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Conceito Grupo de dermatoses inflamatórias, pruriginosas, com características bem definidas; Definidos por lesões elementares como eritema, edema, vesículas, crostas e descamação; O quadro pode ser classificado como agudo, subagudo ou crônico; O prurido é uma manifestação sempre presente; Como consequência da duração e intensidade do prurido, surge a liquenificação; Os eczemas mais comumente encontrados são: eczema numular, disidrose, dermatite atópica, dermatite seborreica, dermatite de contato alérgico, dermatite de contato irritante; Eczema numular Acomete com maior frequência os pacientes na faixa dos 50 aos 60 anos de idade e é geralmente associado a um ressecamento significativo da pele (xerose); Ambos os sexos são afetados; em regiões de climas temperados, essa doença é mais frequentemente observada no inverno. Além disso, parece ser mais frequente entre os asiáticos; Os pacientes costumam apresentar manchas pruriginosas, em formato de moeda, eritematosas, com algumas descamações e, às vezes, vesículas do tamanho de uma cabeça de alfinete; As lesões podem ser escoriadas e liquenificadas (pele grossa com marcas acentuadas). Pernas e braços são comumente afetados e lesões também podem ocorrer no tronco, mas o envolvimento facial é incomum; Todos os pacientes devem aprender a cuidar da pele seca através do uso de sabonetes emolientes e hidratantes e restringindo banhos longos e quentes; O uso tópico de pomadas de corticosteroides (p. ex., pomada de triamcinolona a 0,1% duas vezes ao dia por uma a duas semanas) e a terapia oral com anti-histamínicos (p. ex., fexofenadina, 180 mg todas as manhãs, e hidroxizine, 25 a 50 mg na hora de dormir, se necessário) são eficazes no alívio do prurido; Em casos graves, a fototerapia com ultravioleta UVB de banda estreita, um tratamento de curta duração com corticosteroides administrados por via oral (prednisona, 0,5 a 1 mg/kg/dia, com dose máxima de 60 mg/dia, por uma a duas semanas, com retirada gradual em dez a 14 dias) ou dia de hospitalização para terapia tópica intensiva e ultravioleta (UV) podem ser eficazes; Disidrose A disidrose aparece como vesículas profundamente instaladas, do tamanho de uma cabeça de alfinete, mais comumente ao longo das laterais dos dedos das mãos; Palmas das mãos e plantas dos pés também podem ser acometidas; As lesões são usualmente pruriginosas, associadas à xerose da pele circundante; O fissuramento das pontas e das laterais dos dedos é observado com frequência. A disidrose é observada em indivíduos que lavam suas mãos frequentemente; O tratamento segue uma ordem sequencial: (1) diminuição da lavagem das mãos, (2) o uso liberal de emolientes, comprados no balcão sem receita; (3) A terapia tópica com pomadas de corticosteroides (p. ex., pomada de fluocinonida a 0,05%, duas vezes ao dia, por duas semanas) e (4) a administração oral de anti-histamínicos (p. ex., fexofenadina, 180 mg todas as manhãs, e hidroxizine, 25 a 50 mg na hora de dormir, se necessário); Dermatite atópica Definida por Cocca, em 1925, como a tendência hereditária a desenvolver alergia a antígenos alimentares ou inalantes, manifestando-se por eczema, asma ou rinite alérgica; Doença com evidentes alterações imunológicas, fortemente influenciada por fatores ambientais e, eventualmente, emocionais; Os pacientes usualmente apresentam xerose, manchas eritematosas descamativas, pequenas vesículas, escoriações, crostas e, não raramente, impetiginização; A morfologia e a distribuição das lesões variam com a idade, tendendo a ser mais exsudativas na primeira infância e liquenificadas nas faixas etárias mais avançadas. A hiperpigmentação e a liquenificação são decorrentes do prurido e do esfregamento crônico da área acometida; Os locais mais comumente afetados incluem a área periorbital e as áreas flexoras, como o pescoço, a fossa antecúbita e a fossa poplítea. Em casos graves, toda a superfície cutânea pode ser acometida; Dividida nas seguintes fases: infantil, pré- puberal e adolescentes-adultos, podendo evoluir de uma fase para outra, ou iniciar-se em qualquer uma delas; A DA infantil (até 2 anos) surge, em geral, entre os 3 e 6 meses como áreas eritematocrostosas, inicialmente nas regiões malares, disseminando-se, principalmente, para