de sucos, vinhos, licores, doces e compotas. Por ser rico em fibras também é muito empregado para aumentar a movimentação intestinal. As folhas novas, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem cicatrização. A madeira, muito resistente à água do mar, é empregada na fabricação do caverna e de pequenos barcos, na construção civil, confecção de cabos de ferramentas e caixotaria. A casca do tronco contém uma substância tintorial vermelho-escuro usada no tingimento de tecidos e redes. Após processamento, a amêndoa pode ser consumida como castanha, torrada, 25 farinha, no preparo de doces, pratos quentes e é exportada para todo o mundo. O mesocarpo produz o LCC, de uso industrial (resinas e freios) e medicinal (antissépticos e vermífugos). 2.1.1. Definição de líquido da castanha do caju (LCC). Para Nunes (2014) o LCC representa aproximadamente 25% do peso da castanha e é considerado um subproduto de agronegócio do caju, com pouco valor agregado. Do ponto de vista químico, é uma fonte natural de compostos fenólicos de cadeia longa e insaturada, sendo considerado uma das fontes mais ricas de lipídeos fenólicos não-isoprenoides. Faúla (2016) realça que o LCC caracteriza-se como um material de natureza cáustica e bastante corrosiva. Atualmente é largamente empregado na indústria química como componente para a produção de polímeros utilizados na produção de lubrificantes, tintas, esmaltes especiais, vernizes, matérias plásticas, resinas, inseticidas, fungicidas, pigmentos, plastificantes, antioxidantes, isolantes, adesivos, aglutinantes para placas aglomeradas e compensados utilizados na indústria naval. Imagem I: Caju, castanha do caju e LCC. Fonte: Adaptação de MENDES, 2013 Segundo Cavalcante (2018) o óleo da castanha de caju, também conhecido como cardol ou líquido da casca da castanha de caju (LCC), por exemplo, é utilizado há tempos pela indústria como componente de fungicidas, inseticidas, vernizes, pinturas, adesivos e 26 também plásticos de lonas para freios. Outro estudo relacionado ao cardol foi a utilização de aditivo biológico a base de LCC nos derivados do petróleo, combustíveis e lubrificantes. 2.1.1. Tipos de líquido da casca da castanha de caju (LCC). O LCC pode ser classificado como natural, por conter uma grande quantidade de ácido anacárdico e não apresentar material polimérico em sua composição; o LCC técnico que apresenta um elevado percentual de cardanol; e a presença de material polimérico (GEDAM; SAMPATHKUMARAN, 1986 apud CAVALCANTE 2018). Quando submetido a altas temperaturas (180 oC), o ácido anacárdico sofre reação de descarboxilação convertendo-se a cardanol, produzindo o denominado LCC técnico. Após determinações na composição química do LCC natural e técnico, foi constatada uma grande diferença na composição de ambos. O LCC natural contém uma grande quantidade de ácido anacárdico e não apresenta material polimérico em sua composição. Entretanto, o LCC técnico mostrou um elevado percentual de cardanol e, também, material polimérico, presentes em todas as amostras analisadas (GADAM, 1986 apud MAZZETTO 2009). Tabela 2: Composição química do LCC natural e LCC técnico Componentes Fenólicos LCC Natural (%) LCC Técnico (%) Ácido Anacárdico 71,70 – 82,00 1,09 – 1,75 Cardanol 1,60 – 9,20 67,82 – 94,60 Cardol 13,80 – 20,10 3,80 – 18,86 2-Metilcardol 1,65 – 3,90 1,20 – 4,10 Componentes Minoritários 2,20 3,05 – 3,98 Material Polimérico ---- 0,34 – 21,63 Fonte: MAZZETTO (2009). 2.1.2. Composição química do LCC Para Gazeto (2009) o LCC representa aproximadamente 25% do peso da castanha e é considerado um subproduto de agronegócio do caju, de baixíssimo valor agregado. Este líquido é uma das fontes mais ricas de lipídeos fenólicos não-isoprenoides de origem natural, cuja composição química principal pode ser observada na Tabela 2. Possui diversas aplica- ções na química fina, de acordo com a funcionalização dos produtos isolados enquanto para 27 Cavalcante (2018) O LCC apresenta como principal característica a ocorrência de compostos fenólicos, constituídos pelos ácidos anacárdicos, derivados do ácido salicílico, seguidos pelos cardois, derivados do resorcinol, e menores teores de cardanois, derivados dos ácidos anacárdicos. Todos estes compostos fenólicos apresentam um interesse potencial na área de produção de materiais biologicamente ativos, surfactantes, polímeros e aditivos. Tabela 3: Composição dos componentes fenólicos do LCC natural, com relação ao número de instaurações, obtida por CG/EM Constituinte Ácido anacárdico Cardanol Cardol 2-metilcardol Saturado 2,2 - 3,0 % 3,9 - 4,4 % 0,2 - 2,7 % 0,9 - 1,3 % Monoeno (8’) 25,0 - 33,3 % 21,6 - 32,2 % 8,4 - 15,2 % 16,3 - 25,3 % Dieno (8’, 11’) 17,8 - 32,1 % 15,4 - 18,2 % 24,2 - 28,9 % 20,6 - 24,4 % Trieno (8’, 11’, 14’) 36,3 - 50,4 % 45,2 - 59,0 % 36,5 - 67,2 % 49,8 - 62,2 % Fonte: MAZZETTO (2009) 2.1.2.1. Cardonol A SELMA (2009) e CAVALCANTE (2018) entram em acordo ao afirmar que o cardanol apresenta peculiaridades em suas características químicas e físico-químicas, especialmente no que se refere à posição da dupla ligação, o que permite inúmeras funcionalizações, além das usuais do anel fenólico e características específicas a seus derivados (antioxidante, resistência à chama, hidrofobicidade). O cardanol não possui cheiro agressivo, apresenta baixa volatilização e ponto de ebulição mais alto que os demais compostos fenólicos derivados do petróleo, favorecendo assim a saúde de quem o manuseia e a do meio ambiente. Imagem II: principais sítios reacionais da molécula do cardanol Fonte: CAVALCANTE (2018). 