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Placenta (IgG) Aleitamento (IgA) Imunoglobulinas Soro @queziabritoo BASES IMUNOLÓGICAS DA VACINAÇÃO √Imunização é definida como a aquisição de proteção imunológica contra um patógeno infectante Ativa Passiva (produz) (recebe) Doenças Vacinas Natural Artificial √Imunização ≠ Vacinação Imunização: toda a base científica, desde a produção, armazenamento, distribuição e aplicação Vacinação: é o imunizante sendo aplicado no indivíduo √Placenta IgG: sobretudo no último semestre da gravidez, por isso que prematuros nasce com desvantagem imunológica √Imunoglobulinas: é preferível do que o soro, pois há probabilidade menor de anafilaxia, porém o soro é o mais amplamente disponível e é barato RESPOSTA IMUNE √Imunidade inata: nascemos com ela; presente nas barreiras físicas do organismo (pele, mucosas); ela é a 1° linha de defesa, independente do patógeno; é inespecífica √Imunidade adaptativa: é a que se desenvolve ao longo do tempo; imunidade humoral (linfócitos B e anticorpos) e imunidade celular (linfócitos T) é específica VACINAS ACELULARES √Elas são purificadas: se retira as porções antigénicas da célula, isso a torna menos teratogênica √A vacina DDPA da gestante, a partir de 20 semanas de gestação necessita ser acelular PLATAFORMAS DE VACINAS √1° geração (+ antigas): inativadas e atenuadas √2° geração: baseadas em proteínas √3° geração: genéticas: vetor viral e ácidos nucleicos EFEITO REBANHO √As pessoas que não podem ser vacinadas são beneficiadas indiretamente. Não é só a proteção individual, mas sim a coletiva CARACTERÍSTICAS DA NATUREZA DOS ANTÍGENOS VACINAIS √Vacinas vivas atenuadas: Patógeno vivo, mas enfraquecido A maioria é viral, a única bacteriana é a BCG Normalmente são eficazes apenas com menor número de doses (exceto as orais) São relativamente fáceis de se produzir e apresentam tolerância às temperaturas mais baixas Existe um pequeno risco de que o agente natural possa reverter para formas infecciosas graves √Vacinas inativadas: Patógeno morto É a maioria das vacinas Para melhorar sua resposta imunológica necessita se um maior número de doses Utiliza-se um adjuvante para potencializar sua imunogenicidade, que na maioria das vezes é o alumínio ou AS04 Deve ser armazenada entre +2 e +8°C, não podendo congelar Apresenta maior tolerância às temperaturas mais elevadas COMPOTENTES DAS VACINAS 1) antígeno vacinal: toxóide tetânico, diftérico, partículas de uma proteína, material genético do patógeno infectante, vírus ou bactéria inteiro, atenuado ou inativo 2) adjuvantes: imunopotencializador que é colocado em determinados tipos de vacina para aumentar a resposta imunológica e confere proteção de longa duração 3) conservantes: timerosol, fenoxietanol, formaldeído 4) estabilizante: gelatina, sorbitol, polisorbato 80 5) antibióticos: neomicina, polimixina B, gentamicina, estreptomicina 6) meios de cultura: embrião de galinha, célula vero, fibroblastos, células diplóides humanas, células de levedo, silicone FALSAS CONTRAINDICAÇÕES E OPORTUNIDADES PERDIDAS √Doenças agudas leves, com febre baixa, coriza √Uso de qualquer tipo de antimicrobiano √Reação local √História ou diagnóstico clínico pregresso da doença contra a qual se pretende vacinar √Desnutrição √Doença neurológica estável (prioridade para vacinas acelulares) √Administração simultânea de múltiplas vacinas √Alergias, gravidez, prematuridade √Aleitamento materno (exceção: febre amarela por 10 dias e a da dengue por 6 meses), internação hospitalar √Desconhecimento dos intervalos das vacinas √Tratamento com corticosteroides em doses não imunossupressoras VERDADEIRAS CONTRAINDICAÇÕES √Alergia grave de natureza anafilática e um componente da vacina após a 1° dose da mesma √Encefalopatia dos primeiros 7 dias após aplicação de uma dose de vacina que contenha o componente Pertussis √Uso de corticosteroides em esquema de imunodepressão (2mg/kg por mais de duas semanas) √Neoplasias malignas √Vacina oral contra poliomielite, e sim a inativada √Transfusão de sangue ou plasma √Imunossupressão e gravidez CONHECENDO O INTERVALO ENTRE AS VACINAS √A maior parte das vacinas injetáveis podem ser administradas no mesmo dia usando seringas, agulhas e locais diferentes TIPO DE ANTÍGENO INTERVALO ENTRE DOSES inativado – inativado Indiferente, podem ser administrados simultaneamente ou com qualquer intervalo entre as doses Vírus vivos atenuados – inativado Indiferente, podem ser administrados simultaneamente ou com qualquer intervalo entre as doses Vírus vivos atenuados injetáveis – vírus vivo atenuados injetáveis Se não forem