o couro cabeludo, pescoço, fronte, punhos, face de extensão de membros e área das fraldas; Dentição, infecções, distúrbios emocionais, alterações ambientais (temperatura e umidade), imunizações e outros fatores podem agravá-la ou desencadeá-la; Outros fatores que influenciam: Alergia a pólen, mofo, ácaros ou animais; contato com materiais ásperos; pele seca; exposição a irritantes ambientais; exposição à água; fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes; estresse; Antígenos alimentares (ovo, castanha, leite, peixe, soja, galinha e aditivos alimentares) podem ter papel importante até o final dessa fase; Ao término do 2º ano de vida, observa-se resolução espontânea em menos da metade dos casos; na maioria, as lesões tornam-se menos exsudativas, mais papulosas e com tendência a liquenificação (pele mais espessa e grossa), comprometendo principalmente as dobras antecubitais e poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço; O surgimento de vesiculação aguda, localizada ou generalizada, sugere infecção secundária bacteriana ou viral. Nessa fase, aumenta a hipersensibilidade a inalantes (pelo de animais, pólen, penas e poeira domiciliar – ácaros); Com a chegada da adolescência, as lesões se tornam papulodescamativas e, mais caracteristicamente, liquenificadas, sujeitas a surtos de agudização; No adulto, sua distribuição usual é típica e compreende dobras antecubitais e poplíteas, sendo também frequente o comprometimento do pescoço, pálpebras, mãos e punhos; A doença tende a atenuar com a idade, sendo rara sua persistência após os 30 anos; COMPLICAÇÕES Outras manifestações de atopia (asma, rinite) ocorrem em 50% dos casos de DA; Urticária e reações anafiláticas são mais frequentes; A ictiose vulgar (acúmulo excessivo de queratina que resulta num aspecto de pele semelhante a escamas) é encontrada em 30 a 40% dos doentes e alopecia areata (doença inflamatória que provoca a queda de cabelo) é mais frequente nos atópicos; Alguns pacientes podem evoluir para eritrodermia esfoliativa; O acometimento ocular na DA ocorre entre 25 e 40%, sendo a dermatite palpebral a mais comum. A ceratoconjuntivite (conjuntivite alérgica) pose se manifestar como prurido ocular bilateral, cansaço, irritação ou sensação de corpo estranho, chegando, eventualmente, à ulceração ou perfuração da córnea; Ocorre aumento de suscetibilidade a infecções fúngicas (dermatofitose), virais e bacterianas, principalmente estafilocócica; Observa-se aumento na suscetibilidade a infecções respiratórias. A AIDS pode agravar a DA. Sugere-se que os atópicos sejam competitivos, sensíveis, facilmente depressivos, tensos, intolerantes e hiperativos. O desencadeamento/agravamento da DA por distúrbios emocionais é notório; Epidemiologia: Nas últimas décadas, a frequência da doença atópica (rinite alérgica, asma e eczema atópico) tem aumentado em todo o mundo. Sua prevalência varia em função da localização geográfica, das condições climáticas, do nível socioeconômico e da poluição; no Brasil, a prevalência da dermatite atópica é similar à de outras partes do mundo, estando em torno de 10 a 15%. Mais comum em crianças e jovens, mas os casos graves persistem na fase adulta; Em 90% dos pacientes, a doença se instala antes dos cinco anos de idade; Etiologia: Trata-sede doença genética, de herança poligênica, com evidentes alterações imunológicas, fortemente influenciada por fatores ambientais e, eventualmente, emocionais; Interação de fatores constitucionais e ambientais, em que as imunidades humoral e celular ocupam lugar de destaque; ANATOMOFISIOPATOLOGIA As alterações fundamentais na fisiopatologia do eczema atópico permanecem desconhecidas. Múltiplos fatores parecem fazer parte de um complexo mecanismo; Defeitos na barreira cutânea em pacientes com DA, que poderiam constituir a alteração primária na doença; Esses defeitos levariam à maior penetração de alérgenos, micro-organismos, particularmente Staphylococus aureus e substâncias irritantes, que por sua vez estimulariam a resposta imune na direção de um perfil Th2; Suporte para esta teoria vem da descoberta da associação da DA com mutações no gene da Filagrina, proteína essencial para a formação e manutenção da integridade da barreira cutânea; A patogênese da DA inclui ativação de