28 A Selma (2009) afirma que a principal característica do cardanol puro como matéria- prima renovável e intermediário químico ecológico é a sua não-toxicidade. Testes realizados pela Organisation for Economic Co-operationand Development – OECD, uma das mais relevantes orientações acordadas internacionalmente para ensaios de produtos e métodos químicos, mostraram os seguintes resultados com relação à ecotoxicidade do cardanol: biodegradabilidade - 96% (28 dias) – (OECD-302C); solubilidade em água igual a 1,0 g/L; ecotoxicidade (96 h) - peixe < 11 g/L; dáfnias < 66 g/L; algas < 1 g/L – (OECD-425) e gen- toxicidade - negativo com testes empregando Ames salmonella. 2.1.2.2.Ácidos Anacárdicos Ácidos anacárdicos são compostos fenólicos derivados do ácido salicílico, apresentam carácter lipídico devido sua cadeia carbônica lateral. Possuem nomenclatura como ácido 2- hidroxi-6-pentadecil-benzóico (Seonget al., 2014 aplud FAULA, 2016) e são encontrados em grande parte do cajueiro e de seu fruto. No entanto, os ácidos anacárdicos estão presentes em maior quantidade no líquido da casca da castanha do caju (LCC) (Neto et al., 2014 aplud MAZZETTO e LOMONACO, 2009). Os ácidos anacárdicos são compostos apolares devido aos diferentes tamanhos da sua cadeia alifática, podendo variar entre 2 e 17 o número de carbonos, no entanto cadeias longas compostas por 15 carbonos são comumente majoritárias no LCC e em outras partes do caju. Outra característica estrutural importante da molécula de ácidos anacárdico é o grau de insaturação de sua cadeia carbônica, variando de nenhuma (saturado) até 3 insaturações (Trevisan et al., 2006 apud FAULA, 2016), essas diferenças nas cadeias laterais também refletem no grau de polaridade das moléculas. O tamanho da cadeia lateral e a variação das insaturações influenciam diretamente na atividade biológica dos ácidos anacárdicos, mostrando maior, menor ou nenhuma eficácia para uma determinada aplicação. Imagem III: Estrutura molecular do ácido salicílico e ácido anacárdico com suas variações na cadeia carbónica. 29 Fonte: FAULA, 2016. 2.2. Atividade do líquido da Castanha de Caju 2.2.1. Atividade Antimicrobiana e Antiparasitária Ácidos Anacárdicos Estudos in vitro na área da odontologia mostraram que, os resultados do emprego dos ácidos anacárdicos no controle de infeções bacterianas, com Enterococcusfaecalis, são similares às soluções bactericidas comummente usadas com 2 % de clorexidina. Portanto, os resultados evidenciaram o uso dos ácidos anacárdicos como um bactericida alternativo de origem natural. (Ballalet al., 2013 apudFAULA, 2016). Além do mais, também foi relatado eficácia de extratos contendo compostos fenólicos, provenientes de folhas e casca do cajueiro contra Klebsiellapneumoniae, Bacillusanthracise Candidaalbicans. Os ácidos anacárdicos também estão presentes na amêndoa, pseudofruto, cascas e folhas do cajueiro (Toyomizuet al., 1999; Barcelos, Shimabukuro, Mori, et al., 2007; Konan e Bacchi, 2007 apud FILHO, 2017). Para Filho (2017) a atividade antiparasitária dos ácidos anacárdicos foi observada em estudo contra larvas de um besouro da batata, Trypanosomacruzie pequenas pragas como pulgões e ácaros. Os efeitos do ácido anacárdico sobre as larvas do besouro da batata, com base na preferência alimentar, evidenciaram menor taxa de alimentação do besouro em substratos contendo ácido anacárdico. Portanto, a pulverização de plantas com produtos contendo ácidos anacárdicos pode proporcionar uma nova ferramenta contra essas pragas, visando minimizar os danos causados por elas e maximizar a produção das culturas. Pode proporcionar uma nova ferramenta contra essas pragas, visando minimizar os danos causados por elas e maximizar a produção das culturas (Schultzet al., 2006 apud FAULA, 2016). 2.2.2. Inibição Enzimática A enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH) é uma enzima chave envolvida na via glicolítica dos protozoários parasitas, Trypanosomacruzi, T. brucei e Leishmaniasp; respetivos agentes causadores das doenças de Chagas, doença do sono e a leishmaniose. A enzima GAPDH desempenha um papel central no controle da produção de ATP, com isso, a GAPDH tem sido considerada um importante alvo para o desenvolvimento de drogas contra estes parasitas. Derivados de ácidos anacárdicos mostraram grande inibição contra a GAPDH (Pereira et al., 2008 apud FILHO, 2017). Histona-acetiltransferases (HATs) é um grupo de enzimas que desempenham um papel significativo na regulação da expressão do gene. Este são co-valentemente modificadas 30 a resíduos de lisina N-terminal de histonas por meio da adição de grupos acetil a partir de acetil-CoA. A disfunção dessa enzima é frequentemente associada com a manifestação de inúmeras doenças fisiopatológicas, em destaque o câncer. O ácido anacárdico foi usado como um ótimo inibidor não competitivo para HATs, agindo diretamente na transcrição do ADN e inibindo fortemente a enzima (FILHO, 2017). 