administrados simultaneamente, recomenda-se intervalo mínimo de 28 dias entre as vacinas Vírus vivos atenuados orais – vírus vivos atenuados injetáveis Podem ser administrados simultaneamente, ou com qualquer intervalo entre as doses Vírus vivos atenuados orais – vírus vivos atenuados orais Podem ser administrados simultaneamente, ou com qualquer intervalo entre as doses APLICAÇÃO SIMULTÂNEA DE VACINAS E INTERCAMBIALIDADE √Aplicação simultânea: é possível aplicar diferentes vacinas no mesmo momento em locais diferentes, que sejam separadas no mínimo por 1-2 polegadas. Não há interferência na eficácia e não se associa a maiores riscos de eventos adversos √Intercambialidade: vacinas de diferentes fabricantes são obtidos através de processos específicos, podendo conter proteínas ou até mesmo outros componentes diferentes. O ideal é que sejam do mesmo laboratório CALENDÁRIO VACINAL DA CRIANÇA – ATÉ 10 ANOS PRINCIPAIS VACINAS BCG √Deve ser aplicada ao nascimento, ainda na maternidade, em recém-nascidos com peso ≥2kg √Não revacinar se não houver cicatriz vacinal √Recomendada pelo MS até os 5 anos √Recém-nascidos de mães que utilizaram imunossupressores na gestação ou casos suspeitos de imunodeficiência primária na família, a vacinação deve ser postergada ou contraindicada HEPATITE B √Deve-se aplicar a 1° dose ao nascer, de preferência nas primeiras 12h de vida, ainda na maternidade. √Excepcionalmente pode ser administrada até 30 dias após nascimento. Após isso, só na Penta (rede pública) ou Hexa (rede privada) √Em recém-nascidos de mães portadoras da Hepatite B (HBSAg+), administrar a vacina nas primeiras 12h de vida (eficácia protetora de 85- 95%) √Imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG), deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 12-48h de vida √Estudos demonstram que o aleitamento materno em mães HBSAG+ não aumenta o risco de transmissão vertical do vírus √O esquema de 4 doses pode ser adotado quando utilizado a vacina Penta Brasil aos 2, 4 e 6 meses. Em casos de RNPT <33 semanas e peso <2000g (PIG) são recomendadas 4 doses da vacina HB (0, 2, 4, 6 meses ou 0, 1, 2 6 meses) √Em situações de atraso vacinal: Crianças até 6 anos 11 meses e 29 dias: -sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar ou complementar esquema com Penta, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias, conforme esquema detalhado no tópico da vacina Penta Crianças a partir de 7 anos e adultos: -sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses) -com esquema vacinal incompleto: não reiniciar o esquema, apenas completa-lo conforme situação encontrada ROTAVÍRUS √Vacina rotavírus monovalente: administrar duas doses:2, 4 meses. 1° dose: a partir de 1 mês e 15 dias 2° dose: de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias √Vacina rotavírus pentavalente (disponível apenas rede privada): com esquema de três doses: 2, 4 e 6 meses 1° dose: até 3 meses e 15 dias última dose: até 7 meses e 29 dias O intervalo mínimo entre as doses deverá ser de 30 dias Se a crianças cuspir ou vomitar após a vacinação: não repetir a dose PÓLIO ORAL (VOP) √Utilizada no primeiro reforço (aos 15 meses), segundo reforço (4 anos) e nas campanhas anuais contra a poliomielite em crianças até 5 anos √Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar, pode repetir a dose √A pólio oral pode levar a pólio vacinal √Vacinas pólio usadas no Brasil: VIP: P1, P2, P3 inativados VOP2 (zé gotinha): P1 e P3 atenuados √Esquema: VIP: 2, 4, 6 meses VOP2: 15 meses e 4 anos √Uma campanha anual com VOP2 PENTAVALENTE (Penta Brasil ou Penta acelular) PENTA: Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite por Hib (Haemophilus influenzae tipo b) e Hepatite B HEXA: Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite por Hib (Haemophilus influenzae tipo b), Hepatite B e Poliomielite √Está recomendada para crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias. É contraindicada para crianças após 7 anos √Pentavalente de células inteiras ou Penta Brasil (rede pública): 3 doses: 2, 4 e 6 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses. Considerar intervalo mínimo de 30 dias entre as doses e a terceira dose não deve ser aplicada antes dos 6 meses de idade. √Pentavalente acelular (rede privada): tem componentes diferentes (inclui polio) e tecnologia específica √DTP: o reforço da Penta é com DTP (Tríplice Bacteriana: Difteria, Tétano e Coqueluche) Utilizada como dois reforços no calendário da criança: 15 meses e 4 anos Na impossibilidade da vacina DTP como reforço, administrar a PENTA Administrar o primeiro reforço com intervalo