linfócitos de perfil Th2, e produção de citocinas IL-4, IL-5, IL-13, e IL-31, particularmente nas fases iniciais e exacerbações da doença. Resposta Th1 tem sido também identificada nas fases crônicas, em conjunto com a resposta Th2; Mutações no gene da Filagrina estão associadas à formação do estrato córneo desorganizado, com estrutura errática e arquitetura anormal da dupla camada; à alteração no perfil de distribuição de lipídeos; a aumento do pH cutâneo, da proteólise e da perda transepitelial de água; e à maior susceptibilidade a infecções por bactérias, vírus e fungos. De forma interessante, em modelos de pele humana e culturas de queratinócitos foi demonstrado que histamina e uma variedade de citocinas, incluindo IL-4, IL-17, IL-22, IL-25 e IL-31, têm a capacidade de diminuir a produção de Filagrina ou mesmo reprimir a expressão do gene da Filagrina, sugerindo um papel integrado desses mecanismos no desenvolvimento da doença; Os níveis de AMP-cíclico (AMPc) intracelulares estão diminuídos nos macrófagos, basófilos e linfócitos. Os baixos níveis de AMPc seriam responsáveis, dentre outras consequências, pelo aumento da liberação de histamina, diminuição dos linfócitos T supressores e aumento da produção de IgE; Têm sido observadas anormalidades no metabolismo do ácido araquidônico com aumento nos metabólitos tanto da via lipo- oxigenase (leucotrienos) quanto da ciclo- oxigenase (prostaglandinas), provavelmente contribuindo para a persistência da inflamação; Alterações sudorais, alterações do manto lipídico da pele e baixo limiar ao prurido são outras características muito conhecidas da DA. O limiar ao prurido nos indivíduos atópicos é mais baixo, e os estímulos prurigênicos produzem, nos atópicos, prurido mais intenso, mais duradouro e em áreas mais extensas do que em indivíduos normais; O estresse induzido no atópico provoca eritema e prurido nas áreas de eczema. O perfil da personalidade desses indivíduos também é peculiar, envolvendo labilidade emocional, hiper-reatividade, agressividade reprimida, insegurança e inteligência superior à média; A imunopatologia do eczema atópico é complexa e controversa, envolvendo distúrbios da imunidade humoral, imunidade celular e disfunção de outras células imunes; Imunidade humoral: O anticorpo envolvido na imunopatologia do eczema atópico é a IgE, produzida pelos linfócitos B. O eczema atópico é associado à elevada produção de IgE e à reatividade alterada da pele e das mucosas, com aumento da suscetibilidade a reações anafiláticas. Aumento dos níveis séricos de IgE ocorre em 80% dos indivíduos com eczema atópico, e parece ter correlação com a extensão e gravidade da doença e com asma e/ou rinite alérgica. Além disso, existe aumento dos níveis séricos de IgE com especificidade a antígenos alimentares e, principalmente, inalantes; Imunidade celular: Quanto à imunidade celular, os portadores de DA apresentam diminuição de respostas de hipersensibilidade retardada (que se correlaciona inversamente com os níveis séricos de IgE), evidenciando-se por menor incidência de eczema de contato e respostas a antígenos intradérmicos fúngicos, bacterianos e virais; Observa-se também diminuição no número de linfócitos T circulantes, particularmente os linfócitos T supressores (Ts), alterando a proporção CD4 + /CD8 +; Um distúrbio na interação entre a imunidade humoral e a celular parece ser o ponto-chave na imunopatologia do eczema atópico. De acordo com as teorias mais recentes, existe um desequilíbrio entre esses 2 tipos de imunidade; Dermatite seborreica Dermatite crônica de caráter constitucional, associando elementos fisiopatológicos de hiperproliferação epidérmica a eventual participação do Malassezia spp. Ocorre em, pelo menos, 5% da população geral, tendo altíssima incidência nos portadores de infecção pelo HIV; As lesões são maculopapulosas, eritematosas ou amareladas, sem brilho, delimitadas e recobertas por escamas de aspecto gorduroso, que se distribuem pelas áreas seborreicas (couro cabeludo, face, regiões pré-esternal, interescapular, flexuras axilares e anogenitais); O prurido, quando presente, é discreto, à exceção das lesões no couro cabeludo; O couro cabeludo está quase sempre comprometido, muitas vezes isoladamente. A pitiríase capitis (caspa), caracterizada por