2.3. Método de extração e obtenção do líquido da casca da castanha de caju. Existe varías formas de extração desde a extração por extrator Soxhlet (Faula, 2016, p.21); tratamento térmico a 80º e posterior prensagem (Osmari at al., 2015); A extração de LCC da casca inclui o método artesanal de torrefação, método mecânico (banho de óleo quente), método frio e extração por solvente. No método a frio o LCC pode ser obtido por extrusão em solventes, ou por prensagem (GANDHI, et.al., 2013 citado por Costa, 2019). 2.3.1. Extração do LCC por Aquecimento térmico No processo de beneficiamento da castanha do caju, o LCC natural é submetido a um tratamento térmico, a temperaturas entre 180°C e 200ºC. Esse tratamento tem a finalidade de retirar o gás carbônico (CO2), a humidade e evitar polimerização do LCC quando armazenado por um longo período em temperatura ambiente. Durante o tratamento térmico ocorre a descarboxilação do ácido anacárdico, na qual ele é completamente convertido em cardanol (Balachandran et al., 2013; Shobha e Ravindranath, 1991), Mothe e Vieira (2010) afirmam que o LCC é extraído durante a fase de grelhação na extração mecanizada da amêndoa no processo industrial. 2.4. Potencialidade do uso da casca da castanha de caju como biofertilizante O substrato usado foi a base da casca da castanha de caju, decomposta e trituradas, cujas características físicas-químicas eram pH de 4,6; os teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, B, Cu, Mn e Zn de 10,6 g kg-1; 0,9 g kg-1; 1,8 g kg-1; 15,9 g kg-1; 2,3 g kg-1; 0,8 g kg-1; 11,4 g kg-1; 27,6 g kg-1; 23,3 g kg-1; 267,0 g kg-1; 38,6 g kg-1, respectivamente, e com capacidade de troca de cátions (CTC) de 382,1 mmol dm-3 afirma Silva at al (2018), no mesmo trabalho Silva et al, 2018 cita Huett (1997) afirmando que a perda dos nutrientes por lixiviação neste tipo de fertilizante é menor em relação aos adubos convencionais. Paiva at all (2000, p16), afirma esquematizada o uso do caju e demostra que a casca da castanha de caju pode ser usada como fertilizante. 31 2.5. Descrição da Couve Arteche (2013, p. 13) afirma que a couve é uma espécie botânica com o nome científico Brassica oleráceo L tem seu centro de origem ao longo da costa do Mediterrâneo, de onde provavelmente se disseminou por a Europa. Esta espécie atualmente é subdividida em várias variedades botânicas, dentre elas pode se destacar Brassica oliracea var. capitada L. (repolho), B. olerácea var. botrytis L. (couve), B. olerácea var. Italica Plenck (Brocolos), B. olerácea var. acephala DC (Couve-comum), B. olerácea vr. Gemminifera zencker (Couve-de-bruxelas) e B. olerácea var. gongolodis L. (couve-rabano). A couve-comum é botanicamente identificada e classificada como Brassica olerácea var. acephla, sendo caracterizada como uma planta arbustiva com porte entre 40 e 120 cm, no entanto, algumas vezes podem-se encontrar plantas com mais de 3m de altura. Seu caule é ereto, robusto, cilíndrico, liso, carnoso e não intumescido, com continua emissão de novas folhas em seu ápice. As folhas são pecioladas, espessas, um pouco carnosas, distribuindo-se em forma de roseta ao redor do caule (SOUZA, 1983). 2.5.1. As principais pragas danificadoras da couve 2.5.1.1. Cigarrinha (Empoas cakreemeri) (Embrapa, 2000) afirma que esta espécie de inseto deposita os ovos na face dorsal das folhas, eclodindo suas ninfas entre 7 e 10 dias após a postura. Sua fase larval dura 10 dias e a vida adulta oscila de 30 a 60 dias. As cigarrinhas além de sugarem a seiva são vetores do vírus do Mosaico das Folhas. 2.5.1.2. Trips (Sotenotrips rubroclntus) O ciclo de vida do trips dura de 14 a 18 dias. Os ovos são depositados no dorso das folhas, onde as ninfas se alimentam sugando a seiva. Estes insetos, também, são vetores do Vírus do Mosaico das Folhas, mesmo quando a população desta praga é pequena (Embrapa, 2000). 2.5.1.3. Pulgão (Aphisgossypii G) A (Embrapa, 2000) afirma que os pulgões são pequenos insetos de coloração esverdeada, geralmente ápteros (existem formas aladas), que sugam a seiva dos brotos e ramos novos das plantas e são vetores do vírus do Mosaico das Folhas. 32 Segndo Holtz (2015) os pulgões (Brevicorynebrassicaee Myzuspersicae) possui coloração que varia de amarelo a verde-escuro, cabeça e tórax são mais escuros. O abdómen é verde com manchas escuras na face dorsal e a forma alada mede cerca de 2,0 mm de comprimento. Apresentam secreção serosa recobrindo o corpo e as folhas infestadas. Imagem IV: Adultos e ninfas de Brevicoryne brassicae Fonte: Holtz., 2015. O pulgão-verde (M. persicae) mede 1,62 a 2,18 mm quando adulto, possui forma áptera com coloração verde-clara e alado verde-escuro com a cabeça, tórax e antenas escuros. Os sifónulos são dilatados na base e cilíndricos em sua extensão. Macroscopicamente essa espécie se diferencia pela presença de tubérculos frontais distintos e voltados para dentro na porção basal e sifónulos da mesma cor do corpo e tão longo quanto à cauda. 