Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ombro (Glenoumeral) Introdução Articulação entre a CG e o terço superior do úmero. Esferoide, 3 graus de liberdade Articulação mais móvel, instável do corpo humano Pouca congruência óssea (encaixe de 2 procesos) Maior incidência em casos de luxações ou subluxações. Papel primário: colocar a extremidade superior em uma posição que permite a função da mão (posicionar a mão do espaço). Anatomia funcional Ossos Escápula (cavidade glenóide) Úmero (1/3 superior) Clavícula Esterno Complexo articular: Glenoumeral Acromioclavicular Esternoclavicular Escápulo-torácica Estruturas ósseas 1- Cavidade Glenóide Formato oval, pouco escavada, medindo em média de 3 a 4 cm. 2- Terço superior do úmero Cabeça umeral Tubérculos maior e menor (cristas) Sulco intertubercular ou bicipital Colo anatômico e cirúrgico Tuberosidade deltoidea Estrutura Articular A estabilidade é garantida por cápsula, ligamentos e músculos 1- Cápsula articular: Origina-se no contorno da CG e insere-se abaixo do colo do úmero. Relativamente fina e frouxa, permite trações de 2 a 3 cm. Porção inferior: frouxa e tensionada na abdução; na superfície ocorre o inverso. Intimamente relacionada com os músculos do manguito rotador. Lábio glenoidal: é uma estrutura que contorna a cavidade glenóide, tecido fibrocartilaginoso, tem como função aumentar a superfície de contato da CG, e também aprofunda a cavidade assim, deixando a CG mais funda. Ligamentos: Córacoumeral: lâmina espessa e fibrosa que vai do processo ao tubérculo maior do úmero Previne a translação inferior da cabeça do úmero quando o braço está pendendo ao lado do corpo. Glenoumerais: parte da cápsula articular, podendo ser superior, médio e inferior. Superior, estabilidade quando o braço está ao lado do corpo e tenso durante a inferiorização da cabeça umeral associada a RL Médio e inferior, estabiliza a translação anterior da cabeça umeral, sobretudo, nos movimentos de abdução e RL. Bolsa (Bursa) subacromial: Diminuir o atrito entre os tendões e os ossos Bursite é a inflamação da Bursa. Bolsa de líquido sinovial. Arco coracoacromial: Estruturas localizadas acima da bolsa subacromial. Forma uma abóboda que protege o ombro de traumatismos acima da cabeça do úmero. Impede também que a cabeça umeral sofre luxação. Movimentos do Ombro 1- Flexão: elevação para frente. 2- Extensão: movimento de retorno. 3- Hiperextensão: elevação para trás. 4- Abdução: elevação para o lado. 5- Adução: movimento de retorno. 6- Rotação medial: face anterior do úmero gira para dentro. 7- Rotação lateral: face anterior do úmero gira para fora 8- Abdução horizontal: horizontalmente para trás (90º) 9- Adução horizontal: horizontalmente para frente (90º) 10- Circundução: combinação de movimentos. Músculos que atuam sobre o ombro 1- Deltóide: Músculo triangular situado sobre o ombro, com um ângulo voltado para baixo e os outros dois circulando o ombro anterior e posteriormente. Cobre toda a glenoumeral e compreende 40% da massa dos músculos escapuloumerais. Origem: terço acromial da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Inserção: na tuberosidade seltóidea Inervação: Axilar (C5-C6) Estrutura: Funcionalmente são três músculos: o anterior, médio e posterior, sendo a parte média a mais potente. Ação: DA: motor primário da flexão e adução horizontal. Acessório da abdução e rotação medial. DM: motor primário da abdução, Assessora a flexão e a extensão. DP: motor primário da extensão e abdução horizontal. Assessora a abdução e rotação lateral. Clínica: o deltoide é mais efetivo quando a abdução está acima de 60º (pico entre 90º e 180º) A contração do deltoide tende a tracionar o úmero em direção a cavidade glenóide (estabilizador) A perda do DA impede que o sujeito leva a mão ao rosto; do DP, impede que ele coloque a mão nas costas e a do DM dificulta a elevação do ombro além da linha média. 2- Supa-espinhoso Pequeno e potente músculo que ocupa a fossa supaespinhal, estando recoberto pelo trapézio e deltoide. Origem: Fossa supra-espinhal. Inserção: tubérculo maior do úmero Inervação: supra-escapular (C5-C6) Estrutura: as fibras partem da fossa SE e convergem no sentido do ombro, para formar um tendão que passa embaixo do acrômio, antes de inserir-se do TMU. Ação: motor primário da abdução do ombro. Clínica: importante estabilizador do ombro; um dos principais músculos do manguito rotador. A perda do SE diminui a força mas não impede a abdução do ombro (estima-se sua contribuição em 50% do torque abdutor). 3- Infra-espinhosos e redondo menor Estes dois músculos estão situados no dorso da escápula e, como tem ações idênticas, são estudados juntos. Origem: IE: fossa infra-espinhal; RM: bordo lateral da escápula; Inserção: tubérculo maior do úmero. Inervação: IE: nervo supra-escapular; RM: nervo axilar (C5-C6). Ação: motores primários da rotação lateral e abdução horizontal do ombro. Clínica: contribuem na estabilização estática e dinâmica do ombro (MR) Depressores da cabeça umeral durante a abdução e a flexão. 4- Subescapular Está localizado por baixo da escápula, junto ao gradil costal (fossa subescapular) Origem: toda a superfície costal da escápula. Inserção: tubérculo menor do úmero. Inervação: nervo subescapular (C5-C6) Estrutura: após a sua origem, as fibras convergem em direção da axila, passando sobre a face anterior da glenoumeral, inserindo no tubérculo menor do úmero. Ação: motor primário da rotação medial do ombro. Clínica: junto com SE, IE e RM, o subescapular forma o manguito rotador Deprime a cabeça umeral durante a abdução e flexão do ombro. Importantíssimo estabilizador anterior da glenoumeral. 5- Peitoral maior Grande músculo localizado na região anterior do tórax, imediatamente abaixo da pele. Origem: dois terços internos da clavícula, ao longo de todo o esterno e das cartilagens das seis primeiras costelas (2ª a 7ª). Inserção: crista da tuberosidade maior do úmero (amplo tendão de cerca de 7 cm de largura). Inervação: peitorais medial e lateral (C5-T1). Estrutura: as fibras convergem-se em uma único tendão e descrevem uma torção de 180º antes da sua inserção. Ação: Funcionalmente o PM se divide em duas porções: a clavicular e a esternal Clavicular: motora primária da flexão e assessora a abdução; Esternal: motor primário da extensão e da adução. As duas porções são motoras primárias da adução horizontal e assessoram a rotação medial. Clínica: a perda do PM incapacita bem menos o indivíduo do que seria esperado (mastectomias) Várias das suas funções podem ser compensadas por outros músculos. 6- Córabobraquial Pequeno músculo localizado profundamente debaixo do deltoide e peitoral maior, na região antero-medial do braço. Origem: processo coracóide da escápula. Inserção: superfície antero-medial do úmero. Inervação: musculocutâneo (C6-C7) Estrutura: as fibras partem de uma tendão curto e se inserem diretamente no úmero. Ação: motor primário da flexão e da adução horizontal do ombro. Clínica: devido ao seu pequeno tamanho, não pode se tornar substituto efetivo de nenhum movimento. O CB constitui-se num importante estabilizador da genoumeral, tentando impedir o deslocamento do úmero para baixo, sobretudo durante suporte de peso.
Compartilhar