descamação pulvurulenta e difusa, parece ser a fase inicial da DS nessa região, podendo progredir gradualmente com surgimento de eritema, aumento da quantidade e espessura das escamas até um quadro franco de DS; Muitas vezes, os pacientes se queixam de pontos dolorosos e de curta duração decorrentes de verdadeiras biopsias feitas com as unhas, inadvertidamente, pelos próprios; Eritema, descamação e fissuras retroauriculares e do ouvido externo são comuns; Na face, há envolvimento característico da parte interna dos supercílios, glabela, sulco nasolabial, asas do nariz e região paranasal, sendo comum a blefarite marginal (eritema e descamação ciliar), fazendo diagnóstico diferencial com rosácea; A manifestação mais comum no tronco ocorre como lesões, quando bem desenvolvidas, ditas petaloides (aspecto de pétala) frequentemente vistas nas regiões interescapular e pré-esternal. São pápulas eritematodescamativas, inicialmente foliculares, que, por confluência, originam lesões de aspecto figurado, com descamação fina central e bordas mais elevadas e eritematosas que lembram dermatofitose; Podem ocorrer lesões semelhantes às da pitiríase rósea e psoríase; As regiões flexurais mais envolvidas são as axilares, anogenitais e inframamárias, além da região umbilical, com aspecto intertriginoso, eritematodescamativo, mais acentuado no centro, no qual às vezes ocorrem fissuras. Nessas áreas, a infecção secundária por cândida e bactérias é a regra; A doença tende a cronicidade e recorrência, podendo, eventualmente, evoluir para eritrodermia esfoliativa. É frequente o seu agravamento ou desencadeamento por estresse emocional ou físico e pelo frio; A exposição ao sol, em geral, diminui sua intensidade. Os casos limítrofes com a psoríase, especialmente o tipo invertido, têm sido denominados seboríase; Dermatite de contato irritante A dermatite de contato por irritante primário (DCIP) decorre dos efeitos tóxicos e pró- inflamatórios de substâncias capazes de ativar a imunidade da pele ainda que de maneira não específica. Corresponde a 80% dos casos de dermatite de contato; A DCIP é provocada, em geral, por substâncias alcalinas ou ácidas fracas que, não sendo capazes de provocar queimadura e/ou necrose, produzem apenas irritação cutânea. Essas substâncias, ao entrarem em contato com a pele, causamlesão aos queratinócitos, surgindo, posteriormente, reação inflamatória na derme papilar; Caracteriza-se por eritema, descamação e, por vezes, vesículas e bolhas, que surgem horas depois do contato com agentes irritantes mais fortes, ou depois de semanas de contato continuado com agentes irritantes fracos. O prurido, em geral, é discreto ou ausente, sendo substituído por sensação de dor ou queimação; Não há necessidade de sensibilização prévia e não ocorre a formação de células de memória; portanto, qualquer indivíduo em contato com tais substâncias poderá desenvolver a DCIP, que frequentemente ficará restrita ao local do contato. As 2 principais variáveis são a concentração da substância e o tempo de exposição; É mais provável a DCIP ocorrer na pele fina do dorso da mão do que na região palmar, como também é mais fácil nas mãos finas de quem não está acostumado a serviços domésticos, pois o contato crônico e gradativo com tais substâncias é capaz de promover um espessamento epidérmico; É importante lembrar que outras dermatoses serão sempre agravadas por tais substâncias; Outros fatores – tais como atrito, umidade e exposição solar – também podem influenciar a ocorrência dessa dermatite; A DCIP é frequentemente dermatose de caráter ocupacional (pedreiros, químicos, pintores, donas de casa etc.); Dermatite de contato alérgica A dermatite de contato alérgica (DCA) pode apresentar-se de 3 maneiras, sempre com muito prurido: aguda (eritema, vesículas, exsudação e crostas); subaguda (eritema, pápulas, escamas e crostas); crônica (liquenificação); A morfotopografia (termo cunhado por um dos autores) é de grande ajuda no diagnóstico. uma lesão arredondada (morfologia) no dorso do punho esquerdo (topografia) sugere DCA a algum constituinte da liga metálica do relógio; nos lóbulos auriculares, a componentes dos brincos (níquel); nos seios, a componentes do sutiã etc; Quadros clínicos generalizados e até mesmo eritrodermia, que caracteristicamente