33 Imagem V: Adultos e ninfas de Myzuspersicae Fonte: Holtzet al, 2015. As ninfas e os adultos de pulgões com seu aparelho bucal picador-suador (sugador labial) sugam continuamente seiva nos tecidos floemáticos das plantas e essas perdem os compostos secundários necessários o seu desenvolvimento. 2.5.1.4. Lagarta-rosca (Agrotisipsilon) Para Holtzetal (2015) Os adultos de A. ipsilonsão mariposas com 30 a 50 mm de envergadura, apresentando as asas anteriores de coloração marrom acinzentada com manchas escuras e uma faixa larga de cor castanho claro ao longo da margem externa, enquanto as asas posteriores são semitransparentes. Os adultos se alimentam de néctar, possuem longevidade aproximada de 12 dias e hábito noturno. Os ovos, de coloração branca e globosos, medem menos de 1 mm de diâmetro e são colocados individualmente ou em grupos de 2 ou 3 sobre as folhas, caule ou no solo húmido. Imagem VI: Larva e adulto da Lagarta-rosca. Fonte: Holtzet al, 2015. 2.5.1.5. Vaquinha (Diabroticaspeciosae Cerotomasp.) As vaquinhas são besouros que, tanto na sua fase larval como na adulta, destroem a folhagem desde o estádio de plântula até a colheita de frutos. Estes insetos além de reduzirem a área foliar, também são vetores do vírus do mosaico do peino (CMV) (Embrapa, 2000). 34 2.5.1.6. Curuquete-da-couve – Asciamon usteorseis Para Cardoso etall (2010) a curuquerê-da-couve ou lagarta-da-couve é especializada em Brassicaeae e representa um dos principais herbívoros desta família na região neotropical. O seu ataque as folhas iniciam logo após a eclosão, devorando-as durante todo o período larval. O adulto é uma borboleta de assas branco-amarelos com as bordas marrom- escuro e corpo preto, possuindo 5 cm de envergadura e hábito diurno. Os ovos, amarelas e alongados, são afixados em grupo, nos dois lados das folhas, em posição ereta, ocorrendo a eclosão 4 a 5 dias após a postura. A lagarta pode chegar a 35 mm de comprimento e é de coloração cinza-esverdeada com faixas longitudinais marrons e amarelas, alternadas. A cabeça é de coloração escura e as faixas amareladas possuem doze pares de pontos pretos. Quando ataca as folhas da couve são muito vorazes e consomem toda a área foliar, exceto as nervuras mais grossas. Imagem VII: Curuquerê-da-couve: A) lagartas apoios a eclosão danificando e danos severos em couve-de-folha; B) lagartas vorazes atacando a planta jovem; C) Ataque severo a plantas em desenvolvimento; D) Resultado final do ataque, ficando somente as nervuras mais grossas. Fonte: Cardosoat al., 2010 2.5.1.7. Traça-das-crucíferas – Plutella Xylostella É uma importante praga das brássicas. O adulto da traça-das-crucíferas não é o responsável direto pelos prejuízos, os danos são causados pelas lagartas verde-clara, com a 35 cabeça de cor parda e pelos escuros sobre o corpo, atingindo 7mm a 10 mm de comprimento e que reage ao toque se movendo aos saltos. As lagartas jovens raspam o tecido foliar, deixando apenas a epiderme superior transparente em formato de uma pequena janela, onde posteriormente, surge furos no tecido da folha e quando os ataques são intensos as folhas ficam rendilhadas. As lagartas mais velhas tecem casulos de coloração branca na face inferior das folhas e em seu interior se transforma em pupa. A pupa pode ser encontrada na fase superior, em virtude da decomposição ocasional de ovos nas folhas apicais, quando estas têm ainda a forma de concha. Tem como o hábito abrigar-se nas folhagens durante o dia, voando anoite, quando colocam os ovos na face inferior da folha. Imagem VIII: traça-de-crucíferas: A) Raspagem das folhas da epiderme superior com a posterior perfuração pela lagarta; B) mariposa; C) pupas abrigando casulos de seda nas faces inferior e superior das folhas. Fonte: Cardoso at al., 2010 2.5.1.8. Lagarta falsa-mededeira – Trichoplusianii Cardoso at al (2010) afirma que a lagarta falsa-mededeira possui esse nome por movimentar-se de modo semelhante ao movimento de medir com a palma da mão. A lagarta 36 é verde-clara, com até 40mm de comprimento e apresenta a parte posterior do corpo mais robusta. As lagartas atacam as folhas das brássicas e produzem grandes orifícios, inutilizando-as. Particularmente, na região merismática, as folhas são comidas dos bordos para o centro, entre as nervuras. Quando o ciclo larval se completa, os insetos transformam-se em pupas na própria folha, envoltas por um casulo fino de teia branca. O adulto é uma mariposa marrom, que possui uma manca branco-prateada no centro da asa anterior de númerosas camadas de ovos sobre a folha, cuja eclosão ocorre após 3-10 dias. Imagem IX: Lagarta falsa-mededeira em folhas de couve e repolhos: A) lagarta verde-clara, com parte posterior mais robusta; B) inseto em movimento semelhante ao medir palmos; C) folhas comidas entre as nervuras; D) Pipa em casulo. Fonte: Cardoso., 2010. 