de 6 meses após a última dose do esquema primário (três doses de penta) e sempre respeitar o intervalo mínimo de 6 meses entre as doses de reforço Crianças de 6 anos, sem nenhuma dose de reforço, aplicar o 1° reforço, e na impossibilidade de manter o intervalo de 6 meses para o 2° reforço, agenda uma dT para 10 anos após o 1° reforço (na rede privada pode ser feita a dTpa garantindo o 2° reforço no intervalo recomendado) A DTP é contraindicada para crianças acima de 7 anos. A partir disso é a dTpa INFLUENZA (trivalente ou quadrivalente) √O período de transmissão da gripe começa 24h antes dos sintomas e dura de 5-10 dias após o seu surgimento. Em pessoas com imunidade comprometida esse período dura mais de 10 dias √Na primovacinação de crianças com <9anos administrar 2 doses com 1 mês de intervalo √Rede pública: multidose e trivalente: oferecida anualmente nas campanhas de vacinação para crianças de 6 meses a 6 anos pelo PNI √Rede privada: monodose e quadrivalente e não tem limite de idade máxima para a criança √NÃO está contraindicada para pacientes com alergia a ovo PNEUMOCOCO √Responsável por infecções não invasivas (otites, sinusites) e invasivas (meningites, sepse, pneumonias) √Pneumo 10 (PNI): Administrar duas doses no 1° ano (2 e 4 meses) com intervalo de 60 dias, e intervalo mínimo de 30 dias e um reforço (com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose) entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias Crianças sem comprovação vacinal entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias administrar dose única √Pneumo 13 (SBP): Esquema de 3 doses no primeiro ano (2, 4, 6 meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. Crianças saudáveis com esquema completo com a Pneumo 10 podem receber uma dose adicional da Pneumo 13 até aos 5 anos de idade, com intuito de ampliar a proteção para os sorotipos adicionais (3, 6A e 19A) DOENÇA MENINGOCÓCICA √Variabilidade de manifestações clínicas √Há 13 sorogrupos conhecidos, sendo os A, B, C, W, X e Y os mais letais √Vacina meningocócica C (conjugada): Administrar 2 doses: 3 e 5 meses de idade e um reforço aos 12 meses Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses com o reforço de 2 meses após a última dose Crianças >1ano até 4 aos, 11 meses e 29 dias, aplicar apenas uma única dose √Vacina meningocócica ACWY (conjugada): √Vacina meningocócica B FEBRE AMARELA √1° dose aos 9 meses e 2° dose aos 4 anos √Dose única para >5 anos até 59 anos √Evitar a aplicação em nutrizes até o sexto mês de vida do lactante, se necessário, vaciná-la, suspender a amamentação por 10 dias √<2 anos, não vacinar no mesmo dia a tríplice viral e a febre amarela ou qualquer outra vacina atenuada injetável √Vacinar no mínimo com 10 dias antes da viagem para região de risco TRÍPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) √Considerada protegida a criança que tenha 2 doses da vacina após 1 ano de idade com intervalo de 90 dias √Em situações de risco, a 1° dose pode ser antecipada para antes de 1 ano, podendo ser aplicada a partir dos 6 meses, mas essa dose deverá ser desconsiderada √Intervalo mínimo entre as doses de 30 dias √Contraindicada em imunocomprometidos e gestantes VARICELA √Considerada protegida a criança que tenha 2 doses da vacina após 1 ano de idade (primeira dose aos 15 meses e a segunda dose aos 4 anos) = PNI 2 doses (12 e 15 meses) = SBP √Em situações de risco, a 1° dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesse caso, a aplicação de mais duas doses após 1 ano será necessária √Vacina quádrupla viral: combinação da tríplice viral com vacina varicela. PNI recomenda uma dose aos 15 meses √Nova recomendação do MS: segunda dose de 4-6 anos √2 doses da vacina previnem 98% de todos os casos e 1 dose previne 76-85% de todos os casos e 95% dos casos graves, mas não previne surtos de varicela HEPATITE A √Habitualmente benigna, mas pode evoluir para forma grave e fulminante √Não existe medicamentos antivirais específicos contra a doença √O PNI oferece a vacina em dose única aos 15 meses, estando disponível até 4 anos, 11 meses e 29 dias √SBP recomenda duas doses, aos 12 meses e 18 meses √A SBP recomenda para os adolescentes duas does da vacina da hepatite A com intervalo de 6 meses ou vacina combinada HepA e HepB, como uma serie de 3 doses (0, 1 e 6 meses) CALENDÁRIO VACINAL DO ADOLESCENTE – 11 A 19 ANOS HPV √Meninas: 9-14 anos √Meninos: 11-14 anos √Duas doses: 0-6 meses √Recomendado que o intervalo entre as doses não seja superior a 12-15 meses HEPATITE B √3 doses: 0, 1 e 6 meses
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