tende a ser mais exsudativa, podem ocorrer; Não é infrequente a impetiginização secundária, bem como a função de porta de entrada para desenvolvimento de erisipela ou celulite; Diagnóstico O diagnóstico de DA é basicamente clínico, corroborado muitas vezes por uma história pessoal ou familiar de atopia; eosinofilia e aumento da IgE circulante podem reforçá-lo. A confirmação diagnóstica é feita por meio dos critérios apresentados na tradicional classificação de Hanifin e Rajka; É necessária a associação de um mínimo de 3 critérios maiores a 3 menores; Diagnóstico diferencial: Devem ser consideradas: dermatite seborreica, dermatite de contato, eczema numular, escabiose, psoríase (principalmente palmoplantar), dermatite herpetiforme e doença de Darier. Em crianças, por apresentarem erupção cutânea semelhante à DA, devem sempre ser consideradas algumas síndromes associadas a imunodeficiências; Eczema de contato Mapeamento topográfico: correlacionar o local do eczema com várias exposições; Seletividade profissional: a pessoa expõe-se seletivamente a determinados antígenos; Seletividade utilitária: suspeita-se de que o eczema de contat33o em apreço esteja relacionado com um elemento de uso diário ou esporádico; se o eczema é dos pés, incrimina-se o sapato; procura- se, então, realizar testes com bicromato de potássio, acrílico, diversos componentes das colas, da borracha etc. Correlação antígeno/utilidade: Uma vez determinado pelos testes que o indivíduo é sensível a determinada substância, deve-se procurar relacionar o eczema com os objetos que contenham o referido alergênio. Tratamento e prevenção Os principais objetivos na DA são evitar coçar as lesões, a xerodermia e afastar os agravantes (sabões, lã, extremos de temperatura, baixa umidade ambiente, exposição a antígenos inalantes, banhos demorados e quentes, roupas sintéticas, substâncias irritantes à pele etc.); É importante recomendar o corte das unhas semanalmente, visando assim diminuir as escoriações; As grandes investigações laboratoriais a fim de determinar hipersensibilidade a antígenos específicos não apresentam valor prático, sendo mais recomendada a higienização do ambiente (retirada de cortinas e carpetes), afastando os alergênios inalantes em geral. Nos casos especialmente rebeldes ou graves da primeira infância, podem ser prescritas dietas restritivas, com posterior reexposição, para determinar possíveis agentes alimentares provocadores; A terapêutica tópica para hidratação da pele é feita com emolientes, especialmente óleo de amêndoas doces, vaselina ou alfa- hidroxiácidos, associados ou não a cremes de corticosteroide de potência variável segundo a área, o tipo de lesão a ser tratada e a idade do paciente; Antibióticos tópicos (p. ex., ácido fusídico), com atividade antiestafilocócica, têm suas indicações; Como alternativa aos corticosteroides tópicos, pode-se usar pastas e cremes com coaltar 2 a 4%; O uso de emolientes deve ser incentivado, apesar de maior probabilidade do desenvolvimento de eczema de contato à lanolina; Recentemente, foram introduzidos, com grande sucesso, preparados contendo diversos lipídios (triglicerídios, escaleno, ceramidas 3, fitoesterol e fosfolipídios) acompanhados de palmidrol a 0,3%, que é uma substância com propriedades antiinflamatórias; A ureia – um hidratante clássico – deve ser evitada pelo fato de, por vezes, produzir ardor e irritação; Indica-se antibioticoterapia antiestafilocócica, mesmo na ausência de evidência franca de infecção secundária, com ótimos resultados, sobretudo em casos de piora súbita; Os anti-histamínicos anti-H1 são úteis por sua ação periférica e ação sedativa central, especialmente à noite; 1. Quais as principais manifestações eczematosas e suas características gerais? 2. Quais as principais hipóteses diagnósticas relevantes ao caso e suas epidemiologias? 3. Quais as etiologias e os fatores de risco para as hipóteses diagnósticas levantadas? 4. Qual a anatomofisiopatologia, as manifestações clínicas e as possíveis complicações? 5. Como se dá o diagnóstico, incluindo os diferenciais, e quais as terapêuticas a serem tomadas para as hipóteses levantadas? 6. Quais as orientações em saúde e as formas de prevenção para a hipótese diagnóstica?
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