2.5.2. Os inimogos naturais das pragas da couve Inimigos naturais tais como vespas, joaninhas, crisopas, sirfídeos e aranhas que se alimentam das pragas são importantes no MIP. Eles ajudam a manter as pragas e as doenças das couves e repolho em níveis aceitáveis (Anonimo., pag 2). 2.6. Autores que abordam acerca do uso do LCC. Atividade Inseticida Do Líquido Da Castanha De Caju Sobre Larvas De Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) trabalho de Porto at al., 2013; Atividade Larvicida De Anacardium occidentale Como Alternativa De Controle Para Aedes aegypti E Sua Toxicidade Em Animais De Laboratório, trabalho de Ana Guissoni., 2011; Estudo Da Resistência Bacteriana Frente Ao Líquido Da Castanha De Caju (Anacardium occidentale) 37 trabalho de Rodrigues at al., 2020; Líquido Da Casca Da Castanha-De-Caju (LCC) Como Repelente Do Caruncho-Do-Bambu Bambusa Vulgaris trabalho de Silveira., 2019. CAPITULO III – ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3. Actuação do Pesticida LCC nos Canteiros da Couve Houve uma taxa cada vez mais crescente e com grande variabilidade das pragas nos canteiros de amostragem A e B. Para melhor precisão dos resultados, as tabelas 4 e tabela 5 abaixo apresenta de forma resumida dados referentes aos canteiros. 3.1. Canteiros de amostragem 3.1.1. Canteiro A O canteiro A mostrou no princípio apenas a incidência das Larvas helula handalis, isto é, sem a presença de nenhuma outra praga no dia 14 de Junho. Passando 8 dias, verificou-se o ataque de outras pragas, tais como: ninfas de myzuspersicae e afideos (pragas verdes). Porque este canteiro não teve tratamento, no dia 28 de junho aumentou a incidência dos anfideos e myzuspers, com pupa da lagarta falsa medideira tendo incidência mínima e gafanhoto foi a praga que se fez muito sentir no canteiro, pois este destruia de maneira abusiva as folhas da couve e neste mesmo dia 28, viu-se o percevejo, o inimigo natural dos pulõges verdes ou seja, os anfideos. No dia 05 de julho observou-se a incidência de outros inimigos naturais das pragas, tal como a joaninha que não escapou ao ataque da mariposa e da broca-da-couve que destruiu as folhas da couve numa velocidade incrível e no último dia de observação, 17 de Junho de 2021, assistiu-se um aumento das pragas antes mencionadas e também o adulto da lagarta-rosca. Tabela 4: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro A 14/06/2021 22/06/202 1 28/06/2021 05/07/2021 10/07/202 1 17/07/2021 Praga Larva Helula hundalis Ninfas de Myzuspers icae, afideos Ninfas de Myzuspersicae, afideos, pupa em casulo da falsa- medideira, larva falsa medideira e Afideos, lagartas da traça da couve, curuquere-da- couve, um casulo sem inseto Ninfas de Myzusper sicae, afideos, joaninhas, bicho lixeira, laranjas e Variedade de aranha, ninfas de Myzuspersic ae, afideos, mariposa, traça da crucifera, 38 gafanhoto, mina de mosca minadora, Percevejos provavelmente pertencente a lagarta-da- madeira, mariposa castanhas, mariposa e broca-da- couve gafanhoto, Larva e adulto da Lagarta- rosca. Cresci mento Satisfatório Satisfatóri o Satisfatório Satisfatório Satisfatóri o Satisfatório Ataque s 2 folhas de 2 plantas atacadas por pragas não identificada s Houve ataque de em 8 folhas de 4 planta, desde a danificaçã o nas folhas, tal como o alojamento de pragas nas folhas 12 folha de 5 planta foram atacadas pragas desde com alojamento ate com a danificação da folha. Caule de uma planta profundamente danificado 22 folhas de 5 planta danificadas com buracos nas folhas e 2 folhas com traça da couve 24 folhas danificada s com buracos nas folhas e 3 folhas com alojament o de afideo 27 folhas de 6 plantas Mortali dade 0 (6 plantas com 19 folhas) 0 (6 plantas com 28 folhas) 0 (6 plantas com 28 folhas) 0 (6 plantas com 39 folhas) 0 (6 plantas com 41 folhas) 0 (6 plantas com 46 folhas) No canteiro A assistiu-se um crescimento satisfatório na largura das folhas, todavia elas não obtiveram qualidade comerial satisfatória, pois apresentavam ataque progressivos sofridos em 2 folhas que apresentavam ataque profundo no dia 14, 8 folhas no dia 22, 12 folhas no dia 28, 22 folhas no dia 05, 24 folhas no dia 10 e 27 folhas no dia 17. Porém o canteiro A não apresentou nenhuma planta morta apesar de algumas folhas serem perdidas devido ao ataque. 39 Imagem X: Casulo adireita e a destruição do caule a esquerda ocorrido no canteiro A. Imagem XI: Curuquerê da couve, lesma, adultos da lagarta falsa-medideira, bicho lixeiro, adultos da lagarta falsa-medideira. 40 3.1.2. Canteiro B O canteiro B, foi um reflexo do canteiro A por não ser submetido a nenhum pesticida, mias diferente do canteiro A, os pulgões ou afideos incidiram muito neste canteiro começando com 3 folhas de 2 plantas logo no dia 14 de junho de 2021, sendo também acompanhada de nifas Myzuspersis, no dia 22 de Junho os gafanhotos também começaram a incidir no canteiro e destruindo muito, nesta mesma data viu-se as formigas grandes que são as inimigas natural dos afideos ou pulgões verdes. No dia 28 de Junho observou-se uma maior incidência das pragas do dia 22, mais com a incidência de joaninhas também inimigas naturais dos pulgões e nifas. No dia 05 de Julho de 2021 teve a incidência dos pulgões, joaninhas, gafanhoto e mariposa, destruido tanto as folhas até que se observou o crescimento tardio do canteiro mesmo com a estimulação da ureia e fezes de animais (Galinha e Boi) como adubo. No dia 10 de Junho viu-se 3 casulos já abadonados e no último dia, ou seja, dia 17 de Julho de 2021 assitiu-se no canteiro B, os pulgões, nifas, lagarta falsa medideira, traca da couve, casulos de lagarta rosca e também aranhas que é uma inimiga natural das pragas. Tabela 5: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro B 14/06/2021 22/06/2021 28/06/2021 05/07/202 1 10/07/20 21 17/07/2021 Pragas Pulgões castanhos, muitos afídios, ninfas de Myzuspersi cae ninfas de Myzuspersi cae, afideos, gafanhoto jovem e formigão ninfas de Myzuspersi cae, afideos e joaninha Afideos e Joaninha castanha, gafanhoto e mariposa Restos de casulo da falsa- medideir a, gafanhot o, maripos a, riscas brancas Riscos feitas pela traça-das- cruciferas, ninfas de Myzuspersi cae, afideos, aranha, lagarta-falsa medideira, resto de casulo, adulto da Lagarta- rosca e traça da couve Satisfatório Satisfatório Satisfatório Crescime Retardad Satisfatório 41 Crescime nto nto lento mesmo com a adubação com ureia e fezes de animais o pois se assistia muitos afideos Ataques 2 folha com fortes danificaçõe s, excetuando os pulgões alojados em 3 folhas de 2 plantas Houve 21 folhas das 6 plantas com ataques das pragas 2 folhas de 2 plantas e 8 folhas com bordas e parte superior amarela e 24 folha danificads Incidênci a de anfidos em 20 folhas 20 folhas atacadas de 6 plantas 24 folhas atacadas de 6plantas Mortalida de 0 (6 plantas com 15 folhas 0 (6 plantas com 19 folhas 1 (6 plantas com 19 folhas 0 (6 plantas com 28 folhas 0 (6 plantas com 39 folhas 0 (6 plantas com 41 folhas O crescimento das folhas do canteiro B foram crescendo no ritmo normal até no dia 05 de Julho e depois assitiu-se um retardo do crecimento das folhas do canterio, pois este canteiro possuiu o menor crecimento ou desenvolvimento em comparação com os outros canteiros. Os ataques ocorrenram da seguinte forma, no dia 14 assitiu-se 2 plantas com danificações, no dia 22 de Junho, verificou-se 21 folhas de 6 plantas com danificações e no dia 28 de Junho 8 folhas tiveram sua bordas amarelas, podendo ser ataques bacteriano ou de fungos e 24 folhas danificadas e no dia 05 os anfideos atacaram profundamente as folhas, no dia 10, 20 folhas danificadas e no dia 17 de Julho foram atacadas 24 folhas das 6 plantas. 42 Imagem XII: Traça da couve, pupa da traça da couve, anfidos (pulgões) Nos canteiros A e B a partir do dia 14 de junho de 2021 ao 17 de julho de 2021 assistiu-se a variabilidade e crescente incidência das pragas, por não ter sido submetido a nenhum tratamento com o pesticida, tanto orgânico como inorgânico. MARCELO PICASO, 2010 afirma que: Fatores favoráveis à ocorrência de pragas são o descaso pelas medidas de controlo, plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas, diminuição da diversidade de plantas nas agroecossistemas (o plantio de monoculturas favorece, mas populações das espécies fitófagas "especialistas" e diminui as populações dos inimigos naturais das pragas), pág. 6. Com isto afirma-se que por falta do controlo das pragas da couve com o pesticida LCC, ou um outro mecanismo, avantageou a incidência crescente de pragas. Os danos são maiores quando o ataque ocorre em plantas com 8 a 10 folhas como afirma Morais, 2021, mostrando com clara evidência que quando a planta vai desenvolvendo ela vai sendo mais atacada, o que se viu nos canteiros A e B, podendo constactar-se nas tabelas 4 e 5. 3.2. Uso de LCC como pesticidas em diferentes concentrações nos canteiros C, D e E 3.2.1. Teste de concentração para a concentração ideal 3.2.1.1. Canteiro C No primeiro tratamento do canteiro C com o pesticida, usou-se a concentração de 8,2 ml de LCC e 2 l de água, sendo que no dia 14 de junho de 2021, ao se levantar os dados observou-se queimaduras nas folhas do canteiro em referência. MARCELA SOUSA, 2009 afirma que: (......) Os extratos de nim podem causar fototoxicidade em concentrações altas, embora dependa da espécie de planta sobre a qual o extrato foi aplicado, sua idade e fase de desenvolvimento, pág. 67. 43 Imagem XIII: os pesticidas em diferentes concentrações e as substâncias usadas os pesticidas. A semelhança dos extratos de nim da experiencia demostrada pela Marcela Sousa, 2009 o pesticida LCC na concentração 8,2ml/2ml – LCC/H20 referenciado para o canteiro C, causou a fitotoxidade nas folhas, evidenciando a necessidade de mudança da concentração inicialmente usada para 3,5ml/2l –LCC/H2O. Os detalhes são apresentados na Tabela 6. Tabela 6: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro C 1º teste 8,2ml/2ml –LCC/H20 2º teste 3,5ml/2l – LCC/H2O Concentração ideal – 3,5ml/2l 14/06/2021 22/06/2021 28/06/2021 05/07/20 2 10/07/2021 17/07/2021 Praga Gafanhoto- verde, ninfas de Myzuspersi cae ninfas de Myzuspersi cae ninfas de Myzuspersic ae, afideos, Helula hundalis Afideos e Joaninha castanha Afideos, mariposa nifas Myzuspersi cae Afideos, mariposa nifas Myzuspersic ae, aranhas Crescime nto Não satisfatória devido a queimada nas folhas resultantes da concentraçã o do Satisfatória, assiste-se nas folhas a recuperação da queimada anterior. Satisfatório Satisfató rio Satisfatório Satisfatório 44 pesticida LCC Ataques Nenhum ataque Houve ataque de 1 folha de 1 planta no universo de 6 plantas 1 folha com ataque danificadora da folha e 7 folhas com alojamento dos afideos Foram atacadas 5 folhas de 1 só uma planta 6 folhas com ataques e 5 com alojamento folhas de 4 planta 14 folhas de 4 planta Mortalida de 0 (6 plantas com 17 folhas 0 (6 plantas com 26 folhas 0 (6 plantas com 32 folhas 0 (6 plantas com 36 folhas 0 (6 plantas com 45 folhas 0 (6 plantas com 50 folhas A tabela 6 mostra que houve menor incidência das variabilidades das pragas no canteiro C, Porto at all, 2013, p. 421 afirma que (...) o LCC da empresa Kardol recém- produzido é eficiente como inseticida para larvas de A. aegypti, evidenciando que o LCC tem a capacidade combativa dos insetos, ou seja, das pragas, mas ao longo da testagem do pesticida LCC no canteiro C assistiu-se uma resistência ao pesticida pelos Anfidos ou seja os pulgões verdes e ninfas de Myzuspersicae, eliminando outras. A primeira concentração usada como pesticida, provocou queimaduras nas folhas de algumas plantas, o que levou-se a diminuir a concentração do pesticida, com a queimadura o desenvolvimento das plantas atrasou um pouco, mais após a mudança da concentração, as folhas cresciam regularmente como mostra a Tabela 6, a variação de concentração e também ilustrada pela UFMS, 2018, p. 6, sugerindo os testes em concentrações diferentes. 3.2.1.2. Canteiro D O canteiro D, não se defere muito do canteiro C, em termos de algumas especificações, pois nela primeiramente foi pulverizada o pesticida em concentração 15ml/2ml de LCC/H20 o que causou queimadas nas folhas como ilustra a tabela 8. Como afirmado anteriormente o canteiro D assemelhasse com o canteiro C, diferindo nas concentrações usada em cada uma delas. 45 Tabela 7: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro D 1º teste 15ml/2ml – LCC/H20 2º teste 5ml/2l – LCC/H2O Concentração ideal – 3,5ml/2l 14/06/2021 22/06/2021 28/06/20 21 05/07/20 21 10/07/202 1 17/07/2021 Praga Nenhuma praga Anfidos em duas folhas de uma planta Afideos Afideos Joaninha, mariposa e afideos Afideos, mariposa nifas Myzuspersicae , aranhas Crescim ento Não satisfatória devido a queimada nas folhas resultantes da concentração do pesticida LCC Satisfatória, assiste-se nas folhas a recuperação da queimada anterior, semelhante ao canteiro C Satisfeito Satisfeito Satisfeito Satisfeito Ataques Nenhuma praga Afideos ou pulgões em 2 folhas de 1 planta Com alojamen to dos afídios em 2 folhas de 1 planta 4 folhas com alojamen to dos afídios 5 folha de 3 plantas 14 folhas de 6 plantas Mortali dade 0 (6 plantas com 18 folhas 0 (6 plantas com 25 folhas 0 (6 plantas com 29 folhas 0 (6 plantas com 32 folhas 3 (6 plantas com 41 folhas 0 (6 plantas com 43 folhas O canteiro D apresentou menor ataque de variabilidade de pragas e maior repelência das pragas, Silveira at all, 2019, p.1393 em seu artigo afirma que os tratamentos à base de LCC apresentaram efeito de repelência sobre os carunchos do bambu, independentemente da concentração utilizada, comparativamente o que ocorreu no seu teste com os carunchos do bambu, ocorreu no tratamento do canteiro D e C, quanto a repelência das pragas. 46 Imagem XIV: Mariposa, gafanhoto, Larva Helula hundalis. Da mesma forma que ocorria com o canteiro C, no canteiro D, assistiu-se a resistência ao pesticida LCC pelos Anfidos, ou seja, os pulgões verdes e ninfas de Myzuspersicae, eliminando e repelindo as outras. Mas Hemshekhar et al. (2012) relatam pesquisas sobre a ação repelente do LCC contra pulgões, ácaros, Trypanosoma cruzi e caruncho-da-batata (Leptinotarsa decemlineata). Silveira at all, 2019, p. 1391 em pesquisas com larvas deste mesmo caruncho, encontraram resultados significativo para a ação repelente do líquido da castanha de caju em dietas tratadas com 2,5 mg/mL de LCC. O crescimento foi condicionado nos primeiros momentos com a queimada nas folhas, mais após a recuperação ela teve um desenvolvimento pontual. O ataque no canteiro D foi diminuta no 2º teste de concentração, mais não esteve no equilíbrio entre capacidade combativa e a não existencia de nenhum vestigio de queimada, que levou o autor a considerar a concentração 3,5ml/2l, como a concentração ideal do pesticida LCC para o canteiro C e D, pelo poder combativo, repetente e não existência da queimada nas folhas das couves. Silveira at all, 2019, p. 1395 afirma que em seus testes (...) haveria necessidade de estabelecer a dose eficiente de menor custo, uma vez que a maior concentração significa também maior custo no uso do produto comercial. 3.2.1.3.Canteiro E O Pesticida e adubo líquido combateram e repeliram as pragas que atacavam o canteiro E, a Ana Guissoni, 2011, p.58 afirma que o LCC (...) apresenta potencial larvicida e na p. 66 a mesma autora afirma que o uso do LCC possui ausência de impactos ambientais, Silveira at all, 2019, afirma que o LCC apresentou efeito de repelência. 47 Os dados referentes ao canteiro E, são apresentados na tabela 9 abaixo. Tabela 8: Incidência e variabilidades de pragas da couve no canteiro E 1º tratamento com concentração 30ml/2l – LCC/H2O 2º tratamento com concentração 30ml/2l – LCC/H2O (concentração ideal -20ml/2l – LCC/H2O 14/06/2021 22/06/202 1 28/06/202 1 05/07/2 021 10/07/2021 17/07/2021 21/07/ 2021 Pragas 1 folha com ninfas de Myzuspersica e, afideos em 6 folhas de 5 plantas ninfas de Myzuspers icae em 1 folha de 1 planta, afideos em 3 folhas de 2 plantas gafanhoto, Crocidolo mia binotalis, 2 pupa da traça da couve, 8 de 4 plantas com pragas alojadas e lagarta- falsa medideira 3 folhas de 3 plantas com afídios 3 folhas de 2 plantas com afideos da couve Afideos da couve ninfas de Myzuspersi cae Afide os da couve ninfas de Myzu spersi cae Crescim ento Super satisfatório Satisfeito Satisfeito Satisfei to Satisfeito Super satisfatório Satisf atório Ataques 1 folha que possui muitos ovos verdes dos afídios e as outras folhas queimou com a concentração do pesticida líquido 2 folhas de 2 plantas com alojament o de pragas 2 folhas de 6 plantas com buracos ou danificaçã o profunda e 10 folhas de 5 plantas com alojament o 4 folhas de 4 plantas com buracos nas folhas e 2 folhas com alojame ntos 3 folhas de 5 plantas com alojamento das pragas 5 folhas com buracos nas folhas em 6 plantas e 10 folhas com alojamento 5 folhas com burac os nas folhas em 6 planta s e 5 folhas com aloja mento Mortali dade 0 ( 6 plantas com 19 folhas) 0 ( 6 plantas com 28 folhas) 0 ( 6 plantas com 41 folhas) 0 ( 6 plantas com 48 folhas) 0 ( 6 plantas com 56 folhas) 0 ( 6 plantas com 62 folhas) 0 ( 6 planta s com 62 folhas ) 48 O crescimento do canteiro E foi super satisfatório, em comparação com os canteiros acimas ela era a mais bem desenvolvida, o número de folhas aumentava mais e mais em comparação com os canteiros A, B, C e D, como será ilustrada no gráfio 1. F. Almeida at all, 1988, p.35 conclui que (...) pode-se admitir a cinza do tegumento da castanha como uma fonte alternativa de fósforo, sendo necessária, entretanto a realização de novos estudos enquanto isto Dos Anjos at all, 2017, p.4 afirma que (...) com relação ao crescimento inicial da parte aérea, raiz e folhas com tratamento T1 (T1- biofertilizante a base de casca de castanhas + solo puro 1:1, T2 - biofertilizante misturado ao substrato utilizado no plantio das mudas de alface 1:1 e T3 biofertilizante ao substrato utilizado no plantio das mudas de alface 2:1) apresentou o melhor resultado o T1, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos, submetidos ou não à adição da casca de castanha. O gráfico abaixo demostra o número de folhas que o canteiro E possuía, em relação aos outros canteiros, ou seja, fez-se comparação do número das folhas que os canteiros A, B, C, D, E e F possuiam, para evidenciar qual dos canteiros apresentam vaior número de folhas, provando-se deste modo o desenvolvimento acrescido do canteiro com o maior número de folha. Esta comparação foi ilustrada no gráfico abaixo. Gráfico 1: Número de folhas nos canteiros A, B, C, E e F. O gráfico 1 demostra que o pesticida e adubo líquido avantageou crescimento do canteiro E, pois ela mostra maior desenvolvimento demostrando com o número de folhas que possuia, ou seja, do dia 14 de Junho a 17 de Julho apresentou, 19 folhas no dia 14 de Junho, 19 28 31 39 41 46 15 19 19 28 39 41 17 26 32 36 45 50 19 25 29 32 41 45 19 28 41 48 56 62 15 23 29 41 46 55 0 10 20 30 40 50 60 70 Número de folhas dos canteiros A, B, C, D e E Canteiro A Canteiro B canteiro C canteiro D canteiro E Canteiro F 49 28 folhas no dia 22 de Junho, nestas datas só se equiparava com o canteiro A, mais no dia 28 de Junho o canteiro E apresentou 41, e o canteiro C com 32 e o canteiro A com 31, no dia 05 de Julho o canteiro E apresentou 48 folhas seguida canteiro A com 39, no dia 10 de Julho o canteiro E apresentou 56 folhas seguida do canteiro C com 45 e no último dia da observação o canteiro E apresentou 62 folhas, seguida do canteiro C com 50 folhas. De afirmar que o crescimento dos outros canteiros, deveu-se a aplicacao da ureia nos canteiros A, B, C e D. Devido ao crecimento das folhas que o canteiro E apresenta-se como o lider no grafico 1. 3.3. Uso de adubos orgânicos provenientes dos resíduos da casca da castanha de caju 3.3.1. Canteiro G e H Para estes canteiros foram avaliados o crescimento das folhas e o número de folhas por planta. Foi utilizado as médias para posterior comparação. Foram obtendo valores em centrimetro de cada folha dos (2) dois canteiros. Com os valores obtidos procurou-se encontarar as médias de cada folha de cada canteiro, ou seja, o canteiro G e H. O adubo proveniente da casca da castanha de caju foi aplicado no canteiro G, abaixo encontra-se a imagem da composta ou minhocário, o local onde foi produzido o adubo orgânico. Imagem XV: Compostagem
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